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MODELOS PARA
AVALIAR DE FORMA
DIFERENCIADA

Com o progresso da sociedade e da escola como um todo, não dá mais


para avaliar baseado apenas no processo tradicional de ensino através de
questões dissertativas e de múltipla escolha.

Até porque, com tantas metodologias ativas disponíveis atualmente, é muito


importante inserir novas maneiras de mensurar o aprendizado dos alunos.
São muitos os benefícios de adotar novos formatos de avaliação, começando
pela chance de acompanhar com qualidade o desenvolvimento individual de
cada estudante, o qual será avaliado por diferentes métodos, o que significa
que ele poderá usar suas habilidades e competências.

Pensando em tudo isso, preparamos este kit com o intuito de apresentar


a você, professor do ensino básico, novos modelos de avaliar seus alunos,
fugindo da tradicional prova escrita. Acompanhe nosso material!

MODELOS PARA
AVALIAR DE FORMA
DIFERENCIADA

Quando pensamos na subjetividade de uma pessoa,


entendemos que nem todos aprendem da mesma
maneira, o que significa que não seria justo avaliar
somente através de um único método de avaliação.

Por isso, vamos expor 5 modelos de avaliação


diferenciada para você aplicar em sala de aula.

Importante destacar que nossa proposta é lançar


formato hipotético, que você deve se basear e adaptar
conforme a realidade da sua classe e alunado.

AVALIAÇÃO
POR RUBRICA
A avaliação por rubrica se define como um modelo de
avaliar que não usa notas classificatórias, mas sim critérios de
aprendizagem, buscando identificar se as expectativas com o
assunto/proposta de aprendizagem foram alcançadas.

A rubrica tem como diferencial o fato de ter uma fácil


visualização, tanto para professor como para os discentes. Só
que para que a estratégia dê certo é preciso preparar as rubricas
de avaliação de acordo com cada atividade e assunto.

Abaixo, você confere um exemplo de rubrica, contendo


os diferentes critérios de avaliação:

ENTENDIMENTO

INICIANTE

Mostrou que compreendeu pouco da proposta.

APRENDIZ

Mostrou entender a proposta, mas recorreu


constantemente ao auxílio de terceiros ou do
material de apoio até nas fases mais avançadas.

AVANÇADO

Entendeu claramente o tema, mas não propôs


nenhuma nova reflexão ou não colocou seu
entendimento em prática com autonomia.

MESTRE

Não somente dominou o assunto, como


tomou frente da sua exposição e da
proposição de novos pontos.
CONTEÚDO

INICIANTE

Mostrou pouca proatividade


na construção do conteúdo.

APRENDIZ

Contribuiu para a construção do conteúdo,


mas ainda deixou a desejar, deixando
lacunas no resultado final.

AVANÇADO

Contribuiu significativamente
para o conteúdo.

MESTRE

Contribuiu significativamente para o


conteúdo, dominando assim as respostas
aos pontos de reflexão propostos.

TRABALHO COLABORATIVO

INICIANTE

Mostrou não interagir bem ou


não se mover para o trabalho.

APRENDIZ

Participou do trabalho colaborativo


com dificuldade.

AVANÇADO

Trabalhou bem
em equipe.

MESTRE

Trabalhou bem em equipe, tomando


frente quando devia e, ainda assim,
ouvindo e respeitando o outro.

APRESENTAÇÃO

INICIANTE

Teve muita dificuldade ou má


vontade na apresentação do projeto.

APRENDIZ

Apresentou o projeto com muita ajuda,


mostrando não dominar totalmente a atividade.

AVANÇADO

Mostrou entendimento do projeto e


preparação para a apresentação.

MESTRE

Apresentou o projeto com fluidez,


liderança e domínio do assunto.

Além disso, uma rubrica avaliativa precisa dispor de


alguns elementos, como esses detalhados acima:

Descrição detalhada da atividade (o que se espera dos


alunos ao fazer a tarefa);

Dimensão da tarefa (os aspectos que serão avaliados,


como Entendimento, Conteúdo, Trabalho Colaborativo e
Apresentação);

Escala de desempenho (contendo os diferentes níveis de


desempenho dos estudantes, como Iniciante, Aprendiz,
Avançado e Mestre);

Descrição dos níveis de desempenho (esse tópico é muito


importante, pois detalha o que os alunos devem fazer
para atingir cada etapa do nível de desempenho).
AVALIAR POR BADGES
(OU AVALIAR
POR MEDALHAS)

Muito usado no meio corporativo e em diferentes espaços de


aprendizagem, os Badges (ou Digital Badges) são medalhas
digitais que medem as habilidades e desenvolvimento dos alunos.

Semelhante aos badges, as escolas costumam adotar as


medalhas. Assim, independente do recurso, avaliar por badges
ou medalhas representa uma forma de recompensar o aluno de
forma gradativa, onde ele não tem que esperar concluir o fim do
semestre para ser reconhecido.

Dessa forma, os educadores – principalmente do ensino


fundamental – podem usar técnicas como:

Avançar casas ;

Ganhar e acumular
pontos;

Medalhas de prata,
bronze e outro;

Badges de iniciante,
intermediário e mestre.

Em todos esses exemplos, o professor consegue motivar


o aluno a conquistar uma recompensa, que pode ser uma
medalha, um kit de materiais escolares, um livro muito
especial, etc. O intuito é “acender” no aprendiz a vontade de
continuar avançando no seu percurso de aprendizagem.

MICROLEARNING

O Microlearning é uma metodologia de ensino e avaliação a


qual se baseia no ensino de conteúdos divididos em pequenos
módulos ou “pílulas” de conhecimento.

Assim, ao invés de explicar um conteúdo todo de uma vez, com


essa técnica o educador divide-o em pequenos blocos. Esse
recurso é bem utilizado na elaboração de materiais na Educação a
Distância, e vem ganhando espaço em diferentes ambientes, fora
e dentro da escola.

Para ilustrar melhor essa ferramenta, vamos pensar em um


conteúdo da disciplina de ciências biológicas, como por
exemplo, o Reino Animal. Veja como desenvolver uma
estrutura de divisão deste assunto:

Reino Animal: animais vertebrados


O educador pode expor as classes de peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos de diferentes maneiras e em
momentos diversos, ao invés de explicar todas essas
categorias de uma única vez.

Reino Animal: animais invertebrados


Da mesma forma,as classes de animais poríferos,
cnidários, platelmintos, nematelmintos, anelídeos,
equinodermos, moluscos e artrópodes serão melhor
entendidas pelos alunos se eles virem cada uma
dessas subclasses em momentos específicos.
AVALIAÇÃO
POR PARES

A avaliação por pares, expressão advinda do inglês “peer


assessment”,consiste em uma prática na qual os alunos avaliam as
tarefas de outros colegas. Essa avaliação precisa ser feita por pelo

1982
dois colegas e estes devem mensurar se as atividades foram bem
executadas pelo autor do trabalho.

Esses mesmos avaliadores refletem se as respostas condizem com


a proposta elaborada pelo educador e pontuam se os objetivos
foram ou não atendidos pelo respondente.

E como as atividades dos avaliadores também serão analisadas


pelos seus colegas, esse processo permite que todos aprendam,
seja na posição de avaliador ou de avaliados.
O ensino profissional deixou de ser
obrigatório nas escolas de Ensino Médio.

Como exemplo, o educador pode elaborar fichas de


perguntas partindo da escrita de um texto livre no
6° ano do ensino fundamental. As questões que os
alunos avaliariam entre eles poderiam ser:

1) O texto tem frases de fácil entendimento?

2) A maior parte do texto tem palavras


escritas corretamente?

3) O texto tem palavras com erros de ortografia?

Lembrando que a estrutura de perguntas deve se


basear na realidade de cada turma, no nível de
aprendizagem que eles apresentam, pois só assim
as questões podem ser avaliadas por eles.

PORTFÓLIO
DIGITAL

Antes de falar sobre portfólio digital, é preciso resgatar o


significado do portfólio físico, que nada mais é que um meio
de reunir os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, sejam
eles textos, desenhos, vídeos, pinturas, entre outros.

Nos últimos tempos, o portfólio digital tem sido uma tendência


para complementar os outros tipos de avaliação, no qual
o trabalho dos estudantes pode ser postado em blogs ou
plataformas especializadas.

Em ambos os casos, essa ferramenta ajuda a entender o


progresso do aluno ao longo do tempo. No caso do portfólio
digital esse progresso tem uma melhor visualização, já que o
conteúdo é mais visual e dinâmico.

Existem algumas plataformas para postagem dos portfólios,


como a Knowit App, o Flipgrid, o Book Creator e a Seesaw.

Redes sociais e ferramentas como um blog gratuito no Google ou


Wix, por exemplo, podem ser usados como um tipo de portfólio
digital, ou então recursos mais simples, como o Apresentações
Google e o Google Classroom.

Ao aplicar esse formato de avaliação na sua


classe, tenha atenção a esses pontos e dicas:

Veja com os pais e responsáveis dos alunos se eles aceitam


a reprodução de conteúdos dos seus filhos em plataformas
extra sala de aula;

Confira se a instituição não tem nenhuma restrição quanto


ao uso de determinado site/ferramenta;

Verifique também a política da escola, se ela permite o uso


da imagem na internet ou se essa liberação se limita às
redes sociais ou redes intranet do colégio.
Como vimos, existem diversas formas de avaliar os alunos que
fogem do tradicional “escreve e corrige”. Isso não quer dizer que
esse método tradicional esteja totalmente errado, mas sim que
somente com ele o professor não dará conta de conhecer o nível
de aprendizagem dos seus alunos.

Portanto, tanto por esse motivo como pela atual demanda


dos estudantes do século XXI, é essencial apostar em novas
metodologias de ensino e avaliação, considerando que cada
aluno é único e tem maneiras diversas de expressar seu
desenvolvimento.

Então, esperamos que este material ajude você, educador, a


elaborar novos modelos de avaliação de resultados, o que com
certeza, ajudará a ter uma melhor noção do entendimento do
alunado sobre o currículo, bem como a absorção dos saberes
compatíveis com sua série/etapa escolar.

SOBRE A
PROVA FÁCIL
O Prova Fácil se consolidou como líder na América Latina por
meio de tecnologias que facilitam a gestão de provas. Atualmente,
a empresa atende instituições de todo o país, desde o ensino
básico ao superior, ofertando um novo jeito, mais simples e
dinâmico, de aplicação de processos seletivos.

Já simplificamos a aplicação de mais de 20 milhões de


avaliações, atendendo a mais de 1 milhão e 200 mil estudantes.

Trabalhamos continuamente buscando oferecer o que há de mais


inovador na aplicação de avaliações, sempre com o objetivo de
modernizar as instituições e favorecer a aprendizagem dos alunos.

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