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Sabemos que a qualificação profissional na área educacional é permeada por novos e diferentes
olhares em todos os contextos. Nesse sentido, avaliar as capacidades e habilidades de nossos
estudantes se transformou em um desafio permanente, pois avaliar com eficiência perpassa a
busca pela qualidade de nosso sistema educacional.
Este desafio teve um aumento considerável após a pandemia da COVID-19. Perdemos o perfil
cognitivo dos nossos estudantes, relações socioemocionais foram afetadas e nossas avaliações
internas se transformaram em testes digitais.
Com este cenário formado, a comunidade escolar se torna imprescindível para a urgente
retomada do processo educacional. É necessário que as intervenções pedagógicas sejam
pontuais e todos os instrumentos de análise sejam utilizados e otimizados.
Sobre a análise de itens, esperamos aproximar a análise de uma prova Clássica de Testes (TCT)
aos conceitos exigidos numa prova de Teoria de Resposta ao Item (TRI), direcionando nossas
ações a uma elaboração de avaliações mais precisas e eficientes e que possam mostrar
caminhos e correções de rotas no processo de aprendizagem dos nossos estudantes.
Este material é uma coletânea de estudos acerca das avaliações padronizadas de larga escala,
com sua origem em palestras, oficinas, cursos e materiais de apoio de domínio público em sua
maioria.
Boa leitura
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OBJETIVOS DA FORMAÇÃO
Objetivo Geral
Oferecer subsídios teóricos e práticos para a análise de uma avaliação TCT de múltipla
escolha apoiados pela Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Objetivos Específicos
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Esses são os temas essenciais para compreensão capítulo 1, que também contribuem para
ampliação conceitual das equipes pedagógicas no processo avaliativo.
Objetivo do Capítulo
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As duas teorias que abrangem modelos de correção: Teoria de Resposta ao Item, conhecida
como TRI, e Teoria Clássica dos Testes, conhecida como TCT. É importante enfatizar que cada
um dos modelos de correção tem finalidades específicas que se traduzem na teoria que embasa
a consolidação dos resultados. Porém, mesmo com finalidades diferentes, esses dois modelos
de correção podem ser complementares e as suas evidências podem apontar caminhos mais
assertivos para o planejamento das intervenções pedagógicas.
TCT TRI
Teoria Clássica dos Testes Teoria de Respostas ao Item
Mesmo peso em cada questão Itens parametrizados
Soma dos pontos a partir do número de Níveis de dificuldades são características
acertos próprias dos itens
Sem critérios apurados para correção Processo estatístico de análise e “calibração”
Sem critérios específicos para elaboração das Embasamento em uma matriz de referência
questões
Origem conteudistas Ênfase nos traços latentes dos estudantes
Apresenta resultados pontuais Permite comparabilidade entre as avaliações
Apoiada em conteúdos isolados Foco nos descritores e proficiências
Modelo de correção mais comum, por isso é também o mais fácil de identificar. Ela parte do
pressuposto de que um instrumento de avaliação (a prova) é um conjunto de questões que
compões um todo para avaliação do domínio do estudante. Em geral, as questões têm o mesmo
peso e o desempenho do estudante é avaliado pelo número de acertos. Quanto maior o número
de acertos, maior é o domínio do estudante.
O estudante é avaliado no contexto em que aquele instrumento foi concebido e aplicado. A TCT
tem limitações em relação à comparabilidade, pois não é possível comparar resultados de provas
aplicadas em contextos diferentes e períodos distintos. Um outro aspecto da TCT é que pode ser
elaborada pela equipe da escola em seus processos de avaliação interna, uma vez que o
processo de aferição de resultados é simples. Ela também pode ser adaptada às diversas
abordagens avaliativas (múltipla escolha, dissertativas e orais). É um instrumento de fácil
preparação e interpretação limitada perante os conteúdos exigidos. Por essa razão, a maior parte
das avaliações escolares lança mão da TCT.
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A TCT respalda uma ampla variedade de possibilidades avaliativas e sua correção considera o
resultado total obtido pelo estudante em uma prova ou teste. Abaixo, listamos possíveis
interpretações dos resultados de uma correção pela TCT:
Assim, na TCT, para identificar a dificuldade, devemos considerar quantos alunos acertaram
cada questão dentro do instrumento aplicado. Por exemplo, em um teste aplicado com 10
questões de múltipla escolha, duas questões tiveram o menor índice de acerto. Isso pode apontar
para o grau de dificuldade dessas questões nesse conjunto de questões e por esse número de
respondentes, não sendo possível extrapolar esses resultados.
O objetivo da análise de discriminação é diferenciar os grupos que tiveram alta pontuação dos
que tiveram baixa pontuação – ou seja, não é possível determinar a proficiência desses alunos,
apenas seu desempenho em relação aos respondentes da mesma prova e nas mesmas
condições.
Alguns estudos utilizam a divisão em dois grupos, 27% superiores (que obtiveram os escores
mais altos) e os 27% inferiores (que obtiveram os escores mais baixos) (SARTES; SOUZA;
FORMIGONI, 2013). A partir disso, é possível planejar intervenções pedagógicas distintas para
esses grupos.
Porém, é preciso pontuar que as interpretações dos índices estão atreladas às características
da amostra de indivíduos utilizada para a normatização do teste, podendo sofrer influências de
fatores como respostas omitidas (em branco) e respostas corretas obtidas pelo acaso (Acerto
Casual) (SARTES; SOUZA; FORMIGONI, 2013).
É importante salientar que tais parâmetros são apontamentos para interpretações que vão
compor a análise pedagógica, sustentados também por outras evidências registrada pelo
professor.
A análise pedagógica que se apoia a TCT deve, portanto, ser mais ampla e considerar outras
condições além dos resultados da aplicação do instrumento em si. O tipo de avaliação adotada
pelo professor em virtude de uma necessidade pedagógica também interfere na análise dos
resultados obtidos.
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Dificuldade
Capacidade de discriminação e,
Probabilidade de acerto ao acaso.
A qualidade dessa análise é sustentada por um modelo matemático sofisticado e que exige
processos de pré – testagem e ancoragem dos itens.
A partir do conceito de parâmetros de itens, obtidos pelo processo estatístico de “calibração” dos
níveis de dificuldade do item, são identificadas as características que possibilitam classificar as
questões em fáceis, médias e difíceis.
Dada a sofisticação dos seus processos, a aplicação da TRI só é viável em avaliações externas,
padronizadas e em larga escala.
O conceito de item dentro de uma avaliação educacional está vinculado à Teoria de Resposta
ao Item (TRI), um modelo de correção que passou a ser utilizado nas avaliações externas e em
larga escala, pois sua modelagem estatística viabiliza a comparabilidade e a criação de séries
históricas para acompanhar a evolução dos resultados. No Brasil, esse modelo é utilizado na
prova Saeb e no Enem. As avaliações externas padronizadas em larga escala destacam – se
por seus objetivos sociais, econômicos e políticos e, ao mesmo tempo, têm papel na valorização
e na qualidade da educação.
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Para as escolas, a avaliação externa e em larga escala traz resultados que permitem verificar os
requisitos de qualidade propostos pelos exames de maior abrangência, o que possibilita a análise
comparativa e orienta para tomada de decisão em uma esfera mais ampla. Sendo assim, é
importante que o elaborador tenha clareza sobre a finalidade da avaliação, assegurando a
validade do item para atender à intencionalidade da coleta de dados proposta.
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O ato de avaliar geralmente não é utilizado como forma de repensar a prática, e sim como meio
de julgá-la e torná-la estratificada. Com a função classificatória, a avaliação não auxilia o avanço
e o crescimento do aluno, transformando assim, a avaliação em teste/exame. Veja o quadro
abaixo sobre as diferenças entre exame e avaliação:
EXAME
• Voltado para o passado: o que nosso aluno aprendeu para eu aprová-lo ou não;
• Olhando para o passado: o ato é classificatório;
• Seletividade: alguns entram, mas muitos ficam de fora.
AVALIAÇÃO
• Voltado para o futuro: o que foi que nosso aluno aprendeu e ainda vai aprender ?
• Olhando para o futuro: o ato é inclusivo (todos têm direito de aprender);
• Seletividade: É diagnóstico, ato de investigação, de intervenção para prosseguir.
Luckesi (1999)
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A avaliação em sala de aula assume muitas formas e ajuda os professores a tomarem diversos
tipos de decisões.
As informações da avaliação são usadas para organizar os alunos em uma sociedade funcional
de sala de aula, planejar e executar instruções e monitorar a aprendizagem dos estudantes. A
avaliação é muito mais do que dar provas formais de papel e caneta para os alunos.
Vale ressaltar que a avaliação será o guia para tomadas de decisão referente ao modo de ensinar
e aprender após sua aplicação. A avaliação serve ao processo e não o contrário, e dessa forma
devemos observar atentamente, segundo ALMEIDA (2012), os 6 princípios norteadores para a
avaliação. São eles:
Princípio da Coerência: Deve ser coerente com o que consta no currículo [objetivos,
metodologias, conteúdos e Descritores]
Princípio de Caráter Positivo: A avaliação deve ser voltada para que o estudante saiba fazer,
ao invés de estar direcionada para o que o professor ensinou e o estudante ainda não sabe.
Princípio da Generalidade: A avaliação e seus resultados devem ser analisados como ‘um todo’
durante o processo de aprendizagem.
Princípio da Postura: A avaliação deve acontecer num ambiente de confiança e clareza e ter
conhecimento antecipado do modelo de avaliação. O professor deve detalhar o instrumento de
avaliação.
A avaliação só existe porque, ensino não implica necessariamente aprendizagem. Numa escola
ideal ensino e aprendizagem seriam a mesma coisa, porém nem tudo que se ensina é aprendido.
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Esses são os temas essenciais para compreensão capítulo 2, que também contribuem para
ampliação conceitual das equipes pedagógicas no processo avaliativo.
Objetivo do Capítulo
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Nossa atenção, aqui, está direcionada ao processo de avaliação como sinônimo de “qualidade
educacional”, principalmente no que diz respeito ao desempenho dos alunos em seu contexto
pessoal, social e profissional. Tendo em vista esse objetivo, nossas ações medem ou avaliam
nossos alunos?
Avaliar é um processo mais complexo, em que é verificado se aquilo que foi planejado foi
alcançado. O ciclo de avaliação compreende as seguintes etapas:
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Mobilizar uma turma, uma escola ou até mesmo uma rede em prol de um momento avaliativo
exige que todas essas dimensões sejam consideradas. Por essa razão, a equipe de coordenação
pedagógica deve considerar as implicações desses conceitos também na dinâmica de formação
continuada dos professores, de forma a prepará-los para lidar com os instrumentos e com as
devolutivas, bem como desdobrar a análise dos resultados em ações de replanejamento e
correção de rota com base nos objetivos e metas da escola.
Ao longo de todo o processo, algumas observações devem ser realizadas para uma certificação
da metodologia ou uma possível correção de rota e, para isso, o professor deve adotar várias
formas de avaliar, aferir e analisar o progresso ou os ajustes de seus alunos.
Os vários tipos existentes fornecem dados diversos sobre o desempenho dos estudantes. Cada
modelo tem características e objetivos pedagógicos distintos. Por isso, conhecer e aplicar o tipo
adequado de avaliação para cada momento do processo educacional é de grande importância.
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AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS
Normalmente essa modalidade é aplicada nos momentos iniciais e finais de uma fase da
educação. Objetivo: Conhecer melhor os estudantes, identificando e compreendendo suas
necessidades.
• Simulados
• Avaliações on-line
• Questionários
AVALIAÇÕES COMPARATIVAS
Aplicada durante ou depois de uma aula, ela pode acontecer por meio de:
• Observações de desempenho;
• Relatórios;
• Atividades em sala;
• Auto avaliação;
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Essa modalidade de avaliação busca medir o desempenho escolar dos estudantes durante o
processo. Tem o objetivo de dividir o processo, unidade escolar, para fins quantitativos e permite
que a equipe de coordenação e docente possam fazer correções de rotas/intervenções
pedagógicas/ajustes às necessidades dos alunos no restante do processo.
• Simulados;
• Avaliações online;
• Seminários;
• Estudos de caso;
• Produções audiovisuais;
• Trabalhos e pesquisas.
AVALIAÇÕES SOMATIVAS
A modalidade avaliativa mais comum dentro das escolas brasileiras. Utilizadas ao final de um
processo educacional – que pode ser definido como ano, semestre, trimestre, bimestre ou ciclo,
por exemplo – as avaliações somativas determinam o grau de domínio dos conteúdos pré –
estabelecidos.
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O processo de elaboração de itens está vinculado ao modelo de correção pela TRI, utilizado em
avaliações externas, padronizadas e em larga escala. O ponto de partida desse processo é a
matriz de referência, pois ela define as habilidades contempladas pelo objeto de avaliação e os
critérios que embasam os parâmetros de correção e leitura dos resultados, possibilitando a
tradução pedagógica destes. Portanto, os testes de avaliação em larga escala têm como objetivo
aferir a proficiência dos estudantes em determinadas áreas do conhecimento, em períodos
específicos de escolarização (BRASIL, 2008). É um documento aberto, transparente para todos
os envolvidos no processo de avaliação.
Não se deve confundir a matriz de referência com o currículo , pois este dá conta de outro escopo
de planejamento e estabelecimento de metas, abrangendo espectros mais amplos de avaliação
no que tange os instrumentos, que devem mapeados pela equipe escolar e aferidos por meio de
avaliações internas.
• Competências
• Habilidades
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• Objeto de Conhecimento
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Os itens compõem o instrumento que será utilizado para coleta de dados resultantes da aplicação
de uma avaliação. A elaboração do instrumento deve estar alinhada com as evidências que se
pretende coletar. A avaliação da qual resulta esse processo é um constructo.
• questionamentos;
• devolutivas descritivas;
• portfólio;
• rubricas.
Dessa forma, compreender os conceitos de “prova” e “instrumento” é útil para fomentar recursos
de apoio ao processo de avaliação em uma escola. No âmbito escolar, as equipes podem se
apoiar em diversos instrumentos para coleta de dados. Outrossim, se a finalidade da avaliação
abrange outros contextos e ambientes externos à escola, o que implica o sistema educativo como
um todo, o instrumento assume características baseadas em “testes de desempenho”, os quais
utilizam itens fechados de múltipla escolha e avaliam um único traço latente a ser traduzido na
proficiência do aluno.
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Assim, um aluno que apresente comportamentos discrepantes tem sua nota ajustada levando
em consideração a possibilidade de acerto ao acaso e recompensando, assim, a coerência no
desempenho que corrobora a proficiência. Portanto, um aluno de alta proficiência deve acertar
muitos itens fáceis, uma boa quantidade de itens medianos e vários itens difíceis; um aluno de
baixa proficiência não deve acertar itens difíceis, que não correspondam ao seu desempenho
nas questões fáceis e médias. Esse tipo de análise não pode ser replicada nas condições
encontradas em avaliações internas, pois depende de uma modelagem estatística sofisticada.
Assim, os instrumentos de avaliação são considerados recursos para a obtenção de dados com
base em objetivos concretos. Podem ser realizados internamente ou podem ser avaliações
externas, e devem informar as ações e estratégias adotadas pelas equipes docentes.
De acordo com os estudos de Bloom e seus colaboradores, o domínio cognitivo está relacionado
ao aprender. Envolve a aquisição de um novo conhecimento, do desenvolvimento intelectual, de
habilidades. Nesse domínio, os objetivos foram agrupados em seis categorias e são
apresentados em uma hierarquia de complexidade e dependência, do mais simples ao mais
complexo. Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter obtido um desempenho adequado
na anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos níveis anteriores (TREVISAN;
AMARAL, 2016).
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A avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores
para alcançar o principal objetivo - o aprendizado dos alunos, recorrendo a diversos instrumentos
para fazê-los compreender os conteúdos previstos.
Ou seja, é muito importante encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos
alunos, identificar se eles estão realmente aprendendo e oferecer alternativas para a evolução
do aprendizado.
Nós, como educadores, sabemos que nem sempre é fácil avaliar o aprendizado do aluno de
modo a compreender quais competências e habilidades ele conseguiu desenvolver.
Podemos considerar que o uso dessa ferramenta serve para classificar e discutir os objetivos
educacionais até a capacidade de desenvolver as competências da taxonomia, servindo como
instrumento de avaliação dentro do processo de ensino-aprendizagem.
“A Taxonomia de Bloom contribui para auxiliar os professores na definição
daquilo que eles esperam que os alunos saibam, por meio de uma distribuição
hierárquica de complexidade” BLOOM, 1983.
Entretanto desses três campos, somente o primeiro foi amplamente desenvolvido e colocado em
prática, por isso iremos abordar apenas os itens avaliativos baseados no campo cognitivo.
1. Domínio Cognitivo
O domínio cognitivo tinha como objetivo categorizar objetivos educacionais e era composto de
seis categorias: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.
1.4 Análise: Engloba examinar e dissecar a informação em partes, além de determinar como
essas partes se relacionam; identificar motivos ou causas, fazer inferências e encontrar
evidências para apoiar generalizações.
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1.5 Síntese: Compreende construir uma estrutura ou caminho de elementos diversos. Também
faz referência ao ato de juntar partes para formar um todo.
1.6 Avaliação: Envolve apresentar e defender opiniões, fazendo julgamento de valor sobre a
informação, a validade das ideias ou qualidade do trabalho baseado em algum critério.
2. Domínio afetivo
O domínio afetivo lida com nossos sentimentos e emoções, incluindo como enfrentamos o
entusiasmo, rejeição, encorajamento e outros.
Na taxonomia de Bloom, o domínio afetivo encoraja o estudante a não só receber, lembrar e
entender a informação, como também a interagir com ela em uma forma pessoal e emocional.
Ele é divido em cinco estágios:
2.5 Caracterização: Neste nível é forjada uma crença particular que pode influenciar o
comportamento do estudante.
3. Domínio psicomotor
Os objetivos do domínio psicomotor representam a mudança de comportamento. Refere-se à
agilidade dos alunos em habilidades psicomotoras. Assim como o domínio afetivo também é
dividido em cinco subáreas:
3.3 Resposta guiada: Quando o aluno é guiado por professores com instruções para realizar
tarefas. Aqui entra o processo de tutoria.
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3.4 Resposta Mecânica: Processo automatizado que acontece devido à repetição do processo
guiado.
3.5 Resposta completa e clara: Capacidade de realizar ações de forma clara e efetiva.
Processo Cognitivo
É importante dizer que a taxonomia propõe não apenas uma classificação desses níveis
progressivos de aprendizagem, mas também uma estrutura clara da complexidade do processo
de aprender.
Como vimos, a própria taxonomia de Bloom lista os verbos de ação que compõe cada nível,
que são um mecanismo objetivo e simples que ajuda a formular as questões e facilitar a
compreensão de qual habilidade precisa ser trabalhada em cada etapa do processo de
aprendizagem do aluno.
Por exemplo, “justificar” é a ação que você espera do seu aluno no nível da avaliação,
enquanto que “resolver” é algo que se espera no nível de aplicação.
Pela Taxonomia de Bloom, se você utiliza distratores em todas as alternativas, torna a questão
mais complexa.
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Nesse contexto, esses distratores irão ajudar a identificar onde está a defasagem daquele
aluno, se ele marca a alternativa que tem um erro no processo de divisão ou em algumas das
habilidades anteriores na hierarquia do processo cognitivo.
ATENÇÂO: A alternativa correta precisa ter o mesmo nível de desenvolvimento dos distratores.
A estrutura sugerida inicialmente pela Taxonomia de Bloom era construída com apenas uma
dimensão, sendo então proposta em 2001 a adição de uma segunda dimensão.
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São elementos que descrevem as habilidades trabalhadas nas avaliações externas, a partir dos
quais são alaboradas as questões dessas mesmas avaliações.
É a partir de descritores que são elaboradas as questões das avaliações em larga escala. Assim,
por meio do resultado dessas avaliações é possível mapear o domínio dos estudantes nas
habilidades nas áreas do conhecimento, a fim de se propor um planejamento pedagógico
direcionado às necessidades de cada estudante, turma, escola, regional ou estado.
Segundo o inep:
LINGUAGENS
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MATEMÁTICA
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ESCALAS DE PROFICIÊNCIA
É um conjunto de números ordenados, obtido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI) que mede
a proficiência (habilidade) em uma determinada área de conhecimento. Podem ser visualizadas
como réguas que permitem aferir as habilidades dominadas pelos alunos do nível mais baixo
para o mais alto, de forma contínua.
Exemplo:
ESCALA DE PROFICIÊNCIA:
NÍVEL 5 [225,250] Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu
referente em tirinhas, contos e reportagens.
NÍVEL 6 [250,275] Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos,
crônicas, reportagens e tirinhas.
NÍVEL 7 [275,300] Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto
comum a duas reportagens..
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CONCLUSÃO
Com este material, procuramos destacar a importância de avaliar itens elaborados ou adaptados
pelo professor/articulador ou por outros profissionais. Isso nos faz refletir sobre pontos que
necessitamos melhorar em nossa prática docente.
Por fim, esperamos que nosso objetivo tenha sido alcançado – iniciar a discussão sobre a
preparação/condicionamento dos nossos estudantes para aumentar o desempenho nas
avaliações externas de larga escala que futuramente serão submetidos e, trazer mudanças,
intervenções, correções de rotas no trabalho do professor sem causar grandes transtornos.
Gratidão
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ANEXOS
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