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É importante ressaltar que, embora isso tenha ocorrido, a teoria clássica dos
testes não foi simplesmente descartada, ela é ainda muito utilizada e diversos
contextos, inclusive o da avaliação, principalmente quando não é possível a
aplicação da teoria de resposta ao item. Na verdade, as duas são na maioria
das vezes complementares e oferecem informações úteis para análise de
instrumentos de medidas educacionais como de seus resultados.
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I – A TEORIA CLÁSSICA DOS TESTES E TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM
1.1. Conceito da Teoria Clássica dos Testes
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parâmetro também indica a coerência do escore do item com o escore do teste,
assim, quanto maior for o índice dos itens, maior será a homogeneidade do
teste (SILVEIRA, 1983). O parâmetro de discriminação de um item pode ser
obtido pela correlação do item com o escore total menos o escore do item
(correlação item-total), que pode ser obtido através da correlação bisserial por
ponto.(PASQUALI, 2009).
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mais); do formato dos itens (por exemplo, múltipla escolha/resposta aberta,
dicotômico/politômico) e do número de parâmetros dos itens a serem
estimados. Na educação prevalecem os modelos logísticos de um, dois e três
parâmetros para itens dicotômicos, que consideram respectivamente: somente
a dificuldade do item; a dificuldade e a discriminação; a dificuldade, a
discriminação e a probabilidade de resposta correta dada por indivíduos de
baixa habilidade (Andrade et al. 2000).
A história da TRI remonta aos anos 1940, quando Frederic Lord e seus colegas
começaram a desenvolver modelos matemáticos para avaliar a habilidade dos
indivíduos em testes padronizados. Lord é frequentemente considerado o pai
da TRI, tendo publicado vários artigos importantes sobre o tema na década de
1950.
Nos anos 1960 e 1970, a TRI começou a se tornar uma abordagem popular na
área de avaliação educacional. Vários modelos de TRI foram desenvolvidos,
incluindo o Modelo de Dois Parâmetros (2PL), o Modelo de Três Parâmetros
(3PL) e o Modelo de Quatro Parâmetros (4PL). Cada modelo de TRI é
projetado para lidar com diferentes tipos de itens e para fornecer informações
específicas sobre a habilidade dos indivíduos.
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Antes de descrevermos os principais modelos de TRI, precisamos ter em
mente quatro conceitos ou terminologias utilizadas na TRI:
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A seguir vamos ver um exemplo simples, porém didático sobre como a TRI
pode ser aplicada na área da educação.
Para aplicar a TRI neste teste, precisamos primeiro calibrar os itens. Isso
envolve a administração do teste para um grupo de estudantes representativo e
a análise das respostas para cada item. A análise pode ser realizada com a
ajuda de um software especializado em TRI (por exemplo na Academy
utilizamos o Winsteps e R com pacote IRT), que estima os parâmetros dos
itens.
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CONCLUSÃO
A Teoria Clássica de Teste (TCT), modelo que utiliza o escore total proveniente
de um teste (questionário) para fazer as avaliações, tem sido por muitos anos a
modelagem estatística mais utilizada para avaliar a proficiência de indivíduos.
Esse modelo, muito usado na área da educação procura analisar de tempos
em tempos o desempenho da escola na educação dos alunos, e dessa forma
obter informações que possam conduzir a uma orientação eficiente durante o
processo educacional. Esse método possui suas limitações,pois não identifica
os itens que captam melhor a habilidade do respondente. Muitas vezes
questões que exigem mais conhecimento tem o mesmo valor de questões que
exigem menos.Neste cenário surgiu o modelo chamado Teoria de Resposta ao
Item (TRI), que solucionou alguns dos problemas encontrados na TCT.
Além da área educacional, a TRI também vem sendo muito utilizada na área
psiquiátrica, onde a “habilidade do indivíduo” é interpretada como “traço latente
do indivíduo” e a resposta que o sujeito dá ao item depende do nível que ele
possui no traço latente. Alguns artigos mostram essa teoria nessa área de
aplicação. Um tema que também tem sido abordado pela TRI é o transtorno do
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), esse transtorno é um dos muitos
estudados no campo da psiquiatria infantil e que frequentemente persistem na
idade adulta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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