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Déric Roberto Alves de Souza – Mestrado em Pedagogia do Elearning –

Investigação em educação

DESAFIO 1
Cada estudante procede a uma análise crítica das vantagens e
limitações dos seguintes dois métodos de investigação: estudos
quantitativos vs estudos qualitativos (máximo de 800 palavras, esta
explicação não deverá recorrer à utilização de tabelas)
De acordo com os textos e os vídeos apresentados na atividade, podemos
verificar que os métodos qualitativos e quantitativos são totalmente
diferentes em suas concepções e possuem vantagens e desvantagens que
se tornam nítida na hora de esolher qual método utilizar. Enquanto o
método qualitativo é indutivo e necessita de uma imersão no campo da
pesquisa, o quantitativo é mais dedutivo e se baseia em padrões, relação
entre as coisas e pesquisas já realizadas anteriormente para obter dados.
Sobre o método qualitativo, Buffon, Alessando, Milene e Marcos (2017), nos
mostra um pouco sobre como podemos usar os métodos qualitativos na
educação, além de mostrar que a educação já possui uma tendência aos
estudos mais qualitativos. No mesmo artigo, os autores nos mostra que o
método qualitativo por meio da fenomologia possui 3 etapas, sendo elas: a
redução; a descrição; e por último a interpretação.
Sendo assim, nós temos aqui uma diferença vísivel, uma pesquisa
qualitativa tende a trabalhar mais com o universo dos significados e não
com uma verdade absoluta, já o quantitativo, como é mostrado por Coutinho
e Pereira (2008), necessita de duas variáveis X e Y que se correlacionam e
dados que possam se analizados de uma maneira mais exatas e que não
caia no domínio dos significado. Em suma, o método qualitativo preza mais
na qualidade da entrevista enquanto o método quantitativo preza na
quantidade para obter dados para uma posterior análise quantitativa sobre
estes dados.
Ambos os métodos possuem suas qualidades e suas possíveis
desvantagens, como:
- O método quantitativo é melhor para pesquisas que abrangem um número
maior de pessoas e busca por dados mais simples, como um censo
populacional ou a quantidade de computadores por alunos;
- Já o método qualitativo terá vantagem em pesquisas menores e que
busquem resolver problemas locais. Um exemplo seria uma pesquisa que
busca encontrar as principais dificuldades encontradas pelos professores na
hora de ensinar multiplicação para alunos de determinado bairro.
Geralmente as pesquisas qualitativas terão perguntas abertas (iniciados
com “por que”, “como” ou qual) que deixarão o entrevistado mais livre para
abordar o assunto, enquanto as pesquisas quantitativas terão perguntas
mais fechadas e muitas vezes terão apenas algumas alternativas para a
produção de gráficos e outros dados mais exatos.
Ambos os métodos precisam ter um rigor acadêmico e ético, pois senão
poderemos cair no erro de afirmar coisas que extrapolam as pesquisas
realizadas. Não podemos, por exemplo, afirmar que toda a população que
reside na Alemanha vive melhor que um brasileiro, pois só o IDH ou mesmo
outro índice econômico gerado com pesquisas quantitativas não consegue
medir tal grau de afirmação. Também não podemos afirmar após investigar
alguns professores e estudantes com questões mais abertas e qualitativas
que um determinado país conseguiu informatizar suas escolas, mesmo que
os professores digam que sim e que o govenro está fazendo um ótimo
trabalho. O que temos que pensar é o que queremos explicar:
- O global ou o local?
- Qual melhor método para o meu problema?
- Quais objetivos a investigação pretende analisar?
Em resumo, os dois métodos não devem ser descartados da ciência e cabe
cada investigador, após um amplo estudo sobre o problema que quer
investigar, escolher qual dos dois métodos será o melhor. Não podemos
esquecer também que podemos mesclar estes dois modelos para
responder novas indagações que não podem ser abarcadas com apenas
um método. O que nunca devemos esquecer é que todo método possui
suas falhas e que isso deverá ser exposto durante a pesquisa, mostrando
assim o rigor acadêmico e ético que a pesquisa e o pesquisador teve na
hora da elaboração da investigação.
Referências bibliográficas
Buffon, Alessandra & Martins, Milene & Neves, Marcos. (2017). A
Fenomenologia como Procedimento Metodológico em Pesquisa Qualitativa
na Formação de professores Phenomenology as a Methodological
Procedure in Qualitative Research in Teacher Training. 
Coutinho, Clara Pereira. (2008) “Psicologia, Educação e Cultura”. ISSN
0874-2391. 12:1 (2008) 143-169
DESAFIO 2
A que tipo de estudos (ver a lista de métodos disponíveis nos
recursos) considera que poderão pertencer as seguintes questões de
investigação? Justifique, num breve parágrafo, a escolha do método:
1 - Qual o tipo de dinâmicas que se gerou durante o ano escolar na
comunidade de práticas x? (Misto)
Como é bem colocado por Ranulfo (2016), o método misto pode ser utilzado
para mesclar o uso das duas técnicas (quantitativa e qualitativa). Nesta
investigação poderíamos realizar uma investigação que conseguisse
realizar uma análise mais descritiva (qualitativa) e ao mesmo tempo conter
pesquisas mais abertas (Por que?, qual?, como?) que nos daria uma noção
melhor de quais foram as melhores dinâmicas utilizadas e como a escola e
a comunidade poderia melhorar estas dinâmicas. Escolhi o método misto
pois se trata de uma pesquisa em uma comunidade escolar, caso fossemos
analisar um país, creio que teríamos muita dificuldade e teríamos que
utilizar métodos mais quantitativos que não possuem questões aberta.
Apesar de ser possível escolher o método qualitativo, pois se trata de uma
pergunta aberta, devemos levar em consideração que com o método
quantitiativos poderíamos tabular os dados e gerar gráficos sobre o tema
para a comunidade.
2 - Como têm vindo a evoluir os materiais online de apoio aos
professores na última década?
Esta investigação envolveria um levantamento bibliográfico e de dados
sobre os diversos materiais onlines disponíveis para os professores na
última década. O método seria o quantitativo e teríamos que delimitar a área
de ensino e a região que vamos analisar, pois só assim teríamos como
comparar esta evolução. Em resumo, teríamos um método quantitativo
comparativo entre diversas variáveis para responder perguntas, como: O
número de alunos aumentou?; As instituições aumentaram suas turmas?; O
mercado de materiais aumentou ou diminuiu?
3 - Após a intervenção realizada na escola Y, quais as mudanças
registradas?
Aqui teríamos que recorrer mais uma vez ao estudo qualitativo
fenomológico. Dois pontos que nos ajuda a entender isso são:
- A intervenção foi realizada em uma escola, ou seja, podemos realizar
pesquisas baseadas na qualidade e não na quantidade;
- Estas mudanças tendem a ser subjetiva, sendo assim, estamos lidando
com o universo dos significados e uma necessidade de interpretação para
se obter um resultado mais claro.
Em resumo, por ser tratar de uma espaço reduzido e uma questão cheia de
significados e interpretações, pensamos que o melhor método é o
qualitativo.
4 - Quais os elementos da primeira fase de intervenção a serem
incluídos na preparação da segunda fase de intervenção na escola?
(Quantitativos – correlacional)
Nesta questão, o método mais adequado seria o quantitativo correlacional,
onde poderíamos elencar as principais variáveis da primeira fase que serão
incluídas na preparação da segunda. Seria uma pesquisa de correlação
constante entre as varíaveis.
5 - Quais os momentos mais determinantes para a evolução da
situação durante as duas últimas décadas?
Como vimos na questão 2, teríamos que realizar uma investigação
quantittativa, ou seja, um levantamento de dados bibliográficos e de
pesquisas científicas que abarcam os momentos mais determinantes para a
evolução de determinada situação ao longo das duas décadas. Como
exemplo, poderíamos realizar um levantamento sobre a evolução dos
cursos de licenciatura online nas últimas duas décadas e uma possível
situação futura.
6 - Qual a perceção dos professores da escola Z sobre a gestão da
cantina escolar? (qualitativo – fenomologia)
Esta questão lida com o universo dos significados. Buffon, Alessandra &
Martins, Milene & Neves, Marcos (2017), nos mostra que a fenomologia
poderia muito bem abarcar esta questão, pois a fonte de dados é no seu
ambiente natural, ou seja, a escola e a opinião dos utilizadores da cantina
daquela escola. Teríamos uma pesquisa onde o que importa não é o
número de entrevistados, mas a qualidade desta entrevista. Para obter bons
resultados, a fenomologia poderia funcionar de maneira adequada desde
que o investigador seja rigoroso e tenha ética e objetivos claros acerca da
sua pesquisa.
Referências bibliográficas
Buffon, Alessandra & Martins, Milene & Neves, Marcos. (2017). A
Fenomenologia como Procedimento Metodológico em Pesquisa Qualitativa
na Formação de professores Phenomenology as a Methodological
Procedure in Qualitative Research in Teacher Training. 
Coutinho, Clara Pereira. (2008) “Psicologia, Educação e Cultura”. ISSN
0874-2391. 12:1 (2008) 143-169
Paranhos, Ranulfo et al. Uma introdução aos métodos mistos. Sociologias
[online]. 2016, v. 18, n. 42 [Acessado 4 Janeiro 2023], pp. 384-411.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/15174522-018004221>. ISSN 1517-
4522. https://doi.org/10.1590/15174522-018004221.

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