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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – Campus Mata Norte

Curso de Licenciatura em História (7º P)


Disciplina: Avaliação da Aprendizagem
Docente: Túlio Quirino
Discente: Cláudio Henrique Ribeiro

ESTUDO DIRIGIDO

1. A partir do texto lido, é possível dizer que o entendimento sobre o processo


avaliativo foi o mesmo durante toda a história? Justifique sua resposta.
R: Não, visto que na primeira geração avaliativa (1920-30) possuía como
enfoque o uso da avaliação para medir o rendimento escolar, já que neste
modelo, a aprendizagem é concebida pelo aluno como objeto transmitido pelo
professor e o desempenho do estudante seria única e inteiramente de sua
responsabilidade. Entretanto, para a terceira geração avaliativa (1950-80) a
avaliação tinha como fim não apenas definir um julgamento final, o que seria
limitá-la nos seus objetivos, mas favorecer meios que possibilitassem o
aprimoramento dos currículos.

2. O conceito de avaliação acompanha as mudanças históricas da sociedade. Se


pararmos para refletir, como podemos definir a evolução da avaliação
educacional no período compreendido entre os séculos XVI e XX? (Caracterize
sinteticamente este curso evolutivo)
R: Em síntese:
1° Geração: Medida; responsabilizar somente a figura do aluno pelo seu
desempenho.
2° Geração: Congruência entre objetivos e desempenho do aluno, o papel do
avaliador passaria a descrever os padrões e critérios da avaliação.
3° Geração: Como julgamento profissional; destacou-se pelas discussões
envoltas na necessidade do juízo de valor nas avaliações, ou seja, o avaliador
deveria assumir o papel de juiz para medir, descrever e julgar todas as
dimensões do objeto avaliado.
4° Geração: Interação social Complexa, avaliação formadora e auto avaliação
reguladora; um processo interativo, negociado, fundamentado no “paradigma
construtivista de interação entre observador e observado, cujo papel do
avaliador é o de comunicador e sua abordagem, imbuída de aspectos humanos,
políticos sociais, culturais e éticos, envolvidos no processo.
3. A avaliação educacional foi um processo gradativo que veio se modificando
desde a antiguidade até o tempo presente. Nesse sentido, só foi a partir da
segunda geração avaliativa (1930-40) que os autores iniciaram uma profunda
discussão acerca da temática e dentre eles podemos citar Ralph Tyler. Para
Tyler, quais eram as condições para uma boa avaliação educacional?
R: Tyler propôs responder as disfunções na prática da avaliação
responsabilizando não somente o aluno pelo seu desempenho, mas
considerando os demais atores e envolvidos no processo de ensino
aprendizagem. Nesse percurso, seria necessário considerar quatro fases na
organização curricular: enunciar objetivos, selecionar experiências, organizar
experiências e avaliar. Assim, haveria de se discutir amplamente sobre os
objetivos estabelecidos, os resultados esperados e as ações diante destes.

4. A partir da leitura do texto discorra sobre a quarta geração da avaliação, que


se consolidou a partir da década de 1990.
R: Baseava-se em um processo interativo, negociado e fundamentado no
“paradigma construtivista de interação entre observador e observado, cujo
papel do avaliador é o de comunicador e sua abordagem, imbuída de aspectos
humanos, políticos sociais, culturais e éticos, envolvidos no processo
precursores desse movimento Lincoln e Guba buscam superar algumas
deficiências das gerações anteriores, tais como: a escassa atenção ao pluralismo
de valores e um excessivo apego ao paradigma positivista. O propósito da
avaliação na concepção da quarta geração é fornecer, sobre o processo
pedagógico, informações que permitam aos agentes escolares decidir sobre as
intervenções e redirecionamento que se fizerem necessárias face ao projeto
educativo. Dessa forma, o instrumento avaliativo passa ser referencial para o
apoio pedagógico, administrativo e estrutural, concretizando, assim, as relações
cooperativas.

5. De acordo com o texto e considerando o seu conhecimento sobre o sistema


educacional brasileiro responda: quais são as visões mais atuais sobre a
avaliação, e quais os desafios que os professores têm em implementá-las?
R: Atualmente, os métodos de avaliação possuem um caráter diversificado,
prometem avaliar se o processo de ensino-aprendizagem se efetuou de forma
integral nas diversas esferas da vida social do aluno e usar seus erros para
aprimorar seus métodos. Entretanto, a baixa remuneração dos profissionais de
educação, associada à longa jornada e a precarização do trabalho docente e a
ausência de apoio da coordenação pedagógica são os principais desafios
enfrentados pelos professores no processo de implantação do modelo
avaliativo.
6. O texto cita várias gerações da avaliação. Quais métodos criados por essas
gerações ainda são empregados atualmente nas escolas?
R: Congruência entre objetivos e desempenho do aluno, descrição de padrões e
critérios da avaliação por parte do avaliador (2° geração). Avaliação Formativa, a
qual caracteriza-se pela análise do processo de ensino tendo em vista as
intervenções necessárias para o seu aperfeiçoamento, e Somativa, o estudo dos
resultados para verificar a eficácia do programa e tomar decisões sobre o seu
futuro (3° Geração). Além disso, avaliação de interação social Complexa,
formadora e auto avaliação reguladora; um processo interativo, negociado cujo
papel do avaliador é o de comunicador e sua abordagem, imbuída de aspectos
humanos, políticos sociais, culturais e éticos, envolvidos no processo (4°
geração).

7. De acordo com Hadji, como o professor deve pensar seu papel enquanto
educador e avaliador? Você concorda com esse pensador? Justifique sua
resposta.
R: Segundo Hadji, o professor, enquanto avaliador, deve ter ciência, antes de
técnicas e métodos, de que a avaliação perpassa um sistema maior que é o
educacional e que este objetiva um indivíduo capaz de pensar
crítica-autonomamente. Dessa forma, a avaliação deve submeter-se a um plano
de educação maior do que apenas a avaliação por ela mesma. Em consonância
com Hadji, acredito que a avaliação não é (e não pode ser) o objetivo final da
educação, o conhecimento científico-técnico-cultural está além das verificações
de aprendizagem, uma vez que o estudante deve ser educado para vida social e
não para um recorte avaliativo.

8. Segundo Scriven, existem papéis diferentes na avaliação. Este autor


apresentou duas concepções fundamentais para a compreensão das práticas
avaliativas. Quais seriam essas? Discorra sobre elas e reflita: qual destes dois
modelos é mais difundido na educação básica?
R: Scriven, ao diferenciar os papéis da avaliação, apresentou dois conceitos
fundamentais para a compreensão da prática avaliativa: a avaliação formativa e
a somativa. A primeira caracteriza-se pela análise do processo de ensino tendo
em vista as intervenções necessárias para o seu aperfeiçoamento, enquanto
que a avaliação somativa é o estudo dos resultados para verificar a eficácia do
programa e tomar decisões sobre o seu futuro. Atualmente, a avaliação
somativa apresenta maior destaque no campo escolar, uma vez que os
resultados das avaliações são utilizados para traçar melhores estratégias
pedagógicas para cada disciplina.
9. De acordo com o texto os modelos avaliativos adotados em cada época
seguem o contexto político, social e educacional. Considerando a instabilidade
política e social que, consequentemente, leva a um declínio na educação,
como é possível se aplicar uma avaliação justa?
Por meio do processo de avaliação diversificada. O conhecimento é construído
por um processo dialético contínuo, por isso é essencial que o educador
considere a participação e o engajamento do aluno, principalmente dos mais
introspectivos, em todo desenvolvimento pedagógico.

10. Qual a importância do estabelecimento prévio dos objetivos para um


processo de avaliação da aprendizagem?
R: Só é possível delimitar estratégias de ensino, quando se sabe onde se quer
chegar. Como diria o Gato de Cheshire do clássico de Lewis Carrol, “para quem
não sabe onde se quer chegar, qualquer caminho serve”.

11. Na sua opinião, o que se deve fazer quando a avaliação da instituição não
condiz com o tipo de postura e didática que gostaríamos de ter em sala?
R: Atender as demandas burocráticas/formalistas da instituição, mas buscar
traçar estratégias alternativas de avaliação para cada aluno.

12. Refletindo sobre o momento atual, de que forma os professores têm lidado
com o processo avaliativo na escola? Ele está sendo feito de maneira contínua
ou somente em momentos específicos?

R: Nesse contexto de ressaca pós-pandemia, os processos avaliativos e suas


efetividades têm sido expostos ao campo do debate, considerando o quadro
psíquico, emocional do alunado no contexto pós-2020. Na minha experiência
particular de jovem professor da educação básica, pude perceber que as
avaliações tomaram formas mais universais, integradas às diversas fases do
processo de ensino-aprendizagem, questões abertas tendem a ser priorizadas
em detrimento das alternativas, visto que somos orientados a considerar com
“mais carinho” as respostas dos estudantes e atribuir, ainda que de forma
decimal, uma pontuação pela tentativa de construção da linha de raciocínio.

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