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Prezado Estudante,
Você está participando da Avaliação Intermediária de Língua Portuguesa. Você deverá demonstrar os conhecimentos
aprendidos nos anos que já cursou. Com os resultados, os professores irão planejar e desenvolver as atividades
escolares. Por isso, responda a todas as questões com bastante atenção.
Cada questão tem somente uma resposta correta. Marque a sua resposta em cada questão e depois transcreva-a para a
Folha de Respostas.
Bom trabalho!
09) A B C D 18) A B C D
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Texto I Texto II
E então eu imagino se seria possível, fico me perguntando
se seria possível um momento, digamos assim, de amor,
entre o poeta e a língua, a língua e o poeta. Aí viria a
questão de perguntar se pode existir um amor sem
sadismo nem masoquismo. Eu não sei. Não sei porque,
inclusive, o amor é um sentimento muito recente. Não sei
se vocês já se deram conta, mas o amor é uma coisa que
nasceu, era um esporte muito praticado pela aristocracia
provençal no século XII, o amor, tal qual nós entendemos,
o amor idílico, esse amor, por exemplo, sustenta as
novelas da Janete Clair, no horário das oito, o amor da
foto novela, esse amor presente na nossa vida hoje de um
modo quase obsessivo, a tal ponto que chega assim: bem,
você será feliz no trabalho e no amor.
(LEMISNKI, P. Poesia: a paixão da linguagem. In: NOVAES, A. (org). Os sentidos
da paixão. SP: Companhia de Bolso, 2009. p. 330. Adaptado.)
(www.numclique.net/tirinha-aprenda-como-demonstar-
o-amor-no-twitter/8459. Acesso: 25/07/2011.)
Os textos, embora apresentem o mesmo tema, pertencem a gêneros diferentes. O que mais difere esses textos?
A) A abordagem do tema: enquanto o texto I busca explicações históricas e filosóficas sobre o amor, o texto II
ironiza o amor em tempos de tecnologia.
B) A relação entre quem ama e o objeto amado: no texto I, o poeta se distancia da língua e vice-versa, no texto
II, os personagens declaram amor mútuo.
C) O argumento: enquanto no texto I o amor é concebido como algo concreto, real, palpável, no texto II, o amor
é visto como efêmero, passageiro.
D) O leitor previsto: o leitor do texto I é, preferencialmente, jovens apaixonadas e o leitor do texto II é,
possivelmente, pessoas ligadas à tecnologia.
QUESTÃO 2
QUESTÃO 3
Observando as falas de Armandinho e de seu pai, depreende-se que o autor desse texto pretende provocar uma
reflexão sobre a
A) culpa sentida por aqueles pais que necessitam trabalhar fora de casa.
B) falta de tempo para os filhos por parte dos pais que trabalham fora.
C) importância de não dar aos filhos todas as coisas que eles pedem.
D) necessidade de se guardar dinheiro desde os primeiros anos de vida.
QUESTÃO 4
Esta manchete circulou em um jornal de Goiás em 2013, quando servidores em greve ocuparam o plenário da
Câmara de uma cidade do interior de Goiás por não concordarem com a rejeição, por parte da Câmara, a um
projeto que beneficiaria os trabalhadores.
Essa manchete contém um problema de ambiguidade, pois permite mais de uma interpretação. Considerando as
informações apresentadas sobre o episódio, esse problema é resolvido em:
QUESTÃO 5
País das Gerais, sou teu filho. Duro é saber que estou
Ninguém sabe quando sou boi, Lá embaixo, exilado e só,
Ninguém sabe quando sou leão. Sentindo a saudade da serra.
Na planície me sinto triste, Na montanha nasci,
Na montanha me sinto alegre. Por certo na montanha morrerei.
(MOTTA, D. Elegias do País das Gerais. RJ: José Olympio/INL, 1988. p. 57.)
Nesse trecho, o poeta mineiro Dantas Motta amplia o significado das palavras ao
A) designar seu estado como País das Gerais e estabelecer oposição entre boi e leão.
B) enfatizar que na planície se sente triste e na montanha se sente alegre.
C) imaginar um país dotado de animais inexistentes em seu torrão natal.
D) manifestar apreço pelo lugar em que nasceu em detrimento de outras regiões.
QUESTÃO 6
Nessa publicidade, as imagens da onça e da sua pegada foram utilizadas com o objetivo de
QUESTÃO 7
O verbo “dever” tem como uma de suas acepções a característica de “ter de pagar; ter dívidas ou obrigações”.
Em qual das alternativas o verbo “dever” segue uma das descrições apresentada?
Infere-se, da análise dos quadrinhos, que o interlocutor de Calvin é a sua mãe devido
Garota de Ipanema
Tom Jobim
Olha que coisa mais linda / Mais cheia de graça / É ela menina / Que vem e que passa / Num doce balanço / A
caminho do mar / Moça do corpo dourado / Do sol de lpanema / O seu balançado é mais que um poema / É a coisa
mais linda que eu já vi passar.
Rio (Estados Unidos, 2011), o novo desenho do diretor Carlos Saldanha, começa com uma explosão de cor,
música e movimento: uma coreografia vertiginosa protagonizada por centenas de pássaros nas matas luxuriantes
das encostas cariocas, ao som da trilha encomendada a Sérgio Mendes, que desde a década de 60 compõe ritmos
brasileiros nos Estados Unidos.
(Revista Veja, 06/04/2011, n. 2211. p. 126. Adaptado.)
QUESTÃO 10
“O Lago do Como”
Éramos primos e da mesma idade, tinha pavor dela. Sua mania era me morder no rosto, eu era bochechudo
e acho que isso a atraía. Era um horror quando nos encontrávamos. Ela vinha diretamente em cima de mim, os
dentes cerrados, como uma bruxa mirim.
Crescemos. Ela aprendeu piano. Eu aprendi órgão no seminário. Quando saí, ela cismou de me ensinar
piano não parece, mas órgão é instrumento de sopro e piano é instrumento de corda. Havia macetes que eu não
superava e ela insistia, tocávamos a quatro mãos. "O Lago do Como" era a peça de sustentação, mas ela era boa
nos tangos. Quando eu errava, ela me batia nos dedos.
Formou-se em pedagogia e foi contratada para dirigir uma escola mantida pelo Ministério da Educação, em
Desengano (RJ). Tio Joaquim, doente, pediu que eu fosse até lá, representando a família.
Casou-se com um neto de japoneses que tinha uma criação de peixes decorativos, viveria disso o resto da
vida. Tio Joaquim, em fase terminal, pediu-me que fizesse o papel dele, levando-a ao altar. Foi a última vez que a
vi. Acompanhou o marido, que foi morar no Japão.
Ano passado, quando estive em Nagasaki, passei por uma loja que vendia aquários e peixes ornamentais.
Da casa ao lado, vinha o som de um piano tocando "O Lago do Como".
(Folha de São Paulo, 23/10/2011. p. A-2. Adaptado.)
Foram dois os motivos centrais que atraíram os primeiros produtores da indústria cinematográfica americana para
Los Angeles (cidade onde fica o distrito de Hollywood): o clima californiano e a distância de Nova York. O primeiro
era perfeito para filmagens: o sol brilhava o ano todo e as paisagens podiam ser facilmente adaptadas às mais
variadas tramas – há ali tanto deserto quanto mar e montanhas para serem utilizados como cenários naturais. O
segundo motivo explica-se pelo fato de os cineastas e produtores tentarem escapar do controle de patentes que o
inventor americano Thomas Edison (1847-1931) tentava impor em Nova York. Depois de criar o Kinetoscópio –
precursor do cinematógrafo francês (lançado na França pelos irmãos lumière dois anos depois) – Edison obteve
tanto sucesso que criou uma empresa (...) só para tentar controlar a lucrativa nova mídia. (...)
(Superinteressante, set. 2002, ed. especial: Mundo estranho)
QUESTÃO 12
A) o clima californiano.
B) o sol brilhava.
C) os motivos centrais.
D) os primeiros produtores.
LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA A QUESTÃO 13
QUESTÃO 13
Releia a frase, a seguir, extraída do texto, considerando o uso dos termos grifados.
Quebre os ovos, separe as gemas numa vasilha e acrescente a pasta de alho, misturando com a colher de
pau.
O termo ovos é precedido de os, e o termo vasilha é precedido de numa (numa = em + uma).
A) encontra-se no plural, enquanto o termo vasilha encontra-se no singular (trata-se de uma única vasilha).
B) faz referência a um tipo de alimento, enquanto o termo vasilha faz referência a um utensílio doméstico.
C) refere-se a um objeto definido (já mencionado no texto), enquanto o termo vasilha refere-se a um objeto
indefinido.
D) vem sempre precedido de artigo definido, enquanto vasilha vem sempre precedido de artigo indefinido.
LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA A QUESTÃO 14
QUESTÃO 14
No trecho “... – alguns deles foram sacrificados...”, a expressão destacada refere-se aos
A) 42 animais.
B) 126 animais.
C) 200 animais.
D) grupos de voluntários e turistas.
QUESTÃO 16
Há verbos que só admitem uma regência, como “conversar”, em: “Nasrudin conversava com um amigo.” – trata-se
de um verbo transitivo indireto, isto é, que rege complemento obrigatoriamente introduzido por preposição.
Porém, há verbos que admitem mais de uma regência, com ou sem alteração do sentido, como acontece em:
QUESTÃO 17
Dormir e pensar
Cientistas descobriram que há um fator comum às pessoas com sono mais pesado: elas teriam uma maior
atividade cerebral durante o período de repouso. Quem dorme mais profundamente – segundo o estudo – produz
pulsos de ondas cerebrais mais intensos. Ou seja: diferentemente do que diz o senso comum, quanto mais o
cérebro trabalha durante o repouso, mais profunda é a noite de sono.
“Essas ondas cerebrais são geradas por uma parte do cérebro chamada tálamo, que é uma espécie de via
para a maioria das informações sensoriais”, diz o especialista. E completa: “É provável que o tálamo também
impeça certas informações de chegarem a áreas do cérebro que percebem e reagem ao som”. Ou seja: o tálamo –
por meio dos pulsos cerebrais que ele produz – seria responsável pelo sono estável. "Quanto mais pulsos, melhor
o sono, mesmo quando somos confrontados com ruídos.", afirma o cientista.
(http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/dormir-e-pensar. Acesso: 16/09/2010. Adaptado.)
Não que esse desconhecimento do português fosse coisa rara na sociedade senhorial brasileira. Pelo contrário.
Interessava aos proprietários de escravos que estes pudessem compreender suas ordens. Nada além.
Principalmente em se tratando de escravos destinados ao trabalho na lavoura, como era o caso do Pai-Raiol. Essa
desconfiança com relação ao “falar africano” do feiticeiro parece apontar, na verdade, em As vítimas-algozes, para
a possibilidade de essa “língua estranha” ser usada como forma de combate, de se combinarem resistências ao
senhor ou à sua família. Porque não era só para acompanhar o movimento das enxadas, para ritmar o próprio
trabalho de 15 a 18 horas diárias, que os trabalhadores rurais, por exemplo, cantavam os seus jongos, ora num
português arrevesado, ora em dialetos africanos diversos.
(SÜSSEKIND, F. Estudo introdutório de As vítimas-algozes, de J. Manuel de Macedo. SP: Scipione, 1991, p. XXXII.)
Esse texto de Flora Süssekind, sobre um feiticeiro negro de As vítimas-algozes, do romancista romântico Joaquim
Manuel de Macedo, põe em discussão a
QUESTÃO 19
Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da
miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e
prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o
recompensava, como ela o premiava, como ela o condenava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de
fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir
um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara.
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe
importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos
heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de
tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma!
Nenhuma!
(BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. 9 ed. S.P.: Ática, 1991. p. 151-152.)
Esse texto mostra que a narrativa de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, tem por foco
Os eleitos
Elisangela Roxo
Ele entra na sala de aula cumprimentando todo o mundo, mas diz que não é político. "Modéstia à parte, sou
legal". Alan Laureano, 19, é representante de classe do curso técnico de Administração da Etesp (Escola Técnica
Estadual de São Paulo). Ele diz que o cargo para o qual foi eleito demanda tarefas simples, mas que exigem
responsabilidade. "Na base da conversa, a gente consegue praticamente tudo aqui", conta Marcelo Henrique
Simoni, 17, vice-representante da mesma sala.
Chegar a um acordo nem sempre é tão simples. "Todos querendo coisas diferentes e a gente tem que entrar
num consenso", explica Tamara dos Santos, 16, da Etec Albert Einstein, em seu terceiro mandato como
representante de turma.
Representar é um ensaio sobre cidadania, porque o eleito (ou eleita) será a voz da classe. "A gente fica mais
visada, tem que dar exemplo", comenta Janaína Chelotti, 16, do colégio São Luís, em São Paulo.
No ano passado, depois de muita negociação, Tereza Broggi Ciardollo, 17, outra representante no São Luís,
conseguiu convencer a direção a mudar o calendário de provas porque os alunos queriam ir à festa de formatura
da escola.
Ana Jacqueline Kaiser Nunes, 15, da Etec, já foi representante de classe em todas as escolas nas quais
estudou. Uma de suas conquistas de outro mandato foi conseguir aumentar o recreio de 15 para 25 minutos. "A
gente ficava cinco minutos a mais [na aula] todos os dias para compensar."
(www1.folha.uol.com.br. Acesso: 26/04/2010.)
QUESTÃO 20
No trecho “Ele diz que o cargo para o qual foi eleito demanda tarefas simples, mas que exigem responsabilidade.”,
a preposição destacada
“Sem família e sem pátria – nascido na Polônia e naturalizado brasileiro – Samuel Rawet sentia-se, como mesmo
declarava e retratava em seus personagens, um vagabundo, um errante, e toda a sua obra, ficcional e ensaística, é
uma procura de identidade. Homem culto, como o foi Guimarães Rosa, espírito superior e universalista, do porte de
um Jorge Luís Borges e de um Samuel Beckett, exilado num país de fachada dúbia e primária.”
(BRASIL, A. Prefácio. In. RAWET, S. Contos do imigrante.2ª ed. S.P.: Ediouro, 197. p.10.)
QUESTÃO 21
Esse texto fala sobre Samuel Rawet, que publicou Contos de imigrante em 1956, na mesma época que Guimarães
Rosa de Grande sertão: veredas. Segundo Assis Brasil, esses autores têm em comum
A) a busca da identidade.
B) a condição de imigrante.
C) o aperfeiçoamento formal.
D) o caráter universal.
QUESTÃO 22
Amanheci um dia pensando em casar. Foi uma ideia que me veio sem que nenhum rabo-de-saia a provocasse.
Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de
governar.
A que eu conhecia era a Rosa do Marciano, muito ordinária. Havia conhecido também a Germana e outras dessa
laia. Por elas eu julgava todas. Não me sentia, pois, inclinado para nenhuma: o que sentia era desejo de preparar
um herdeiro para as terras de S.Bernardo.
(RAMOS, G. São Bernardo. 34ª ed. R.J.: Record, 1979. p.59. *Adaptado: Reforma Ortográfica.)
Depreende-se da passagem do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, uma concepção que o homem tem
da mulher e do casamento. Segundo esse conceito,
(Assaré, P. do. Trecho final de "A terra é naturá". In: Inspiração nordestina. S. P.: Hedra, 2006. p. 330-331.)
QUESTÃO 24
(DIAS, G. A minha musa. In: ______. Primeiros cantos. BH: Itatiaia, 1998. p. 47.)
Ao se referir à sua Musa, o poeta, indiretamente, fala de sua própria poesia. Pelas comparações realizadas, nota-
se que a poesia equivale à
A nogueira
O fruto da nogueira é a verdadeira noz comestível no Natal. A planta possui um cheiro característico, devido
a um óleo volátil que vem das suas folhas e que se espalha pelo calor, formando um halo protetor.
A árvore chega a atingir 30 metros de altura, tem crescimento lento e é encontrada em lugares protegidos e
pomares. É procurada por sua noz e sua madeira. As flores, masculinas e femininas, crescem na mesma árvore,
sendo que as masculinas são mais numerosas. Estas são cachos pendentes, amarelo-esverdeados, e as femininas
são solitárias ou agrupadas em pequeno número no final dos brotos. São esverdeadas, assemelhando-se a um
útero, que vai originar um fruto saboroso que tem a forma de um cérebro humano.
(PARONI, M. Aprenda a ser feliz com os florais de Bach – manual prático e ilustrado com foto das flores do Dr. Bach. SP: M. Paroni: C. Paroni, Prol Editora e
Gráfica, 2003. p. 117-8.)
QUESTÃO 26
Na frase “... que se espalha pelo calor...”, a palavra destacada é um pronome que retoma