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Prezado Estudante,
Você está participando da Avaliação Intermediária de Língua Portuguesa. Você deverá demonstrar os conhecimentos
aprendidos nos anos que já cursou. Com os resultados, os professores irão planejar e desenvolver as atividades escolares.
Por isso, responda a todas as questões com bastante atenção.
Cada questão tem somente uma resposta correta. Marque a sua resposta em cada questão e depois transcreva-a para a
Folha de Respostas.
Bom trabalho!
09) A B C D 18) A B C D
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Canção do Exílio
DIAS, G. Poesia Completa e Prosa Escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar LTDA, 1959. p. 103.
Esse poema de Gonçalves Dias é um dos mais emblemáticos textos do Romantismo e marca a formação da
identidade brasileira, pois
QUESTÃO 2
Embora modernista, o poema de Vinícius de Moraes é construído a partir de ideias contraditórias, conflitantes, o que o
aproxima dos princípios estéticos da arte
Poética (I)
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
(MORAES, V. de. Livro de sonetos. S.P.: Companhia das Letras, 1991. p. 89.)
A um poeta
A) calma e paciência.
B) inspiração e emotividade.
C) sensibilidade e subjetividade.
D) solidariedade e cumplicidade.
QUESTÃO 4
O poema a seguir foi destinado pelo poeta aos afetos e lágrimas derramadas na ausência da dama a quem
queria bem.
Soneto VII
Gregório de Matos
BASTOS, A. Poesia brasileira e estilos de época. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004. p. 25.
O uso de antíteses no poema indica algumas características da lírica barroca, tais como
Na defesa do cunhado, o protagonista acaba ratificando as acusações que a ele são feitas. Qual é a passagem do
texto que apresenta um atenuante ao caráter do cunhado?
A) “Argüíam-no de avareza, e cuide que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude e as
virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit.”
B) “O único fato alegado neste particular era o de mandar com freqüência escravos ao calabouço donde eles
desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo
longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse
gênero de negócio requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro
efeito de relações sociais.”
C) “A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu
quando lhe morreu Sara, dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não única.”
D) “Não era perfeito, decerto; tinha, por exemplo, o sestro de mandar para os jornais a notícia de um ou outro
benefício que praticava, – sestro repreensível ou não louvável concordo; mas ele desculpava-se dizendo que as
boas ações eram contagiosas, quando públicas; razão a que se não pode negar algum peso.”
QUESTÃO 6
Este madrigal, do poeta árcade brasileiro Silva Alvarenga, está registrado no português arcaico, então vigente
na época.
Madrigal XII
Suave Primavera,
Coroada de flores,
Ó! quem gozar pudéra
O prazer venturoso dos Pastores!
Constante por meu mal nos seus rigores,
Glaura por ti suspira,
Ao campo se retira, e lá te espera;
Suave Primavera,
Coroada de flores,
Vem risonha alegrar os meus amores.
A) a adesão à visão iluminista, revelada por meio do desejo de encontrar explicações racionais para o amor.
B) a apropriação de figuras típicas da mitologia na antiguidade clássica, a exemplo das musas e ninfas.
C) a utilização de pseudônimos pastoris, com o intuito de esconder a identidade burguesa dos poetas.
D) o engrandecimento da natureza, manifesto no uso de algumas palavras próprias desse campo lexical.
E) o princípio de aproveitar ao máximo o momento presente e gozar o dia, reevocado da poesia horaciana.
LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA A QUESTÃO 7
Soneto
QUESTÃO 7
"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta."
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada
exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente,
que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a
criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima
rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje,
sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos
ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que
correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos
desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma
base fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais
pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo - a paisagem é a mesma de cada lado beirando a estrada da
vida.
Eu tinha onze anos.
QUESTÃO 9
XIII
Olavo Bilac
I. As estrelas sofrem um processo de personificação, uma vez que o poeta as tem, muitas vezes, como suas
interlocutoras.
II. A cena é descrita de modo subjetivo, com forte interferência da subjetividade do eu poético.
III. A visão de mundo melancólica e transfigurada do poeta projeta-se sobre o objeto poetizado, numa atitude de
desvario.
Nova poética
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco
muito bem engomada, e na primeira esquina
passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou
a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.
QUESTÃO 10
A) o poeta critica a poesia sórdida, repugnante, vista como transgressora da moral e dos bons costumes, que
devem ser conservados.
B) a partir da disposição dos versos e da narratividade apresentadas pode-se classificá-lo como pertencente ao
Modernismo.
C) o seu caráter metalinguístico faz com que apresente uma relação direta com o poema de feição clássica,
parnasiana.
D) a terceira estrofe, constituída por apenas um verso, sugere o conformismo e a passividade do poeta.
QUESTÃO 11
O VENTO
E o vento!
O travador
QUESTÃO 12
Os trechos a seguir foram extraídos dos livros Vidas Secas e Grande Sertão: Veredas, publicados,
respectivamente, em 1938 e 1956.
TEXTO I
Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos
urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinhá Vitória estirou o beiço
indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na
bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao
estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena.
RAMOS, G. Vidas Secas. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 2001. p. 10 (adaptado).
TEXTO II
Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem
topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucúia
vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá — fazendões de fazendas, almargem de vargens de
bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há.
O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou
pães, é questão de opiniães... O sertão está em toda a parte.
ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 24.
Ambos os textos revelam uma mesma faceta do contexto histórico no qual se inserem, que é
Nesse texto, o poeta além de recorrer a expedientes lúdicos do estilo barroco, apropria-se da
QUESTÃO 15
Porquinho-da-Índia
No último verso desse poema, o eu lírico diz que o seu porquinho-da-índia foi a sua primeira namorada. Sobre essa
afirmação, constata-se que
Os amores e os mísseis
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. R. J.: Nova Aguilar, 2002, p. 1254-1255. Adaptado.)
QUESTÃO 16
Texto 1
Texto 2
Pelas abas das serras, quantidades de cavernas – do teto de umas poreja, solta do tempo, a aguinha estilando
salobra, minando sem-fim num gotejo, que vira pedra no ar, se endurece e dependura, por toda a vida, que nem
renda de torrõezinhos de amêndoa ou fios de estadal, de cera-benta, cera santa, e grossas lágrimas de espermacete;
enquanto do chão sobem outras, como crescidos dentes, como que aquelas sejam goelas da terra, com boca para
morder. Criptas onde o ar tem corpo de idade e água forma pele muito fria, e a escuridão se pega como uma coisa.
Ou lapinhas cheias de morcegos, que juntos chiam, guincham, porfiam. (...) Lapas, com salitrados desvãos, onde
assiste, rodeada de silêncios e acendendo globos olhos no escuro, a coruja-branca-de-orelhas, grande mocho, a
estrige cor de pérolas –strix perlata.
(ROSA, J. G. O recado do morro. R. J.: Nova Fronteira, 2007.)
QUESTÃO 17
A) descrição de uma mesma região brasileira, nas imediações de Cordisburgo, Minas Gerais.
B) descrição de um espaço com sua fauna característica, recorrendo ao uso de metáforas.
C) narração de acontecimentos que se passam em grutas, com uso de expressões científicas.
D) narração de uma história regional, com exploração da linguagem poética.
QUESTÃO 18
[...] Eugênio já tinha entrado para a terceira classe de latim, e começando a traduzir o livro dos Tristes, de Ovídio e
as Éclogas de Virgílio sentiu-se tomado de um vivo gosto pela poesia. Para isso o predispunham sua terna
sensibilidade e ardente imaginação. Só esperava a mão que viesse correr aos olhos de sua inteligência inesperta o
véu que encobre esses desconhecidos e encantados horizontes, essas paisagens fantásticas e deslumbrantes, tão
cheias de magia, de luz e de harmonia em que os espíritos elevados encontram tão grato abrigo contra a insipidez e
as asperezas da vida real. [...]
(GUIMARÃES, B. O seminarista. 8ª ed. S. P.: Ática, 1981, p. 3.)
Esse trecho do romance de Bernardo Guimarães evidencia um aspecto da literatura romântica, identificado na
A) contemplação da natureza.
B) evasão da realidade.
C) imitação dos clássicos.
D) religiosidade acentuada.
Valsa
QUESTÃO 19
Esse poema de Cecília Meireles recupera, já na primeira estrofe, nítidos expedientes da estética simbolista, que é a
Minha terra
QUESTÃO 20
Nesse poema, sobre o Recife de sua memória, anterior à modernização, conclui-se que o eu lírico sente
QUESTÃO 21
Como a literatura é talvez a mais lenta das artes, por excesso de proximidade ainda não temos uma imagem
nítida da prosa brasileira dos últimos anos. Ou pelo menos da prosa urbana brasileira mais recente, pós-Rubem
Fonseca, quando a cidade, já o centro do país há décadas, começa afinal a entrar de modo mais consistente na nossa
literatura no que ela tem de “não característico”, “não típico”, “não exótico”. A cidade como um espaço de relações
abstratas, desesperançadamente sem mitos, uma rede tentacular mais de funções do que de seres, que na sua
urgência parece desprovida de história, infância, silêncio, pais, filhos, árvores, paisagens, luas, saudades ou mesmo a
ideia de futuro, um futuro obrigatoriamente luminoso — enfim, um espaço esvaziado de tudo aquilo que ao longo do
tempo vem construindo os lugares comuns (não necessariamente os chavões) da literatura.
O escritor enfatiza que a proximidade com o tempo não possibilita uma imagem nítida da literatura produzida
recentemente, no entanto ele evidencia algumas características da cidade contemporânea incorporadas nas prosas
brasileiras pós-Rubem Fonseca. Da leitura do comentário de Cristovão Tezza, constata-se que essas características
registradas nas obras literárias visam
A) adotar o espaço urbano, construindo um ambiente fragmentado e com relações de difícil compreensão. Os
romances são marcados pela falta de esperança, pela privação de mitos e a incerteza de um futuro promissor.
B) apostar em temáticas relacionadas com a vida nos centros urbanos. Por causa disso, eles criam personagens
adaptados às grandes cidades e que sentem a necessidade de se apropriarem das novas tecnologias.
C) evidenciar a violência presente nas cidades, dialogando com os meios de comunicação de massa. Todavia, os
escritores buscam não banalizar a violência, lançando mão do passado e de mitos, como formas de guiar o
presente.
D) idealizar um futuro iluminado, em que os indivíduos da cidade não irão se importar com a velocidade
estabelecida pelos centros urbanos e sentirão a necessidade de ter um contato maior com a natureza.
E) incorporar a cidade para criticarem as relações estabelecidas pelos sujeitos, relações marcadas pela
superficialidade. No entanto, os romances apresentam a esperança de que os indivíduos construirão vínculos
mais fortes.
O Desaparecido
Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma quando a tarde
estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso em ti devagar, bem devagar,
com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.
Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém
pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e,
entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e
comprido de um menino lírico. Olho-me no espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com
esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando menos nítido,
estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais publicam de um
desaparecido que a família procura em vão.
Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou
o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante
esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente,
docemente em ti, meu amor.
Nesse texto, a respeito da relação entre a voz narrativa e o tempo, estabelecida no primeiro parágrafo, conclui-se que
QUESTÃO 24
Texto 1
Texto 2
Um retrato
Com base nesses dois textos, a diferença entre o Romantismo e o Modernismo ocorre na oposição entre
A) espiritualidade x materialismo.
B) natureza x cultura.
C) passado x presente.
D) sensualidade x racionalismo.
QUESTÃO 25
Os precursores
Em meados do século XIX, começava o debate sobre a identidade do português brasileiro. Os escritores
românticos, sobretudo José de Alencar, reivindicavam para os brasileiros autonomia linguística, cultural e literária.
Movidos por um profundo nacionalismo, os românticos empenharam-se na defesa dessa autonomia.
Alencar se refere a um português alterado, transformado, chegando a falar de um “sistema gramatical”. Sem ter
disso consciência, o romancista estava, de fato, propugnando o direito dos brasileiros de escreverem conforme a
norma brasileira, abandonando a norma europeia. Ele afirmava que tinha o direito de escrever adotando o uso popular
brasileiro. De fato, porém, a causa de Alencar era “muito mais a da liberdade do artista em matéria de língua, que a
independência da variante brasileira”. Contudo, Alencar continuava a valer-se dos dicionários publicados em Portugal
que retratavam o português europeu e mesmo das gramáticas tradicionais, para defender-se de acusações de
incorreções em seus livros. Crescia progressivamente a consciência da identidade brasileira manifesta na produção
literária nacional, bem como se avolumava o debate sobre a personalidade própria do português brasileiro.
O texto menciona como as obras românticas em meados do século XIX tinham um tom nacionalista em defesa da
identidade brasileira. Além do teor nacionalista, as obras românticas brasileiras apresentavam outras características,
como
Por uma doirada tarde azul, os camponeses de uma vila risonha, numa unção bíblica, conduziam ao tranquilo
cemitério florido o loiro cadáver branco de uma virgem noiva, morta de amor, tão bela e tão nova, umedecida no
féretro, como se tivesse acabado de nascer da rosada luz da manhã.
E, então, desde o dia de sua morte, uma lenda espalhou-se em todas aquelas cabeças ingênuas, rudes e
humildes.
Ela era a deusa fantástica, a visão encantada dos antigos palácios medievais de vidraçaria gótica, onde as
rainhas mortas apareciam brancas ao luar, à flor dos lagos e rios, suspirando toda a tragédia histérica dos convulsivos
amores passados, que os ventos de hoje como que ainda melancolicamente repetem…
E, por altas horas, em certos dias, ao luar, a imaginação apreensiva dos homens e mulheres do campo via uma
virgem loira surgir do solo em exalações fosforescentes, o coração traspassado de flechas inflamadas, arrastando
soturnamente pela areia luminosa uma vasta túnica branca, os cabelos de sol soltos para trás, candidamente pálida,
cantando a canção sonâmbula do túmulo e desfolhando grandes grinaldas de flores de laranjeiras, cujas frescas e
níveas pétalas cheirosas redemoinhavam, agitadas por um vento frio — pelo vento gelado e soluçante da Morte.
O trecho, extraído da obra Missal, revela características de repúdio a toda representação do seu contexto sócio-
histórico. Esse contexto histórico é identificado pela