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1º Bimestre
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Planejamento 1: Gêneros Textuais: reportagem de divulgação científica,
notícia e análise das fake news ...................................................... pág 04
Planejamento 2: Gêneros Textuais: anúncio publicitário e propaganda
e a identificação e uso dos estrangeirismos ..................................... pág 10
Planejamento 3: Educação no trânsito e produção de podcast ............ pág 19
Planejamento 4: Gêneros Textuais: crônica e entrevista
e a variação linguística ................................................................... pág 28
Planejamento 5: Gêneros Textuais: conto e resenha .......................... pág 34
0
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
9 o ano Ensino Fundamental – Anos Finais 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Língua Portuguesa Linguagens e suas Tecnologias
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Leitura. Análise linguística/semiótica. Oralidade. Produção de textos.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
1
Reconstrução do contexto de (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos
produção, circulação e colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e
recepção de textos legais e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais
normativos. minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que
permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a
Curadoria de informação.
turma.
Procedimentos de apoio à
(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros
compreensão. Tomada de
jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide
nota.
invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e
Consideração das condições hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens
de produção de textos de de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do
divulgação científica. argumentar, tais como artigos de opinião e editorial
Estratégias de escrita. (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e
das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e
do tema, estrutura pergunta e resposta etc.
(EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico,
os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que
fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder
desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos.
(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar,
comentar, curar, etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros
. da cultura digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.)
envolvidos no trato com a informação e opinião, de forma a
possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/ posicionamentos
explícitos e implícitos, argumentos e contra argumentos em textos
argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de
opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão
controversa de forma sustentada.
(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos
dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao
tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos
eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a
morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos,
reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a
distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as
formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em
gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros
publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas
lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de
fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao
consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo
verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
(EF69LP30) Comparar com a ajuda do professor, conteúdos, dados
e informações de diferentes fontes, levando em conta seus
contextos de produção e referências, identificando coincidências,
complementaridades e contradições, de forma a poder identificar
erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se
criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes
diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a
utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda
do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou
sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.
2
(EF69LP35A) Planejar textos de divulgação científica, a partir da
elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas
anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de
experimentos ou de estudo de campo.
(EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou
TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto –
objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a
partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado
(de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento
de dados e informações sobre o fato ou tema – que pode envolver
entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes
diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. -, do
registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a
produzir ou a utilizar etc., da produção de infográficos, quando for o
caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em sites ou
blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes
variados).
(EF89LP09A) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina
(optativa), organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou
opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos
compatíveis com as escolhas feitas.
(EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de
importância universal, nacional ou local que envolvam direitos, em
especial, de crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração
dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA -, e a
regulamentação da organização escolar – por exemplo, regimento
escolar–, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando
possíveis motivações, finalidades e sua vinculação com experiências
humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a
compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios
democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o
outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).
(EF89LP24X) Realizar pesquisas com autonomia, estabelecendo o
recorte das questões, usando fontes confiáveis abertas ou fechadas,
quando possível, contratando dados e informações, identificando
coincidências e complementariedades, de modo a filtrar apenas
informações reais dos assuntos pesquisados.
(EF89LP24X) Realizar pesquisas com autonomia, estabelecendo o
recorte das questões, usando fontes confiáveis abertas ou fechadas,
quando possível, contratando dados e informações, identificando
coincidências e complementariedades, de modo a filtrar apenas
informações reais dos assuntos pesquisados.
(EF89LP27X) Tecer considerações e formular problematizações
pertinentes, em momentos oportunos, em situações diversas de aulas,
apresentação oral, seminário etc.
(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações
multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários e afins,
identificando, em função dos objetivos, informações principais para
apoio ao estudo e realizando, quando necessário, uma síntese final que
destaque e reorganize os pontos ou conceitos centrais e suas relações e
que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que
podem conter dúvidas, questionamentos, considerações etc.
3
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gêneros Textuais: reportagem de divulgação científica, notícia e análise das
fake news
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O professor deverá comentar sobre as Fake News, utilizando revistas, jornais ou telejornais. O
planejamento dessas aulas é a sequência de leituras, discussões, produções textuais. Portanto, uma
depende da outra para que se tenha um bom resultado. Todas as atividades deverão ser
contextualizadas, podendo ser um texto verbal, não verbal ou misto, para que a compreensão seja
efetiva.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula
O professor começará a aula conversando com os estudantes sobre o tema Fake News – Notícias
falsas; dialogar sobre o conceito de Fake News; se eles sabem identificar uma “fake news”; se eles já
compartilharam, enfim, abordar a temática de modo oral.
Em seguida, será distribuído o texto: ‘Fake news’ têm 70% mais chance de vitralizar que as notícias
verdadeiras, segundo novo estudo (em anexo). Os estudantes farão a leitura silenciosa. Depois, abre-
se a discussão sobre o tema Fake news, avaliar e pontuar para os estudantes a evolução das
perceções prévias e após a leitura do texto, observar a construção de repertório a respeito da
organização composicional e dos recursos empregados no gênero reportagem.
Neste momento, é importante que o professor tangencie um pouco do tema para enfatizar temáticas
relacionadas com as fake news: o discurso de ódio X a liberdade de expressão (ver EF69LP01); a
tecnologia e a necessidade de desenvolver uma atitude crítica (ver EF89LP01); analisar diferentes
práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar, etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da
cultura digital (ver EF89LP02); relacionar textos e documentos legais e normativos como forma de
ampliar a compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação
pautada pela ética da responsabilidade (ver EF89LP17).
2ª aula
O professor fará uma aula expositiva, bem sucinta, sobre o emprego dos advérbios e conjunções
como recursos linguísticos nos textos jornalísticos, como também, a importância do uso da norma
padrão, atentando, principalmente, para a ortografia. Logo após, os estudantes farão as atividades do
n°01 até o n°08.
3ª aula
Aula expositiva sobre a estrutura dos gêneros - notícia e reportagem de divulgação científica,
enfatizando, neste último principalmente, suas características, como apresentar dados obtidos por
meio de metodologias específicas, envolver técnicas e processos empregados para pesquisa,
formulação de hipóteses e conclusões. Pelo conteúdo, organização composicional e recursos
empregados, a reportagem científica transita tanto pelo campo jornalístico/midiático quanto pelo
campo das práticas de estudo e pesquisas.
Preparação para a 4ª aula: Solicitar aos estudantes que façam uma pesquisa sobre Fake News -
lendo notícias e reportagens, avaliando dados científicos, gráficos e infográficos sobre esse tema.
4
4ª aula
Em sala de aula, os estudantes irão produzir, a partir da pesquisa realizada em casa, uma reportagem
de divulgação científica ou notícia sobre o tema Fake news. Fica a critério do professor, delimitar o
assunto a ser tratado dentro deste tema (se relacionado à Covid-19; política; saúde). Antes de iniciar
a produção, solicite alguns estudantes que apresentem, de modo sucinto, a pesquisa para a turma.
Esta atividade deverá ser feita em uma folha ofício e entregue ao professor para que possa ser
corrigida.
5ª aula
Nesta aula, o professor deverá entregar as produções já corrigidas. Logo, os estudantes irão fazer a
edição do texto e depois o professor irá escolher 5 (cinco) produções para que sejam apresentadas
para a turma.
RECURSOS:
Quadro e pincel; revistas; jornais; internet; celular; dicionários; xerox das atividades; folha de ofício.
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
Será observado a compreensão e interpretação textual do estudante em relação à leitura dos textos -
a estrutura, o repertório sociocultural e a escrita em relação à norma-padrão.
ATIVIDADES
‘Fake news’ têm 70% mais chance de viralizar que as notícias verdadeiras, segundo novo estudo
Pesquisa do MIT publicada na Science analisou todas as postagens verificadas por agências de checagens de fatos
desde a origem do Twitter em 2006; na mesma edição, 15 pesquisadores convocam comunidade científica a
declarar guerra às notícias falsas.
As informações falsas têm 70% mais chances de viralizar que as notícias verdadeiras e alcançam muito mais
gente. A conclusão é do maior estudo já realizado sobre a disseminação de notícias falsas na internet, realizado
por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. A nova
pesquisa foi publicada nesta quinta-feira, 8, na revista Science.
Os cientistas analisaram todas as postagens que foram verificadas por 6 agências independentes de checagem de
fatos e que foram disseminadas no Twitter desde 2006, quando a rede social foi lançada, até 2017. Foram mais de
126 mil postagens replicadas por cerca de 3 milhões de pessoas.
De acordo com o estudo, as informações falsas ganham espaço na internet de forma mais rápida, mais profunda e
com mais abrangência que as informações verdadeiras. Cada postagem verdadeira atinge, em média, mil pessoas,
enquanto as postagens falsas mais populares – aquelas que estão entre o 1% mais replicado – atingem de mil a
100 mil pessoas.
“As conclusões do nosso estudo podem ser extrapoladas para qualquer outro país, incluindo o Brasil. O estudo
teve foco nos Estados Unidos e nós estudamos as postagens feitas em inglês no Twitter em todo o mundo que
passaram pela verificação de agências de checagem de fatos. No entanto, os padrões de disseminação das
informações falsas que detectamos foram os mesmos em diversos países de língua inglesa e certamente se
aplicam a postagens em outras línguas também”, disse ao Estado o autor principal do estudo, Sinan Aral,
pesquisador do MIT.
De acordo com o estudo, quando a notícia falsa é ligada à política, o alastramento é três vezes mais rápido. Outra
conclusão é que, ao contrário do que se pensava, os robôs aceleram a disseminação de informações falsas e
verdadeiras nas mesmas taxas. Isto significa que as notícias falsas se espalham mais que as verdadeiras porque
os humanos – e não os robôs – têm mais probabilidade de disseminá-las, de acordo com Aral.
[...]
5
Outra conclusão que pode contrariar o senso comum, segundo ele, tem relação com o perfil das pessoas que
divulgam notícias falsas na internet.
É bem natural imaginar que características dessas pessoas – como a popularidade, por exemplo – poderiam
explicar por que as mentiras viajam mais rápido que a verdade, mas nossos dados mostram o contrário. Os
usuários que espalham notícias falsas no Twitter têm menos seguidores, seguem menos gente, são menos ativos
e estão no Twitter há menos tempo, em comparação aos usuários que replicam notícias verdadeiras”, disse ele.
[...]
Avaliando a reação dos usuários que replicam informações encontradas no Twitter, o estudo também mostrou
que, enquanto as mentiras inspiram "medo, revolta e surpresa", as histórias verdadeiras inspiram "expectativa,
tristeza, alegria ou confiança". Segundo Aral, esse resultado permite levantar a hipótese de que as notícias mais
inusitadas têm maior probabilidade de serem compartilhadas.
"Além de medo e revolta, as notícias falsas inspiraram respostas que expressam grande surpresa, corroborando o
que chamamos de 'hipótese da novidade'. Os resultados mostram que as pessoas compartilham mais no Twitter
as informações que contêm novidades. A novidade atrai a atenção humana e contribui para a tomada de decisões,
estimulando o compartilhamento da informação. Quando a informação é inusitada, ela não apenas é mais
surpreendente, mas também mais valiosa", disse Aral.
Apelo. De acordo com o cientista político Pablo Ortellado, um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em
Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai) da Universidade de São Paulo (USP), notícias falsas
tendem a fazer sucesso nas redes sociais especialmente porque elas apelam a sentimentos políticos das pessoas
sem a necessidade de terem correspondência com a realidade.
[...]
Guerra às “fake news”. Na mesma edição da Science, um outro grupo de 15 cientistas publica um artigo
convocando a comunidade científica internacional para realizar um esforço interdisciplinar de pesquisas para
estudar as forças sociais, psicológicas e tecnológicas por trás das “fake news”, a fim de desenvolver um novo
ecossistema de notícias e uma nova cultura que valorize a promoção da verdade.
Segundo eles, os métodos dos disseminadores de notícias falsas estão cada vez mais sofisticados e é preciso partir
para o combate. Eles dizem ainda que empresas como Google, Facebook e Twitter têm "responsabilidade ética e
social que transcende as forças do mercado" e devem contribuir para a pesquisa científica sobre as notícias falsas.
[...]
Segundo Menczer, as informações falsas afetam não apenas a esfera política, mas também temas de saúde
pública, como nutrição e vacinação, assim como o mercado de capitais. Eles propõem como solução uma pesquisa
rigorosa sobre a eficácia de cursos no ensino médio que ajudem os estudantes a reconhecer as fontes ilegítimas
de notícias. Outra proposta é fazer mudanças específicas nos poderosos algoritmos que aumentam o controle dos
indivíduos sobre a informação online.
“O desafio é que há tantas vulnerabilidades que ainda não entendemos. É um problema tão complexo que precisa
ser atacado de todos os ângulos”, disse o pesquisador .
CASTRO, Fábio de. Fake News tem 70% mais chance de viralizar que as notícias verdadeiras, segundo novo estudo. O Estado de S. Paulo,
2018. Disponível em: https://www.estadao.com.br/ciencia/fake-news-se-espalham-70-mais-rapido-que-as-noticias-verdadeiras-diz-novo-
estudo/. Acesso em: 16 fev. 2023. (Texto adaptado).
02 - Segundo um dos pesquisadores, de que modo as Fake news afetam o cotidiano da população?
03 - Você já desconfiou da veracidade de alguma informação ou notícia que leu? Qual foi e o que fez em relação
a isso?
6
05 - O texto verbal de uma reportagem apresenta um fato e seus desdobramentos.
“[...] os robôs não são determinantes como pensávamos para a divulgação dessas notícias”, disse Aral.
Outra conclusão que pode contrariar o senso comum, segundo ele, tem relação com o perfil das pessoas que
divulgam notícias falsas na internet.
a) A que se refere o pesquisador Aral quando utiliza a expressão senso comum nesse contexto?
b) De acordo com o pesquisador, que fato, trazido pelos dados obtidos, contrariou esse senso comum?
07 - Em uma reportagem, há sempre várias “vozes”, isto é, declarações, depoimentos, que podem ser atribuídas
a pessoas, a órgãos oficiais ou a estudos feitos.
7
REFERÊNCIAS
CASTRO, Fábio de. Fake News tem 70% mais chance de viralizar que as notícias verdadeiras, segundo
novo estudo. O Estado de S. Paulo, 2018. Disponível em:
https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,fake-news-se-espalham-70-mais-rapido-que-as-noticias-
verdadeiras-diz-novo-estudo,70002219357. Acesso em: 16 fev. 2023.
DELMANTO, Dileta; CARVALHO, Lais de B. Português: conexão e uso. Manual do professor. 1ed.
Saraiva: São Paulo. Saraiva, 2018.
DIFERENÇAS entre notícia e reportagem - Brasil Escola. 09 abr. 2022. 1 vídeo (8min55). Publicado pelo
Canal Brasil Escola. Disponível em: https://youtu.be/BvoMah8sYBI. Acesso em: 10 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de
Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.
NOTÍCIA - Brasil Escola. 30 jan. 2020. 1 vídeo (9min17). Publicado pelo Canal Brasil Escola. Disponível
em: https://youtu.be/Cw3VZUnCA4E. Acesso em: 10 fev. 2023.
REPORTAGEM: Gêneros textuais - Brasil Escola. 13 fev. 2020. 1 vídeo (10min31). Publicado pelo Canal
Brasil Escola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k9EDaXAWuJw. Acesso em: 13 fev.
2023
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PRÁTICAS DE LINGUAGENS
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gêneros Textuais: anúncio publicitário e propaganda e a identificação e uso dos
estrangeirismos
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O professor vai apresentar textos relacionados aos gêneros propaganda e anúncio publicitários, falando
de suas características, dos recursos linguísticos e seus objetivos em relação ao público/pessoas. A
importância do poder de argumentação e persuasão nesses gêneros.
10
A expectativa é a de que o estudante desenvolva habilidades que o tornem capaz de planejar um texto
em função da situação de comunicação e do gênero escolhido; planejar intervenções orais em
situações públicas; produzir um texto levando em conta os gêneros e seu contexto de produção,
organizando-os de maneira a garantir tanto os propósitos do texto como a coerência e a coesão na
exposição; avaliar criticamente a produção dos colegas; revisar e editar o texto com foco nos
conhecimentos linguísticos estudados. Importante ativar conhecimentos prévios, visto que já
trabalharam com esses gêneros em anos anteriores.
B) DESENVOLVIMENTO:
1° aula
O professor vai introduzir a aula mostrando várias imagens com anúncios publicitários e propagandas
(ver anexo 01). Em seguida, vai solicitar aos estudantes para que eles diferenciem qual é anúncio e
qual é propaganda, durante este momento, é importante que o professor desperte a atenção dos
estudantes para os objetivos e as características de cada gênero - propaganda é o ato de divulgar
ideias, conceitos e valores sem fins lucrativos, já o anúncio publicitário tende fazer isso com objetivo
de ter lucro por parte do anunciante. Após a análise prévia sobre os conhecimentos dos estudantes, o
professor irá apresentar a Imagem 05 e fazer a leitura com os estudantes apontando os recursos
utilizados no texto – explicar as características do gênero propaganda, como por exemplo: o poder de
argumentação e persuasão; verbo no imperativo; o uso da figura de linguagem; a linguagem verbal e
não verbal dentre outros, as fontes e cores das letras. No texto em análise, enfatizar que trata-se de
uma campanha em prol da saúde, especificamente objetivando que as pessoas se vacinem contra a
COVID-19, há a utilização do verbo no imperativo, as informações simples, objetivas e diretas e
imagem de pessoas totalmente diferentes, para que os leitores se identifiquem. Para concluir esta aula,
o professor deve solicitar que os estudantes façam as atividades.
2° aula
O professor deverá fazer a retomada da aula apresentando os vídeos sobre o tema da aula, em
seguida irá corrigir a atividade da aula anterior.
3° aula
O objetivo desta aula é explorar, de modo oral, os gêneros propaganda e anúncio publicitário,
relacionando-os com outros temas que estão muito ligados a eles. Ou seja, ao considerarmos a
recorrência desses gêneros nas mídias e, sobretudo se levarmos em conta os suportes tecnológicos,
perceberemos que esses gêneros se tornam meio de divulgação de outros gêneros muito usados
atualmente como: cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line (ver EF89LP19). Sobre essa
relação, o professor deve apresentá-la aos estudantes e solicitar que eles contem se já viram
propagandas relacionadas aos gêneros apresentados.
Outro especto importante a ser desenvolvido nesta aula é sobre as práticas não institucionalizadas de
participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais,
intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis. Novamente percebemos, na mídia digital
sobretudo, os posicionamentos de participação social não institucionalizados, o poder dessas esferas
em denunciar, convocar e transmitir informações através das propagandas e publicidades. Sobre
esse aspecto, o professor deve apresentá-lo aos estudantes e solicitar que eles contem se já a
perceberam. Para explorar mais a questão, o professor pode ver a (EF69LP21).
Por fim, um tópico muito recorrente nas propagandas e publicidades são os estrangeirismos. Desse
modo, faz-se necessário explorar esse tema. O professor deve solicitar que os estudantes apresentem
o uso dos estrangeirismos nos gêneros em questão. Em seguida, o professor fará uma exposição
sobre o tema estrangeirismo, caracterizando-os segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica
de origem, avaliando a pertinência, ou não, de seu uso.
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Para finalizar a aula o professor irá exibir o vídeo abaixo:
→ Estrangeirismos: estamos indo longe demais? - English in Brazil. (07min04s). Disponível em:
https://youtu.be/A1vyYWmpl9w
4° aula
Nesta aula, o professor vai pedir aos estudantes para se dividirem em grupos, eles vão criar um texto
publicitário utilizando a linguagem verbal e não verbal. A propaganda sobre um produto, uma ideia ou
um conceito (fica a critério do professor definir a temática). Deverá ser distribuído materiais para
execução da atividade. Para a próxima aula, cada grupo vai apresentar a sua propaganda.
5ª aula
Apresentação dos grupos – Propagandas. (Trabalho produzido na aula anterior).
RECURSOS:
Xerox de atividades; internet; celular; datashow; lápis de cor; cartolinas, folhas de ofício
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
Será observado em todas as aulas, principalmente na última aula, o desempenho dos estudantes sobre
as análises dos gêneros estudados, ou seja, se ele já desenvolveu as habilidades de: analisar e
comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em
diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.); identificar as diferenças entre anúncios publicitários e
propagandas; observar os posicionamentos críticos nos gêneros estudados; avaliar e produzir os
recursos persuasivos na comunicação; identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a
persuasão nos textos publicitários; tecer considerações e formular problematizações pertinentes;
analisar e empregar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem; identificar estrangeirismos,
caracterizando-os segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a
pertinência, ou não, de seu uso. Além disso, será avaliado a estrutura do texto e a criatividade na
produção da propaganda.
ANEXO 01
Imagem 01 - Gripe é doença séria
12
Imagem 02 - As 20 melhores propagandas criativas para se inspirar
Imagem 03 - Data marca luta pela erradicação da violência sexual contra crianças
e adolescentes
13
Imagem 04 - O Boticário – Campanha “Contos de fadas”
14
ATIVIDADES
1 – Observe o texto a seguir e responda às questões propostas:
15
3 – Observe o texto a seguir e responda às questões propostas:
16
REFEÊNCIAS
A DIFERENÇA entre Propaganda e Publicidade. 13 jul. 2020. 1 vídeo (07min34). Publicado pelo Canal
Carla Soares. Disponível em: https://youtu.be/Cnrza_YXI14. Acesso em: 15 fev. 2023.
CAMPELO, Eliane. Data marca luta pela erradicação da violência sexual contra crianças e
adolescentes. [s.l.], 17 maio 2022. Disponível em : https://redepara.com.br/Noticia/225126/data-
marca-luta-pela-erradicacao-da-violencia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes. Acesso em : 15 fev.
2023.
CASABLANCA, Comunicação. Campanha de combate à dengue. Belo Horizonte, 01º nov. 2012.
Disponível em: https://www.casablanca.com.br/portfolio-casablanca/campanha-de-combate-a-
dengue/. Acesso em : 15 fev. 2023.
CUNHA, Patrícia. O Boticário – Campanha “Contos de fadas”. [s.l.], 03 mar. 2013. Disponível em:
https://creativitate2013.files.wordpress.com/2013/03/960x720_287.jpg. Acesso em : 15 fev. 2023.
ESTRANGEIRISMOS: estamos indo longe demais?. 17 fev. de 2019. 1 vídeo (07min04). Publicado pelo
canal English in Brazil. Disponível em: https://youtu.be/A1vyYWmpl9w. Acesso em: 15 fev. 2023.
FERREIRA, Zélia. Uso do celular no trânsito é tema de nova campanha do Detran-DF. Distrito
Federal, 13 dez. 2021. Disponível em: http://www.detran.df.gov.br/uso-do-celular-no-transito-e-tema-
de-nova-campanha-do-detran-df/. Acesso em: 15 fev. 2023.
GÊNERO TEXTUAL: anúncio publicitário - Brasil Escola. 01º set. 2021. 1 vídeo (11min20). Publicado
pelo canal Brasil Escola. Disponível em: https://youtu.be/ITTNZeK_nWc. Acesso em: 15 fev. 2023.
GOIÁS. Secretaria de Estado de Educação de Goiás. Atividade 10, 9º ano, Língua Portuguesa.
Portal da Superintendência de Educação Infantil e Ensino Fundamental, 19 maio 2021. Disponível em:
https://portal.educacao.go.gov.br/wp-content/uploads/2021/05/Atividade-10-9o-ano-LP-Publicidade-e-
Propaganda.pdf. Acesso em : 15 fev. 2023.
GOIÁS. Secretaria de Estado de Educação de Goiás. Gripe é doença séria. In.: Atividade 10, 9º
ano, Língua Portuguesa. Portal da Superintendência de Educação Infantil e Ensino Fundamental, 19
maio 2021. Disponível em: https://portal.educacao.go.gov.br/wp-content/uploads/2021/05/Atividade-
10-9o-ano-LP-Publicidade-e-Propaganda.pdf. Acesso em: 15 fev. 2023.
INSTITUCIONAL, Hortifruti. Batatas do Caribe. Disponível em:
https://institucional.hortifruti.com.br/comunicacao/campanhas/hollywood/. Acesso em : 15 fev. 2023.
MÍDIAS, Redação. As 20 Melhores Propagandas Criativas para se Inspirar. [s.l.], 19 out. 2021.
Disponível em:
https://dunadesign.com.br/melhores-propagandas-criativas-para-se-inspirar/. Acesso em: 15 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.
SECONCI, MG. Vacinação não impede a circulação do vírus da covid-19. Disponível em:
http://seconci-mg.org.br/vacinacao-nao-impede-a-circulacao-do-virus-da-covid-19/. Acesso em : 15
fev. 2023.
17
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Leitura. Análise linguística/semiótica. Oralidade. Produção de textos
OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
18
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Educação no trânsito e produção de podcast
DURAÇÃO: 05 aulas
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Criar estratégias e procedimentos para a leitura, produção textual, oralidade e produção de podcast,
promovendo a compreensão e a interpretação textual. Assim, o estudante utilizará recursos linguísticos
para que suas ideias, suas falas e suas escritas sejam coesas e coerentes dentro do contexto.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula
O professor deverá colocar a turma no formato circular, para iniciar a aula com discussão sobre o
tema: “Educação no trânsito”. Pedir aos estudantes que leiam o texto: “Conheça os direitos e
deveres dos pedestres no trânsito” (em anexo) e, logo após a leitura silenciosa, eles devem
começar o debate/discussão sobre o convívio de pedestres e veículos. Mencionar sobre a Semana
Nacional do trânsito que ocorre no período de 18 a 25 de setembro. Para finalizar a aula o professor
deve colocar o vídeo a seguir sobre educação no trânsito: Educação no trânsito. SEST SENAT
Nacional. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zoKDBlMEj98 (10min02).
2ª aula
Nesta aula os estudantes deverão realizar uma leitura minuciosa do texto “Os pedestres e o
trânsito” (em anexo), grifando as partes que considerarem mais importantes, em seguida, devem
reescrevê-las em formato de resumo. Por último, peça a alguns estudantes para realizarem a leitura do
que foi registrado.
3ª aula
Aula expositiva sobre Anáfora e Catáfora. Citar que os elementos de referência são os que remetem a
outros termos do discurso necessários à interpretação, realizando as devidas retomadas. O uso da
anáfora e da catáfora é de suma relevância em uma produção textual, evitando a repetição das
palavras, tornando o texto coeso. Frisar o papel das anáforas e catáforas no texto. Finalmente, o
professor deve solicitar que os estudantes façam as atividades sobre anáfora e catáfora e educação no
trânsito.
4ª aula
O professor vai apresentar a definição e as características de um podcast para a turma. Apresentar
alguns exemplos que estão disponíveis para acesso. Depois, em grupos, os estudantes deverão criar
um podcast sobre o tema “Educação no trânsito”.
De maneira muito simples, podcast é um programa de áudio que fica disponível em dispositivos com
acesso à internet. A palavra é uma junção de iPod (dispositivo de áudio da Apple) e broadcast (que é a
distribuição de conteúdo de rádio ou TV).
O termo surgiu no começo dos anos 2000, mas o primeiro episódio no Brasil ficou disponível em 2004.
Podemos dar os créditos pela criação deste formato de transmissão de áudio ao ex-VJ da MTV Adam
Curry, que é considerado um dos seus principais responsáveis.
A popularização dos podcasts aconteceu pela facilidade de acesso ao conteúdo. Os programas ficam
disponíveis sob demanda, ou seja, você pode ouvir o que quiser, na hora que quiser e onde quiser.
Além disso, eles podem ter diferentes temas. Os mais populares costumam falar sobre sociedade e
cultura, educação, estilo de vida e saúde, religião e espiritualidade e comédia.
MATOS, Mariana. O que é podcast? Veja significado e onde escutar os melhores programas.
São Paulo, 28 mar. 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/faq/o-que-e-
podcast.htm.
Para auxiliar no processo de produção, o professor poderá acessar o site abaixo juntamente com a
turma ou apenas indicá-lo:
→ Como fazer um podcast: o passo a passo para marcas explorarem o formato. Disponível em:
https://www.mlabs.com.br/blog/como-fazer-um-podcast.
19
5ª aula
Neste momento, os grupos irão apresentar os podcasts para a turma.
RECURSOS:
Datashow, xerox de atividades, som, internet, pendrive.
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
Será observado, nos debates em sala de aula, na atividade proposta neste planejamento e na
produção do podcast, se o estudante desenvolve as habilidades de: discutir casos, reais ou simulações,
submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos do Código Nacional de Trânsito,
como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas
de estilo etc.; posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão; grifar as partes
essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura; utilizar e perceber mecanismos de
progressão temática, tais como retomadas anafóricas, catáforas , uso de organizadores textuais, de
coesivos etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de
divulgação do conhecimento; produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do
conhecimento e de dados e resultados de pesquisas - resumo e podcast.
ANEXO
Conheça os direitos e deveres dos pedestres no trânsito
Pedestres também fazem parte do trânsito
Apesar de muitas pessoas acharem o contrário, os pedestres, são, sim, parte do sistema de trânsito, e
da mesma forma como os ciclistas e motociclistas, têm direitos e deveres assegurados pelo Código de
Trânsito Brasileiro (CTB). Saber quais são eles é essencial para tornar o dia a dia nas vias públicas
menos violento – para se ter uma ideia, só em São Paulo, por exemplo, os atropelamentos são a
segunda maior causa de mortes no trânsito.
ANEXO
Os pedestres e o trânsito
Por Vias Seguras <info@vias-seguras.com>
Segunda-Feira, 3 de Maio de 2010
A cada ano, no país, mais de 13.000 pedestres morrem vítimas do trânsito e mais de
60.000 são feridos.
Por serem os usuários mais vulneráveis, os pedestres representam cerca de 25% dos
mortos no trânsito e 15% dos feridos.
1. Estatísticas
As estatísticas sobre mortes e ferimentos em atropelamentos são estarrecedoras: mais de 13.000
mortos e 60.000 feridos por ano. Os pedestres representam 26% das vítimas fatais de acidentes de
trânsito. Esta proporção é muito maior entre os adolescentes, como mostra o diagrama abaixo.
21
2. Onde ocorrem os acidentes
A rede Sarah de hospitais, para onde são conduzidas vítimas de acidentes de trânsito, realizou, durante
um ano, uma pesquisa abrangendo todas as pessoas internadas nestes hospitais em decorrência de
atropelamento. Algumas das conclusões e observações publicadas são muito relevantes, como as
seguintes:
ATENÇÃO
Ao atravessar, obedeça sempre à sinalização, não somente por sua causa, mas também pelos outros.
Se você atravessar enquanto o sinal para pedestre estiver vermelho, alguém pode imitá-lo sem ter
visto algum veículo chegando que você já teria visto antes e calculado que daria tempo de atravessar.
Quem não respeita o vermelho não merece o verde.
Texto:
22
Só é seguro atravessar quando não houver trânsito por perto. Se houver algum veículo à distância não
atravesse a menos que você tenha certeza de que há tempo de sobra. Lembre-se, mesmo que o
veículo esteja longe, ele pode se aproximar rapidamente. Quando a travessia for segura, ande em linha
reta e não corra.
6) Continue olhando e escutando o trânsito enquanto atravessa.
Quando estiver na pista, continue olhando e escutando no caso de não ver nenhum veículo - ou no
caso de algum aparecer de repente.
ATENÇÃO:
Fique atento ao trânsito. Atravessar falando ao celular é perigoso. Andar com MP3 ligado, escutando
música em vez do trânsito é perigoso.
3. A regulamentação
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas
e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a
utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a
circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos
da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança
ficar comprometida.
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a utilização dele, a
circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
§ 4º (VETADO)
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto
passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o acostamento.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de
pedestres.
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança, levando em
conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre as
faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta
metros dele, observadas as seguintes disposições:
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido perpendicular
ao de seu eixo;
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista:
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o
fluxo de veículos;
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, os pedestres
devem atravessar a via na continuação da calçada, observadas as seguintes normas:
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito
de veículos;
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu percurso,
demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão
prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas
as disposições deste Código.
23
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada
preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do
semáforo liberando a passagem dos veículos.
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e
passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização.
Fonte: VIAS SEGURAS. Os pedestres e o trânsito. [s.l.], 3 maio 2010. (Texto adaptado).
ATIVIDADES
Relembre os conceitos sobre anáfora e catáfora e responda as questões a seguir.
Anáfora é o nome utilizado para a repetição de uma mesma palavra como recurso
expressivo — figura de linguagem — e, também, para nomear a ferramenta linguística
de retomar um referente anterior no texto.
A anáfora como ferramenta de retomada ajuda na coesão e coerência textual, na
medida em que estabelece relação entre diferentes partes do texto. A catáfora faz o
processo de referenciar-se elementos que serão apresentados posteriormente.
03 – Identifique quais são as referências dos pronomes destacados e explique se elas são
anafóricas ou catafóricas.
24
a) Meu irmão vive repetindo este provérbio:“Casa de ferreiro, espeto de pau”.
b) “Casa de ferreiro, espeto de pau.” Meu irmão vive repetindo esse provérbio.
c) É isto que eu digo sempre: cultura é fundamental.
d) O fumo é prejudicial à saúde; isso já foi comprovado cientificamente.
05 – Faça uma análise da diferença entre os 25% de mortos e os 15% de feridos entre os
pedestres no trânsito. O que esta estatística comprova?
06 – Cite pelo menos 6 comportamentos que devem ser adotados sempre pelos pedestres
para evitar acidentes.
07 – Mais da metade (55%) dos jovens entre 10 e 14 anos mortos em acidentes de trânsito
são pedestres. Dê algumas razões para este índice ser tão alto.
08 – De acordo com o texto, coloque (F) para falso ou (V) para verdadeiro:
09 – Você acha melhor realizar uma campanha educativa, multar os que não diminuem a
velocidade ou os que não atravessam pela passarela, ou várias medidas simultâneas?
10 – Por que é perigoso atravessar ruas e rodovias falando ao celular ou com o MP3 ligado?
25
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Podcasts para estudar em casa. Toda Matéria. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/podcast-para-estudar/. Acesso em: Acesso em: 16 fev. 2023.
MATOS, Mariana. O que é podcast? Veja significado e onde escutar os melhores programas.
São Paulo, 28 mar. 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/faq/o-que-e-podcast.htm. Acesso
em: 16 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.
MLABS. Como fazer um podcast: passo a passo para marcas explorarem, o formato. [s.l.], 25
dez. 2020. Disponível em: https://www.mlabs.com.br/blog/como-fazer-um-podcast. Acesso em: 16 fev.
2023.
SEST SENAT Nacional. Educação no trânsito. 1 vídeo (10 min.). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=zoKDBlMEj98>. Acesso em: 16 fev. 2023.
VIAS SEGURAS. Os pedestres e o trânsito. [s.l.], 3 maio 2010. Disponível em: http://vias-
seguras.com/layout/set/print/a_prevencao/a_seguranca_dos_pedestres/aula_03_os_pedestres_e_o_tr
ansito. Acesso em: 16 fev. 2023. (Texto Adaptado).
_dos_pedestres/aula_03_os_pedestres_e_o_transito. Acesso em: 16 fev. 2023. (Texto Adaptado).
26
PRÁTICAS DE LINGUAGENS
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Reconstrução das condi- (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e
ções de produção, de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo
circulação e recepção. nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o
Apreciação e réplica.
contexto social e histórico de sua produção.
Reconstrução da textua-
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
lidade e compreensão dos
textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições
efeitos de sentidos provo-
temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as
cados pelos usos de
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte,
recursos linguísticos e
o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a
multissemióticos.
imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
Consideração das condi-
(EF69LP55X) Reconhecer, considerando a situação comunicativa, as
ções de produção.
variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de
Estratégias de leitura preconceito linguístico.
Estratégias de produção: (EF89LP27X) Tecer considerações e formular problematizações
planejamento, textualiza- pertinentes, em momentos oportunos, em situações diversas de aulas,
ção e revisão/edição. apresentação oral, seminário etc.
Variação linguística. (EF69LP47A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes
Conversação espontânea. formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha
Estratégias de produção: lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos
planejamento e participa- personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais,
ção em debates regrados. dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades
linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados.
(EF69LP47B) Identificar o enredo e o foco narrativo e percebendo como
se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido
decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização
dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico,
das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso
direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e
expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos
linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos
e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances,
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas,
romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais,
narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma
livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros,
expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências
por gêneros, temas, autores.
(EF89LP13A) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato
noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e informações
sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas
em estudo, levando em conta o gênero e seu contexto de produção,
partindo do levantamento de informações sobre o entrevistado e sobre
a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas, garantindo a
relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
27
(EF89LP13B) Realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo,
incluindo uma contextualização inicial e uma fala de encerramento para
publicação da entrevista isoladamente ou como parte integrante de
reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação
e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade
temática.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gêneros Textuais: crônica e entrevista e a variação linguística
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Explanar sobre os valores sociais, culturais e humanos e de diferentes lugares, através de textos,
priorizando a leitura de crônicas. Identificando as variações linguísticas regionais, sociais e estilísticas.
Relacionar a variação linguística nos gêneros crônica e entrevista. A cada aula, propor atividades
contextualizadas, e quando for possível, incentivar a discussão sobre os assuntos em pauta.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula
O professor deverá fazer uma aula expositiva sobre o gênero crônica – mencionar os tipos de crônicas
e suas características. Apresentar alguns autores como Stanislaw Ponte Preta, Lima Barreto, Machado
de Assis, Carlos Drummond de Andrade, dentre outros. Logo após, pedir aos estudantes para lerem,
em silêncio, a crônica: “A Última Entrevista de Marcos Rey” (na folha de Atividades). Comentar sobre o
texto as variações linguísticas utilizadas e o gênero entrevista abordado no texto. Para complementar a
aula o professor poderá exibir vídeos sobre o gênero crônica.
Vídeos sugeridos:
− CRÔNICA - Brasil Escola. (08min.55). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2XcMASxk4oM.
2ª aula
O professor deverá fazer uma aula expositiva sobre variação linguística e os tipos existentes (regional,
social e estilísticas). Assim, deve-se iniciar uma discussão sobre essas variações, podendo exemplificar,
citando o programa popular “Big Brother Brasil” veiculado na TV pela rede Globo. Esse tipo de
entretenimento nos mostra a grande variedade linguística existente no Brasil. No segundo momento, o
professor exibirá vídeos sobre o tema proposto e, em seguida, solicitará que os estudantes façam as
atividades anexadas ao planejamento.
Vídeos sugeridos:
− VARIAÇÃO LINGUÍSTICA - Língua Portuguesa - 1A EM. (20min.58). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wfmXf_CMNlE.
28
3ª aula
O professor deverá fazer uma aula expositiva sobre o gênero entrevista. Objetivando fazer com que os
estudantes desenvolvam habilidades conhecer e se aprofundar no gênero, habilidades como
(EF89LP13A) que visa a capacidade de planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato
noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e informações sobre os fatos cobertos sobre o
tema e a habilidade (EF89LP13B) que desenvolve nos estudantes a capacidade de realizar entrevista e
fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo uma contextualização inicial e uma fala de encerramento
para publicação da entrevista.
Após a exibição dos vídeos o professor deverá solicitar que os estudantes façam a seguinte atividade:
Em grupos, os estudantes, vão produzir uma entrevista com alguém da escola, do bairro ou da família.
Feita a escolha, eles deverão preparar as perguntas que farão ao entrevistado de acordo com os temas
que serão abordados. A ideia é que o tema esteja relacionado ao assunto já abordado no
planejamento - variedade linguística. Importante lembrar que ela deverá ser gravada (voz e vídeo)
para facilitar o trabalho posterior de transcrição.
4ª aula
Nesta aula o professor deverá pedir aos estudantes para produzirem uma crônica jornalística, histórica
ou humorística, para tanto, será necessário orientá-los em relação a estrutura das crônicas e os passos
necessários para a construção das mesmas. Fica a critério do professor definir o tema ou até mesmo
continuar com o tema - variedade linguística e entrevista. Em seguida, deve entregar para a turma
uma folha de ofício para a produção textual, que será recolhida ao final da aula para que faça as
devidas correções.
5ª aula
Esta aula será dedicada às apresentações das produções textuais realizadas - entrevista e crônica.
Após a escuta das entrevistas ou leitura das mesmas, os estudantes devem ser incentivados a
comentar sobre os processos da entrevista - a escolha do tema, do título, da elaboração do roteiro, da
transcrição; e sobre a apresentação da crônica, os estudantes devem ler os textos para a classe.
RECURSOS:
Xerox de atividades; dicionários; internet (celular); folha ofício, som, data-show.
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
Observar o avanço do estudante em relação à leitura, a compreensão e produção textual, observar o
desenvolvimento das habilidades trabalhadas durante os diálogos das aulas e também nas produções
realizadas. Observar se o estudante é capaz de fazer a identificação e reconhecimento das variações
linguísticas. Avaliar, nas produções textuais, se o estudante preserva o tema e a estrutura dos gêneros
solicitados e se ele faz o uso adequado da norma-padrão, respeitando as variedades e diversidades da
língua escrita e da língua falada.
.
29
ATIVIDADES
Seu sonho sempre foi ser repórter, um grande repórter, fosse qual fosse o veículo. Um profissional
renomado graças a entrevistas sensacionais, dessas que exigem coragem, presença de espírito,
combatividade, cara-de-pau, fôlego, e a mãozinha do santo de sua devoção. Via-se, por exemplo,
trilhando uma planície deserta quando surgia no céu, brilhando – e imprevistamente aterrizava –
olhem, um disco voador! Com a plaquinha: made in Marte. Mal aparecesse o primeiro homenzinho
verde, ele estaria lá, expedito, com seu microfone ou caderno de notas:
– Boas-vindas, seu marciano. O que está sentindo ao descer em nosso planeta? Veio de visita ou está
de mudança? O senhor se casaria com uma terráquea? Viajou às próprias custas ou tem um
patrocinador? Verdade que em Marte só rico dispõe de tubo de oxigênio?
Quantas perguntas interessantes faria a um extraterrestre! Tantas quanto teria feito se nascido
noutros períodos da História. Imaginava-se no começo do século, em Paris, quando milhares de
pessoas se concentraram numa praça para ver um estrangeiro elegante, usando estranho chapéu,
tentar voar num frágil, aparelho.
– “Seo” Dumont, caso não morra, quais serão suas palavras após ter conseguido efetuar o primeiro
voo do homem?
– Bem, entre então nessa geringonça. Bacana o sue chapéu… Très chic. Mas experimentou passar ele
a ferro?
Se lerem a História com atenção, verão que nos seus grandes momentos sempre faltou um bom
repórter. O jornalista aludido seria talvez a pessoa certa para entrevistar o genial Van Gogh, ao qual
ninguém em seu tempo deu a menor bola. Uma injustiça.
– O que sente um pintor que nunca vendeu um único quadro? Já tentou oferecer algum de presente?
Por que não abandona seu estilo e imita os clássicos? Até eu compraria. Quanto a ter amputado a
orelha com a navalha, pode ser uma boa jogada de marketing, mas um pouco exagerada, não acha?
Foi ideia sua ou de alguma agência de publicidade?
Apesar de sua indiscutível vocação para a reportagem, ele, como qualquer profissional, teve de
aprender muita coisa. Entrevistas têm mais sabor quando não escolhem hora e lugar, surpreendendo o
público e o próprio entrevistado. Isso ele pôs na cabeça. Algumas, no entanto, oferecem perigo.
Lembram do caso do fugitivo de uma das penitenciárias que se refugiou, armado de uma
metralhadora, na torre de uma igreja? Pois foi ele o repórter que burlou o cerco formado por 80
policiais, subiu as escadas e aproximou-se do delinquente com o microfone:
– O que sente um homem que mata cinco guardas e fere onze para gozar a liberdade? Não precisa se
precipitar, responda calmamente.
– Algo me diz que está um pouco nervoso. Mudemos de assunto. Sabe que esta igreja é das mais
antigas de São Paulo? A torre é de uma arquitetura maravilhosa. Escondendo-se aqui, revelou bom
gosto. Pode ser circunstância atenuante em seu favor…
– Vou atirar.
30
– Eu matei minha mulher.
– Acidentalmente, suponho.
– O que sente um aviador que sabe que vai morrer quando acabar a gasolina?
Ganhou o prêmio de reportagem do ano. Seu pai recebeu o troféu por ele. Todo banhado a ouro.
1 – Procure no texto as palavras que não são do seu cotidiano e de sua região, em seguida, pesquise-
as e escreva o significado de cada uma.
2 – “Seo” Dumont, caso não morra, quais serão suas palavras após ter conseguido efetuar o primeiro
voo do homem?”
Reescreva o parágrafo com a linguagem padrão e comente a sobre a variedade linguística utilizada no
texto.
5 – Nesse texto, o narrador é personagem? Justifique sua resposta copiando um trecho do texto.
6 – (Enem) Mandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses
davam à costa ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores
lusitanos consideram bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a
existência de ouro na região. Em idioma nativo, mandinga designava terra de feiticeiros. A palavra
acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio.
(COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento).
No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a):
a) contexto sócio-histórico.
b) diversidade técnica.
c) descoberta geográfica.
d) apropriação religiosa.
e) contraste cultural.
a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, pode-se concluir corretamente que a língua falada é
desprovida de regras? Explique sucintamente.
b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se
um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por
outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão.
31
REFERÊNCIAS
CRÔNICA - Brasil Escola. 07 jan. 2019. 1 vídeo (08min.55). Publicado pelo Canal Brasil Escola.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2XcMASxk4oM. Acesso em: 17 fev. 2023.
ENTREVISTA - Brasil Escola. 23 jan. 2020. 1 vídeo (9min.29). Publicado pelo Brasil Escola. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=rvZPMj9Iwyc. Acesso em: 17 fev. 2023.
ENTREVISTA - 7º ANO- EF - PORTUGUÊS/ SE LIGA NA EDUCAÇÃO. 22 jun. 2021. 1 vídeo (19 min.
55). Publicado pelo Canal Estúdio Educação MG. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5xB9MmVwbIw. Acesso em: 17 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA - Você vai APRENDER. 17 mar. 2019. 1 vídeo (06min09). Publicado pelo
Canal Português On-line. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2h26Wt4tbJE. Acesso
em: 17 fev. 2023.
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PRÁTICAS DE LINGUAGENS
Produção de textos orais. (EF69LP53B) Contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos,
contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de
Oralização.
encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária
Recursos linguísticos e escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por
semióticos que operam nos meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o
textos pertencentes aos ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela
gêneros literários. pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como
Variação linguística negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou
esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção
Produção de textos orais de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras
Oralização. dramáticas com ou sem efeitos especiais.
Conversação espontânea. (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação
Estratégias de leitura. entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e
cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
Apreciação e réplica. as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
Reconstrução da textualidade por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como
e compreensão dos efeitos de as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras; a
sentidos provocados pelos postura corporal e a gestualidade, na declamação de poemas,
usos de recursos linguísticos e apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa
multissemióticos. quanto nos gêneros poéticos; os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora,
Estratégias de escrita: personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e
textualização, revisão edição. antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras
e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções
adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como
modificadores, percebendo sua função na caracterização dos
espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero
narrativo.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da
norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais elas devem
ser usadas.
(EF69LP53A) Ler em voz alta textos literários diversos –como contos
de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas,
humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas
(compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior
extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de
aventura, literatura infanto-juvenil.
(EF89LP27X) Tecer considerações e formular problematizações
pertinentes, em momentos oportunos, em situações diversas de
aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF69LP47A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes
formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a
escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos
tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e
das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
empregados.
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(EF69LP47B) Identificar o enredo e o foco narrativo e percebendo
como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de
sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da
caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos
cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do
narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de
pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e
processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais
próprios a cada gênero narrativo.
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes
– romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas
contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas,
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas
de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema
concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o
texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas,
autores.
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas
feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas (do
resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores
citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas
do discurso reportado e citações.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Gêneros Textuais: conto e resenha. Leitura. Análise linguística/semiótica.
Oralidade. Produção de textos.
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Incentivar os estudantes à leitura de obras literárias, como por exemplo, a leitura de contos.
Considerando a diversidade de obras adequadas à faixa etária, destinados ao público juvenil;
narrativas de aventura clássicas, antologias de crônicas, contos e poemas. Trazer para a sala de aula
sugestões que façam o estudante interessar não só pela leitura como pela produção textual. Dessa
forma, o professor deve mediar essa relação entre estudante, leitura, oralidade e produção textual.
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula
Introduzir a aula explanando sobre o Gênero Conto – citar suas características, a estrutura do enredo
(introdução, complicação, clímax, desfecho) e os elementos fundamentais de uma narrativa (fatos,
personagens, lugar e tempo). O professor pode relembrar aspetos importantes do conto por meio da
literatura de referência, como o livro “A teoria do conto”. Faça a leitura com os estudantes do conto: A
beleza total, de Carlos Drummond de Andrade (em anexo). Peça aos estudantes para fazer as
atividades do n° 1 até n°4.
2ª aula
Nesta aula, após a correção da atividade, os estudantes irão produzir um conto – o professor deverá
orientá-los em relação ao espaço que é o lugar em que as ações acontecem, o tempo, os personagens
e os fatos. Eles deverão fazer a atividade n° 5 como referência e com o suporte do professor.
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3ª aula
Os estudantes farão apresentação oral dos contos produzidos. O professor deverá orientá-los em
relação à postura diante da turma. Eles poderão fazer a leitura ou contar sobre o que trata o seu
conto. A partir dessa apresentação, o professor deve escolher os 5 melhores contos para uma eventual
publicação dos contos na mídia social oficial da escola ou no mural da escola.
4ª aula
O professor irá fazer uma aula expositiva sobre o gênero resenha. Para complementar a aula, o
professor poderá exibir os vídeos indicados e, seguida o professor irá solicitar que os estudantes
produção uma resenha sobre o conto de algum colega. O professor utilizará as produções da aula
anterior para realizar as trocas dos textos.
Vídeos sugeridos:
− A RESENHA E OS ADJETIVOS VALORATIVOS - 9° ano - Português. (19min.51). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-xR3_GN6GHU.
− RESENHA - Brasil Escola. (07min.56). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xRwoAeTQUa0&t=209s.
− O QUE É RESENHA? (características). (03min.03). Disponível em:
ww.youtube.com/watch?v=kAhtXscsDlM.
5ª aula
Os estudantes farão apresentação oral das resenhas. A partir dessa apresentação, o professor deve
observar a estrutura dos textos, e todos os aspectos envolvido na elaboração textual desse gênero - as
notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas por meio do uso de
paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.
RECURSOS:
Quadro e pincel; xerox de atividades; data-show; folha de ofício.
PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
Analisar o desempenho do estudante com a atividade realizada, ou seja, com a produção do conto,
considerando o que precisa ser modificado e que mudanças e ajustes são necessários para que o
estudante possa aprender a criar e usar os recursos linguísticos.
ATIVIDADES
A Beleza Total
Carlos Drummond de Andrade
A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes,
por sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que
durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia
confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma
foto de Gertrudes sobre o peito.
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Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema
beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de
vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando,
imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de
Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.
1 – Qual o conflito que vivia Gertrudes?
4 – No conto, o espaço é sempre delimitado. Qual era esse espaço que se encontrava
Gertrudes?
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REFERÊNCIAS
GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do conto. 8.ed. São Paulo: Editora Ática, 1998. 95 p.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.
O QUE É RESENHA? (características). 29 ago. 2020. 1 vídeo (03min.03). Publicado pelo Canal
Língua Portuguesa em Prosa e Verso. Disponível em: ww.youtube.com/watch?v=kAhtXscsDlM. Acesso
em: 18 fev. 2023.
RESENHA - Brasil Escola. 11 dez. 2019. 1 vídeo (07min.56). Publicado pelo Canal Brasil Escola.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xRwoAeTQUa0&t=209s. Acesso em: 18 fev. 2023.
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