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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA

Planejamento 1: Artigo de opinião ............................................................ pág 02


Planejamento 2: Poesia de cordel ............................................................. pág 11
Planejamento 3: Verbete ......................................................................... pág 23
Planejamento 4: Peças publicitárias .......................................................... pág 30
Planejamento 5: Relação entre textos normativos e legais, propositivos
e reivindicatórios ..................................................................................... pág 39
Planejamento 6: Texto teatral .................................................................. pág 47
Planejamento 7: Reportagem ................................................................... pág 53

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Leitura.
Oralidade.
Análise Linguística/semiótica e Produção de textos.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Argumentação: movimen- (EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os


tos argumentativos, tipos movimentos argumentativos de sustentação, refutação e
de argumento e força negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos
argumentativa. argumentos utilizados.
Modalização. (EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos
e argumentativos, por meio das modalidades apreciativas,
Coesão.
viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos,
Estratégia de produção: locuções adjetivas, advérbios, locuções adverbiais, orações
planejamento de textos adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas
argumentativos e apreciati- etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos
vos. noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
Semântica. (EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto,
Estilo. identificando o antecedente de um pronome relativo ou o
referente comum de uma cadeia de substituições lexicais.
(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de
estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de
pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e
perífrases verbais, advérbios etc.).
(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as
condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores,
veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema
ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola
ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a
questão, de argumentos relacionados a diferentes
posicionamentos em jogo, da definição – o que pode envolver
consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise
de textos, organização esquemática das informações e
argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que
pretende utilizar para convencer os leitores.
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão
sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal),
construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e

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outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
(EF69LP18) Utilizar na escrita/reescrita de textos argumentativos,
recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre
parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão
adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de
textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a
coerência e a progressão temática nesses textos
(“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/terceiro
lugar, finalmente, em conclusão” etc.).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Artigo de opinião.
DURAÇÃO: 05 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A sociedade, de forma geral, se depara com muitas incertezas: questões familiares,
ideológicas, políticas, ambientais etc. A incerteza produz a instabilidade e, consequentemente,
a ansiedade. E, como se sabe, a ansiedade pode levar à depressão e suas graves
consequências.
Como, então, eliminar as incertezas? Seguindo a lógica, obtendo-se certezas. Para isso, deve-
se criar opinião própria. Contudo, sem julgamento; apenas curiosidade para os pensamentos
que estão à deriva. É necessário ouvir, refletir e se posicionar com uma opinião própria,
contudo respeitando as outras opiniões, mesmo que opostas.
Uma das formas de conhecer opiniões é a leitura de artigos de opinião. O gênero textual
artigo de opinião “é um texto que expressa a opinião de quem o escreve. Seu autor usa de
argumentos para defender seu ponto de vista. É um gênero próprio da esfera jornalística,
encontrado em revistas e jornais impressos e eletrônicos. Atualmente, também é muito
comum em blogs que tratam de diferentes assuntos, todos eles envolvendo alguma polêmica
de importância social (para certos grupos ou para a sociedade). A pessoa que assina textos
dessa natureza deve demonstrar conhecer bem o assunto tratado e, de preferência, ser um
especialista na área”. (BALTHASAR, 2018).

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Começar definindo o gênero textual artigo de opinião.
Conceituar “tese” (ponto de vista).
Apresentar a estrutura do gênero:
− Introdução com tese (apresentação do ponto de vista).
− Desenvolvimento com argumentação (momento de expor todos os recursos disponíveis
para defender o ponto de vista. Aqui também há espaço para contra-argumentar. Ou
seja, se antecipar aos possíveis questionamentos de leitores com opiniões contrárias).
− Conclusão (síntese do que foi dito e reforçar o ponto de vista defendido).

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Explicar a diferenciação entre liberdade de expressão e discurso de ódio.
Em seguida, distribuir o texto “Consumismo e baixa autoestima formam círculo vicioso”
(encontra-se nas atividades propostas).
Orientar os estudantes a fazerem a leitura silenciosa.
Depois, abrir a discussão sobre o texto visando: abordar o tema; identificar e avaliar
teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos; reconhecer argumentos e contra-
argumentos; analisar recursos persuasivos e seus efeitos.
Enfatizar a percepção dos movimentos argumentativos de sustentação, refutação e
negociação, avaliando os tipos de argumentos e a força argumentativa de cada um.
Pedir aos estudantes que definam algumas palavras do texto, previamente determinadas pelo
professor, para averiguação do nível de conhecimento do vocabulário.
Solicitar que os estudantes façam as questões de 1 a 8 das atividades propostas.

2ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades
realizadas na aula anterior.
Utilizar o texto da atividade anterior para explicar a coesão textual, pelo uso de elementos de
coesão referencial, analisando a modalização realizada em textos argumentativos.
"Os elementos que atuam como indicadores de argumentação são denominados de
modalizadores discursivos. Eles são os encarregados de evidenciar o ponto de vista assumido
pelo falante e assegurar o modo como ele elabora o discurso." (PACHECO, 2023).
Essa análise da modalização no texto tem foco nos efeitos de sentido produzidos pelos
recursos empregados, considerando a sua coerência tanto com as intenções presumidas no
texto, quanto com as especificidades do gênero.
Os termos integrantes e acessórios da oração promovem a percepção da apreciação ideológica
sobre as posições implícitas assumidas pelo autor do texto em análise, além de agirem como
elementos de coesão referencial que contribuírem para a coesão do texto.

Exemplos de elementos modalizadores e de coesão referencial:

a) adjetivos, h) expressões de grau,


b) locuções adjetivas, i) orações adjetivas e adverbiais,
c) advérbios, j) orações restritivas e explicativas,
d) locuções adverbiais, k) pronome relativo e sua relação com o termo
e) substantivos, antecedente,
f) verbos, l) sinais de pontuação.
g) locuções verbais,

A percepção dos elementos modalizadores e de coesão referencial, tem por objetivo


possibilitar ao estudante:
− estabelecer relação causa /consequência entre partes e elementos do texto;

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− estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.;
− identificar repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto;
− reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações;
− reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou
expressão;
− reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.

3ª AULA
O professor deve portar alguns artigos de opinião, selecionados antecipadamente,
apresentando temas contextualizados com a realidade do estudante.
Orientar os estudantes a formarem duplas de trabalho.
Distribuir um artigo de opinião a cada dupla e solicitar que eles analisem os mecanismos de
modalização presentes que expressam avaliação, julgamento etc. ou certeza, possibilidade,
necessidade, obrigação etc. de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos
noticiados ou as posições implícitas ou assumidas pelo autor.
Sugere-se a apresentação de algumas questões norteadoras, elaboradas pelo professor, de
acordo com as expectativas sobre a assimilação dos conteúdos relacionados.
Durante a atividade orientar os estudantes, fazendo as intervenções pertinentes.
Após as duplas terminarem a atividade, formar um semicírculo com os estudantes e pedir que
apresentem seus resultados aos demais colegas.
Durante as apresentações, fazer no quadro anotações de tópicos relevantes e incentivar que
expressem suas opiniões, sempre com respeito às opiniões diferentes ou contrárias.
Recolher os artigos utilizados pelas duplas, para serem utilizados em atividade na próxima
aula.

4ª AULA
Organizar a turma em duplas, as mesmas da atividade realizada na aula anterior.
Os estudantes irão produzir um artigo de opinião, sobre o mesmo tema do artigo analisado na
atividade anterior.
Orientar a produção textual dos estudantes, por meio de um esquema:
− Introdução com tese (apresentação do ponto de vista).
− Desenvolvimento com argumentação (momento de expor todos os recursos disponíveis
para defender o ponto de vista).
− Conclusão (síntese do que foi dito e reforçar o ponto de vista defendido).
A atividade visa ao planejamento de artigos de opinião, envolvendo a preparação de
argumentos, a escolha do movimento argumentativo e outras habilidades próprias de gêneros
argumentativos.
Para isso, espera-se que os estudantes possam diferenciar as partes principais e secundárias
no texto e estabelecer relações lógico-discursivas, marcadas pelos elementos modalizadores e

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de coesão referencial.
Deve-se considerar também o uso, pelos estudantes, de recursos textuais que estabeleçam
relações adequadas entre as partes do texto, garantindo a progressão e a unidade temática
(“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/terceiro lugar, finalmente, em
conclusão” etc.).
Fazer em folha ofício que deverá ser entregue ao professor, para ser corrigida.

5ª AULA
Devolver aos estudantes a produção de texto corrigida.
Promover um diálogo sobre as teses e os argumentos utilizados nos textos, possibilitando aos
estudantes realizarem uma revisão da própria produção textual.
Franquear a palavra para que todos os estudantes possam se expressar.
Eleger, com os estudantes, três textos para serem lidos em voz alta.

RECURSOS:
Cópia do material impresso: exemplos de artigos de opinião / atividades; quadro e pincel;
revistas; jornais; dicionários; xerox das atividades; folha ofício.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Durante os processos e momentos de leitura e produção textual, o professor acompanha,
observa, orienta e faz intervenções pertinentes, visando a uma melhoria contínua.
A avaliação deve ser vista, portanto, como um ponto de partida, de apoio, um elemento a
mais para fazer o estudante repensar, reescrever e mudar ou flexibilizar sua opinião diante de
pensamentos e ideias divergentes, respeitando a individualidade e a vivência do outro.
O professor deverá observar o estudante em relação às discussões/debates, considerando o
respeito ao direito de opinião do outro.
Serão observadas a capacidade de análise, a compreensão e a interpretação dos textos por
parte dos estudantes, durante cada momento de leitura, exposição e interpretação dos textos
apresentados.
A avaliação também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, momento em que
se deve incentivar os estudantes a informarem as suas respostas, para uma correção de forma
coletiva.
Importante que seja verificado se houve um desenvolvimento aceitável, pelos estudantes, das
competências e habilidades pretendidas.
Nas produções escritas, fazer as eventuais correções ortográficas, as adequações dos tempos
verbais, concordâncias e elementos de coesão.

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ATIVIDADES

CONSUMISMO E BAIXA AUTOESTIMA FORMAM CÍRCULO VICIOSO


Helio Mattar
Comprar faz você feliz? Ninguém consegue negar o prazer de entrar em uma loja e
comprar um produto ou serviço muito desejado. Mas, será que, passada a euforia
momentânea, esta satisfação vai de fato ajudar a sustentar a sua felicidade?
Numa visão mais panorâmica, consumir não é sinônimo de bem-estar. Apesar de ter
aumentado o seu poder de consumo nos últimos 50 anos, a população dos Estados
Unidos não sente uma melhora no seu bem-estar, segundo uma pesquisa da
American Psychological Association. Em comparação às condições da década de 50,
hoje os norte-americanos podem ter o dobro de carros por pessoa e comer fora de
casa com uma frequência duas vezes maior – mas esse conforto não veio
acompanhado de uma maior felicidade.
E o que explica esse aparente contrassenso? Cientistas vêm constatando uma relação
muito próxima, praticamente de retroalimentação, entre consumismo e baixa
autoestima, além de ser relacionado a patologias como depressão e ansiedade.
A relação entre baixa autoestima e materialismo é relativamente fácil de entender: a
autoestima pode ser definida como o apreço que uma pessoa confere a si própria,
permitindo-lhe ter confiança nos próprios atos e pensamentos. Uma pessoa com baixa
autoestima tende a “externalizar” o seu processo de valorização, ou seja,
superestimar fatores externos.
Isso pode ser ainda mais pronunciado nesta era das redes sociais, quando é comum
buscar reconhecimento na aprovação de terceiros, por meio de curtidas e
compartilhamentos. Além disso, somos bombardeados com imagens superproduzidas
de viagens, eventos e refeições maravilhosas a todos os momentos, que muitas vezes
alimentam um sentimento de inferioridade em relação aos “amigos” da rede social.
Será que só eu sou inadequado na sociedade?
Somado a isso, propagandas e anúncios trazem essa vida perfeita retratada de
maneira muito acessível – basta adquirir o produto que está sendo vendido e tudo
está resolvido. Mas, a expectativa é frustrada e a viagem divertida com os amigos não
se manifesta magicamente após a compra daqueles óculos de sol, não nos tornamos
executivos de sucesso imediatamente após comprar “aquele” carro e não entramos
em forma apenas por comprar o tênis mais leve do mercado, insatisfações provocadas
pelo discurso da publicidade de que comprar vai nos deixar mais felizes. Mas, neste
sonho delirante, a única coisa que se torna realidade são as contas, que nem sempre
se fecham no fim do mês. E os sentimentos de inadequação e frustração continuarão,
afinal, as pessoas das redes sociais e das propagandas seguem levando as suas vidas
aparentemente perfeitas, diminuindo ainda mais a autoestima. Continuaremos
navegando pelas redes sociais e estaremos expostos a propagandas. E então, o que
podemos fazer?
Em primeiro lugar, ter consciência de que este é o processo já é um grande passo.
Passamos a ter elementos para entender melhor o que se passa, ao menos

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racionalmente. Depois, vem o mais difícil: apropriarmos, com a mente e o coração,
um sentido para a vida que vá muito além do consumo, que responda ao que é
realmente importante na vida de cada um.
Nesse sentido, a pesquisa Rumo à Sociedade do Bem-estar, do Instituto Akatu,
perguntou aos entrevistados o que eles consideravam ser felicidade. A resposta, para
dois terços dos entrevistados, foi estar saudável e/ou ter sua família saudável.
Conviver bem com a família e os amigos também foi apontado como fator de
felicidade para 60% do publico que respondeu à pesquisa. Isso mostra que a maior
parte da sociedade brasileira compartilha a noção de que, uma vez satisfeitas as
necessidades básicas, a felicidade é encontrada no que temos de mais humano, o
bem-estar físico próprio e daqueles de quem gostamos e o afeto em si pelos amigos e
pela família. Não inclui o caminho do consumismo.
Um outro fator a ser trabalhado no dia a dia, de maneira a enfraquecer ou quebrar o
círculo vicioso da insatisfação no consumo e da autoestima, é estimular um diálogo
aberto sobre a nossa autoimagem, nossos valores e a importância da aceitação da
diversidade nos círculos dos quais fazemos parte, abrindo espaço para a autorreflexão
e, por meio da troca de sentimentos e experiências, criar espaço para a percepção de
que todos vivemos essas mesmas emoções e, com isso, nos valorizarmos a nós
mesmos e aos outros.
Inicia-se outro círculo, dessa vez virtuoso, que tende a ficar mais forte conforme as
pessoas se sintam mais à vontade de ser quem elas de fato são. E assim, podendo
identificar com mais facilidade o que realmente faz feliz ou pelo menos traz
contentamento suficiente, a cada um de nós. E quase que certamente descobriremos
que isso está muito longe de ter o último modelo de smartphone.
Folha de S. Paulo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/heliomattar/2017/12/1942405consumismoebaixaautoestimaformam-circulo-
vicioso.shtml. Acesso em: 25 set. 2018.

In: BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de
linguagem. 3. ed.
São Paulo: Moderna, 2018. P. 140.

1 – Afinal, o artigo de Helio Mattar aborda realmente a prática de consumo e sua relação com
a felicidade?

2 – Na sua opinião, há diferença entre consumo e consumismo? Por que será que Helio usa
em seu título a palavra consumismo, e não consumo?

3 – Helio Mattar apenas apresenta informações sobre um fato ou acontecimento ou também


opina sobre o assunto abordado? Explique.

4 – Você acredita que o autor consegue demonstrar alguma relação entre consumo e
identidade?

5 – Ler o texto “Consumismo e baixa autoestima formam círculo vicioso” acrescentou a você
algum conhecimento sobre o assunto?

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6 – Qual a importância das informações divulgadas em “Consumismo e baixa autoestima
formam círculo vicioso”?

7 – O texto que você leu faz parte da coluna de Helio Mattar publicada na Folha de S. Paulo.
Trata-se de um artigo de opinião.

a) Qual o assunto tratado pelo autor no texto?


b) Qual a posição que o autor defende em relação a esse assunto?
c) Para defender a sua posição, o colunista usa que tipo de informação?
d) Você diria que essas informações são confiáveis? Por quê?
e) Que comentário você faria sobre o texto para publicar na página desse artigo? Qual a
sua posição sobre o ponto de vista e os argumentos do autor?

8 – Leia a charge:
Imagem 1 - Charge do dia: Consumismo.

Fonte: (CABRAL, 2014)

Escreva um parágrafo comentando a sua interpretação a respeito da charge de Ivan Cabral.

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REFERÊNCIAS
BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de
linguagem. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
CABRAL, Ivan. Charge do dia: Consumismo. Sorriso Pensante. [s. l.], 3 mai. 2014. Disponível
em: https://www.ivancabral.com/2014/05/charge-do-dia-consumismo.html . Acesso em: 3
mai. 2023.
CASTILHO, A. T.; CASTILHO, C. M. M de. Advérbios modalizadores. In: ILARI, Rodolfo (Org.).
Gramática do português falado. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. v. II.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
PACHECO, Mariana do Carmo. O que são modalizadores discursivos? Brasil Escola. [s. l.],
2023. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-sao-
modalizadores-discursivos.htm . Acesso em: 02 mai. 2023.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Oralidade.
Leitura.
Análise linguística/semiótica.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Procedimentos de apoio (EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais,
à compreensão. apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica,
Tomada de nota. documentários e afins, identificando, em função dos objetivos,
informações principais para apoio ao estudo e realizando, quando
Estratégias de leitura. necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os
Apreciação e réplica. pontos ou conceitos centrais e suas relações e que, em alguns
casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem
Estratégia de leitura:
apreender os sentidos conter dúvidas, questionamentos, considerações etc.
globais do texto. (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender –
selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a
Recursos linguísticos e
diferentes objetivos e levando em conta características dos
semióticos que operam
nos textos pertencentes gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos,
aos gêneros literários. minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis,
biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de
Variação linguística. ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e
Conversação fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros,
espontânea. expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo
preferências por gêneros, temas, autores.
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais
circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e
fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva
de abordagem; em entrevistas os principais temas/subtemas
abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a
esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou
o humor presente.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da
interação entre os elementos linguísticos e os recursos
paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as
modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do
estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das
rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as
assonâncias, as onomatopeias, dentre outras; a postura corporal
e a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações
musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos
gêneros poéticos; os efeitos de sentido decorrentes do emprego
de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora,
personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia,
paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do
emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas
etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função
na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações
próprios de cada gênero narrativo.

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(EF69LP55X) Reconhecer, considerando a situação comunicativa,
as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o
de preconceito linguístico.
(EF89LP27X) Tecer considerações e formular problematizações
pertinentes, em momentos oportunos, em situações diversas de
aulas, apresentação oral, seminário etc.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Poesia de cordel.
DURAÇÃO: 06 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
“O cordel é uma literatura que retrata fatos históricos e situações atuais das quais a
comunidade tem conhecimento, tratando as questões sociais com uma linguagem popular”
(SILVA; SOUZA, 2023)
A poesia de cordel é um gênero textual que se apresenta como uma fonte de informação
relevante para a memória da cultura de um local, de um determinado período, expressando as
próprias histórias criadas pelos autores cordelistas.
A abordagem de questões sociais torna a literatura de cordel essencial para o estabelecimento
da cidadania.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Informações iniciais ao professor (preparação para a aula)
Esta aula oportunizará aos estudantes a apreciação da poesia do cordel, com acesso a
folhetos digitalizados e disponibilizados pela instituição cultural “Centro Nacional de
Folclore e Cultura Popular (CNFCP)” – Disponível em:
http://acervosdigitais.cnfcp.gov.br/Literatura_de_Cordel_C0001_a_C7176. O CNFCP
disponibiliza um acervo digitalizado com recursos da Fundação Vitae, que é composto por
títulos de folhetos de cordel provenientes, em sua maioria, de pesquisas de campo e doações
de cordelistas, com diversidade temática (cantorias, desafios, cangaço, religiosidade popular,
fatos políticos, do cotidiano, entre outros), destacam-se autores consagrados e vários títulos
raros – alguns datam de 1908.
OBS.: para acessar o acervo do CNFCP => clicar no link > clicar em “acessar os acervos
digitais” > depois, ou ir passando página por página, ou clicar no ícone “pastas” (na lateral
esquerda da tela).
Selecionar antecipadamente algumas obras para apresentação em sala, quando deverá ser
utilizado o projetor multimídia (caso a tecnologia não esteja disponível, imprimir alguns
exemplares para serem entregues aos estudantes).

a. Com os estudantes (aula)


Inicialmente, abordar de forma sucinta o gênero poesia de cordel.
O cordel é um gênero literário que conjuga oralidade, poesia e prosa. No “repente”, esses
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elementos se associam também ao improviso e à cantoria. Ambos se popularizaram como
parte da identidade e cultura brasileira.
Utilizando projetor multimídia, apresentar imagens das obras disponibilizadas no acervo do
CNFCP.
Durante a apresentação, identificar, comentar e explicar as principais características do
gênero:

a. O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos versos;
b. É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos costumes locais,
fortalecendo as identidades regionais;
c. A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras em madeira),
que ilustram as páginas dos poemas.
(MARINHO, 2023)

Possibilitar aos estudantes que se expressem livremente, emitindo comentários e opiniões


sobre os assuntos abordados durante a apresentação sempre com respeito às opiniões
diferentes ou contrárias.
Para que os estudantes possam argumentar e apresentar as suas opiniões, orientar que
tomem notas, para registro pessoal, visando a reflexão sobre o registrado e como apoio à fala
durante as suas participações.

2ª AULA
Distribuir aos estudantes as “atividades propostas” impressas.
Projetar a “parte 1” das atividades: “Converse com a turma” e “Primeiras impressões”.
Nesse momento, fazer, juntamente com os estudantes, as atividades propostas. Na medida
em que forem desenvolvendo as atividades (coletivamente), explanar sobre a poesia de
cordel, de forma prática, com base nos conceitos apresentados sobre o gênero.
Incentivar os estudantes a participarem nas respostas às questões, nos comentários, bem
como na realização das correções.

3ª AULA
Dando continuidade às atividades iniciadas na aula anterior, projetar, utilizando o projetor
multimídia, a “parte 1” das atividades: “O texto em construção”.
Do mesmo modo, proceder a realização das atividades propostas (de forma coletiva) e
continuar com as explanações sobre a poesia de cordel.
Sempre possibilitando aos estudantes a participarem nas respostas às questões, nos
comentários, bem como na realização das correções.
Encerrada a resolução das questões, retomar sucintamente conceitos, averiguando o nível de
assimilação por parte dos estudantes.

4ª AULA
Organizar a turma em duplas ou pequenos grupos.

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Solicitar que os estudantes façam as questões "parte 2" de 1 a 10 das atividades propostas.
Orientar para que façam a leitura dos textos, de forma autônoma, levando em conta as
características dos gêneros, expressando avaliação sobre os textos lidos, estabelecendo
concordância ou não com os autores e sempre se posicionando frente aos assuntos
abordados.

5ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Evidenciar a abordagem de um mesmo tema em textos de gêneros diferentes, destacando o
uso de recursos linguísticos-gramaticais próprios a cada gênero.
Incentivar a participação dos estudantes durante a correção.
Observar nas respostas e comentários dos estudantes, a competência de inferir o sentido de
uma palavra ou expressão, bem como recuperar uma informação implícita no texto.
Durante a apresentação oral das respostas, conduzir os estudantes a tecerem considerações e
formularem problematizações pertinentes ao tema e a abordagem dos autores.

6ª AULA
O professor deve apresentar, por meio do projetor multimídia ou de forma impressa, alguns
poemas de cordel, selecionados antecipadamente, abordando temas contextualizados com a
realidade do estudante.
Organizar a turma em círculo.
Solicitar aos estudantes que façam a leitura dos poemas em forma de declamação.
Orientá-los para utilizarem os recursos extraverbais e cênicos que possam ser necessários
para a boa entonação e interpretação dos textos de cordéis.

RECURSOS:
Projetor multimídia; cópia do material impresso: exemplos de poemas de cordel/atividades;
quadro e pincel.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Serão observadas a capacidade de análise, a compreensão e a interpretação dos textos por
parte dos estudantes, durante cada momento de leitura, exposição e interpretação dos textos
apresentados, especialmente durante o momento de declamação dos poemas de cordel. A
avaliação também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, momento em que se
deve incentivar os estudantes a informarem as suas respostas, para uma correção de forma
coletiva. Importante que seja verificado se houve um desenvolvimento aceitável, pelos
estudantes, das competências e habilidades pretendidas.

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ATIVIDADES
PARTE 1

Imagem 2 - Ilustração da xilogravura do cordel “As proezas de João


Grilo”, 2005.

Fonte: In: BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural:


leitura, produção e estudos de linguagem - 7. 3. ed. São Paulo:
Moderna, 2018. P. 170

Converse com a turma


1 – Você conhece a arte com que foi produzida originalmente a imagem reproduzida acima?
Sabe que materiais e técnicas são utilizados nessa arte? Onde e como costumam circular as
imagens produzidas por ela?

2 – O que você já conhece sobre o personagem João Grilo? Com base na legenda que
acompanha a imagem, responda: o que a cena pode estar representando?

3 – Você conhece poetas e poetisas de cordel? O que sabe sobre a literatura que fazem? Que
tipos de história contam? Essas histórias são contadas em prosa ou versos? Sabe como
circulam entre os ouvintes/leitores?

4 – Já leu ou ouviu histórias como “O romance do pavão misterioso”, “Peleja do cego Aderaldo
com Zé Pretinho”, “A moça que morreu e o cão não deixou enterrar”? Se sim, quer contar
alguma?

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Primeiras impressões
Você participará da leitura de um texto da literatura de cordel. Preste atenção nas rimas, no
ritmo com que o texto vai se tecendo e em como isso se relaciona com o tema que ele
desenvolve.

EM VERSOS SINGELOS
Alexandre Pavan

Cordel quer dizer barbante O cordel é dividido


Ou senão mesmo cordão, Escrito, cantado, oral,
Mas cordel-literatura Porém o cordel legítimo
É a real expressão É aquele tipo jornal,
Como fonte de cultura Que trazia a notícia nova
Ou melhor poesia pura Em sextilhas, nunca em trova
Dos poetas do sertão. Que agrada o pessoal.
[...] [...]
O chamado trovador O cordel sendo cultura
Ou poeta popular Hoje tem sua tradição,
Era semianalfabeto Chamado literatura
Porém sabia rimar, Veículo de educação
Seus folhetos escrevia, Retrata histórias passadas
E os sertanejos os liam Que estão documentadas
Por ser o seu linguajar. Para toda geração.
[...]
PAVAN, Alexandre. Em versos singelos. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/000
0016789.PDF. Acesso em: 15 jul. 2018. (Fragmento)

In: BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de
linguagem - 7.
3. ed. São Paulo: Moderna, 2018. P. 170

1 – A que lugar e cultura o cordel é relacionado?

2 – Leia:

Multimodalidade
É o uso das diferentes linguagens (verbal e oral, verbal e escrita, visual, gestual, musical,
fotográfica etc.) combinadas em nossas interações.

Que verso informa as diferentes linguagens em que o cordel pode ser apresentado?

3 – Qual foi a primeira função do cordel: entreter ou informar? Que versos permitiram a você
concluir isso?

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O texto em construção
Organize-se em dupla e converse com seu(sua) colega sobre as questões a seguir. Elas foram
pensadas especialmente para vocês perceberem os recursos da linguagem e os procedimentos
poéticos do cordel.
1 – Vocês perceberam, durante a leitura, que há um ritmo bem marcado, constante no texto?
Por que vocês acham que isso acontece?

2 – O que vocês percebem quanto às estrofes? O que todas elas têm em comum?
Estabeleçam relações com o boxe a seguir.

Classificação das estrofes


Dependendo da quantidade de versos, as estrofes classificam-se em: monóstico (1
verso); dístico (2 versos); terceto (3 versos); quarteto ou quadra (4 versos); quintilha (5
versos); sextilha (6 versos); septilha (7 versos); oitava (8 versos); nona (9 versos),
décima (10 versos).

3 – Leia:

Métrica
É a quantidade de sílabas poéticas de um verso. Para saber a métrica de um verso,
contamos apenas até sua última sílaba tônica e desprezamos as demais. Outro ponto
importante: a métrica tem a ver com a oralidade, com a pronúncia dos versos; por essa
razão, muitas vezes o poeta considera o final de uma sílaba e o início da outra uma única
sílaba poética. Assim, por exemplo:

1 2 3 4 5 6 7 8
Que tra zi + a no tí cia no va

Conforme o número de sílabas poéticas, os versos também recebem classificações, como:


pentassílabo ou redondilha menor (5 sílabas poéticas); heptassílabo ou redondilha maior
(7 sílabas poéticas); e decassílabo (10 sílabas poéticas).

Releia o cordel em voz alta. Qual métrica foi usada no texto?

4 – Observe a estrofe seguinte, com especial atenção em como os versos rimam entre si.
Lembre-se de que no quadro os versos estão separados conforme são pronunciados, sem
seguir as regras ortográficas de separação de sílabas na escrita.

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Imagem 3 – Rimas dos versos.

Fonte: In: BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural:


leitura, produção e estudos de linguagem - 7.
3. ed. São Paulo: Moderna, 2018. P. 174

Como você vê, nessa estrofe rimam entre si: os versos 2, 4 e 7; os versos 3, 5 e 6. As rimas
se dão tanto entre as sílabas tônicas das últimas palavras como entre as sílabas finais (mas
nem sempre é assim; às vezes, escolhe-se apenas uma dessas formas de rimar). Se
quiséssemos fazer isso, esquematicamente, usando uma letra para representar cada jeito de
um verso terminar e rimar com outro, teríamos: a/b/c/b/c/c/b.
Leia novamente as estrofes e, fazendo anotações no caderno, identifique que outras rimas
foram exploradas entre os versos, usando letras para representá-las esquematicamente (a, b
etc.).

17
PARTE 2
Leia a seguinte notícia:

Não é só fome: desnutrição infantil prejudica desenvolvimento e pode matar...

Imagem 4 – Desnutrição.

Fonte: (VIVA BEM UOL, 24 fev. 2023)

Um levantamento recente feito pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), com dados
do Ministério da Saúde, mostra que a internação por desnutrição infantil no Brasil é a
maior desde 2012. A subnutrição, ou desnutrição, é caracterizada pela baixa ingestão por
longos intervalos de tempo de macronutrientes — representados por proteínas,
carboidratos e gorduras — e micronutrientes — vitaminas e minerais.
O quadro pode comprometer a saúde física e mental, favorecendo o estabelecimento de
enfermidades crônicas como diabetes mellitus, além de aumentar o risco de disfunções
cardiovasculares, infecções intestinais, osteoporose, hipotireoidismo, obesidade e
comprometimento imunológico.
Há também o risco de retardo do crescimento físico, baixo peso e estatura, associados a
infecções frequentes e resistência ao tratamento, e até de morte.

Quais são os sinais da insuficiência de nutrientes?


a. A anemia ferropriva (por deficiência de ferro) é a carência nutricional mais comum.
b. A deficiência de vitamina A provoca alterações de tamanho, pele seca, cegueira
noturna, xerose conjuntival (perda de brilho e da transparência no olho), úlceras de
córnea, manchas de Bitot - placas acinzentadas na conjuntiva ocular.
c. A vitamina B1 em defasagem acarreta polineuropatia, alterações de memória,
confusão mental.
d. Níveis insuficientes de vitamina B12 resultam em anemia megaloblástica,
irritabilidade, glossite, diarreia, parestesias, transtornos psiquiátricos e neuropatia
desmielinizante.
e. A baixa ingestão de vitamina C traz consequências como hematomas na superfície
dos ossos, fraturas, sangramentos de mucosas.
f. No caso da vitamina D, pode haver raquitismo carencial, fraturas patológicas,
atraso da erupção e alteração do esmalte dentário, baixa estatura, fraqueza
muscular e hipotonia generalizada.

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g. A deficiência de zinco leva às seguintes disfunções: dermatites, entre elas a bolhosa
pustular, a acro-orificial e a acrodermatite enteropática, cujos sintomas além da
inflamação da pele são diarreia e alopecia (queda de cabelo); anorexia, distúrbios
emocionais, infecções recorrentes e intestinais.
É possível identificar os sinais ainda na infância: o ganho de peso é lento; a criança é
menor do que outras da mesma idade, incluindo altura e tamanho da cabeça. Nota-se
pouco interesse ao redor, sonolência extrema, choro frequente e agitação, além disso, o
bebê não rola, senta ou anda, comparado aos da mesma faixa etária. Observa-se queda
de cabelo, unhas fracas, pele seca e alterações hormonais e inchaços.

Efeito cascata
A fome nos primeiros anos da criança pode ter um efeito cascata na vida adulta. A fase
mais crítica é quando a oferta reduzida de nutrientes ocorre nos dois primeiros anos,
período no qual se dá o mais rápido aumento do cérebro. Somado a privações
alimentares da mãe na gestação e que impactam o desenvolvimento infantil em fases
posteriores, corre-se o risco de haver adultos com distúrbios físicos e mentais nas
próximas décadas.
Reverter quadros de desnutrição é muito difícil. Pessoas em desnutrição profunda podem
sofrer a chamada síndrome da realimentação se simplesmente voltarem a se alimentar
normalmente.
a. A síndrome é uma complicação que pode levar à morte.
b. Ocorre após jejum prolongado em pacientes desnutridos e é causada pela
sobrecarga na ingestão calórica e reduzida capacidade do sistema cardiovascular.
c. As consequências passam por alterações neurológicas, sintomas respiratórios,
arritmias e falência cardíaca, poucos dias após a realimentação.

A reintrodução da dieta deve ser feita de maneira cautelosa. De modo geral, inicia-se com
baixo aporte calórico e progride-se de acordo com o risco individual. O tempo de
reabilitação depende do quadro de cada indivíduo.
Por fim, já se sabe que a pessoa que lidou com um quadro de desnutrição vai carregar
consequências para sempre — mesmo que volte a se alimentar e ingerir os nutrientes
necessários ao organismo.

NÃO É SÓ FOME: desnutrição infantil prejudica desenvolvimento e pode matar... In: VIVA BEM UOL. Viva
bem uol, [s. l.], 24 fev. 2023. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/
24/desnutricao-causa-prejuizo-no-desenvolvimento-e-ate-morte.htm?next=0001H700U495N

1 – Qual é o tema dessa notícia?

2 – Como a imagem se relaciona ao assunto abordado?

3 – O que pode ocorrer quando a saúde física e mental fica comprometida?

4 – Explique o “efeito cascata”.


Baseado no cordel “Fome”, de Bráulio Bessa, responda as questões de 5 a 10.

19
FOME
Bráulio Bessa

Eu procurei entender
qual a receita da fome,
quais são seus ingredientes,
a origem do seu nome.
Entender também por que
falta tanto o “de comê”,
se todo mundo é igual,
chega a dar um calafrio
saber que o prato vazio
é o prato principal.

Do que é que a fome é feita


se não tem gosto nem cor
não cheira nem fede a nada
e o nada é seu sabor.
Qual o endereço dela,
se ela tá lá na favela
ou nas brenhas do sertão?
É companheira da morte
mesmo assim não é mais forte
que um pedaço de pão.

Que rainha estranha é essa


que só reina na miséria,
que entra em milhões de lares
sem sorrir, com a cara séria,
que provoca dor e medo
e sem encostar um dedo
causa em nós tantas feridas.
A maior ladra do mundo
que nesse exato segundo
roubou mais algumas vidas.

Continuei sem saber


do que é que a fome é feita,
mas vi que a desigualdade
deixa ela satisfeita.
Foi aí que eu percebi:
por isso que eu não a vi
olhei pro lugar errado
ela tá em outro canto
entendi que a dor e o pranto
eram só seu resultado.

20
Achei seus ingredientes
na origem da receita,
no egoísmo do homem,
na partilha que é malfeita.
E mexendo um caldeirão
eu vi a corrupção
cozinhando a tal da fome,
temperando com vaidade,
misturando com maldade
pro pobre que lhe consome.

Acrescentou na receita
notas superfaturadas,
um quilo de desemprego,
trinta verbas desviadas,
rebolou no caldeirão
vinte gramas de inflação
e trinta escolas fechadas.

Sendo assim, se a fome é feita


de tudo que é do mal,
é consertando a origem
que a gente muda o final.
Fiz uma conta, ligeiro:
se juntar todo o dinheiro
dessa tal corrupção,
mata a fome em todo canto
e ainda sobra outro tanto
pra saúde e educação.

(Bessa, 2019)

5 – O que dá calafrio num indivíduo?

6 – Quem é “A RAINHA ESTRANHA” à qual o cordelista (autor) se refere?

7 – Por que o cordelista (autor) compara a fome com uma ladra?

8 – Quais são as causas da desigualdade social?

9 – Retire dos textos palavras ou expressões que caracterizem o uso da linguagem informal
(variação linguística).

10 – Cite as características encontradas no texto que o classificam como poesia de cordel.

21
REFERÊNCIAS
BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de
linguagem - 7. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Ilustração da xilogravura do cordel “As
proezas de João Grilo”, 2005. Disponível em: BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley.
Singular & plural: leitura, produção e estudos de linguagem - 7. 3. ed. São Paulo: Moderna,
2018.
BESSA, Bráulio. Fome. Tudo é poema. [s. l.], 9 abr. 2019. Disponível em:
https://www.tudoepoema.com.br/braulio-bessa-fome/ . Acesso em: 4 mai. 2023.
MARINHO, Fernando. Literatura de cordel. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm . Acesso em: 2 mai. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
NÃO É SÓ FOME: desnutrição infantil prejudica desenvolvimento e pode matar... In: VIVA BEM
UOL. Viva bem uol, [s. l.], 24 fev. 2023. Disponível em:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/24/desnutricao-causa-prejuizo-no-
desenvolvimento-e-ate-morte.htm?next=0001H700U495N . Acesso em: 4 mai. 2023.
SILVA, Fernanda Isis C. da; SOUZA, Edivanio Duarte de. Informação e formação da Identidade
cultural: o acesso à informação na literatura de cordel. BRAPCI - Base de Dados em
Ciência da Informação. Artigo originado do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
em março de 2006 no Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal de
Alagoas. Pg. 217. Disponível em:
https://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/11/pdf_fcd37e85f9_0012945.pdf . Acesso em: 2
mai. 2023.
VIVA BEM UOL. Desnutrição. [s. l.], 24 fev. 2023. Disponível em:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/24/desnutricao-causa-prejuizo-no-
desenvolvimento-e-ate-morte.htm?next=0001H700U495N . Acesso em: 4 mai. 2023.

22
PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Produção de textos.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Consideração das condi- (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de
ções de produção. planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo
em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas
Estratégias de produção:
planejamento, textuali- dos textos pretendidos e as configurações da situação de
produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de
zação e revisão/edição.
circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a
imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto
literário.
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de
apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas,
reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de
diferentes tipos etc.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Verbete.
DURAÇÃO: 04 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O estudo é imprescindível para a formação do estudante como ser completo e cidadão. Para
que o estudo seja eficaz, são necessárias a leitura e a pesquisa.
Uma das habilidades mais importantes que podemos desenvolver é a leitura, porque, por meio
dela, podemos adquirir conhecimento. A pesquisa, por sua vez, proporciona informações para
o entendimento e o desenvolvimento crítico.
Entretanto, para conseguirmos bons resultados em nossas pesquisas, precisamos utilizar
fontes seguras e confiáveis.
Uma dessas fontes é o verbete.
Verbete é um texto expositivo, informativo, com linguagem direta, destinado a explicar um
conceito. Além dos significados precisos de uma palavra, o verbete também aponta
informações linguísticas, como a classe gramatical e a definição de gênero de uma
determinada palavra.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Apresentar aos estudantes o gênero verbete.
Perguntar se eles conhecem um verbete e se sabem qual a finalidade dele.
Franquear a palavra e possibilitar que os estudantes falem espontaneamente, por meio de
uma conversação com os colegas sobre o assunto.
Destacar para os estudantes que um verbete de dicionário tem como finalidade principal

23
explicar o conceito de uma palavra e que o verbete de enciclopédia traz mais informações
além da definição, utilizando linguagem objetiva e impessoal. Ele pode conter gráficos,
ilustrações e subdivisões para complementar os dados. Comentar também que, hoje em dia, a
versão mais utilizada é a digital.
Solicitar que os estudantes façam as questões de 1 a 5 das atividades propostas.

2ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Projetar as imagens dos quatro textos que se encontram nas atividades.
Selecionar estudantes para realizarem a leitura em voz alta dos textos.
Possibilitar que respondam de forma organizada e democrática.
Solicitar que, em casa, pesquisem junto aos familiares, palavras que expressem temas que
considerem relevantes para a realidade deles. Orientá-los a tomarem notas das respostas da
pesquisa e levá-las à sala, na próxima aula.

3ª AULA
Organizar os estudantes em duplas.
Orientar que conversem e compartilhem como foi a pesquisa com os familiares, como foram
as reações deles e quais foram os motivos que eles apresentaram para definirem as palavras
escolhidas como importantes.
Orientar também para que, depois da conversa, cada dupla escolha apenas uma palavra que
realmente faça parte do cotidiano deles.
Em seguida, solicitar que utilizem essa única palavra escolhida, para elaborar dois textos: um
verbete de dicionário e um verbete de enciclopédia, conforme proposta de produção
textual a seguir (que deve ser disponibilizada, ou de forma impressa ou no quadro):

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO - VERBETE

ROTEIRO

a. Coloque em destaque a palavra que vai ser conceituada.


b. Escreva o texto utilizando linguagem formal, sem o uso de gírias e abreviações.

c. O texto deve conter a definição da palavra.

a. No verbete de enciclopédia, a definição da palavra deve constar no primeiro parágrafo e


o parágrafo seguinte deve conter mais informações, origem e histórico. Por último, deve
ser escrita alguma curiosidade.

4ª AULA
Formando um círculo, orientar os estudantes para apresentarem as suas produções textuais.
Possibilitar a participação de todos, por meio de comentários, sempre respeitando a fala e a
opinião do outro.

24
RECURSOS:
Projetor multimídia; cópia do material impresso: atividades; quadro e pincel.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar o engajamento dos estudantes de forma ativa nos processos de planejamento,
textualização, revisão/edição e reescrita na produção de verbete. Verificar a capacidade dos
estudantes de apresentarem, oralmente, a proposta do texto e a conclusão. A avaliação
também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, momento em que se deve
incentivar os estudantes a informarem as suas respostas, para uma correção de forma
coletiva.

25
ATIVIDADES
1 – Leia os seguintes textos:

TEXTO 1
Imagem 5 – Xodó Pet.

Fonte:(FACEBOOK, 2020)

TEXTO 2
Imagem 6 – Stories.

Fonte: (DI, DICIONÁRIO INFORMAL, 15 jul. 2021)

2 – Como é possível afirmar que o texto 1 é uma propaganda e o 2 é um verbete de dicionário?

3 – Agora, leia os textos 3 e 4.

26
TEXTO 3
Imagem 7 – Selfie 1.

Fonte: (DICIO, DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2023)

27
TEXTO 4
Imagem 8 – Selfie 2.

Fonte: (WIKIPÉDIA – A ENCICLOPÉDIA LIVRE, 10 dez. 2022)

4 – Identifique qual é o verbete de dicionário e qual é o de enciclopédia?

5 – Justifique a sua resposta 4, citando as características de cada um dos gêneros.

28
REFERÊNCIAS
DI, DICIONÁRIO INFORMAL. Stories. [s. l.], 15 jul. 2021. Disponível em:
https://www.dicionarioinformal.com.br/stories/ . Acesso em: 4 mai. 2023.
DICIO, DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. Selfie 1. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://www.dicio.com.br/selfie/ . Acesso em: 4 mai. 2023.
FACEBOOK. Xodó Pet. [s. l.], 14 set. 2020. Disponível em:
https://www.facebook.com/Xodopet42/posts/828101074596953/ . Acesso em: 4 mai. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
WIKIPÉDIA – A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Selfie 2. [s. l.], 10 dez. 2022. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Selfie . Acesso em: 4 mai. 2023.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Leitura.
Produção de textos.
Análise linguística/semiótica.
Oralidade.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Efeitos de sentido. (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que


fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as
Curadoria de
estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos
informação.
linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal,
Participação em dis- jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar
cussões orais de temas práticas de consumo conscientes.
controversos de inte-
resse da turma e/ou (EF89LP24X) Realizar pesquisas com autonomia, estabelecendo o
de relevância social. recorte das questões, usando fontes confiáveis abertas ou
fechadas, quando possível, contratando dados e informações,
Estratégias de produ- identificando coincidências e complementariedades, de modo a
ção: planejamento, filtrar apenas informações reais dos assuntos pesquisados.
textualização, revisão
e edição de textos (EF69LP15X) Apresentar argumentos e contra-argumentos
publicitários. coerentes, respeitando os turnos de fala e opiniões divergentes, na
participação em discussões sobre temas controversos e/ou
Morfossintaxe.
polêmicos.
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas
publicitárias, envolvendo o uso articulado e complementar de
diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto,
panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda
de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa
significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição
do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de
persuasão e convencimento que serão utilizadas.
(EF08LP08X) Identificar, em textos lidos ou de produção própria,
verbos na voz ativa, passiva e reflexiva, interpretando os efeitos de
sentido de sujeito ativo e passivo (agente da passiva) e comparar o
verbo reflexivo e o efeito de sentido produzido no sujeito.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Peças publicitárias.
DURAÇÃO: 08 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
“Publicidade é um meio de comunicação em massa, com fins comerciais, direcionado a
usuários de um produto ou serviço. Tem como significado geral divulgar, tornar pública uma
ideia ou fato. Ela faz parte das nossas vidas. Está nas ruas, nos shoppings, dentro das nossas
casas, no jornal, na revista, no celular, na internet. Para onde você olhar, ela está lá”
(CASAROTTO, 2019).

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O uso de peças publicitárias ajuda a atrair mais clientes e pode contribuir para o aumento
do faturamento de um negócio. Alguns exemplos de peças publicitárias são: comerciais -
anúncios televisivos, na Internet; folhetos - normalmente entregues nas ruas, contêm
informações sobre o que está sendo divulgado; outdoor - grandes cartazes, comumente
vistos em estradas; busdoor - anúncios divulgados nos ônibus; mobiliário urbano -
equipamentos instalados nas ruas com alguma publicidade, frequentemente colocados em
pontos de ônibus.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Fazer uma abordagem sucinta sobre publicidade e propaganda, evidenciando as características
de cada gênero, especialmente a definição do público-alvo e as estratégias de persuasão e
convencimento utilizadas.
Apresentar algumas propagandas e publicidades aos estudantes e possibilitar que eles
comentem livremente.
Direcionar para que eles identifiquem o público-alvo e as estratégias de persuasão e
convencimento utilizadas. Essa apresentação poderá ser por meio de projetor multimídia ou
impressa.
Solicitar que os estudantes façam as questões 1 e 2 das atividades propostas.

2ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Utilizando o projetor multimídia, apresentar algumas peças publicitárias e possibilitar aos
estudantes que percebam as características do gênero.
Solicitar que façam a questão 3 das atividades propostas.

3ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Nesse momento, fazer explanação sobre “campanha de conscientização”, demonstrando a
utilização de peças publicitárias nesse tipo de campanha.

A publicidade é uma ferramenta poderosa para comunicar mensagens importantes e muitas


vezes pode ser usada para aumentar a conscientização sobre questões sociais, ambientais,
de saúde e outras.
Ao criar uma campanha publicitária de conscientização, é importante escolher o tipo certo
de peça publicitária para transmitir sua mensagem. Por exemplo, anúncios em vídeo,
cartazes, outdoors, anúncios impressos em revistas e jornais, anúncios em mídias sociais e
muitos outros formatos podem ser usados com sucesso.
No entanto, é importante ter em mente que o objetivo da campanha não é vender um
produto ou serviço, mas sim conscientizar o público sobre um problema
específico. Portanto, a peça publicitária deve ser desenvolvida com base nesse objetivo e
deve ser capaz de transmitir a mensagem de forma clara e impactante.

Solicitar aos estudantes que façam as questões de 4 a 7 das atividades propostas.

31
4ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Proceder aula expositiva sobre “vozes do verbo”, com foco nos efeitos de sentido provocados
pelo uso de uma ou outra, sobretudo em produções de peças publicitárias pelos estudantes.
Distribuir entre os estudantes atividades impressas sobre vozes do verbo.
Fazer a correção das atividades, de forma coletiva (com a participação dos estudantes).

5ª AULA
Organizar os estudantes em duplas ou pequenos grupos. Em cada grupo, deverá haver pelo
menos um celular com internet disponível.
Solicitar que os estudantes, utilizando a Internet, pesquisem e façam leituras de reportagens,
notícias e artigos de opinião, colhendo dados e informações sobre os respectivos temas,
usando fontes confiáveis abertas ou fechadas, tomando notas desses dados. (caso não haja
internet disponível, o professor deverá distribuir, de forma impressa, algumas reportagens,
notícias e alguns artigos de opinião).
A pesquisa deve ser direcionada a temas relevantes para a escola e/ou comunidade escolar.
Orientar que tomem notas, para registro pessoal, visando a reflexão sobre o registrado e
como apoio à fala durante as suas participações nas discussões no grupo.
Depois da pesquisa, os grupos deverão discutir e escolher um dos gêneros lidos para que o
tema desse texto sirva como assunto a ser trabalhado durante a elaboração de uma peça
publicitária. Nesse momento, os estudantes precisam apresentar argumentos coerentes,
respeitando as opiniões diversas e divergentes, principalmente por, eventualmente estarem
debatendo temas controversos e polêmicos.

6ª AULA
Manter a organização da turma em duplas ou pequenos grupos (mesmos da aula anterior).
Solicitar que elaborem uma peça publicitária, com o mesmo tema do gênero escolhido pelo
grupo na aula anterior: reportagem, notícia ou artigo de opinião. Lembrando que o tema deve
ser relevante para a escola e/ou comunidade escolar.

ROTEIRO
1) Ter em mente, de uma forma bem clara, qual é a mensagem que a peça publicitária está
transmitindo.
2) Deixar claro quem está transmitindo a mensagem.
3) Estabelecer qual é o público-alvo.
4) Criar um slogan.
5) Utilizar imagens como efeito de sentido para reforçar a persuasão.
6) Utilizar figuras de linguagem como efeito de sentido para reforçar a persuasão.
7) Utilizar os verbos na voz ativa, passiva e reflexiva para estabelecer o efeito de sentido
produzido com o uso do sujeito ativo e passivo.
8) Utilizar textos complementares para orientar, dar instruções e reforçar a mensagem.

32
7ª AULA
Formando um círculo, orientar os estudantes para apresentarem as suas produções textuais.
Possibilitar a participação de todos, por meio de comentários, sempre respeitando a fala e a
opinião do outro.
Realizar correções e adaptações nas peças produzidas.

8ª AULA
Fazer a exposição estratégica das peças publicitárias nos diversos espaços da escola,
disponibilizando para a leitura de todos.

RECURSOS:
Projetor multimídia; internet; quadro e pincel; celular; folha ofício; atividades propostas
impressas.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Observar a participação dos estudantes, valorizando o envolvimento com a proposta de
trabalho (a participação individual e/ou coletiva). Considerar a capacidade de análise, o
planejamento, a elaboração, a revisão, a edição, e a reescrita/redesign de textos, durante
cada momento do processo, visando à construção da textualidade relacionada às propriedades
do gênero.
A avaliação também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, incentivando os
estudantes a informarem as suas respostas, para uma correção de forma coletiva. Avaliar a
produção da peça publicitária outdoor. Verificar apropriação, pelos estudantes, das
competências e habilidades pretendidas.

33
ATIVIDADES
Imagem 9 – O lado Coca-Cola.

Fonte: (EXERCÍCIOS BRASIL ESCOLA, 2023)

1 – (EXERCÍCIOS, 2023) O slogan de uma marca é responsável por transmitir, em poucas


palavras, todo o conceito da empresa. A Coca-Cola, marca de refrigerante reconhecida
mundialmente, tem um marcante slogan “Viva o lado coca-cola da vida”. Esse slogan foi
veiculado entre 2006 e 2009 e, hoje em dia, ainda é referenciado nos anúncios da empresa.
Analisando as imagens apresentadas anteriormente e o slogan em questão, podemos afirmar
que:
a) o slogan não procura representar um estado eufórico.
b) o slogan não manipula o consumidor.
c) o slogan efetua-se por um verbo no imperativo (viva), o qual supõe uma perspectiva
futura para o sujeito efetivar essa vivência.
d) o verbo viver, no modo imperativo, não faz o consumidor se incluir na mensagem, o
que prejudica o objetivo do anúncio: influenciar o leitor.

2 – Leia o anúncio da Prefeitura Municipal de Potim / SP.

Imagem 10 – Prefeitura de Potim / SP.

Fonte: (POTIM, 9 fev. 2017)

a) Qual é o objetivo desse anúncio?


b) Qual é o público-alvo?

34
c) Você acha que a apresentação ficou adequada ao público-alvo? Justifique a sua
resposta.
d) Escreva uma breve análise sobre os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão (os
argumentos). Comente sobre os efeitos de sentidos resultantes da utilização de
imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc.

3 – Leia as peças publicitárias.


Imagem 11 – Cartaz FLI BH.

Fonte: (PORTAL BELO HORIZONTE, 2023)

Imagem 12 – Outdoor FLI BH.

Fonte: (GRUPO LÊ, 2021)

35
a) Cite as características de peças publicitárias presentes nas duas imagens.
b) O público-alvo é o mesmo para cada peça?
c) Qual é esse público? Caso sejam diferentes, informe o público de cada uma.
d) Qual é o objetivo?
e) Quais elementos fortalecem a persuasão?

Observe atentamente este anúncio de “campanha de conscientização”. Depois, responda às


questões de 4 a 7.
Imagem 13 – OndAzul.

Fonte: (ORMUNDO, 2018, p.175)

4 – (ORMUNDO, 2018. p.175) Qual é o objetivo desse anúncio?

5 – (ORMUNDO, 2018. p.175) Que dados de nossa realidade justificam sua produção?

6 – (ORMUNDO, 2018. p.175) Observe que a imagem é composta de duas partes.


a) O que separa essas partes?
b) O que o leitor imagina ver quando observa apenas a parte superior?
c) O que ele percebe quando vê também a parte inferior?

7 – Cite o argumento utilizado pelo autor e justifique o seu uso.

36
REFERÊNCIAS
CASAROTTO, Camila. Saiba o que é Publicidade, para que serve e como é a carreira do
publicitário. Rockcontente blog. [s. l.], 18 abr. 2019. Disponível em:
https://rockcontent.com/br/blog/publicidade/#:~:text=
An%C3%BAncios%20publicit%C3%A1rios%20t%C3%AAm%20seu%20papel,de%20estimular
%20as%20rela%C3%A7%C3%B5es%20comerciais. Acesso em: 4 mai. 2023.
EXERCÍCIOS BRASIL ESCOLA. O lado Coca-Cola. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-linguagem-
publicitaria.htm#questao-4 . Acesso em 4 mai. 2023.
EXERCÍCIOS sobre a linguagem publicitária. In: EXERCÍCIOS BRASIL ESCOLA. Exercícios
Brasil Escola. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-linguagem-
publicitaria.htm#questao-4 . Acesso em 4 mai. 2023.
GRUPO LÊ. Outdoor FLI BH. Belo Horizonte, 9 ago. 2021. Disponível em:
https://le.com.br/blog/fli-bh/ . Acesso em: 4 mai. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se liga na língua: produção de texto e
linguagem. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018. p.174, 175.
PORTAL BELO HORIZONTE. Cartaz FLI BH. Belo Horizonte, 2023. Disponível em:
http://portalbelohorizonte.com.br/fli/2021/o-fli-bh . Acesso em: 4 mai. 2023.
POTIM, Prefeitura Municipal de. Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Prefeitura de
Potim / SP. Potim, 9 fev. 2017. Disponível em: https://www.potim.sp.gov.br/setor-de-
fiscalizacao-intensifica-notificacoes-a-terrenos-baldios-em-potim/ . Acesso em: 4 mai. 2023.

37
PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Leitura.
Oralidade.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Relação entre contexto (EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma


de produção e carac- de organização das cartas abertas, abaixo-assinados e petições
terísticas composicionais on-line (identificação dos signatários, explicitação da
e estilísticas dos gêneros. reivindicação feita, acompanhada ou não de uma breve
Apreciação e réplica. apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam
Contexto de produção, sustentar a reivindicação) e a proposição, discussão e aprovação
circulação e recepção de de propostas políticas ou de soluções para problemas de
textos e práticas relacio- interesse público, apresentadas ou lidas nos canais digitais de
nadas à defesa de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma
direitos e à participação de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-
social. assinados e textos dessa natureza e poder se posicionar de
Estratégias e procedi- forma crítica e fundamentada frente às propostas.
mentos de leitura em (EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de
textos reivindicatórios ou participação disponíveis na escola (conselho de escola, outros
propositivos. colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações,
Escuta. coletivos, movimentos, etc.), no município ou no país, incluindo
Apreender o sentido formas de participação digital, como canais e plataformas de
geral dos textos. participação (como portal e- cidadania), serviços, portais e
ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de
Produção/Proposta.
tramitação de leis, canais de educação política, bem como de
Reconstrução das condi- propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma a
ções de produção e circu- participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a
lação e adequação do
engajar-se com a busca de soluções para problemas ou
texto à construção com-
questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.
posicional e ao estilo de
gênero. (Lei, código, (EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de
estatuto, código, regi- problemas, identificando o que se pretende fazer/implementar,
mento etc.). por que (motivações, justificativas), para que (objetivos,
benefícios e consequências esperados), como (ações e passos),
quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução,
contrastando dados e informações de diferentes fontes,
identificando coincidências, complementaridades e contradições,
de forma a poder compreender e posicionar-se criticamente
sobre os dados e informações usados em fundamentação de
propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a
tomar decisões fundamentadas.
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e
interesses em jogo em uma discussão ou apresentação de
propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as
consequências do que está sendo proposto e, quando for o
caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas
relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou
comunidade escolar.

38
(EF69LP20A) Identificar, tendo em vista o contexto de
produção, a forma de organização dos textos normativos e
legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas
partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de
artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e
parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua
implementação).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Relação entre textos normativos e legais, propositivos e reivindicatórios.
DURAÇÃO: 05 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os textos normativos e legais trazem as normas de conduta da vida social, por isso são
importantes, pois dão segurança às relações humanas, uma vez que estabelecem direitos,
deveres, como devemos nos comportar, o que precisamos fazer para agir de acordo com a lei,
quais são as punições sofridas por quem desobedece às regras, o que fazer para garantir os
direitos.
Os textos normativos são fundamentais para relações humanas e acima de tudo são
considerados como gêneros que asseguram nossos direitos e deveres.
Os textos propositivos dizem respeito a propor, recomendar, sugerir algo que julga ser
direito ou adequado para alguém ou para muitos.
Os textos reivindicatórios são exigências, documentos em que o escritor reivindica, solicita,
cobra por algo que confie ter direito.
Muitas normas e leis (textos normativos e legais) são elaboradas para atender reivindicações e
solicitações do público em geral (por meio de textos reivindicatórios).

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Apresentar aos estudantes modelos de textos normativos e legais, utilizando projetor
multimídia ou material impresso. Em nosso cotidiano, temos inúmeros exemplos de textos
normativos, dentre eles ressaltamos: Constituição Federal; contrato de trabalho ou de compra
e venda; Código de Defesa do Consumidor; leis de trânsito; Declaração Universal dos Direitos
Humanos; Diário Oficial; ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente; Estatuto do Idoso;
Regimento Escolar etc.
Demonstrar as suas características.
O texto normativo deve possuir 3 partes básicas:
− parte preliminar: epígrafe, ementa, preâmbulo, enunciado do objeto e indicação de
aplicação das disposições normativas;
− parte normativa: artigos, parágrafos, incisos etc. que efetivamente apresentam a
matéria regulada;
− parte final: disposições pertinentes às medidas necessárias para implementação das
normas, além da cláusula de vigência e cláusula de revogação, quando couber.

39
Possibilitar aos estudantes o estudo das características dos textos normativos e legais, bem
como os seus objetivos e a sua organização estrutural.
Familiarizar os estudantes com a leitura de leis, observando a estrutura (divisão de seções,
parágrafos, incisos).

2ª AULA
Fazer explanação apresentando o gênero textos reivindicatórios.
Apresentar, como exemplo, “cartas abertas” e “petições on-line”, enfatizando a forma de
organização do texto e identificando suas marcas linguísticas.
“A carta aberta pode ser veiculada nos meios de comunicação, por exemplo, televisão, rádio,
internet. Ela pode ter como objetivo informar, instruir, alertar, protestar, reivindicar ou
argumentar sobre determinado assunto. Já a petição on-line circula na internet e tem como
objetivo provocar a ação do Estado contra posturas em desacordo com o estado democrático
e de direito através de atos de reclamar, reivindicar, denunciar, requerer etc. Assim, esses
dois gêneros se assemelham no propósito comunicativo.” (VIRGULINO, 2023).
Estabelecer a relação de causa e consequência entre esses textos e os textos normativos e
legais, demonstrando que muitas reivindicações e/ou reclamações feitas por meio das “cartas
abertas” e “petições on-line” são determinantes para a elaboração de normas e leis.
Solicitar aos estudantes que façam as questões de 1 a 8 das atividades propostas.

3ª AULA
Realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das atividades.
Utilizando o projetor multimídia ou material impresso, apresentar o regimento escolar como
exemplo de texto normativo e legal.
Sugere-se que seja utilizado o Regimento Escolar de sua instituição, mas se não for possível,
projetar o arquivo disponibilizado nas atividades propostas.
Fazer uma apresentação do texto projetado, explorando e analisando instâncias e canais de
participação disponíveis na escola, evidenciando que existem estruturas que justificam ou
explicam informações sobre a escola.
Fazer uma leitura, demonstrando as seções do documento. Nesse momento, identificar as
diversas áreas que aparecem, assim será possível que os estudantes percebam a existência de
normas para as diferentes áreas que compõem a escola.
Ler brevemente alguns trechos que julgar interessantes.
Sugestão: pode-se realizar as atividades propostas de 9 a 11 na medida em que for
acontecendo a explanação sobre o gênero regimento escolar (se possível, substituindo o texto
das atividades pelo Regimento de sua escola).
Ou, então, solicitar aos estudantes que façam as questões de 9 a 11 das atividades propostas
no final da explanação.

4ª AULA
Se necessário, realizar, de forma coletiva (com a participação dos estudantes), a correção das
questões 9 a 11 das atividades propostas.

40
Como exemplo de texto propositivo, apresentar o gênero “proposta política”, projetando ou
utilizando material impresso.
A explanação sobre o gênero se dará por meio de leitura e comparação de algumas propostas
políticas e de solução de problemas (previamente selecionadas pelo professor), identificando:
o que se pretende fazer/implementar; por que (motivações, justificativas); para que
(objetivos, benefícios e consequências esperados) e como (ações e passos). Preferencialmente
que proponham soluções de problemas do contexto local do estudante.
Evidenciar que a proposta política é, muitas vezes, um primeiro passo para elaboração,
votação e aprovação de leis municipais, estaduais e federais. Daí o seu vínculo com os textos
normativos e legais.
Promover uma roda de conversa entre os estudantes, possibilitando que discutam e
comentem sobre as propostas analisadas durante a leitura, sempre se posicionando e
respeitando opiniões diversas e divergentes.
Busca-se que o estudante consiga realizar uma leitura para localização de informação,
inferências e generalizações, bem como apreciações valorativas fundamentadas sobre as
propostas políticas e soluções de problemas que resultem em tomadas de decisão.

5ª AULA
Desenvolver esta aula em forma de seminário, a fim que todos possam compartilhar
argumentos e se posicionar frente ao dito, basicamente trabalhando a oralidade.
Proceder a leitura analítica dos textos normativos e legais, reivindicatórios e
propositivos, de forma dinâmica, com a participação efetiva dos estudantes.
Espera-se do estudante a capacidade de compreender e comparar as especificidades dos três
gêneros textuais abordados, observando diferentes posições e interesses e avaliando a
validade e a força dos argumentos.

RECURSOS:
Projetor multimídia, cópia do material impresso: exemplos de textos normativos e legais,
reivindicatórios e propositivos / atividades; quadro e pincel; internet; folha ofício.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Serão observadas a capacidade de análise, a compreensão e a interpretação dos textos por
parte dos estudantes, durante cada momento de leitura, exposição e interpretação dos textos
apresentados.
Será observada também a habilidade do estudante em situações de exposição oral, bem como
o comportamento durante a elaboração de atividade coletiva. Espera-se deles que haja foco
ao analisarem casos sob a ótica da legalidade e do direito, bem como o conhecimento e a
compreensão de textos legais e normativos, reivindicatórios e propositivos que foram
utilizados por eles para as suas análises e elaboração dos argumentos sólidos de suas falas.
A avaliação também ocorrerá durante a correção das atividades propostas, incentivando os
estudantes a exporem as suas respostas, para uma correção de forma coletiva. Verificar
apropriação, pelos estudantes, das competências e habilidades pretendidas.

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ATIVIDADES
Para responder às questões de 1 a 4, leia:

Imagem 14 – Carta aberta.

Fonte: (VIRGULINO, 2023a)

1 – Qual é o contexto de circulação de uma carta aberta?

2 – Quais são os objetivos de quem escreve uma carta aberta?

4 – Cite o ponto de vista defendido pela autora.

5 – Enumere os argumentos utilizados.

42
Agora, leia uma petição on-line, e responda às questões de 5 a 8.

Imagem 15 – Petição on-line.

Fonte: (VIRGULINO, 2023b)

5 – Qual é o ponto de vista defendido na petição on-line lida?

6 – Segundo o autor, o que pode ser feito para inserir a cultura da reciclagem na sociedade
brasileira?

7 –Qual é o argumento que o autor usa para justificar o ponto de vista defendido?

8 – Há diferença entre a defesa do ponto de vista da carta aberta lida anteriormente e a da


petição on-line explorada nesta atividade?

43
Leia, a seguir, trecho de um Regimento Escolar.

“Regimento Escolar é um código de normas que estrutura e regulamenta as várias áreas de


uma escola como a secretaria, os diferentes níveis de ensino, as obrigações dos agentes
escolares e dos estudantes, enfim, todo o movimento que existe na escola deve ter seu
funcionamento previsto nesse código de normas.” (JUNIOR, 2023).
Regimento Escolar

SEÇÃO VII
Do Corpo Docente

Artigo 47 - Integram o Corpo Docente todos os professores em exercício no Colégio,


habilitados para a docência em nível médio e/ou superior.
Artigo 48 - São atribuições do Corpo Docente:

I. participar da execução, acompanhamento e avaliação da Proposta Pedagógica e


Plano Escolar;
II. elaborar, executar, acompanhar e avaliar os Planos de Trabalho Docente;
III. realizar o trabalho pedagógico articulado com os membros da Equipe Técnico–
Pedagógica, Direção, Conselho Coordenador, atendendo aos princípios que norteiam
a Proposta Pedagógica do Colégio;
IV. assegurar o desenvolvimento da consciência crítica, reflexiva e política dos
educandos;
V. respeitar o educando como sujeito histórico do processo educativo,
comprometendo-se com sua aprendizagem;
VI. empenhar-se em prol do desenvolvimento cognitivo do aluno e formação de
suas convicções, utilizando processos pedagógicos adequados e que acompanhem
os avanços científicos da educação;
VII. considerar os princípios psicopedagógicos, a realidade socioeconômica dos
educandos e as diretrizes do Colégio na escolha e utilização de materiais,
procedimentos didáticos e instrumentos de avaliação no processo ensino-
aprendizagem;
VIII. participar de todas as atividades educacionais que lhe forem atribuídas por
força de suas funções;
[...]
SEÇÃO VIII
Dos Direitos e Deveres do Corpo Discente

Artigo 114 - São deveres do educando:

I. conhecer, fazer conhecer e cumprir o presente Regimento;


II. comparecer pontualmente às atividades que lhe forem afetas, empenhando-se no
sucesso de sua execução;
III. cooperar e zelar para a boa conservação das instalações, dos equipamentos
ematerial escolar, concorrendo também para as boas condições de asseio
dasdependências do Colégio;
IV. não portar material que represente perigo para sua saúde, segurança e integridade
física ou de outrem.

44
Artigo 115 - A não observância dos deveres descritos nos incisos do artigo anterior sujeita o
educando às seguintes penalidades, aplicadas pelo Diretor Pedagógico, ouvido, se necessário,
o Conselho de Classe:

I. repreensão verbal;
II. advertência por escrito;
III. suspensão de 1 (um) a 3 (três) dias:
IV. transferência compulsória.

§ 1º - Nos casos de transferência compulsória, a verificação de sua necessidade é procedida


por uma comissão de professores do Colégio, designada pela Direção, tendo o aluno o direito
a recurso, ao contraditório e à ampla defesa, representado, se menor, por seu pai ou
responsável.
§ 2º - Toda medida disciplinar é registrada e comunicada aos pais ou responsável,
obedecendo ao Estatuto da Criança e do Adolescente, especificamente.

Fonte: (Regimento Escolar citado por JUNIOR, 2023)

9 – Em que local esse documento se aplica?

10 – Leia a seguinte afirmativa:

“O Regimento Escolar é uma ferramenta que nos ajuda a buscar o melhor


relacionamento entre os membros da comunidade escolar”.

Você concorda? Justifique a sua resposta.

11 – É possível afirmar que as regras e normas do Regimento Escolar garantem, quando


respeitadas, que os estudantes aprendam melhor?

45
REFERÊNCIAS
JUNIOR, Luiz Henrique Scalise Monteiro Campos. Regimento Escolar. Textos normativos:
descobrindo o regimento escolar. Nova Escola. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/7ano/lingua-portuguesa/textos-
normativos-descobrindo-o-regimento-escolar/3192 . Acesso em: 4 mai. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:


educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -


anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.

SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

VIRGULINO, Camila Geyse da Conceição. Carta aberta. Comparando os movimentos


argumentativos da carta aberta e da petição on-line. Nova Escola. [s. l.], 2023a. Disponível
em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-portuguesa/comparan
do-os-movimentos-argumentativos-da-carta-aberta-e-da-peticao-on-line/3603 . Acesso em: 4
mai. 2023.

VIRGULINO, Camila Geyse da Conceição. Petição on-line. Comparando os movimentos


argumentativos da carta aberta e da petição on-line. Nova Escola. [s. l.], 2023b. Disponível
em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-portuguesa/comparan
do-os-movimentos-argumentativos-da-carta-aberta-e-da-peticao-on-line/3603 . Acesso em: 4
mai. 2023.

46
PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Produção de textos.
Leitura.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Relação entre textos. (EF69LP50X) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de


Estratégias de leitura. romances, contos, mitos, lendas locais reconstruídos à partir da
ajuda de familiares, narrativas de enigma e de aventura, novelas,
Apreciação e réplica. biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as
rubricas para caracterização do cenário, do espaço, do tempo;
explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e
dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso
direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação
linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o
tratamento da temática para interagir com a cultura local e
comunidade.
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes
– romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas
contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas,
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de
suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema
concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o
texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Texto teatral.
DURAÇÃO: 05 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
“O teatro proporciona vários benefícios para o ser humano. Entre eles estão: estímulo ao
autoconhecimento; aumento da autoestima; favorecimento da interação entre outras pessoas;
elevação no interesse pela literatura; estímulo da criatividade; aumento do senso de
responsabilidade e muito mais”. (O QUE, 2023).
E, para que essa arte tão importante possa acontecer, precisa ser previamente planejada,
ensaiada e encenada. O elemento central desse processo é o texto teatral.
O texto teatral é o roteiro de uma peça teatral, é produzido para ser representado (encenado)
e pode ser escrito em poesia ou prosa. É, portanto, peça de teatro escrita por dramaturgos e
dirigida por produtores teatrais e, em sua maioria, é pertencente ao gênero narrativo.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
O professor deve levar para a sala de aula alguns livros literários escolhidos previamente do

47
acervo da biblioteca da escola.
(Preferencialmente, livros de contos ou crônicas, por apresentarem narrativas curtas.
Sugestões: Várias Histórias, de Machado de Assis; Para Gostar de Ler, coleção com 13
volumes, de diversos autores; O mundo é uma bola – crônicas, futebol & humor, treze
cronistas escrevem sobre o dia a dia do brasileiro, sob um viés do futebol).
Na sala, organizar a turma em grupos.
Apresentar os livros aos estudantes, fazendo um breve relato dos temas, e deixar que eles os
manuseiem livremente.
Em seguida os estudantes escolherão um dos títulos por grupo para leitura.
O professor deve intermediar o processo de empréstimo dos livros da biblioteca aos
estudantes, de forma que todos tenham acesso.
Durante a aula, orientar os estudantes para a leitura de sinopse e apresentações presentes
nas orelhas (dobras da primeira capa e da quarta capa – ou contracapa) presentes nos livros.
Em geral, trazem a sinopse da obra ou um pequeno texto sobre ela.
Solicitar aos estudantes que continuem a leitura do livro escolhido, fora de sala (em casa), e
estabelecer a data para devolução à biblioteca.
Informar que haverá uma atividade com base em um dos contos do livro lido.

2ª AULA
Enquanto os estudantes procedem à leitura extraclasse dos livros, o professor aborda, em
sala, o gênero texto teatral.
Explanar sobre as características desse gênero:
− função; estrutura; caracterização como texto narrativo. Narração por meio do discurso
direto.
− o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço e pode estar dividido em
“Atos”, que representam os diversos momentos da ação, por exemplo, a mudança de
cenário e/ou de personagens.
− ele se destaca dos demais, pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.
− apresenta diálogo entre as personagens e algumas observações no corpo do texto,
como espaço, cena, ato, personagens, rubricas (de interpretação, de movimento).
Destacar a importância da rubrica (A história é contada por meio de falas e de
ações, que são deduzidas a partir das falas ou descritas entre parênteses, nas
chamadas rubricas)
− é produzido para ser representado e não contado, geralmente não existe um narrador,
fator que o difere dos outros textos narrativos.
Chamar a atenção para o fato de, por representar as falas das personagens, a linguagem
utilizada nos diálogos deve conter as marcas da oralidade: variedades da língua falada, de
acordo com o tempo, a região, a classe social etc.
Enfatizar o uso de variedades linguísticas nesse gênero textual.

3ª AULA
Os estudantes vão produzir um texto teatral, conforme atividades propostas PRODUÇÃO
48
TEXTUAL – O TEXTO TEATRAL.
Eles devem escolher um conto (ou uma crônica) dos livros literários lidos, que será a base
para a criação de um texto teatral formado por uma única cena.
Essa produção será feita em grupos (de acordo com os grupos de leitura dos livros) e, depois,
apresentada por meio de uma leitura dramática para os colegas de turma.
O professor deverá acompanhar e orientar a produção textual dos estudantes.

4ª AULA
Os estudantes vão fazer uma apresentação oral em grupo, como uma encenação teatral.
A critério do professor, pode-se dedicar mais aulas para as apresentações dos grupos.
Providenciar meios para encenação (cenário, figurino etc.).

5ª AULA
Ao final, os textos teatrais produzidos serão entregues ao professor. (A produção textual deve
ser organizada, estilizada, digitada ou manuscrita – com letra legível. Conter uma capa com
nome da escola, do professor, dos estudantes, com o título “da peça teatral” e data).
Promover uma correção coletiva dos textos, momento em que os estudantes comentam sobre
a produção textual.

RECURSOS:
Quadro e pincel; livros de literatura; atividade proposta impressa.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O trabalho final entregue pelos estudantes será o principal objeto da avaliação. Averiguar a
compatibilidade ao estilo do texto teatral. Também será muito importante observar a
habilidade do estudante em situações de exposição oral, bem como o comportamento durante
a elaboração de atividade coletiva.

49
ATIVIDADES
PRODUÇÃO TEXTUAL – O TEXTO TEATRAL
Proposta de produção textual – o texto teatral = adaptada de: (ORMUNDO, 2018. p. 162,163)

PLANEJANDO O TEXTO TEATRAL


As próximas informações vão ajudar vocês a compor o texto teatral. Leiam-nas com atenção
para planejar a produção.

Da teoria para a... ...prática.

A primeira rubrica de uma cena Transformem o cenário descrito no


teatral costuma indicar o ambiente conto em uma rubrica. Indiquem os
em que ocorrem as ações, além da movimentos iniciais do personagem em
posição inicial dos personagens. cena.

O texto teatral é constituído por falas


Imaginem o diálogo entre os
a partir das quais a história vai sendo
personagens. Como as falas vão revelar
contada. Indicam-se apenas as ações
o que aconteceu?
principais.

No teatro, a linguagem usada pelos


Definam a linguagem dos
personagens ajuda a caracterizá-los,
personagens. Terá um comportamento
sugerindo origem, nível de
formal ou informal? Trará alguma marca
escolaridade, maior ou menor
de regionalismo? Usará gírias?
simpatia etc.

Os textos teatrais costumam ser


divididos em atos e cenas. Os atos Sua peça será formada por uma única
são cenas interligadas por um tema; cena. Imaginem o final dela. Que
as cenas são divididas conforme a motivo levará ao encerramento do
entrada e a saída de personagens do diálogo? Qual será a última ação?
palco.

As rubricas substituem o narrador.


Procurem incluir rubricas que mostrem a
Elas são usadas em algumas falas
entonação de algumas falas e os
para contextualizar a leitura do texto,
gestos que as acompanham.
mas não em todas, pois as decisões
Considerem os sentimentos que estão
sobre a encenação cabem ao diretor
envolvidos no diálogo dos personagens.
do espetáculo.

50
ELABORANDO O TEXTO TEATRAL

1. Redijam a primeira rubrica para informar os elementos do cenário e os movimentos


iniciais.
2. Anotem, usando apenas letras maiúsculas, o nome do personagem que fala, seguido
por dois-pontos. Na sequência, anotem a fala.
3. Desenvolvam a história escrevendo o diálogo. Cuidem para que a sequência tenha
uma lógica e que revele a história ao leitor.
4. Escrevam a última fala, que corresponde ao momento em que um dos personagens
sai de cena.
5. Redijam as rubricas para caracterizar as reações emocionais dos personagens. Vocês
podem indicar o tom de voz, gestos, expressões faciais etc.
6. Incluam as rubricas lembrando-se de que são escritas entre parênteses. Se o texto
for digitado, usem itálico.
7. Releiam o texto para verificar se a linguagem empregada mantém-se igual em todas
as falas do personagem de modo a manter a coerência.

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REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br
/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev. 2023.
O QUE o teatro proporciona para o ser humano? In: VIVA ARTE VIVA. Viva Arte Viva. [s. l.],
2023. Disponível em: https://www.macunaima.com.br/vivaarteviva/o-que-o-teatro-
proporciona-para-o-ser-
humano/#:~:text=O%20teatro%20proporciona%20v%C3%A1rios%20benef%C3%ADcios,de
%20responsabilidade%20e%20muito%20mais. Acesso em: 4 mai. 2023.
ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se liga na língua: produção de texto e
linguagem. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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PRÁTICAS DE LINGUAGENS:
Produção de textos.
Oralidade.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Estratégia de produção: (EF89LP09A) Produzir reportagem impressa, com título, linha


textualização de textos fina (optativa), organização composicional (expositiva,
informativos. interpretativa e/ou opinativa), progressão temática e uso de
Estratégias de produção: recursos linguísticos compatíveis com as escolhas feitas.
planejamento e participa- (EF89LP09B) Produzir reportagens multimidiáticas, tendo em
ção em debates regra- vista as condições de produção, as características do gênero, os
dos. recursos e mídias disponíveis, sua organização hipertextual e o
manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e
imagem e adequação à norma-padrão.
(EF89LP13B) Realizar entrevista e fazer edição em áudio ou
vídeo, incluindo uma contextualização inicial e uma fala de
encerramento para publicação da entrevista isoladamente ou
como parte integrante de reportagem multimidiática,
adequando-a a seu contexto de publicação e garantindo a
relevância das informações mantidas e a continuidade temática.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reportagem.
DURAÇÃO: 05 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Uma reportagem pode ser escrita, televisiva ou radiofônica. Ela trata de assuntos e
acontecimentos de interesse público, como a notícia, mas com mais profundidade. Em uma
boa reportagem, além da fala de introdução do(a) jornalista, há entrevistas com pessoas
envolvidas no acontecimento ou com aquelas que possam ter opiniões interessantes sobre o
fato. Com isso, o(a) telespectador(a)/ ouvinte/ leitor(a) pode formar melhor a sua própria
opinião.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Explicar aos estudantes que irão produzir reportagens impressas e multimidiáticas.
O desenvolvimento dessa produção vai se realizar ao longo das aulas dessa sequência.
Organizar a turma em pequenos grupos, em número par, formando dois segmentos:

Formado por metade dos grupos Produção de reportagem


1º segmento
da turma. impressa.
Formado por metade dos grupos Produção de reportagem
2º segmento
da turma. multimidiáticas.

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Primeiramente, orientar os estudantes a conversarem entre si para escolherem um tema
relevante que será utilizado na produção das reportagens.
Instruir os estudantes para:
− pesquisar, em casa, textos jornalísticos notícias, sobre os temas escolhidos pelos
respectivos grupos dos quais participam;
− selecionar um deles;
− imprimir, escanear ou fotografar a notícia selecionada;
− apresentar a notícia ao seu grupo, na próxima aula.

2ª AULA
Possibilitar que os grupos conversem e escolham apenas um entre os textos apresentados
pelos estudantes. Consequentemente, o tema da reportagem a ser produzida, será o mesmo
da notícia escolhida.
Começar o processo de produção textual das reportagens.

1º MOMENTO — PRÉ-PRODUÇÃO
Pauteiro: Elaborar a pauta
1. Resumo do fato
2. Direcionamento (perguntas ou hipóteses)
3. Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas)
4. Dados que serão apresentados
5. Imagens
6. Tempo (duração em minutos)

Preparação do(a) repórter


Com a pauta em mão, o(a) repórter deve antes se preparar bem, informando-se sobre
o assunto e suas fontes, para poder conduzir com sucesso as entrevistas que
“alimentarão” a reportagem.
Repórter: faz estudos e pesquisas a partir da pauta; elabora o roteiro de entrevista.
• Quem é o entrevistado?
• Quem é o entrevistador?
• Onde o texto está publicado?
• Qual é o tema da entrevista?
• A que tipo de público a entrevista se destina?
• Qual é o objetivo da entrevista?

3ª AULA
Continuando o processo de produção das reportagens, manter a organização da turma em
grupos.

2º MOMENTO – PRODUÇÃO
Repórter e equipe de filmagem saem a campo para produzir as entrevistas e as imagens.

54
OBS.: O professor deve orientar os estudantes para:
− realizarem as entrevistas com os próprios colegas (ou com colegas de outras turmas,
ou com funcionários da escola);
− utilizarem celulares para gravar as entrevistas.

4ª AULA

4º MOMENTO - PÓS-PRODUÇÃO
Repórter: seleciona trechos das entrevistas, prepara os textos a serem lidos pelo
apresentador (ou por ele mesmo, em off) e organiza o roteiro de edição.
Editor(a): ajusta ou aprova o roteiro e o encaminha para a equipe que escreverá o texto
(reportagem impressa) ou fará o vídeo (reportagem multimidiática).

5ª AULA
Os grupos fazem a edição final:

Formado por metade dos grupos Escrever reportagem impressa


1º segmento
da turma. (texto).
Formado por metade dos grupos Elaborar reportagem
2º segmento
da turma. multimidiáticas (vídeo).

Os estudantes, durante a edição final, deverão ter em vista:


Para reportagem impressa:
− Título, linha fina (optativa), organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou
opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com as
escolhas feitas.

Para reportagem multimidiática:


− As condições de produção, as características do gênero, os recursos e mídias
disponíveis, o manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e imagem e
adequação à norma-padrão.

RECURSOS:
Projetor multimídia; cópia do material impresso: exemplos de reportagens; quadro e pincel;
internet; folha ofício. Telefone celular com gravador de áudio, vídeo e câmera fotográfica.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá, sempre com intervenções pertinentes do professor, durante todo o
processo de pesquisa, exposição oral, escrita e filmagem.
Observar a adequação à proposta; adequação às características gerais estudadas do gênero
(reportagem escrita e reportagem audiovisual); construção da coesão/coerência do texto
(textualidade); uso das regras e convenções da gramática normativa.
Será observada também a habilidade do estudante em situações de exposição oral, bem como
o comportamento durante a elaboração de atividade coletiva.

55
ATIVIDADES

GLOOB APRESENTA PESQUISA QUE TRAÇA PERFIL DA GERAÇÃO ALPHA


Press 29 de novembro de 2016 UTODAY

Dividir as diferentes gerações em X, Y e Z já não é novidade, mas o que vem depois da


Z, a geração dos nativos digitais, até então, mais recente? O Canal Gloob, em parceria
com a empresa de pesquisa Play Conteúdo Inteligente, desenvolveu uma pesquisa que
apresenta ao mercado e ao público a Geração Alpha, crianças nascidas a partir de 2010 e
que são frutos da Z. O estudo nomeado “Geração Alpha – Um mindset em construção”
traz as percepções destas crianças sobre o brincar, além das referências, dos contextos e
das mudanças para a vida em sociedade.
O estudo contou com três fases – Desk research (com o levantamento de dados
secundários), Quantitativa e Home invasion, com entrevistas de campo individuais. Ao
todo, participaram dessa amostragem cerca de 510 pais e crianças entre 6 a 9 anos, de
classes A, B e C com acesso à TV Paga.
“Investimos continuamente em pesquisas para entender o nosso target e nos tornarmos
cada vez mais especialistas no comportamento infantil. A relevância desse estudo reside,
principalmente, em conhecer essa geração ainda em formação para que possamos
oferecer conteúdos e experiências que dialoguem com ela”, explica Luciane Neno,
gerente de marketing do Gloob.
Tendo a geração Z como espelho, a pesquisa mostra que muitas das características da
Alpha potencializam aquelas já encontradas na geração passada.
O comportamento Geek é uma delas. As crianças da geração Z, e mais fortemente da
Alpha, focam, cada vez mais cedo, em games, histórias em quadrinhos e
youtubers/influenciadores e se afeiçoam a um personagem, que não precisa ser
necessariamente de um produto de entretenimento. Outras características apontadas
pelo Dossiê Gloob que definem a geração Alpha são:
• a maioria destas crianças são filhos únicos;
• terão acesso a novos modelos de educação mais personalizado e direcionado ao
perfil de cada um;
• privacidade é algo que estas crianças não conhecem. Tudo é exposto no mundo
virtual;
• são exibicionistas. Na ausência de privacidade, o exibicionismo é um fato;
• criadores de conteúdo. Criarão cada vez mais conteúdos, a partir de suas próprias
experiências;
• buscam experiências imersivas e interativas. O mundo virtual traz, cada vez mais,
estas duas possibilidades.
• Com estas novas características e com o contexto social e familiar que esta
geração encontra, o estudo ainda aponta sete mudanças comportamentais
presentes nestas crianças:
• o empoderamento das meninas;
• a versatilidade dos meninos;

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• a flexibilidade de gênero;
• o reconhecimento dos pais e das mães como os ídolos das crianças, e não mais os
famosos;
• a maior conexão da figura paterna com os filhos;
• a mudança na forma de identificação com a personagem (com a atitude desta
prevalecendo sobre a beleza estética);
• a necessidade de integração dos meios (as crianças acessam, cada vez mais cedo,
cerca de 14 meios para conhecerem um produto).
Segundo o Dossiê Gloob, são estas sete principais mudanças que podem guiar o futuro
nas relações interpessoais e fa- miliares, nas brincadeiras e na forma como o mercado se
relaciona com esta nova geração.
Na visão de mercado, por exemplo, estas mudanças possibilitam a oferta de produtos
com aventura e ação para as meninas e, para as crianças no geral, brinquedos e
brincadeiras sem distinção de gênero, e sim com foco na ação e no storytelling. O foco
dos brinquedos, aponta a pesquisa, agora precisa ser na experiência, no conteúdo, e não
mais na estética. E para falar com o público infantil desta geração, uma marca precisa se
fazer presente em diversos meios.
BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos de
linguagem 8.
3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.

1 – O texto ajudou você a compreender as principais características das gerações Alpha e Z?


Por quê?

2 – O que aprendeu ao ler a reportagem sobre a pesquisa “Geração Alpha — Um mindset em


construção”?

3 – Releia o trecho a seguir e responda às questões propostas:


“Investimos continuamente em pesquisas para entender o nosso target e nos
tornarmos cada vez mais especialistas no comportamento infantil. A relevância
desse estudo reside, principalmente, em conhecer essa geração ainda em
formação para que possamos oferecer conteúdos e experiências que dialoguem
com ela”, explica Luciane Neno, gerente de marketing do Gloob.

a) Quem é Luciane Neno? Qual a relação dela com o desenvolvimento da pesquisa?


b) O que Luciane Neno quis dizer quando mencionou o target (público-alvo)? O que é esse
target? Como ele se relaciona com o objetivo da pesquisa?
c) Qual o perfil do público entrevistado? Como ele está relacionado com o target e o
objetivo do canal Gloob traçado para a pesquisa “Geração Alpha — Um mindset em
construção”?
d) Você acredita que o público investigado pela pesquisa representa o perfil fiel e/ou
significativo de crianças e jovens brasileiros que poderiam ser classificados como
pertencentes à geração Alpha? Explique.

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REFERÊNCIAS
BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular & plural: leitura, produção e estudos
de linguagem 8. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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