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VOLU 
LÍNGUA PORTUGUESA







 
  

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 E

LÍNGUA PORTUGUESA







 
  

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apresentação

O programa Aprende Mais tem o intuito de auxiliar os professores de Língua Portuguesa e

Matemática a promoverem estratégias que contribuam com o processo de recuperação e
aceleração da aprendizagem, proporcionando oportunidades para que os estudantes desenvolvam
as habilidades essenciais previstas para seu ano e etapa de ensino e para que eles avancem com
sucesso em sua trajetória escolar.

A disponibilização do material didático para consulta e apoio pedagógico - um dos pilares do

programa de recuperação e aceleração da aprendizagem - advém de uma parceria entre a
Secretaria de Estado do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Estado de São Paulo e tais materiais,
bem como as avaliações promovidas em nossa Rede e as formações do programa Aprende Mais,
estão articulados entre si.

Os materiais dos componentes de Língua Portuguesa e Matemática foram adaptados para a

realidade da Rede Estadual do Rio Grande do Sul e compreendem do 6º ao 9º do Ensino
Fundamental, e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. Todas as escolas e professores têm autonomia
para adequar o material didático à sua proposta pedagógica, a partir do acompanhamento da
evolução dos estudantes e do direcionamento do ensino às suas necessidades.

Os cadernos de atividades trazem sequências didáticas elaboradas com o intuito de oferecer

um suporte adicional aos professores e aos estudantes, auxiliando-os no processo de recuperação e
aprofundamento de aprendizagens.

Esse material também faz o entrelaçamento entre o desenvolvimento das competências

socioemocionais e as sequências didáticas, favorecendo a articulação com as aprendizagens
previstas nas Matrizes de Referência do estado.

Desejamos a todos um excelente trabalho!

Olá, Professor! Olá, Professora!

Com o intuito de potencializar o trabalho de recuperação das habilidades e

aprofundamento, e sempre com o olhar apurado para a formação integral dos indivíduos, as
atividades desenvolvidas neste material proporcionarão aos estudantes se envolver em discussões
orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social. Desta forma, eles
terão acesso a contextos que relacionam diferentes gêneros textuais, como notícias e reportagens.

As socializações das atividades, por parte dos estudantes, são percebidas aqui como
oportunidades de desenvolvimento de habilidades e competências que dizem respeito à
cooperação, à empatia, à argumentação e à comunicação, entre outras, mas é preciso considerar os
protocolos de higiene e distanciamento social, emitidos pelas autoridades da saúde.
 



 








 








(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando

Conversação
os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou
espontânea
polêmicos.
Forma de
(EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em
composição de
discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas
gêneros orais
coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas,
apresentação oral, seminário etc.
Participação em
(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações
discussões orais
e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e
de temas
composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas
controversos de
pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração
interesse da
de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
turma e/ou de
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a
relevância social
problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância
social.





 








 







Relação entre contexto (EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de
de produção e solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da
características reclamação, em geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula
de finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das
composicionais e
marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de
estilísticas dos gêneros
possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de
(carta de solicitação, reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a
carta de reclamação, algum dos seus membros.
petição on-line, carta (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais
aberta, abaixo- participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e
assinado, proposta etc.) digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se
Apreciação e réplica destinam.
Reconstrução das (EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros
condições de produção gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando
e recepção de textos a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Compreensão em (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação
leitura comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito
Planejamento de texto (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a
linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais,
sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os
dados e as fontes pesquisadas
 



 








 








Estratégias e (EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de

procedimentos leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses
de leitura organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema,
Relação do resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentario/análise), mapa
verbal com conceitual, dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar
outras semioses uma maior compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e
Procedimentos e informações.
gêneros de apoio (EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura,
à compreensão as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as informações
Compreensão semânticas.
em leitura (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão
Estratégia de global.
leitura (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase ou do texto.





 







 







(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção
e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo
(escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica
apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do
Textualização gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e
Planejamento de avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as
texto/Progressão produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância,
ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos,
temática e
ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
paragrafação (EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas
Textualização gráficas e de acordo com as características do gênero textual.
Revisão de textos (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção
e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo
(escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica
apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do
gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e
avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as
produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância,
ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos,
ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas,
para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e
pontuação.

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 CADERNODO
CADERNO
caderno
caderno DOPROFESSOR
do
do PROFESSOR
professor
pr 93
ofessor 829
LÍNGUA PORTUGUESA 1 6

INICIANDO
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES 1 Para iniciar, professor(a),
sugerimos que leve em
conta os objetivos dessa
AULA 01 - CONSTRUINDO CONCEITO: A ENTREVISTA aula. Eles servirão para
Objetivos de aprendizagem:
guiar as atividades. Lem­
• Construir um conceito para o gênero textual entrevista, considerando a sua função social e contexto de bre-se de que essa é uma
produção; aula introdutória ao gê­
• Reconhecer características do gênero textual entrevista, a partir do olhar do entrevistado e do entrevista­
dor, garantindo sentido à aprendizagem.
nero textual entrevista,
assim sendo, estimule os
1. Realizando uma entrevista espontânea estudantes a participarem
de uma entrevista espon­
a. Caro estudante, você já foi entrevistado ou entrevistou alguém? Pois bem, essa será a nossa tarefa inicial. tânea que será feita por
Para tanto, forme dupla com um colega e, de comum acordo, escolha um tema da preferência de vocês:
games, televisão, esportes, filmes, culinária, música. Feito isso, é hora de criar as perguntas! As primeiras
eles mesmos, em sala. A
serão feitas acerca da vida pessoal do entrevistado: Oual é seu nome? Onde nasceu ? E qual é sua idade ? De construção da aprendi­
qual componente curricular você mais gosta? O que você gosta de fazer fora da escola ? Qual é seu hobby? zagem a partir da prática
As demais perguntas serão criadas por você, acerca do tema escolhido (faça mais três perguntas no tempo
de 3 minutos). Agora, vamos à entrevista i A ideia, aqui, é que um estudante da dupla entreviste o colega garante o sentido desta.
e, depois, os papéis sejam invertidos, o entrevistado vire o entrevistador e vice-versa. Lembre-se de que Em seguida, faça a leitura
o tempo de duração de cada entrevista é de 5 minutos para cada entrevistado (10 minutos para a dupla).
em voz alta da entrevista
b. O que você achou da entrevista? Você gostou mais de ser entrevistado? Ou mais de entrevistar? e leve os estudantes a re­
fletirem acerca das duas
Resposta pessoal. atividades realizadas.

c. Para você, qual é a diferença entre ser o entrevistador e ser o entrevistado? Os dois têm a mesma função?

Espera-se que o estudante mencione que o entrevistador é o responsável por elaborar e fazer as
perguntas e o entrevistado é quem conhece um determinado tema e pode dar uma opinião sobre
este. Portanto, eles têm funções diferentes.

d. Você considerou importante definir o tema da entrevista antes de ela acontecer? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal, mas espera-se que o estudante reconheça a necessidade de se conhecer sobre um
tema para elaborar as perguntas de uma entrevista.

AULA 01 - CONSTRUINDO CONCEITO: A ENTREVISTA

ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Professor(a), sugerimos que organize a turma em duplas, pois essa estrutura permiti­
rá a realização da atividade proposta. Lembre-se de respeitar as normas de segurança
impostas pelas autoridades sanitárias, devido à pandemia do Covid-19.
MATERIAL NECESSÁRIO
Este Caderno.
99 CADERNO
CADERNODODOPROFESSOR
PROFESSOR
DESENVOLVENDO
Aqui, orientamos que, or­
ganizados em duplas, os
estudantes façam uma en­
trevista espontânea entre
eles, primeiramente se­
guindo o roteiro presente
na própria atividade e, de­
pois, construindo algumas
perguntas, para o colega,
acerca de um tema de
interesse de ambos. Para
finalizar esse momento,
faça uma sondagem em
relação a como se senti­
ram ao desempenharem
o papel de entrevistado
e entrevistador. A entre­
vista deve ser realizada,
oralmente, em sala de
aula. Após esse primeiro
momento, apresente uma
entrevista curta, para eles
conhecerem um exemplar
desse gênero textual, com
algumas perguntas de
verificação já constantes
nessa aula. Por fim, leve
os estudantes a refletirem
acerca das duas atividades
realizadas, a fim de cria­
rem um conceito para o
gênero textual entrevista
e identificarem o contexto
de produção e suas carac­
terísticas.
7 1 LÍNGUA PORTUGUESA
2. Conhecendo um exemplar do gênero textual entrevista
Leia o texto a seguir.
Entrevista Hypeness: o artista brasileiro que nos faz refletir sobre consumismo e felicidade
(por: João Diogo Correia)
Paulo Gôvea é brasileiro, nasceu em São Paulo, vive atualmente em Nova Jérsei, EUA, suas exposiçôes
que nos convidam a pensar nossos hábitos de consumo e a forma como aquilo a que chamamos de
conforto e sofisticação está prejudicando a natureza e os seres que nela habitam. Em mais uma Entrevista
Hypeness, fomos conhecê-lo melhor e despertar a curiosidade para apreciar de perto a sua arte:
Hypeness (H) - Como artista autodidata, que influência teve a infância e a cidade de São Paulo nessa
busca por aprendizado constante?
Paulo Gôvea (PH) - Minha mãe era artista plástica e me ensinou muito. Aos domingos ajudava ela a
carregar os quadros para expor na praça da República em São Paulo, e isso me influenciou muito no que
sou hoje e no meu estilo de trabalho. Além de ter começado a andar de skate muito novo, prestando
sempre muita atenção nos desenhos dos shapes e nas artes da cidade, o que despertou meu interesse
pela arte.
H -Os cenários variam, mas as personagens presentes no seu trabalho são facilmente identificáveis, tanto
pela paleta de cores como pelos rostos triangulares. É uma forma de ser reconhecido independente da
cidade ou pais em que pinta? Como surgiu essa figura-padrão?
PH -Sim, meus personagens surgiram quando fui retratar uma amiga, e ela acabou ficando com a cabeça
um pouco maior que o normal. No final gostei da estética, e acabei lapidando um pouco mais até chegar
nesse estilo. Foi meio que naturalmente.
H -Como é seu processo de produção, feito de improvisos ou meticulosamente pensado?
PH - Ele é pensado, normalmente tenho algo em mente bem próximo do resultado final. Mas às vezes
tudo muda, inclusive o conceito. Na maioria das vezes as coisas simplesmente fluem.
H - Muitas das obras que apresenta em exposiçôes têm uma forte vertente de reflexão, e até crítica,
sobre a sociedade. Considera que estamos em uma corrida por conquistas materiais que não nos servem
de nada? De onde veio essa alienação?
PH - Não, nem todas não servem de nada. Mas acho que grande parte da nossa alienação vem do nosso
sistema econômico de consumo.
Entrevista adaptada. Fonte: CORREIA, J. Entrevista Hypeness: o artista brasileiro que nos faz refletir
sobre consumismo e felicidade. Hypeness, 2020. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2014/09/
entrevista-hypeness/. Acesso em: 28 out. 2020.
a. Oual é o assunto abordado na entrevista lida?
O tema da entrevista são as características das obras do artista plástico, Paulo Gôvea, isto é, fazer o
público saber um pouco da vida dele e de sua arte.
b. Ouem é o entrevistador e o entrevistado?
O entrevistador é a Revista Hypeness e o entrevistado é o Paulo Gôvea.
caderno
CADERNO
cadernoDO ofessor 10
doPROFESSOR
do professor
pr 299
10
611 CADERNO
CADERNO DO PROFESSOR
PROFESSOR
AULA 02
CONHECENDO MAIS
DE PERTO O GÊNERO
TEXTUAL ENTREVISTA
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Professo�a), recomenda­
mos que organize a turma
de maneira que os visuali­
ze, bem como eles visuali­
zem uns aos outros. Dessa
forma, tornará o ambiente
mais agradável. Porém,
lembre-se de respeitar as
normas de segurança su­
geridas pelas autoridades
sanitárias, devido à pan­
demia do Covid-19.
MATERIAL NECESSÁRIO
Caderno do Aluno.
INICIANDO
Professo�a), a entrevista é
um gênero textual da na­
tureza da oralidade. Con­
tudo, também se aplica à
escrita. Logo, algumas de
suas características ten­
dem a mudar, dependen­
do da modalidade em que
se apresenta, pois a orali­
dade costuma ser acom­
panhada de expressões
corporais, faciais, de ento­
nação da voz e emoções,
propriedades menos, ou
não, recorrentes no texto
escrito, o qual é pautado
pelas normas linguísticas.
Devido à natureza interati­
va da entrevista, outro de
seus aspectos são os tur­
nos de fala que devem ser
sempre respeitados pelos
participantes para que
haja eficiência na comuni­
cação. Ademais, a finalida­
de desse gênero textual é
obter informações acerca
de determinado tema ou
mesmo sobre a vida da
pessoa entrevistada.
9 1 LÍNGUA PORTUGUESA
AULA 02 - CONHECENDO MAIS DE PERTO O GÊNERO TEXTUAL ENTREVISTA
Objetivos de aprendizagem:
• Reconhecer o gênero textual entrevista, nos mais diversos veículos, a linguagem empregada e contexto
de produção;
• Propor uma pesquisa de outra entrevista, atentando-se para o ponto de vista em textos controversos.
1. Conhecendo mais o gênero textual entrevista.
Leia o texto a seguir e, depois, responda aos questionamentos.
"Faça arte, não leis" - Entrevista com Nina Paley.
Além de artista talentosa, Nina Paley é voz ativa na luta por uma cultura livre. A animação Sita Sings
the Blues, seu primeiro trabalho lançado sob uma licença livre, foi um sucesso tremendo. Sua tirinha
mais recente, Mimi and Eunice, é uma deliciosa e provocativa incursão pelos problemas da propriedade
intelectual. Desde 2009 é artista residente do site OuestionCopyright.org, onde escreve e desenvolve
projetos ligados ao tema, e ainda tem um blog.
Nesta entrevista, concedida por e-mail, Nina fala ao nosso novo colaborador André Solnik - jornalista
e fotógrafo formado pela PUCSP - sobre seu envolvimento com a cultura livre, dá suas impressões
(negativas) sobre a lei de copyright e demonstra todo o seu desapontamento com as licenças Creative
Commons. "Licenças são a solução errada. A arte é a solução. Faça arte, não leis". O recado está dado.
BaixaCultura: Ouando começou seu interesse por cultura livre?
Nina Paley: Por um bom tempo eu achei que os termos de copyright eram extensos demais e a lei
deveria ser revista, mas não tinha entendido realmente o que era cultura livre até outubro de 2008, depois
de meses no circuito de festivais com a minha então ilegal animação Sita Sings the Blues*.
Cultura livre me parecia um conceito muito audacioso para que eu pudesse pensar sobre. Numa manhã,
eu finalmente saquei - tornar livre meu trabalho seria melhor para ele - e passei o semestre seguinte
preparando o lançamento livre e legal de SSTB. Isso aconteceu em março de 2009, quando por fim
eliminei todas as licenças necessárias (e estúpidas) por US$70.000 pagos do meu bolso.
BC: Explique resumidamente por que os artistas deveriam tornar livres suas obras.
NP: Do meu artigo How To Free Your Work:
Por que os artistas deveriam tornar livre seu trabalho? Para tornar mais fácil possível o seu compartilhamento
- o mais fácil possível para que atinja olhos, orelhas e mentes - de modo que ele alcance um público.
Para tornar mais fácil possível que o apoio deste público - inclusive monetário - chegue até o artista.
Mas não podemos culpar o Creative Commons - o problema é a lei de copyright. Nada pode corrigi­
la neste momento. Até mesmo a licença CC-0, que é uma tentativa valiosa de pular fora do copyright,
não funciona na prática, como a minha experiência com o Film Board of Canada mostrou: mesmo
após colocar "Sita" sob CC-0, seus advogados se recusaram a aceitar que o filme realmente estava em
domínio público e me fizeram assinar uma liberação para que um de seus cineastas se referisse ao meu
filme. Eu estarei para sempre sobrecarregada com uma papelada de permissões mesmo utilizando CC
O. Provavelmente vou continuar utilizando-a, é claro, mas não tenho nenhuma expectativa de que vá
funcionar como deveria.
BC: "Como ganhar dinheiro" parece ser umas das principais preocupações que os artistas têm quando
escutam alguém dizendo "torne livre seu trabalho". Esse medo é justificado ? Você recuperou todo o
dinheiro investido em Sita Sings the Blues ?
DESENVOLVENDO
Neste primeiro momento da aula, orientamos que retome, junto aos estudantes, o que
eles sabem sobre a entrevista. Isso é importante para que eles possam se expressar e
demonstrar os conhecimentos prévios. Faça essa retomada com perguntas orientadas
acerca desse gênero textual, como: a entrevista pode ser realizada nas duas modali­
dades da língua? Que características da entrevista podem ser consideradas principais?
Qual é o meio de circulação das entrevistas (jornais impressos, revistas, rádios ou pro­
gramas de TV)? Desse modo, os estudantes poderão aprender sobre as informações ge­
rais do gênero e construir habilidades quando forem praticar as atividades seguintes.
 CADERNODO
CADERNO
caderno
caderno DOPROFESSOR
do
do PROFESSOR
professor
pr 2997
ofessor 12
LÍNGUA PORTUGUESA 1 ĉĈ

FINALIZANDO
NP: Não, esse medo não é justificado. Mas sua pergunta é certamente tendenciosa: "Você recuperou Professo�a), sugerimos
todo o dinheiro investido em Sita Sings the Blues?". Como se com copyright eu teria recuperado! Eu
ganhei mais dinheiro com meu trabalho livre do que com restrições de copyright. Ponto. De onde as
que termine a aula com
pessoas tiram a ideia de que colocando um© em alguma coisa isso magicamente irá gerar dinheiro? Não a inquietação: o que é o
acontece assim. Se acontecesse, eu apoiaria plenamente o copyright e seria rica. gênero textual entrevis­
BC: Você anunciou recentemente que SSTB está agora em domínio público. Embora agora você esteja ta? Depois, peça que se
finalmente livre de burocracias legais envolvendo copyright e essa mudança possa dar mais visibilidade
ao seu filme, por outro lado isso pode favorecer o aparecimento de obras derivadas com licenças expressem oralmente e,
restritivas (por exemplo, um livro baseado em SSTB publicado com todos os direitos reservados). Como a partir da fala deles, for­
você coloca na balança essas consequências ?
mule a seguinte resposta,
NP: Bom, honestamente eu não me importo mais. Vamos apenas soltá-lo por aí e ver no que vai dar. Se
alguma coisa terrível acontecer porque eu compartilhei meu filme livremente, irei aprender a partir disso.
no quadro, para sistemati­
BC: A sua próxima animação, "Seder Masochism", também será colocada em domínio público? zação do conhecimento: a
NP: Estará sob CC-0 ou CC-BY-SA. Provavelmente sob CC-0, mas tudo depende do que vai acontecer entrevista tem a finalida­
com "Sita". Se alguma coisa nos próximos anos me mostrar que não foi uma boa ideia tê-lo colocado em
domínio público (o que eu duvido bastante), repenso a licença.
de de anunciar, propagar
alguém (o entrevistado),
De qualquer forma, pouco importa qual licença eu vou (ou não vou) usar. Todo mundo deve ignorá-la e
copiar o filme como quiser. bem como o tema aborda­
Entrevista adaptada. Fonte: PALEY, N. Mimi e Eunice em ... Pumpriedade Intelectual. Salvador: EDUFBA, do nela; está estruturada
2017. de duas maneiras: formal
a. Após a leitura do texto, assinale a alternativa correta quanto ao gênero textual ao qual ele pertence.
e informal; nas modalida­
des: oral ou escrita; sob
a. Poesia a forma de perguntas e
respostas que visam obter
b. Música
informa�ões da vida pro­
e. Entrevista Resposta: Alternativa e fissional e/ou pessoal dos
entrevistados, trazendo,
d. Carta
normalmente, fotos deles,
b. Ouais elementos/características foram essenciais para você identificar o gênero textual a que ou ainda sobre um dado
corresponde o texto? assunto; e é veiculada em
Espera-se que o estudante aponte elementos como: o texto é feito em estrutura de perguntas sobre revistas, programas de
rádio e revistas na esfera
um tema, estas são feitas por um entrevistador (André Solnik pela revista Pumpriedade Intelectual)
jornalística.
e dirigidas a um entrevistado (Nina Paley).

e. Oue assunto é tratado no texto?

O texto fala sobre direitos autorais na arte.

1313 CADERNO DO
CADERNO DOPROFESSOR
PROFESSOR
11 1 LÍNGUA PORTUGUESA

d. Qual é o ponto de vista da entrevistada em relação ao tema abordado na entrevista? Apresente um

trecho que comprove isso.

O ponto de vista da artista é que não deve haver licenças ou cobranças pelo material produzido pelo
autor, ou seja, ela defende a cultura livre. Duas falas de Nina Paley que comprovam isso seriam:
" licenças são a solução errada. A arte é a solução."; e "Proteções anticópia colocam uma barreira
entre o artista e a maioria das formas de apoio.".

e. A partir da resposta dada anteriormente, perceba que para Nina Paley defender o seu ponto de
vista, ela argumenta, posicionando-se contra algo estabelecido. Assim, que argumento foi utilizado pela
entrevistada?

A entrevistada cita a Lei de Copyright, dizendo que se ganha mais dinheiro sem o uso dela, e com as
licenças Creative Commons, demonstrando todo o seu desapontamento com elas.
f. Com base no que foi visto nessa aula e nos seus conhecimentos prévios sobre o gênero textual
"entrevista", responda: qual é o propósito (finalidade) do entrevistador da revista para com a entrevista?
Oual é o meio de circulação dessa entrevista?

O propósito do entrevistador é obter informações sobre um determinado assunto, no caso, direitos

autorais na arte e, para isso, convidou uma pessoa que tem conhecimento no assunto. O meio de
circulação é o campo jornalístico, tanto na mídia impressa quanto na digital.

g. Como já estudamos, a entrevista é um gênero textual tanto oral quanto escrito, dependendo do meio
de circulação. Você acha que a entrevista de Nina Paley apresentaria características diferentes se, ao invés
de ser por e-mail, fosse uma gravação de áudio ou vídeo? Por quê?

Sim. Pois, na oralidade, as pessoas utilizam marcas comuns da oralidade como marcadores
discursivos, bem como gestos e expressões faciais, dentre outros.

HORA DA PESQUISA:
Nessa aula, lemos uma entrevista em que a entrevistada defende a cultura livre. Para que sigamos em busca
do alcance de nossos objetivos acerca do estudo do gênero textual entrevista, desenvolva uma pesquisa,
extraclasse, em livros impressos, sites, jornais e outros, de uma entrevista cujo tema seja relacionado à cultura
livre. Todavia, você deve buscar uma entrevista em que o entrevistado tenha posicionamento contrário, ou seja,
que não defenda o livre acesso à cultura. Essa atividade será importante para fazer com que você perceba que
um tema controverso é decorrente de pontos de vista opostos total ou, ao menos, parcialmente.
caderno
CADERNO
cadernoDO
doPROFESSOR
do professor
pr 2914
ofessor 3149
1015 CADERNO
CADERNO DO
DO PROFESSOR
PROFESSOR
a interação já por escrito
(por e-mail, por exemplo)?
O objetivo desse gênero é
obter informações sobre a
pessoa entrevistada? Ou
sobre um ,tema/fato que a
envolva? E, portanto, uma
atividade planejada?
FINALIZANDO
Professor(a), para finalizar
essa aula, reforce as orien­
tações de produção da en­
trevista, ressaltando que,
embora sua realização
aconteça no convívio so­
cial do estudante, ele não
pode se esquecer do com­
promisso com a atividade
e os cuidados que devem
ter por causa da Covid-19.
AULA 04 - CAMINHANDO
PELA ENTREVISTA:
REVISAR O ROTEIRO
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Professor(a), para revisão
da atividade, aconselha­
mos que organize os estu­
dantes como de costume.
A intenção é que possa­
mos rever o que fizemos,
até agora, com foco na
aprendizagem.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Caderno do Aluno.
INICIANDO
Nesta fase da aula, é es­
perado que os estudantes
reflitam sobre os usos da
linguagem feitos na entre­
vista realizada, ou seja, em
contextos de comunicação
e, sobretudo, acerca da cir­
culação social desse gênero
textual, sua funcionalidade
e os aspectos midiáticos e
jornalísticos. Por isso, nor­
teei-os à prática da revisão
e reescrita textual, obser­
vando tais aspectos citados.
13 1 LÍNGUA PORTUGUESA
2. Agora que você sabe mais sobre o gênero textual entrevista, use seus conhecimentos para praticar.
Será a sua vez de realizar uma entrevista com dois dos seus familiares ou pessoas próximas. Se não for
possível gravar, escreva-a em seu caderno. Para tanto, é preciso planejar! Então, durante a aula, use o
que aprendeu para construir o roteiro da entrevista com o tema: "A importância da internet para sua vida
profissional e pessoal" e elaborar um total de três a cinco perguntas. Nesse momento de planejamento,
considere as seguintes etapas:
Etapa 1: quem serão os entrevistados, o que eu devo considerar da vida profissional e pessoal deles para
escolhê-los; que informações usar na breve apresentação de quem são os entrevistados; dado o tema, o
que é preciso estudar acerca desse tema para formar as questões; quais perguntas elaborar e qual título
é apropriado; a linguagem pode ser formal e informal, adequando-a durante a entrevista e após, para a
transcrição dela.
Etapa 2: Para convidar os entrevistados e gravar a entrevista, devo ter a autorização deles mediante um
termo 1 ; sendo o convite aceito, hora de combinar o dia da entrevista com o(a) entrevistado(a); na entrevista,
devo tomar notas de todas as respostas feitas e não esquecer de levar o gravador, lembrando que deverá
ocorrer num ambiente com pouco barulho para que ouça, com perfeição, tudo o que irão conversar e
evitar interferências no áudio. Após esse momento, procure editar e reeditar a gravação, entregue ao
professor para as correções finais. A terceira etapa é a socialização com toda a turma.
3. Faça um breve relato, oralmente, para os colegas de sala e para seu professor, contando como foi
ser entrevistador. Diga se ficou satisfeito com a entrevista realizada, se as informações passadas pelos
entrevistados são importantes e se somaram com seus conhecimentos.
AULA 04 - CAMINHANDO PELA ENTREVISTA: REVISAR O ROTEIRO
Objetivos de aprendizagem:
• Refazer o caminho do gênero entrevista, a fim de perceber a aprendizagem dos estudantes no decorrer
da sequência;
• Reforçar os conteúdos estudados em sala de aula ou virtualmente.
1. Revisão da produção do gênero textual entrevista gravada e transcrita
Caro estudante, com a entrevista já produzida em vídeo e transcrita, ou então, com ela escrita diretamente
no caderno, caso não tenha sido possível gravar, vamos à revisão. Para tanto, considere os pontos do
quadro a seguir, atentando se a sua entrevista atendeu à estrutura, à finalidade e aos aspectos linguísticos
do gênero textual. O objetivo é que você tenha condições de apontar, ao final da revisão, se há algum
ponto que não está de acordo e refletir sobre o(s) problema(s), corrigindo-o(s) para melhorar sua produção.
Nesse momento, os estudantes, também, fazem uma revisão de edição e reedição do vídeo, observando
as questões de resolução, recursos audiovisuais, apresentação e credenciais.
1 Modelo de autorização segue anexo a esta Sequência de Atividades.
DESENVOLVENDO
Professor(a), inicie a aula estimulando que os estudantes falem sobre as entrevistas que
fizeram na aula anterior, como foi essa experiência em linhas gerais. O relato será a base
para a aula de hoje.Assim, peça que, de posse das produções das entrevistas, o estudan­
te veja como será sua revisão e atente para o fato de que esta deverá contemplar as se­
guintes orientações: ver se a construção composicional da entrevista foi atendida, bem
como conferir a organização, prioritariamente, em duas partes: uma introdução (breve
biografia do entrevistado) e os turnos de fala (as perguntas e respostas); na transcrição,
confirmar se houve atenção aos elementos: título, nome do entrevistado, nome do en-
 CADERNODO
CADERNO
caderno
caderno DOPROFESSOR
do
do PROFESSOR 119
29
ofessor 16
professor
pr
LÍNGUA PORTUGUESA l 14

trevistador e ao emprego
da linguagem formal.
ORIENTAÇÕES PARA A REVISÃO DO GÊNERO TEXTUAL ENTREVISTA
FINALIZANDO
Atenção quanto aos aspectos do gênero
1. Na apresentação, ficamos conhecendo um pouco sobre a pessoa entrevistada? Há adjetivos que a descrevem?
Professor(a), a fim de
2. A linguagem empregada nas perguntas foi formal ou informal? Foi a melhor escolha? Por quê?
avaliar se os estudantes
3. Na transcrição, manteve-se a linguagem do entrevistado de forma fiel? conseguiram revisar sua
4. A voz do entrevistador e do entrevistado foram percebidas, na entrevista escrita, obedecendo aos turnos de fala? produção, se possível,
5. As perguntas e respostas têm coerência entre si? acompanhe esse momen­
E quanto aos aspectos linguísticos do gênero to apontando algumas
1.
2.
Há desvios ortográficos e de acentuação gráfica?
Os sinais de pontuação foram empregados corretamente?
observações que ainda
3. Há a observância nominal e verbal entre as palavras?
precisam de ajustes. Em
4. Há repetição de palavras ou ideias? seguida, peça para que
5. Os parágrafos estabelecem, entre si, ligações de sentido? reconstruam o roteiro da
referida entrevista, se pre­
2. Sobre a entrevista que você realizou, responda. Quem foram os entrevistados? ciso. Por último, proponha
que eles façam uma ex­
Resposta pessoal. planação oral, para toda a
turma, sobre a experiência
descrita.

3. Que temática você abordou?

Resposta pessoal.

4. Você elaborou as perguntas com antecedência? Por quê?

Sim. Porque é um passo muito importante e faz parte do roteiro que precisa ser programado com
antecedência.

5. Quais perguntas você fez aos entrevistados?

Resposta pessoal.

6. Quais dificuldades você encontrou para realizar a entrevista?

Resposta pessoal.

CONVERSANDO
COMO
PROFESSOR

Professo�a), a sugestão é que as entrevistas sejam gravadas e depois transcritas. Vale lembrar que, nesse trabalho
de transcrição, deve-se manter a fala sem nenhuma alteração por parte do entrevistado. Oriente os estudantes parg
organizarem a entrevista por turnos de fala do entrevistador e do entrevistado, e destacarem algumas frases. E
importante disponibilizar o modelo de termo de autorização para a turma e alertar sobre a abordagem para com os
entrevistados: o uso da linguagem, o pronome de tratamento adequado, o respeito aos turnos da conversação. En­
tão, em casa, os estudantes realizarão a entrevista com os familiares. No final, socialize, com a turma, as gravações.
1712 CADERNO
CADERNODODOPROFESSOR
PROFESSOR
AULA 5- DISCURSO
E ATUALIDADE NO
DIÁLOGO: O DEBATE
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Professona), sugerimos
que organize os estudan­
tes de forma a lembrar o
gênero debate, ou seja,
dividindo a turma em dois
grupos. Essa proposta vai
deixá-los mais interessa­
dos na aula, pois trata-se
da introdução ao gênero.
A priori, a organização da
sala em dois grupos é uma
estratégia para demons­
trar sobre a estrutura do
gênero e seus propósitos
comunicativos. Lembre-se
de respeitar as normas de
segurança pelas autorida­
des sanitárias, devido à
pandemia do Covid-19.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Caderno do Aluno, caneta,
computador, projetor.
INICIANDO
Professona), objetivamos,
com essa aula auxiliar, que
os estudantes reconheçam
o debate como um gênero
oral de cunho argumen­
tativo e se apropriem das
características gerais desse
gênero. Ao dividir a turma
em dois grandes grupos,
chame a atenção para o
modelo da organização
da turma. Contextualize
sobre o porquê da divisão
em dois grupos e sobre a
relação com a estrutura do
gênero debate, ou seja,
no debate, há sempre dois
pontos de vista diferentes,
duas pessoas ou grupos de
pessoas que tentam defen­
der seu ponto de vista sobre
alguma temática. Converse
com os estudantes sobre as
15 1 LÍNGUA PORTUGUESA
7. Qual foi a finalidade da entrevista realizada por você?
Saber sobre a vida pessoal ou profissional de alguém ou, ainda, sobre algum assunto específico.
AULA 5 - DISCURSO E ATUALIDADE NO DIÁLOGO: O DEBATE
Objetivos de aprendizagem:
• Conhecer o gênero debate conforme as informações gerais que o caracterizam;
• Aprender sobre os propósitos comunicativos do gênero debate.
1. O DEBATE
De acordo com o que foi visto sobre o gênero textual debate, responda:
a. O que é um debate?
Desde a Antiguidade, uma forma de demonstrar quem tinha " razão", melhor opinião ou ideia sobre
um tema é por meio do debate. Nele, duas ou mais pessoas são confrontadas a fim de ver quem se
sai melhor.
b. O que significa debater para persuadir e debater para convencer ?
Debater para persuadir significa que quem está argumentando quer que o público-alvo aja de uma
determinada forma (como as propagandas que desejam vender um produto) e, para conseguir
tal feito, não se importa tanto com a veracidade dos argumentos, sendo uma fala mais apelativa.
Já debater para convencer significa que quem está argumentando deseja mudar o pensamento
do público-alvo (agora o que se vende é uma ideia, um pensamento), por isso a validade dos
argumentos faz-se de suma importância e são apresentados dados e provas oriundas de fontes
fidedignas, fatos reais.
c. Oual é a finalidade do debate regrado?
O debate regrado tem por objetivo discutir um assunto determinado, geralmente polêmico, sob
duas ou mais opiniões. Sendo assim, os participantes envolvidos costumam defender ideias
opostas e seguem regras para fazê-lo.
características do gênero debate: defender uma opinião, argumentar etc. O debate é mar­
cado pelo discurso persuasivo e tem como finalidade convencer o público-alvo (auditório
particular ou universal) acerca da plausibilidade da opinião defendida. Tendo isso em vis­
ta, explique, aos estudantes, que o debate pode ser organizado em torno de três pessoas
(dois debatedores, um moderador).
DESENVOLVENDO
Professor(a), nesta fase primordial da aula, após contextualizar sobre a divisão da sala e
conversar com os estudantes sobre o gênero textual debate, propomos que, conforme a
divisão da turma em dois grupos, seja feita a leitura de um debate: consiste em escolher
 CADERNODO
CADERNO
caderno
caderno DOPROFESSOR
do
do PROFESSOR
professor
pr 299
ofessor 19
18
LÍNGUA PORTUGUESA l 16

projete um exemplo de de­

AULA 6 - CONHECENDO A ESTRUTURA DO GÊNERO ORAL DEBATE bate. Desse modo, os estu­
dantes perceberão a estru­
Objetivos de aprendizagem
tura do texto, a fim de que
• Reconhecer a estrutura do debate, sua composição e funcionalidade; reconheçam seus elemen­
• Produzir quadro com as principais informações acerca da composição do gênero debate. tos constitutivos e estrutura.
Sugerimos a seção Deba­
1. O debate regrado é um gênero que se materializa na argumentação entre duas ou mais pessoas, com o te, da revista Hypeness:
objetivo de discutir um assunto determinado, geralmente polêmico, sob várias opiniões. Os participantes
envolvidos costumam defender ideias opostas. A partir do que estudamos, mostre o que aprendeu sobre
https://www. hypeness.
a conjuntura do debate regrado: com.br/category/debate/
FINALIZANDO
DESCREVA A FINALIDADE DE CADA PARTE DA ESTRUTURA
Sugerimos a retomada
É aquele responsável por apresentar os debatedores, cumprimenta o público, apresenta o tema que dos seguintes aspectos:
MODERADOR
será debatido e orienta sobre as regras do debate. quem se sai melhor no de­
bate é aquele que conse­
PARCIPAN TES
São as pessoas que participam ativamente do debate, os debatedores. O público, também, pode ser gue argumentar melhor e
considerado participante. Há debates que permitem que o público faça perguntas aos debatedores ganhar o público por meio
dos argumentos consis­
TEMA É o assunto escolhido para se discutir.
tentes.

RELEVÂNCIA DO TEMA
É um assunto geralmente que tem importância na sociedade ou a um grupo social específico, o qual AULA 6 - CONHECENDO
geralmente é o público que assiste o debate.
A ESTRUTURA DO GÊNE­
TEMPO DE FALA
A cada participante/debatedor é dado e delimitado tempo de fala igual para expor sua opinião, fazer RO ORAL DEBATE
ou responder perguntas. ORGANIZAÇÃO DA TURMA
A turma pode ser dividida
ESTRATÉGIAS
Mecanismos de persuasão, exemplos baseados em fatos, argumentação através do exemplo,
em duplas para realização
argumentos em geral.
das atividades. Lembre-se
de respeitar as normas de
É um conjunto de informações que dizem como será organizado o debate. Tempo de fala de cada
REGRAS
participante, por exemplo.
segurança pelas autorida­
des sanitárias, devido à
O público-alvo diz respeito a todos os grupos de pessoas que se interessam pela temática que será pandemia do Covid-19.
PÚBLICO-ALVO
debatida. Há sempre um público específico e um público mais geral MATERIAIS NECESSÁRIOS
Caderno do Aluno, caneta,
TEMPO DE DURAÇÂO O tempo de duração é delimitado conforme as regras descritas no início do debate. computador.
INICIANDO
Ao iniciar a aula, comente
sobre as funções do gêne­
ro debate e sobre sua orga­
nização. Peça aos estudan­
tes que se organizem em
três estudantes para lerem o texto já selecionado por você. Você pode nomear de Grupo duplas. Apresente, no pro­
A e Grupo B, os lados resultantes da divisão da turma. Cada um dos representantes, dos jetor, ou escreva, na lousa,
dois grupos, assumirá uma posição na leitura do texto do debate: debatedor 1, debatedor o modelo de quadro para
2 e moderador. A partir disso, oriente os estudantes quanto à leitura do texto e para que que eles possam produzir
obedeçam aos turnos de fala. Após a leitura do texto, chegou a hora de levantar conheci­ e preencher. Eles produzi­
mentos prévios, uma vez que eles já estarão motivados com a dinâmica realizada. Questio­ rão o quadro em duplas.
ne-os sobre a polêmica apresentada (qual o tema discutido) e, por fim, exponha as carac­ Durante toda a atividade,
terísticas do genero, considerando o que os estudantes vivenciaram, na atividade coletiva, é necessário que oriente
a saber, os propósitos comunicativos do gênero, a estrutura, temática discutida. Ao final, os grupos e tire dúvidas.
1914 CADERNO
CADERNODO
DOPROFESSOR
PROFESSOR
17 I LÍNGUA PORTUGUESA

DESENVOLVENDO
Professo�a), faça uma
exposição geral sobre o
gênero, resgatando infor­
mações e questionando
os estudantes sobre cada
AULA 7 - LUZ, CÂMERA, AÇÃO: GRAVANDO
Objetivos de aprendizagem
• Produzir perguntas a serem utilizadas no debate em sa!a e prever possíveis respostas para elas;
• Simular um debate em sala, considerando os seus aspectos g erais, a fim de aproximar o estudante desse

ponto a ser completado gênero textual argumentativo.

no quadro. Desse modo, 1. Agora que produziu o roteiro de debate regrado no quadro-síntese da questão anterior, utilize as
além de saber o que eles informações desse quadro junto aos demais conhecimentos e a ajuda do professor para produzir um
já aprenderam sobre o debate regrado sobre o tema: "Jovens e exposição nas redes sociais, onde está o limite?". Nessa tarefa,

debate, será possível ve­ você deve criar perguntas a serem utilizadas e prever possíveis respostas para elas. Essa atividade consiste
na escrita do roteiro do debate, perguntas e respostas e apresentação para a turma.
rificar dificuldades. Estas,
ao surgirem, você pode 2. Agora que o debate está pronto, escreva um resumo sobre o que você aprendeu sobre o tema do
discutir com os estudan­ debate que produziu e sobre o gênero em si.
tes, a fim de resolvê-las.
Essa atividade pode ser Espera-se que, ao final da aula, o estudante reconheça que o debate é um gênero oral muito
iniciada de modo coletivo, utilizado no campo político. O debate político, por exemplo, tem como principal propósito fazer
em que você apresenta a
atividade e contextualiza com que o público-alvo veja e conheça o que pensam os candidatos que pleiteiam cargo público.
as informações para pre­ Sobretudo, o debate político busca apresentar as propostas dos candidatos, a fim de perceber a sua
encher o quadro a partir relevância para sociedade, estado, país ou cidade. Portanto, o debate é de muita importância social.
das percepções dos estu­
dantes. Por meio dele é possível sabermos sobre propostas, pensamentos, opiniões, ideias, argumentos e
FINALIZANDO sobre um determinado tema.
Faça uma explanação ge­
ral sobre o gênero textual
visto, objetivando suprir
algumas dúvidas que
tenham ficado sobre o
debate. Isso abre espaço
para participação dos es­
tudantes para que tirem
dúvidas.

AULA 7 - LUZ, CÂMERA,

AÇÃO:GRAVANDO
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Professo�a), como na aula
passada, siga organizando
os estudantes de forma a
lembrar o gênero textual
debate. Logo, divida-os MATERIAIS NECESSÁRIOS:
em dois grupos. Lembre­ Caderno do Aluno, caneta, computador, projetor e internet.
-se de respeitar as normas INICIANDO
de segurança pelas autori­ Com a realização de um debate, pretendemos promover a aproximação e algumas habilida­
dades sanitárias, devido à des acerca desse gênero textual. Nessa perspectiva, os estudantes terão condição intelectual
pandemia do Covid-19. Se de refletir e realizá-lo, mesmo que de forma simplificada.
não for possível formar os
grupos, siga a mesma pro­
posta individualmente.
 CADERNODO
CADERNO
caderno
caderno DOPROFESSOR
do
do PROFESSOR
professor
pr 299
ofessor 20
LÍNGUA PORTUGUESA l 18

menta, proponha interação

AULA 8 - QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS entre os grupos, indagando
algumas possíveis respostas
Objetivos de aprendizagem para a polêmica em foco, e
• Revisar sobre os gêneros orais entrevista e debate; admita que todos. Seja um
• Realçar e perceber as semelhanças e diferenças na composição do texto do gênero debate. moderador do debate, as­
sim, o conteúdo vai sendo
1. Depois de estudar, com dedicação, os gêneros textuais entrevista e debate, preencha o quadro a assimilado com a participa­
seguir, apontando as principais características de cada um e observando as diferenças e semelhanças
existentes entre eles.
ção de todos.
FINALIZANDO
Professo�a), concluímos
Características [ Entrevista Debate mais uma aula. Faça uma
explanação simples e ge­
Saber mais informações acerca do
Apresentar e contrapor ideias
ral sobre o gênero textual
Propósito que pensa uma pessoa ou grupo
de pessoas com pontos de vistas
debate, abrindo espaço
comunicativo de pessoas sobre determinada
diferentes. para a participação dos
temática. estudantes. O objetivo é
reforçar as habilidades ad­
quiridas e socializá-las por
Público-alvo
Todas as pessoas que se interessem Todas as pessoas que se interessem meio da produção oral.
pelo assunto pelo assunto.
AULA 8 - QUAIS SÃO
AS SEMELHANÇAS E
Meio de circulação
Jornais impressos, revistas, TV, Jornais impressos, revistas, TV, DIFERENÇAS
rádio, livros. rádio, livros. ORGANIZANDO A TURMA
A turma pode ser organi­
Predomina a produção na Predomina a produção na
zada em círculo, assim,
linguagem oral, mas pode ser linguagem oral, mas pode ser todos os estudantes se
Modalidade da língua transformada em linguagem transformada em linguagem sentirão mais à vontade
escrita, a depender do meio de escrita, a depender do meio de para participar. Será uma
circulação. circulação. atividade coletiva. Toda­
via, não deixe de respeitar
as normas de segurança
Modalidade textual Argumentação Argumentação pelas autoridades sanitá­
rias, devido à pandemia
do Covid-19.
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Caderno do Aluno, compu­
tador, projetor e internet.
INICIANDO
DESENVOLVENDO Professo�a), com essa ati­
Professor(a), nessa aula, sugerimos que divida a turma em dois grupos.A finalidade é que vidade, o foco é revisar os
um se posicione a favor e outro contra e o tema a ser abordado é: ':Jovens e exposição nas conteúdos estudados, ou
redes sociais, onde está o limite?': Dê um tempo para que os estudantes conversem sobre o as­ seja, os gêneros orais: en­
sunto e elaborem perguntas para o debate. Forneça textos-base para eles e oriente cada grupo. trevista e debate.
Chame a atenção dos estudantes para que, ao responderem, tentarem criar respostas criativas DESENVOLVENDO
e obedecer às regras do debate (listadas por você antes). Inicia-se o debate. Ao final, após as Professor(a), nessa aula,
perguntas e respostas, simulando o debate, leve os estudantes a atentarem para as caracterís­ a finalidade é que os es­
ticas ainda não exploradas por eles, como a resposta e o direito de réplica e tréplica. Neste mo- tudantes reconheçam as
2116 CADERNO
CADERNODODOPROFESSOR
PROFESSOR
16 1 LÍNGUA PORTUGUESA

características gerais dos

gêneros orais entrevista e
debate. Para tanto, lance @jANOTAÇOES
a pergunta-chave sobre
as diferenças entre esses
dois gêneros e, depois,
uma pergunta sobre as se­
melhanças. Professor(a),
você pode escrever as per­
guntas na lousa, de modo
a ir anotando as respostas
dos estudantes. Essa ati­
vidade enfatizará e siste­
matizará as informações já
estudadas, por eles, acer­
ca desses gêneros. Relem­
bre-os sobre a entrevista
e sobre o gênero debate,
tomando como base as
atividades anteriores. Pro­
ponha questões. Após a
participação deles, passe
a discutir as respostas com
toda a turma.
FINALIZANDO
Professona), para encerrar
essa sequência de ativida­
des, retome os conceitos
gerais sobre os gêneros
estudados, revisando o
quadro e respondendo às
perguntas feitas no pri­
meiro momento da aula.
Reforce os aspectos da
estrutura e característi­
cas dos gêneros textuais,
como intenção comuni­
cativa, efeitos de sentido,
estrutura argumentativa,
participantes.

CONVERSANDO
COMO
PROFESSOR

Professona), no caderno
do aluno, há um modelo
de termo de autorização
de voz.
4 caderno do professor
4 caderno do professor
caderno
CADERNO
cadernoDO
doPROFESSOR
do professor
pr 2924
ofessor 3249
2525 CADERNO
CADERNODO
DOPROFESSOR
PROFESSOR
21 I LÍNGLJA PORTLJGUESA

Nesse sentido, a escola

tem o papel de proporcio­
nar momentos nos quais
os estudantes possam vi­
venciar essas situações co­
municativas. Os dois tipos
de carta estudados nesta
Sequência de Atividades 2
se contrapõem, tendo em
vista que, na carta de re­
clamação, os estudantes
analisarão que o autor se
coloca como um sujeito
que reivindica direitos,
exigindo do interlocutor
a resolução de seu proble­
ma e, neste caso, o estilo
do texto é sustentado por
relatos de acontecimen­
CARTA li
Porto Alegre, 20 de outubro, 2020
Querida Luna,
Meu coração está em festa com a sua chegada. Há quanto tempo não nos
vemos, não é mesmo? Confirme o dia exato que estará aqui em "Sampa"
no ano que vem, só tenho a informação que será em março, o dia exato
não tenho a mínima ideia de qual será. Avise-me por favor...
Aproveito essa cartinha, minha amada, para lhe pedir que traga em sua
bagagem muitas alegrias, estou aqui aguardando a sua chegada, com
muita esperança de que com você chegando, tudo por aqui esteja melhor.
Estou preparando um lugarzinho aqui em casa para te acomodar com
conforto, espero que goste!
Mande um beijo para os seus lindos pais, Leilla e Berk, diga para eles

tos e menções das leis. que sinto saudades deles também, e que venham me visitar assim que

Em contrapartida, a carta puderem.

de solicitação está forte­ Março de 2021 será o mês mais lindo do ano! O motivo desta carta, é
mente embasada na argu­ para lhe dizer que estou muito ansiosa para você chegar junto com as
mentação, pois o autor so­ águas de março que fecham o nosso verão, e como um dia disse o poeta,
licita algo ao interlocutor isso ... "é promessa de vida para o meu coração" ...
que, em geral, não tem a Vou me despedindo por aqui, contando os dias para a sua chegada,
obrigação de atender ao amada Luna!
pedido, ou seja, os argu­ Um abraço bem apertadinho, e um carinho bem gostoso da vovó Sheilla.
mentos têm que ser con­
vincentes. Para você, minha linda, abraços, beijinhos e carinhos sem ter fim...

Como sabemos, a argu­

mentação é objeto de
ensino que perpassa,
transversalmente, todo o
ensino básico, devido a
isso, enfatiza-se que nesta
Sequência de Atividades
2 trabalharemos aspectos
iniciais da compreensão
pelos estudantes dos ti­
pos marcadores argumen­
tativos usuais na Língua
Portuguesa, a exemplo que...); conformidade (conforme, como, de acordo com... ); condição ( se, caso, des­
dos operadores de: oposi­ de que, a não ser que...); finalidade ( a fim de que, para que... ); comparação (mais
ção (mas, porém, todavia, que, menos que, tanto...quanto...); consequência (tanto... que, de modo que... );
entretanto, no entanto...); alternância ( ou...ou, seja...seja ...); proporção, simultaneidade ( à medida que,
adição (e, nem, também, quanto mais, quanto menos ...).
não só, além disso... ) con­
clusão (logo, portanto, Consideramos, ainda, que nos anos subsequentes essa discussão será retomada e
então, assim, por fim... ); ampliada com os estudantes.
explicação (pois, porque, Sugerimos que, no início da aula, faça-lhes perguntas que ativem a memória e mo­
bilizem os conhecimentos que eles já possuem acerca do gênero textual "carta". Por
 CADERNO
cadernoDO
caderno doPROFESSOR
do pr 299
ofessor 26
professor
Z2 1 LÍNG l!A PO RTlJGU ESA

Passaremos, a seguir, a
CARTA Ili desenvolver como se es­
trutura o encaminhamen­
Porto Al egre, 1 de janeiro 2021 to da primeira aula com os
estudantes, vamos lá?
Aos editores do Jornal do Bairro,
Nós moradores do bairro, queremos protestar contra o barulho que os caminhões de gás fazer
todo sábado, às 6h da manhã, acordando a todos do bairro com sons de motor do caminhão e da
música insuportáveis. O nosso sossego é interrompido sem nenhuma preocupação da empresa
que vende gás. A "Associação dos Moradores do Bairro Bom Fim" já fez várias reclamações
na respectiva empresa, mas os nossos pedidos não foram atendidos. Informamo-nos sobre a
legislação que nos protege contra esses abusos, e, achamamos a Lei n º 11.938, de 19/11/1995,
que proíbe esse tipo de barulho, mas os órgãos da fiscalização municipais ainda não regularizaram
essa lei, o que dificulta o seu acionamento pelos moradores. Perguntamos: vamos ter que conviver
com esse incômodo até quando? Não há autoridade que possa governar de forma justa essa
situação? Editores esperamos que com a Força de vocês na mídia, essa carta de protesto chegue
aos órgãos competentes!

Raimundo Nonato da Silveira

Presidente da Associação de Moradores do Bairro Bom Fim.

[IDANDTACOES

exemplo: "Quem de vocês escreve, ou já escreveu cartas?", "Em sua casa, chegam
cartas pelo correio?", "Que tipo de cartas vocês escrevem?", "Que tipos de carta vocês
recebem?" etc. Diante das respostas dos estudantes, sugere-se que elabore o registro
delas em lousa, ou elabore um registro pessoal para retomada, caso necessário. O
registro das ideias iniciais dos alunos é valioso para se planejar e/ou replanejar as
ações didáticas, dessa forma, solicita-se que cada professor avalie como realiza o seu
registro e o utilize para fazer as intervenções necessárias durante o desenvolvimento
dessa Sequência de Atividades.
2722 CADERNO
CADERNODODOPROFESSOR
PROFESSOR
Zl l LÍNGUA PORTUGUESA

DESENVOLVENDO:
Professor, essa atividade é
de descoberta. Nesse mo­
mento, é importante ana­
CARTA IV
lisar como os estudantes
se comportam durante a
discussão. No diálogo com Porto Alegre, 30 de novembro, 2020
eles, instigue-os a falar
sobre a produção e/ou re­ Sr. Subprefeito Alternar Gonçalves,
cebimento de cartas, ten­ Vimos, através desta, comunicar-lhes que recebemos inúmeros pedidos
te identificar como esse dos moradores para que se intensifique a fiscalização de uso de fogos nas
meio de comunicação se festas de final de ano, especialmente na passagem do dia 31 para o dia
faz presente no dia a dia 1 ° de janeiro, 2021.
dos estudantes e conside­ Sabemos que o artigo 22 da Constituição dá plenos poderes a Estados e
re, também, as aprendiza­ Municípios para legislarem sobre esta matéria. Sabemos que existe a Lei
gens que já tiveram acerca do Silêncio, popularmente conhecida. O Código Civil (Lei 10.406/02) -
desse gênero nos anos uma lei federal, descreve as regras de segurança e sossego entre vizinhos.
iniciais. E, existe o Decreto-lei 3.688/41, que estabelece que perturbar alguém é
Na atividade 1, sugeri­ infração penal.
mos que as leituras das Como em 31 de dezembro de 2019, a população do bairro do Jardim
cartas, em voz alta, sejam Leopoldina foi muito incomodada com uso de fogos de artifícios
realizadas pelos estudan­ barulhentos, assustando as crianças, os demais moradores do bairro
tes (que se voluntaria­ e também os seus animais de estimação, vimos por meio desta carta
rem). Solicite-lhes que reivindicar que neste ano a legislação seja cumprida.
cada texto seja lido por
estudantes diferentes. Atenciosamente,
Na atividade 2, suge­
Fabiana de Carvalho Peres
re-se que os estudantes
sejam organizados em Presidenta da Associação de Moradores do Jardim Leopoldina.
pequenos grupos com
5 integrantes, para que
eles possam responder às
questões referentes às car­
tas, dialogando e questio­
nando as suas ideias. Para
isso, propomos:
• 1 estudante será o leitor
dos textos e das pergun­
tas;
• 2 estudantes serão os
responsáveis em dar as
respostas, após conver­
sa e escolha (na dupla)
da melhor resposta;
• 2 estudantes terão que
conversar entre si e vali­
dar ou não as respostas
dadas.
Dessa maneira, professor,
acredita-se que os estu­
dantes possam se implicar
Z4 I LÍNGUA PORTUGUESA
CADERNO
cadernoDO
caderno doPROFESSOR
do professor
pr 299
ofessor 28

mais, ativar as estratégias

de leitura e se beneficiar
CARTA V desse momento de refle­
xão coletiva.
A descrição da organiza­
Porto Alegre. 30 de novembro, 2020 ção não estará descrita
Srs. Moradores, no caderno do estudante,
Vimos, através desta, comunicar-lhes que recebemos inúmeras para que você, professor,
reclamações rei ativas ao descarte de lixo na garagem. possa realizar adaptações
Diante a esse fato, solicitamos uma assembleia extraordinária para que
conforme o perfil de seu
coletivamente possamos reelaborar novas regras de armazenamento e grupo, caso sinta neces­
descarte de lixo pelos condôminos. sidade. Entretanto, a pro­
Dia: 15.12.2020
posta deverá ser explici­
tada, criteriosamente, aos
Local: São de Festas
estudantes.
Horário: 19h - primeira chamada
Vamos às atividades?
19h30 - segunda chamada

Atenciosamente,

Maria de Lourdes Gadelha

Síndica do Condomínio Alecrim Dourado

Agora que vocês já realizaram as leituras das cartas, vamos responder a algumas perguntas? Para isso
organizem-se em pequenos grupos, com 5 integrantes, em que cada participante terá uma atribuiçã
diferente. Si ga, atentamente, as orientações de seu professor.
2924 CADERNO
CADERNODODOPROFESSOR
PROFESSOR
251 LÍNGUA PORTUGUESA

FINALIZANDO
Professor, ao final das au­ a. Uma dessas cartas é chamada de carta pessoal, qual é a carta? Como você descobriu?
las, sugerimos que solicite A carta 11, pois o tema é de assunto familiar, trata de relações afetivas.
que os estudantes preen­
cham, no Caderno do Alu­
no, o quadro que vai siste­
matizar os diferentes tipos
de carta lidos, destacando
as suas funções sociais. b. Você deve ter observado que há cartas em que os autores reclamam de algum acontecimento indesejado.
Escreva, abaixo, o número das cartas que você identifica solicitação e/ou reclamação.

São 4 cartas.

e. Analise as cartas, e depois escreva qual delas o autor acha que tem direito ao que está pedindo?

São duas cartas, a Ili e a IV.

d. Pela leitura que você realizou das cartas, o fato de o autor solicitar algo que ele julga ser um direito faz
com que ele escreva a carta de forma diferente? Justifique a sua resposta reescrevendo a passagem do
texto que comprove isso.

Sim. Espera-se que o estudante responda que a abordagem é diferente, o tom é imperativo,
de cobrança.
Ex. "vimos por meio desta carta reivindicar que neste ano a legislação seja cumprida."
 CADERNO
cadernoDO
caderno doPROFESSOR
do pr 299
ofessor 30
professor
LÍNGUA PORTUGUESA 1 26

e. Preencham o quadro para verificar os diferentes tipos de carta lidos, destacando as suas funções sociais.

Papel social do Interlocutor da Papel social do Objetivo da

CARTA Autor da carta
autor da carta carta interlocutor carta

1
Pais de Solicitação de
Fabiana Diretora Pais
estudantes comparecimento

li
Sheilla Avó Luna neta Pessoal

Ili
Presidente Ass. de Protesto contra
Raimundo Nonatc Jornal do Bairro Editores
moradores barulho

IV Presidente Reivindicar
Fabiana Alternar
Associação de Subprefeito cumprimento da
Carvalho Gonçalves
moradores lei do silêncio

V Solicitar
Maria de L.
Síndica Moradores Condôminos
Gadelha comparecimento

CONVERSANDO
COMO
PROFESSOR

Professor, após os estudantes preencherem o quadro, aconselhamos que debata, co­

letivamente, as respostas que eles registraram para complementar as informações.
Informe-os que nas próximas aulas, a 3 e a 4, eles analisarão duas cartas: uma de
reclamação e outra de solicitação.
3126 CADERNO
CADERNODO
DOPROFESSOR
PROFESSOR
Z7 I LÍNGUA PORTIJGUESA

AULAS 03 E 04 -
ANALISANDO AS CARTAS
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
AULAS 03 E 04 -ANALISANDO AS CARTAS
De acordo com a sugestão Objetivo das aulas
de organização da aula 1, • Analisar, em cartas de redamaç.ão e de solicitação, os recursos textuais e linguísticos que favorecem a
construção desses gêneros textuais, de modo a produzir os efeitos de sentido esperados.
ou, havendo condições de
segurança sanitária, estas
aulas também podem ser 1. Estudantes, agora o seu professor apresentará uma carta de reclamação, para que possam analisar
planejadas para o traba­ coletivamente.
lho com os estudantes Vamos lá?
organizados em duplas,
tendo em vista que produ­
zirão uma carta escrita. Canoas, 26 de dezembro, 2020

MATERIAL NECESSÁRIO A Loja Games Players

Este Caderno.
INICIANDO
Professor, na atividade 1,
sugerimos que apresente
aos estudantes duas car­
tas: a primeira de recla­
mação e a segunda de so­
licitação. Solicitamos que
sejam lidas em voz alta
pelos estudantes. Após as
leituras, realize um diálo­
go com a turma no qual os
aspectos comuns e tam­
bém os que as diferen­
ciam sejam contrapostos.
Prezados vendedores,
no dia 10 de dezembro de 2020, realizei um pedido de um jogo no site de sua loja. A entrega
estava prevista para até 10 dias após a data do pagamento da mercadoria, manifesto nesta carta
a minha indignação, pois hoje, dia 26 de dezembro, a mercadoria ainda NÃO FOI ENTREGUE. Ou
seja, passaram-se seis dias do prazo de entrega e até o momento nenhuma informação foi dada
sobre a minha mercadoria, que inclusive já está devidamente paga!
Dessa forma, venho por meio desta, cancelar o pedido, pois já desisti da compra em função do
descumprimento do prazo de entrega, de modo que solicito a restituição imediata do valor pago,
conforme me assegura o Código de Defesa do Consumidor.
Aguardo a solução.
Sem mais,
João Carlos da Silva Filho
CPF 388.892.238-X
Endereço: Rua das Rosas, 532, Rio Branco, Canoas - Rio Grande do Sul.
Telefone (51) 9333.33.33

CONVERSANDO
COMO
PROFESSOR

Professor, espera-se que os estudantes identifiquem:

• Data e local;
• Início amigável, sem tom ameaçador, na carta de solicitação, diferentemente da
carta de reclamação;
• No término das duas cartas, a maneira é amigável e conscienciosa? Explique.
 CADERNO DO PROFESSOR 32
Z8 I LÍNGUA PORTIJGUESA

DESENVOLVENDO
2. Agora, a proposta é de que vocês leiam mais uma carta, esta é a de solicitação. Façam, também Solicite aos estudantes
coletivamente, a análise do texto, seguindo as orientações de seu professor.
que se voluntariarem e
leiam as cartas presentes
Porto Alegre, 01 de fevereiro, 2021 no Caderno do Estudante.
Srs. Pais, Caso seja possível, proje­
Sejam todos bem-vindos a mais um ano letivo. te-as na tela e por meio
Solicitamos o seu comparecimento na escola, para a nossa 1• Reunião de Pais do ano de 2021. de perguntas, chame a
Neste dia, conversaremos sobre assuntos importantes para que tenhamos um ano escolar atenção dos estudantes
tranquilo e harmonioso, são eles:
1. Apresentação da equipe escolar-corpo docente; gestão pedagógica e profissionais de apoio;
para os aspectos composi­
2. Projeto Político Pedagógico;
cionais da carta, como por
3. Regimento e Calendário Escolar;
exemplo:
4. Demais assuntos de interesse dos pais e da comunidade escolar. • Quem é o remetente da
Contamos com a presença de todos, reafirmando o nosso propósito de construirmos, juntos, um carta?
ano letivo profícuo.
• E o destinatário?
REUNIÃO DE PAIS: 23.02.2021
LOCAL: PÁTIO DA ESCOLA
• Qual o assunto da car­
CASO NÃO POSSAM COMPARECER, POR GENTILEZA, INFORMEM-NOS. ta?
Atenciosamente, • Você acha justa a recla­
Fabiana Moreira mação?
Diretora de Unidade Escolar • Por quê?
• Você tomaria a mesma
decisão do autor da car­
3. Estudante, agora que você já tem um repertório de leitura da carta de reclamação, apresentamos a
você um caso acontecido em uma escola fictícia, em uma situação inventada para que possamos exercitar
ta? O que você faria?
a escrita de carta de reclamação. Então, vamos encarar esse desafio? • Você sabe o que é CPF?
O caso é o seguinte: Descubra e converse
com seu professor e
colegas e registre nas
A Escola Lírios do Campo fica na cidade de Canoas, no Estado do linhas abaixo.
Rio Grande do Sul. Todos os dias, na hora do intervalo, os estudantes
quando vão ao banheiro, pe rcebem que não há sabonetes para lavar
• Como ela inicia? Por
as mãos. Isso tem trazido desconforto aos estudantes que têm utilizado que você acha que isso
o banheiro frequentemente, e depois disso, não podem lavar as mãos acontece?
adequadamente, conforme as normas de higiene e saúde recomendam.
• Compare os primeiros
Diante desse fato, você e seus amigos decidem enviar. formalmente, uma parágrafos de cada car­
carta para a diretora da escola reclamando da falta de sabonetes nos
banheiros.
ta, as informações apa­
recem do mesmo jeito?
• E nos outros parágra­
fos, quais informações
têm?
• E como cada carta ter­
mina? Explique por que
elas terminam assim.
• Escreva a diferença fun­
damental entre os dois
tipos de carta: a de re­
clamação e a de solici­
tação.
3328 CADERNO
CADERNODO
DOPROFESSOR
PROFESSOR
291 LÍNGUA PORTUGUESA

FINALIZANDO
Professor, ao final das au­ Converse com o seu par, e juntos planejem a escrita e o encaminhamento da carta.
Sugerimos que, antes de escrever a carta, faça um planejamento seguindo o esquema:
las, explique aos estudantes
que esse exercício que fize­
ram é a primeira versão da
carta de reclamação e que, �
posteriormente, eles terão a
oportunidade de reler o que
escreveram e aprimorar ain­
da mais a escrita. Seria inte­
ressante que você, professor,
lesse as primeiras versões e
fizesse um mapeamento das
aprendizagens obtidas pelos
estudantes até este momen­
to da Sequência de Ativida­
des e, a partir desse levan­
tamento, encaminhasse as
próximas aulas, nas quais a
argumentação será objeto
de reflexão, e em momento
posterior eles retomarão a
versão 1 para aprimoramen­
to e revisão. Nesse sentido,
os aspectos a serem revisa­
dos podem ser antecipados
com a sua leitura prévia.
Solicite-lhes que, para a a. Agora, diante do planejamento da escrita que vocês construíram, escrevam a carta de reclamação,
aula 5, pesquisem cartas de seguindo as ideias que vocês registraram. Registre, em seu caderno, a Versão 1 da carta.

reclamação em sites, jornais

e/ou revistas impressas, e
tragam para a escola, para
organizá-las no painel na
sala de aula.
 CADERNO DO PROFESSOR 34
LÍNGUA PORTUGUESA 1 30

OBS: Escute as hipóteses

AULA 05 - A ARGUMENTAÇÃO NAS CARTAS DE RECLAMAÇÃO que os estudantes apre­
sentarão, pouco a pouco
Objetivo da aula
organize as ideias que
• Analisar a argumentação em cartas de reclamação. eles apresentarem para
que, coletivamente, os
estudantes se aproximem
1. Estudantes, leiam o trecho a seguir, e depois respondam ao que se pede:
da seguinte ideia:
"Argumentamos basica­
"Adolescentes com 14 anos não devem andar de skate de madrugada, pois
a grande maioria dos jovens com essa idade não possui responsabilidade
mente para convencer
para isso. Além disso, as estatísticas mostram que grande número de nossos interlocutores
acidentes ocorre com jovens skatistas entre 14 e 18 anos."
de que nossas ideias ou
nossas atitudes são mais
2. Quais argumentos sustentam essa ideia? coerentes, ,adequadas ou
acertadas. E muito comum
1 º argumento: a maioria dos jovens nessa idade não tem responsabilidade para isso; termos que argumentar
2 ° argumento: as estatísticas mostram que grande número de acidentes ocorre com jovens entre em situações escolares -
14 e 18 anos na direção. provas ou outro tipo de
atividades - para mostrar
que nossa resposta é coe­
rente e/ou adequada (res­
postas que costumamos
3. Você consegue perceber o motivo pelo qual o autor usa argumentos para a defesa de sua ideia?
dar aos famosos 'justifi­
que sua resposta')."
Dessa forma, o autor tem mais chance de convencer o interlocutor, suas ideias ficam fortalecidas.
Fonte: BARBOSA, Jacque­
line Peixoto. Carta de soli­
citação e carta de reclama­
ção. São Paulo: FTD, 2005.
AULA 5 - A ARGUMENTAÇÃO NAS CARTAS DE RECLAMAÇÃO FINALIZANDO:
ORGANIZAÇÃO DA TURMA Professor, para a finaliza­
De acordo com a sugestão de organização da aula 1, ou, havendo condições de segu­ ção desta aula, sugerimos
rança sanitária, organize-os em duplas. a elaboração, pelos estu­
dantes, no painel de den­
MATERIAIS NECESSÁRIOS tro da sala, de um mural
Este caderno, canetinhas, marca-textos e cartas de reclamação para composição de ilustrativo com as cartas
um mural. selecionadas por eles. Na
INICIANDO sequência da montagem
Professor, nesta aula os estudantes terão como tarefa analisar as argumentações que deste mural, solicite que,
os autores constroem para atingirem os seus objetivos comunicativos nas cartas de em pe�uenos grupos, eles
reclamação. identifiquem e ressaltem,
Nesse momento, professor, sugerimos que utilize as cartas pesquisadas pelos estu­ nas cartas, com marcado­
dantes e, a partir delas, será possível fazer perguntas que mobilizem os conhecimen­ res de textos e/ou caneti­
tos que eles já possuem sobre a argumentação. Vamos lá? nhas coloridas, os trechos
DESENVOLVENDO em que os autores argu­
Professor, inicie a conversa com os estudantes chamando-lhes a atenção para a im­ mentam. A proposta é de
portância da argumentação nas cartas de reclamação. Explicite que os argumentos que esse painel também
justificam a reclamação, tornando-a mais convincente. Pergunte-lhes: sirva de referência para
as reescritas das cartas de
• Vocês sabem o que é argumentar? reclamação que eles rees­
• A argumentação pode ser a mesma coisa que a justificação? creverão nas aulas 6 e 7.
3530 CADERNO
CADERNODO
DOPROFESSOR
PROFESSOR
31 1 LÍNGUA PORTUGUESA

AULAS 06 E 07- REVISAR

E REESCREVER CARTAS
DE RECLAMAÇÃO
ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Em grupos de quatro es­
tudantes ou em duplas,
priorizando a maneira em
que você, professor, pen­
sou em dar as devolutivas
da versão 1 da carta.
INICIANDO
Professor, sugerimos que
você utilize as próximas
aulas para dar atenção
AULAS 06 E 07 - REVISAR E REESCREVER CARTAS DE RECLAMAÇÃO
Objetivo das aulas
• Revisar e reescrever cartas de reclamação considerando os processos de escrita: planificação, textualiza­
ção e revisão.
1. Estudante, neste momento, siga as orientações de seu professor para que retome a versão 1 de
sua carta, escrita no final da aula 4 e, partindo das observações feitas pelo professor, revise os aspectos
apontados por ele e reescreva o seu texto. Para o auxiliar nessa tarefa, listamos, nesta tabela, alguns
pontos de atenção que podem auxiliar o processo de reescrita. Vamos à tabela!
CARTA DE RECLAMAÇÃO
O que não pode deixar de ter:
Estrutura da carta Aspectos composicionais da carta .; X

especial à reescrita e à Cabeçalho Tempo e espaço

revisão das cartas de re­ Local e data explicitados no texto
clamação já iniciadas pe­
los estudantes no final da
aula 4. Assunto:
Tema relacionado ao problema
DESENVOLVENDO frase nominal

Convide os estudantes
a retomarem a primei­
ra versão da c?rta que já Saudação e vocativo
O produtor da carta dirige-se ao destinatário
formalmente, hierarquicamente
elaboraram. E provável
que, nesse momento,
naja alguma resistência
por parte deles, pode ser Opinião defendida Tempo presente, no caso do relato do problema

que alguns estudantes

não tenham esse proces­
so de retomar as escritas Uso da 1 ª pessoa do singular
como uma etapa natural Argumento para a defesa
Solicitação da resolução do problema
da aprendizagem da pro­
dução de textos e essa
cultura, professor, é mui­ Saudação final
Nome e informações
to importante que seja do remetente
desenvolvida em todo o
ensino básico, pois só se
aprende a escrever, es­
crevendo, não é mesmo?
É importante que eles
valorizem esse momento
de atenção mais individu­ tura da carta, dando exemplos, apontando os equívocos e esclarecendo as dúvidas.
alizada, no qual professor Dessa maneira, primamos para que sejam situações de ensino e de aprendizagem
e estudante estão juntos nas quais eles tenham a certeza de que é o momento didático mais importante da
na busca de melhores prá­ aula.
ticas de escrita de texto. FINALIZANDO
Orientamos também que Sugerimos que para finalizar o estudo dos conceitos pelos estudantes, seja proposto
converse com os estudan­ o preenchimento, em consonância com as análises que você, professor, estiver inter­
tes sobre as considerações mediando com os estudantes para que tenham mais um momento de reflexão sobre
que fizeram durante a lei- a estrutura, os aspectos composicionais e a função da carta de reclamação.
 CADERNO DO PROFESSOR 36
LÍNGUA PORTUGUESA 1 32

AULA 08 - REVISAR E EDITAR A CARTA DE RECLAMAÇÃO.

Objetivo das aulas
• Revisar e editar a Carta de Redamação.

1. Estudante, chegamos ao fim de nosso trabalho nesta Sequência de Atividades 2, com a escrita de
cartas de reclamação. Para finalizar, convidamo-los a trocar o texto entre os grupos e/ou duplas e siga
a orientação do professor para o encaminhamento de sua leitura.

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4 caderno do professor
4 caderno do professor
 CADERNO DO PROFESSOR 40

 
 

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média de 339 óbitos por ano. A Região Sul registrou o segundo maior número no país, com 6.030
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 CADERNO DO PROFESSOR 42

 



 

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434338 CADERNO
CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR l7 I LÍNGUA PORTUGUESA

AULA 03 -TOMANDO NOTA...

Objetivos da aula:
• Anotação de estudo do texto;
• Produzir resumos a partir de tomada de notas feitas no trecho selecionado.

1. Estudantes, em duplas, leiam as anotações que vocês realizaram ao d ialogarem com o professor durante
a leitura do artigo "Estudo investiga a possibilidade de contaminação por leptospirose em comunidade
na Zona Norte de Porto Alegre•. Em seguida, elaborem um parágrafo que resuma as informações deste
trecho do texto.

Doença infectocontagiosa que pode atingir tanto animais quanto humanos, a leptospirose é
uma das zoonoses mais frequentes e costuma aparecer principalmente nos meses chuvosos. em regiões
alagadas e sem saneamento básico. Em situações como essas, a urina dos ratos presente em esgotos e
bueiros mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Com isso, qualquer pessoa que tiver contato com
a água ou a lama contaminadas pode se infectar, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão.

De acordo com a análise dos dados epidemiológicos realizada pelo Ministério da Saúde, entre
os anos de 2010 e 2014, foram confirmados no Brasil 20.810 casos de leptospirose, representando uma
média anual de 4.162 ocorrências. O número de mortes foi de 1.694, sendo a média de 339 óbitos por
ano. A Região Sul registrou o segundo maior número no pais, com 6.030 casos. Entre os sintomas da
leptospirose estão febre, dores musculares, cefaléia, dores na região da panturrilha, vómito e coloração
amarela da pele e mucosas.

A professora do curso de Saúde Coletiva da UFRGS Marilise Mesquita realizou, junto com uma
equipe, pesquisa que desenvolveu um material de educação ambiental como estratégia de prevenção
da leptospirose na comunidade da antiga Vila Dique. As famílias foram reassentadas e atualmente
estão localizadas na Zona Norte de Porto Alegre, em um conjunto habitacional com a infraestrutura
ideal para moradia. Quando Marilise chegou ao curso de Saúde Coletiva, já existia o campo de estudo
no reassentamento da Vila Dique: ·o professor Darci Campani veio com a proposta desse cenário de
estudos na área da saúde coletiva, então eu, como veterinária, e a coordenadora do curso de Enfermagem
na época, tocamos um trabalho de extensão, em função da grande demanda de leptospirose humana·,
conta a pesquisadora. Marilise afirma que, com a falta de saneamento básico e de coleta de lixo e
o acúmulo de materiais recicláveis, visto que a maioria das pessoas da comunidade são catadores, a
população de ratos na antiga vila era grande.

RESUMO:
 CADERNO DO PROFESSOR 44
38 I LÍNGUA PORTUGUESA

FINALIZANDO:
AULAS 04 E 05 - LER PARA APRENDER A ESTUDAR! Professor, ao finalizar essa
Objetivo da aula:
aula, sugere-se que reali­
• Inferir informações implícitas na leitura de artigo de divulgação científica. ze uma conversa com os
estudantes sobre a ideia
central do texto e como foi
1. Agora, estudante, o seu professor lerá a 2' parte do artigo e solicitará que você continue realizando as
anotações com marca-texto ou sublinhe, no corpo do texto, as informações que você precisa saber para
para eles essa experiência
compreender e aprender os conceitos que o texto apresenta. Vamos lá? de dialogar sobre o artigo
e tomar notas das infor­
R .. :ultado:
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Parte 2
realizaram durante a sua
Dos 142 cães de que foram retiradas amostras de sangue, 26 foram soropositivos para leptospirose,
ainda tendo uma alta prevalência da sorovariedade lcterohaemorrhagiae (46%), que produz o quadro
leitura.
clínico mais severo para o ser humano. Depois das entrevistas, a equipe recebeu recursos que foram
utilizados na vacinação dos cães da comunidade.
Marilise afirma que muitos moradores, apesar do novo local, mantinham antigos hábitos. "Tinham
muitos catadores que possuíam carroça, e como os limites das casas eram maiores, as pessoas tinham
no pátio cavalos, porcos, galinhas. Já no novo local ficou proibido manter animais que não fossem cães
e gatos, porém vimos casas em que estavam no mesmo pátio marrecos, patos, galinhas, cachorros, além
de restos de alimentos. Não tem nada melhor para atrair ratos", afirma. Por esse motivo, as questões
relacionadas à promoção da saúde se tornaram temas a serem incluídos no material de educação
ambiental. A pesquisa também destaca a importância da escolaridade, pois quanto maior o grau, maior
o senso crítico para essas questões. Das pessoas entrevistadas, 57% apresentavam apenas o ensino
fun damental incompleto. De 89 entrevistados, uma pessoa apresentava o ensino superior incompleto e
nenhum entrevistado possuía graduação.
Com relação aos animais sinantrópicos, as respostas aos questionários indicaram que 100% dos
domicílios no novo local de moradia apresentavam pelo menos um desses bichos: ratos, carrapatos,
pulgas e pombos. E, em 61% das casas, havia mais de um tipo. Marilise destaca que o convívio com
esses animais parecia fazer parte da rotina da comunidade: 27% das residências não utilizavam nenhuma
estratégia de controle. "Acham que é algo normal, apenas se acostumam", afirma.
Os pesquisadores também questionaram se os entrevistados conheciam alguém que já tivesse
sido diagnosticado com leptospirose, e 40% responderam que sim, a maioria conhecidos ou parentes
moradores da antiga Vila Dique. Apenas 29% das pessoas entrevistadas, porém, responderam que
sabiam que o cão pode transmitir leptospirose.
Já quanto à separação do lixo em recicláveis e não recicláveis, 60% dos entrevistados afirmaram que
faziam a separação do lixo. O estudo mostra que o motivo principal, em 68% das respostas, foi a geração
de renda. A pesquisadora observa que, quando essas pessoas deixam de trabalhar com separação de
material reciclável, acabam não separando mais nem em sua própria casa.
A pesquisadora destaca a importância do estudo, principalmente na veterinária, pois essa não é
uma área que recebe muita atenção no curso. Além disso, ela observa que esse tipo de trabalho é
necessário para preparar o profo,sional para lidar com as pessoas que atendem e conhecer a realidade.
"Muitos alunos nunca tinham entrado em uma comunidade de baixa renda, não sabiam como chegar nas
pessoas para conversar, então a sensibilidade é posta à prova naquele momento. Eles se desenvolvem
muito socialmente", afirma Marilise.
Artigo científico
 4338
4545 CADERNO
CADERNO
CADERNO DOPROFESSOR
DO DO PROFESSOR
PROFESSOR
39 I LÍNGUA PORTUGUESA

MESQUITA, Marilise Oliveira et ai. Material de educação ambiental como estratégia de prevenção da
leptospirose para uma comunidade urbana reassentada. Cadernos Saúde Coletiva, v. 24, n. 1, p.77-83,
mar. 2016.

Disponível em: bttps·//www 11fcgs br/dencia/estLJdo-investiga-a-possibilidade-de-contaminacao-por­

leptospimse-em:rom1 midade-na-zona-norte-de-porto-alegre/Acesso em 24/11/2021

[filAKOTACOES
 CADERNO DO PROFESSOR 46

Questão 1 Resposta:
“A pesquisadora destaca a importância do TRABALHO, principalmente
na veterinária, pois essa não é uma área que recebe muita atenção no
curso. Além disso, ela observa que esse tipo de trabalho é necessário
para preparar o profissional para lidar com as pessoas que atendem e
conhecer a realidade”.
 4338
4772 CADERNO
CADERNO
CADERNO DOPROFESSOR
DO DO PROFESSOR
PROFESSOR
41 1 LÍNGUA PORTIJGUESA

AULAS 07 E 08 - LEPTOSPIROSE, O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Objetivo da aula:
• Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas na leitura de artigo de divulgação científica e
cartaz;
• Comparar informações artigo de divulgação científica e texto informativo.

1. Faça uma pesquisa sobre leptospirose e, em seguida, converse com a sua dupla acerca de suas
percepções. Além disso, troquem informações a respeito do que você encontrou sobre leptospirose
consultando as anotações que fez em seu caderno.

Professor, para finalizar estas aulas, sugerimos uma conversa coletiva com os estu­
dantes sobre as aprendizagens que tiveram ao longo da Sequência de Atividades.
Solicite-lhes que destaquem o que não sabiam e passaram a saber depois de suas
intervenções.
  
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494338 CADERNO
CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR

Na imagem, evidencia-se um rato nadando em uma água suja.

Esse tipo de informação costuma circular principalmente em postos de saúde, hospi-

tais e em campanhas de conscientização.
 CADERNO DO PROFESSOR 50

O texto intitulado “Leptospirose: 5 coisas que você precisa saber” informa os leitores
sobre o risco da contaminação, durante enchentes e alagamentos, pela bactéria Lep-
tospira causadora da leptospirose.

Ambos os textos, tanto o texto informativo quanto o artigo, tratam do mesmo tema,
isto é, a contaminação por leptospirose.
4 caderno do professor
524338 CADERNO
CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR


 

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CADERNO DOPROFESSOR 53
PROFESSOR 53
46 I LÍNGUA PORTUGUESA

prevalência

soro positivo

sinantrópico

estratégia

diagnosticado

reciclável

Você deve ter perce bido que no início do artigo há uma imagem. Converse com o seu col eg a e reflitam
sobre o papel que a imagem exerce para que se compreenda melhor o texto. Para isso, elaborem um
parágrafo explicativo com base nestas três questões a seguir:

Descreva a imagem.

O que essa imagem representa?

Na imagem há uma legenda. Quais as informações essa legenda apresenta?

 
CADERNO
544338  
  
CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR

  
  

Organização da turma:
De acordo com as aulas FPA!7!P6?!P<!15!;<!;P !2'!2<!;P!P!;-)D1!2<4;P ;!157!P!C(;<)71P!P42<)2?7I4PP!C);<(7P414P
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P)2<!2;)!P 41P 6?!P!;;!;P!A!2<4;P!;<I4P4477!24P 41P?1P 54!7P PA!DP1)47P !P!;<7?)JI4P P

Material necessário: );;4P %72<!P17)DD)P KP?1P241-(P%!7P5!-4P'41!1P

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Sugere-se que resumam 574$!;;49P
esse texto devido à
familiaridade que os
estudantes já possuem
com ele, o que fornecerá
condições didáticas para
que a atividade seja
realizada. E, professor, o
resumo desse artigo,
dará subsídios aos
estudantes para que
elaborem a
apresentação do
seminário. A orientação
deve ser organizada de
maneira que os
estudantes
compreendam que
resumir não é só cortar
partes do texto.
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DESENVOLVENDO
Professor, sugerimos que oriente os estudantes no passo a passo para a escrita do
resumo. Sugerimos que faça com eles o primeiro parágrafo, explicitando como se
sintetiza o texto para resumi-lo.
 

CADERNO DO PROFESSOR 55


 
 

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CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR


 

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 CADERNODO
CADERNO DOPROFESSOR
PROFESSOR 57

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50 LÍNGUA PORTUGUESA

1. Coletivamente, organizem o seminário de vocês, decidindo:

a. Foco de apresentação escolhido por cada grupo (baseando-se no artigo lido nas Sequência de
Atividades 3 e 4).

b. A forma de apresentar, projetado no telão ou montagem em papel?

584338 CADERNO
CADERNO DO PROFESSOR
DO PROFESSOR
11 1 LÍNGUA PORTUGUESA

e. O público que assistirá à apresentação. Serão só os colegas da sala, ou vocês têm o desejo de convidar
mais pessoas?

d. Como será a disposição dos pôsteres? Na parede? Em varal? Há outra sugestão?

SZ I LÍNGUA l'O RTUGUESA CADERNODO
CADERNO DOPROFESSOR
PROFESSOR 59

e. E, por fim, qual o preparo necessário para este tipo de apresentação? Tem que ensaiar? Fala-se de
improviso? Como o professor vai avaliar?

L§\ANOTACOES
  
  
CADERNO DO PROFESSOR 61


 
 



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ATIVIDADESº
#ASOºTENHAºDISPONIBILIDADEº
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GRUPOSºSEºAUTOAVALIEMº
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FEITAºGRUPOºAºGRUPOº
APONTANDOºOSºPONTOSºFORTESº
DEºCADAºESTUDANTEºEºOSº
INVESTIMENTOSºQUEºPODEMº
FAZERºPARAºFICAREMºCADAºVEZº
MELHORESºNAºARTEºDEºSEº
COMUNICARºEMºP´BLICO

AULAS 7 E 8- APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIOAULA 6 -

PLANEJANDO A PRODUÇÃO DO PÔSTER.
 



 

-&..&-@@&-%387&@@/0-$@%..@@@@-/9-&@@@.&"@@/0-$@
EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA SEDUC RS
Ana Paula Moraes dos Passos
Cristiane Rui Dias Marques
Leony Cananéa Marques (Org.)
Glauciane Macari Haupenthal