Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plano de Estudo:
3
SUMÁRIO
TÓPICO 1
Contexto de Produção, Circulação e Recepção dos Gêneros
TÓPICO 2
Construindo o Texto
TÓPICO 3
Noções Básicas de Morfologia e Sintaxe
TÓPICO 4
Pérolas da Língua Portuguesa
................
...............
................
................
1
TÓPICO
CONTEXTO DE PRODUÇÃO,
CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DOS
GÊNEROS
.
.....
.....
.....
2
TÓPICO
CONSTRUINDO O TEXTO
.
.....
.....
.....
Note que o argumento acima foi composto por três partes. Em negrito, vemos a
afirmação que constrói a ideia defendida, seguida pela sua explicação, a qual está em itálico.
Na sequência, o argumento é finalizado a partir de uma comprovação/exemplificação. A
junção dessas três fases torna o argumento mais forte e legítimo.
É válido destacar que os argumentos podem ser formados a partir de fatos históricos,
dados estatísticos, causa e consequência, citação de autoridade, comparação, refutação
etc. A escolha do argumento será feita com base nas estratégias que você adotou a fim de
defender seu ponto de vista sobre o assunto de seu texto.
Em um texto, para que a ligação entre os parágrafos ocorra, os operadores
argumentativos e/ou conectivos são empregados, direcionando o sentido das frases e
atuando diretamente na inteligibilidade (coerência e coesão) do texto. Podem introduzir
a ideia de adição (e, também, além disso, ademais, outrossim), explicação (pois, porque,
posto que, visto que, dado que, uma vez que), finalidade (a fim de que, para que, com o
intuito de), oposição (mas, porém, contudo, entretanto, no entanto), entre outros sentidos.
Utilizar de maneira adequada os conectivos é um meio de tornar o texto mais elaborado
e conectado. Porém, é preciso tomar cuidado, dado que a ânsia de empregá-los no texto
faz com que muitas pessoas os utilizem de maneira incorreta. Antes de usar um operador/
marcador, verifique se o sentido está sendo plenamente atendido. Observe a seguir uma
lista de operadores argumentativos/conectivos:
A vírgula
ABI — 100 anos lutando para que ninguém mude nem uma vírgula da sua informação.
A vírgula, por outro lado, marca a separação de termos que não formam uma
unidade sintática dentro do enunciado. Ela pode, inclusive, marcar as pausas que damos
durante a leitura. Porém, é importante frisar que não se separam por vírgula: A) predicado
de sujeito; B) objeto de verbo; C) adjunto adnominal de nome; D) complemento nominal de
nome; E) predicativo do objeto do objeto; F) oração principal da subordinada substantiva
(desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). Além disso, a vírgula é
fundamental para separar o vocativo, alguns apostos, adjuntos adverbiais antecipados ou
intercalados, orações subordinadas adjetivas explicativas, orações coordenadas sindéticas
e assindéticas; enumerar; marcar a omissão de algum termo etc. Veja alguns exemplos:
Existem outros sinais de pontuação: dois pontos (:), ponto e vírgula (;), travessão
(–), ponto de exclamação (!), ponto de interrogação (?), reticências (...), aspas (“ ”) e
parênteses (()). Podem ser usados também alguns recursos alternativos para a pontuação,
como parágrafo (§), chave ({ }), colchete ([ ]), barra (/). Conhecer esses sinais é fundamental
para construir um texto de qualidade, posto que auxiliam no encadeamento das ideias e,
consequentemente, na coesão e na organização textuais.
Além da pontuação, saber algumas regras de acentuação é imprescindível. Os
acentos gráficos são sinais que retratam, na escrita das palavras, a pronúncia da vogal
de certa sílaba. Existem diversos sinais, a saber: acento agudo (´), acento circunflexo (^),
acento grave (`) e til (~). Veja a seguir algumas regras básicas:
● Antes da palavra feminina que admite artigo (ir a + a praia = ir à praia). Macete
com nomes de lugares: Se vou a e volto da, crase haverá. Se vou a e volto de,
crase pra quê?. Exemplo: Voltei da Bahia – Fui à Bahia // Voltei de Campinas – Fui
a Campinas.
● Com pronomes demonstrativos iniciados com a vogal a: aquele, aqueles,
aquela, aquelas, aquilo. Exemplo: Ele deve dar atenção àquilo.
● Com pronomes demonstrativos a, as. Exemplo: Minha mãe assistiu a uma série
igual à que vi no mês passado.
● Antes dos pronomes relativos à qual, as quais. Exemplo: A promessa à qual
me referi.
● Na indicação de horas. Exemplo: Saímos às quatro horas.
● Nas locuções adverbiais femininas. Exemplo: Saímos à noite; Sentiu-se à
vontade; Sentou-se à direita; Estou à disposição.
● Nas locuções prepositivas formadas de palavras femininas, como à beira de, à
custa de, à sombra de, à moda, etc. Exemplo: Sentou-se à beira da praia.
● Nas locuções conjuntivas à medida que, à proporção que. Exemplo: Ela chorava
à medida que ele gritava.
Agora que você já conhece algumas regras de acentuação, vamos refletir sobre al-
gumas noções básicas de morfologia, sintaxe e semântica. Fique atento ao próximo
capítulo!
3
TÓPICO
NOÇÕES BÁSICAS DE
MORFOLOGIA E SINTAXE
.
.....
.....
.....
4
TÓPICO
PÉROLAS DA LÍNGUA
PORTUGUESA
.
.....
.....
.....
Nesse tópico, gostaria de discutir alguns assuntos clichês, porém muito importantes,
a exemplo do usos dos porquês, a diferença entre mau e mal, tem e têm, há e a, entre outros
aspectos. Intitulei o capítulo como “pérolas da língua portuguesa” a fim de mostrar a você,
graduando, quais são os desvios mais comuns adotados por brasileiros em textos escritos.
Inicialmente, convido você a refletir sobre a diferença existente entre: por que,
porque, por quê e porquê. Para tal intento, análise o diálogo abaixo:
Note que “por que” separado indica uma pergunta, enquanto “porque” junto
introduz uma resposta/explicação. Por outro lado, “por quê” separado e com acento
circunflexo aparece no final de frases interrogativas ou de maneira isolada, já o “porquê”
junto e acentuado é substantivado, o que pode ser comprovado pelo uso do artigo definido
“o” antes dele.
Muitas pessoas erram também a escrita de “o que”, colocando as palavras
juntas. Isso é tratado como um erro gramatical, afinal, “o que” sempre será separado.
Exemplifica-se isso a partir das seguintes frases:
Além de juntar o “o que”, alguns ainda escreve “a gente” junto para se referir a
“nós”, o que está inadequado, posto que “agente” só pode ser usado para indicar “agente
do FBI”, “agente penitenciário”, “agente de imóveis”, “agente financeiro” etc. Quando “a
gente” significa “nós”, deve sempre vir separado, como em:
As pessoas também costumam escrever as palavras “por isso”, “com certeza”, “de
repente” e “a partir de” juntas. Se você é uma dessas pessoas, por favor, aprenda agora que tais
vocábulos se escrevem separados sempre, como pode ser visualizado nos exemplos abaixo:
Um outro erro comum se dá com o uso de “e” (conjunção) e “é” (verbo). Note que
“é” diz respeito ao verbo ser conjugado na terceira pessoa do singular, no presente do
indicativo. Portanto, sempre que for verbo, virá acentuado. Exemplo:
(28) João é complicado, porém acredito que eu e ele teremos um final feliz.
Vale destacar que muitos apresentam dificuldade em acentuar o verbo “ter” quando
conjugado na terceira pessoa do plural no presente do indicativo. Observe como deve ser
feita a acentuação:
Uma outra dúvida frequente é com o uso de “há” e “a”. "Há" vem do verbo haver e
indica passado, podendo ser substituído por "faz". Entretanto, "a" faz referência à distância
ou a um momento no futuro. Veja os exemplos a seguir:
(31) Meus pais se conhecem há 25 anos.
(32) Minha nova escola fica a 10 quilômetros daqui.
(33) A final da Copa será daqui a alguns dias.
Há também aqueles que se confundem ao escrever “mau” e “mal”. Para isso, tenho
uma dica muito especial. Acompanhe o raciocínio:
(37) Eu estou bem // Eu estou mal.
(38) Ele é um lobo bom // Ele é um lobo mau.
Esses esquemas são bem interessantes e funcionam também com outras palavras.
Sempre que você tiver dúvida sobre a escrita das palavras “embaixo” e “em cima”, por
exemplo, faça um V com seus dedos indicador e médio. Assim, verá que “embaixo” fica
juntinho e “em cima” é separado.
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. M.; VOLOSHINOV, V. N. A interação verbal. In: Marxismo e filosofia da
linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Veira. 10. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich, Os gêneros do discurso. São Paulo: Ed. Editora 34, 2016.
DREY, R. F.; SELISTRE, I. C. T.; AIUB, T. Inglês: práticas de leitura e escrita. Porto Alegre:
Penso, 2015.
FARACO, Carlos Alberto. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
FULGÊNCIO, Lúcia; LIBERATO, Yara. Como facilitar a leitura. 8. ed. (Coleção repensando
a língua portuguesa). São Paulo: Contexto, 2004.
SQUARISI, Dad. A vírgula. Correio Braziliense – Blog da Dad. 2008. Disponível em:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/dad/a_virgula/. Acesso em: 25 nov. 2022
25
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
Praça Brasil , 250 - Centro
CEP 87702 - 320
Paranavaí - PR - Brasil
TELEFONE (44) 3045 - 9898