Aluno: Davi de Aguiar Portela (0001418)

Medicina – 6º Período MARC I – Problema 02

Puericultura: Diagnóstico de Normalidade

Consulta de Puericultura 24 meses de vida

É o acompanhamento periódico e sistemático da A partir do 2º ano de vida, são recomendadas

criança saudável, cujo foco é a prevenção e a consultas anuais
educação em saúde com vistas e intervenção
efetiva e apropriada.
DIAGNÓSTICO DE NORMALIDADE
Na prática, é uma atenção personalizada de cada
criança, em que é feito uma anamnese e exame A puericultura é a avaliação de uma criança
físico da criança, associados a visitas domiciliares, saudável, logo dá-se o diagnóstico de uma
a fim de promover orientações para a família e criança saudável em relação a:
criar um vínculo com ela. Crescimento Classificar se a estatura
Deve ser feito o adequado preenchimento da está adequada, baixa ou
Caderneta da Saúde da Criança. alta para a idade
Estado nutricional Classificar a criança como
eutrófica ou distrófica
(desnutrição, obesidade,
AGENDAMENTO
deficiências ou excesso de
O Ministério da saúde recomenda a seguinte vitaminas/ minerais)
periodicidade de consultas de puericultura no Vacinação Se completa ou incompleta
primeiro ano de vida: Alimentação Se adequada ou
inadequada.
Periodicidade de consultas de puericultura no Anotar alterações
primeiro ano de vida observada
Primeira semana de vida Desenvolvimento Classificar se adequado ou
1 mês de vida neuropsicomotor inadequado.
2 meses de vida Em caso de atraso,
4 meses de vida determinar se é de
6 meses de vida linguagem, motor ou
9 meses de vida socioafetivo
12 meses de vida
18 meses de vida
 Ambiente físico Se adequado ou Pode ser aferido na balança em que deita o
e emocional da inadequado. bebê, geralmente até os 2 anos.
criança. Avaliar fatores de risco
para doenças influenciadas
pelo ambiente físico e
considerar situações de
proteção e/ou conflito.

Somente após o diagnóstico de normalidade que

deve ser elencado alguma patologia encontrada.

Crescimento Ao nascer, o recém-nascido pode apresentar:

Tabela de pesos ao nascer:
O crescimento começa na vida intrauterina e Extremo baixo peso: < 1kg;
segue até a vida adulta. Muito baixo peso: 1,0-1,5 kg;
Baixo peso: 1,5-2,5kg;
O crescimento infantil é um indicador de saúde Peso normal: 2,5-4 kg;
da criança, pois tem dependência com fatores Macrossômico: > 4kg;
ambientais, como alimentação, ocorrência de
doenças, cuidados gerais e de higiene, acesso a
serviços de saúdes etc. A criança deve perder 10% do peso ao nascer,
mas recupera esse peso com até 10 dias.
O ganho mensal médio de peso de 0 a 24
ANTROPOMETRIA meses é:
O crescimento exprime aspectos de maturação Idade Gramas/ Mês
que podem ser avaliados por antropométricas, Primeiro ano 1º trimestre 700
que são o conjunto de técnicas utilizadas para de vida 2º trimestre 600
medir o corpo humano ou suas partes; 3º trimestre 500
Quando as medidas são correlacionadas entre si 4º trimestre 400
Segundo ano 1º trimestre 200
ou com outros indicadores, como a idade,
de vida 2º ano de vida 180
obtém-se os índices antropométricos, cuja
principal finalidade é permitir a comparação dos
dados individuais com os de uma população de A fórmula que estima o peso em uma criança
referência; de 3 a 11 anos de idade:
o Peso/idade; Peso = (idade x2) + 9
o Altura/idade;
o Perímetro encefálico/idade;
o Índice de massa corpórea (IMC). Comprimento
A régua antropométrica é usada até,
aproximadamente, os 2 anos. A partir dessa
Peso
idade, a altura é aferida com a criança em
posição ortostática.

Figura 1- Técnica de aferição do comprimento. (Fonte:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_
analise_dados_antro-pometricos.pdf)

Normalmente, o comprimento ao nascer é de:

 Meninos: 50 cm;
Figura 2- Mensuração do perímetro cefálico. (Fonte:
 Meninas 49 cm. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_
analise_dados_antro-pometricos.pdf).
O crescimento estatural médio do nascimento à
puberdade é: O crescimento médio do perímetro encefálico é:

Idade Centímetros/ ano Idade Centímetros

Primeiro ano de vida 25 Primeiro ano 1º trimestre 5
Segundo ano de vida 10 de vida 2º trimestre 5
Terceiro ano de vida 10 3º trimestre 2
Do quarto ano de vida 6 4º trimestre 1
até a puberdade Segundo ano de vida 2

A fórmula que estima a altura em uma criança

de 3 a 11 anos de idade:
Estado Nutricional
Altura: [(idade – 3) x 6] + 95 As curvas de referencias são utilizadas como um
estudo multicemico sobre o crescimento infantile.
As mais utilizadas são:
Perímetro encefálico
 Percentil: National Center Health Statistics
É aferido com uma fita métrica, da proeminência (NCHS) 1977, EUA;
occipital, passando por cima das orelhas e  Escore Z: Organização Mundial da Sáude
encurvando na fronte, próximo as sobrancelhas. (OMS) – estudo multicêntrico sobre o
O perímetro cefálico normal varia de: crescimento infantil para atualização das
curvas de referência.
o Em recém-nascidos: 33 a 37 cm (média
35 cm); Escore Z Percentil
o Em adultos: 55 a 57 cm Z -1: Percentil 0,1
Z -2: Percentil 3
Z 0: Percentil 50
Z+2: Percentil 97
Z +3: Percentil 99,9
No estado nutricional, são analisadas 3 curvas: Não >95% >90%
desnutrido
 Perímetro encefálico/ idade: até 2 anos;
Desnutrição >95% <90%
 Peso/ Comprimento ou estatura: até os aguda
5 anos; (Wasted)
 Peso/ Idade: até os 10 anos; Desnutrição <95% >90%
 Comprimento/ idade: até os 2 anos pregressa
 IMC/ Idade: até os 19 anos. (Stunted)
Desnutrição <95% <90%
crônica
(Stunted and
Wasted)

Classificação de Gómez:
Classificação Peso/ idade
Não desnutrido >90%
Desnutrição 1º grau 76-90%
Desnutrição 2º grau 61-75%
Desnutrição 3º grau < ou igual a 60%

Desenvolvimento
Neuropsicomotor
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento pode ser conceituado como
o processo imutável de ganho de habilidades que
a criança ganha de acordo com sua idade.
Ele acontece em direção craniocaudal e
proximal-distal, das aquisições mais simples para
Escore Z
as mais complexas.
Na curva do escore-Z, a mediana é o valor do Z
Os marcos do desenvolvimento são usados
zero. Para fazer a avaliação de desnutrição,
como orientação para saber se a criança está
deve-se aplicar a seguinte formula:
tendo o desenvolvimento neuropsicomotor
Valor do peso ou da estatura/ Valor da mediana adequado par a sua idade.
do peso ou da estatura) x 100
Mês Marco do Desenvolvimento
Classificação de Waterlow: Limite
2 Observa um rosto
Classificação Estatura/ Peso/
Segue objetos ultrapassando a
Idade Estatura
linha média (em geral, em direção
a boca)
 Reage ao som
Vocaliza (emite sons que não são
A maioria dos reflexos primitivos somem até os
choro)
6 meses de vida:
Eleva a cabeça e mantem a 45º
Sorri espontaneamente
4 Observa sua própria mão
Segue com o olhar até 180º
Grita
Senta com apoio, sustenta a
cabeça
Agarra um brinquedo quando
coloca em sua mão
6 Tenta alcançar um brinquedo
Procura objetos fora do alcance
Volta-se para o som
Rola o leito
Inicia uma interação (tenta chamar
a atenção por meio de sorriso,
vocalização, gestos)
9 Transfere objetos de uma mão
pra outra
Pinça polegar-indicador
Balbuciar
Senta sem apoio
Estranhamento (tem preferência
por pessoas do seu convívio)
Brinca de “esconde-achou”
(entendimento de permanência)
12 Bate palmas, acena
Combina sílabas
Fica em pé
Pinça completa (polpa-polpa)
REFLEXOS PRIMITIVOS DO RECÉM-NASCIDO
 Reflexo da Marcha (0-2 meses): inclinação
anterior
 Reflexo de Colocação/ Placing/ Degrau
(0-2 meses): flexão dos MMII ao colocar
o dorso do pé em uma elevação;
 Reflexo de Galant (0-2 meses): estimulo
na lateral das costas causa uma flexão do
tronco;
 Reflexo de preensão palmar (0-3 meses);
 Reflexo Tônico cervical assimétrico (0-4
meses): virar a cabeça a 90º, com o bebe
em decúbito dorsal, o MS ipsilateral sofre
extensão e o MS contralateral sofre
rotação e flexão;
 Reflexo da sucção (0-5 meses):
introdução do dedo entre os lábios,
desencadeando a sucção;
 Reflexo de Moro (0-6 meses): tapinha no
abdome, abaixar a cabeça rapidamente
ou levantar a pelve rapidamente;
 Reflexo de preensão plantar (0-10 meses);
 Reflexo de Babinski (0-13 meses): ao
pressionar a sola do pé, o dedão do pé
da criança se movimente para cima.

15
Segura o copo ou a mamadeira
Primeiras palavras Vacinação
Primeiros passos
É ativa e curiosa Vacina BCG
18 Anda A vacina BCG também aumenta a imunidade
Rabisca contra a hanseníase, pois tanto ela quanto a
Obedece a ordens tuberculose são ocasionadas por bactérias do
Nomeia objetos gênero Mycobacterium spp. (proteção cruzada).
24 Sobe escadas
Corre Por isso, ela também pode ser indicada em
Formula frases simples comunicantes domiciliares de hanseníase, como
Retira uma vestimenta quimioprofilaxia.
Tenta impor sua vontade
Caso o indivíduo não tenha a marca no braço e Vacina da Poliomielite
nem a comprovação que tomou a vacina BCG,
A vacina da poliomielite promove uma vacinação
ele deve tomá-la.
de rebanho, pois as gotículas e aerossóis do
imunizado podem imunizar as pessoas ao seu
redor.
Vacina do Rotavírus
A vacina da poliomielite é feita por via oral e tem
A primeira dose da vacina contra o rotavírus só
excreção fecal, e por ser com um agente
pode ser feita entre 1 mês e 15 dias até 3 meses
atenuado, pode contaminar familiares
e 15 dias, e a segunda dose só pode ser feita de
imunossuprimidos, sendo contraindicada para
3 meses e 15 dias até 7 meses e 15 dias, caso
crianças que vivem com esses indivíduos. Ela
tenha recebido a primeira dose.
deve ser adiada em quadros febris e diarreia e
A vacina do rotavírus protege contra o sorotipo vômito.
G1 do grupo A, fazendo uma proteção cruzada
contra os sorotipos G2, G3, G4 e G9.
Vacinas Pneumocócica e Meningocócica
Contraindicações especificas, pois, essa vacina
está relacionada com a invaginação intestinal: Caso a criança não tome a 2ª dose das vacinas
pneumocócica e meningocócica, ela deverá
o Doença gastrointestinal crônica;
tomar somente a dose de reforço com 1 ano de
o Má-formação congênita de TGI;
idade, sem aplicação da 2ª dose.
o Invaginação intestinal.
Vacina da Febre Amarela
Vacina da Influenza
As vacinas da febre amarela e tríplice viral devem
ser tomadas com um intervalo de no mínimo 30 A vacina influenza deve ser feita anualmente,
dias. para os pacientes de grupo de risco para gripe
mais grave: crianças de 6 meses até 6 anos,
adultos de 55 a 59 anos, idosos, pacientes com
doenças crônicas e imunossuprimidos.
VACINAS PARA RECÉM-NASCIDOS E CRIANÇAS
AO Vacina Prevenção Dose
NASCER BCG (Bacilo de Formas graves da TB Única
Calmette e
Guérin)
Hepatite B Hepatite B Única

Vacina Prevenção Dose

Penta Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite 1ª
e infecções por Haemophilus influenzae B
2 Vacina inativa da Poliomielite (paralisia infantil) 1ª
MESES poliomielite
Pneumocócica 10 Pneumonia, otite, meningite e outras doenças 1ª
valente causadas por Pneumococos
 Rotavírus Diarreia por rotavírus 1ª

3 MESES Vacina Prevenção Dose

Meningocócica C Doença meningocócica C 1ª

Vacina Prevenção Dose

Penta Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite 2ª
e infecções por Haemophilus influenzae B
4 Vacina inativa da Poliomielite (paralisia infantil) 2ª
MESES poliomielite
Pneumocócica 10 Pneumonia, otite, meningite e outras doenças 2ª
valente causadas por Pneumococos
Rotavírus Diarreia por rotavírus 2ª

5 MESES Vacina Prevenção Dose

Meningocócica C Doença meningocócica C 2ª

Vacina Prevenção Dose

Penta Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite 3ª
e infecções por Haemophilus influenzae B
6 MESES Vacina inativa da Poliomielite (paralisia infantil) 3ª
poliomielite
Influenza Influenza (Influenza A – H1N1 e H3N2, e influenza Anualmente
B)

9 MESES Vacina Prevenção Dose

Febre Amarela Febre amarela Única

Vacina Prevenção Dose

Tríplice Viral Sarampo, caxumba e rubéola 1ª
(VTV)
12 MESES Pneumocócica 10 Pneumonia, otite, meningite e outras doenças Reforço
valente causadas por Pneumococos

Meningocócica C Doença meningocócica C Reforço

Vacina Prevenção Dose

DTP Difteria, tétano e coqueluche 1º Reforço
Vacina Oral da Poliomielite (paralisia infantil) 1º Reforço
15 MESES
Poliomielite
 Hepatite A Hepatite A 1ª
Tetra viral Sarampo, rubéola, caxumba e varicela 2ª VTV
(tríplice viral + 1ª Varicela
varicela)

Vacina Prevenção Dose

DTP Difteria, tétano e coqueluche 2º Reforço

4 ANOS Vacina Oral da Poliomielite (paralisia infantil) 2º Reforço

Poliomielite
Varicela Varicela 2ª
Atenuada
Febre Amarela Febre amarela Reforço

VACINAS PARA ADOLESCENTES

MENINAS Vacina Prevenção Dose
DE 9 A 14 HPV Papiloma vírus humano (6,11,16 e 18), que causa 2 doses com
ANOS canceres e verrugas genitais 6 meses de
diferença

MENINOS Vacina Prevenção Dose

DE 11 A 14 HPV Papiloma vírus humano (6,11,16 e 18), que causa 2 doses com
ANOS canceres e verrugas genitais 6 meses de
diferença

Vacina Prevenção Dose

11 A 14 Meningocócica C Doença meningocócica C Única ou de
ANOS reforço

Vacina Prevenção Dose

Hepatite B Hepatite B 3 doses

10 A 19 Febre Amarela Febre amarela Única, se

ANOS nunca tiver
sido vacinado
 Dupla adulta Difteria e tétano 3 doses,
reforço a cada
10 anos
Tríplice Viral Sarampo, caxumba e rubéola 2 doses

Alimentação Tomar cuidado com alimentos lisos e/ou

redondos, pois há risco de engasgo. Pipoca é
contraindicada até os 4 anos.
O Ministério da Saúde publicou 12 passos para
uma alimentação saudável:
1. Aleitamento materno exclusivo até os 6 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
meses de vida; O incentivo e o apoio ao aleitamento materno
2. Oferecer alimentos in natura ou devem ocorrer no pré-natal, na sala de parto, no
minimamente processados a partir dos 6 alojamento conjunto e apossa alta hospitalar,
meses, mantendo o aleitamento materno bem como nas unidades de alto risco que
até os 2 anos: atendem o recém-nascido.
a. 3x ao dia, se ainda receber leite
materno; Definições:
b. 5x ao dia, se estiver desmamada. Aleitamento Materno
3. Oferecer água própria para consumo, ao Exclusivo Apenas leite materno,
invés de sucos e refrigerantes; ordenhado ou não, ou leite
4. Oferecer, inicialmente, comida pastosa; humano de outra fonte
5. Não oferecer açúcar e nem preparações Predominante LM + outros líquidos
contendo açúcar até os 2 anos de vida; (água, chás)
6. Não oferecer alimentos ultra Complementado LM + alimentos sólidos ou
processados; sem isólidos
7. Cozinhar a mesma comida para a criança Misto/ Parcial LM + fórmula
e para a família;
8. Zelar para que a hora da alimentação seja Benefícios do AM exclusivo
um momento de experiencias positivas;
9. Prestar atenção aos sinais de fome e de o Diminuição da mortalidade infantil
saciedade; (imunoglobulinas);
10. Cuidar da higiene em todas as etapas da o Diminui risco de infecções;
alimentação; o Diminui risco de alergias;
11. Oferecer à criança alimentação adequada o Diminui o risco de HAS, dislipidemia e DM;
e saudável também fora de casa; o Reduz risco de obesidade;
12. Proteger a criança da publicidade dos o Melhora desenvolvimento cognitivo;
alimentos. o Melhor desenvolvimento da cavidade oral;
o Promoção do vínculo mãe-filho;
Deve-se eliminar a mamadeira noturna, pois há o o Menores custos financeiros;
risco de broncoaspiração durante a noite. o Proteção câncer de mama – mãe.
Técnica de Pega Adequada Deve-se pedir a mãe que esvazie primeiramente
uma mama, para só assim mudar para a outra
mama, pois o leite posterior é o mais calórico e
mais rico em gordura.

Colostro Leite de Leite

transição maduro
Produção: Primeiros 5 6º a 15º A partir do
dias dia 25º dia
Aparência Transparent Mais Consistente
e ou volumoso e
amarelado esbranquiça
do
Composiç Proteínas Menos Gorduras;
ão: Imunoglobuli proteínas; Nutrientes
nas Mais
gordura e
carboidrat
os
Fases do Leite Materno
O leite materno tem muitos hormônios, enzimas CONTRA-INDICAÇÕES DO ALEITAMENTO
e anticorpos que atacam infecções, mas há MATERNO
uma pobreza de vitamina D, devendo ser
Absolutas:
suplementado.
o HIV;
No primeiro ano de vida, suplementa-se: o HTLV 1 e 2;
o Galactosemia;
 Vitamina D a partir da primeira semana de o Psicose puerperal;
vida até 2 anos de idade: deve-se usar o Drogas anti-neoplasicas;
o 2 gotas (400 Unidades) até 1 ano o Drogas contra-indicadas;
de vida, e; o Galactosemia (bebe).
o a partir disso usa-se 3 gotas (600
unidades, .não sendo disponibilizada Relativas/ Temporárias:
pelo SUS. o Hepatite B;
 Ferro a partir de 6 meses, se o RN tiver o Herpes 1 e 2;
fator algum fator de risco pode-se o Varicela (5 dias antes e 2 dias após o
parto);
suplementar a partir de 3 meses.
o Hanseníase e tuberculose;
o Profilática: 1-2 mg /Kg/dia; o Citomegalovírus (Ig < 32 sem);
o Tratamento: 4-6 mg/Kg/dia. o Câncer de mama avançado;
O leite de vaca a apresenta mais sais (potássio, o Drogas de abuso.
cálcio e fosforo) e proteínas (caseína é
alergênica), ou seja, mais solutos que
sobrecarregam os rins. Tem pouco ferro e Em mães com tuberculose, deve-se fazer o
imunoglobulinas. aleitamento materno com o uso de máscara.
Uso de drogas:
Recomendações quanto ao tempo de
interrupção do aleitamento materno após
consumo de drogas de abuso
Droga Período
recomendado de
interrupção da
amamentação
Anfetaminda 24-36 horas Algumas orientações:
Ecstasy
Barbitúricos 48 horas o 2ª papa principal: 7 meses de vida;
Cocaína 24 horas o A partir de 9 meses, a criança já pode
Crack receber alimentação básica da família
Etanol 1 hora por dose ou até desde que não seja muito temperada;
estar sóbria o A partir de 1 ano, alimentação da família.
Heroína 24 horas
Sucos devem ser evitados, pois tem relação
Morfina
com obesidade no futuro, em virtude da
LSD 48 horas
quantidade de frutose dentro deles.
Maconha 24 horas
Fenciclidina 1-2 semanas O suco deve ser adicionado partir de 1 ano, 10
mL/dia, sempre após almoço ou jantar, preferir
ALIMETAÇÃO COMPLEMENTAR sucos cítricos para ajudar na absorção de
vitamina C.
Alimentos complementares x alimentos de
desmame Após Após Após
completar 6 completar 7 completar 12
Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, a meses meses meses
alimentação complementar deve-se começar a LM sob livre LM sob livre LM, fruta,
partir de 6 meses, mesmo as crianças em demanda demanda cereal ou
aleitamento artificial, em virtude do tubérculo
desenvolvimento de alergias alimentares Papa de fruta Papa de fruta Fruta
Papa salgada Papa salgada Refeição
Entretanto, nesses casos, o Ministério de Saúde básica da
cita poder começar com 4 meses família
o As frutas devem ser oferecidas in-natura
o A papa principal deve ser oferecida aos 6 Alimentos contraindicados no 1 ° ano
meses e deve conter um tipo de cada
grupo de alimentos (cereais, leguminosas, o Mel (botulismo);
proteínas, hortaliças verdes e coloridas) o Alimentos processados (extrato de
o A papa deve ser amassada com garfo, tomate, queijos, pães);
inicialmente em consistência de purê (na o Alimentos ultraprocessados (Danones,
colher) compostos lácteos, biscoitos, chocolates,
o Não deve conter sal e nenhum tempero achocolatados, refrigerantes, petiscos,
artificial sucos artificiais, nissin miojo);
 o Café – estimulante do SNC;
o Leite de vaca (caseína pode causar
alergias).
Os alimentos hiperalergênicos (frutos do mar,
amendoim, ovo, trigo) devem ser ofertados
entre os 6 aos 9 meses de vida, pois há uma
intolerância imunológica na criança.
LACTENTES EM LEITE ARTIFICIAL:
Começar no primeiro dia com 10 mL e ir
aumentando mais 10 mL/ 3-3 horas por 7 dias.
Deve ser usado 1 medida por 30 mL de água.
Deve-se manter de 70-90 mL até chegar a 12
meses de vida, que se deve pela pequena
capacidade gástrica do bebe.
 Tipos de leite:
o Fórmula infantil - 1 medidor para
30ml de água
o Leite Integral em pó;
o Leite integral liquido
 Capacidade gástrica: 25-30ml/kg;
 Água nos intervalos, assim que começar
a usar a formula;
 Alimentos complementares: 4 - 6 meses.
Fórmulas
Até 6 meses, usa-se a formula de partida. Ao
completar 6 meses, usa-se a formula de
seguimento.
 Há formulas sem lactose (SL), para
crianças intolerantes a lactose;
 Há formulas a base de soja (Soy);
 Há formulas, sem a proteína do leite de
vaca, di-hidrolisadas proteicas (APLV);
 Há formulas para crianças prematuras.
Projeto Terapêutico Singular
Etapa 1
Sou Beatriz, tenho 16 anos e mãe de primeira
viagem. Foi uma mudança muito grande em
minha vida, pois nunca imaginei que pudesse
cuidar de uma criança. Minha gestação foi
complicada, meus pais não quiseram aceitar a
situação pois sentiam-se bastante
envergonhados. Apresentei infecções de urina
por duas vezes e no fim da gestação fiquei
inchada e com a pressão alta, precisei tomar
remédio e quase meu bebê nasceu
prematuro, mas felizmente consegui chegar
até o final.
Meu parto foi lindo, meu bebê chorou assim
que nasceu e imediatamente colocaram ele no
meu colo e pediram para que eu o
amamentasse. Eu tremia com medo de que
ele caísse dos meus braços. Foi um momento
muito especial para mim. Me asseram que a
primeira nota da vida dele foi 9 e 10, e que ele
nasceu forte e vigoroso.
Mas assim que chegamos em casa as coisas
não foram tão fáceis. Enzo era muito
esfomeado e chorava frequentemente. Meus
peitos racharam e a cada mamada dele eu
sentia muita dor. Apesar
das orientações do pediatra na alta da
maternidade, de que deveria dar de mamar de
três em três horas, Enzo mamava em
intervalos menores que isso e eu vivia muito
cansada. Minha vizinha falou que ele chorava
de fome e me ensinou a dar mamadeira de
leite com amido de milho. Eu acho que era
fome pois realmente ele dormiu melhor
mais tranquilo. Hoje Enzo está fazendo 6
meses e fui consultar pra saber se já posso
dar comida a ele
Etapa 2
Dr. José Maria, pediatra, logo quando soube
que eu dava mamadeira para o meu filho, e viu
 que as vacinas estavam atrasadas, me deu uma
bronca que me assustou. Ele disse que eu
estava fazendo tudo errado e eu me senti uma
péssima mãe. Ele não sabia as dificuldades que
eu enfrentava.
Ele examinou meu filho e disse que ele estava
pesando 11,5 Kg, medindo 70 cm e com o
tamanho da cabeça de 45 cm. Anotou na
caderneta de saúde dele esses valores e me
fez algumas perguntas sobre o que ele já tinha
aprendido a fazer e o que ainda não conseguia
fazer. Então ele liberou a gente, orientou a
dieta e pediu para reavaliar o Enzo com 1 mês
.
Etapa 3
Voltei ao consultório um mês depois, como
previsto. O Dr. José Maria perguntou se eu
consegui alimentar meu filho como ele tinha
orientado e eu disse que sim. Ele voltou a
medir o Enzo e perguntar sobre as coisas que
ele sabia e não sabia fazer. Ao fim da consulta
ele anotou de novo essas coisas
na caderneta do meu filho.
DIAGNÓSTICOS
Calendário vacinal desatualizado; Obesidade (pelo
escore Z – IMC); Fragilidade familiar.
METAS TERAPÊUTICAS
Curto Prazo
 Avaliar cartão vacinal e atualizá-lo o mais
breve possível;
 Orientar a retirada do amido de milho da
dieta da criança;
 Iniciar introdução alimentar
adequadamente: proteínas, cereais,
hortaliças, legumes e frutas amassadas.
Frequência de 3x ao dia, associado ao
aleitamento materno.
 Encaminhar a mãe para o apoio
psicossocial;
 Suplementação:
o Vitamina D 200 UI, VO, 2 gotas/dia,
uso continuo;
o Sulfato ferroso 125 mg/Ml, VO, 12
gotas/ dia, uso continuo;
o Vitamina A 100.000, VO, 1 cápsula,
dose única.
Médio Prazo
 Realizar puericultura de rotina aos 9
meses de idade;
 Avaliar e o crescimento e
desenvolvimento da criança estão
acontecendo de forma adequada.
 Manter suplementação de vitamina D e
de sulfato ferroso, adequando doses se
necessário;
 Manter cartão vacinal atualizado;
 Avaliar fragilidades familiar
Longo Prazo
 Manter consultas de puericultura
 Avaliar cartão vacinal;
 Adequar o peso/idade dentro da curva de
Z score;
 Avaliar situação familiar, juntamente com
a equipe multidisciplinar;
 Reavaliar suplementação de acordo com
idade.
Reavaliação
 Reavaliar fragilidades familiares;
 Reavaliar adesão das orientações obtidas
nas consultas de puericultura;
 Reavaliar se o cartão vacinal está
adequadamente em dia.
Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança:
crescimento e desenvolvimento /
Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2012.272 p.: il. – (Cadernos de
Atenção Básica, nº 33)
2. MARTIN, Camilia R. Nutritional composition
of human milk and preterm formula for
the premature infant. UpToDate. 2022.
3. MEEK, J.; ABRAMS, S. A.; HOPPIN, A. G.
Infant benefits of breastfeeding.
UpToDate. Waltham: UpToDate. Accesed,
v. 25, 2020.
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Programa
Nacional de Imunização. Anexo V:
instrução normativa referente ao
calendário nacional de vacinação 2020.
2019.
5. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira
de Pediatria. – 2.ed. – Barueri, SP: Manole,
2010.

Fontanela anterior: fechar até os 9-18 meses, e

nunca deve nascer fechada;
Fontanela posterior: nascer fechada, ou fechar
até os 3 meses
Ao nascimento: vitamina K IM
A partir do nascimento: vitamina D IO
A partir dos 6 meses até os 2 anos: ferro