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Avaliação Nutricional,

Fluxogramas e
Indicadores clínicos
Nutricionista Daniella S. Galego
Consultora Científica Nestlé
Pós Graduada em Nutrição Pediátrica - Boston University
Especialista em Nutrição Clínica e Hospitalar – ASBRAN
Avaliação Nutricional
A Avaliação Nutricional em Pediatria é sempre objetiva e individual.

Abrange:
1. Métodos diretos:
- Avaliação antropométrica (composição corporal)
- Exame físico
- Avaliação de exames bioquímicos / laboratoriais

2. Métodos indiretos
- Avaliação de consumo alimentar

A avaliação dos parâmetros acima tem por objetivo identificar lactentes e crianças
com desnutrição ou obesidade, ou com risco nutricional.
Avaliação Nutricional

ANTROPOMETRIA
Avaliação Nutricional
A Antropometria utiliza parâmetros:

 Peso – parâmetro que tem maior velocidade de mudança, principalmente em


relação a idade, o que o torna mais sensível aos agravos nutricionais tanto
agudos quanto crônicos.

 Comprimento (≤24 meses) / estatura (> 24 meses) – parâmetro com maior


variação frente a agravos nutricionais mais prolongados, crônicos. Até os 2 anos
de idade é possível a recuperação se o estado nutricional for restabelecido.

 Perímetro cefálico – parâmetro utilizado até os 36 meses. Até os 6 meses tem


relação direta com tamanho do encéfalo, indicando crescimento adequado.
Última medida a ser comprometida em casos de desnutrição.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Avaliação Nutricional
Para a avaliação da composição e da distribuição da gordura corporal são utilizados
métodos de medição, tais como:

 Circunferências - identificar crianças com maior risco de desnutrição ou obesidade, e


doenças associadas as alterações destes compartimentos.
- circunferência braquial
- circunferência abdominal

 Pregas cutâneas - informam as alterações em massa magra e gorda.


- prega cutânea tricipital (PCT)
- prega cutânea subescapular (PCSE)

Podem ser utilizadas como parâmetros alternativos em casos de impossibilidade


de aferição de peso e estatura.
Antropometria

Lactentes
(nascimento até 2 anos)
Lactentes

Idade Gestacional e Peso ao Nascer


Classificação para IG Percentil
Pequeno para IG < P10
Adequado para IG P10 a P90
Grande para IG > P90

Marcondes et al (2002)

Battaglia e Lubchenco (1967)


Antropometria
Peso - lactentes

Deve ser obtido com o lactente completamente despido em


balança tipo pesa-bebê (mecânica ou eletrônica),
com divisões de 5 a 10 gramas (peso máximo de 16 Kg).

Em alguns casos, se a criança está com frio ou no caso de


onde não seja permitido que o bebê seja pesado nu,
deve-se envolver o bebê com um cobertor utilizado para tarar a balança.

Nos primeiros dias, o recém-nascido pode perder até 10% do peso de nascimento,
a ser recuperado até 10 dia de vida.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Antropometria

Comprimento - lactentes

Deve ser aferido com o lactente despido, deitado sobre


uma superfície plana, utilizando um infântometro ou
regra antropométrica milimetrada, com auxílio de pelo
menos dois examinadores para ajuste da cabeça, corpo
e dos pés do lactente a 90 graus (Plano Vertical de Frankfurt).

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Antropometria

Perímetro Cefálico

Deve ser obtido com a fita que deve ser colocada logo
acima das sobrancelhas, com a marcação zero posicionada
no lado mais próximo do profissional.

Na parte de trás da cabeça, a fita deve ser


posicionada sobre o ponto máximo de protuberância do crânio.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Curvas de crescimento
As curvas de crescimento permitem uma avaliação seriada do
peso e comprimento/estatura através do tempo.

A utilização das curvas, em pelo menos três mensurações


sucessivas de peso e comprimento/estatura, com intervalos
compatíveis com sua velocidade de crescimento em função da
idade, permite aferir se a criança está em risco nutricional.

 Peso por Idade

 Peso por comprimento WHO, 2006

 Comprimento por idade

 IMC por idade

 Perímetro cefálico por idade


Programa Anthro

Anthro (WHO, 2006) para crianças menores de 5 anos

https://www.who.int/childgrowth/software/anthro_pc_manual_v322.pdf?ua=1
Índices Antropométricos
Índice Interpretação
Antropométrico
Peso para idade Expressa a relação entre a massa corporal e a idade.
Avalia a desnutrição, porém não determina se o déficit é recente ou de
longo prazo.
Peso para Expressa a harmonia entre a massa corporal e comprimento/altura.
comprimento/ Aponta o excesso ou o déficit de peso para determinado
estatura comprimento/estatura, sendo sensível às alterações nas variáveis.
IMC para idade Expressa a relação entre a massa corporal e o comprimento/altura, sendo
utilizado principalmente para identificar o excesso de peso.
Estatura para Indica o crescimento linear e reflete os efeitos cumulativos da situação de
idade saúde e nutrição em longo prazo, ou seja, o déficit neste índice deve ser
interpretado como uma condição crônica.
Perímetro cefálico: Reflete o o desenvolvimento cerebral do lactente para idade

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Índices Antropométricos

Lactentes 0 a 2 anos

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Classificação do Estado Nutricional

Protocolos do Sistema de Vigilância


Alimentar e Nutricional – SISVAN, 2008.
Antropometria

Crianças
(3 a 10 anos )
Antropometria
Peso – crianças

Utiliza-se balança do tipo plataforma para adultos, com divisões


de no mínimo 100 g.
A criança deve ser posicionada de costas para o medidor da
balança descalça, com o mínimo possível de roupas, no centro do
equipamento, ereta, com os pés juntos e os braços estendidos ao
longo do corpo.

Deve ser mantida parada nessa posição até que se complete a


aferição.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Antropometria
Estatura - crianças

Criança deve ser mantida de pé e a aferição com estadiômetro.


O antropômetro vertical, se fixado - numa parede lisa e sem rodapé, deve estar
posicionado a uma distância correta do chão, para garantir a leitura fidedigna da estatura.

CRIANÇA deve:
 estar descalça
 colocada no centro do equipamento,
 cabeça livre de adereços, erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos.
 de pé, ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo
 calcanhares, os ombros e as nádegas devem estar em contato com o antropômetro,
 porções internas dos ossos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna dos joelhos
 pés unidos formando um ângulo reto com as pernas.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Curvas de crescimento

Para crianças acima de 2 anos de idade, o


referencial para classificação do estado
nutricional nas curvas de nascimento são:

 Peso por Idade (3 a 10 anos)

 Peso por Estatura (3 a 5 anos)

 Estatura por idade (3 a 10 anos)

 IMC por idade (3 a 10 anos)


WHO, 2006
 Perímetro cefálico – a partir de 3 anos não
é mais um referencial usado.
WHO, 2007 – acima de 5 anos
Programa Anthro e Anthro Plus

Anthro (WHO 2006) para crianças menores de 5 anos


Anthro Plus (WHO, 2007) para crianças dos 5 aos 19 anos

https://www.who.int/childgrowth/software/anthro_pc_manual_v322.pdf?ua=1
Índices Antropométricos

Crianças 3 a 5 anos Crianças 5 a 10 anos

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Classificação do Estado Nutricional

Crianças 3 a 5 anos

Protocolos do Sistema de Vigilância


Alimentar e Nutricional – SISVAN, 2008.
Avaliação Nutricional

Situações Especiais
Paralisia Cerebral (PC)
Novas Curvas de Crescimento Específicas para PC (NCEPC).

Têm como referência as curvas desenvolvidas anteriormente pelo Centers for Disease Control
and Prevention (CDC).

Contemplam os percentis para a idade referentes ao peso, estatura e IMC, para crianças e
adolescentes de ambos sexos, entre os 2 e 20 anos de idade.

Porém, a grande diferença reside no fato de que as Novas Curvas de Crescimento Específicas
para PC foram organizadas de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa
(GMFCS) nos 5 níveis de comprometimento motor.
Paralisia Cerebral (PC)
Estatura estimada para crianças com paralisias cerebrais (PC)

Para crianças com limitações físicas na faixa etária de 2 a 12 anos, as medidas de segmentos dos
membros superiores e inferiores permitem estimar a estatura com a utilização de equações propostas
por Stevenson (1995).

 comprimento superior do braço (CSB) - distância do acrômio até a cabeça do rádio, medida com o
membro superior fletido a 90 graus;
 comprimento tibial (CT) - distância da borda superomedial da tíbia até a borda do maléolo medial
inferior, feita com fita inextensível;
 comprimento do membro inferior a partir do joelho (CJ) - do joelho ao tornozelo.
Paralisia Cerebral

 Curva de crescimento de
2 a 20 anos:

Peso para Idade


Estatura para Idade
IMC para Idade

Brooks J, et al. Low weight, morbidity, and mortality in children with cerebral palsy: New clinical growth charts. Pediatrics.
2011;128:e299.
Síndrome de Down
Crianças com Síndrome de Down (SD) apresentam diferentes padrões de peso, estatura,

perímetro cefálico e Índice de Massa Corporal (IMC)

Recomendações do Ministério da Saúde:

- uso das curvas de crescimento desenvolvidas por Mustacchi (2002) para monitorar

crianças brasileiras com SD na faixa etária entre 0 e 24 meses.

- curvas de crescimento de Cronk et al. (1988) para crianças e adolescentes na faixa etária

entre 2 e 18 anos, estas curvas foram desenvolvidas para crianças com SD dos Estados Unidos

Novas curvas de crescimento na faixa etária entre 0 e 20 anos no Brasil, foram publicadas

por Bertapelli (2016).


Síndrome de Down
 0 a 36 meses:
• Peso para Idade
• Comprimento ara Idade
• Perímetro Cefálico para Idade

 2 a 18 anos:
• IMC para Idade

 3 a 20 anos:
• Peso para idade
• Estatura para idade

Bertapelli F, et al. Growth charts for Brazilian children with Down syndrome: Birth to 20 years of age. Journal of Epidemiology.
2016;27(6):265-273.
Classificação

Adaptado de Mustacchi (2002) e BERTAPELLI (2016)


Antropometria

PREGAS CUTANEAS
e
CIRCUNFERÊNCIAS
Circunferências
Circunferência Abdominal (CA) – Essa medida é mais utilizada
entre os adultos como ferramenta para avaliação do risco
cardiovascular. No entanto, devido à crescente prevalência da
obesidade infanto-juvenil, a CA pode ser utilizada para avaliar a
concentração de gordura abdominal.
Como referência à classificação da CA, é utilizada a tabela por
percentil proposta por Freedman et al (1999).

Circunferência do Braço (CB) – pode ser usada isoladamente como


instrumento de triagem ou para diagnosticar o estado nutricional
da criança, caso outro método não possa ser utilizado .

Como referência à classificação da CB, é utilizada a tabela por


percentil proposta por FRISANCHO et al (1990).

Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes. EDUFBA, 2012.


Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019
Circunferência Abdominal
Devido as modificações da composição corporal em função
do sexo, idade e maturação sexual, é necessário o emprego
de pontos de corte específicos.

Freedman et al (1999) estudaram a relação entre a


circunferência abdominal e valores de lipídios e insulina
séricos e estabeleceram o percentil 90 de cintura como
indicador de alteração metabólica.

Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019


Circunferência Braquial
Pode ser usada isoladamente como instrumento de triagem
ou para diagnosticar o estado nutricional da criança, caso
outro método não possa ser utilizado.

Indicador de risco de doenças e de distúrbios associados à


desnutrição ou excesso de peso.

Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes. EDUFBA, 2012.

Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019


Medidas CMB e AMB
Circunferência muscular do braço (CMB) – Medida derivada da circunferência do braço e da prega cutânea tricipital
(PCT), bom indicador da reserva do tecido muscular, apesar de não corrigir a área óssea.

CMB(cm) = CB – ( x PCT/10)

Área Muscular do Braço (AMB) - Medida também derivada da CB e da PCT, contudo avalia a massa muscular
corrigindo a massa óssea, refletindo, mais adequadamente, a verdadeira magnitude das mudanças do tecido
muscular do que a CMB .

AMB(cm²) = [CB – ( x PCT/10)]² 4 x

Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes. EDUFBA, 2012.


PREGA CUTÂNEA TRICIPTAL

Percentil para PCT - Frisancho, 1990

Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019


SOMATÓRIA DE PREGAS
As medidas mais utilizadas em crianças e
adolescentes são a prega cutânea tricipital (PCT) e
a subescapular (PCSE).

Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes. EDUFBA, 2012.

Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2019


Classificação

Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes. EDUFBA, 2012.


Avaliação Nutricional

Avaliação de consumo alimentar


Avaliação Nutricional

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Lactentes
(0 a 12 meses ou mais)

Indicadores de qualidade em terapia nutricional pediátrica. ILSI Brasil, 2017.


Crianças
(acima de 2 anos)

Indicadores de qualidade em terapia nutricional pediátrica. ILSI Brasil, 2017.


Avaliação Nutricional

EXAME FÍSICO
Avaliação Nutricional
Exame físico

A avaliação dos sinais e sintomas clínicos


permite identificar as manifestações que
podem estar relacionadas com uma
possível alimentação inadequada,
resultando em alterações no tecido
orgânico, na pele, nas mucosas, no
cabelo, nos olhos, entre outros.

Manual de avaliação nutricional e necessidade


energética de crianças e adolescentes.
EDUFBA, 2012.
Avaliação Nutricional

EXAMES BIOQUÍMICOS
Avaliação Bioquímica e Laboratorial
Os parâmetros bioquímicos e laboratoriais são utilizados como complementos dos
dados de história referentes aos exames físico, clínico e antropométrico, e auxiliam na
avaliação de risco, no diagnóstico e no acompanhamento nutricional.

Além disso, os exames bioquímicos e laboratoriais contribuem para o diagnóstico de


deficiência de micronutrientes, antes mesmo que os sinais e sintomas clínicos da
deficiência possam ser observados.

É importante ressaltar que a interpretação dos resultados dos exames deve sempre
levar em conta a condição clínica da criança, a condição nutricional prévia, a presença
de resposta inflamatória e equilíbrio hídrico.
Avaliação Nutricional

Concentrações de hemoglobina e hematócrito por sexo e


idade

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Avaliação Nutricional
Proteínas séricas

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Avaliação Nutricional
Concentrações plasmáticas e séricas de vitaminas, minerais

Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 2009
Avaliação Nutricional

Exames complementares para avaliação


laboratorial de crianças obesas

Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade


Brasileira de Pediatria. 2019
Avaliação Nutricional

Triagem Nutricional
STRONG kids
“Screening Tool for Risk on Nutritional Status and Growth”

Desenvolvida para triagem nutricional de crianças e adolescentes (de zero a 19 anos de idade),
logo após a admissão hospitalar.

Consiste em quatro itens, cuja somatória dos mesmos, fornece imediatamente o risco de desnutrição:
Parte 1:
 Risco relacionado à doença (doenças relacionadas ou cirurgias de grande porte)
 Avaliação subjetiva global
Parte 2:
 Alteração de ingestão alimentar
 Perda de peso

Hulst JM et al. Dutch national survey to test the STRONGkids nutritional risk screening tool in hospitalized children.
Clin Nutr 2009;29(1):106-11.
STRONG kids – PARTE 1
“Screening Tool for Risk on Nutritional Status and Growth”

Risco relacionado à doença Risco relacionado a cirurgias de grande porte


STRONG kids
“Screening Tool for
Risk on Nutritional
Status and Growth”

Adaptado de Hulst JM et al. 2009.


Fluxograma de Atendimento Nutricional
FLUXOGRAMA DE INDICAÇÃO DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL

TN = Terapia Nutricional
TNE = Terapia Nutricional Enteral
TNP = Terapia Nutricional Parenteral
TNO = Terapia Nutricional Oral

Gandolfo A, et al. Algorítimos de Nutrição Enteral na Pediatria / ILSI Brasil. Série de publicações
ILSI Brasil: força-tarefa de nutrição da criança. 2017; vol 6.
Indicadores Clínicos
( IQTN - Ref. ILSI 2017)
TAXA DE REALIZAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL

Importância: Identificar pacientes que apresentam risco nutricional durante a internação, por meio de questões
subjetivas relacionadas ao exame físico, apetite/ingestão alimentar, perda de peso, perdas fisiológicas (diarreia,
vômitos) e doença de base.

Cálculo: É a relação do número de pacientes triados nas primeiras 24 horas e o número total de pacientes
internados no mês.

Priorizar e iniciar a
Terapia Nutricional
de forma imediata
TAXA DE REALIZAÇÃO DE ANAMNESE ALIMENTAR INICIAL
Importância: A anamnese alimentar é uma importante ferramenta para o diagnóstico nutricional e o estabelecimento do plano
terapêutico. Tem como objetivos avaliar a adequação quantitativa e qualitativa da ingestão alimentar às demandas nutricionais
do paciente, direcionando para a introdução de terapia nutricional, quando necessária.

Cálculo: É a relação do número de anamneses alimentares realizadas em 72 horas a partir da internação e o número de pacientes
internados no mês.

Traçar ações para


adequação da TN
se necessário
TAXA DE REAVALIAÇÃO NUTRICIONAL PERIÓDICA
EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Importância: Verificar se o período estipulado entre avaliações está de acordo com a legislação vigente ou com os protocolos
da instituição, e analisar se a TN escolhida está alcançando o objetivo proposto, evitando, assim, tanto a subnutrição como a
superalimentação.

Cálculo: Conforme protocolo institucional, deve ser considerada a relação entre o número total de reavaliações efetuadas e o
número total de reavaliações a serem realizadas.

A TN escolhida está
contribuindo para
manutenção e
recuperação do EM
IMPORTANTE
A identificação e a intervenção precoce na desnutrição, por
meio de ferramentas recomendadas, possibilitam estabelecer a
conduta nutricional mais apropriada e melhora o desfecho Leia mais em:
clínico nestes pacientes.
Campanha “Diga não à
desnutrição Kids”
Isso mostra a importância do Nutricionista, que é o profissional
de saúde capacitado e habilitado para realizar a triagem de BRASPEN, 2019
risco nutricional em pacientes hospitalizados, ambulatórios,
home care, e outros serviços de assistência nutricional; bem
como elaborar o diagnóstico de nutrição, com base na avaliação
nutricional e estabelecer a prescrição dietética, com base nas
diretrizes do diagnóstico de nutrição.
(Resolução CFN 600 /2018)
Referências Bibliográficas

1. Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação nutricional da criança e do adolescente: manual de orientação. Departamento de Nutrologia. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Pediatria; 2009.
2. World Health Organization. WHO Child Growth Standards: Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-
for-age. Methods and development. Geneva: WHO; 2006.
3. World Health Organization. WHO Child Growth Standards for preschool children and the body mass index (BMI) cut-offs for adults. Methods and
development. Geneva: WHO; 2007.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional –
SISVAN na assistência à saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.– Brasília : Ministério da Saúde, 2008.
5. Frisancho AR. Anthropometric Standards for the assessment of growth and nutricional status. Ann Arbor: University of Michigan Press; 1990:189.
6. Brooks J, et al. Low weight, morbidity, and mortality in children with cerebral palsy: New clinical growth charts. Pediatrics. 2011;128:e299.
7. Stevenson RD. Use of segmental measures to estimate stature in children with cerebral palsy. Arch Pediatr Adolesc Med. 1995;149(6):658-62.
8. Cronk, C., et al. Growth charts for children with Down syndrome: 1 month to 18 years of age. Pediatrics. 1988; 81: 102-10.
9. Mustacchi, Z. Curvas padrão pôndero-estatural de portadores de síndrome de Down procedentes da região urbana da cidade de São Paulo. Universidade de
São Paulo: São Paulo 2002; 192.
10. Bertapelli F, et al. Growth charts for Brazilian children with Down syndrome: Birth to 20 years of age. Journal of Epidemiology. 2016;27(6):265-273.
11. Fontes, G.A.B; MELLO, A.L.; SAMPAIO, L.R. Manual de avaliação nutricional e necessidade energética de crianças e adolescentes : uma aplicação prática /
Adriana Lima Mello (org.). - Salvador : EDUFBA, 2012. 88 p.
12. Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Nutrologia. Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de
Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. 3ª. Ed. – São Paulo: SBP. 2019.
13. Hulst JM et al. Dutch national survey to test the STRONGkids nutritional risk screening tool in hospitalized children. Clin Nutr 2009;29(1):106-11.
14. Gandolfo A, et al. Algorítimos de Nutrição Enteral na Pediatria / ILSI Brasil. Série de publicações ILSI Brasil: força-tarefa de nutrição da criança. 2017; vol 6.
15. 16. Gandolfo A, et al. Indicadores de qualidade em terapia nutricional pediátrica. -- São Paulo : ILSI Brasil - International Life Sciences Institute do Brasil,
2017. -- (Série de publicações ILSI Brasil :força- tarefa nutrição da criança ; v. 2)
16. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. RESOLUÇÃO CFN Nº 600, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2018
Obrigada!

Daniella.Galego@br.nestle.com

Consultora Científica Nestlé

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