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Condições nutricionais

e avaliação do
crescimento e
desenvolvimento do
recém-nascido
Paula Paraguassú
PhD. Nutrição Clínica
Prof UCL Nutrição
Objetivo da Nutrição
• Promover saúde

• Suprir Necessidades Biológicas

• Minimizar perdas e maximizar qualidade de vida

Chemin, 2007

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Considerações
para o Plano Alimentar
Outras considerações:
• Fator Atividade,sexo e idade

• Doença

• Renda

• Questão Social
Fernández. Editora Artmed. 2ª Ed. Porto Alegre, RS, 2002

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Avaliação Nutricional de crianças (BRASIL, 2011)

• O crescimento e desenvolvimento ocorrem de forma pronunciada


nessa fase e são indicadores muito sensíveis da qualidade de vida de
uma população e da organização dos serviços de saúde.

• O processo de crescimento é influenciado por fatores intrínsecos


(genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre os quais se destacam a
alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com
a criança.
Crescimento é o processo global, dinâmico e contínuo, que se expressa pelo aumento da massa corporal.
Desenvolvimento é o processo pelo qual os seres vivos adquirem a capacidade de realizar tarefas cada vez
mais complexas.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1. História Nutricional
 Mudança de: apetite, ingestão e peso
 Tipo de dieta
 Sintomas gastrintestinais
 Intolerância e/ou alergias
 Uso de suplementos
 Relato da ingestão nas últimas 24 horas
 Nível socioeconômico
 Sintomas próprios de cada quadro clínico

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Métodos de Avaliação Nutricional
2. Exame Físico Nutricional
“O exame físico em criança é o melhor indicador da avaliação nutricional”.
 Nível de atividade física
 Brilho dos olhos
 Palidez das mucosas
 Espessura do tecido subcutâneo
 Edema
 Hepatomegalia
(Delgado, 1999)

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
3. Antropometria
A estimativa da composição corporal por meio de medidas antropométricas utiliza
medidas relativamente simples:

> Massa corporal e Estatura


> Perímetros
> Diâmetros ósseos
> Espessura de dobras cutâneas

 Associam-se a INDICADORES, ÍNDICES, GRÁFICOS E EQUAÇÕES:


• Indicadores de Peso/Altura (P/A)
• Índice de Massa Corporal (IMC)
• Relação Cintura Quadril (RCQ)
• Somatograma
• Equações de predição de gordura corporal (% G)

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Caderneta de saúde da criança
Cinco ações que integram a Caderneta de Saúde da Criança, relevante
para vigilância nutricional de crianças a fim de reduzir a mortalidade
infantil e desnutrição, a saber: (BARROS et al, 2009):
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento;
• Incentivo ao aleitamento materno;
• Controle das Infecções Respiratórias agudas;
• Controle das diarreias e terapia de reidratação oral;
• Controle das doenças imuno-preveníveis (imunização)
Curvas de crescimento

Você poderá obter todos os tipos de curvas de crescimento do NCHS a partir do site http://www.cdc.gov/growthcharts,
cujo acesso e download são gratuitos. No site http://www.who.int/childgrowth/ standards/en/, você encontrará as
novas curvas da OMS em percentis e em desvio-padrão
Assim, em 2007, a OMS publicou um novo
conjunto de curvas elaboradas a partir de um
referencial anterior, proposto em 2000 pelos
Centers for Disease Control (CDC), cujos dados
foram revistos e reprocessados de maneira a
atenuar os problemas anteriormente detectados
com sua utilização (DE ONIS et al, 2007).
Os passos para a antropometria e o
diagnóstico nutricional da criança
• 1º PASSO: Calcular a idade em anos completos e meses, fazendo as aproximações necessárias.
• 2º PASSO: Pesar e medir a criança, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados.
• 3º PASSO: Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN.
• 4º PASSO: Marcar nos gráficos de crescimento da Caderneta de Saúde da Criança o ponto de interseção
entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e entre o Índice de Massa Corporal e a idade da criança.
• 5º PASSO: Calcular o IMC da criança.
• 6º PASSO: Fazer o diagnóstico nutricional da criança, interpretando cada índice avaliado.
• 7º PASSO: Verificar a inclinação das curvas de crescimento para complementar o diagnóstico nutricional.
• 8º PASSO: Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da criança.
• 9º PASSO: Fazer a intervenção adequada para cada situação.
• 10º PASSO: Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter atitude de
vigilância!
Características do crescimento e do
desenvolvimento em cada fase da infância.
Indicadores preconizados
• A Caderneta de Saúde da Criança utiliza como parâmetros para avaliação
do crescimento de crianças (menores de 10 anos) os seguintes gráficos:
perímetro cefálico (de zero a 2 anos), peso para a idade (de zero a 2 anos,
de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), comprimento/estatura para a idade (de
zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), índice de massa corporal
(IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos)
(BRASIL, 2013).

• Para avaliar o estado nutricional de uma criança a partir das curvas de


crescimento, são utilizadas duas medidas para expressar a situação
nutricional e de desenvolvimento do indivíduo. São elas, o percentil e o
Escore-z (ENGSTRON, 2009).
MS, 2006
Classificação do recém-nascido por peso ao
nascer x idade gestacional.

• Idade corrigida: é a diferença entre a idade pós-natal menos o nº de semanas que faltou para completar a Idade Gestacional de 40
semanas.
• Exemplo: Um bebê que nasceu com 36 semanas, considerando uma gestão de 40 semanas faltaram 4 semanas (40 - 36 = 4). Assim,
quando esta criança completar a idade cronológica de 3 meses (12 semanas), sua idade corrigida será de 2 meses (8 semanas), e será ela
a anotada na curva de crescimento para sua avaliação.
Escore-z = (valor observado) – (valor da mediana de referência)
Desvio-padrão da população de referência
MS, 2006
MS, 2006
MS, 2006
Cartão da Criança, MS
Cartão da
Criança, MS
Métodos de Avaliação Nutricional
Peso atual
OBS: ascite, edema/anasarca, desidratação.

Peso habitual ou usual


- Recente alteração do peso
- Pacientes nos quais é difícil ou contra-indicado medir o peso atual

Mora et al, 1997

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Métodos de Avaliação Nutricional
Porcentagem de Perda de Peso

Peso habitual – Peso atual


Perda de Peso (%) = x 100
Peso habitual

Significância da Perda de Peso

Tempo Perda significativa Perda grave


1 semana 1 – 2% > 02%
1 mês 05% > 05%
3 meses 7,5% > 7,5%
6 meses 10% > 10%

Fonte: Blackburn GL & Bistrian BR, 1977


Métodos de Avaliação Nutricional

Circunferência muscular do braço


 Indicador do compartimento muscular esquelético e do protéico corporal.

 Medida da CB em seu ponto médio e a espessura da PCT.

Circunferência Muscular do Braço = CB – (PCT x 0,314)


(CMB)
cm mm

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Métodos de Avaliação Nutricional
4. Parâmetros Bioquímicos
 Essencial para caracterizar e quantificar a desnutrição.
5. Outras análises
 Avaliação da função imunológica
 Baixa Contagem Total de Linfócitos
 Anergia a testes cutâneos com antígenos comuns
 Alta sensibilidade
 Baixa especificidade
 Balanço nitrogenado
 Fornece um índice de ganho ou perda de proteína.

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Mortalidade e morbidade neonatal e infantil
• O baixo peso ao nascer (< 2.500 g) associa-se a maior mortalidade e
morbidade neonatal e infantil, sendo considerado um fator influente
na sobrevivência nos primeiros anos de vida.

• Existem fatores maternos relacionados ao baixo peso ao nascer como


tabagismo, uso de drogas lícitas ou ilícitas, hipertensão arterial,
doenças infecciosas crônicas, intervalo interpartal menor que 24
meses, gestação múltipla, partos cesáreos indicados precocemente,
desnutrição materna ou ganho de peso inadequado (BARROS, 2008).
Avaliação de recém-nascidos
• O primeiro momento de avaliação do estado nutricional infantil é ao
nascimento.
• É um importante indicador de saúde do recém-nascido, pois retrata
as condições do desenvolvimento fetal intrauterino, refletindo a
situação nutricional e metabólica materna.
• O peso ao nascer inadequado também prediz riscos à saúde a curto
prazo, como a maior morbimortalidade neonatal, desnutrição no
primeiro ano de vida, susceptibilidade à infecções, desconforto
respiratório e traumas durante o parto (TOURINHO; REIS, 2012).
Vamos desvendar o site do MS
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/
Exames Clínicos
 Complementam a anamnese, contribuindo para o diagnóstico, prognóstico, tratamento, monitorização e
prevenção da doença.
 Poderão ser analisadas amostras de sangue, urina e fezes.
 A interpretação dos resultados leva em consideração diversos fatores:
 Gênero,
 Idade,
 Situação clínica e Consulta só
 Terapêuticas atuais, presencial!!!!!!
 História clínica e
 Familiar.
Ética!!!!!
DEFICIÊNCIAS
NUTRICIONAIS
Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Vannucchi et al, 1996
Vannucchi et al, 1996
Vannucchi et al, 1996
Vannucchi et al, 1996
Paula Paraguassú
Screening Tool Risk Nutritional
Risco Nutricional Status and Growth (Strong Kids)

Instrumentos
Associação Brasileira de Nutrição, 2014.
Metodologia aplicada nas curvas de
crescimento da OMS
• Comparação das curvas da OMS x National Centre for
Health Statistics (NCHS) e OMS x Centers for Disease Control and
Prevention (CDC).

Comparação das curvas NCHS, CDC e OMS em crianças


de Oliveira et al, 2013.
Comparação das curvas NCHS, CDC e OMS em crianças
de Oliveira et al, 2013.
Velocidade de crescimento (VC)
• A velocidade de crescimento é outro indicador bastante sensível para
reconhecer desvios de crescimento infantil

Veggi,
2016
Idade Óssea
• Avaliação da maturação óssea hipofisária.
• São analisadas as radiografias dos ossos do punho e das mãos.
• Em menores de 1 ano são avaliados os ossos dos pés e quadril.

Veggi,
2016
Avaliação da composição corporal
• dobra cutânea triciptal
Diagnóstico complementar da obesidade
dobra cutânea subescapular

Diagnóstico complementar da obesidade


O valor do PC ao nascimento varia de 34 a 35 cm e seu
crescimento é mais rápido nos primeiros seis meses de
vida, alcançando, a seguinte evolução:

1º trimestre: 2cm/mês
2º trimestre: 1 cm/mês
3º trimestre: 0,5 cm/mês
Perímetro Braquial
Medida recomendada para triagem em crianças de 1 a 5 anos, quando
não é possível realizar aferição de peso e estatura. Essa medida avalia a
massa muscular (reserva proteica) e permite quantificar diferenças intra-
individuais durante o acompanhamento nutricional. Essa medida
representa o perímetro ocupado pelos tecidos ósseo, muscular e adiposo.

Perímetro Cefálico
Perímetro Torácico
Dessa forma, a relação entre Perímetro Torácico e Perímetro Cefálico é PT/PC = 1
no primeiro semestre de vida, uma vez que seus valores são praticamente iguais
(JALDIN et al, 2011). Dos seis meses a cinco anos, uma relação normal entre
PT/PC é maior que 1. Caso essa relação se apresente menor que 1, é indicativo de
desnutrição, já que o perímetro torácico não se desenvolve devido a atrofia
muscular torácica e redução da adiposidade (VITOLO, 2008).
Perímetro cintura

A medida da circunferência da cintura tem sido empregada não somente para adultos como indicador de
risco metabólico e cardiovascular, e em crianças e adolescentes os riscos associados ao excesso de
gordura abdominal vem sendo associados à hiperinsulinemia e aumento das lipoproteínas plasmáticas.
Diagnóstico complementar da obesidade
Circunferência braquial (CB)
• Medida recomendada para triagem em crianças de 1 a 5 anos
• Essa medida representa o perímetro ocupado pelos tecidos ósseo,
muscular e adiposo.
• Avalia a massa muscular (reserva proteica) e permite quantificar
diferenças intra-individuais durante o acompanhamento nutricional.
• Tem como vantagens, a simplicidade, facilidade e rapidez na coleta e
interpretação dos dados; boa aceitabilidade e baixo custo. Como
desvantagem é uma medida isolada de um segmento corporal, não
limitando um diagnóstico global.
Veggi, 2016
Veggi,
2016
Circunferência da cintura
• Indicador de risco metabólico e cardiovascular
• Os pontos de corte de Freedman parecem apresentar maior especificidade
para detectar hiperleptinemia, com menor número de falsos-positivos.

Veggi,
2016
Avaliação bioquímica
American Academy of Pediatrics,
2000
haptoglobina é uma
proteína presente no
sangue e onde a taxa
aumenta em caso de
reação inflamatória.

American Academy of Pediatrics,


2000
American Academy of Pediatrics,
2000
American Academy of Pediatrics,
American Academy of Pediatrics,
American Academy of Pediatrics,
American Academy of Pediatrics,
American Academy of Pediatrics,
Diagnóstico nutricional individual de crianças
• Avaliar o IMC/I: mais adequado da obesidade em todas as faixas etárias, inclusive em
crianças.
• Menores déficits estaturais e maiores déficits de peso para idade ao empregar a curva
NCHS, 1977.
• Curva do CDC pode superestimar a desnutrição e subestimar o excesso de peso em
crianças.
• Conclui-se que as curvas NCHS, 1977, e CDC, 2000, distorcem o diagnóstico nutricional das
crianças brasileiras.
• Assegurar o uso da referência OMS, 2006.
Diagnóstico nutricional coletivo
Vamos abrir o site do MS e
praticar:
Verifique na caderneta da criança ou nas curvas do MS.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cader https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pd
neta_saude_crianca_menino.pdf f/2018/agosto/17/caderneta-2018-menina.pdf

Menino S.L.P.: Menina J.P.T.:


Idade:02 m peso: 5 kg altura: 58cm Idade: 05 m peso: 07 kg altura: 65cm
Idade:10 m peso: 8 kg altura:75cm Idade:10 m peso: 09 kg altura: 76cm
Idade:24 m peso: 12 kg altura:85cm Idade:30 m peso:15 kg altura: 90 cm
Idade:4,5 anos peso: 22 kg altura:110cm Idade: 5 anos peso: 26 kg altura: 112 cm
MS, 2009
DIETA REALIZADA
HOJE X IDEAL

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Alimentação Atual
613kcal
454kcal

200kcal

412kcal

504 kcal
Influência da Mídia
DESNUTRIÇÃO
Desnutrição
Desnutrição: consequências em longo prazo e efeitos da
recuperação nutricional

Sawaya. v.20 n.58 São Paulo set./dez. 2006


Desnutrição
stunting = baixa estatura X wasting = peso

Sawaya, 2006
Consequências progressivas da depleção
protéica sobre a massa corpórea magra:
• SAÚDE = 100% de N corpóreo
• ↓ massa muscular estriada
• ↓ptn visceral (alb., transferrina, ptn de transporte)
• ↓ resposta imune
• ↓ cicatrização
• ↓ da função orgânica: intestino, fígado, coração, adaptação reduzida ao
estresse
• MORTE = 70% do N corpóreo
• ↓ Chances de recuperação devido à morte nitrogenada

Shills, 2002
Marasmo
Adaptação metabólica a um regime de economia.
Fome

 Insulina  Cortisol

Perda de tecidos corporais

Perda de tecido muscular Perda de gordura subcutânea

 Liberação de  Liberação de  Liberação de ácidos


glicose aminoácidos essenciais graxos

Fornecimento de Síntese de proteínas essenciais Produção de


energia para o SN para homeostase energia
Waitzberg, 2002
Kwashiorkor
Desadaptação metabólica provocada por um excesso relativo de
carboidratos em relação à proteína ingerida
Dieta pobre em proteína

 Glicose pós-prandial  Suprimento de aminoácido

1º =  insulina
? 2º = falta de substrato
anabólico
Preservação da massa muscular e
 Aminoácidos essenciais 
tecido adiposo
aminoácidos não essenciais

 Fornecimento de aminoácidos, ác. Graxos,


glicerol para o fígado
 Produção de β-  Produção de albumina
lipoproteína
Fígado gorduroso Edema
Waitzberg, 2002
Perfil da Avaliação Bioquímica no Kwashiorkor:
Hipoalbuminemia < 2.8 g/dl

Transferrina < 150 mg/dl

Leucopenia < 1500 linfócitos/mm3

Anergia cutânea aos antígenos de hipersensibilidade tardia

DEP MISTA (Kwashiorkor Marasmático)


Forma combinada de Marasmo e Kwashiorkor

Paciente marasmático submetido a um estresse

agudo ↑ índice de infecção e

outras Complicações

Waitzberg, 2002
Tratamento da DEP
A estratégia de tratamento pode ser dividida em 3 fases:

1°) Resolver as condições que ameaçam a vida: distúrbios hidroeletrolíticos (SRO);


infecções; alterações hemodinâmicas; anemia grave; hipotermia e hipoglicemia;
def. grave de Vit. A.

2°) Restauração homeostática de estado nutricional: Substituir os déficits teciduais


de nutrientes rapidamente e de forma segura, evitando rupturas metabólicas
deletérias.

Waitzberg, 2002
3°) Garantia de reabilitação nutricional:

- Após 2 a 3 semanas:
Introdução gradual de alimentos tradicionais →
Esse passo deve ser dado quando desaparecer o edema, melhora das lesões
cutâneas, paciente estiver ativo, apetite restaurado

- Estimulação emocional e física

Waitzberg, 2002
Diarréia

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Definição
 A diarreia aguda é aquela com duração até 14 dias.
Etiologia
 70% relacionados com contaminação alimentar.
Principais causadores:
Bactérias: Escherichia coli; Shigela spp; Salmonella spp; Vibrium cholerae; campylobacter jejuni
Protozoários: Giardia lamblia; Entamoeba histolytica e Criposporidium spp;
Vírus: Rotavírus
 A faixa etária de > incidência de diarréia é entre 7 e 28m com pico aos 9 m, devido à
alimentação complementar.

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Terapia de Reidratação Oral (TRO)
 TRO = Foi proposta com base no conhecimento do mecanismo de
absorção de água, glicose e sódio.

 Solução caseira=2 medidas grandes de açúcar e 1 medida pequena de


sal em um copo pequeno de água (Accioly, 2002).

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Condutas
 Oferecer de SRO após cada evacuação.
 Manter o aleitamento materno, ↑ frequência e duração das
mamadas.

 Criança AM exclusivo = Oferecer SRO, além do leite.


 Lactentes (até 2 anos) 50 a 100 ml
 Crianças maiores (2 a 10 anos) 100 a 200 ml

Paula Paraguassú
• Bebidas NÃO recomendadas: refrigerantes, sucos de fruta industrializados,
chá adoçado e café = Podem provocar diarreia osmótica.
• Manter a alimentação habitual da criança.
• Uso de alimentos com ↑ densidade energética; ↓ Volume e ↑ Frequência.
• Restrições alimentares e jejum são CONTRA INDICADOS.
• Suplemento de zinco (10 a 20mg) durante 10 a 14 dias: ↓ gravidade, duração
e ocorrência de novos casos de diarreia (fç imunológica).

Paula Paraguassú
Refluxo Gastroesofágico
 Movimento retrógrado do conteúdo gástrico em direção ao esôfago.
 É um processo fisiológico que ocorre após as refeições.
 Se torna patológico quando há frequência anormal do refluxo.
 Prematuros: Imaturidade fisiológica > prevalência
Quadro clínico:
 Vômito: Sintoma mais clássico
 Choro persistente após as mamadas
 Perturbação do sono
 Irritabilidade
 Recusa alimentar
Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Tratamento
Medidas posturais:
 Manter a cabeceira elevada (ângulo de 30º), principalmente no
período pós prandial.
 Evitar colocar a criança deitada logo após as refeições.
 Manter a criança em decúbito lateral direito ou dorsal durante as
horas de sono ou repouso.

Paula Paraguassú
Drª Nutrição Clínica
Características da dieta
 ↑ Fracionamento e ↓ volume das mesmas.
 Consistência : de acordo com a idade Ênfase em alimentos > espessamento
(semilíquida a pastosa).
 Crianças maiores: estimular a mastigação em trituração ↓ trabalho e a
produção de secreção gástrica.
 Preferir alimentos pré-cozidos e feitos em cocção úmida.
 Evitar temperaturas extremas nos alimentos: Retardo do esvaziamento
gástrico.
 Fibras: Evitar obstrução intestinal, ↑ a pressão abdominal.

Paula Paraguassú
O peso e altura estão adequados?

Menina:
 2 dias de idade: 48 cm e 3,2kg
 3 meses: 59cm e 5,4kg

Menino:
 2 meses: 57cm e 5kg
 10 meses: 70cm e 9kg

Acesse as tabelas pelo link:

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_vigilancia_alimentar.php?conteudo=curvas_de_crescimento
MS, 2006
Obrigadx!!!!!!

paula.paraguassu@celsolisboa.edu.br

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