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DE EDUCAÇÃO
AULA 04
AVALIAÇÃO NO
PROCESSO
ENSINO-
APRENDIZAGEM
Olá!
O que é a avaliação no processo ensino-aprendizado? A avaliação
escolar, também chamada de avaliação do processo ensino-aprendizagem
ou avaliação do desempenho escolar, tem como dimensão de análise o
desempenho do aluno, do professor e de toda a situação didática que envolve
o contexto escolar.
A avaliação escolar é vista como uma forma de diagnosticar a situação
de aprendizagem de cada aluno. Em outras palavras, sua função é verificar o
quanto os alunos tem aprendido do conteúdo ministrado. Nesta aula
abordaremos sobre os fundamentos conceituais, o seu objetivo e aplicação.
Bons estudos!
Nesta aula, você irá analisar como as modalidades de avaliação podem
contribuir no desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem. Sendo assim,
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá
são objetivos desta aula:
como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade
as
de conhecer três grandes doutrinas
Compreender da psicologia,
a avaliação behaviorismo,
como auxílio psicanálisenoe
ao educador
Gestalt, e as áreas de atuação do
desenvolvimento da psicólogo.
aprendizagem de seus educandos;
Analisar os desafios enfrentados pelos professores em relação à
Compreender o conceito de psicologia
avaliação da aprendizagem.
Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia
Conhecer as áreas de atuação do psicólogo.
4 AVALIAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: HISTÓRICO E
PARADIGMAS
Com base nos objetivos educacionais, Souza (2016) entende que o professor
encontrará a ferramenta de avaliação mais adequada para verificar se os objetivos de
ensino-aprendizagem foram alcançados. A partir da situação hipotética apresentada
acima, é possível perceber que a avaliação faz parte do processo educacional e é
uma importante ferramenta que permite acompanhar o desenvolvimento das pessoas
envolvidas neste processo.
Sendo assim, a avaliação educacional permite refletir sobre a tomada de
decisões relacionadas a questões pedagógicas que envolvem ações desenvolvidas
pela aprendizagem do professor e do aluno. Para Antunes (2012), a avaliação
necessita ser pensada em relação ao método, teoria e perspectivas educacionais
utilizadas. Com esse fim, o autor propôs algumas perspectivas:
Essas perspectivas para Souza (2016), devem ser levadas em conta quando
pensamos em avaliação educacional, ou seja, se não houver razão no ensino,
também não há razão na avaliação. Neste sentido, a avaliação não se confunde com
a medição, a verificação e o controle, destinados a sancionar, coagir ou hierarquizar
o aluno. Estamos cientes dos desafios que se colocam, mas ao mesmo tempo
esperamos melhorar o nosso sistema educativo, inclusive ao nível da avaliação
educacional, seja no nosso trabalho como professores ou alunos.
Segundo Dias Sobrinho (2002), a avaliação educacional passou a ser utilizada
a partir do século XVIII, principalmente na França, que vivia o momento pós-revolução
francesa, devido à institucionalização do ensino estruturado e constante à criação de
escolas modernas. A avaliação neste período esteve intimamente relacionada com a
avaliação da aprendizagem, pelo que não foi considerada, por exemplo, avaliação
curricular, avaliação de projetos ou qualquer outra forma de avaliação que não tivesse
em conta a aprendizagem dos alunos.
A avaliação educacional adquiriu diferentes significados em determinados
momentos históricos relacionados a questões como por que ou para que serve
educação e avaliação (VIANA, 2000). Souza (2016) trata também, especificamente,
da avaliação educacional no contexto estadunidense, em virtude das fortes influências
que esse sistema de avaliação exerceu sobre a educação brasileira.
Neste contexto, a avaliação foi inicialmente utilizada como uma medida de
verificação, de natureza quantitativa, com finalidade de classificação e medição. Esta
forma de avaliação como medida foi dominante desde o final do século XIX até parte
do século XX. Além disso, tem sido utilizada independentemente dos alunos
envolvidos e dos contextos em que ocorre.
Em plena Guerra Fria (início do século XX) a sociedade estadunidense passava
por profundas mudanças nos campos da ciência, tecnologia e comunicação de massa,
além de problemas geopolíticos que implicavam a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS), que se referia à parte do território onde a Rússia está localizada
(POPHAM, 1983). Foi a partir daí que a avaliação educacional começou a ganhar
novos rumos como: avaliação de projetos educacionais, desenvolvimento,
planejamento, embora não com a versidade necessária, avaliando ainda o
funcionamento de escolas, programas de ensino, currículos, entre outros.
Assim, com esse novo paradigma de avaliação educacional, esperava-se que
as demandas da sociedade e as necessidades educacionais dos alunos fossem
atendidas para projetar a nação americana diante do cenário geopolítico. Com essas
mudanças, as então tradicionais provas orais foram substituídas por provas escritas
com questões objetivas e de desenvolvimento, aplicadas a uma amostra de alunos de
escolas públicas.
Novas tecnologias surgiram depois, assim como novos métodos de avaliação
educacional que ampliaram as já existentes. Entre estas novas ferramentas
destacam-se os questionários, fichas comportamentais, inventários, dentre outras
formas de recolher dados para avaliação da aprendizagem, que considerassem a
questão longitudinal, ou melhor dizendo, as questões processuais.
Nos anos de 1970 e 1980 esse tema foi retomado, mas com foco no acesso ao
3º grau (Ensino Superior), devido à proliferação de instituições de ensino a este nível.
Nesse período também houve o interesse pela avaliação de programas, o que foi visto
como um aspecto positivo no contexto da época, mas infelizmente esse trabalho não
teve continuidade. A abordagem consistiu em testes quantitativos e formas de análise
de dados socioeconômicos (SOUZA, 2016).
Um outro aspecto relevante para a avaliação educacional que o autor destaca
é o contexto da educação rural. Desde a década de 1970 até meados da década de
1980, o programa “Edurural” desenvolvido pela Fundação Cearense de Pesquisa em
parceria com a Fundação Carlos Chagas, implementou a disciplina matemática no
ensino de crianças nas 2ª e 4ª séries do ensino fundamental em 603 escolas rurais do
Nordeste.
O autor completa que, a causa raiz desses problemas é a rotatividade de
professores, ou melhor, as interferências políticas na designação desses profissionais
para as escolas que são o foco da avaliação. Além disso, problemas com distribuição
de livros, problemas materiais, problemas relacionados à alimentação, a frequência
irregular dos alunos, dificuldades de acesso às escolas do campo, condições
familiares, ensino baseado na memorização e sem sentido para os alunos, que entre
outros constituem um cenário dramático e preocupante cujos problemas na educação
brasileira persistem até hoje.
O projeto tentou avaliar também outras variáveis, como: as condições da
escola, o perfil do professor, o impacto da formação recebida pelos professores e as
condições familiares dos alunos (GATTI, 1993).
Fonte: Adaptado de Gatti, 1993.
Ainda hoje é complexo falar em avaliação, lembrando que tal processo sofreu
e sofre fortes influencias do contexto internacional. Embora haja disposição, a
avaliação e a medição têm significados diferentes na realidade, ou seja, a medição,
pode fazer parte da avaliação, mas não termina nela.
Resumindo, a partir do que foi apresentado fica evidente que a avaliação é uma
tendência mundial, mas muitas vezes, seja do ponto de vista governamental ou
mesmo dentro da própria escola, a avaliação tem sido abordada como um fim em si
mesma e não como um ponto de partida para corrigir cursos, dificuldades de
aprendizagem, erros de ensino, entre diversas outras demandas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS