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EDUCAÇÃO
Introdução
Diferentes condicionantes sociais e políticos determinaram duas grandes
tendências pedagógicas na história da educação brasileira: a tendência
pedagógica liberal e a tendência pedagógica progressista. A primeira visa
à formação de homens capazes de se adaptar à sociedade. Já a segunda
visa à conscientização dos sujeitos para a promoção de mudanças sociais.
As práticas escolares, em cada uma das tendências, visam à micror-
reprodução das estruturas sociais e a um exercício da vida pretendida
em sociedade. Nesse contexto, a avaliação assume diferentes finalidades,
que se colocam a serviço da formação pretendida.
Neste capítulo, você vai estudar a avaliação no contexto do processo
educativo. Primeiramente, você vai ver quais são os tipos de avaliação da
aprendizagem na educação escolar. Em seguida, vai ler sobre o processo
avaliativo nas diferentes abordagens do pensamento liberal. Por fim, vai
conhecer as práticas avaliativas contemporâneas.
A falta de consenso sobre a avaliação tem feito com que, ao longo da his-
tória, as práticas avaliativas oscilem entre duas lógicas: a avaliação a serviço
da seleção, também chamada de “avaliação somativa”, e a avaliação a serviço
das aprendizagens, chamada de “avaliação formativa”.
Essas duas lógicas não se esgotam em si. Nas múltiplas práticas educativas,
elas assumem diferentes configurações. Ademais, as práticas avaliativas se ade-
quam ao tipo de homem e de sociedade que se pretende formar. Uma avaliação
que exige a reprodução literal dos conteúdos ensinados não se adequa a uma
educação que visa à conscientização dos sujeitos para a promoção de mudanças.
Por sua vez, uma avaliação que visa a oportunizar a aprendizagem de todos não
combina com uma prática voltada para a manutenção da ordem social.
Você não deve confundir a avaliação final formativa, abordada aqui, com a avaliação
realizada no final de períodos determinados (bimestre, semestre, ano), característica
das abordagens tradicionais de ensino.
Leituras recomendadas
CUSTODIO, J. Avaliação da aprendizagem: Cipriano Luckesi: parte 1. 2018. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=gW6Ti99KaOQ. Acesso em: 04 maio 2020.
EDITORA MEDIAÇÃO. Jussara Hoffmann e a avaliação mediadora. 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=RWgqJVBpUQg. Acesso em: 04 maio 2020.
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conte-
údos. São Paulo: Loyola, 1989. (Coleção Educar, v. 1).
LUCKESI, C. C. Prática escolar: do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de
virtude. Série Idéias, São Paulo, n. 8, p. 133–140, 1998. Disponível em: http://www.
crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=023. Acesso em: 04 maio 2020.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1992. (Temas
Básicos de Educação e Ensino).
SALSA, I. S. A importância do erro do aluno em processos de ensino e de aprendizagem.
REMATEC, [s. l.], v. 12, n. 26, p. 86–99, 2017. Disponível em: http://www.rematec.net.br/
index.php/rematec/article/download/112/87. Acesso em: 04 maio 2020.
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