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DISCIPLINA

POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO
DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
UNIDADE I
CARO(A) ACADÊMICO(A)

Seja bem-vindo(a) à disciplina de Politicas de


Preservação do Acervo bibliográfico!
Como futuro(a) bibliotecário(a), você já sabe que o
acervo é variável, podendo ter diversos materiais além
dos livros, como mapas, periódicos, jogos, aparelhos
eletrônicos, etc. Como Guardião de todo esse material, é
sua obrigação manter todo preservado.
Nessa disciplina, o objetivo principal é compreender
como preservar, conservar e restaurar o acervo.

Para que o seu entendimento seja completo e claro, na


página seguinte existe um sumário que indicará quais
páginas/tópicos/capítulos devem ser lidos. Você pode ler
o material completo caso sinta necessidade, mas é o
conteúdo indicado no sumário que será cobrado nas
atividades e provas.
SUMÁRIO
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS ........................................................................ Pág. 4 - 154.

POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DE ACERVOS CULTURAIS


CULTURAIS DAS CIÊNCIAS E DA SÚDE ............................ Pág. 6 - 20.

O material intitulado "POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO


DE ACERVOS CULTURAIS CULTURAIS DAS CIÊNCIAS
E DA SÚDE" servirá apenas como exemplo de
políticas de preservação e seu conteúdo não cairá
em provas ou atividades.
OBJETIVOS
Conhecer a história da preservação e restauração.
Compreender a teoria da restauração.
Compreender as políticas de preservação.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Sistema Integrado de Bibliotecas - SIBI

PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO
DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
Instrutora Maria Solange P. Rodrigues
solange.r@pucpr.br

CURITIBA
2007
Curso Preservação e conservação de Acervos
Bibliográficos
Carga Horária 03 horas/aula
Instrutora Maria Solange P. Rodrigues
Bacharel em Biblioteconomia e Documentação,
Especialização em: Desenvolvimento Editorial com
Ênfase em Materiais Didáticos; Professora do Curso
de Biblioteconomia e Documentação da PUCPR.
EMENTA;

O curso caracteriza-se como introdutório na área de


preservação, conservação de acervos bibliográficos.
Conceitos, objetivos da conservação, preservação e
conhecimentos sobre o tema. Listas de materiais,
listas de fornecedores.
O Curso teórico busca proporcionar informações
básicas para a adoção de uma política
preservacionista aliada a um conjunto de ações
simples e eficazes, visando prolongar a vida útil dos
materiais, como forma de salvaguardar a memória
bibliográfica e proporcionar a comunidade usuária
obras íntegras e com suas características originais.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
2 PAPEL .....................................................................................................................6
3 FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL ............................................................7
3.1 AGENTES FÍSICOS ..............................................................................................7
3.1.1 Iluminação.........................................................................................................7
3.1.2 Temperatura e umidade ...................................................................................8
3.1.3 Poluição atmosférica .......................................................................................9
3.2 AGENTES BIOLÓGICOS......................................................................................9
3.2.1 Fungos ............................................................................................................10
3.2.2 Insetos.............................................................................................................10
4 AÇÃO DO HOMEM – MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO..............................14
5 DESASTRES EM BIBLIOTECAS..........................................................................18
5.1 NO CASO DE INUNDAÇÕES: ............................................................................18
5.2 NO CASO DE INCÊNDIOS .................................................................................19
5.3 FURTO E VANDALISMO ....................................................................................20
6.1 PROCESSOS DE HIGIENIZAÇÃO .....................................................................21
6.1.1 Limpeza de superfície ....................................................................................21
6.1.2 Razões para realizar limpeza do acervo.......................................................21
6.1.3 Avaliação do material a ser limpo.................................................................22
6.2 LIMPEZA DE ENCADERNAÇÃO DE LIVROS....................................................22
6.2.1 LIMPEZA DE LIVROS NA MESA DE HIGIENIZAÇÃO ...................................23
6.3 LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO..........................................................................23
7 O LIVRO.................................................................................................................25
7.1 NOMENCLATURA DAS PARTES DO LIVRO.....................................................25
7.2 LIVROS EM BROCHURA ...................................................................................25
7.3 NOMENCLATURA DE LIVRO ENCADERNADO................................................26
7.4 TIPOS DE ENCADERNAÇÕES ..........................................................................26
8 PROCEDIMENTOS PARA O MATERIAL DANIFICADO ......................................27
8.1 COMO VERIFICAR SENTIDO DA FIBRA DO PAPEL ........................................28
8.1.1 Papel sulfite e cartolinas ...............................................................................28
8.1.2 Papelão............................................................................................................28
8.1.3 Papel japonês, mimo e seda; ........................................................................29
8.1.4 Tecido..............................................................................................................29
8.2 PREPARO DE COLA ..........................................................................................29
8.2.1 Cola metilcelulose ..........................................................................................29
8.2.2 Cola dextrosan ...............................................................................................30
8.3 PLANIFICAÇÃO ..................................................................................................30
8.4 REMOÇÃO DE FITAS ADESIVAS......................................................................31
8.5 REMOÇÃO DE COLAS VELHAS DE LOMBADA ...............................................31
8.6 RASGOS .............................................................................................................31
8.7 FOLHA SOLTA....................................................................................................32
8.8 CADERNO SOLTO .............................................................................................32
8.9 CONSERTO DE LOMBADA COM VUCAPEL.....................................................32
8.9 CONSERTO DE LOMBADA COM VUCAPEL.....................................................32
8.10 LIVROS COM FOLHAS SOLTAS .....................................................................33
8.11 LIVROS EM ESPIRAL.......................................................................................33
8.12 LIVROS EM CADERNOS..................................................................................34
9 COLOCANDO FOLHA DE GUARDA ....................................................................35
10 COLOCANDO CABECEADO..............................................................................36
11 COLOCANDO REFORÇO DA LOMBADA..........................................................37
12 CAPA PLENA ......................................................................................................38
13 CAPA PLENA COM JANELA .............................................................................40
14 FAZENDO OS CANTOS......................................................................................41
15 VELATURA..........................................................................................................42
GLOSSÁRIO.............................................................................................................44
APÊNDICE - RECURSOS MATERIAIS....................................................................50
COR DA ENCADERNAÇÃO ADOTADA PELO SIBI/PUCPR .................................52
4

1 INTRODUÇÃO

O desgaste dos livros de uma biblioteca é inevitável, devido ao seu


uso contínuo, e isso é normal porque demonstra que o material está sendo utilizado.
Por outro lado é o dano mais freqüente causado pelo uso inadequado do livro.
Um livro danificado, na maioria dos casos, pode ser recuperado com
bons resultados, porém seu aspecto original jamais lhe será devolvido.
A recuperação de livros danificados exige técnicas e procedimentos
especiais, que prolongue sua vida útil e garanta a permanência do conteúdo da
obra.
Como o material danificado é, via de regra, o mais requisitado,
deixá-lo muito tempo fora da estante causa muitos transtornos e gera reclamações
dos usuários.
A maior parte das grandes bibliotecas possui seu próprio setor de
recuperação de material utilizando-se de técnicas artesanais apropriadas para
consertá-los propiciando um tempo de vida maior ao livro.
No SIBI/PUCPR vêm sendo feitas experiências com essas técnicas
artesanais de recuperação de livros, demonstrando as seguintes vantagens: melhor
qualidade da recuperação, com maior tempo de vida útil do livro; maior rapidez e,
conseqüentemente, menos tempo do livro fora da estante; menor custo; recuperação
preventiva de material com pequenos danos, evitando a ocorrência de danos mais
sérios.
O objetivo do curso é oferecer informações básicas sobre
preservação de acervos bibliográficos aos profissionais que atuam em bibliotecas,
pois conhecendo os tipos de materiais que formam o acervo e seus principais danos,
será possível mudar o comportamento dos colaboradores diante de fatores de
degradação.
Consertar um material danificado tem custo e leva tempo, dessa
maneira investindo no cuidado preventivo evita-se que documentos se percam por
causa da degradação.
Inicialmente, cabe fazer a distinção entre preservação e conservação do
acervo.
5

Existem várias definições sobre preservação, conservação e


restauração, embora sejam similares há algumas diferenças entre elas, as definições
e termos adotados neste trabalho é de CARVALHO 1 .
Preservação é conjunto de medidas e estratégias administrativas, políticas, e
operacionais que contribuem direta ou indiretamente para a preservação da
integridade dos materiais.
Já a conservação preventiva engloba as melhorias do meio ambiente e dos meios de
armazenagem e proteção, visando retardar a degradação dos materiais.
Conservação curativa aplica-se a um elemento do acervo em vias de
desaparecimento devido à ação de um agente ativo de deterioração neste elemento,
como por exemplo, insetos ou fungos no papel, lombada danificada, etc.
Restauração toda intervenção humana direta que tem por objetivo restituir o aspecto
original de um objeto do acervo danificado, mais utilizado para obras raras (no caso
de livros).
PLANO DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA;
Foi definida em Havana em 2000:
“É a concepção, coordenação e execução de um conjunto de estratégias
sistemáticas organizadas no tempo e no espaço, desenvolvidas por uma equipe
interdisciplinar com o consenso da comunidade a fim de preservar, resguardar e
difundir a memória coletiva no presente e projetá-la para o futuro para reforçar a sua
identidade cultural e elevar a qualidade de vida”.

1
CARVALHO, Cláudia Rodrigues. Museu Casa de Rui Barbosa
6

2 PAPEL

O papel é um afeltrado de fibras unidas tanto fisicamente (por

estarem entrelaçadas a modo de malha) como quimicamente (por pontes de

hidrogênio).

Acredita-se que tenha sido inventado na China por Ts'ai Lun no ano

105 a.C.

As fibras para sua fabricação requerem algumas propriedades

especiais, como alto conteúdo de celulose, baixo custo e fácil obtenção: razões

pelas quais as mais comumente usadas são as vegetais. O material mais

comumente usado é a polpa de madeira de árvores, principalmente pinheiros (pelo

preço e pela qualidade da fibra, muito larga) e eucaliptos (muito barata e resistente).

Outros materiais como o algodão e o cânhamo também podem ser utilizados na

confecção do papel. A celulose é a principal substância usada para fabricar papel. É

insolúvel em água, sua composição é de fibras vegetais, carboidratos, amido e

lignina. A lignina é um polímero de ácido e de natureza orgânica, que impregna as

fibras da celulose e diminui a resistência do papel, ela é a causadora do

amarelecimento do papel.
7

3 FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL

O papel como matéria orgânica e vulnerável a diversos processos de

degradação. São divididos em:

Fatores intrínsecos: estão ligados na própria fabricação do papel. Qualidade dos

elementos na constituição do papel e peculiaridade do processo de fabricação

Fatores extrínsecos: estão ligados ao meio ambiente em que esse papel está, tais

como fatores ambientais, agentes biológicos, ação do homem e circunstanciais

como, incêndios, inundações e catástrofes naturais.

3.1 AGENTES FÍSICOS

Consideram-se agentes físicos, os efeitos ambientais e os

climáticos.

3.1.1 Iluminação

As radiações ultravioletas (UV) presentes na luz solar e nas

lâmpadas fluorescentes causam oxidação da celulose, isso contribui para

degradação do papel e do couro, principalmente os de cores vermelha e azul. Para

evitar esse dano recomendá-se a utilização de filtros nas lâmpadas e bloqueios aos
8

raios solares com persianas e cortinas. A recomenda que o limite de radiação

ultravioleta tanto para acervos quanto para leitura seja de 75UV (m w/ lúmen).

3.1.2 Temperatura e umidade

A temperatura e a umidade são fatores climáticos cujas oscilações

provocam no acervo uma dinâmica de contração e alongamento dos elementos que

compõem o papel, além de facilitar o desenvolvimento de microorganismos, insetos

e até roedores. A temperatura ideal para acervos é de 12ºc. Para áreas de consultas

com grandes volumes de usuários, deve-se manter a temperatura entre 18º a 22º

centígrados e a umidade relativa do ar entre 50% a 60% (ideal 55%). Variações não

são toleráveis. O controle da umidade e temperatura nos locais de guarda de acervo

deve ser medido através de aparelhos específicos como:

o aparelho de ar-condicionado que ajuda o controle de temperatura do

ambiente;

o higrômetro, que mede a umidade relativa do ar,

o termo-higrômetro, que mede a temperatura e a umidade,

o desumidificador, que retira a umidade do ambiente.

O calor danifica os materiais e a umidade facilita a proliferação de

fungos e de insetos, por isso o ar deve ser constantemente renovado, com janelas

amplas e posicionadas adequadamente, sem corrente direta nos materiais, mas

proporcionando a devida movimentação do ar. Deve ser evitada a conjunção

temperatura elevada/umidade.
9

A ventilação natural ou forçada com ventiladores controla

simultaneamente a temperatura e a umidade e deve ser usada na falta dos

equipamentos recomendados.

Para documentos guardados em arquivos é recomendado o uso de

sílica gel em forma de pedra. Segundo Lucas e Seripierri (1995, p. 20), “Pesquisas e

experiências indicam que quanto mais baixa for a temperatura maior será a

permanência e durabilidade do papel.”

3.1.3 Poluição atmosférica

Entre os poluentes mais reativos e agressivos aos acervos em papel

estão a poeira e os gases que tornam-se ácidos quando há queima de combustível

A poeira sobre os documentos prejudica a estética além de

favorecer o aparecimento de microorganismos como os fungos, o que pode causar

aceleração da deterioração dos documentos. Como medida profilática, a adoção de

filtros nos sistemas de ventilação é recomendada.

3.2 AGENTES BIOLÓGICOS

Os agentes biológicos constituem ameaça mais sérias devido os

danos que podem causar nos acervos


10

3.2.1 Fungos

Os fungos comumente conhecidos como “mofo” ou “bolor” ataca

todos os tipos de acervos e são identificados no papel por manchas amarela. Isentos

de clorofila e incapazes de assimilar o gás carbônico, surgem em ambientes de

umidade alta.

Medidas preventivas: A higienização do acervo, manter a temperatura adequada

através do uso de desumidificador em ambientes úmidos.

Medidas de erradicação: são utilizados produtos químicos como o timol. Para

combater os fungos existem empresas especializadas no tratamento dos

documentos.

3.2.2 Insetos

São cinco os principais insetos que atacam os acervos, divididos em

roedores de superfície e roedores internos:

a) Insetos roedores de superfície atacam externamente os documentos,

baratas, traças e piolho de livros,

b) Insetos roedores internos de documentos, cupins e brocas.


11

Baratas (Blattarias)

Atacam papéis gomados, capas de documentos encadernados com

tecidos. Alimentam-se do amido presente em colas.

Medidas preventivas: Manter fechados ralos e aberturas de paredes e pisos. Evitar

deixar o lixo permanecer na biblioteca no período noturno, assim como levar

alimentos para os ambientes que contém documentos.

Métodos de erradicação: Recomenda-se uso de inseticidas aplicados em iscas.

Pode-se realizar um tratamento localizado ou dedetização de todo o ambiente com

empresa especializada.

Traças (Tisanuros)

Escondem-se dentro de papéis velhos enrolados, mapas, arquivos

ou sobre superfícies de papéis gomados. Atacam a celulose do papel ou amido da

cola da lombada dos livros ou das etiquetas.

Medidas preventivas: Limpeza semestral dos arquivos, mapotecas e evitar manter

documentos em caixas.

Medidas de erradicação: as mesmas medidas dotadas para combater as baratas.


12

Piolhos de livros (Corrodentia)

Alimentam-se dos fungos existentes no papel. Conseguem

sobreviver dentro das páginas dos livros. Só causam danos se estiverem em grande

número, fazem pequenos furos irregulares nos documentos.

Medidas preventivas: Limpeza rotineira dos documentos e controle de temperatura

e umidade.

Medidas de erradicação: Uso de termonebulização ou fumigação.

Brocas (Anobiideos)

Alimentam-se da celulose e do couro existem nos livros, chegam a

varar um volume, deixando uma espécie de rendilhado, passando de um volume

para outro se estiver apertados nas estantes. São descobertos porque deixam uma

poeira fina no local de atuação.

Medidas preventivas: inspecionar periodicamente as coleções antigas

encadernadas em couro. Encadernações modernas em brochura, papel cuchê e

capas plastificadas não são atacadas. A rotina de verificação da coleção deve ser

realizada pelo menos uma vez por ano entre os meses de julho e outubro, quando

as larvas alcançam de 3 a 5 milímetros antes da fase adulta.

Medidas de erradicação: Existem vários métodos de erradicação. No SIBI/PUCPR

é utilizado o sistema de congelamento.


13

Cupins (Térmitas)

Entre os meses de setembro a dezembro os cupins alados partem

em revoada entrando nos edifícios. Ficam voando em torno das lâmpadas até

perderem suas asas, quando procuram madeiras para formar novas colônias. Em

bibliotecas atacam livros.

Medidas preventivas: utilizar sempre madeiras tratadas, evitar deixar móveis

encostados em paredes.

Medidas de erradicação: Aplicando inseticidas em suas colônias por intermédio de

seringas. Aplicar nos móveis 15 mãos de cupinicida ou querosene, depois de seco

passar verniz.

Roedores

Os roedores preferem os ambientes quentes, úmidos e escuros

causam grandes estragos aos acervos e transmitem doenças fatais ao homem.

Medidas preventivas: Deve-se evitar que os acervos sejam próximos de lugares

onde se encontram alimentos.

Medidas de erradicação: utilizar iscas raticidas. Esse serviço deve ser feito por

empresas especializadas.
14

4 AÇÃO DO HOMEM – MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO

Os critérios para manusear um documento são determinantes para

uma maior vida útil e de sua permanência no acervo. Recomenda-se, portanto, a

adoção de normas e procedimentos básicos, como por exemplo, uma postura

institucional por parte dos funcionários e dos usuários para evitar a negligência e o

vandalismo. A conscientização do valor das coleções e da importância de sua

conservação devem ser fatores permanentemente apresentados em treinamentos de

pessoal. Os usuários devem estar permanentemente informados sobre as normas e

procedimentos quanto ao uso das coleções, isso contribui consideravelmente para a

conservação preventiva do acervo.

Outros procedimentos devem ser seguidos, como:

ƒ Manter sempre as mãos limpas.

ƒ Usar ambas as mãos ao manusear gravuras, impressos, mapas, etc. sempre

sobre uma superfície plana.

ƒ Documentos, gravuras, partituras, etc. nunca devem ser guardados

diretamente uns sobre os outros sem proteção. Recomenda-se o uso de

algum papel neutro para separá-los, pois os aditivos químicos de um poderão

atingir o outro pelo enfeito da migração.

ƒ Nunca usar fitas adesivas em virtude de composição química da cola

ƒ Evitar o uso de colas plásticas (PVA).

ƒ Evitar enrolar documentos, mapas gravuras, etc.

ƒ Nunca umedecer os dedos com saliva ou qualquer outro tipo de líquido para

virar as páginas de um livro.


15

ƒ Nunca efetuar marcas nos livros, seja com dobras ou tintas, usar marcadores

de páginas.

ƒ Não apoiar os cotovelos sobre os volumes de médio e grande porte durante

leituras ou pesquisas.

ƒ Nunca fazer anotações particulares em papéis avulsos colocados sobre as

páginas de um livro.

ƒ Quanto à colocação de carimbos de propriedade da instituição, seção etc. em

obras do acervo, observar as seguintes normas;

--- Aplicar o carimbo no verso da folha de rosto dos volumes;

--- dentro do volume o local de carimbagem deve ser o espaço da margem fora do

texto;

--- Utilizar carimbos em tamanhos e formas padronizados pela instituição;

--- Certificar-se da qualidade química da tinta e precaver-se com a qualidade

excessiva ao uso nestas tarefas;

--- em gravuras, impressos, manuscritos etc. utilizar o verso na parte inferior

esquerda dos mesmos, jamais carimbar sobre ilustrações e/ou textos;

--- certificar-se da posição correta do carimbo na hora do uso para não incorrer em

ações inversas (carimbo de cabeça para baixo).

ƒ Evitar o uso de grampos e clipes metálicos nos documentos;

ALIMENTOS: Evitar trazer qualquer tipo de alimento e realizar refeições dentro das

áreas destinadas ao trabalho e manuseio de obras, evitar guardar qualquer tipo de

guloseimas dentro de gavetas e armários em áreas destinadas ao acondicionamento

de obras. Não circular com líquidos pelo acervo.


16

TRANSPORTE: utilizar carrinhos adequados sem, no entanto, superlotá-los no ato

do transporte.

ESTANTES: O ideal para armazenamento de coleções bibliográficas é o mobiliário

em aço com tratamento antiferruginoso e pintura epóxi-pó. Para melhor areação é

recomendado que se tenha um afastamento de 80 cm entre as paredes e as

estantes, última prateleira para o chão deve ter 20 cm, devem ser abertas para

facilitar a ventilação e metálicas para facilitar a limpeza. Os livros devem ser

acondicionados nas estantes em posição vertical; nunca acondicionar os livros com

a lombada voltada para cima e o corte lateral voltado para baixo, pois esta posição

acarreta o enfraquecimento das costuras.

PRATELEIRAS: Utilizar bibliocantos para evitar o tombamento dos livros. NUNCA

MANTER AS ESTANTES COMPACTADAS. Os livros não podem ser guardados

empilhados, superlotando as prateleiras das estantes porque podem causar danos

físicos aos mesmos que, durante sua retirada e reposição, sofrem rasgos e facilitam

a proliferação de microorganismos e insetos. O limite de livros de tamanho comum

(21cm) por prateleira, é de 30 livros. Os in-fólios devem ser guardados na horizontal,

em estantes especiais (de almoxarifado, por exemplo).

NUNCA RETIRAR um livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada

(cabeça do livro). Retirar pelo meio.


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Figura 1 - Manuseio correto de documentos


18

5 DESASTRES EM BIBLIOTECAS

Os incêndios e as inundações estão entre as primeiras causas dos

desastres em bibliotecas. Estes danos podem ser evitados ou minimizados à medida

que as bibliotecas tenham um planejamento adequado com programas de proteção

contra incêndios e inundações. Recomenda-se que as bibliotecas tenham um

manual com um programa para casos de emergência para facilitar o salvamento do

material humano e das coleções no caso de enfrentar qualquer tipo de desastre.

Nesse programa deverá constar claramente o papel de cada um dos funcionários e

suas respectivas tarefas a serem desenvolvidas diante de uma emergência. O

treinamento é considerado imprescindível para agirem correta e independentemente.

Existem algumas regras básicas de procedimento para estas ocasiões.

5.1 NO CASO DE INUNDAÇÕES:

ƒ Manter os volumes fechados até que toda a sujidade seja retirada;

ƒ Providenciar a instalação de varais para pendurar os livros pela lombada;

ƒ Secar a obra através da circulação do ar;

ƒ Não expor os livros ao sol;

ƒ Envolver os livros e/ou documentos mais encharcados com papéis mata

borrão;

ƒ Não tentar abrir os volumes enquanto estiverem molhados.


19

ƒ Quando houver uma grande quantidade de livros congelá-los até que seja

possível tratá-lo.

5.2 NO CASO DE INCÊNDIOS

ƒ Não permitir que fume na biblioteca;

ƒ Verificar sempre o sistema de eletricidade do prédio;

ƒ Instalar equipamentos de detecção de fumaça e realizar a sua manutenção

constante;

ƒ Ter em mãos o número do telefone do Corpo de Bombeiro local;

ƒ Adotar normas que priorizem a retirada do acervo;

ƒ Sinalizar as dependências da biblioteca;

ƒ Desligar os aparelhos elétricos no final do expediente, tais como; cafeteiras,

ventiladores, computadores, copiadoras, impressoras etc.;

ƒ Vistoriar constantemente os equipamentos de segurança e proteção, assim

como o espaço físico.

ƒ Não abrir a porta do local onde há um incêndio se não possuir os meios para

combatê-lo;

ƒ Atacar o objeto que queima, não as chamas.


20

5.3 FURTO E VANDALISMO

Um grande volume de documentos em nossos acervos é vítima de

furtos e vandalismo. Apesar do sistema de alarme ainda ocorrem furtos na

biblioteca. Além do furto, o vandalismo é muito freqüente. A quantidade de

documentos mutilados aumenta dia a dia. Esse tipo de dano é mais difícil de

identificar o vândalo. É necessário implantar uma política de proteção, mesmo que

seja através de um sistema simples de segurança. Nos dias que falta energia

recomenda-se que todos os colaboradores fiquem atentos e próximo dos acervos, e

que só exista uma porta de entrada e saída, tanto para usuários e funcionários. É

importante que pastas, malas, sacolas e casacos, sejam deixados no guarda-

volumes. Todo pesquisador deve apresentar documento de identificação, para um

melhor controle.
21

6 HIGIENIZAÇÃO

A sujeira é o fator que mais afeta os documentos. A sujidade não é

inócua e, quando encontra fatores ambientais inadequadas, provoca destruição de

todos os suportes num acervo. Portanto a higienização das coleções devem ser um

hábito de rotina na manutenção de acervos.

6.1 PROCESSOS DE HIGIENIZAÇÃO

6.1.1 Limpeza de superfície

Limpeza mecânica, feito a seco, é uma etapa independente de

qualquer tratamento mais intenso de conservação, sendo sempre a primeira etapa a

ser realizada.

6.1.2 Razões para realizar limpeza do acervo

Segundo Cassares:

A sujidade escurece e desfigura os documentos, prejudicado-o do ponto de


vista estético. As manchas ocorrem quando as partículas de poeira se
umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo por ataque de água, e
penetram rapidamente no papel. A sujeira e outras substâncias dissolvidas
se depositam nas margens das áreas molhadas, provocando a formação de
manchas. Essas manchas só podem ser removidas por um restaurador. Os
poluentes atmosféricos são ácidos e, portanto, extremamente nocivos ao
papel. São rapidamente absorvidos, alterando seriamente o pH do papel.
(2000, p. 27)
22

6.1.3 Avaliação do material a ser limpo

Todo material a ser limpo precisa ser avaliado para determinar se a

higienização vai ser necessária e qual o melhor método. No caso de termos

fragilidade física de suporte e papéis de textura porosa, a limpeza não é

recomendada, pois pode causar dano maior ao documento.

6.2 LIMPEZA DE ENCADERNAÇÃO DE LIVROS

Na limpeza de couro, recomenda-se somente a utilização de pincel e

flanela macia, caso o couro esteja íntegro. Para hidratação dos couros existem

várias fórmulas de cera, se mal aplicado pode danificar a encadernação. A fórmula

do British Museum é a mais usada e recomendada.

A encadernação de pergaminho não necessita do mesmo tratamento

do couro. Como é muito sensível á umidade deve-se evitar tratamento aquoso. Para

sua limpeza utilizar algodão embebido em solvente de 50% de água e álcool. O

algodão deve estar bem seco e preciso trabalhar em pequenas áreas, caso o

pergaminho esteja ressecado é preciso ter cuidado, pois o documento pode

desintegrar-se. A estabilização de pergaminhos, nesse caso, precisa de serviços de

especialistas. Para encadernações de tecido usar trincha e aspirador de pó. Nas

capas de papel usar pó de borracha, e nas encadernações plastificadas um pano

meio úmido com sabonete neutro.


23

6.2.1 Limpeza de livros na mesa de higienização

Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha macia, aspirador

de pó, flanela macia.

Miolo – segurar firme o livro pela lombada, apertando o miolo. Com

uma trincha limpar os cortes, quando estiver muito sujo usar um aspirador de pó de

baixa potência, começar sempre pela cabeça do livro. O miolo deve ser limpo folha a

folha com um pincel macio.

No programa de manutenção, pode-se limpar apenas a

encadernação, os cortes e as 15 primeiras folhas. Todo documento que tiver figuras

necessita de cuidado especial, antes de qualquer intervenção e necessário examinar

bem o documento, para não haver nenhum dano com o pincel.

6.3 LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO

Esta limpeza abrange especialmente o piso, as estantes e os

móveis.

Piso: a forma mais eficiente e adequada é a utilização do aspirador de pó. Qualquer

tipo de solvente ou cera não é recomendável. Jamais pode jogar água próximo do

acervo, pois a umidade relativa aumenta e causa danos nas fibras dos documentos.

Estantes: devem ser limpas com aspirador de pó, jamais usar espanadores. Para

remover sujidade usar uma solução de água e álcool a 50% ou lisoform e álcool,
24

jamais utilizar produtos químicos como lustra móveis, pois eles são ácidos e exalam

vapores.
25

7 O LIVRO

O livro é um volume transportável, composto de páginas

encadernadas contento texto manuscrito, impresso e/ou imagens e que forma uma

publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho

literário, geralmente com mais de 48 páginas pode ser encadernado ou em brochura.

7.1 NOMENCLATURA DAS PARTES DO LIVRO

É terminologia técnica adotada e pode ter variações, porém as

semelhanças são suficientes para serem reconhecidas.

7.2 LIVROS EM BROCHURA

B
C
G
H E
F
A

A- Dorso ou lombada
B- Pasta anterior ou frente
C- Pasta posterior ou costa
D- Corte da cabeça
E- Orelha
F- Folha de guarda
G- Falsa folha de rosto
26

H- Folha de rosto
7.3 NOMENCLATURA DE LIVRO ENCADERNADO

7.4 TIPOS DE ENCADERNAÇÕES

Atualmente, usa dois estilos de encadernação. A francesa e a


inglesa, na primeira as pastas são presas ao miolo antes de receber o revestimento
e na segunda, a encadernação e de capa solta, o miolo é feito separadamente da
capa e depois unidas pela guarda, tanto a encadernação francesa como a inglesa
admitem três tipos de encadernações, a meia encadernação, meia com cantos e
encadernação plena.
27

8 PROCEDIMENTOS PARA O MATERIAL DANIFICADO

Os pequenos reparos são pequenas intervenções que podemos


executar visando interromper um processo de deterioração em andamento. Essas
intervenções devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e têm a função
de melhorar o estado de conservação dos documentos. Caso esses critérios não
sejam obedecidos, o risco de aumentar os danos é muito grande. Os materiais
utilizados para esse fim deve ser reversível. Isso significa que, caso seja necessário
reverter o processo, não pode existir nenhum obstáculo na técnica e nos materiais
usados. Em qualquer ação ou tratamento de conservação é necessário seguir
padrões éticos e ter bom senso.
-Respeitar a originalidade do livro,
-Saber distinguir a maneira de como foi produzido, tipo de encadernação, costura,
papel, etc.
-Conhecer os materiais e produtos usados para o tratamento da obra.
-Utilizar sempre produtos reversíveis.
-Trabalhar sempre visando à qualidade e nunca a quantidade.
-Sempre ter noção do que sabe e do que não sabe fazer, na dúvida não faça peça
orientação a uma pessoa capacitada.
-Seguir sempre uma metodologia de tratamento.
-Procurar fazer atualização no sentido de aprender novos métodos e produtos para
conservação.
-Cada caso deve ser estudado individualmente.
Segundo constas dos “Princípios básicos de restauração conservação”, propostos
pela IFLA – Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Bibliotecas,

Critérios primordiais para decidir a eleição dos materiais e das técnicas


serão: a garantia da durabilidade, a segurança e, enquanto seja possível, a
reversibilidade do processo. As vantagens que possam oferecer a rapidez, o
baixo custo do tratamento e a facilidade da obtenção dos materiais, deverão
ser consideradas como secundárias (IFLA, 1979).

Portanto cada caso deve ser estudado, usando os quatro critérios fundamentais:

ƒ a eficiência e a prudência do tratamento;


28

ƒ a estabilidade e a inocuidade dos produtos;


ƒ os procedimentos e sua aplicação;
ƒ a reversibilidade dos procedimentos e tratamentos.

Ao iniciar um trabalho é importante estar com todos os materiais por perto.

8.1 COMO VERIFICAR SENTIDO DA FIBRA DO PAPEL

Quando o papel é colado um ao outro em sentidos diferentes, eles

costumam ondular, por isso é importante verificar o sentido das fibras:

Como proceder:

8.1.1 Papel sulfite e cartolinas

Encurve o papel em todas as direções. Na direção que tiver menor

resistência será o sentido da fibra.

8.1.2 Papelão
29

Verificar as marcas que ficam durante a secagem, geralmente o

sentido da fibra está no comprimento do papelão.

8.1.3 Papel japonês, mimo e seda;

Papel japonês, mimo e a seda as fibras são entrelaçadas, podem ser

usadas em qualquer sentido.

8.1.4 Tecido

Verificar a ourela do tecido, o sentido é o mesmo da ourela.

8.2 PREPARO DE COLA

8.2.1 Cola metilcelulose

Dissolver o pó em água destilada, na falta desta, usar água mineral.


Usa-se 20 gr de cola em pó para 500 ml de água. Esperar de um dia para outro para
a cola ficar com a consistência homogênea.

COLA 1x1
30

Uma parte de cola branca para outra parte igual de metil. Usada
para qualquer procedimento no corpo da obra, exemplo, remendos.

COLA 2x1

Duas parte de cola branca para uma parte de metil. Usada para
reforço de lombada, colocação de folha de guarda.
COLA 3X1

Três partes de cola para uma de metil. Usada para revestimento de


capa.

8.2.2 Cola Dextrosan

Primeiro misturar água 250 ml com dextrosan 350g (usar um


recipiente grande de boca larga, colher de pau ou batedeira), tomar cuidado para
não fazer caroços. Colocar duas tampas de formoldeído PA (usar a própria tampa do
produto como medida). Por último misturar a cola PVA 300ml. Colocar a cola num
recipiente grande de boca larga e vedar bem, potes plásticos de sorvete é ideal.

8.3 PLANIFICAÇÃO

Colocar a folha a ser planificada em cima de um remei, deixar na


colméia algumas horas, depois cobrir com papel absorvente (mata-borrão) colocar
para prensar.
Caso não tenha colméia, borrificar com água, colocar papel
absorvente e prensar. Para planificar orelhas, começar com a última página
danificada, isolar a página que vai ser trabalhada com plástico e papel absorvente,
pulverizar água somente na área que vai ser tratada. Depois de planificada fazer um
31

sanduíche com a folha, plástico papel absorvente, folha tratada, plástico papel
absorvente e colocar na prensa.

8.4 REMOÇÃO DE FITAS ADESIVAS

Procurar remover a fita com faca sem corte ou bisturi, com cuidado
para não danificar o papel. Se não conseguir remover a fita dessa maneira, usar o
cotonete umedecido com acetona. Passar a acetona somente em cima da fita
adesiva para soltá-la. Depois da fita removida, se existir mancha de cola, usar
acetona para retirar a mancha. Esse procedimento precisa ser bem rápido, com uma
mão passa a acetona e com a outra mão remove com um papel absorvente.

8.5 REMOÇÃO DE COLAS VELHAS DE LOMBADA

Para remover cola plástica usar a faca sem corte, tomar cuidado
para não romper a costura. Caso a cola não seja plástica usar metilcelulose bem
espessa para não passar umidade para o livro. Passar metilcelulose pura no lombo,
deixar agir por alguns minutos e remover com a faca sem corte. Repetir a operação
até que a lombada esteja limpa. Deixar secar entre pesos.

8.6 RASGOS

Fazer o conserto sempre pelo verso da página, ou seja, na


numeração par.
Usar papel seda para realizar o remendo, e cola 1x1. Realizar a planificação com a
dobradeira e voule.
32

8.7 FOLHA SOLTA

Passar cola 1x1 bem fina, verificando sempre para que ela fique
nivelada com a folha de baixo.

8.8 CADERNO SOLTO

Fazer a costura pegando a do caderno de baixo. Depois de bater


para nivelar os cadernos, passar cola 2x1 no lombo para reforçar a costura e deixar
secar entre pesos.

8.9 CONSERTO DE LOMBADA COM VUCAPEL

Lombo preso

Medir o lombo e acrescentar 2 cm de cada lado e 3 mm de seixa


para cada lado. Decapar o local onde será colado o vucapel. Se for preciso refilar a
borda da capa. Depois que colar o vucapel na capa fazer um reforço interno na
capa. Deixar secar entre peso, depois de seca colar no lombo usando cola 2x1. Para
colar o vucapel usar cola 3x1.

8.9 CONSERTO DE LOMBADA COM VUCAPEL

Lombo solto (capa dura)


33

È o mesmo procedimento utilizado para o conserto do lombo preso,


apenas deixando 0,6mm ou 0,7mm de seixa, reverificar o estado do papelão, caso
ele esteja muito danificado trocar por outro.

8.10 LIVROS COM FOLHAS SOLTAS

Desmontar o livro folha por folha, limpar a cola usando uma faca
sem corte e bisturi se for necessário.
Agrupar todas as páginas, verificando sempre a paginação. Bater o livro entre
tabuas. Passar cola 2x1 no lombo, depois de 5 minutos repassar cola novamente.
Deixar secar entre pesos. Medir o meio do livro entre o pé e a cabeça, 0,5 cm da
borda da lombada, fazer pontos em nº. ímpares furar com furadeira.
Costurar: medir a linha 2 vezes e meio o tamanho do livro.
Iniciar a costura pelo furo do central de cima pra baixo, passar para o segundo furo
em direção da cabeça do livro, volte pulando o furo do meio ir até o furo do pé, volte
até o meio do livro puxar bem a linha e dar (2) dois nos: bater o local dos furos com
um martelo, passar cola e deixar secar entre pesos, se o livro for muito grosso usar o
fio dobrado (linha urso nº00).

8.11 LIVROS EM ESPIRAL

Tirar o espiral e a capa, usar os furos para realizar a costura,


começar do pé para a cabeça, pulando um furo, retornar da cabeça para o pé
usando o furo que ficam sem costura.
Passar colar e secar entre pesos.
34

8.12 LIVROS EM CADERNOS

Os furos são em nº. par. Se for preciso desmontar o livro, verificar se


a paginação está correta. Limpar os cadernos, caso houver cadernos danificados,
fazer reforço com papel seda. Depois de costurado passar cola 2x1 no lombo,
esperar 5 minutos e dar outra mão de cola 2x1, deixar secar entre pesos.
35

9 COLOCANDO FOLHA DE GUARDA

Passar cola 2x1 onde será colada a folha na largura do pincel,

passar a dobradeira de osso para fixar bem. Deixar secar entre pesos, depois de

seca refilar com a lâmina do estilete bem afiada.


36

10 COLOCANDO CABECEADO

Cabeceado, também conhecido como friso, é um cadarço bordado,


que se coloca na cabeça e no pé do livro, serve como adorno e acabamento. Ele
existe em várias cores. Em obras antigas ele era confeccionado no próprio livro.
Cortar o cabeceado no tamanho exato do lombo do livro, colar usando cola 2x1,
depois de colado fazer um reforço com uma tira de papel.
37

11 COLOCANDO REFORÇO DA LOMBADA

O reforço pode ser com papel Kraft ou morim.


Medir o papel ou tecido a ser colado na lombada, largura da lombada e acrescentar
2 cm de cada lado e no comprimento do livro cobrindo um pedaço do cabeceado.
38

12 CAPA PLENA

Cortar o papelão na largura do livro no comprimento deixar de 6 a 8


milímetros a mais, ou seja, 3 ou 4 mm de cada lado. Cortar a tira do lombo na
largura da lombada e no comprimento da capa, para unir o lombo na capa utilize um
pedaço de papel Kraft, fazer o seguinte:
Medir a espessura da lombada mais 2 cm de cada lado, mais 0,6mm ou 0,7mm de
encaixe ou seixa.

2 cm

seixa

lombada

seixa

2 cm

1) Medir o papelão, largura do livro, e o comprimento somar mais 3 mm ou 4 mm


de cada lado de acordo com a seixa (sobra) que se deseja.
2) Não passar cola 2x1 na parte ente a lombada e aba de 2 cm, ou seja, na
charneira, seixa ou dobradeira, isto nos 0,6mm ou 0,7mm;
3) Depois de unida a capa com a lombada, experimentar no livro, verificar se
precisa de ajuste;
4) Medir o revestimento, deixar 1,5 cm de cada lado para fazer a dobra;
5) Revestir o papelão usando cola 3x1;
6) Colocar na prensa;
7) Antes de fechar o livro, não esquecer de lixar as laterais do livro;
39

8) Ao fechar o livro, usar cola 2x1, nunca esquecer de colocar uma proteção
entre a folha de guarda, passar a cola com o pincel rolo. Depois de fechado,
limpar a capa e deixar secar entre pesos.
40

13 CAPA PLENA COM JANELA

O mesmo procedimento da capa plena.


Caso a capa estiver muito danificada, escanear uma capa em bom estado, imprimir.
Caso a imagem que for usada estiver em papel de baixa gramatura colar em papel
sulfite 150 gr;
1) Limpar a imagem que vai ser usada;
2) Colar papel contact,
3) Colocar na prensa para retirar totalmente o ar;
4) Colocar a figura centralizada no papelão
5) Deixar no mínimo 2 cm de cada lado
6) Revestir de vucapel, deixar secar;
7) Ao abrir a janela passar a dobradeira para deixar bem marcado o lugar da
figura, usar um estilete com a lâmina bem afiada.
41

14 FAZENDO OS CANTOS

Quando o canto estiver muito danificado, fazer um novo


revestimento:
1) Cortar quatro pedaços de vucapel 8x8 cm;
2) Dobrar o vucapel, formando um triangulo e cortar no meio.
3) Decapar o canto, decapar mais de 2 cm, menor fica feio.
4) Medir as laterais e marcar
5) Na parte interna fazer o mesmo;
6) Colar usando cola 3x1.
42

15 VELATURA

É uma técnica da restauração que é usada para documentos planos,


mapas, por exemplo. Este processo consiste em colar uma folha de papel japonês
no verso do documento para que ele fique mais resistente.
Modo de fazer;
ƒ verificar o sentido das fibras do papel japonês, para que fiquem no mesmo
sentido das fibras do documento;
ƒ umedecer sobre uma placa de vidro uma folha de papel japonês com água
destilada, deixar o papel japonês bem esticado. Com o papel mata-borrão
retirar o excesso de água.
ƒ passar cola metilcelulose no papel japonês, começando do centro para as
bordas da folha;
ƒ colocar o documento limpo, com o verso para o papel japonês;
ƒ cobrir com voile passar um rolo para fixar o documento e retirar o excesso de
cola;
ƒ colocar o documento sobre um papel mata-borrão, placa de vidro ou fórmica e
pesos.
ƒ Deixar secar, trocando mata-borrão quando necessário;
ƒ Depois de seco retirar da placa de vidro e retirar as sobras do papel japonês
das bordas.
43

REFERÊNCIAS

BECK, Ingrid. Manual de preservação de documentos. Rio de Janeiro: Arquivo


Nacional. 1991. (Publicações Técnica, 46).

CAMPELLO, Bernadete Santos; CENDON, Beatriz Valadares; KREMER, Jeannette


Marguerite. (Org.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais.
Belo Horizonte: UFMG, 2003.

CUNHA, Murilo Bastos da. Fontes de informação em ciência e tecnologia. 2001


HAZEN, Dan C. Desenvolvimento, gerenciamento e preservação de coleções.
Rio de Janeiro: CPBA, 2001.

LOPPES, Luis Felipe Dias; MONTE, Antonio Carlos. A qualidade dos suportes no
armazenamento de informações. Florianópolis: VisualBoks, 2004

LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma proposta
para preservação de documentos em biblioteca. Brasília: Thesaurus, 1995

Silva Filho, José Tavares; Almeida, Marilene S. F. de; Gonçalves, Paulo Roberto.
Manual de conservação de acervos bibliográficos. Rio de Janeiro: Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Sistema de Bibliotecas e Informação-SiBI, 1994.

SPINELLI, JAYME. Introdução à conservação de acervos bibliográficos. Rio de


Janeiro: Biblioteca Nacional. 1991.

Curso sobre obras raras. São Paulo: ABER, 2002. (anotações de aula).
44

GLOSSÁRIO

Aldus Manutius
Humanista italiano que por volta de 1493, debatendo-se com dificuldades
para ensinar sem edições acadêmicas dos clássicos em formatos práticos,
decidiu exercer a arte de Gutenberg e montou um oficina de impressão em
Veneza. Em 1494 publicou - Sófocles, Aristóteles, Platão, Tucídides, Virgílio,
Horácio, Ovídio - Em 1501 publicou uma coleção de livros de bolso in-octavo -
metade do tamanho de um in-quarto - foi tão bem sucedida que foi imitada por
toda a Europa. Faleceu em 1515.

Ante-rosto ou falsa página de rosto


Página que antecede o rosto ou frontispício, na qual se mostra o título ou o
nome da seção, composto normalmente em tipos maiores.

Biblioteca especializada
Biblioteca limitada a livros sobre negócios, indústria, música, arte, história ou
outros assuntos específicos.

Brochura
Livro com capa mole. As brochuras de qualidade e de interesse geral são
distribuídas através de livrarias normais e de faculdades; as brochuras para o
mercado de massas (livros de bolso) são distribuídas, não só através das
citadas livrarias, como também por cadeias de lojas, bazares, supermercados
e bancas de jornal.

Cabeceado (ou cabeçada ou friso)


Pequeno cordão, normalmente colorido, em geral de seda ou algodão,
colocado nas extremidades da lombada do livro encadernado.

Caderno
Folha impressa em ambas as faces e sucessivamente dobrada, resultando
em um bloco de páginas agrupadas no formato aproximado das dimensões
finais da publicação. Os cadernos, constituídos por múltiplos de 4 páginas (4,
8, 12, 16 ou 32, na maioria dos casos), são agrupados, encadernados e
refilados para produzir livros, revistas ou catálogos com grande número de
páginas. (em inglês, “signature”).

Capitular
Letras grandes, geralmente ornamentadas, que se põe num livro em início de
capítulo.

Caráter
Letra ou símbolo tipográfico individual.

Catálogo
Lista completa dos títulos lançados pelo editor, incluindo-se as previsões dos
novos lançamentos.
45

Clichê
Chapa para impressão tipográfica.

Clichê de gravação
Forma ou matriz usada para gravar as capas de livros encadernados.

Clube de livro
Organização comercial que distribui e edita edições especiais de livros para
seus membros em termos preferenciais, como retribuição a um compromisso
de compra mínimo.

Códice
Conjunto de folhas escritas à mão, em manuscritos geralmente de forma
retangular, de papiro ou de pergaminho. A palavra latina codex (plural códice)
que dizer "cepo, tronco com raízes", confirmando a origem vegetal dos
materiais usados para escrever.

Colofão
Do grego Kolophoon, que significa cume, término, fim. Inscrição no final do
livro declarando o nome da obra, autor, impressor, lugar e data da impressão.

Copyright
(direitos autorais) proteção legal gozada por uma propriedade literária.
Trabalhos não publicados são protegidos pela lei comum. Os trabalhos
publicados devem seguir os regulamentos legais para gozar de proteção.

Corpo do livro ou miolo


Conjunto de folhas ou cadernos costurados e acrescidos das
guardas. É o livro sem a capa.
Medida da base sobre a qual o caráter tipográfico é montado.

Cortes
Superfície formada pela espessura do livro nos três lados onde é

aparado.

Costura
Juntar em volume os cadernos impressos, com auxílio de uma costuradeira,
antes da colocação da capa.

Costura lateral
Acabamento com costura lateral no lugar daquela feita na lombada dos
cadernos impressos.

Créditos
Relação dos dados de copyright impressa em uma publicação; nos livros os
créditos geralmente são impressos na "página de créditos", no verso do
frontispício.

Douração do corte superior


Douração aplicada ao corte superior das páginas do livro.
46

Edição
Versão específica de um livro, que pode diferir de outras versões devido ao
conteúdo, formato ou mercado (por exemplo: edição revisada, edição para
clube de livro, edição didática).

Editoração
1. seleção, criação ou solicitação de materiais para publicação; 2. preparação
de originais para posterior composição.

Exemplar
Cópia individual de um livro.

Exemplar para promoção


Exemplar fornecido gratuitamente aos jornais e outros veículos para inclusão
em noticiários, resenhas ou críticas.

Ex-líbris
Pequena marca decorativa colocada geralmente na capa interna de um livro,
ostentando o nome do seu proprietário ou outros dados bibliográficos.

Feira do Livro de Frankfurt


A mais importante reunião internacional de editores. É realizada anualmente
em outubro, em Frankfurt, Alemanha.

Fólio
Número de página.

Fonte
Caracteres disponíveis para um dado tipo num corpo, peso ou variedade
específica.

Forma
Montagem da composição das páginas a serem impressas apenas de uma
lado da folha de impressão.

Formato refilado
Formato final da página.

Frontispício ou página de rosto


Página do início do livro, normalmente com planejamento visual especial,
contendo o título do livro e nomes do autor e da editora.

Gaze ou morin
Pedaço de pano ou papel de alta resistência colado à lombada do livro e às
guardas dos livros encadernados.

Gravação
Impressão ou estampagem de títulos e outros materiais na capa da
encadernação.

Gravação a seco
Gravação em branco, feita sem tinta ou lâmina metálica.
47

Guardas
Páginas com grande gramatura, às vezes decoradas, folhas dobradas ao
meio e postas no início e no fim dos livros encadernados.

Gutenberg
Johann Gensfleisch zum Gutenberg nasceu em Mongúncia, cerca de 1400.
Inventou a impressão com caracteres móveis, ou seja, a produção mecânica
de livros. Iniciou a impressão de bulas, calendários e folhetos sobre temas
efêmeros assentando assim as bases da publicidade moderna através da
palavra impressa. Gutenberg também aperfeiçoou uma tinta que aderia aos
tipos metálicos. A prensa aperfeiçoada por Gutenberg continuou em uso, sem
maiores modificações, durante mais de três séculos. Morreu em 3 de fevereiro
de 1468.

Iluminura
Os manuscritos e os códices costumavam ser adornados com margens, letras
iniciais e uma ornamentação chamada miniatura palavra que vem do latim
miniare ou iluminare, verbos que se referem ao uso da cor vermelha do mínio
(em latim, minium).

Incunábulos
Do latim incunabulum, berço. Assim são chamadas as obras mais antigas,
cuja impressão é anterior ao ano de 1500, e que correspondem à infância da
imprensa.

Impressão
Processo de impressão de imagens sobre papel ou outra superfície.

Impressão tipográfica
Processo de impressão no qual as matrizes são feitas em alto-relevo.

ISBN
International Standard Book Numbering System (Sistema Internacional
Padronizado para Numeração de Livros). Designa, identificando, números
para livros, editores, livreiros e compradores institucionais.

Livro consumível
Livro educacional planejado para ser anotado, escrito, cortado ou utilizado de
qualquer outra forma durante o uso.

Livros de horas
Devocionários, gênero de publicação religiosa (as orações do dia).

Livros de interesse geral


Títulos criados predominantemente para o consumidor geral e
comercializados através de livrarias.

Livros de referência
Enciclopédias (geralmente de muitos volumes) comercializadas
predominantemente junto ao consumidor através de venda de porta em porta.
48

Livros eruditos
Livros que visam a áreas altamente especializadas de conhecimento e de
pesquisa avançada.

Livros profissionais
Livros criados predominantemente como instrumentos de trabalho para
profissionais e comerciantes.

Livros religiosos
Bíblias, testamentos, hinários, livros de orações e outros trabalhos que tratem
de temas religiosos.

Lombada
O dorso do livro, onde a capa é costurada ou colada.

Lombada canoa
Lombada arredondada, cuja encadernação geralmente é feita mediante o
emprego de grampos metálicos que atravessam a lombada dos cadernos.
(Quase sempre a lombada canoa é utilizada em folhetos de poucas páginas).

Lombada quadrada
Tipo de lombada que não é arredondada; lombo chato.

Manuscrito
Vem do latim manus, mão, e scriptus, escrito. É um papel ou livro escrito à
mão, particularmente se tem algum valor, por sua antiguidade ou por se referir
ou conter anotações do próprio punho e letra de algum escritor ou
personagem célebre.

Medianiz
Margem interna da página de um livro.

Mercado de massas
Mercado do livro que se estende além dos tradicionais pontos de venda (tais
como livrarias, lojas de departamentos ou papelarias) para incluir bancas de
jornal, bazares, cadeias de lojas e supermercados.

Monografia
Estudo acadêmico de alto nível e especializado.

Offset
Processo pelo qual a impressão sobre o papel é feita através de um cilindro
de borracha (blanqueta) que por sua vez recebe a imagem transferida do
cilindro da chapa.

Opção negativa
Técnica de comercialização dos clube de livro do sistema americano, pela
qual os membros recebem a seleção automaticamente a menos que
notifiquem ao clube que não a desejam.
49

Original não solicitado


Manuscrito submetido ao editor diretamente pelo autor (sem um agente
intermediário) e que o editor não solicitou para avaliação.

Papel cuchê
Papel com tratamento de cargas minerais em sua superfície, particularmente
apropriado para impressão de ilustrações.

Pequena tiragem
Edição com impressão de pequeno número de exemplares.

Perfect binding
Também conhecido com PB ou lombada quadrada. Processo pelo qual a
lombada das folhas impressas e dobradas é fresada e depois recebe a capa
através de um adesivo muito forte.

Plastificação
Aplicação de uma camada de plástico sobre o papel para capas.

Preparação de originais
Meticuloso trabalho de editoração do manuscrito antes da composição.

Refile
Corte de uma ilustração, de uma página ou de um livro impresso e já
montado.

Reimpressão
1. nova impressão no formato original; 2. relançamento em novo formato (por
exemplo, livro de bolso).
.
Sobrecapa
Capa decorativa e protetora colocada sobre o livro encadernado que serve
também para fins promocionais.

Tipo
Caráter de desenho específico, em diferentes corpos e tamanhos.

Tipografia
Arte de planejamento visual e composição de textos.

Título
1. nome de um livro; 2. livro específico no catálogo da editora.

Título corrente
Linha que se costuma colocar no alto de cada página e que identifica o livro,
partes ou capítulos.

Verso
Página da esquerda; página de numeração par.
50

APÊNDICE - RECURSOS MATERIAIS

armário 1,00x1,5 por 1,00 de altura com prateleira


armário para guardar instrumentos
armário para guardar materiais
bancada
broca de aço nº. 2,0mm
broca de aço nº. 2,5mm
broca de aço nº. 3,0mm
cabo de bisturi nº4
cadeiras
dobradeira curva de osso (Encadernadora Kristina, SP).
dobradeira reta de osso (Encadernadora Kristina, SP).
douradora
esquadro (par 37 cm ou acima)
estantes
estilete de lámina larga
faca de mesa sem corte
furadeira de pequeno porte
guilhotina
impressora
martelo
mesa com tampo de vidro
mesa de madeira para secar livros
microcomputador
pesos – reatores usados
placa de vidro (par de 30 cm x 50 cm)
placas de madeira (par de 20 cm x 30 cm)
placas de madeira (par de 30 cm x 40 cm)
prensa horizontal (http://www.diconstan.com.br)
prensa vertical (http://www.diconstan.com.br)
51

scaner
tesourão
vidros vazios para colocar colas

MATERIAIS DE CONSUMO MENSAL

50 m Cabeceado cor preta


15 fl. Cartolina - 80gr – 50cm x 66cm
10 kg Cola destrosan (dá para 12 meses)
10 kl Cola pva
½ kg de metilcelulose
01 novelo Fio de nylon
01 novelo Fio urso – 100% algodão - n.º 1
01 novelo Fio Urso – 100% algodão - n.º 0
01 novelo Fio Urso – 100% algodão - n.º 00
4 pct. Fralda de algodão ou perfex - com 3 unidades
04 Lâminas de bisturi
10 Lâminas de estilete
50 fl. Papel fantasia - 60 cm x 70 cm.
40 fl. Papel pólen – 120g/m2 – A2 e A3.
40 fl. Papel de seda branco.
200 fl. Papel sulfite alcalino branco – 120g/m2 – A2 e A3.
100 fl. Papel sulfite alcalino branco – 150g/m2 – A2 e A3.
5 fl. Papelão para encadernação
2 fl Papelão Paraná (gráfica fornece)
02 m Pelon ( entretela)
04 Pincéis tigre 815 2 nº14 e 2 nº20
10 m Tecido morim
01 m Voile branco – 3m largura
20 fl. Vulcapel – 36x56 cm (preto, bordo, verde, azul marinho, azul royal nº10
marrom)
52

COR DA ENCADERNAÇÃO ADOTADA PELO SIBI/PUCPR

000 – 569.999 BORDÔ

570 – 619.999 VERDE

620 – 629.999 AZUL ROYAL

630 – 639.999 VERDE

640 – 649.999 BORDÔ

650 – 659.999 AZUL MARINHO

660 - 799.999 AZUL ROYAL

800 – 999.999 BORDÔ

CERA PARA HIDRATAR COURO

ƒ 1000g de lanolina
ƒ 75g de cera de abelha
ƒ 150ml de óleo de cedro
ƒ 150ml de hexano
Em banho-maria, dissolver a cera de abelha e a lanolina. Retirar do banho-maria e,
mexendo sem parar, adicionar o óleo de cedro e o hexano. Guardar em frasco de
boca larga e com tampa.
53
54
55
56
57
58
59
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Sistema Integrado de Bibliotecas - SIBI

PRESERVAÇÃO DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS
Instrutora Mª Solange P. Rodrigues
Solange.r@pucpr.br

CURITIBA
2007
DEFI N I ÇÃO
Foi definida em Havana em 2000:
PLANO DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA;
“É a concepção, coordenação e execução de um
conjunto de estratégias sistemáticas organizadas
no tempo e no espaço, desenvolvidas por uma
equipe interdisciplinar com o consenso da
comunidade a fim de preservar, resguardar e
difundir a memória coletiva no presente e
projetá-la para o futuro para reforçar a sua
identidade cultural e elevar a qualidade de vida”
PRESERV AÇÃO

Conjunto de medidas e estratégias


administrativas, políticas, e operacionais que
contribuem direta ou indiretamente para a
preservação da integridade dos materiais.
PRESERV AÇÃO

z CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
z CONSERVAÇÃO CURATIVA
z RESTAURAÇÃO
CON SERV AÇÃO
PREV EN T I V A

Já a conservação preventiva engloba as


melhorias do meio ambiente e dos meios
de armazenagem e proteção, visando
retardar a degradação dos materiais.
CON SERV AÇÃO CU RAT I V A

Aplica-se a um elemento do acervo em


vias de desaparecimento devido à ação de
um agente ativo de deterioração neste
elemento, como por exemplo insetos ou
fungos no papel.
REST AU RAÇÃO

Toda intervenção humana direta que tem


por objetivo restituir o aspecto original de um
objeto do acervo danificado, mais utilizado
para obras raras (no caso de livros).
PROFI SSI ON AL CON SERV ADOR

z São profissionais com educação e


treinamento especializado;
z A conservação é interdisciplinar;
z Exigência de treinamento constante;
z Ter habilidades manuais é essencial.
A preservação e a conservação preventiva de
acervos precisam ser vistas pelos bibliotecários
como atividades inerentes e rotineiras dos serviços
de bibliotecas, considerando que são a garantia
para a manutenção e a longevidade destes acervos.
BI BLI OGRAFI AS
z CARVALHO, Cláudia Rodrigues. O
projeto de conservação preventiva do
Museu Casa de Rui Barbosa.
z GOMES, Neide Aparecida. O ensino de
conservação, preservação e restauração
de acervos documentais no Brasil. 2000
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO
PAPEL

O papel como matéria orgânica e vulnerável a


diversos processos de degradação
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
CAUSAS INTRÍNSICAS

Estão ligados diretamente a composição do


papel tais como: tipo de fibras, tipo de
encolagem, resíduos químicos não
eliminados, partículas metálicas, ou seja,
todos os componentes que fazem parte do
papel.
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
CAUSAS EXTRÍNSECAS

São os agentes físicos e biológicos,


tais como: radiação ultravioleta,
temperatura e umidade relativa,
poluição, microorganismos, insetos,
roedores, o homem, etc.
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES FÍSICOS: ILUMINAÇÃO

As radiações ultravioletas (UV) presentes na


luz solar e nas lâmpadas fluorescentes
causam oxidação da celulose, isso contribui
para degradação do papel e do couro,
principalmente os de cores vermelha e azul.
Para evitar esse dano recomendá-se a
utilização de filtros nas lâmpadas e
bloqueios aos raios solares com persianas e
cortinas
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES FÍSICOS: ILUMINAÇÃO

A literatura (RUTHERFORD, 1990)


recomenda que o limite de radiação
ultravioleta tanto para acervos quanto para
leitura seja de 75UV (m w/ lumen).
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES FÍSICOS: TEMPERATURA E UMIDADE

O desequilíbrio da temperatura e da umidade


relativa provoca no acervo uma dinâmica de
contração e alongamento dos elementos que
compõem o papel, além de favorecer a
proliferação de agentes biológicos, tais como:
fungos, bactérias, insetos e roedores. Quanto
mais baixa for a temperatura, maior será a
permanência e durabilidade do papel.
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES FÍSICOS: TEMPERATURA E UMIDADE

Deve-se manter a temperatura entre 17º a 22º


centígrados e a umidade relativa do ar entre
50% a 60% ( ideal 55%) . O controle da
umidade e temperatura nos locais de guarda
de acervo deve ser medido através de
aparelhos específicos como: termo-
higrômetro, e desumidificador
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES FÍSICOS: POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Entre os poluentes mais reativos e agressivos


aos acervos em papel estão a poeira e os gases
que tornam-se ácidos quando há queima de
combustível.
A poeira sobre os documentos prejudica a
estética além de favorecer o aparecimento de
microorganismos como os fungos, o que pode
causar aceleração da deterioração dos
documentos.
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES BIOLÓGICOS: FUNGOS

Os fungos comumente conhecidos como


“mofo” ou “bolores” ataca todos os tipos de
acervos e são identificados no papel por
manchas amarela .
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES BIOLÓGICOS: INSETOS

São cinco os principais insetos que


atacam os acervos, divididos em
roedores de superfície e roedores
internos:
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES BIOLÓGICOS: INSETOS

Insetos roedores de superfície, atacam


externamente os documentos, baratas,
traças e piolho de livros.
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
AGENTES BIOLÓGICOS: INSETOS

Insetos roedores internos de documentos, cupins e


brocas.
CON T ROLE I N T EGRADO DE PRAGAS
PRAGAS DE BI BLI OT ECAS E
ARQU I V OS

z São atraídas pelas gomas, adesivos e


amidos;
z O dano acarretado pelos insetos não
provém apenas do fato de se
alimentarem do papel, mas também
pelas secreções.
OS I N SET OS COM EM ...
z As acervos não são a única fonte de
alimentação dos insetos;
z Resíduos de alimentação e comida
guardada nos locais de trabalho, são
fontes atrativas para os insetos.
H ABI T AT S E H ÁBI T OS DE
REPRODU ÇÃO

z Condições de umidade e temperatura;


z Fontes de alimentação;
z Espaços onde não podem ser
pertubados.
ROT AS DE EN T RADA
z Janelas e portas sem vedação;
z Rachaduras e fendas nas paredes ou
canos;
z Aberturas e aerodutos,
z Plantas próximos ao prédio;
z Livros que entram na biblioteca
provenientes de doação.
CLI M A

z Temperatura entre 20 e 30ºC.;

z Umidade entre 60 e 80%.


FON T ES DE ÁGU A
z Cano de água que passam pelos
acervos, banheiros, cozinha,
bebedouros, equipamentos de controle
do clima;
z Água empossada em telhados e calhas.
FON T ES DE ALI M EN T OS

z Restos de comidas;

z Plantas e flores.

z Poluição
CON DI ÇÕES DE ARM AZ EN AGEM

z Espaços pequenos e escuros;


z Caixas, pilhas de documentos,
z Cantos, laterais das caixas de livros e
atrás de móveis;
z Poeira e sujeira propiciam a proliferação
de insetos.
M ÉT ODOS DE T RAT AM EN T O
z Existem tratamentos químicos e não-
químicos.

z Sempre que possível usar o método


não-químico.
T RAT AM EN T O QU Í M I CO
z Aerossóis – atraem os insetos para as
armadilhas;
z Iscas (comidas);
z Inseticidas de contato residual
(colocadas em fendas e rachaduras);
z Pós ( ácido bórico ou sílica em pó,
desidratam os insetos)
z Fumegantes (gás letal)
FU M I GAÇÃO
z Óxido de etileno (OET);
z DDPV diluído em etanol comercial (BN);
z Utiliza câmara herméticas (precisa ter
autorização pelo Ministério da Saúde.
FU M I GAÇÃO – proc e sso a lt e rna t ivo

z DDPV 500 CE (Vapona) 2% diluído em


etanol (álcool 96°)
z Saco plástico de 100 litros (transparente;
z Mata-borrão;
z Deixar por 72h
T RAT AM EN T OS N ÃO-QU Í M I COS

z Congelamento controlado;
z Atmosfera modificada;
z Calor;
z Radiação gama;
z Microondas.
DESINFESTAÇÃO DE ACERVO

SISTEMA POR CONGELAMENTO: Este


sistema faz com que os insetos morram pela
exposição a baixas temperaturas. Este
sistema é adotado pelo SIBI/PUCPR

1
DESINFESTAÇÃO DE ACERVO

Para congelar a obra e preciso vedar o


plástico e tirar todo o ar, colocar no freezer à
uma temperatura de mínimo de -25º C. O
degelo leva 48 horas em temperatura
ambiente.
DESINFESTAÇÃO DE ACERVO

1
DESINFESTAÇÃO DE ACERVO
DESI N FEST AÇÃO DE
ACERV OS
Atmosfera modificada: consiste na
retirada do oxigênio e substituído por
outros gases inertes, como o
nitrogênio e argônio por gases não
tóxicos como o dióxido de carbono
M OFO
z Os esporos ativos ou dormentes estão por
todos os lados do acervo;
z É impossível se livrar deles;
z Manter as condições inadequadas para seu
desenvolvimento é a única prevenção.
z Proteção dos acervos de acidentes com água
deve constar como prioridade dentro da
biblioteca e arquivo.
MOFO OU BOLOR

- Temperatura e umidade
inadequadas
Fatores que favorecem
seu desenvolvimento - Iluminação - prefere escuro
- Pouca circulação de ar
- Alimentos

Prejuízos Ataca a encolagem, penetra nas


fibras do papel, manchas
irreversíveis, alergias e tóxicos
COM O SABER SE É M OFO
z Observe com uma lupa, no começo ele
parece como uma teia de filamentos
(hifas);
z Em estágios avançados tem aparência
matosa e espessa;
z O material está úmido?
z Confira umidade e temperatura, ele é
ativo em umidade relativa entre 70 e
75%
COM O SABER SE É M OFO
z Teste com um pincel de cerdas macias;
z Mofo seco e pulverulento estará
dormente;
z Mofo macio e engordurado estará ativo;
z Mofo dormente não causa dano.
COM O SABER SE É M OFO
z Note que o foxing pode ser confundido
com mofo;
z Foxing são vários agentes de
degradação, são manchas marrron-
avermelhadas, pode ser apenas pontos
como borrões irregulares.
CU I DADOS COM A SAÚ DE
z Alguns tipos de mofo pode causar danos
na saúde;
z É necessário utilização de EPIs
(máscaras, luvas, óculos de proteção,
aventais e botas);
z Desinfetar os EPIs) (água quente, cloro,
álcool e lysoform)
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INUNDAÇÕES

*Secar a obra através da circulação do ar;


*Não expor os livros ao sol;
*Envolver os livros e/ou documentos mais
encharcados com papéis mata borrão;
*Não tentar abrir os volumes enquanto estiverem
molhados.
*Quando houver uma grande quantidade de livros
congelá-los até que seja possível tratá-lo.
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INUNDAÇÕES

*Introduzir papel mata-borrão no miolo do livro,


começando a operação pelo meio do livro e ir
secando as folhas em lotes de 10 folhas.

*Deixar o livro em local arejado, em posição


vertical com as folhas levemente entreabertas em
forma de leque. Essa operação deve sempre ser
precedida de secagem com papel mata-borrão.
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INCÊNDIOS

É essencial que arquivos e bibliotecas


elaborem um plano de emergência,
onde estejam definidos todos os
problemas que signifiquem riscos em
potencial. Ao mesmo tempo, deve ser
determinada uma estratégia para o
salvamento do acervo, no caso de
acidentes .
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
FURTO E VANDALISMO

Um grande volume de documentos em


nossos acervos é vítima de furtos e
vandalismo. Apesar do sistema de alarme
ainda ocorrem furtos na biblioteca. Além do
furto, o vandalismo é muito freqüente. A
quantidade de documentos mutilados
aumenta dia a dia.
AÇÃO DO HOMEM:

Os critérios para manusear um documento são


determinantes para uma maior vida útil e de
sua permanência no acervo. Recomenda-se
portanto, a adoção de normas e
procedimentos básicos, como por exemplo,
deve haver uma postura institucional por parte
dos funcionários e dos usuários para evitar a
negligência e o vandalismo
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO

Os usuários devem estar permanentemente


informados sobre as normas e procedimentos
quanto ao uso das coleções, isso contribui
consideravelmente para a conservação
preventiva do acervo.
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO

Evitar colocar livros no chão.


Não derrubar os livros, pois isto causa
quebra das costuras.

1
AÇÃO DO HOMEM:
ACONDICIONAMENTO

Utilizar bibliocantos para evitar o tombamento


dos livros.

NUNCA MANTER AS ESTANTES


COMPACTADAS.
Documentos áudio-visuais, cartográficos,
micrográficos e informáticos deverão ser
acondicionados em estojos ou caixas de material
inerte.
AÇÃO DO HOMEM:
TRANSPORTE

Utilizar carrinhos adequados, sem no


entanto superlotá-los no ato do transporte.
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INUNDAÇÕES

*Secar a obra através da circulação do ar;


*Não expor os livros ao sol;
*Envolver os livros e/ou documentos mais
encharcados com papéis mata borrão;
*Não tentar abrir os volumes enquanto estiverem
molhados.
*Quando houver uma grande quantidade de livros
congelá-los até que seja possível tratá-lo.
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INUNDAÇÕES

*Introduzir papel mata-borrão no miolo do livro,


começando a operação pelo meio do livro e ir
secando as folhas em lotes de 10 folhas.

*Deixar o livro em local arejado, em posição


vertical com as folhas levemente entreabertas em
forma de leque. Essa operação deve sempre ser
precedida de secagem com papel mata-borrão.
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
INCÊNDIOS

É essencial que arquivos e bibliotecas


elaborem um plano de emergência,
onde estejam definidos todos os
problemas que signifiquem riscos em
potencial. Ao mesmo tempo, deve ser
determinada uma estratégia para o
salvamento do acervo, no caso de
acidentes .
DESASTRES EM BIBLIOTECAS
FURTO E VANDALISMO

Um grande volume de documentos em


nossos acervos é vítima de furtos e
vandalismo. Apesar do sistema de alarme
ainda ocorrem furtos na biblioteca. Além do
furto, o vandalismo é muito freqüente. A
quantidade de documentos mutilados
aumenta dia a dia.
AÇÃO DO HOMEM:

Os critérios para manusear um documento são


determinantes para uma maior vida útil e de
sua permanência no acervo. Recomenda-se
portanto, a adoção de normas e
procedimentos básicos, como por exemplo,
deve haver uma postura institucional por parte
dos funcionários e dos usuários para evitar a
negligência e o vandalismo
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO

Os usuários devem estar permanentemente


informados sobre as normas e procedimentos
quanto ao uso das coleções, isso contribui
consideravelmente para a conservação
preventiva do acervo.
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO
AÇÃO DO HOMEM:
MANUSEIO

Evitar colocar livros no chão.


Não derrubar os livros, pois isto causa
quebra das costuras.
AÇÃO DO HOMEM:
ACONDICIONAMENTO

Utilizar bibliocantos para evitar o tombamento


dos livros.

NUNCA MANTER AS ESTANTES


COMPACTADAS.
Documentos áudio-visuais, cartográficos,
micrográficos e informáticos deverão ser
acondicionados em estojos ou caixas de material
inerte.
AÇÃO DO HOMEM:
TRANSPORTE

Utilizar carrinhos adequados, sem no


entanto superlotá-los no ato do transporte.
HIGIENIZAÇÃO
RAZÕES PARA REALIZAR LIMPEZA DO
ACERVO

A sujeira é o fator que mais afeta os documentos.


A sujidade não é inócua e, quando encontra
fatores ambientais inadequadas, provoca
destruição de todos os suportes num acervo.
Portanto a higienização das coleções devem ser
um hábito de rotina na manutenção de acervos.
HIGIENIZAÇÃO

A operação técnica de higienização nada mais é do


que manter o acervo de modo limpo e asséptico.
Uma operação tão simples de ser realizada e que,
por isso mesmo, passa desapercebida para nós,
transforma-se a curto prazo em um dos mais sérios
problemas enfrentados por bibliotecários, arquivistas
e por todos aqueles que têm a missão de manter um
acervo em bom estado.
HIGIENIZAÇÃO
LIMPEZA DE SUPERFICIE

Limpeza mecânica, feito a seco, é uma etapa


independente de qualquer tratamento mais
intenso de conservação, é, porém sempre a
primeira etapa a ser realizada.
LIMPEZA DE SUPERFICIE
HIGIENIZAÇÃO
USAR EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

LUVAS, ÓCULOS, MÁSCARA, GUARDA-PÓ E


TOCA.
HIGIENIZAÇÃO: EPIs
HIGIENIZAÇÃO
EQUIPAMENTOS: Mesa de higienização
HIGIENIZAÇÃO
Materiais
HIGIENIZAÇÃO
O QUE REMOVER NA LIMPEZA

Além da poeira, retirar objetos danosos aos


documentos, tais como clipes, grampos e
pedaços de papel.
HIGIENIZAÇÃO
LIMPEZA DE ENCADERNAÇÃO

Encadernação em papel: limpar com uma


boneca com pó de borracha em movimentos
circulares;

Encadernação em tecido: passar um trincha,


depois uma flanela seca.
HIGIENIZAÇÃO
LIMPEZA DE ENCADERNAÇÃO

Encadernação em material sintético (percalina,


percalux e papel plastificado: limpar com uma
flanela úmida com sabonete neutro. Depois
secar com uma flanela seca.

Encadernação em couro: limpar com um pano


seco. Umedecer uma boneca de algodão em
óleo hidratante e aplicar no couro;
passar um pano seco para tirar o excesso.
HIGIENIZAÇÃO
LIMPEZA NA MESA DE HIGIENIZAÇÃO

segurar firme o livro pela lombada, apertando o


miolo. Com uma trincha limpar os cortes,
quando estiver muito sujo usar um aspirador
de pó de baixa potência, começar sempre pela
cabeça do livro. O miolo deve ser limpo folha a
folha com um pincel macio.
HIGIENIZAÇÃO
LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO

Piso: a forma mais eficiente e adequada é a utilização


do aspirador de pó. Qualquer tipo de solvente ou cera
não é recomendável. Jamais pode jogar água próximo
do acervo, pois a umidade relativa aumenta e causa
danos nas fibras dos documentos.
Estantes: devem ser limpas com aspirador de pó,
jamais usar espanadores. Para remover sujidade usar
uma solução de água e álcool a 50% ou lisoform e
álcool, jamais utilizar produtos químicos como lustras
móveis, pois eles são ácidos e exalam vapores
HIGIENIZAÇÃO

Todos os documentos, livros, etc., guardados em


caixas, armários, etc., que não apanham
ventilação deverão ser abertos de 3 em 3 meses,
no mínimo por 24 horas, para que penetre o ar. O
papel necessita de oxigênio, pois também respira.
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS

Os pequenos reparos são pequenas


intervenções que podemos executar visando
interromper um processo de deterioração em
andamento. Essas intervenções devem
obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica
e têm a função de melhorar o estado de
conservação dos documentos
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS

Em qualquer ação ou tratamento de


conservação é necessário seguir padrões
éticos e ter bom senso.
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS

-Respeitar a originalidade do livro;

-Saber distinguir a maneira de como foi


produzido, tipo de encadernação, costura,
papel, etc.

-Conhecer os materiais e produtos usados para


o tratamento da obra.
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS

--Utilizar sempre produtos reversíveis;

-Trabalhar sempre visando a qualidade e nunca


a quantidade;

-Sempre ter noção do que sabe e do que não


sabe fazer, na dúvida não faça, peça orientação
a uma pessoa capacitada.
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS
REPAROS EM DOCUMENTOS
DANIFICADOS
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
EQUIPAMENTOS: Facão
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
EQUIPAMENTOS: Prensa
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
REPAROS EM DOCUMENTOS DANIFICADOS
TÉCNICA DA JANELA
RECEITA

CERA PARA HIDRATAR COURO


1000g de lanolina
75g de cera de abelha
150ml de óleo de cedro
150ml de hexano
Em banho-maria, dissolver a cera de abelha e
a lanolina. Retirar do banho-maria e, mexendo
sem parar, adicionar o óleo de cedro e o
hexano. Guardar em frasco de boca larga e
com tampa.
As c oisa s só pode m se r c om pre e ndida s
se fore m obse rva da s a sa ngue -frio e e m
profundida de , a pre nde ndo sua
obje t ivida de .
(M a x We be r)
REFERÊNCIAS

BECK, Ingrid. Manual de preservação de documentos. Rio de Janeiro: Arquivo


Nacional. 1991.(Publicações Técnica, 46).
HAZEN, Dan C.. Desenvolvimento, gerenciamento e preservação de
coleções. Rio de Janeiro: CPBA, 2001
LOPPES, Luis Felipe Dias; MONTE, Antonio Carlos. A qualidade dos suportes
no armazenamento de informações. Florianópolis: VisualBoks, 2004
LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma
proposta para preservação de documentos em biblioteca. Brasília: Thesaurus,
1995
Silva Filho, José Tavares; Almeida, Marilene S. F. de; Gonçalves, Paulo Roberto.
Manual de conservação de acervos bibliográficos. Rio de Janeiro:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sistema de Bibliotecas e Informação-
SiBI, 1994
SPINELLI, JAYME. Introdução à conservação de acervos bibliográficos. Rio
de Janeiro: Biblioteca Nacional. 1991.
Curso sobre obras raras. São Paulo: ABER, 2002. (anotações de aula)
CASA DE OSWALDO CRUZ

Política de Preservação e Gestão de Acervos


Culturais das Ciências e da Saúde /
Preservation and Management Policy of Cultural Collections in Science and Health/

Política de Preservación y Gestión de Acervos Culturales en Ciencia y Salud

1ª edição

Rio de Janeiro – RJ
Fiocruz-COC
2013
Presidente da República
Dilma Rousseff

Ministério da Saúde
Ministro
Alexandre Padilha

Fundação Oswaldo Cruz


Presidente
Paulo Gadelha

Casa de Oswaldo Cruz


Diretora
Nara Azevedo

Vice-diretora de Gestão e
Desenvolvimento Institucional
Nercilene Santos da Silva Monteiro

Vice-diretor de Informação e
Patrimônio Cultural
Marcos José de Araújo Pinheiro

Vice-diretor de Pesquisa, Educação


e Divulgação Científica
Paulo Roberto Elian dos Santos

Grupo de Trabalho para formulação desta Colaboradores


Política Anderson Boanafina
Marcos José de Araújo Pinheiro (Coordenador) Beatriz Schwenck
Carla Maria Teixeira Coelho (substituta) Cristina Coelho
Eliane Monteiro de Santana Dias Luisa Rocha
Inês El-Jaick Andrade Renato da Gama-Rosa Costa
Liene França Barbosa Wegner
Pedro Paulo Soares Avaliadores Externos
Renata Lourenço Mendes Claudia S. Rodrigues de Carvalho
Rosalina Neves de Assis Ingrig Beck
Verônica Martins de Brito
Wanda Latmann Weltman Revisão de Texto
Ruth Barbosa Martins
© 2013 Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer outro fim comercial.
O conteúdo deste e de outros documentos institucionais da Casa de Oswaldo Cruz pode ser
acessado na página:
http://www.coc.fiocruz.br/institucional/

Elaboração, distribuição e informações:


Casa de Oswaldo Cruz
Av. Brasil, 4365 Manguinhos
CEP 21045 900 Rio de Janeiro RJ Brasil
Tel (21) 3865 2121
Fax (21) 3865 2263
Home page: www.coc.fiocruz.br

O texto da Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde foi
integralmente aprovado na reunião do Conselho Deliberativo da Casa de Oswaldo Cruz, realizada
em 20 de março de 2013.

F981p Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz.

Política de preservação e gestão de acervos culturais das ciências


e da saúde. – Rio de Janeiro: Fiocruz/COC, 2013.

26 p.

ISBN 978-85-85239-83-1

1. Patrimônio cultural. 2. Preservação. 3. Política. 4. Gestão.

CDD 363.69

Títulos para indexação:


Em inglês: Preservation and Management Policy of Cultural Collections in Science and Health
Em espanhol: Política de Preservación y Gestión de Acervos Culturales en Ciencia y Salud
Sumário

Introdução ............................................................................................................................................................... 6
Definições................................................................................................................................................................. 7
Objetivo..................................................................................................................................................................... 7
Princípios ................................................................................................................................................................. 8
Diretrizes.................................................................................................................................................................. 9
Programas de Preservação e Gestão...........................................................................................................10
Responsabilidades..............................................................................................................................................10
Normas....................................................................................................................................................................10
Financiamento .....................................................................................................................................................10
Revisão ....................................................................................................................................................................10
Política de Preservação e Gestão do Acervo Arquitetônico, Urbanístico e Arqueológico.....11
Política de Preservação e Gestão do Acervo Arquivístico..................................................................12
Política de Preservação e Gestão do Acervo Bibliográfico.................................................................13
Política de Preservação e Gestão do Acervo Museológico .................................................................15
Referências ............................................................................................................................................................16
Anexo I – Programas de Preservação e Gestão.......................................................................................19
Anexo II - Normas ...............................................................................................................................................20
Introdução
A partir de sua criação em 1985, a Casa de Oswaldo Cruz (COC) se caracterizou por gerar
conhecimento por meio de pesquisas no campo da história das ciências e da saúde e por ser
responsável pela preservação, valorização e divulgação do patrimônio arquitetônico, urbanístico
e arqueológico, arquivístico, bibliográfico e museológico constituído historicamente pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde sua origem no início do século 20, ainda como Instituto
Soroterápico Federal, na Fazenda de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

A presente Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde espelha a
missão da COC, a experiência acumulada e o amadurecimento da unidade no que tange seus
processos de trabalho e instrumentos de gestão e de planejamento institucional. Esta política está
em sintonia com conceitos e práticas nacionais e internacionais que adotam a conservação
preventiva, o gerenciamento de riscos, a conservação integrada e a preservação sustentável como
princípios centrais e afirmam a pesquisa e a educação como fundamentais e estratégicas para a
estruturação de políticas de preservação. Reconhece como indispensável à sua implementação
tanto o planejamento de seu financiamento quanto a definição dos responsáveis por sua condução.

A Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde assume o conceito
amplo de patrimônio cultural, contemplado na diversidade de tipologias de acervos pelos quais a
COC é responsável e que constituem fontes de informação científica, da memória institucional e da
história da saúde e da ciência no Brasil. Propõe a gestão integrada dos acervos, estabelece diretrizes
gerais norteadoras para programas e ações de médio e longo prazo, define responsabilidades e
prevê sua avaliação e atualização.

A Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo
Cruz responde aos objetivos estratégicos da unidade e também àqueles da Fundação Oswaldo Cruz,
conforme previsto para o período de 2011-2014 no Plano Quadrienal (PQ) da COC e no Plano
Quadrienal da Fiocruz.

Esta política teve seu processo de elaboração iniciado no âmbito da Câmara Técnica de Informação
e Documentação da COC e de sua Sub-Câmara de Patrimônio Cultural, e foi desenvolvida por Grupo
de Trabalho (GT) instituído pela Direção da unidade com representações das áreas responsáveis
pela preservação de acervos culturais. Foi construída coletivamente e contou com diversas
instâncias da COC e com consultores externos ad-hoc para avaliação e validação prévia, sendo
submetida e aprovada no Conselho Deliberativo da unidade em 20/03/2013.

Na elaboração desta política apreciaram-se as diferentes formas como cada tipologia de acervo foi
organizada na unidade e como foram desenvolvidos ao longo do tempo seus conceitos, técnicas e
métodos de preservação e gestão. Tal fato foi relevante dadas as suas especificidades e visto terem
se originado em tempos próprios e ocorrido em estruturas organizacionais distintas. Para tanto,
houve a necessidade de se estabelecer consensos a respeito de definições conceituais que tivessem
como base referencial as normas aceitas nos distintos campos da preservação de bens culturais, e
que também refletissem a realidade institucional.

O documento está estruturado em dois blocos principais e um bloco com dois anexos. O primeiro
bloco contém as definições utilizadas; a indicação dos objetivos e a tipologia dos acervos
subordinados a esta política; estabelece os princípios gerais orientadores e as diretrizes
norteadoras das ações a serem desenvolvidas; e finalmente aponta as instâncias responsáveis pela
implementação e revisão da política. Na sequência, há o segundo bloco onde são apresentadas as
políticas específicas para os tipos de acervo sob a responsabilidade da COC: Política de Preservação

6
e Gestão do Acervo Arquitetônico, Urbanístico e Arqueológico, Política de Preservação e Gestão do
Acervo Arquivístico, Política de Preservação e Gestão do Acervo Bibliográfico, Política de
Preservação e Gestão do Acervo Museológico. Os textos das políticas foram organizados de modo a
descrever sucintamente os acervos aos quais se referem, indicar objetivos, diretrizes e normas
específicas, apresentar os programas a elas vinculados e, finalmente, informar os seus respectivos
responsáveis. O terceiro bloco é constituído por dois anexos à política. No Anexo I estarão contidos
os programas e planos específicos para as políticas apresentadas no segundo bloco, e que serão
desenvolvidos e acessíveis a posteriori. O Anexo II contém as normas gerais e específicas para as
ações de preservação dos diferentes acervos.

Definições
Para efeito desta política considera-se:

Acervo: Conjunto de bens que integram o patrimônio de um indivíduo, de uma instituição, de uma
nação, agrupados por atribuição de valor, segundo sua natureza cultural e seguindo uma lógica de
organização.

Preservação: medidas e ações definidas com o objetivo de salvaguardar os bens culturais e garantir
sua integridade e acessibilidade para as gerações presentes e futuras. Inclui ações de identificação,
catalogação, descrição, divulgação, conservação e restauração.

Conservação: ações realizadas diretamente sobre os bens culturais, com o objetivo de interromper
ou retardar processos de deterioração.

Restauração: ações realizadas diretamente sobre um bem que perdeu parte de sua significância ou
função, devido à deterioração e/ou intervenções anteriores, com o objetivo de possibilitar sua
apreciação, uso e fruição. Devem ser realizadas em caráter excepcional, e se basear no respeito pelo
material preexistente.

Política: conjunto das ambições, princípios e objetivos que fornece a base para o planejamento e as
ações.

Programa: delineamento de atividades com vistas a se atingir determinados objetivos e metas (de
uma política).

Plano: conjunto de métodos, atividades, tarefas, ações e medidas, por meio dos quais as metas e os
objetivos (de um programa) podem ser alcançados.

Gestão: conjunto de tarefas que procuram garantir a eficiência nos processos de trabalho e a
alocação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização, a fim de que sejam atingidos
os objetivos pré-determinados para a preservação dos acervos.

Objetivo
Esta política estabelece os princípios gerais, as diretrizes, as responsabilidades e orienta o
desenvolvimento de políticas específicas, programas, planos, e procedimentos que visam a
preservação dos acervos culturais das ciências e da saúde sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz.

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Princípios
Esta política considera que as representações da memória e das identidades de um grupo devem
ser preservadas e acessíveis às gerações atuais e futuras como testemunhos da ação humana que a
produziu, e como objetos de reflexão e fontes de pesquisa. Foi concebida com base nas teorias e
práticas vigentes na área do patrimônio cultural, e assume os valores histórico, artístico e cognitivo
em sua relação direta com os acervos. Na sua relação com a sociedade, também toma para si outros
valores como o do compromisso com as gerações futuras e com populações locais; da cidadania
plena; da solidariedade; do respeito à diversidade étnica e sociocultural; do comprometimento
socioambiental; da democratização do conhecimento; da educação como processo emancipatório; e
o da ética e transparência. Para tanto, adota a conservação preventiva, o gerenciamento de riscos, a
conservação integrada, a preservação sustentável, a pesquisa e desenvolvimento em preservação
de acervos, e a educação patrimonial como orientações estruturantes, tal como definidas a seguir:

Conservação preventiva: Conjunto de medidas e ações definidas de forma multidisciplinar, com o


objetivo de evitar e minimizar a deterioração e a perda de valor dos bens culturais. Essas medidas
são prioritariamente indiretas, não interferindo no material nem na estrutura dos objetos. Engloba
ações de pesquisa, documentação, inspeção, monitoramento, gerenciamento ambiental,
armazenamento, conservação programada e planos de contingência.

Gerenciamento de riscos: A gestão de risco oferece ao campo da preservação patrimonial uma


metodologia com base no conhecimento técnico e científico, que permite uma visão integrada dos
riscos e danos a que estão sujeitos os bens culturais. Fornece subsídios para a otimização da
tomada de decisões dirigidas à conservação do patrimônio cultural. Estabelece prioridades de ação
e alocação de recursos para mitigar os diversos tipos de risco ao patrimônio cultural.
Conservação integrada: Considera a participação da sociedade e demanda o acesso à informação
completa, objetiva e suficiente para subsidiar a contribuição cidadã. Requer a promoção de
métodos, técnicas e competências para o restauro e a conservação, e o investimento em pesquisa e
formação de pessoal qualificado em todos os níveis numa perspectiva multidisciplinar.
Preservação sustentável: Considera que os métodos e técnicas de preservação devem objetivar a
eficiência no uso de recursos naturais e a diminuição do impacto ambiental. Valoriza os significados
socioculturais do patrimônio cultural e natural e relaciona a conservação da sua materialidade com
o seu caráter, suas identidades, valores e crenças construídos ao longo do tempo. Visa nas ações de
revitalização e de intervenção a promoção da cidadania, a valorização cultural e étnica, e o
desenvolvimento sustentável local.
Pesquisa e desenvolvimento em preservação de acervos: A produção de conhecimento deve subsidiar
a definição e o aprimoramento constante das estratégias de conservação dos acervos. Deve
considerar a reflexão sobre as práticas de preservação e os materiais que compõem os acervos, bem
como estar atenta às inovações tecnológicas. Deve se dar por meio de planejamento estratégico e
prever que as ações de pesquisa e de desenvolvimento de técnicas e metodologias ocorram de
modo integrado, inter e multidisciplinar.
Educação patrimonial: Abrange ações estruturadas de educação relacionadas à preservação de
acervos culturais e à valorização da memória, que devem ser concebidas de forma articulada com
outras políticas institucionais, e de modo cooperativo e solidário com a sociedade e com os diversos
atores no campo do patrimônio cultural. Deve ainda possibilitar à sociedade a apropriação de seu
patrimônio cultural e o fortalecimento do cidadão como sujeito histórico no processo de produção e
de preservação desse patrimônio.

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Diretrizes
Esta política toma como diretrizes para sua plena implantação:

As ações de preservação deverão seguir, sempre que possível, o princípio da mínima intervenção,
respeitando as características artísticas, históricas, científicas e técnicas do objeto.
As alterações realizadas devem ser identificáveis e, sempre que possível, reversíveis.
As ações de conservação curativa e de restauração devem ser adotadas apenas quando as ações
preventivas não conseguirem evitar os danos causados pelos processos de deterioração.
As ações de preservação deverão ser monitoradas e documentadas para avaliar a efetividade,
eficiência e eficácia das soluções adotadas e fornecer subsídios para o planejamento das ações
futuras bem como para a comunicação, divulgação, pesquisa e educação.
Os processos de gestão dos acervos devem ocorrer de modo articulado.
Os sistemas de gerenciamento de informação devem permitir a recuperação integrada de
informações dos diferentes acervos.
A pesquisa de técnicas e metodologias de preservação e a formação e qualificação do quadro
profissional devem ser fomentadas para a melhoria na preservação de acervos e otimização do uso
de recursos.
Definir uma agenda de pesquisa prioritária na área de preservação do patrimônio cultural das
ciências e da saúde vinculada ao ensino de pós-graduação da unidade, e estabelecer mecanismos
para estimular a produção técnico-científica.
Programas estruturados de educação patrimonial devem ser desenvolvidos e implementados como
estratégia visando a sustentabilidade da preservação de acervos.
A educação no campo da preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde deve garantir
tanto a formação de recursos humanos internos, da Casa de Oswaldo Cruz e da Fiocruz, como
externos, por meio do ensino, da capacitação e da valorização.
Os conteúdos formativos das ações de educação devem, de modo articulado com as competências e
demandas, ampliar conhecimentos, desenvolver habilidades e incorporar atitudes e valores
voltados à gestão e à preservação sustentável de acervos culturais.
A cooperação com instituições responsáveis por acervos culturais da área das ciências e da saúde
deve expressar a solidariedade e o compromisso da unidade na identificação e preservação desses
acervos, em especial aqueles em situação de risco.
A cooperação com as unidades da Fiocruz deve ser estimulada com o objetivo de desenvolver ações
integradas de gestão e de preservação dos acervos e buscar o melhor aproveitamento dos recursos
e das de competências institucionais.
A cooperação com instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, em especial aquelas
responsáveis por acervos culturais, deve ser adotada como estratégia para facilitar o
compartilhamento de informações, métodos e técnicas, a formação de recursos humanos, o
intercâmbio e empréstimo de acervos e para promover o desenvolvimento das ações de
preservação e de gestão dos acervos.
Ações estratégicas de preservação devem ser avaliadas e estruturadas de modo a permitir planos
de investimento interno e/ou externo.

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Programas de Preservação e Gestão
A Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo
Cruz estabelece seis programas de preservação e gestão comuns aos acervos sob sua guarda. Tais
programas tratam de procedimentos relativos à incorporação; ao tratamento técnico; à
conservação e restauração; à segurança; ao acesso, empréstimo e reprodução; e à divulgação dos
acervos. A descrição sucinta desses programas está no Anexo I. O conteúdo detalhado e os planos e
projetos a eles subordinados estarão disponibilizados à medida que forem sendo concluídos.

Responsabilidades
A implementação da Política de Preservação e Gestão de Acervos da COC cabe aos departamentos e
serviços da unidade, responsáveis pela elaboração e aplicação dos programas e planos específicos,
sob a coordenação da Vice-direção de Informação e Patrimônio Cultural, assessorada pela Câmara
Técnica. A aprovação cabe ao Conselho Deliberativo da COC.

Normas
Para as legislações e normas orientadoras aplicadas aos acervos culturais sob a responsabilidade da
COC veja o Anexo II.

Financiamento
A principal fonte de recursos que compõe o orçamento da Casa de Oswaldo Cruz é o Tesouro
Nacional. Tais recursos, disponibilizados por meio da Lei Orçamentária Anual, são destinados ao
financiamento de ações a serem executadas no intuito de cumprir as diretrizes, os objetivos e as
metas estabelecidos no Plano Quadrienal (PQ) da COC. O PQ reflete as ações ordinárias essenciais
ao cumprimento da missão institucional e também as ações estratégicas que objetivam atingir a
visão estabelecida em horizonte de tempo determinado. O financiamento das ações ordinárias e
estratégicas é feito também com recursos provenientes de outras fontes, que incluem
principalmente aqueles captados por meio de editais de instituições públicas e privadas de
fomento, patrocínio e grants. A preservação do patrimônio cultural é parte da missão da COC e o
financiamento das ações ordinárias correspondentes, orientadas por essa política e estabelecidas
no Plano Quadrienal da unidade, serão custeados prioritariamente pelo Tesouro Nacional.

Revisão
A revisão e a atualização da Política de Preservação e Gestão de Acervos da COC serão realizadas em
intervalos máximos de quatro anos sob a orientação da Vice-direção de Informação e Patrimônio
Cultural, assessorada pela Câmara Técnica e com a participação dos departamentos da unidade, e
deverão ser aprovadas pelo CD da COC.

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Política de Preservação e Gestão do Acervo Arquitetônico,
Urbanístico e Arqueológico
Descrição
As ações da Casa de Oswaldo Cruz relacionadas à preservação do acervo arquitetônico, urbanístico
e arqueológico sob gestão da Fundação Oswaldo Cruz tiveram início em 1989, com a incorporação
das primeiras iniciativas coordenadas pela então presidência da Fiocruz, após o tombamento
federal em 1981 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Naquela
ocasião foi criado Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), responsável pelo patrimônio
edificado da instituição.
O núcleo inicial do acervo foi constituído pelas edificações de estilo eclético, remanescentes do
conjunto arquitetônico original da instituição, concebido pelo engenheiro-arquiteto Luiz Moraes
Junior. Incluía também a poligonal de entorno dessas edificações no campus Fiocruz em
Manguinhos, conhecida como área de proteção. A partir de estudos históricos produzidos pela
equipe do DPH sobre a formação do campus, dentro da linha de pesquisa “Processo de formação e
ocupação do campus de Manguinhos”, outros acervos foram incorporados. Esses estudos
subsidiaram o reconhecimento de duas edificações modernistas no campus, que em 2001 foram
tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Esses núcleos constituem o
conjunto arquitetônico e histórico de Manguinhos.
Desde a década de 2000, o DPH procura ampliar suas ações como forma de responder a um projeto
estratégico da COC, se dedicando aos estudos acerca da identificação, dos aspectos históricos e da
valorização do patrimônio cultural da saúde.
Atualmente, o acervo de edificações históricas abrange os períodos eclético (1892-1922) e o
moderno (1935-1962). Desde 2010, também integram esse conjunto os vestígios arqueológicos
históricos de estruturas arquitetônicas e de engenharia, bem como outros vestígios pré-históricos
localizados na área de gestão da Fiocruz no estado do Rio de Janeiro.
Os bens que constituem o acervo arquitetônico, urbanístico e arqueológico estão localizados no
campus Fiocruz Manguinhos, no campus Fiocruz Mata Atlântica, ambos na cidade do Rio de Janeiro,
e no conjunto edificado do Palácio Itaboraí, em Petrópolis.

Objetivo
A presente política tem como objetivo estabelecer diretrizes e responsabilidades para as ações de
preservação e gestão do patrimônio arquitetônico, urbanístico e arqueológico da Fiocruz, de forma
a garantir a transmissão e apropriação de seus valores específicos (histórico, artístico, paisagístico
e/ou etnológico), bem como, a partir dos programas de gestão de preservação, Anexo I, e em
consonância com a legislação e as normas aplicadas a acervos culturais, Anexo II, instruir a
formulação de planos e diretrizes de ocupação das áreas de interesse histórico-cultural dos campi
Fiocruz, e de planos de conservação das edificações preservadas.

Diretrizes
A Política de Preservação e Gestão do Acervo arquitetônico e urbanístico e arqueológico ratifica as
diretrizes gerais e estabelece as seguintes diretrizes específicas para esse acervo:
As ações de preservação do acervo urbanístico, arquitetônico e arqueológico devem respeitar os
princípios consagrados em documentos normativos e obedecer à legislação específica da

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preservação do patrimônio cultural, a fim de garantir a manutenção do conjunto de elementos que
expressem a imagem e componham a materialidade do acervo.
As ações estratégicas de manutenção e conservação preventiva devem ser orientadas por planos
para cada uma das edificações históricas e espaços urbanos preservados.
Serão definidos usos e ocupações dos edifícios e espaços urbanos preservados, seguindo os planos
diretores e de ocupação, levando em consideração as necessidades da instituição e as
características físicas dos bens a serem preservados;
As ações voltadas para a segurança, o acesso e a divulgação do acervo devem garantir a
acessibilidade e fruição ao acervo arquitetônico, urbanístico e arqueológico, levando em
consideração a infraestrutura de instalações e os limites da capacidade de carga do bem.

Responsabilidades
É de responsabilidade da Comissão Permanente de Acervos da COC estabelecer e revisar
periodicamente a(s) linha(s) temáticas que orientam a ampliação do acervo arquitetônico,
urbanístico e arqueológico, avaliar e se manifestar sobre a incorporação de novos bens ao acervo,
sempre em consonância com as diretrizes gerais e específicas deste documento.
É de responsabilidade do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) implementar e fiscalizar
o estabelecimento da política de preservação e gestão dos acervos arquitetônico, urbanístico e
arqueológico da Fiocruz, assim como a execução e o acompanhamento dos programas e das ações
que compõem esta política.
É de responsabilidade do DPH orientar e informar aos usuários, para a sua interação com o acervo
arquitetônico, urbanístico e arqueológico da Fiocruz.
É de responsabilidade do DPH, em conjunto com a Vice-direção de Informação e Patrimônio
Cultural da COC, identificar as demandas junto aos gestores das unidades que ocupam os espaços
preservados, com o objetivo de orientar as ações de uso e ocupação do acervo arquitetônico,
urbanístico e arqueológico da Fiocruz.

Política de Preservação e Gestão do Acervo Arquivístico


Descrição
O núcleo inicial do acervo arquivístico de valor permanente sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz
formou-se em 1986, por meio de iniciativas destinadas à constituição de fontes de pesquisa
histórica e à preservação da memória institucional da Fundação Oswaldo Cruz. Os projetos “Guia de
fontes para a história da saúde pública” e “Tratamento e ampliação do acervo iconográfico do
Museu Instituto Oswaldo Cruz” propiciaram a formação do núcleo original do acervo institucional.
Na mesma época, o projeto “Constituição de acervo de depoimentos orais sobre a história da
Fundação Oswaldo Cruz e das práticas de saúde pública” permitiu a identificação e a captação de
arquivos pessoais de personalidades que se destacaram nos campos das ciências biomédicas e da
saúde pública. Entre eles, estão os arquivos dos cientistas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas e os
negativos de vidro do Fundo Instituto Oswaldo Cruz - IOC (1903-1946), reconhecidos como
patrimônio documental da humanidade pelo Programa Memória do Mundo da Unesco, em 2007,
2008 e 2012, respectivamente.

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Atualmente, o acervo arquivístico reúne fundos e coleções de documentos institucionais e
pessoais, dos gêneros textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico que abrangem o
período entre 1803 até os dias atuais..
Os arquivos institucionais e pessoais têm como parâmetros temáticos as ciências da vida – que
envolvem as ciências da saúde, as ciências biomédicas, as ciências biológicas – e as ciências
humanas e sociais alinhadas à missão institucional.

Objetivo
A presente política tem como objetivo estabelecer diretrizes e responsabilidades para as ações de
preservação e de gestão dos fundos arquivísticos bem como, a partir dos programas de gestão de
preservação, Anexo I, e em consonância com a legislação e as normas aplicadas a acervos culturais,
Anexo II, orientar a formulação de planos e projetos específicos.

Diretrizes
A Política de Preservação e Gestão do Acervo arquivístico ratifica as diretrizes gerais e estabelece
as seguintes diretrizes específicas para esse acervo:
As ações estratégicas de preservação do acervo arquivístico devem alinhar-se à Política Nacional de
Arquivos, ao conjunto de leis em vigor que tratam do patrimônio cultural e aos princípios que
envolvem o direito à informação e à privacidade dos cidadãos;
As ações de preservação do acervo arquivístico devem obedecer aos princípios da proveniência e
do respeito aos fundos consagrados na arquivologia, a fim de manter a relação orgânica dos
documentos e os elementos que determinam a especificidade do documento arquivístico.

Responsabilidades
É de responsabilidade da Comissão Permanente de Acervos da COC estabelecer e revisar
periodicamente a(s) linha(s) temáticas que orientam o crescimento do acervo arquivístico, avaliar e
se manifestar sobre a captação de novos bens ao acervo, sempre em consonância com as diretrizes
gerais e específicas deste documento.
O Departamento de Arquivo e Documentação (DAD) é responsável pela guarda e pelo acesso ao
acervo arquivístico, assim como pela implementação das diretrizes e dos procedimentos de gestão
do acervo.
O Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Sigda) é responsável por estabelecer diretrizes
quanto à gestão de documentos arquivísticos.
A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Arquivísticos elabora, autoriza e orienta a
aplicação da Tabela de Temporalidade, instrumento que determina os prazos de guarda e a
destinação final dos documentos arquivísticos.

Política de Preservação e Gestão do Acervo Bibliográfico


Descrição
A Biblioteca de História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz iniciou suas atividades em
1991 quando uma coleção bibliográfica foi a ela encaminhada pela então Biblioteca Central de
Manguinhos. Esta coleção constituía-se basicamente de duplicatas de livros e periódicos, bem como

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de material bibliográfico considerado de caráter histórico e que, portanto, não se adequava mais ao
acervo da Biblioteca Central de Manguinhos.
Na medida em que se desenvolveram as atividades de captação de fundos e coleções documentais,
novas coleções bibliográficas agregaram-se a esse conjunto inicial.
Constituiu-se assim um acervo bibliográfico especializado em história da medicina, história da
saúde pública, história, sociologia e filosofia da ciência. O acervo inclui literatura primária e
secundária, com destaque para obras clássicas no campo das ciências biomédicas e da saúde
pública, além de material bibliográfico pertencente a coleções particulares de profissionais da área
da saúde. É formado por monografias, obras de referência, teses, dissertações, folhetos, material
eletrônico, com abrangência temporal que vai do Século 17 aos dias atuais.
A Biblioteca de Educação e Divulgação Científica da COC iniciou suas atividades em 1999, com a
inauguração do Museu da Vida, ao qual está vinculada. Seu acervo bibliográfico abrange as áreas
de divulgação científica, educação, museologia, ciências da vida, saúde e literatura infanto-juvenil e
é formado por obras de referência, monografias, teses, dissertações, folhetos, jogos e material
audiovisual.

Objetivo
Estabelecer diretrizes e responsabilidades para as ações de preservação e gestão dos acervos e
informações bibliográficas, bem como, a partir dos programas de gestão de preservação, Anexo I, e
em consonância com a legislação e as normas aplicadas a acervos culturais, Anexo II, orientar a
formulação de planos e projetos específicos.

Diretrizes
A Política de Preservação e Gestão do Acervo bibliográfico ratifica as diretrizes gerais e estabelece
as seguintes diretrizes específicas para esse acervo:
As ações de preservação do acervo bibliográfico devem ser orientadas por eixos temáticos que
contemplem os campos de atuação da Casa de Oswaldo Cruz, com ênfase nas áreas de história das
ciências e da saúde;
As ações de preservação do acervo bibliográfico devem considerar as Leis de Ranganathan, ou cinco
leis da biblioteconomia, a saber: 1. Os livros são para uso; 2. Para cada leitor, seu livro; 3. Para cada
livro, seu leitor; 4. Poupe o tempo do leitor; 5. A biblioteca é um organismo em crescimento;
As ações de gestão do acervo bibliográfico devem ser orientadas pela uniformização de padrões de
descrição, classificação e indexação, considerando padrões e normas da biblioteconomia, para
representação descritiva e temática dos documentos.

Responsabilidades
É de responsabilidade da Comissão Permanente de Acervos da COC estabelecer e revisar
periodicamente a(s) linha(s) temáticas que orientam o crescimento do acervo bibliográfico, avaliar
e se manifestar sobre o recolhimento e a aquisição de novos bens ao acervo, sempre em
consonância com as diretrizes gerais e específicas deste documento.
A Biblioteca de História das Ciências e da Saúde é responsável pela guarda e acesso de seu
acervo, assim como pela implementação das diretrizes e procedimentos de gestão do mesmo.
O Departamento Museu da Vida é responsável pela organização e guarda do acervo da Biblioteca
de Educação e Divulgação Científica.

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Cabe à Biblioteca de Educação e Divulgação Científica facilitar o acesso público ao seu acervo,
bem como desenvolver, implantar e aprimorar processos de gestão relacionados ao seu acervo.

Política de Preservação e Gestão do Acervo Museológico

Descrição
A criação de um museu científico no Instituto Soroterápico Federal foi proposta por Oswaldo Cruz,
já na formulação original da instituição, destinada à medicina experimental e à saúde pública, em
princípios do século 20. Concebido nos moldes de museus europeus de estudo então existentes, era
fechado ao público e destinava-se a formar e manter coleções biológicas relacionadas às atividades
da instituição.
Após a morte do cientista, em 1917, sua sala de trabalho foi transformada em Museu Oswaldo Cruz
e uma coleção histórica começou a ser formada, com seus objetos pessoais e de trabalho. A coleção
original foi ampliada com novos objetos do cientista, doados por seus familiares e por empresas, e
com a incorporação de equipamentos e instrumentos científicos do Instituto Oswaldo Cruz.
Na década de 1970, museólogos foram contratados para reorganizar o Museu Oswaldo Cruz.
Inaugurou-se então uma nova fase, marcada pelo início da sistematização da prática museológica,
com a identificação, seleção, captação e documentação de antigos objetos e equipamentos que
haviam sido substituídos, nas diversas unidades da instituição, por outros mais modernos. Esse
trabalho resultou em uma nova coleção histórica, representativa das atividades desenvolvidas na
Fiocruz.
Com a criação da Casa de Oswaldo Cruz, em 1985, ampliaram-se as atividades de preservação da
memória da instituição e de seu patrimônio cultural. A subsequente implantação do Museu da Vida
como um departamento da COC, em 1994, permitiu a reformulação do antigo museu com base em
novas políticas e métodos de guarda e preservação de seu acervo, que culminaram na organização
da Reserva Técnica Museológica.
Classificado na área da ciência e tecnologia em saúde, o acervo museológico tem ênfase na história
institucional. Abrange período compreendido entre meados do século 19 e a atualidade e é formado
por instrumentos e equipamentos de laboratório, materiais e maquinário utilizados na produção de
medicamentos e vacinas, instrumentos médicos, mobiliário, indumentária, objetos pessoais de
cientistas da instituição e uma pinacoteca.

Objetivo
Estabelecer diretrizes e responsabilidades para as ações de preservação e de gestão do acervo
museológico, bem como, a partir dos programas de gestão de preservação, Anexo I, e em
consonância com a legislação e as normas aplicadas a acervos culturais, Anexo II, orientar a
formulação de planos e projetos específicos.

Diretrizes
A Política de Preservação e Gestão do Acervo museológico ratifica as diretrizes gerais e estabelece
as seguintes diretrizes específicas para esse acervo:
As ações de preservação do acervo museológico devem ser orientadas por eixos temáticos que
contemplem os campos de atuação da Casa de Oswaldo Cruz e da Fiocruz, além do campo da
história das ciências da vida;

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As ações de preservação do acervo museológico devem obedecer aos princípios da procedência e
autenticidade, a fim de manter a relação entre os objetos e seus elementos característicos, o que
determina sua especificidade e valor como objeto museológico;
As ações de preservação do acervo museológico devem alinhar-se ao conjunto de normas em vigor
que tratam do patrimônio cultural e científico, e a princípios que garantam o direito à informação e
à privacidade dos cidadãos.

Responsabilidades
É de responsabilidade da Comissão Permanente de Acervos da COC estabelecer e revisar
periodicamente a(s) linha(s) temáticas que orientam o crescimento do acervo museológico, avaliar
e se manifestar sobre o recolhimento e a aquisição de novos bens ao acervo, sempre em
consonância com as diretrizes gerais e específicas deste documento.
O Departamento Museu da Vida é responsável pela guarda e pelo acesso ao acervo museológico,
assim como pela implementação das diretrizes e dos procedimentos na gestão do acervo.

Referências
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historic structures and artifacts. 1992.
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CASA DE OSWALDO CRUZ. Política Arquivística do Departamento de Arquivo e Documentação da
COC (1ª versão), 2012.
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FOOT, Mirjam M. Building Blocks for a Preservation Policy. British Library, 2001.
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Politica de Acervo - Manual de Gerenciamento e Uso.
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16
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MAST. Política de Segurança para Arquivos, Bibliotecas e Museus
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NATIONAL LIBRARY OF AUSTRALIA. Collection Development Policy
NATIONAL LIBRARY OF AUSTRALIA. Directrices Preservación Patrimonio Digital
NATIONAL LIBRARY OF AUSTRALIA. Preservation Policy
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SMITHSONIAN INSTITUT. Historic Preservation Terms
SMITHSONIAN INSTITUT. Qualifying Smithsonian Structures and Sites
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SMITHSONIAN INSTITUT. Smithsonian Institution Historic Preservation Policy

17
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Subsídios para uma Política de Preservação e Conservação de
Acervos em Bibliotecas Universitárias Brasileiras (dissertação de Clarimar Almeida Valle)
UNIVERSIDADE DE LISBOA / Museu Nacional de História Natural de Lisboa. Política de Gestão das
Coleções do Museu Nacional de História Natural
UNIVERSIDADE DE LISBOA/Museu Nacional de História Natural. Política de Gestão das Coleções
‘Museu Bocage’
UNIVERSITY OF ARIZONA. Historic Preservation
UNIVERSITY OF ARIZONA. Historic Preservation Plan
UNIVERSITY OF ARIZONA. Historic Preservation Plan - Appendix 3
UNIVERSITY OF ARIZONA. Historic Preservation Plan Appendix 4
USP. Edifícios da FAU como bem cultural.

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Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das
Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz

Anexo I – Programas de Preservação e Gestão


Os programas que compõem a Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e
da Saúde estão listados a seguir. Seu conteúdo detalhado e os planos e projetos a eles subordinados
estarão disponibilizados à medida que forem sendo concluídos.

Programa de incorporação
Orienta as atividades de identificação de novos itens para os acervos, estabelece diretrizes gerais com critérios
para incorporação, desbaste e descarte, alinhados aos códigos de ética dos organismos nacionais e
internacionais, à missão da unidade e às linhas temáticas dos acervos. Define prioridades em função de
tipologias, conservação, armazenamento e recursos.

Programa de processamento técnico


Define procedimentos e metodologias para a documentação do acervo. Especifica os padrões utilizados para a
organização dos acervos.

Programa de conservação e restauração


Define os critérios, métodos e técnicas a serem adotados para a conservação e restauração dos acervos. Define
medidas preventivas para minimizar a deterioração dos materiais, incluindo o gerenciamento ambiental e o
estabelecimento de rotinas de monitoramento e vistoria dos acervos.

Programa de segurança
Define um programa de segurança contemplando responsabilidades, normas técnicas e legislações em vigor,
níveis de acesso aos diferentes acervos, limites da capacidade de carga dos edifícios, além de procedimentos a
serem seguidos para minimizar os riscos de roubo, vandalismo e danos aos acervos. Define uma metodologia a
ser adotada no gerenciamento de riscos para edifícios, acervos e público.

Programa de acesso, empréstimo e reprodução


Define critérios, padrões e instrumentos de acessibilidade aos acervos. Determina critérios, condições e
procedimentos de manuseio, empréstimo e reprodução dos acervos. Estabelece um plano de preservação
digital com objetivos, critérios de seleção do material, procedimentos para os diferentes tipos de suporte,
recursos tecnológicos, recursos financeiros, infra-estrutura e capacitação da equipe.

Programa de difusão cultural


Define ações prioritárias na difusão dos acervos e de conhecimentos a eles relacionados, tendo em vista as
diretrizes dos demais programas. Adota um planejamento para a difusão de conhecimentos relacionados aos
acervos e a produção de publicações e outros produtos e ações, tanto entre pares como para públicos não-
especializados, que visem a valorização do patrimônio.

19
Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das
Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz

Anexo II - Normas

Estão aqui listadas como legislação as normas às quais os acervos sob a guarda da COC
estão subordinados por força legal. Estão também listadas como normas orientadoras
aquelas que por sua natureza técnica ou por dialogarem com os princípios que norteiam a
Política de Preservação e Gestão dos Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da COC
orientam as ações relacionadas a tais acervos.

Legislação Geral
BRASIL. Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998. Lei dos Direitos Autorais. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L9610.htm. Acesso em: 10 de maio de 2012. Altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

BRASIL. Decreto Lei Federal nº 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do


patrimônio histórico e artístico nacional e cria o instituto do tombamento.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Art. 216. Dispõe sobre o patrimônio cultural brasileiro de
natureza material e imaterial.

Normas Orientadoras Gerais


FUNDAÇAO OSWALDO CRUZ. Plano Quadrienal 2011-2014. In FUNDAÇAO OSWALDO CRUZ.
Relatório Final do VI Congresso Interno Fiocruz. A Fiocruz como Instituição Pública Estratégica de
Estado para a Saúde. 2011. Dispõe sobre os projetos estratégicos a serem desenvolvidos pela
instituição no período, apontando objetivos e resultados específicos a serem alcançados. Disponível
em: www.fiocruz.br

CASA DE OSWALDO CRUZ. Plano Quadrienal 2011-2014. Dispõe sobre as iniciativas estratégicas
a serem implementadas pela instituição no período, apontando metas a serem alcançados e
indicadores de avaliação. Disponível em: www.coc.fiocruz.br

CASA DE OSWALDO CRUZ. Manual de organização. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz.2007.
Dispõe sobre a composição da estrutura organizacional da COC, estabelece as competências
cabíveis aos setores e instâncias que formam a unidade. Disponível em: www.coc.fiocruz.br

ICOMOS. Declaração de Curitiba. 2009

UNESCO. Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural. 1972.

20
UNESCO. Recommendation for the protection of movable culture property. 1978.

UNESCO. Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às


Gerações Futuras. 1997.

UNESCO. Memória do Mundo. Diretrizes para salvaguarda do patrimônio documental. 2002.

Normas Específicas aplicadas ao Acervo arquitetônico, urbanístico e


arqueológico
Legislação
Decreto-Lei estadual nº 02/1969. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico estadual.

Decreto Municipal nº 22.872, de 07 de maio de 2003. Dispõe que todas as obras que envolvam
intervenções urbanísticas e/ou topográficas realizadas pelo Poder Público Municipal – direta ou
indiretamente, em áreas que sugiram interesse histórico – deverão prever estudos e
acompanhamento com vistas à pesquisa arqueológica.

Lei Estadual nº 509, de 3 de dezembro de 1981. Dispõe sobre o Conselho Estadual de Tombamento.

BRASIL. Lei Federal nº 3924/1961. Dispõe sobre a definição de monumentos arqueológicos, a


permissão para a pesquisa arqueológica e sobre as descobertas fortuitas.

Normas Orientadoras
IPHAN. Instrução Normativa nº 1 de 25 de novembro de 2003. Dispõe sobre a acessibilidade
aos bens culturais imóveis acautelados em nível federal, e outras categorias, conforme especifica.

IPHAN. Portaria nº 32 de 12 de janeiro de 1981, publicada no Diário Oficial da União em


14/01/1981. Trata do Tombamento pelo IPHAN do Pavilhão Mourisco, do Pavilhão do Relógio e da
Cavalariça.

INEPAC. Resolução nº 50 de 17 de outubro de 2001, publicada no Diário Oficial do Estado de


22/10/2001. Trata do Tombamento pelo INEPAC do Pavilhão Arthur Neiva e do Pavilhão Carlos
Augusto da Silva.

Registro da Jazida do Vale do Mosquito no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do


IPHAN em 1962.

Registro da Jazida de Manguinhos no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do IPHAN


em 1966.

IPHAN. Portaria nº 230/2002, Artigo 6º. Dispõe sobre a previsão nos contratos de programa de
educação patrimonial.

IPHAN. Portaria nº299/2004. Cria o Plano de Preservação de Sítio Histórico Urbano.

21
IPHAN. Portaria nº 07/1988, Artigo 5º, IV 5 e 6. Dispõe dos requisitos para a permissão de
pesquisa de campo para escavações em execução de projeto que afete direta ou indiretamente um
sítio arqueológico.

Decisão Normativa CONFEA nº 83, de 26 de setembro de 2008. Dispõe sobre procedimentos para a
fiscalização do exercício e das atividades profissionais referentes a monumentos, sítios de valor
cultural e seu entorno ou ambiência.

Carta de Veneza. Carta internacional sobre a conservação e o restauro de monumentos e sítios.


ICOMOS, 1964.

Carta de Florença. Carta dos jardins históricos. ICOMOS, 1981.

Carta de Washington. Carta internacional para a salvaguarda das cidades e bairros históricos.
ICOMOS, 1986.

Carta de Lausanne. Carta para a proteção e a gestão do patrimônio arqueológico. ICOMOS/ICAHM,


Lausanne, 1990.

Declaração de Amsterdã. Congresso do Patrimônio Arquitetônico Europeu. Amsterdã, 1975.


IPHAN. Cartas Patrimoniais. Declaração de Amsterdã. Congresso do Patrimônio Arquitetônico
Europeu de outubro de 1975. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/

Declaração de Xi’an. Carta internacional sobre a conservação do entorno edificado, sítios e áreas do
patrimônio cultural. ICOMOS, 2005

Normas Específicas aplicadas ao Acervo arquivístico


Legislação
BRASIL. Lei federal nº 8.159/1991. Dispõe sobre a política de arquivos públicos e privados.

BRASIL. Lei federal nº 12.527/2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no
8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da
Lei n no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Legislação Arquivística Brasileira. Compilação


disponibilizada pelo CONARQ da legislação brasileira aplicável a documentos arquivísticos e suas
instituições de guarda. Disponível em
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=49

22
Normas Orientadoras
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). NOBRADE: Norma Brasileira de Descrição
Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006. 124p.: 29,7cm.

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD(G): Norma geral internacional de descrição


arquivística: segunda edição, adotada pelo Comitê de Normas de Descrição, Estocolmo, Suécia, 19-
22 de setembro de 1999, versão final aprovada pelo CIA. – Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.
Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISDIAH - Norma internacional para descrição de


instituições com acervo arquivístico. Londres, Reino Unido, 2008. Determina o tipo de
informação que poderia ser incluída em descrições de instituições com acervo arquivístico e
fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em um sistema de
descrição arquivística. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISDF - Norma internacional para descrição de


funções. Dresden, Alemanha,2007. Determina o tipo de informação que pode ser incluída em
descrições de funções e fornece orientação sobre como tais descrições podem ser desenvolvidas em
um sistema arquivístico de informação. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAAR (CPF) - Norma internacional de registro de


autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias. Canberra, Austrália, 2003.
Dá diretivas para a preparação de registros de autoridade arquivística que forneçam descrições de
entidades (entidades coletivas, pessoas e famílias) relacionadas à produção e manutenção de
arquivos. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Carta para a Preservação do Patrimônio


Arquivístico Digital, Rio de Janeiro, 2004. Manifesta a necessidade de estabelecer políticas,
estratégias e ações que garantam a preservação de longo prazo e o acesso contínuo aos documentos
arquivísticos digitais. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Diretrizes para a Gestão Arquivística do


Correio Eletrônico Corporativo. Rio de Janeiro, 2012. Define diretrizes e recomendações com o
objetivo de orientar os órgãos ou entidades que utilizam o correio eletrônico como ferramenta de
trabalho na gestão arquivística das mensagens de correio eletrônico corporativo. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Diretrizes para a presunção de autenticidade


de documentos arquivísticos digitais. Rio de Janeiro, 2012. Estabelece diretrizes para a
presunção de autenticidade de documentos arquivísticos digitais, com o objetivo de garantir a
identidade e integridade desses documentos e minimizar os riscos de modificações, a partir do

23
momento em que foram salvos pela primeira vez e em todos os acessos subsequentes. Disponível
em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Modelo de Requisitos para Sistemas


Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil. Rio de Janeiro, Edição
revisada, 2011. Apresenta um Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão
Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil, o qual estabelece requisitos mínimos para um Sistema
Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD), independentemente da plataforma
tecnológica em que for desenvolvido e/ou implantado. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Recomendações para Digitalização de


Documentos Arquivísticos Permanentes. Rio de Janeiro, 2010. Apresenta recomendações que
visam auxiliar as instituições detentoras de acervos arquivísticos de valor permanente, na
concepção e execução de projetos e programas de digitalização. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

CONSELHO INACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Recomendações para o resgate de acervos


arquivísticos danificados por água. Rio de Janeiro, 2012. Apresenta recomendações a ser
adotadas em caráter emergencial, sobretudo para instituições que ainda não possuem um plano de
prevenção de desastres, com o intuito de promover a estabilização das condições ambientais dos
espaços de guarda e dos suportes documentais, até que seja possível uma avaliação por
especialistas da área de conservação. Disponível em:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=20

FIOCRUZ. Portaria PR 371/2007. Aprova o uso do código de classificação de documentos de


arquivo da Fundação Oswaldo Cruz.

FIOCRUZ. Portaria PR 353/2009. Constitui o Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da


Fundação Oswaldo Cruz

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Resolução CONARQ nº 14 de 24 de outubro de


2001. Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, que dispõe
sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública:
Atividades-Meio, a ser adotado como modelo para os arquivos correntes dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), e os prazos de guarda e a destinação de
documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de
Arquivo Relativos as Atividades-Meio da Administração Pública.

Normas Específicas aplicadas ao Acervo bibliográfico


Legislação
BRASIL. Lei Nº 4.084, de 30 de junho de 1962. Disponível em:
<http://www.soleis.adv.br/bibliotecarioprofissaoconselhos.htm >. Acesso em: 14 de maio de 2012.
Dispõe sobre a profissão de Bibliotecário e regula seu exercício.

24
BRASIL. Lei Nº 10.753, de 30 de outubro de 2003. Disponível em:
<http://www.cfb.org.br/UserFiles/File/Legislacao/Lei10753-30outubro2003.pdf>. Acesso em: 14
de maio de 2012. Institui a Política Nacional do Livro.

Normas Orientadoras
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Rede de Bibliotecas da FIOCRUZ. Disponível em:
<http://www.fiocruz.br/redebibliotecas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=10 > . Acesso em: 10 de
maio de 2012. Dispõe sobre a composição da estrutura organizacional da Rede de Bibliotecas da
Fiocruz, estabelece as competências cabíveis as Bibliotecas participantes.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Rede de Bibliotecas da FIOCRUZ. Disponível em:


http://www.fiocruz.br/redebibliotecas/media/regimento_rede.pdf. Acesso em 10 de maio de 2012.
Regimento da rede de bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz. Dispõe sobre procedimentos para
gestão dos acervos que constituem as bibliotecas participantes da rede.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Casa de Oswaldo Cruz. Normas e procedimentos da Biblioteca de


História das Ciências e da Saúde. Disponível em:
<http://www.coc.fiocruz.br/informacao/index.php?option=com_content&view=article&id=100&It
emid=167 > . Acesso em 10 de maio de 2012. Dispõe sobre a consulta e uso do acervo bibliográfico
e estabelece penalidades sobre o mau uso do mesmo.

Normas Específicas aplicadas ao Acervo Museológico


Legislação
BRASIL. Lei 11.906, de 20 de janeiro de 2009. Cria o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM e dá
outras providências.

BRASIL. Lei 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Institui o Estatuto de Museus e dá outras


providências.

Normas Orientadoras
MINISTÉRIO DA CULTURA. Política Nacional de Museus. Memória e Cidadania. Brasília, 2003.

MINISTÉRIO DA CULTURA. INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. Plano Nacional Setorial de


Museus - 2010/2020, Brasília, 2010.

INTERNATIONAL COUNCIL OF MUSEUMS (ICOM). Professional Standards, in:


http://icom.museum/professional-standards/

25
Normas Específicas para a pesquisa & desenvolvimento em
preservação
Legislação
BRASIL. Lei n° 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à
pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências.

BRASIL. Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre regime jurídico dos servidores
público civis da união, das autarquias e das fundações públicas federais.

Normas Orientadoras
MINISTERIO DA SAÚDE. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Dispõe de diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

Declaração de Singapura sobre integridade em pesquisa, redigida na II Conferência Mundial sobre


Integridade em Pesquisa, realizada de 21 a 24 de julho de 2010. Dispõe sobre a condução
responsável de pesquisas.

Normas Específicas para educação em preservação e gestão de


acervos
Legislação
BRASIL. Lei n. 12.343/10. Estabelece o Plano Nacional de Cultura para o período 2010-2020.

BRASIL. Lei n. 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Resolução CNE/CEB Nº1/2004. Estabelece Diretrizes Nacionais para organização e realização de


estágios de alunos da Educação Profissional.

BRASIL. Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre regime jurídico dos servidores
público civis da união, das autarquias e das fundações públicas federais.

BRASIL. Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006. Institui a Política e as Diretrizes para o


Desenvolvimento de Pessoal da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, e
regulamenta.

Normas Orientadoras
Recomendação nº 195/2004 da OIT - Organização Internacional do Trabalho. Dispõe sobre o
Desenvolvimento dos Recursos Humanos: Educação, Formação e Aprendizagem.

Documento final do II Encontro Nacional de Educação Patrimonial – Ouro Preto/MG - 2011.

COC. Política de Ações de Educação Continuada. 2011. Apresenta os critérios e procedimentos que
norteiam a participação dos servidores em ações de educação continuada no âmbito da Casa de
Oswaldo Cruz, e serve de base para elaboração do “Plano Anual de Educação Continuada”.

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