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No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com
muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em
seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024,
que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no
CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de
Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio
foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você poderá
recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas
dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos,
ou seja, aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser
retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão.
Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário,
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini1 (1999) nos diz que “o livro didático já se
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da
forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA
eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes.
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CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.
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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024
Biologia
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para
elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O surgimento da Biologia e as suas grandes descobertas
A) APRESENTAÇÃO:
No início do 1o ano do EM, é muito importante explicar ao estudante como se desenvolveu o estudo da
Biologia ao longo da história. Dessa maneira, o estudante poderá compreender que a ciência se estabelece
a partir das observações, dos questionamentos, do debate de ideias, das experimentações, todos
estruturados a partir do método científico. Portanto, discutir sobre como os pensadores e os cientistas
buscavam explicações racionais para os fenômenos naturais, cada um em sua época, pode proporcionar ao
estudante o entendimento de que a ciência evolui e que o conhecimento não é definitivo e tampouco
absoluto, mas se modifica à medida em que surgem novos fatos e novas descobertas.
Neste sentido, a melhor indicação para o presente tema de estudo é desenvolver a habilidade
EM13CNT201, voltada para a compreensão do surgimento da Biologia (com grandes estudiosos da
história).
Uma maneira interessante de mostrar a história da Biologia é estabelecer uma linha do tempo apontando
como o ser humano reconheceu aspectos biológicos em seu entorno desde a pré-história, passando pelo
século IV a.C. com Aristóteles, depois, século XVII d.C. com a descoberta dos microrganismos pelo
estudioso Antony van Leeuwenhoek em 1650, até chegar, finalmente, nos tempos atuais. Esse planejamnto
auxiliará você, educador(a), a construir essa proposta.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
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Neste momento inicial, destaque a atuação de Aristóteles, no século IV a.C., ao observar os diferentes
seres vivos, classificando os animais como os que possuíam sangue e os que não possuíam sangue. Na
Idade Média, alguns estudiosos descreviam aspectos observados em vegetais e animais, gerando
fontes de informações que são usadas até a atualidade. A partir de 1650, com a descoberta dos
microrganismos por Antony van Leeuwenhoek, os cientistas aprofundaram mais seus estudos na
biologia, como o inglês Robert Hooke (1635-1703), criador do termo célula.
A partir daí, faça uma pergunta para uma maior
participação dos estudantes: quais outros grandes
estudos ou descobertas foram realizadas ao longo do
Imagem 1: QR code de acesso ao texto sobre o
tempo no estudo da biologia? Estimule-os a se
histórico da biologia
lembrarem de outros grandes estudiosos, tais como:
Lineu (1735), que formou o sistema de taxonomia e
nomenclatura dos organismos vivos, as ideias
evolucionistas de Lamarck em 1809, a proposta sobre a
evolução das espécies feita por Charles Darwin em 1859,
com o livro sobre a origem das espécies, Gregor Mendel
com a hereditariedade e as descobertas mais recentes
da genética e da biologia molecular.
Para isso, um texto que você, educador, pode-se basear,
está disponível no QR code da Imagem 1 (ou direto pelo Fonte: (Moraes, 2023)
link nas referências desse planejamento). Na lousa,
descreva uma linha do tempo com o nome dos
pensadores e cientistas com os respectivos anos em que
foram desenvolvidos seus estudos e/ou suas
descobertas.
2º MOMENTO
Neste momento, faça uma interação mais dinâmica com os estudantes sobre as grandes descobertas da
Biologia. Monte uma tabela na lousa com algumas dessas grandes descobertas científicas e dialogue
com a turma sobre o tema. Pergunte aos estudantes em qual época eles acham que aquelas
descobertas aconteceram, em outros momentos questione qual o nome do cientista que promoveu
aquele estudo, ou ainda, indague sobre qual a descoberta realizada por aquele estudioso e quais os
benefícios dela para o nosso cotidiano. Juntos, professor e estudantes devem preencher a tabela,
comentando a importância de tais descobertas para nossa sobrevivência e qualidade de vida dos dias
atuais.
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Tabela 1: exemplo de uma tabela com informações sobre alguns cientistas que pode ser incrementada
pelo professor:
Época da
Cientista Descoberta Benefícios para a ciência
descoberta
Carl Linnaeus Ele desenvolveu o sistema 1735 Por causa de suas descober-
para nomear e organizar tas científicas, ele é conhecido
organismos vivos que ainda como o pai da taxonomia e
usamos hoje. Por causa contribuiu para o estudo da
dessa e de suas outras ecologia moderna.
descobertas científicas, ele é
conhecido como o pai da
taxonomia moderna e da
ecologia moderna.
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Gregor Mendel Ele realizou experimentos 1865 Possibilitou às gerações pos-
com ervilhas que estabele- teriores uma melhor compre-
ceram muitas das regras de ensão do cruzamento de
hereditariedade, conhecidas animais e plantas, permitindo-
hoje como as Leis de Men- lhes favorecer certos traços
del (ou Leis da Hereditarie- desejáveis.
dade), ele determinou que
algumas características
eram dominantes e outras
recessivas.
Em seguida, peça aos estudantes, como tarefa de casa, que se aprofundem em pesquisar sobre um dos
estudiosos. Porém, oriente-os a descreverem como o cientista escolhido conseguiu chegar às
conclusões de sua descoberta e qual a importância dela para nossa vida. Posteriormente, peça que
socializem a pesquisa perante a turma e concilie os resultados trazidos por eles com os aspectos
trabalhados na(s) aula(s).
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Introdução ao método científico e suas etapas
A) APRESENTAÇÃO:
Neste planejamento, serão trabalhadas habilidades que estarão aplicadas para o entendimento do
estudo do método científico, sobretudo no campo das Ciências da Natureza.
Para iniciar o diálogo sobre o método científico, trabalhe construindo com os estudantes a percepção
sobre a diferença entre senso comum e pensamento científico. Será propício mostrar que o senso
comum é um conjunto de conhecimentos que são transmitidos pelas experiências de vida e, muitas
vezes, aceitos como verdadeiros por determinados grupos sociais. Esses conhecimentos abrangem
tradições, famílias, aspectos religiosos e, até mesmo, preconceitos que acabam sendo repassados ao
longo das gerações. Assim, afirmar que o senso comum não é racional e não apresenta cunho científico
é de grande relevância para que o estudante entenda o que, de fato, é a ciência. Por outro lado, o
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educador deve mostrar que foi a partir do senso comum que se desenvolveu o pensamento científico, o
qual gerou a criticidade e a metodologia.
Em seguida, aborde as etapas do método científico, destacando com os estudantes que esta sequência é
usualmente inserida no campo de estudo das Ciências da Natureza, porquanto não há um método
“engessado” para todas as áreas do conhecimento. Por exemplo, as Ciências Humanas podem usar
outros tipos de etapas quando comparadas à Biologia, apesar disso, não deixa de ser considerado um
método científico. Por fim, discuta com os estudantes sobre as questões éticas que envolvem a
construção da ciência e da tecnologia.
O estudo do presente tema conectado à conceitos teóricos e práticos será fundamental para que o
estudante possa realizar, ao longo do ano letivo, uma análise crítica dos estudos científicos.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Inicie a aula demonstrando a diferença entre o senso comum e pensamento científico, conforme já
sugerido na apresentação inicial deste planejamento. Explique que o senso comum, apesar de ser
repassado por muitos grupos de pessoas, não pode ser afirmado como algo válido ou inválido. Além
disso, é importante entender que o senso comum não necessariamente está ligado à religião, mas está
relacionado a crenças. Essas crenças podem ser falsas, ou até mesmo podem condizer com a realidade,
mas, todas elas, são informações que ainda não foram provadas. Algo interessante relacionado à
crenças (falsas ou verdades desconhecidas), é que são costumeiramente aceitas pelas pessoas e
constantemente compartilhadas por elas. Por outro lado, o conhecimento científico é diferente,
porquanto é desenvolvido por meio de um processo sistemático de investigação, utilizando métodos
científicos que envolvem observação, experimentação, análise de dados e revisão por pares. Ele é
baseado na objetividade, na verificabilidade e na fundamentação teórica. Para deixar mais claro, dê um
exemplo de senso comum e um exemplo de conhecimento científico.
Senso comum - Exemplo: “o Sol gira em torno da Terra”. Explique que esta é uma ideia comumente
aceita por muitas pessoas baseada na observação diária do sol, a qual aparentemente move-se no céu,
mas é equivocada.
Conhecimento científico - Exemplo: “a Terra gira em torno do Sol". A ciência sabe que é a Terra que
gira em torno do sol, o movimento de translação possibilita as estações do ano no nosso planeta.
Atualmente, esse movimento pode ser observado com auxílio de telescópios que estão presentes no
espaço.
Logo após essa explicação proponha uma atividade prática aos estudantes para entenderem melhor a
distinção entre o senso comum e o conhecimento científico. Para isso, trabalhe com eles um
experimento simples: Efeitos na água com a adição de sal.
Primeiro, leve somente um recipiente com água e peça aos estudantes que observem suas
características, como cor, transparência, odor, temperatura, entre outros. Em seguida, solicite que os
estudantes formulem suas hipóteses sobre o que acontecerá se uma colher de sal for dissolvida na
água. Então, pergunte: “Qual será o efeito da adição de uma colher de sal na água?”
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Os estudantes compartilharão suas opiniões com base no senso comum, como "a água ficará mais
salgada", "a água terá uma cor diferente", ou "a água ficará quente". O professor pode anotar essas
respostas no quadro para referência posterior.
Após isso, divida a turma em grupos com 4 integrantes e forneça os materiais necessários para realizar
a experiência. Os estudantes terão a oportunidade de dissolver uma colher de sal na água e observar o
que acontece.
● Água pura.
● Sal de cozinha (cloreto de sódio).
● Copos transparentes ou frascos de vidro.T
● Termômetro.
● Colher de sopa.
● Geladeira ou freezer.
Fonte: (Dias 2023)
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experimentação e a busca por evidências para elaborar explicações mais coerentes e precisas que
superem as limitações do senso comum.
Posteriormente, para consolidar o estudo do método científico, relembre por aquilo que foi discutido no
experimento, a importância da observação e da problematização (formular uma pergunta sobre um
fenômeno observado), como sugestão use a Imagem 2. Depois, explique que o questionamento viabiliza
a formulação de uma hipótese, conceitue “hipótese” e dê exemplos, esclareça que ela deve ser testada
por um experimento, repetidas vezes e controlada. Elucide o significado das possíveis variáveis nos
experimentos e suas importâncias, então, a partir daí, discuta como se analisa os resultados dos
experimentos, e que nesta etapa, a hipótese deve ser julgada, podendo ser abandonada, mantida ou
remodelada. Uma hipótese será entendida como verdadeira, se os resultados revelados forem ao
encontro do que se previa com a hipótese proposta. Com isso, se constrói uma explicação a partir dos
dados obtidos e as hipóteses testadas, que é a conclusão.
É necessário, também, explicar como um conjunto de hipóteses pode, ao longo do tempo, desvelar uma
teoria. A teoria é a melhor explicação sobre um determinado fenômeno em um certo momento, além
disso, ela possibilita a realização de previsões testáveis. No entanto, é fundamental frisar que uma teoria
é tratada como teoria científica de fato, por ser considerada falseável, quer dizer, ela não pode ser uma
verdade final e absoluta, pelo contrário, a teoria pode, inclusive, ser substituída por uma outra
elucidação, desde que seja melhor amparada por fatos e ideias. Portanto, toda teoria científica passa por
um processo de análise de falseamento.
As leis científicas também são falseáveis. Elas são descrições apoiadas por um grande corpo de
evidências que descrevem sobre um certo fenômeno.
Sugere-se que, neste momento, o professor diferencie categoricamente os conceitos de hipótese, lei
científica e teoria científica. Para finalizar, dê exemplos de cada conceito abordando o estudo da
Biologia, tais como: hipótese: (Panspermia); lei científica: (Lei de Mendel); teoria: (Teoria da Evolução),
entre outros.
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2º MOMENTO
Inicie este momento revisando os conceitos já trabalhados. Em seguida, para estimulá-los a aplicarem o
método científico, faça uma atividade prática com os estudantes de modo que eles mesmos possam
descrever cada etapa. Para isso, explique resumidamente a maneira pela qual o médico e pesquisador
escocês Alexander Fleming descobriu a Penicilina. Disponibilize de forma impressa ou projete na lousa,
as imagens 3 e 4. A imagem 3 representa a placa repleta de bactérias que Fleming havia preparado, já a
imagem 4 trata da mesma placa, a qual foi infectada de forma acidental pelo fungo Penicillium.
A ideia aqui é que o professor instigue os estudantes a desenvolverem o senso investigativo, ou seja,
que eles consigam elucidar a descoberta de Fleming usando o método científico a partir da observação e
do questionamento. Portanto, ao invés do professor já trazer a informação pronta de que "as bactérias
morrem na presença do fungo", questione-os durante a observação das fotos das placas, conforme o
passo 1.
Passo 1: Apresentação das imagens. Divida a turma em grupos de 3 integrantes e exiba as imagens
das placas observadas por Fleming, mostrando claramente a diferença entre as áreas onde o mofo
cresceu e as áreas onde as bactérias foram inibidas. Pergunte: “o que houve na placa de Petri com a
presença do fungo? Essa mesma observação ocorreu na placa de Petri sem a presença do fungo?” Ouça
o que os estudantes observaram a respeito disso. Gradativamente, o professor deve auxiliar os
estudantes a identificarem o que é a observação, o que é a pergunta central, o que é a hipótese, o que
é a experimentação, etc. Assim os estudantes protagonizarão melhor a construção das informações.
Imagem 3: Foto da placa de cultura bacteriana Imagem 4: Foto da placa de cultura bacteriana
com o fungo Penicillium
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Passo 2: Peça que discutam sobre o que eles podem inferir a partir das imagens e da descoberta de
Fleming. Encoraje-os a formular perguntas e hipóteses sobre o fenômeno observado e sua possível
aplicação.
Passo 3: Hipóteses e experimentação. Peça para que cada grupo formule uma hipótese explicando o
que eles acreditam ser a causa da inibição bacteriana observada. Em seguida, explique que o próximo
passo do método científico é testar essas hipóteses através de experimentos.
Passo 4: Planejamento do experimento. Ajude os grupos a criarem um plano de experimento para
testar suas hipóteses. Eles podem, por exemplo, elaborar um planejamento para tentar isolar e cultivar
o mofo observado por Fleming, expondo-o a diferentes tipos de bactérias para verificar sua capacidade
de inibição.
Durante a atividade, estimule os estudantes a relembrarem os conceitos estudados do método científico
e instigue-os a definirem: o que foi observado, qual a pergunta ideal para o fenômeno visto, qual
hipótese poderia ser aplicada e que experimento poderia ser realizado para chegar em um certo
resultado.
Abaixo, um modelo das etapas do método científico (da observação até a fase de experimento) com
relação ao que foi encontrado por Fleming para auxílio do professor.
▪ Observação: As bactérias morrem na presença do fungo.
▪ Pergunta: Por que as bactérias estão morrendo?
▪ Hipótese: O fungo produz componentes químicos que causam a morte das bactérias.
▪ Experimento: Colocar o fungo em contato com outras colônias bacterianas para verificar se o
fenômeno se repete. Isolar as substâncias químicas presentes nos fungos que estão em contato
com as bactérias. Testar separadamente cada uma das substâncias isoladas em colônias
bacterianas. Identificar qual das substâncias tem efeito antibiótico.
Ao final deste momento dê um feedback aos estudantes sobre a construção do método científico que
cada grupo realizou a partir das informações preliminares. Esta atividade desenvolve a habilidade
EM13CNT301.
3º MOMENTO
Até aqui, o professor promoveu um diálogo com os estudantes sobre como a ciência se desenvolve e
como ela contribui para o progresso da sociedade e do mundo à nossa volta. Além disso, foi abordado
que a metodologia científica é uma estrutura lógica que nos permite buscar o conhecimento, resolver
problemas e realizar novas descobertas. No entanto, a partir de agora, será muito importante levar os
estudantes a compreenderem um outro aspecto fundamental para a ciência, que é a maneira pela qual
são comunicados os resultados encontrados, ou seja, como fazer uma divulgação científica efetiva para
a sociedade sobre o que é descoberto.
Como um material de auxílio ao professor, abaixo está o QR Code de um vídeo que aborda as falhas da
comunicação dos cientistas com o público. Trata-se de um vídeo da pesquisadora da USP, Natália
Pasternak, bióloga e divulgadora científica.
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Imagem 5: QR code de acesso ao vídeo sobre as falhas da comunicação dos cientistas com o público
A proposta, portanto, para este momento é que seja utilizado um texto de divulgação científica, o qual
pode ser acessado em uma revista eletrônica de jornalismo científico, cujo QR code está ilustrado na
imagem 6, ou então, é possível acessá-lo pelo link das referências bibliográficas deste planejamento.
Sabe-se que, textos de divulgação científica tornam a ciência mais acessível e melhor compreendida,
porquanto traduzem pesquisas complexas em uma linguagem que pode ser entendida por um público
bem mais amplo. Isso precisa ficar claro para os estudantes!
O texto, então, vai tratar sobre: os microrganismos numa perspectiva sustentável para recuperação de
áreas contaminadas, o avanço da microbiologia (o uso de fungos e bactérias) no tratamento de
poluentes, o emprego da técnica da biorremediação, os dados e gráficos de uma alternativa sustentável
que ainda é pouco utilizada, os seus investimentos, etc.
A leitura desse texto promoverá discussões e interpretações em torno de um importante tema da ciência
que colabora para o desenvolvimento da habilidade EM13CNT302 e da habilidade EM13CNT301. Após o
período de debate, solicite que os estudantes se organizem em 6 grupos. Posteriormente, peça a eles
que planejem a produzam uma divulgação científica com temas da Biologia.
Proponha aos estudantes alguns temas, para que eles possam produzir algum tipo de divulgação
científica, como por exemplo:
● Poluição do ar e saúde.
● Vacinas.
● Verminoses.
● Sustentabilidade, lixo e reciclagem.
● Transgênicos.
● Conservação de alimentos.
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O professor deve destacar aos estudantes que é fundamental a inserção de dados em forma de tabelas
e gráficos, explicação de conceitos de forma clara e objetiva e informações atuais que sejam relevantes
ao público. É interessante que o professor incentive os estudantes a pesquisarem de forma profunda
sobre o assunto escolhido, a expressarem o que acharam sobre o tema e o que gostariam de abordar
antes de construírem o trabalho. Desse modo, o professor poderá nortear os estudantes quanto ao que
é plágio e quais são as fontes de informação que não são possíveis confiar.
Com relação aos tipos de divulgação científica, proponha aos estudantes as seguintes possibilidades:
confecção de panfleto ou uma cartilha educativa, formação de um infográfico contemplando gráficos
e/ou tabelas com dados significativos, produção de vídeos curtos explicativos que podem ser postados
nas redes sociais, criação de entrevistas, ou até mesmo de podcasts, etc.
Proponha aos professores de Artes e Língua Portuguesa uma participação nesta atividade, de modo que
trabalhem com os estudantes a escrita, a oralidade e o desenvolvimento artístico dos estudantes no
modelo de divulgação científica escolhido. A interdisciplinaridade proporcionará um trabalho mais
robusto e com maior envolvimento.
Dê um prazo de alguns dias para os estudantes organizarem a atividade, e depois, peça que cada grupo
socialize a divulgação científica escolhida com a produção da atividade. Assim, o educador poderá
avaliar, independentemente do tipo de material construído, a compreensão dos estudantes sobre a
divulgação científica, o tema escolhido e a importância de se propagar o conhecimento científico.
Atividade esta que se relaciona com o desenvolvimento da habilidade EM13CNT303, de modo que esse
momento possibilitará aos estudantes, o exercício do pensamento crítico e científico.
4º MOMENTO
Recursos e providências Lousa, pincel para lousa, TV ou projetor com vídeos sobre a ética
na genética.
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Imagem 7: QR code de acesso ao texto sobre ética
É interessante, também, abordar sobre o surgimento da bioética, que está ligado às discussões no
campo da saúde e pesquisas de todas as formas de vida. Durante muito tempo, códigos e
procedimentos de ética nas atividades médicas foram discutidos e modificados. Mas, em função de
casos, como experimentos realizados no regime do nazismo e polêmicas sobre a autonomia de pacientes
escolherem seus próprios tratamentos médicos, observou-se ser fundamental impor critérios para
condutas e discussões sobre essa área. Explique que a bioética é uma ciência multidisciplinar que visa
estudar criticamente aspectos relacionados à progressão da tecnologia, saúde pública, medicina,
biologia, práticas científicas, pesquisas acadêmicas, etc. É a bioética que favorece uma reflexão sobre
diversos embates da sociedade, para que sejam realizadas escolhas de forma consciente e coerente.
Posteriormente, mencione aos estudantes que, no estudo da biologia, os avanços recentes da genética
têm gerado uma série de discussões sobre as implicações bioéticas nesta área do conhecimento.
Apresente de forma sucinta o crescimento da genética com a edição de genes CRISPR e a medicina
personalizada. Explique, de forma clara e objetiva o que é a CRISPR e como é utilizada na tecnologia
envolvendo o DNA. Em sequência, apresente dois vídeos na Plataforma do YouTube, um em seguida do
outro, trata-se de duas reportagens do programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, vídeos estes
que se relacionam com a ética na ciência. O primeiro vídeo apresenta a reportagem do programa
Fantástico sobre Manipulação Genética e Ética nas pesquisas, com 7 min e 50 s de duração, disponível
no QR Code da imagem 8:
Imagem 8: QR code de acesso ao vídeo sobre a manipulação genética e ética nas pesquisas
O segundo vídeo é uma outra reportagem do programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, sobre o
nascimento de gêmeas com DNA geneticamente modificado, com 8 min e 47 s de duração, disponível
em:
Fonte: (Cientista anuncia nascimento de gêmeas com DNA geneticamente modificado, 2023]
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Professor, para finalizar, promova uma discussão com os estudantes sobre os desdobramentos do
avanço da genética e, principalmente, sobre a pesquisa, os procedimentos e as atitudes do médico
pesquisador apresentado no segundo vídeo. Ouça a opinião dos estudantes e faça uma mediação das
ideias trazidas por eles em relação aos vídeos.
Após esse período, o professor pode escrever uma questão na lousa para os estudantes responderem de
maneira pessoal: “Deve-se permitir a manipulação de genes de modo que seja modificada a
predisposição de características indesejadas pelos pais, em seus filhos, antes de nascerem? Justifique.”
As respostas desenvolvidas pelos estudantes serão importantes para o educador avaliar a compreensão
dos conceitos relacionados à bioética trabalhados durante esse momento pedagógico.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Como a vida surgiu?
A) APRESENTAÇÃO:
Nesta aula, será possível observar a importância de se ter estudado o tema anterior, o método científico,
pois, a partir deste momento, o conhecimento construído até aqui será muito útil para analisar as
hipóteses modernas que visam explicar a origem da vida no nosso planeta. Para discutir esse tema serão
trabalhadas duas habilidades organizadas nesse planejamento.
Um questionamento que, muitas vezes, estudantes realizam é: por qual motivo se estuda a história do
planeta Terra em Biologia? Alguns poderiam sugerir que, o ideal, seria abordar esse tema em Geografia,
em Astronomia ou em Geologia. No entanto, o professor deve explicar que a vida está intimamente
relacionada aos aspectos químicos, estruturais e físicos da Terra, de modo que as espécies estão
plenamente adaptadas ao ambiente onde estão inseridas, logo, entender como o nosso planeta foi
formado e como se transformou no decorrer do tempo é fundamental para se ter uma dimensão de
como ocorreu a história da vida aqui.
Uma outra pergunta corriqueira dos estudantes e que, certamente, cada um de nós um dia já fez, é: De
onde viemos? Aproximadamente a uns três séculos atrás, as explicações mais usadas para a origem da
vida estavam basicamente ligadas à religião, quer dizer, os seres vivos teriam sido formados por um
agente espiritual de extremo poder. Já há algumas décadas, a progressão científica tem mostrado novos
dados para essa questão. Explique, professor, que o crescimento da Cosmologia, área científica que
estuda os corpos celestes, o sistema solar, o universo de um modo geral, conduziram os estudiosos a
desenvolverem a teoria do big bang. Apresente a essência desse modelo científico. Logo em sequência,
você pode abordar que, a partir de Pasteur, a teoria amplamente aceita para formação dos seres vivos é
a biogênese, na qual todo ser vivo é formado a partir de outro ser vivo preexistente, seja pela
reprodução sexuada ou pela reprodução assexuada. No entanto, é fundamental destacar que esse
princípio da ciência não explica como surgiu a primeira vida na Terra. Posteriormente, apresente a
hipótese da panspermia cósmica, em seguida, as duas hipóteses mais aceitas para explicar o surgimento
da vida (hipótese autotrófica e hipótese heterotrófica), destacando que, ambas, admitem que a vida
surgiu, em algum momento, a partir de compostos não vivos encontrados no ambiente.
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B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Inicie este planejamento apresentando a teoria do big bang e os desdobramentos que, ao longo de
algumas centenas de milhões de anos, deram origem às primeiras estrelas, aos corpos celestes de
grandes dimensões, formados por hidrogênio e hélio, etc. Concomitantemente, a atração da gravidade
conduziu a origem de aglomerados de estrelas e de matéria cósmica, foram as primeiras galáxias.
Mencione também sobre a formação do sistema solar, a distância entre o sol e a Terra, a distância entre
a lua e o nosso planeta, circunstâncias estas que foram e são fundamentais para o estabelecimento da
vida no planeta Terra. O professor pode ilustrar a teoria do big bang, a formação do sistema solar e da
Terra projetando as imagens a seguir:
Imagem 1: a teoria do Big Bang descreve a origem do Imagem 2: a origem do Sistema Solar teria ocorrido a partir
Universo a partir de uma grande explosão que ocorreu há do colapso de uma nebulosa
aproximadamente 14 bilhões de anos.
Imagem 3: A Terra teria sido formada entre 4,5 e 4,6 bilhões de anos.
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Neste momento, o professor pode apresentar um vídeo sobre a formação do planeta Terra. Acesse pelo
QR code na imagem 4 ou por meio das referências bibliográficas do presente planejamento:
Em todo esse momento pedagógico, mas, principalmente, a partir da abordagem sobre a formação do
planeta Terra, será muito importante discutir com os estudantes as virtudes e as limitações da ciência.
Deixar claro que a ciência se relaciona com o mundo natural e não se propõe a resolver questões
sobrenaturais, religiosas ou morais, apesar de que, em algumas oportunidades, ela acaba contribuindo
para essas reflexões. Precisa ficar muito claro para os estudantes que a ciência e a religião são campos
completamente distintos e que não podem ser comparados, pareados ou associados durante as aulas
sobre a origem do universo, da vida ou do ser humano. Destaque que a ciência tem como base o
método científico, já a religião tem como base a crença, são elementos bem diferentes.
Esclareça também, que ciência é um processo de pesquisa contínuo e autocorretivo, baseado em
evidências e experimentos. As teorias científicas são consideradas provisórias e passíveis de revisão,
modificação ou até mesmo refutação, com base em novas descobertas ou evidências. A ciência está
sempre aberta a críticas, questionamentos e melhorias.
2º MOMENTO
Neste momento, mostre que o método científico, conteúdo estudado no planejamento anterior, foi
implementado na investigação sobre a formação da vida. Destaque os debates que ocorreram sobre
esse tema ao longo do tempo, geração espontânea x biogênese. Apresente o conceito de geração
espontânea trazido por Aristóteles (para ele, havia a existência de um princípio ativo em determinadas
partes da matéria inanimada), e explique como essa hipótese se manteve “viva” até o século XVII. Fale
sobre Jean van Helmont (1557-1644), que em 1621 desenvolveu uma “receita” para formação de
roedores. Segundo ele, uma camisa suja (princípio ativo) misturada com trigo, após algum tempo,
produzia ratos por geração espontânea.
Em seguida, organize os estudantes em grupos de 4 integrantes. Explique que, para refutar a ideia da
geração espontânea, o italiano Francesco Redi (1626-1697) propôs uma investigação sobre a origem dos
vermes que surgiam na carne em decomposição. Assim, proponha uma atividade prática em que os
estudantes possam reproduzir o experimento de Redi. Forneça materiais simples, para que eles criem
seus próprios experimentos testando a hipótese da geração espontânea:
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Imagem 5: Experimento de Redi. As moscas só são capazes de entrar em contato com a carne presente em recipientes
abertos, reforçando a biogênese
Materiais:
Procedimentos:
− Certifique-se de que os frascos estão limpos e secos antes de começar o experimento.
− Coloque uma quantidade igual de carne ou frutas nos dois frascos.
− Cubra um dos frascos com a tela ou gaze, prendendo firmemente com o elástico ou barbante.
− Deixe o outro frasco aberto, sem nenhum tipo de cobertura.
− Faça pequenos furos na tampa do frasco coberto com a tela ou gaze, utilizando a agulha
esterilizada. Isso permitirá a entrada de ar, mas evitará a passagem de moscas ou larvas.
− Coloque os frascos em um local da escola onde possam ser observados por um período de
tempo.
− Registre as observações diariamente. Anote qualquer mudança na carne ou frutas, incluindo o
surgimento de moscas, larvas ou outros organismos.
− Após alguns dias, compare os resultados dos dois frascos. O frasco coberto com a tela ou gaze
não deverá conter nenhum organismo, enquanto o frasco aberto provavelmente estará
contaminado com moscas ou larvas.
Após os estudantes realizarem o experimento, incentive-os a discutir os resultados obtidos. Peça para
que eles compartilhem suas observações e se estas apoiam ou refutam a teoria da geração espontânea.
Finalize esse momento, destacando a importância do experimento de Redi no contexto histórico da
ciência. Explique como essa descoberta contribuiu para o avanço do conhecimento científico e para a
refutação das hipóteses anteriores.
20
3º MOMENTO
Inicie este momento, destacando que na mesma época das experiências de Francesco Redi, ocorreu a
descoberta dos microrganismos por Antony van Leeuwenhoek. Por isso, retornou então, a discussão
sobre a geração espontânea, mas, dessa vez, no mundo microscópico. Apresente o debate científico
realizado entre Needham e Spallanzani. Discuta que, em 1748, o inglês John Needham (1713-1781)
montou experimentos que endossaram a explicação da geração espontânea dos germes, enquanto o
italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) era totalmente contrário a essa ideia e também promoveu
experiências para comprovar o que pensava.
(A) (B)
Passo 1: Pesquisa e preparação - peça aos estudantes que pesquisem e preparem argumentos e
evidências para defender as ideias do grupo ao qual foram designados. Eles devem procurar por
experimentos, observações e resultados que sustentem a posição de Needham ou de Spallanzani.
Passo 2: Elaboração do roteiro - com base nas pesquisas feitas, os estudantes devem elaborar um
roteiro para o debate. O roteiro deve incluir uma introdução, onde cada personagem apresenta sua
posição, e uma série de argumentos e refutações que corroboram com as ideias do cientista que a
equipe defenderá.
Passo 3: Ensaios - peça aos grupos para ensaiarem suas falas e se familiarizarem com os argumentos
e posições de cada cientista. É importante que os estudantes se preparem para debater respondendo às
perguntas e as refutações do grupo opositor.
21
Passo 4: Debate - no dia da atividade, organize os estudantes colocando-os em lados opostos na sala
de aula. Eles devem se posicionar em seu respectivo grupo e iniciarem o debate baseado em suas
pesquisas. O professor deve ser o mediador do debate para maior organização das discussões.
Passo 5: Discussão - após o debate, realize uma discussão com todos os estudantes sobre as
diferentes posições apresentadas e as evidências que cada lado trouxe. Incentive os estudantes a
analisarem criticamente as ideias de Needham e Spallanzani e a tirarem suas próprias conclusões sobre
a questão da geração espontânea.
Passo 6: Conclusão - encerre a aula reforçando as principais ideias discutidas durante o debate e
destaque a importância de experimentos e evidências científicas para a construção do conhecimento.
Por fim, certifique-se de que os estudantes compreendam que o debate é uma atividade educacional e
que as posições representadas não necessariamente refletem suas próprias opiniões.
4º MOMENTO
Neste momento, relembre alguns pontos centrais das ideias de Needham e Spallanzani e mostre que a
hipótese da geração espontânea somente foi desconsiderada completamente, com o trabalho de Louis
Pasteur em 1862. Apresente a imagem 6 para mostrar aos estudantes como Pasteur desenvolveu o
experimento.
Aqui, será importante o professor salientar que a biogênese refuta a geração espontânea, mas não
contradiz a abiogênese. Pois o termo abiogênese pode ser usado para designar hipóteses sobre a
origem da primeira vida na Terra, como a evolução química da vida.
Em seguida, promova uma atividade lúdica e interativa sobre o experimento realizado por Louis Pasteur,
que refuta a teoria da geração espontânea.
22
Proposta de atividade: “Investigação: como Pasteur refutou a geração espontânea?”
O objetivo desta atividade visa estimular a pesquisa, a colaboração e o raciocínio crítico dos
estudantes.
Desenvolvimento da atividade:
1. Divida a turma em grupos de 6 estudantes. Cada grupo receberá uma caneta ou lápis.
2. Explique aos estudantes que eles estão prestes a embarcar em uma investigação científica, onde
deverão responder perguntas sobre o experimento de Pasteur e a teoria da geração espontânea.
3. Instrua os grupos a se dispersarem no espaço físico e procurarem os cartões contendo as
perguntas. Eles podem usar a caneta ou lápis para anotar suas respostas em um papel separado.
4. Assim que um grupo encontrar uma pergunta, eles devem lê-la em voz alta para todos ouvirem;
em seguida, deverão discutir e chegar a um consenso sobre qual é a resposta correta.
5. Quando o grupo tiver encontrado todas as perguntas e respondido, eles devem procurar o cartão
com a resposta para conferir se estavam corretos.
6. Uma vez que todos os grupos tenham concluído a investigação, reúna a turma para uma
discussão sobre as respostas corretas e os conceitos trabalhados.
7. Finalmente, o grupo vencedor, será aquele que encontrar todas as perguntas e responder
corretamente em um menor tempo possível.
23
5º MOMENTO
Durante a leitura do texto, especificamente na parte que trata sobre a hipótese da panspermia cósmica,
será fundamental o professor discutir os aspectos pelos quais ela não é aceita por boa parte da
comunidade científica. Por exemplo, ela não apresenta fundamentos que descrevem a sobrevivência dos
microrganismos às condições espaciais e ao calor pela passagem na atmosfera. Além disso, não há
explicações a respeito de como a vida foi formada, apenas a modifica para o espaço sideral. Por outro
lado, se achar válido, comente sobre as evidências científicas, as quais revelam que grande parte da
água e uma parte dos compostos orgânicos presentes desde os primórdios da Terra foram trazidos do
espaço por meteoritos e cometas que atingiram a superfície do planeta. Desse modo, o espaço não teria
trazido os seres primitivos, no entanto, teria contribuído com as moléculas essenciais para a formação
de vida.
Se o professor achar pertinente, durante a leitura do texto, pode-se realizar a projeção da imagem 8
para explicar a panspermia cósmica.
24
Depois disso, na parte do texto em que se aborda a proposta elaborada por Oparin e Haldane (hipótese
heterotrófica), apresente um esquema na lousa simulando a atmosfera primitiva no período em que a
vida teria sido formada segundo esta hipótese: os principais compostos químicos, a radiação ultravioleta,
a falta da camada de ozônio, a presença das descargas elétricas, a formação dos primeiros componentes
orgânicos simples, depois, os complexos, adiante, os coacervados e, finalmente, as células primitivas.
Em seguida, o professor pode explorar a imagem 10, “experimento de Miller e Urey”, para contextualizar
a hipótese de Oparin e Haldane. Mencione que o experimento deu suporte para que a hipótese fosse
viável. Por outro lado, é necessário estabelecer uma crítica, porquanto o modelo exige uma atmosfera
com baixíssima quantidade de oxigênio, e as evidências geológicas não apoiam a ocorrência dessas
condições.
Ainda no texto, quando chegar na hipótese autotrófica, relembre com os estudantes as características
dos seres autótrofos e dos seres heterótrofos, a revisão desses conceitos é sempre bem-vindos. Depois,
mencione que esta ideia aponta para a origem de uma cadeia de eventos metabólicos e complexos que
estão inseridos em um ambiente simples, resolvendo a questão da obtenção de alimento. Essa hipótese
tem como suporte a existência de uma biocenose, em fendas vulcânicas marinhas mantidas, por
processos de quimiossíntese e pela função catalisadora de argilas.
Logo na sequência, proponha uma atividade na qual os estudantes serão divididos em grupos com 4
integrantes. Crie uma tabela em branco para ser preenchida com informações sobre cada uma das
hipóteses, conforme modelo da tabela 1. A ideia é que os estudantes sejam os protagonistas da
construção do conhecimento, completando a tabela de forma colaborativa.
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Tabela 1: características das hipóteses sobre a origem da vida
Hipótese auto- Evolução metabólica da Tem como suporte a exis- Existem seres vivos
trófica vida: mecanismos bioener- tência de uma biocenose muito mais simples do
géticos primitivos de síntese em fendas vulcânicas ma- que as plantas que são
rinhas mantidas por pro- capazes de conseguir a
de alimento (quimiossínte-
cessos de quimiossíntese e sua energia a partir de
se) teriam possibilitado o pela função catalisadora compostos inorgânicos.
desenvolvimento celular. de argilas.
As primeiras células vivas
teriam características auto-
tróficas.
Sugira que cada grupo pesquise sobre a panspermia cósmica, a hipótese de Oparin e Haldane e a
hipótese autotrófica. O professor deve sugerir que os estudantes utilizem como fontes de pesquisa: o
livro didático trabalhado na escola, o próprio texto lido, e ainda, recursos on-line como o laboratório de
informática (caso seja disponível na escola). Uma outra fonte que o professor deve viabilizar aos
estudantes é o artigo científico: “Algumas controvérsias sobre a origem da vida”. O QR code da Imagem
11 confere acesso ao texto, ou então, acesse o link nas referências deste planejamento.
26
Imagem 11: QR code de acesso ao texto sobre controvérsias da origem da vida
À medida que os grupos encontrarem informações relevantes, eles vão preenchendo a tabela de forma
colaborativa. O professor pode auxiliar os estudantes na busca por informações esclarecendo possíveis
dúvidas.
Após um tempo determinado, o professor deve reunir a turma e pedir que cada grupo compartilhe o que
encontrou sobre a panspermia cósmica. Enquanto isso, o professor anota no quadro as informações
mais importantes encontradas por cada grupo.
Em seguida, o mesmo processo deve ser repetido para a hipótese de Oparin e Haldane e,
posteriormente, para a hipótese autotrófica. Novamente, os grupos devem preencher suas tabelas
colaborativamente e compartilhar os resultados com a turma.
Ao final da atividade, a tabela comparativa estará completa com informações sobre as três ideias. O
professor deve estimular uma discussão em sala de aula, utilizando a tabela como base, para que os
estudantes possam analisar as evidências encontradas e tirar suas próprias conclusões sobre as
diferentes hipóteses.
Reforce com os estudantes que as hipóteses (autótrofa e heterótrofa) tratadas nesta aula, têm pontos
positivos e negativos, ou seja, não há uma ideia errada e outra certa, mas, na realidade, a pesquisa
científica progressivamente alcança novos dados e avaliações.
27
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Os fundamentos da evolução biológica
A) APRESENTAÇÃO:
Nesta aula, professor, você irá tratar sobre o estudo das ideias evolucionistas. Será importante dizer que
o evolucionismo está apoiado nas evidências da ciência, em aspectos arqueológicos, antropológicos,
paleontológicos, genéticos e geológicos. Além disso, pode-se mencionar que o evolucionismo é o ponto
de vista da ciência para explicar de forma racional e coerente um arcabouço de fatos sobre a formação
da diversidade dos organismos vivos no nosso planeta. Para isso, a discussão deste tema contempla
duas habilidades organizadas neste planejamento.
Alguns estudantes, sobretudo aqueles com uma cultura religiosa enraizada, podem trazer indagações
sobre a inconciliabilidade entre ciência e fé, no que diz respeito à origem da diversidade dos seres vivos
e a formação da espécie humana. Discuta com os estudantes que a religião e a ciência possuem
finalidades diferentes: a religião procura um sentido para a existência do ser humano, enquanto a
ciência busca elucidar as ocorrências e fatos da natureza. Se o professor achar pertinente, pode
promover algumas discussões com os estudantes sobre o estudo do evolucionismo nas escolas e a sua
relação com a religião, contudo é interessante evitar polêmicas e embates que podem derivar do
assunto central das aulas.
Assim, esta sequência de aulas tratará, numa perspectiva histórica, cronológica e técnica sobre as
principais hipóteses e teorias que tentaram explicar a origem da variedade dos seres vivos e o que a
ciência enxerga como realidade hoje.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
28
Sugere-se que, como ponto de partida, o professor escreva algumas perguntas na lousa para os
estudantes responderem:
● As espécies podem passar por modificações no decorrer do tempo?
● Evoluir é a mesma coisa que melhorar?
● A evolução tem propósito?
● Uma espécie pode evoluir e ser extinta?
● Imagine que o meio ambiente passe por modificações bruscas, o que aconteceria com os
organismos das espécies que vivem ali?
O professor pode organizar os estudantes em grupos de 3 participantes para dialogarem sobre estas
questões durante uns 10 minutos. Posteriormente, peça que socializem suas ideias com a turma. O
intuito aqui, é instigar os estudantes com um período breve de discussões e verificar suas concepções
prévias a respeito desse assunto.
2º MOMENTO
Inicie a aula abordando sobre o Fixismo, Criacionismo e as concepções religiosas, que se coadunam com
as visões de mundo que, normalmente, os estudantes trazem consigo ao longo do tempo.
Duas concepções que precisam ser desfeitas sobre a evolução: primeiro - a evolução tem o mesmo
significado que melhora e segundo - a espécie humana é o maior nível da evolução.
Após explorar os conceitos de fixismo e transformismo, explique a hipótese de Lamarck. Mencione que
suas ideias, apesar de parecerem absurdas, possuíam propósito e contexto. Lamarck, inclusive, foi um
pesquisador muito respeitado pela sociedade e por grandes estudiosos daquela época. Mas, quais foram
suas ideias? Para ele, no momento em que o ambiente se modifica, os organismos se modificam
também. Assim, a evolução se daria em um desenvolvimento linear e progressivo. Então, ele propôs: a
lei do uso e desuso e a lei da herança de caracteres adquiridos.
Neste momento, na perspectiva Lamarckista, podem ser dados alguns exemplos, tais como: o “famoso”
desenvolvimento do pescoço da girafa, o porquê dos bagres-cegos de caverna serem cegos, a formação
das membranas interdigitais nas nadadeiras dos patos, etc. Trabalhe estas ideias com os estudantes, os
exemplos são bem didáticos para compreenderem o posicionamento desse estudioso.
Logo em seguida, proponha uma atividade simples para trabalhar as ideias de Lamarck:
Divida os estudantes em grupos com 4 integrantes. Crie uma tabela para que os estudantes preencham
com explicações sobre as mudanças do corpo dos organismos ao longo do tempo. A ideia é que os
estudantes sejam os protagonistas da construção do conhecimento, completando a tabela de forma
colaborativa com base em alguns exemplos que o professor tenha trabalhado ao longo da aula em
relação às ideias de Lamarck.
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Tabela 1: características adquiridas pelo uso e/ou desuso
Aquisição de uma língua comprida Os tamanduás teriam desenvolvido línguas compridas para
em tamanduás. alcançar formigas e cupins nos buracos em que vivem esses
insetos. Essa característica seria adquirida ao longo do tempo
por meio do uso repetido da língua, transmitindo-se para as
gerações seguintes.
3º MOMENTO
Antes de abordar as ideias centrais da Teoria da Evolução proposta por Charles Darwin, é muito
importante que os estudantes conheçam a história desse renomado cientista e naturalista inglês. Então,
sugere-se a apresentação de um documentário “A origem das espécies e a seleção natural (Charles
Darwin)” de (43 min e 54 s de duração) para introduzir esse tema de estudo. O vídeo fala sobre a
dinâmica de sua vida pessoal desde sua infância, seus pais, passando pelas pesquisas e descobertas,
seu casamento, seus filhos, depois pela publicação do livro “A origem das espécies”, seu
envelhecimento, até chegar ao final da vida de Darwin. Este material também mostra sobre a viagem de
Charles Darwin a bordo do HMS Beagle, o que é muito relevante para os estudantes conhecerem como
esta expedição possibilitou experiências e a formulação de sua teoria revolucionária.
O vídeo do youtube está disponível no QR code da imagem 1 e também nas referências do presente
planejamento:
30
Imagem 1: QR code de acesso ao vídeo sobre o documentário - A Origem das Espécies e a
Seleção Natural
4º MOMENTO
Neste momento, relembre alguns pontos do documentário exibido na aula anterior, especialmente sobre
a permanência de Darwin em Galápagos, onde possibilitou ao naturalista visualizar inúmeros
organismos, como por exemplo as aves tentilhões.
Destaque que Darwin concluiu que o formato do bico das espécies de tentilhões está relacionado aos
tipos de alimentos que eles consomem. Para melhor compreensão dos estudantes, projete a imagem 2
na lousa ou imprima cópias desta, ilustração para, que eles possam acompanhar a explicação sobre a
variação do formato dos bicos dos tentilhões. Conceitue a seleção natural e explique que os indivíduos
que possuem certas características as quais lhes dão vantagem para sobreviver, são favorecidos. Logo,
são eles que terão descendentes.
Para abordar essas ideias de Darwin, solicite aos estudantes que trabalhem para identificar as melhores
associações entre os alicates da ilustração abaixo com as sementes. Para isso, projete as imagens com o
auxílio de um projetor ou uma TV. Pergunte: será que um alicate com a ponta mais grossa poderá
31
capturar uma semente pequena? E um alicate de extremidade fina quebrará uma semente grande?
Assim como Darwin observou em Galápagos, os estudantes poderão, de uma certa forma, tentar realizar
esta mesma associação na sala de aula.
Imagem 3: Alicates com diferentes pontas que podem ser associados aos diferentes bicos de tentilhões.
5º MOMENTO
Neste momento, para abordar a especiação, sugere-se a introdução de algumas questões para serem
32
discutidas com os estudantes. São perguntas relacionadas aos tipos de seleção, a especiação
propriamente dita e as evidências da evolução. São elas:
● Como se dá o surgimento de novas espécies?
● O que é uma espécie?
● Todos nós, seres humanos, somos da mesma espécie ainda que tenhamos muitas diferenças
fenotípicas?
● E os cães, são todos da mesma espécie?
● Quais são as principais evidências que nos fazem entender que a evolução ocorre?
O professor pode organizar os estudantes em grupos de 3 participantes para dialogarem sobre estas
questões durante uns 10 minutos. Posteriormente, peça que socializem suas ideias com a turma. O
intuito aqui, é instigar os estudantes com um período breve de discussões e verificar suas concepções
prévias a respeito desse assunto.
Nesta aula, o professor deve abordar sobre os tipos de seleção natural e suas variações, focando em
como ocorrem os diferentes resultados da seleção natural nas populações. Explique que a seleção
natural pode implementar fenótipos variados assim como a frequência de alelos. Deixe claro aos
estudantes que, seja qual for o tipo de seleção natural, ela não vai conceder variabilidade, porquanto ela
somente seleciona a partir da variabilidade já existente.
Quando explicar os tipos de especiação (alopátrico e simpátrico), mostre como ocorre o isolamento
geográfico e também o isolamento reprodutivo (pré-zigótico e pós-zigótico).
Sugere-se que, ao final da aula, o professor retome as mesmas perguntas apresentadas no
início da aula para avaliar o aprendizado dos estudantes.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A organização hierárquica da vida e a nutrição dos ecossistemas.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), o objeto de conhecimento “níveis de organização biológicos”, é muito importante para os
estudantes iniciarem o estudo da Ecologia. O entendimento desse tema contemplando as habilidades
EM13CNT202X e EM13CNT203X, possibilitará uma visão mais ampla da Biologia como um todo. Para
isso, o professor pode iniciar pelos aspectos macroscópicos até chegar nos exemplos atômicos. Tal
conteúdo aliado aos “Fundamentos da Ecologia”, contemplam pré-requisitos para que os estudantes
entendam conceitos sobre: as relações tróficas no ecossistema, fotossíntese e respiração celular.
Portanto os exemplos do cotidiano serão fundamentais. Depois, aborde que a manutenção da vida, a
própria hierarquização e organização dos organismos, dependem de energia e de nutrientes, os quais
são usados, especialmente, nas atividades metabólicas. Após aprenderem esses conhecimentos, os
estudantes terão condições de entender que todos os ecossistemas dependem da energia solar, a qual é
transformada em energia química através da fotossíntese e que, consequentemente, ocorre um fluxo de
energia no ecossistema.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
A sequência de aulas terá início com o objeto de conhecimento “Níveis de organização”. Para abordá-lo,
será interessante, primeiro, definir o nível “organismo”, por se tratar de um conceito mais claro para os
34
estudantes. Em seguida, incentive-os a citar exemplos de organismos unicelulares e pluricelulares,
autótrofos e heterótrofos, animais e vegetais, aquáticos e terrestres, etc. Posteriormente o professor
pode contextualizar os exemplos mostrando que existem áreas específicas que estudam uma única
espécie, como por exemplo a Medicina, ou mais de uma espécie, como a Veterinária. Mencione que
essas áreas estão dentro de um contexto da biologia. Na sequência, peça aos estudantes que deem
exemplos de algumas especialidades médicas que já ouviram falar ou que tiveram contato, como a
cardiologia, a pediatria, a ortopedia, a endocrinologia, entre outras. Peça-lhes que relacionem as
especialidades com os sistemas do corpo humano, isso será didaticamente mais fácil de associarem,
compreenderem e seguirem os níveis de organização até os átomos. Após essa abordagem o professor
pode projetar a imagem 1 na lousa para contextualizar o que foi ensinado.
Explique aos estudantes que os organismos unicelulares não têm alguns níveis de organização, tais
como, tecidos, órgãos e sistemas. Posteriormente, destaque os níveis de organização que pertencem ao
estudo da Ecologia (população, biocenose, ecossistema e biosfera). Nesse momento, o professor pode
apresentar a definição de população, e depois, diferenciar as características entre comunidade e
ecossistema. Isso será muito importante para introduzir alguns conceitos fundamentais da ecologia.
Para envolver os estudantes de maneira mais dinâmica, sugere-se uma atividade. Selecione imagens da
internet que caracterize cada nível de organização até o nível organismo. Escolha três imagens
representando cada nível (três átomos, três moléculas, três organelas, três células, três tecidos, três
órgãos, três sistemas e três organismos) todos diferentes entre si. Em seguida, separe os estudantes em
grupos com três participantes, e distribua de forma aleatória as ilustrações (uma imagem de cada nível)
para cada grupo. Solicite-lhes que coloquem em ordem crescente de nível de organização.
O professor tem duas opções para aplicar esta atividade: a mais desafiadora delas seria aplicá-la antes
de expor o assunto, ou então, explicar as definições de cada nível de organização primeiro, e propor a
atividade posteriormente.
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2º MOMENTO
Neste momento, o professor pode explicar dois conceitos fundamentais no estudo da Ecologia: hábitat e
nicho ecológico. Ao abordar sobre o nicho ecológico, é importante elucidar o princípio da exclusão
competitiva de Gause, para que os estudantes compreendam por que uma espécie exótica pode destruir
espécies nativas pela competição.
Na sequência, discuta sobre a fragmentação de hábitat e suas consequências para as espécies nativas,
tais como: redução dos cruzamentos, problemas para achar parceiros sexuais, alimentos e abrigo nos
fragmentos de mata. Aborde sobre os riscos de atropelamentos quando os fragmentos se fazem
presentes em locais próximos das rodovias. Explique também sobre as maiores possibilidades de
espécies exóticas se instalarem nos fragmentos, especialmente por conta do efeito de borda, o qual
aumenta a área de entrada dos organismos. Destaque que na borda pode ocorrer alteração nos fatores
climáticos, como por exemplo: aumento da temperatura e redução da disponibilidade de água, aspectos
estes que modificam o ecossistema prejudicando as espécies nativas.
No final deste momento, o professor pode falar a respeito de uma das formas de reduzir os efeitos da
fragmentação de hábitat, que seria conectar os fragmentos usando os corredores ecológicos. Explique
aos estudantes que a melhor opção é manter os corredores de matas nativas, porém é possível
reflorestar áreas para reaproximar os fragmentos. Após essa abordagem o professor pode projetar a
imagem 2 na lousa para contextualizar o que foi ensinado.
Imagem 2: Corredores ecológicos, os quais promovem a ligação entre duas áreas fragmentadas,
gerando a continuidade do habitat
Por fim, para aprofundar o desenvolvimento da habilidade EM13CNT202X, sugere-se que seja realizada
a leitura e discussão de um artigo “Água anima cientistas sobre possibilidade de vida em planeta a 111
anos-luz da Terra”, o qual trata sobre os fatores necessários para a existência de vida fora da Terra. O
QR code da Imagem 3 confere acesso ao texto, ou então, acesse o link nas referências dessa sequência
didática.
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Imagem 3: QR code de acesso ao texto sobre a presença de água em atmosfera de planeta a
111 anos-luz da Terra
A discussão dos elementos centrais do texto possibilitará contextualizar com o que foi estudado até aqui,
posto que a água é um elemento abiótico fundamental para o estabelecimento da vida nos
ecossistemas.
3º MOMENTO
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A vídeo aula trata de forma criativa e interativa temas como: produção de matéria orgânica, níveis
tróficos, cadeias alimentares, teias alimentares, e o fluxo de energia nos ecossistemas. Após assistir ao
vídeo, peça aos estudantes que se reúnam em grupos com 5 integrantes.
Proponha uma atividade lúdica aos estudantes e peça que eles criem um jogo de tabuleiro o qual deve
simular a interação entre os diferentes seres vivos em um ecossistema.
Para isso, será necessário papel cartão, cartolina, canetas coloridas, régua, imagens de diferentes
animais e plantas (ou desenhos feitos à mão), dados e peões.
Passo a passo:
1. Divida os estudantes em grupos; cada será responsável por criar seu próprio jogo de tabuleiro.
2. Explique a importância do fluxo de energia na cadeia alimentar e como as diferentes espécies
interagem dentro de um ecossistema.
3. Peça aos estudantes que desenhem ou recortem imagens de diferentes animais e plantas que
farão parte do jogo. Eles devem categorizar essas espécies em diferentes níveis tróficos
(produtores, consumidores primários, consumidores secundários etc.).
4. Oriente os estudantes a desenharem ou recortarem um tabuleiro, com casas numeradas e
divididas em diferentes ecossistemas (floresta, savana, oceano etc.). Cada casinha representa
um ambiente onde as espécies irão interagir.
5. Os estudantes devem desenhar ou escrever um desafio para cada casinha, por exemplo: "Você
encontrou um cardume de peixes, ganhe 2 pontos de energia!" ou "Você está com fome, perca 1
ponto de energia".
6. Cada grupo também deve criar cartas de ação que serão sorteadas durante o jogo. Essas cartas
podem ser eventos positivos ou negativos para o jogador, como "Você se machucou, perca 2
pontos de energia" ou "Você encontrou um ninho de pássaros abandonado, ganhe 3 pontos de
energia".
7. Uma vez que o jogo de tabuleiro e as cartas de ação estejam prontos, cada grupo deve testar
seu jogo e fazer os devidos ajustes.
8. No dia da atividade, cada grupo apresenta seu jogo para a turma e todos têm a oportunidade de
jogar os diferentes jogos desenvolvidos.
Essa atividade permitirá que os estudantes compreendam o conceito de fluxo de energia na cadeia
alimentar de forma interativa, além de estimular a criatividade e o pensamento estratégico.
38
REFERÊNCIAS
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de 2017, 1 vídeo (17’:57”). Publicado pelo canal TEDxTalks. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=F3kUeDlP3Io>. Acesso em: 12 dez. 2023.
A FORMAÇÃO DO PLANETA TERRA. 09 de Julho de 2010, 1 vídeo (5’:10”). Publicado pelo canal Maverick
Filmes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=tO-d2XH1qfE>. Acesso em: 10 dez. 2023.
ALLENSPACH, Natália. "Jogo: cada um com o seu bico". A passarinhóloga, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://apassarinhologa.com.br/wp-content/uploads/2014/10/formatos-de-bicos-de-aves.jpg.
Acesso em: 01 nov. 2023.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia – Biologia das células, volume 1. 4. ed. São Paulo: Moderna,
2015.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia Moderna. volume 3. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
ANTONINI, Gabriel [et al]. Anglo [livro eletrônico] : Ensino médio : Formação geral básica : 2ª
série : Biologia : Caderno 8: Caderno do professor. -– 1. ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de
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ARAGUAIA, Mariana. "Experimento de Miller"; Mundo da Educação, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo_legenda/64e82837163dc767aeba5
09d9fed1c28.jpg. Acesso em: 31 out. 2023.
CAIRES, Luanne. Microrganismos são alternativa sustentável para recuperação de áreas
contaminadas; Revista Eletrônica de Jornalismo Científico com Ciência. Disponível em:
https://www.comciencia.br/microrganismos-sao-alternativa-sustentavel-para-recuperacao-de-areas-
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CAMPOS, W. C. J. Tabela 1: características adquiridas pelo uso e/ou desuso. 2023.
CAMPOS, W. C. J. Tabela 1: exemplo de uma tabela com informações sobre alguns cientistas que pode
ser incrementada pelo professor. 2023.
DIAS, Diogo Lopes. Aula prática sobre solubilidade dos sais. Canal do Educador. Disponível em:
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Canal A&E. 20 de NOV. de 2015, 1 vídeo (43’:54”). Publicado pelo canal Rafael Lima. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=iAp4zwf60tc. Acesso em: 31 out. 2023.
ESCOLA, Brasil. "Louis Pasteur"; Brasil Escola, [s. l.], 2022 Disponível em:
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/o-experimento-louis-pasteur-
555211e1af38e.jpg. Acesso em: 31 out. 2023.
FLUXO DE ENERGIA - VÍDEO AULA. BioKrill. 03 de MAI. de 2017, vídeo (9’:17”). Publicado pelo canal
Biokrill. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6V-VOHDJ8jQ>. Acesso em: 02 nov.
2023.
39
GHOSH, P. Água anima cientistas sobre possibilidade de vida em planeta a 111 anos-luz da Terra. BBC
News, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49675346. Acesso
em: 31 out. 2023.
GUITARRARA, Paloma. "Big Bang"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s4.static.brasilescola.uol.com.br/be/2022/05/big-bang.jpg. Acesso em: 31 out. 2023.
HOLLANDA, Gyselle. “Alexander Fleming e a descoberta da Penicilina”. Consciência - Farmácia -
UFRJ, [s.l.], [2020]. Disponível em: https://conscienciaufrj.wordpress.com/cadernos/historia-
consciencia/alexander-fleming-e-a-descoberta-da-penicilina/. Acesso em: 12 dez. 2023.
LIMA, Ana Luiza Lorenzen. Método científico; Brasil Escola, [s.l.], [2022]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/metodo-cientifico.htm. Acesso em: 27 de outubro de 2023.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA E ÉTICA NAS PESQUISAS. Programa Fantástico, Rede Globo de Televisão. 16
de MAR. de 2017, 1 vídeo (7’:50”). Publicado pelo canal Eva Cunegundes. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9N430ofUj_w. Acesso em: 30 out. 2023.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Qual é a Idade da Terra?". Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/1e475fc5af3d5d1494e4ac4d4875aeb1.jpg.
Acesso em: 31 de outubro de 2023.
PORFÍRIO, Francisco. "O que é ética?". Brasil Escola, [s.l.], [2022]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/o-que-e-sociologia/o-que-e-etica.htm. Acesso em: 30 de outubro
de 2023.
ROSSO, A. C. J. [et al].; Anglo: Ensino médio : Formação geral básica : 1ª série : Exatas e
ciências: Caderno do aluno 1 / 1. ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2020.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Corredores ecológicos"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s4.static.brasilescola.uol.com.br/be/2020/12/corredores-ecologicos.jpg. Acesso em: 02 de
novembro de 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Experimento de Redi"; Mundo da Educação, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2022/04/experimento-de-redi.jpg.
Acesso em: 31 de outubro de 2023a.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Níveis de organização do corpo humano". Biologia Net, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://static.biologianet.com/conteudo/images/observe-esquematizacao-dos-diferentes-
niveis-organizacao-corpo-humano-54d2936c21fde.jpg. Acesso em: 02 nov. 2023b.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Origem da vida". Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/origem-vida.htm. Acesso em: 18 de dez. 2023b.
40
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Seleção natural". Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/selecao-natural.htm. Acesso em: 18 dez. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Seleção sexual". Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s4.static.brasilescola.uol.com.br/be/2022/01/pavao.jpg. Acesso em: 02 nov. 2023.
SETOR SAÚDE - FEHOSUL. 10 melhores alimentos para uma alimentação saudável, [s. l.], 2022
Disponível em: https://setorsaude.com.br/wp-content/uploads/2014/11/Sementes.jpg. Acesso em: 01
nov. 2023.
SOUSA, Rafaela. "Sistema Solar"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/img/2019/04/origem-sistema-solar(1).jpg. Acesso em: 31 out.
2023.
ZAIA, D. A. M; ZAIA, C. T. B. V. Algumas controvérsias sobre a origem da vida. Química Nova, [s. l.],
[2022]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/qn/a/36JNjcHsQsJPY99xq8RV6hB/. Acesso em: 31 out.
2023.
41
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A importância de saber medir as grandezas físicas.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), saudações!
Neste planejamento, exploraremos as grandezas físicas e as unidades de medida, desenvolvendo as suas
propriedades constituintes a partir das ideias intuitivas da medida no cotidiano, suas unidades até a
padronização no sistema internacional de unidades (SI). Além dos momentos pedagógicos apoiados em
aulas expositivas e demonstrativas, propomos abaixo métodos complementares para auxiliá-lo(a) na
construção das relações de ensino e aprendizagem junto aos estudantes, como:
A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o vídeo:
Conheça a sala de aula invertida.
Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0.
O seminário: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o artigo:
Metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem utilizando seminários como ferramentas
educacionais no componente curricular Química Geral.
Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/5606/560662197050/html/.
42
Com relação à sala de aula, organize suas intervenções pedagógicas, essencialmente, em quatro
momentos:
1) sensibilização: estabeleça conexões entre o tema da aula e a experiência prévia dos estudantes.
2) problematização: transforme o tema da aula em um problema a ser explorado pela turma.
3) investigação: busque na história das ciências, soluções conceituais ao problema identificado.
4) conceituação: recrie e aplique conceitos para a resolução do problema em questão.
Este planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica e ativa dos
nossos estudantes. Para tanto, sugerimos uma reflexão acerca das dimensões pertencentes do conceito
de grandezas e unidades de medida. É notória as dificuldades apresentadas pelos estudantes no que se
refere às grandezas físicas, suas unidades e suas respectivas conversões de adequação para o SI, ao
longo do curso de física. Em suma, nossos estudantes não sabem sobre grandezas e unidades de
medida, ou ainda não alcançamos o ápice de uma leitura e escrita técnica e científica.
Para compreendermos melhor como os elementos mencionados acima se relacionam e influenciam o
nosso cotidiano é importante trabalharmos com os estudantes as habilidades de elaborar hipóteses,
construir estimativas e problemas para buscar algum modelo explicativo para interpretar as situações
problema. Modelos estes que, podem ser promovidos por processos tecnológicos, explicativos, dados
experimentais, norteados por um pensamento estruturado reconhecendo os limites explicativos da
ciência.
Salientamos que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com as realidades da escola, da turma, dos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e
seus estudantes. Ademais, é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas científicas,
históricas, geográficas e socioemocionais desempenhe um papel significativo na preparação e no
desenvolvimento deste planejamento. Desse modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos
objetos de conhecimento e das ações pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais
eficiente e eficaz.
Por fim, este planejamento pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com
as especificidades e características das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino
bimestral ou outras conveniências pedagógicas. Também vale a pena refletir sobre a utilização de
sistemas de gerenciamento de conteúdo, como o google classroom, para um melhor aproveitamento do
tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas em casa, como preparação da
aula invertida, quanto em sala de aula.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Para o primeiro contato com os estudantes, onde muitos deles estão iniciando seus estudos em física,
como metodologia ativa, forme uma roda de conversa com a finalidade de identificar os conhecimentos
prévios sobre grandezas físicas, as unidades de medida e os ramos da ciência estudados na física. Esta
atividade busca uma aproximação destes objetos de conhecimento com as percepções de visão de
mundo que os estudantes possuem em relação ao tema.
43
2º MOMENTO
Super dica - Trabalhe com os estudantes em sala de aula o vídeo, “As Unidades de Medida”,
onde, o professor do programa televisivo da Rede Minas, “Se Liga na Educação”, explica a
evolução das medidas, o surgimento do sistema métrico e o sistema internacional de unidades.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view.
UNIDADES DE MEDIDA
As unidades de medida são representações das grandezas físicas utilizadas em diversas áreas do
conhecimento, estudadas em física, com o intuito de quantificar uma massa, uma sensação, o tempo
ou o tamanho de algo.
Em todo o mundo as unidades de medida seguem um padrão determinado pelo Sistema Internacional
de Unidades (SI). A partir da unidade-padrão estabelecida pelo SI, podemos ainda utilizar outras
unidades derivadas dela, o que permite compararmos e ampliarmos a noção quantitativa da grandeza.
A saber, utiliza-se o metro (m) como unidade padrão para a medida da grandeza comprimento e o
segundo (s) como unidade padrão de tempo. Assim, por exemplo, a grandeza velocidade utiliza, por
definição, a relação entre as unidades de comprimento e tempo como unidade de medida, ou seja, o
metro por segundo (m/s). No entanto, no dia a dia, utiliza-se o quilômetro por hora (km/h) de forma
usual, sendo uma unidade derivada da unidade m/s.
Outro exemplo, o SI dota a unidade kelvin como padrão para a grandeza temperatura. Essa unidade é
muito utilizada em experimentos laboratoriais, mas, no dia a dia, a maioria dos países utiliza a unidade
graus Celsius, que é derivada da unidade kelvin.
Na figura 1, mostramos as sete unidades fundamentais do SI. Todas as outras unidades de medida
das grandezas, usadas em física, derivam das unidades dessas grandezas.
Muitas vezes temos que fazer a conversão das unidades para adequar os parâmetros, realizar uma
medida com a maior precisão possível para repetir o evento quantas vezes forem necessárias.
Exatidão é diferente de precisão!
44
entre indicações ou valores medidos, obtidos por medições repetidas, no mesmo objeto ou em objetos
similares, sob condições especificadas.
A exatidão é o grau de concordância entre um valor medido e um valor verdadeiro de um
determinado mensurando. O valor verdadeiro é impossível de ser determinado, ou seja, em toda
medida há erro.
Figura 1 – Unidades Padrão do Sistema Internacional de Unidades - SI
Conversão de Unidades
Podemos mudar as unidades de uma grandeza física de muitas maneiras. Aqui apresentamos o método
conhecido como conversão em cadeia, o qual usa um fator de conversão.
Exemplo 1: Conversão de tempo – em 1 minuto há 60 segundos, quantos segundos terão em 2
minutos?
1 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠
=1= ≡ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜
60 𝑠 1 𝑚𝑖𝑛
45
A razão (60s/1min) na equação acima é o fator de conversão. Portanto,
(60 𝑠)
2 minutos em segundos: 2 𝑚𝑖𝑛 = (2 𝑚𝑖𝑛) × (1 = 120 𝑠.
𝑚𝑖𝑛)
𝑘𝑚 𝑘𝑚 1 𝑚
Portanto, 80 = 80 ( )× ( ) = 22,22 𝑚/𝑠
ℎ ℎ 3,6 𝑠
O SI estabelece a representação das medidas com 3 algarismos significativos. Assim, de acordo com
o SI, 80 km/h = 22,2 m/s.
Super dica! Regras de arredondamento de números e casas decimais. Caso não tenha acesso ao
leitor de QR Code, acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=RghhZo3IojE
De maneira prática use a seguinte regra para conversão de velocidade:
𝑘𝑚 𝑚
𝑝𝑎𝑟𝑎 〈𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 − 𝑠𝑒 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 3,6〉
ℎ 𝑠
e,
𝑚 𝑘𝑚
𝑝𝑎𝑟𝑎 〈𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎 − 𝑠𝑒 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 3,6〉
𝑠 ℎ
3º MOMENTO
Estudantes protagonistas
A base nacional comum curricular (BNCC) estabelece que a formação dos estudantes seja de maneira
ativa e integral e, o ensino focado em habilidades e competências a serem desenvolvidas por eles.
Nesse sentido, este planejamento sugere algumas atividades práticas para auxiliar no desenvolvimento
de tais habilidades.
46
Medida do tempo de reação
Materiais:
− 1 régua de 30 cm.
− 1 cronômetro (pode usar o celular).
Objetivos:
− Medir o tempo de reação.
Desenvolvimento:
− Solicite que em todos os grupos, cada integrante fique responsável por algo. Por exemplo, um
estudante fica responsável pela régua, outro com o cronômetro e assim por diante.
Regras da atividade:
1. O estudante 1 é responsável por fazer uma pinça com os dedos polegar e indicador deve deixá-
los retos com uma distância de 3 cm.
2. O estudante 2 deve posicionar a régua verticalmente imediatamente acima da pinça de dedos,
com o zero situado neste ponto.
3. O estudante 2 que estiver com a régua deve fazer a contagem de 1 até 3 e soltá-la da vertical.
Não esquecer de dizer “já”.
4. O estudante 3 com o cronômetro deve acioná-lo quando ouvir o “já” do colega.
5. O estudante 1 deve segurar a régua abandonada com a pinça feita com os dedos.
6. O grupo deve anotar a distância percorrida pela régua desde o zero até o ponto que a pinça dos
dedos a segurou e o tempo gasto cada vez que a régua for abandonada. Fazer isso pelo menos
10 vezes e anotar cada repetição na tabela a seguir.
Professor(a), se julgar necessário mais repetições fique à vontade para alterar a tabela.
Discussão:
▪ Alguma das medidas de tempo ou distância se repetiu?
▪ Quais fatores externos podem ter atrapalhado a medição?
▪ Medir uma grandeza física é fácil ou difícil? Justifique.
▪ Para melhorar a precisão das medidas de tempo e de distância que vocês mediram, o que fariam
a mais ou de diferente?
▪ Quantos algarismos significativos usaram nas respostas encontradas? E, quantas casas decimais
estipularam nas medidas?
▪ Qual foi a estratégia, de como executar as medidas, utilizada pelo grupo antes de começar as
medições? Seguiram até o fim ou mudaram ao longo da atividade?
▪ Qual a importância de medir as grandezas físicas?
47
Medindo o comprimento da sala, quadra ou pátio da escola
Materiais
− Trena.
− Fita métrica.
− Régua de 30 cm.
− Palmo.
− Pé.
Objetivos:
− Medir o comprimento da sala, quadra ou pátio da escola utilizando instrumentos diferentes.
Professor(a), para esta atividade, é interessante que mais estudantes sejam do mesmo grupo para
ocorrer divergências nas medidas. Sugerimos 4 ou 5. A atividade prática poderá ser feita em sala, na
quadra e no pátio da escola ao mesmo tempo.
Desenvolvimento:
− Solicite aos estudantes que meçam o comprimento da sala utilizando os instrumentos de medida
citados acima. Para assegurar as variações das medidas, siga a seguinte regra:
Discussão
▪ Quais foram os instrumentos de medida utilizados?
▪ Os valores encontrados utilizando a parte do corpo pé/palmo foram diferentes entre os
integrantes?
▪ Por que vocês acham que os valores foram diferentes no item 2?
▪ Compare os resultados de vocês com os outros grupos.
▪ Por que há tantas divergências nos valores medidos?
▪ Quais fatores influenciaram para que a medida encontrada fosse diferente?
▪ Qual a importância de padronizar as medidas? Faça uma pesquisa sobre o sistema
internacional de unidades – SI.
48
Professor(a), após realizarem estas propostas de trabalho em grupo, faça uma discussão com os
estudantes sobre os resultados obtidos, ouvindo todos os grupos, sem demonstrar quem está certo
ou errado. Em seguida, solicite-lhes que comparem os resultados dos grupos, discuta com os
estudantes os motivos que podem ter levado a diferença nos resultados e apresente a solução para
as questões propostas. Esclareça possíveis dúvidas, se for o caso, sobre como converter unidades e
estabeleça com quantos algarismos significativos e casas decimais irá trabalhar nas aulas de física.
Dica: Solicite aos estudantes que façam mapas mentais dos temas estudados. É uma ótima
estratégia de aprendizagem ativa. Segue um vídeo ensinando a fazer um mapa mental em física.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o004tU8macQ.
49
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Fenômeno ou Fato?
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), saudações!
Neste planejamento, exploraremos o conceito de Método Científico, propondo um debate sobre a
evolução da ciência e do pensamento científico. Além dos momentos pedagógicos apoiados em aulas
expositiva e demonstrativa, propomos abaixo métodos complementares para auxiliá-lo(a) na construção
das relações de ensino e aprendizagem junto aos estudantes, como sala de aula invertida, seminário,
roda de leitura.
No que se refere à sala de aula, faça intervenções pedagógicas, essencialmente, em quatro momentos:
1) sensibilização: estabeleça conexões entre o tema da aula e a experiência prévia dos estudantes.
2) problematização: transforme o tema da aula em um problema a ser explorado pela turma.
3) investigação: busque na história das ciências, soluções conceituais ao problema identificado.
4) conceituação: recrie e aplique conceitos para a resolução do problema em questão.
Este planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica e ativa dos
nossos estudantes. Para tanto, sugerimos uma reflexão acerca das dimensões pertencentes do conceito
do método científico. É notória as dificuldades apresentadas pelos estudantes no que se refere à leitura
de textos científicos. Em suma, nossos estudantes necessitam ser “alfabetizados” no letramento
50
científico.
Para compreendermos melhor como os elementos mencionados acima se relacionam e influenciam o
nosso cotidiano é importante trabalharmos com os estudantes as habilidades de se comunicarem com
diversos textos e pontos de vista, elaborar hipóteses, construir estimativas e problemas para buscar
algum modelo explicativo para interpretar as situações problema. Modelos estes que, podem ser
promovidos por processos tecnológicos, explicativos, dados experimentais, norteados por um
pensamento estruturado reconhecendo os limites explicativos da ciência.
Salientamos que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com as realidades da escola, da turma, dos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e
seus estudantes. Ademais, é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas científicas,
históricas, geográficas e socioemocionais desempenhe um papel significativo na preparação e no
desenvolvimento deste planejamento. Desse modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos
objetos de conhecimento e das ações pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais
eficiente e eficaz.
Por fim, esta proposta pode ser desmembrada em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com as
especificidades e características das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino
bimestral ou outras conveniências pedagógicas. Também vale a pena refletir sobre a utilização de
sistemas de gerenciamento de conteúdo, como o google classroom, para um melhor aproveitamento do
tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas em casa, como preparação da
aula invertida, quanto em sala de aula.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Para este primeiro momento com os estudantes, proponha uma roda de conversa, como metodologia
ativa, com a finalidade de identificar os conhecimentos prévios sobre: o que é ciência? o que é o
pensamento científico?
Esta atividade busca uma aproximação deste objeto de conhecimento com as percepções de visão de
mundo que os estudantes possuem em relação ao tema.
2º MOMENTO
Estudantes protagonistas
Inicie este momento com foco na ação dos estudantes e proponha a eles que trabalhem em pequenos
grupos. Cada grupo ficará responsável pela leitura e interpretação de fragmentos de textos. A finalidade
é que eles classifiquem os textos (todos retirados do ENEM 2022, das provas de linguagens e ciências
humanas) como científico, filosófico, religioso, literário, político, entre outros.
51
TEXTO: RECONHECENDO ESTILOS DE TEXTOS ( ícone clicável)
3º MOMENTO
Formalização do tema
Professor (a), após debater com os estudantes sobre os estilos de textos, formalize o conceito de
método científico, sua definição feita por Galileu Galilei e exponha a importância desse método utilizado
em todas as áreas do conhecimento.
A seguir faça junto com os estudantes, o passo a passo de um método científico. Como sugestão,
projete uma foto de um “cisne branco em um lago”.
1. OBSERVAÇÃO
Observe o nado do cisne. Será que todos os cisnes que existem são brancos?
3. HIPÓTESE
Eu só conheço cisne branco, logo todos devem ser brancos.
Teste 2: Projete uma foto que contenha cisnes brancos e pelo menos um preto
− Se eu encontrar pelo menos um cisne de outra cor, por exemplo preto, eu provarei que minha
hipótese é falsa.
5. CONCLUSÃO
Um conhecimento só pode ser considerado científico se, de alguma maneira, houver a possibilidade de
testar se ele é falso. Portanto, a hipótese de que todos os cisnes do mundo são brancos é falsa.
Professor(a), as atividades sugeridas neste planejamento são apoios para o objeto de conhecimento
método científico que, julgamos ser imprescindível na “alfabetização científica” de nossos estudantes. É
importante, ao longo do ano letivo, retomar o método científico em todos os conteúdos a serem
estudados.
Dica: Solicite aos estudantes que façam mapas mentais dos temas estudados. É uma ótima
estratégia de aprendizagem ativa. Segue um vídeo ensinando a fazer um mapa mental em física.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o004tU8macQ.
52
ANEXO
TEXTO: RECONHECENDO ESTILOS DE TEXTOS ( ícone clicável)
Classifique o estilo de cada texto a seguir, como filosófico, científico, literário, histórico, político,
tradicional ou cultural. Quais elementos no texto justificam sua classificação? Um texto para ser
científico tem que falar necessariamente de termos técnicos?
Urgência emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para
paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente
resolvidos num átimo de segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos a hora de que
fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência
emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina,
palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: “paciência”. Amor sem
paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome
desesperada. É uma refeição que pode durar uma vida.
MEDEIROS, M. Disponível em: http://porumavidasimples.blogspot.com.br. Acesso em: 07 ago. 2017 (adaptado)
53
Texto 4 (ENEM 2022) – TEXTO CIENTÍFICO
Pesquisa do IBGE aponta que a situação é mais grave no Sudeste: 13% das pessoas levam mais de
uma hora para chegar ao trabalho. Nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio, o IBGE
registrou os maiores percentuais de trabalhadores que levam mais de uma hora no trajeto até o
emprego. Quem vê o Marcelo chegar ao trabalho nem imagina a maratona que ele enfrenta todos
os dias antes das 5 h. “Acordo 4 h 30, saio de casa 5 h, pego trem 5 h 20, chego na Central umas
6h 50, pego ônibus e chego no trabalho mais ou menos 7h 10”, conta. Segundo especialista, são os
mais pobres os que moram mais longe do emprego.
Disponível em: www.portaldotransito.com.br. Acesso em: 23 nov. 2021 (adaptado).
54
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
55
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Estou parado ou em movimento em relação a quadra da escola?
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), saudações!
Neste planejamento, exploraremos os conceitos iniciais da cinemática, como o movimento relativo,
referencial, deslocamento, ponto material, trajetória e intervalo de tempo. Desenvolveremos as
propriedades constituintes destes objetos de conhecimento, a partir das ideias intuitivas sobre
referenciais, deslocamentos, bem como o conceito de ponto material e trajetórias até a padronização no
sistema internacional de unidades (SI). Além dos momentos pedagógicos apoiados em aulas expositiva e
demonstrativa, propomos abaixo métodos complementares para auxiliá-lo(a) na construção das relações
de ensino e aprendizagem junto aos estudantes, como:
A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o vídeo:
Conheça a sala de aula invertida.
Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0.
O seminário: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o artigo:
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica e ativa
dos nossos estudantes. Para tanto, sugerimos uma reflexão acerca das dimensões pertencentes ao
referencial, trajetória, ponto material, intervalo de tempo estudadas na cinemática, tanto no cotidiano,
quanto na formalização e padronização das unidades de medida no SI. É notória as dificuldades
apresentadas pelos estudantes sobre referenciais a serem adotados, suas unidades de medida e suas
respectivas conversões de adequação para o SI, ao longo do curso de física. Nesse sentido, este
planejamento abordará os temas de forma ativa, ou seja, a partir da prática e vivências em sala de aula
e nos conhecimentos prévios dos estudantes, agir, propor, dar protagonismos a eles, torná-los ativos em
seu processo de ensino e aprendizagem.
Para compreendermos melhor como os elementos supracitados se relacionam e influenciam o nosso
cotidiano é importante trabalhar com os estudantes as habilidades de elaborar hipóteses, construir
estimativas e problemas para buscar algum modelo explicativo que nos permita interpretar as situações
problema. Realizar alguns cálculos a fim de iniciar uma formalização do tema com o rigor da ciência.
Modelos estes que, podem ser promovidos por processos tecnológicos, explicativos, dados
experimentais, simuladores educacionais norteados por um pensamento estruturado reconhecendo os
limites explicativos da ciência.
Salientamos que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
56
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com as realidades da escola, da turma, dos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e
seus estudantes. Ademais, é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas científicas,
históricas, geográficas, filosóficas e socioemocionais desempenhe um papel significativo na preparação e
no desenvolvimento deste planejamento. Desse modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos
objetos de conhecimento e das ações pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais
eficiente e eficaz.
Assim, este planejamento pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com
as especificidades e características das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino
bimestral ou outras conveniências pedagógicas. Também vale a pena refletir sobre a utilização de
sistemas de gerenciamento de conteúdo, como o google classroom, para um melhor aproveitamento do
tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas em casa, como preparação da
aula invertida, quanto em sala de aula.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Para o primeiro contato com os estudantes, onde muitos deles estão iniciando seus estudos em física,
sugerimos uma roda de conversa, como metodologia ativa, com a finalidade de identificar os
conhecimentos prévios sobre referencial, trajetória, ponto material e intervalo de tempo. Esta atividade
busca uma aproximação destes objetos de conhecimento com as percepções de visão de mundo que os
estudantes possuem em relação ao tema. Ademais, criar uma relação de aproximação afetiva entre o(a)
docente com os estudantes.
2º MOMENTO
Estudantes protagonistas
Inicie este momento com foco na ação dos estudantes e proponha a eles que trabalhem em pequenos
grupos. Cada grupo ficará responsável pela execução de uma tarefa a respeito de referencial, parado ou
em movimento, trajetória vertical ou parabólica, tempo gasto andando e correndo.
3º MOMENTO
57
Formalização dos temas
Professor(a), após o debate com os estudantes sobre as atividades realizadas, formalize os temas
enfatizando a importância dos referenciais na física, a trajetória adotada, os intervalos de tempos gastos
nos percursos.
Neste material, há bons exemplos sobre referencial e suas relações com os movimentos:
O que é referencial?
Disponível em: https://cutt.ly/KwY5DKwj.
Neste vídeo, o professor apresenta de forma muito bem estruturada os conceitos sobre sistemas de
referências. Um ótimo material para apresentar aos estudantes.
https://www.youtube.com/watch?v=kVFTdT34MiI.
Super dica - Trabalhe com os estudantes em sala de aula o vídeo, “Relatividade dos
movimentos”, cujo professor, do programa televisivo da Rede Minas, “Se Liga na Educação”,
explica a evolução das medidas, o surgimento do sistema métrico e o sistema internacional de
unidades.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view.
Professor(a), as atividades sugeridas neste planejamento são apoios para os objetos de conhecimento
referencial e intervalo de tempo que, julgamos ser imprescindível na “linguagem científica” de nossos
estudantes. É importante, ao longo do ano letivo, retomar os referenciais em todos os conteúdos a
serem estudados.
Dica: Solicite aos estudantes que façam mapas mentais dos temas estudados. É uma ótima
estratégia de aprendizagem ativa. Segue um vídeo ensinando a fazer um mapa mental em física.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o004tU8macQ.
58
ANEXO
TEXTO: RECONHECENDO A FÍSICA NA PRÁTICA ( ícone clicável)
Caro estudante, suas ações educacionais lhes ajudarão a se tornar crítico e ativo em seu processo de
aprendizagem em física. Para tais objetivos, realize as seguintes atividades práticas com foco e
determinação.
Regra: Os demais integrantes do grupo devem se posicionar na frente e atrás dos estudantes que
realizarão a atividade.
59
2. Trajetória e intervalo de tempo do lançamento de uma bola (6 estudantes, no mínimo)
60
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Estimando o tempo de queda das peças enfileiradas de um dominó.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), saudações!
61
Dando continuidade na cinemática, neste planejamento exploraremos as propriedades físicas das
grandezas velocidade, deslocamento, classificação de movimentos e análise de gráficos no MRU,
desenvolvendo as suas qualidades constituintes a partir das ideias do cotidiano, suas unidades de
medida usuais até a padronização no sistema internacional de unidades (SI). Além dos momentos
pedagógicos apoiados em aulas expositiva e demonstrativa, propomos abaixo métodos complementares
para auxiliá-lo(a) na construção das relações de ensino e aprendizagem junto aos estudantes, como:
A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o vídeo:
Conheça a sala de aula invertida.
Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0.
O seminário: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o artigo:
No que diz respeito à sala de aula, organize suas intervenções pedagógicas, essencialmente, em quatro
momentos:
1) sensibilização: estabeleça conexões entre o tema da aula e a experiência prévia dos estudantes.
2) problematização: transforme o tema da aula em um problema a ser explorado pela turma.
3) investigação: busque na história das ciências, soluções conceituais ao problema identificado.
4) conceituação: recrie e aplique conceitos para a resolução do problema em questão.
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica e ativa
dos nossos estudantes. Para tanto, sugerimos uma reflexão acerca das dimensões pertencentes do
conceito de velocidade (rapidez), velocidade média, velocidade instantânea. É notória as dificuldades
apresentadas pelos estudantes no que se refere às grandezas físicas, suas unidades e suas respectivas
conversões de adequação para o SI, ao longo do curso de física. Nesse sentido, este planejamento
abordará os temas de forma ativa, ou seja, a partir da prática e vivências em sala de aula e nos
conhecimentos prévios dos estudantes, agir, propor, dar protagonismos a eles, torná-los ativos em seu
processo de ensino e aprendizagem.
Para compreendermos melhor como os elementos supracitados se relacionam e influenciam o nosso
cotidiano é importante trabalhar com os estudantes as habilidades de elaborar hipóteses, construir
estimativas e problemas para buscar algum modelo explicativo que nos permita interpretar as situações
problema. Realizar cálculos a fim de atribuir uma formalização do tema com o rigor da ciência. Modelos
estes que, podem ser promovidos por processos tecnológicos, explicativos, dados experimentais,
simuladores educacionais norteados por um pensamento estruturado reconhecendo os limites
explicativos da ciência. Debata com seus estudantes, situações controversas sobre a aplicação de
conhecimentos da área de ciências com base em argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis,
distinguindo diferentes pontos de vista.
Salientamos que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com as realidades da escola, da turma, dos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e
seus estudantes. Ademais, é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas científicas,
históricas, geográficas, filosóficas e socioemocionais desempenhe um papel significativo na preparação e
no desenvolvimento deste planejamento. Desse modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos
objetos de conhecimento e das ações pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais
62
eficiente e eficaz.
Assim, este planejamento pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com
as especificidades e características das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino
bimestral ou outras conveniências pedagógicas. Também vale a pena refletir sobre a utilização de
sistemas de gerenciamento de conteúdo, como o google classroom, para um melhor aproveitamento do
tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas em casa, como preparação da
aula invertida, quanto em sala de aula.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Para o primeiro contato com os estudantes, sugerimos uma roda de conversa, como metodologia ativa,
com a finalidade de identificar os conhecimentos prévios sobre velocidade, rapidez e estimativa do
tempo de uma viagem. Esta atividade busca uma aproximação destes objetos de conhecimento com as
percepções de visão de mundo que os estudantes possuem em relação ao tema.
2º MOMENTO
63
Proponha para o estudo do MRU, análises de gráficos, tabelas, função horária, classificações dos
movimentos, proporcionalidade direta entre distância percorrida e o tempo gasto. Enfatize que a
grandeza aceleração no MRU vale zero.
3º MOMENTO
Estudantes protagonistas
Inicie este momento com foco na ação dos estudantes e proponha a eles que trabalhem em pequenos
grupos. Cada grupo ficará responsável pela execução de uma tarefa a respeito de velocidade
instantânea, velocidade escalar média, velocidade média, MRU e gráficos.
Professor(a), as atividades sugeridas neste planejamento sobre intervalo de tempo são apoios para os
objetos de conhecimento velocidade média e movimento retilíneo uniforme, que julgamos ser
imprescindível na “linguagem científica” de nossos estudantes. É importante, ao longo do ano letivo,
retomar esses conceitos de velocidade constante, previsibilidade de tempo com distâncias proporcionais,
principalmente ao estudar as Leis de Newton.
Dica: Solicite aos estudantes que façam mapas mentais dos temas estudados. É uma ótima
estratégia de aprendizagem ativa. Segue um vídeo bem legal ensinando a fazer um mapa mental
em física.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o004tU8macQ.
64
ANEXO
TEXTO: ESTIMANDO O TEMPO DE QUEDA COM PEÇAS ENFILEIRADAS ( ícone clicável)
Caro estudante, suas ações educacionais lhes ajudarão a se tornar crítico e ativo em seu processo de
aprendizagem em física. Para tais objetivos, realize as seguintes atividades práticas com foco e
determinação.
Velocidade média (4 estudantes)
Materiais
− Jogo de dominó ou peças (blocos) de madeira de mesma massa e tamanho.
− Fita métrica.
− Régua milimetrada.
− Cronômetro.
Objetivos
− Medir o tempo de queda dos dominós e calcular a velocidade média
Desenvolvimento
− Coloque as peças do dominó de pé e alinhadas por uma distância de 1 metro. Com auxílio de
uma régua ou fita métrica, distribua as peças de maneira uniforme, veja a figura 1, de tal
forma que elas tenham a mesma distância entre si. Acione o cronômetro junto com o impulso
para derrubar a primeira peça com a mão.
65
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Medindo a altura sabendo apenas o tempo de queda.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), saudações!
Para este planejamento, exploraremos as propriedades físicas das grandezas aceleração horizontal e
vertical, velocidade e distâncias percorridas em movimentos acelerados e o estudo da queda livre dos
corpos próximos à superfície da Terra, desenvolvendo as suas qualidades constituintes a partir das
ideias do cotidiano, suas unidades de medida usuais até a padronização no sistema internacional de
unidades (SI). Além dos momentos pedagógicos apoiados em aulas expositiva e demonstrativa,
propomos abaixo métodos complementares para auxiliá-lo(a) na construção das relações de ensino e
aprendizagem junto aos estudantes, como:
A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o vídeo:
Conheça a sala de aula invertida.
Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0.
O seminário: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o artigo:
Metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem utilizando seminários como
ferramentas educacionais no componente curricular Química Geral.
Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/5606/560662197050/html/.
No que diz respeito à sala de aula, organize suas intervenções pedagógicas, essencialmente, em quatro
momentos:
1) sensibilização: estabeleça conexões entre o tema da aula e a experiência prévia dos estudantes.
2) problematização: transforme o tema da aula em um problema a ser explorado pela turma.
3) investigação: busque na história das ciências, soluções conceituais ao problema identificado.
66
4) conceituação: recrie e aplique conceitos para a resolução do problema em questão.
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a formação crítica e ativa
dos nossos estudantes. Para tanto, sugerimos uma reflexão acerca das dimensões pertencentes ao
conceito de aceleração e os movimentos acelerados e retardados. É notória as dificuldades apresentadas
pelos estudantes no que se refere às tais grandezas físicas, suas unidades e suas respectivas conversões
de adequação para o SI, ao longo do curso de física. Nesse sentido, este planejamento abordará os
temas de forma ativa, ou seja, a partir da prática e vivências em sala de aula e nos conhecimentos
prévios dos estudantes como, agir, propor, dar protagonismos a eles, torná-los ativos em seu processo
de ensino e aprendizagem.
Para compreendermos melhor como os elementos supracitados se relacionam e influenciam o nosso
cotidiano é importante trabalhar com os estudantes as habilidades de elaborar hipóteses, construir
estimativas e problemas para buscar algum modelo explicativo que nos permita interpretar as situações
problema. Realizar cálculos a fim de atribuir uma formalização do tema com o rigor da ciência. Modelos
estes que, podem ser promovidos por processos tecnológicos, explicativos, dados experimentais,
simuladores educacionais norteados por um pensamento estruturado reconhecendo os limites
explicativos da ciência. Debata com seus estudantes, situações controversas sobre a aplicação de
conhecimentos da área de ciências com base em argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis,
distinguindo diferentes pontos de vista, sempre apoiado(a) em referências confiáveis.
Salientamos que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com as realidades da escola, da turma, dos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e
seus estudantes. Ademais, é importante que a interdisciplinaridade entre as perspectivas científicas,
históricas, geográficas, filosóficas e socioemocionais desempenhe um papel significativo na preparação e
no desenvolvimento deste planejamento. Desse modo, a ordenação, a estruturação e a articulação dos
objetos de conhecimento e das ações pedagógicas aqui presentes poderão ser efetivadas de modo mais
eficiente e eficaz.
Assim, este planejamento pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com
as especificidades e características das turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino
bimestral ou outras conveniências pedagógicas. Também vale a pena refletir sobre a utilização de
sistemas de gerenciamento de conteúdo, como o google classroom, para um melhor aproveitamento do
tempo destinado ao desenvolvimento das atividades a serem realizadas em casa, como preparação da
aula invertida, quanto em sala de aula.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Para o primeiro contato com os estudantes, sugerimos uma roda de conversa, como metodologia ativa,
com a finalidade de identificar os conhecimentos prévios sobre aceleração e seus riscos para o ser
humano, aceleração da gravidade, as unidades de medida e os ramos da ciência estudados na física.
Esta atividade busca uma aproximação destes objetos de conhecimento com as percepções de visão de
mundo que os estudantes possuem em relação ao tema.
67
2º MOMENTO
2º MOMENTO
Estudantes protagonistas
Inicie este momento com foco na ação dos estudantes e proponha a eles que trabalhem em pequenos
grupos. Cada grupo ficará responsável pela execução de uma tarefa a respeito de aceleração, velocidade
68
variável, intervalos de tempos e distâncias percorridas.
Dica: Solicite aos estudantes que elaborarem mapas mentais dos objetos de conhecimento. É
uma ótima estratégia de aprendizagem ativa. Segue um vídeo bem legal ensinando a fazer um
mapa mental em física.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o004tU8macQ.
69
ANEXO
TEXTO: MEDIDA DO TEMPO DE REAÇÃO E A VELOCIDADE ( ícone clicável)
Materiais:
− 1 régua de 30 cm.
− 1 cronômetro (pode usar o celular).
Objetivos:
− Medir o tempo de reação e a velocidade na queda.
Desenvolvimento:
− Cada integrante deve ficar responsável por algo. Por exemplo, um estudante fica responsável
pela régua, outro com o cronômetro e assim por diante.
Regras da atividade:
1 - O estudante 1 é responsável por fazer uma pinça com os dedos polegar e indicador deve
deixá-los retos com uma distância de 3 cm.
2 - O estudante 2 deve posicionar a régua verticalmente imediatamente acima da pinça de dedos,
com o zero situado neste ponto.
3 - O estudante 2 que estiver com a régua deve fazer a contagem de 1 até 3 e soltá-la da
vertical. Não esquecer de dizer “já”.
4 - O estudante 3 com o cronômetro deve acioná-lo quando ouvir o “já” do colega.
5 - O estudante 1 deve segurar a régua abandonada com a pinça feita com os dedos.
6 - O grupo deve anotar a distância percorrida pela régua desde o zero até o ponto que a pinça
dos dedos a segurou e o tempo gasto cada vez que a régua for abandonada. Fazer isso pelo
menos 10 vezes e anotar cada repetição na tabela a seguir.
Professor(a), se julgar necessário mais repetições fique à vontade para alterar a tabela.
70
Discussão
1 - Alguma das medidas de tempo ou distância se repetiu? Quantas?
2 - Quais fatores externos podem ter atrapalhado a medição?
3 - Medir uma grandeza física é fácil ou difícil? Justifique.
4 - Para melhorar a precisão das medidas de tempo e de distância que vocês mediram, o que
fariam a mais ou de diferente?
5 - Quantos algarismos significativos usaram nas respostas encontradas? E, quantas casas
decimais estipularam nas medidas?
6 - Calcule a velocidade final da queda da régua no instante em que ela foi presa pela pinça
feita com os dedos. Considere, neste caso, que a aceleração da gravidade local vale 10
m/s2.
7 - Calcule, utilizando as médias de distância e tempo, a velocidade final da queda da régua no
instante em que ela foi presa pela pinça feita com os dedos. Considere, neste caso, que a
aceleração da gravidade local vale 10 m/s2.
Material:
− Objeto pequeno (borracha, caneta lápis ou bola)
Desenvolvimento
− Arremesse o pequeno objeto verticalmente para cima de tal forma que ele retorne para sua
mão.
1 - Após sair de sua mão, qual grandeza física age sobre o objeto? Qual seu sentido na subida? E
na descida?
2 - Faça a representação da velocidade e da aceleração nos instantes do lançamento, subindo, no
ponto de altura máxima, descendo e quando retorna ao ponto de partida.
3 - Classifique o movimento na subida. Justifique.
4 - Classifique o movimento na descida. Justifique.
5 - Por que o tempo de subida pode ser considerado igual ao tempo de descida?
6 - Considerando a resistência do ar, o que aconteceria com o lançamento?
7 - Desconsiderando a resistência do ar, qual deve ser a velocidade quando o objeto retornar ao
ponto de lançamento?
8 - Faça um gráfico de todo o movimento representando a distância percorrida, a velocidade e a
aceleração subindo e descendo.
Material
− Borrachas (ou dois objetos pequenos).
− Bancada ou uma mesa.
− Cronômetro.
− Filmadora.
71
Desenvolvimento:
Simultaneamente abandone uma das borrachas na vertical, enquanto arremessa a outra na direção
horizontal. Filme a experiência e meça o tempo de queda.
1 - O tempo de queda do objeto na vertical é igual, maior ou menor que o tempo do objeto
lançado na horizontal?
2 - O que Galileu Galilei relatou a respeito desse experimento?
3 - Qual o significado de vácuo na física?
4 - Qual a importância da independência da direção dos movimentos na física?
Material:
− folhas A4 (ou duas folhas de caderno iguais)
− Um livro ou um caderno
Desenvolvimento:
1 - Abandone, de certa altura, a folha A4 e o livro ao mesmo tempo.
a) Quem chega primeiro ao chão?
b) Por que isso ocorre?
c) Se não tivesse ar (vácuo) o que aconteceria com o tempo de queda dos corpos?
3 - Abandone, de certa altura, a folha A4 e a outra folha A4 amassada em forma de uma bolinha.
a) Quem chega primeiro ao chão?
b) Por que isso ocorre?
c) Se não tivesse ar (vácuo) o que aconteceria com o tempo de queda dos corpos?
6 - Pesquise sobre Galileu Galilei e a queda dos corpos. Como ele chegou à conclusão da
aceleração da gravidade, para queda de corpos próximos à superfície da Terra?
72
REFERÊNCIAS
AMABIS, J. M. et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v1. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em:
06 out. 2023.
DIAS, Diogo Lopes. Unidades de medida, Brasil Escola, [S.I.], 2023. Disponível 06 out. 2023..
GREF. Grupo de reelaboração do ensino de Física (GREF). Física, eu? Leituras de Mecânica de 1 a 6.
São Paulo. 2020. Disponível em: https://fep.if.usp.br/~profis/gref.html. Acesso em: 26 out. 2023.
HELERBROCK, Rafael. Sistema Internacional de Unidades, Brasil Escola, [S.I.], 2023 Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades-si.htm. Acesso em: 06 out. 2023.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. trad. Trieste Freire Ricci e Maria Helena Gravina. 9 ed. Porto
Alegre: Bookman,2002.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ALVARENGA, Beatriz; GUIMARÃES, Carla da Costa. Física:
Contexto e aplicações. 2ª ed. V1. São Paulo: Scipione, 2016.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
RELATIVIDADE DO MOVIMENTO. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De
Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view. Acesso em: 26 out. 2023.
UNIDADES DE MEDIDA. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1NLUATN5dl94i7aPowFJ3LvWNKEFU3iyw/view. Acesso em: 06 out. 2023.
73
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para
elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico
e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza,
para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Modelos atômicos. (EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostas em diferentes
épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o surgimento e a
evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias científicas aceitas
atualmente.
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades
experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das
ciências.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e
justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma
perspectiva científica.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Somos um universo de átomos ou muitos átomos no universo?
A) APRESENTAÇÃO:
Neste planejamento de Química aprofundaremos o conhecimento atômico analisando os modelos
representativos com enfoque no modelo atômico atual. Além dos momentos pedagógicos baseados em aulas
interativas, utilizaremos recursos tecnológicos para dinamizar o aprendizado.
Desenvolvendo as habilidades propostas neste planejamento, respectivamente, respectivamente, o presente
planejamento busca primeiramente, analisar e discutir os conhecimentos adquiridos pelos estudantes no
Ensino Fundamental, partindo de uma revisão e colocando-se a par do nivelamento dos estudantes no
primeiro momento, para posteriormente, em um segundo e terceiro momento, interpretar os resultados e
realizar previsões baseadas em atividades referentes aos modelos atômicos em geral e na estrutura atômica,
de íons e finalizar, em último momento, com a construção do conhecimento a respeito do modelo atômico
atual, sob a perspectiva quântica e tecnológica.
74
Portanto, pretende-se neste planejamento tornar o conteúdo menos abstrato recorrendo a recursos
tecnológicos como o aplicativo Zappar para visualização em realidade virtual dos modelos atômicos,
também será disponibilizado links e Qr codes de vídeos curtos e um livreto, selecionados para
acrescentar as aulas e conteúdos abordados dinamismo e interatividade, além de possibilitar a utilização
em sala de aula ou como atividade para domicílio, por fim disponibilizamos dinâmicas que contribuem
para tornar a aula mais atraente e divertida para os estudantes.
Todo o planejamento foi elaborado para atender as diferentes realidades escolares, por isso, possui
materiais fáceis de serem encontrados e de baixo custo, além de simplicidade e facilidade para o
desenvolvimento da prática docente.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO: REVISÃO
75
Tabela 1 - Ficha de consulta do professor para realização do Quiz
Respostas
Perguntas
A B C
A partir das suas observações, posicionamentos e respostas dos estudantes, você, professor, poderá
pontuar e reforçar os tópicos necessários para prosseguir e traçar a continuação do seu planejamento.
76
2º MOMENTO: MODELOS ATÔMICOS
O estudo dos modelos atômicos compreende o reconhecimento dos cientistas envolvidos, bem como as
alterações estabelecidas ao átomo por eles. Portanto, é necessário que os estudantes relacionem essas
informações e percebam como o avanço tecnológico e científico permitiu tais descobertas. Nesse
momento, torna-se importante trabalhar a cronologia da história atômica e a ilustração dos modelos
atômicos com o objetivo de tornar o conteúdo menos abstrato para os estudantes
Para ilustrar e dinamizar a cronologia atômica, sugerimos o Imagem 1 - Vídeo aula sobre átomos:
vídeo encontrado no Qr code ao lado ou pelo link origem e modelos
disponibilizado nas referências. O ideal é que os estudantes
assistam juntos em sala de aula, mas caso não seja possível,
o acesso também estará disponível no caderno do estudante
para que o mesmo consiga assistir em casa.
Após a sessão é importante um instante para que os
estudantes possam expor suas críticas, dúvidas e
questionamentos em relação ao conteúdo abordado.
Fonte: (Se liga na Educação, 2023)
Em seguida, ainda utilizando o projetor multimídia, apresente Imagem 2 - Livreto sobre a evolução
o aplicativo ZAPPAR, disponível gratuitamente no Google dos modelos atômicos utilizando realidade
aumentada
play. Esse aplicativo de realidade aumentada, permite que os
estudantes consigam visualizar em 3D os modelos atômicos,
trazendo dessa forma, mais interatividade entre os
estudantes e as tecnologias atuais disponíveis.
No Qr code ao lado, encontra-se o livreto que disponibiliza o
acesso ao aplicativo e também ao conteúdo virtual, além de
leitura sobre os modelos atômicos e exercícios para os
estudantes realizarem após a interação.
Fonte: (Educapes, 2020)
O ideal é que cada grupo receba pelo menos uma cópia do livreto para realização das atividades em sala
de aula, de acordo com a programação do seu planejamento, professor. Caso não seja possível, o
acesso também estará disponível no caderno do estudante para que o mesmo consiga realizar as
atividades em casa e posteriormente sejam corrigidas em sala de aula.
77
3º MOMENTO: ESTRUTURA ATÔMICA
A dinâmica sugerida a seguir, reúne pontos essenciais para o bom entendimento da estrutura atômica,
visto que aborda a localização das partículas no átomo, prótons, nêutrons e elétrons, a divisão do átomo
em núcleo e eletrosfera, o ganho ou perda de elétrons formando ânions ou cátions, os valores de
número atômico e massa atômica, e também a organização da eletrosfera em níveis de energia. Tópicos
que precisam ser bem assimilados pelos estudantes antes do prosseguimento do seu planejamento, pois
são pré-requisitos para futuros aprendizados. Para facilitar e dinamizar o processo, iremos trabalhar
com elementos de menor número atômico.
Inicie dividindo os estudantes em grupo, entregue a folha impressa ou xerocada e 60 grãos de feijões.
Separe 20 grãos de cada qualidade, exemplo: 20 grãos de feijão preto, 20 grãos de feijão carioquinha e
20 grãos de feijão roxo ou grãos diferentes, exemplo: 20 grãos de feijões, 20 grãos de milho de pipoca
e 20 grãos de amendoim. Escreva no quadro e enfatize para os estudantes a representatividade da
partícula atômica por qual tipo de grão.
A atividade consistirá na representação dos elementos químicos (prótons, nêutrons e elétrons) nos
espaços representados (núcleo e níveis de energia) na folha impressa apresentada na imagem 3.
Sugerimos três rodadas, sendo a primeira destinada a representação de átomos neutros, a segunda
rodada de cátions e a terceira rodada de ânions. Os elementos químicos para representação estão em
cartões na tabela 2 abaixo, eles devem ser recortados e colocados em um recipiente separadamente por
rodadas, a cada rodada um estudante de cada grupo pegará um elemento (cartão) para representar.
Deixe o tempo de término livre para que todos os grupos consigam entender e finalizar a atividade, mas
anote no quadro o grupo que finalizou primeiro como forma de incentivo. Ao término da rodada, recolha
os cartões e inicie uma nova rodada. Caso faça mais de três rodadas, não permita que um grupo
represente o mesmo elemento químico.
Be C He Ne
Z=4eA=9 Z = 6 e A = 12 Z=2eA=4 Z = 10 e A = 20
B Ar Na H
Z = 5 e A = 11 Z = 18 e A = 40 Z = 11 e A = 23 Z=1eA=1
78
2° rodada - Cátions
+ + + 2+
H Li Na Mg
Z=1eA=1 Z=3eA=7 Z = 11 e A = 23 Z = 12 e A = 24
3+ + 2+ 4+
Al K Ca Si
Z = 13 e A = 27 Z = 19 e A = 39 Z = 20 e A = 40 Z = 14 e A = 28
3° rodada - Ânions
- 3- 2- -
H N O F
Z=1eA=1 Z = 7 e A = 14 Z = 8 e A = 16 Z = 9 e A = 19
- 2- 3- 4-
Cl S P C
Z = 17 e A = 35 Z = 16 e A = 32 Z = 15 e A = 31 Z = 6 e A = 12
Repare professor, que disponibilizamos apenas oito cartões por rodada, portanto, a quantidade de
grupos não poderá ultrapassar esse valor. É previsível que os estudantes tenham dificuldade
inicialmente, mas conforme forem passando as rodadas, essas dificuldades vão diminuindo. Por isso, é
imprescindível o seu auxílio e explicações, principalmente nas rodadas iniciais.
79
Imagem 3 - Representação da estrutura atômica para o professor.
Para finalizar nosso primeiro planejamento, é indispensável que os estudantes adquiram entendimentos
básicos da teoria quântica para compreensão do modelo atômico atual. Sabemos que o assunto é
extremamente complexo e com matemática avançada, justamente por isso, deve ser trabalhado de
forma que apenas esclareça a origem e necessidade da física quântica, devido a lacunas na física
clássica.
80
Ao lado , sugerimos, no QR code, um vídeo com os principais Imagem 4 - Como a mecânica quântica
explica a estrutura do átomo?
cientistas e suas respectivas pesquisas e contribuições para a
conformação da teoria quântica, logo, para a configuração do
atual modelo atômico. O ideal é a exibição, em sala de aula,
com todos os estudantes juntos; mas caso não seja possível, o
link estará disponível no caderno de atividades dos estudantes
para que possam assistir em casa e também estará disponível
nas referências . Fonte: (Mapas da Química, 2023)
Para assimilação e organização das informações, que tal a construção de uma linha do tempo em
conjunto com os estudantes, após a sessão? Sugerimos a construção, no quadro, relacionando o
cientista, a data de publicação de sua pesquisa e a titulação de seu trabalho, conforme indicado na
imagem 5.
Durante a elaboração da linha do tempo, reforce as definições de cada proposta e explique todas as
referências apresentadas fazendo alusões, sempre que possível. Na explicação do princípio da incerteza
de Heisenberg, por exemplo, pergunte se algum estudante possui cão ou gato, provavelmente pelo
menos um responderá sim. Em seguida, pergunte se o pet fica solto pela casa e quintal ou preso pela
coleira. Caso o estudante responda “solto”, o questione: “Seu pet está dentro ou fora da casa nesse
instante?”, independente da resposta, pergunte-lhe se ele tem certeza absoluta de sua afirmativa.
Então, a partir dessa linha de raciocínio, apresente o questionamento correto levando em consideração
as incertezas, “É mais provável que o pet esteja dentro de casa ou no quintal?”, novamente,
independente da resposta, comece a trabalhar com probabilidade, peça ao estudante para estabelecer
valores em porcentagem entre 1 a 99, a essas localizações. Finalize relacionando todos esses
questionamentos a teoria de Heisenberg e a probabilidade referente a localização do elétron, onde não
afirmamos, pois não temos certeza, apenas trabalhamos com o mais provável.
81
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Somos formados por poeira estelar e “a culpa é das estrelas”?
A) APRESENTAÇÃO:
Neste segundo planejamento, abordaremos os elementos químicos, a partir da análise e
interpretação da tabela periódica. Para isso, os momentos pedagógicos serão embasados em aulas
interativas, recorrendo a metodologias ativas e tecnológicas.
Desenvolvendo as habilidades (EM13CNT205) e (EM13CNT209X), prosseguimos com o nosso
planejamento, com foco nos elementos químicos, suas classificações e organização na tabela
periódica, além de suas características e aplicações. Inicialmente, é importante trabalhar os números
quânticos juntamente com o diagrama de Pauling, para que os estudantes consigam identificar os
elementos químicos na tabela periódica por meio da distribuição eletrônica, forma mais cobrada pelo
ENEM. Em seguida, as classificações em metais, ametais e gases nobres, as denominações dos
grupos e períodos, a diferença entre elementos naturais e artificiais, e também a relação entre a
coluna e o nox dos elementos que ela contém, são pontos importantes que precisam ser explanados.
Para finalizar, espera-se que os estudantes relacionem as características e classificações de
importantes elementos químicos para o cenário brasileiro e/ou mundial, mostrando entrosamento
com questões atuais e embasamento para análises e interpretações.
Contudo, a proposta desse planejamento é dinamizar e aproximar os estudantes do vasto universo
contido nas informações presentes na tabela periódica. Contaremos para essa finalidade, com uma
dinâmica para melhor compreensão dos estudantes sobre a relação existente entre os números
quânticos, diagrama de Pauling e a organização da tabela periódica por diferenças energéticas.
Teremos também vídeos que dinamizam e ilustram conhecimentos a respeito da história da
configuração da tabela periódica, além da diferenciação dos elementos naturais e artificiais.
Finalizaremos ludicamente para estimular e reforçar a aprendizagem de uma forma leve e
descontraída, tendo os estudantes a responsabilidade de analisar e interpretar dados através de um
bingo adaptado para o estudo da química.
82
B) DESENVOLVIMENTO:
Nada mais justo, do que iniciarmos nosso segundo planejamento explicando aos estudantes o começo
de tudo, ou seja, a origem dos elementos químicos e como surgiu a necessidade de organizá-los,
culminando no que conhecemos como tabela periódica. Conhecer a história da criação dos elementos
químicos, naturais e artificiais, torna-se importante para melhor compreensão, pelos estudantes, do
porquê e como se deu a configuração atual deste objeto do conhecimento, a tabela periódica, além de
ajudar na valorização da ciência como um todo.
Após a montagem da estrutura do projetor multimídia, passe dois vídeos que abordam pontos
importantes deste momento pedagógico, a origem dos elementos químicos. O primeiro vídeo (imagem
1), explica a origem dos elementos naturais nas estrelas, retratando desde a formação do Hidrogênio,
logo após a explosão do Big Bang até as outras fusões que ainda ocorrem no espaço. Já no segundo
vídeo (imagem 2), descreve o uso da tecnologia pelo homem na produção e criação de elementos
químicos artificiais pelo processo de fusão nuclear.
Fonte: (CTS UFSJ – CAP, 2021) Fonte: (Ciência todo dia, 2021)
Exiba os vídeos, um após o outro, deixando as discussões para o final. Faça uma roda de conversa e
inicie as indagações aos estudantes de forma aleatória, perguntando o entendimento deles, em
relação a diferença entre elementos naturais e artificiais, onde eles são produzidos e encontrados.
Questione também sobre a diferença entre os processos de fusão e fissão, e o tamanho dos átomos
que esses processos dão origem. Outro ponto importante a ser debatido, é a finalidade desses
processos para a atualidade. Descreva a fusão e fissão como processos que absorvem e liberam
muita energia, fazendo dessa forma, que o estudante entenda a diferença entre a fissão que
acontece em usinas nucleares e a fusão que ocorre no interior de estrelas ou em reatores para
sintetizar novos elementos químicos. Finalise com a seguinte interrogação para os estudantes: ”Vocês
acreditam que os cientistas irão descobrir novos elementos químicos, ou seja, elementos acima do
número atômico 118?” Independente da resposta, peça-lhes para justificarem. A intenção deste
questionamento é observar a ligação que os estudantes fazem entre a evolução tecnológica com o
avanço da ciência e novas descobertas.
Finalize o momento pedagógico pedindo para os estudantes organizarem o conteúdo adquirido em um
mapa mental. Para isso, organize-os em trios, incentivando a troca de informações, argumentação e
trabalho em equipe. Para a realização da atividade, você pode, professor, levá-los para o laboratório de
informática e cada trio ficará com um computador. Apresente o aplicativo MindMeister ou a plataforma
83
Canva, como recursos tecnológicos que podem ser utilizados para desenvolvimento da atividade, ambos
são bem intuitivos e gratuitos. Caso contrário, a atividade também pode ser efetivada em sala de aula,
utilizando folha A4 ou cartolina. O objeto central do mapa mental são os elementos químicos, sendo
duas ramificações, os elementos naturais e os elementos artificiais. A partir desse ponto, oriente os
estudantes a colocarem a maior quantidade possível de informações que diferencie os elementos
artificiais e naturais. Mas, as informações devem ser resumidas em poucas palavras, se possível apenas
uma a cada informação acrescentada. As informações devem ser referentes a quantidade de elementos
químicos, origem, processos de obtenção, características e toda informação pertinente apontada pelos
estudantes.
Primeiramente, explique o conceito dos quatro números quânticos e também do diagrama de energia de
Pauling. Em seguida, entregue para cada estudante uma cópia da imagem 4, disponibilizada abaixo.
Preencha os espaços em conjunto com eles, quadradinho por quadradinho, até que eles entendam o
esquema e consigam preencher sozinhos. Deixe claro, que ficará registrado no papel apenas a
localização quântica do elétron de valência daquele elemento químico correspondente. Evidentemente,
comece pelo Hidrogênio, passando para o Hélio, seguindo o fluxo dos períodos. Chame a atenção dos
estudantes em relação aos deslocamentos de níveis dos elementos pertencentes ao subnível d e
também, aos metais de transição interna, lantanídeos e actinídeos. Ao término do preenchimento,
professor, faça perguntas como, “O que vocês observaram em comum nas colunas 1 e 2? E quais foram
as diferenças?” e “Analisando a tabela periódica toda preenchida dessa forma, o que vocês perceberam
quanto a organização em relação aos níveis e subníveis de energia?”.
Espera-se com isso, que os estudantes entendam de forma concreta, a organização da tabela periódica
através das diferenças dos números quânticos e compreendam a relação com a distribuição eletrônica.
84
Após o preenchimento pelos estudantes, peça-lhes para colorirem de cores diferentes as representações
dos quatro subníveis s, p, d, f.
Para o fechamento do nosso segundo planejamento sugerimos um lúdico. Que tal um bingo da tabela
periódica? Para isso, imprima antecipadamente, à aula, a quantidade de cartelas necessárias de acordo
com a quantidade de estudantes de sua turma. Já as fichas contendo os nomes dos elementos químicos,
essa sim, deve ser toda impressa, recortada e colocada em um saco não transparente. Caso possível,
imprima, cartelas e fichas, em folha de material mais resistente do que as folhas de ofício ou cole-as em
papelão ou papel cartão, isso irá garantir maior durabilidade ao material pedagógico, podendo ser
utilizado por mais vezes. Outra opção é colocar os estudantes em duplas para diminuir a quantidade de
impressos. Também é necessário providenciar marcadores para o bingo, feijão ou milho de pipoca,
como é usado popularmente.
No QR code ao lado professor, você irá encontrar Imagem 4 - Bingo dos símbolos
disponibilizado, as instruções do jogo, as cartelas e fichas
com nomes dos elementos químicos. O link também estará
disponível nas referências. Os estudantes poderão durante
o desenrolar do bingo consultar a tabela periódica.
Entretanto, estabeleça um prazo de tempo para que o
bingo não se estenda em demasia tornando-se cansativo. Fonte: (PROENC - Instituto de Química [2023])
Objetivando elevar o nível do aprendizado e arguição ofertados pelo bingo, sugerimos a substituição de
algumas fichas contendo apenas o nome do elemento químico por fichas com dicas sobre o elemento
químico em questão. A proposta de substituições encontra-se na tabela 1 logo abaixo. Tenha liberdade
professor para acrescentar ou alterar por novas alternativas de fichas, conforme o andamento de seu
planejamento.
Tabela 1 - Proposta de substituições para algumas fichas do bingo.
Metal de transição com Elemento mais eletronegativo da Ametal com características semi-
configuração 3d10 do elétron T.P., utilizado no combate a metálicas utilizado na produção de
de valência. cáries. chips.
R: Zinco. R: Flúor. R: Silício.
Gás nobre de número Ametal que corresponde a 70% na Metal explorado em Minas Gerais
atômico 36. composição do ar atmosférico. muito usado na produção de baterias
R: Criptônio. R: Nitrogênio. eletrônicas.
R: Lítio.
85
Calcogênio que possui 6 Metal alcalino de maior raio Actinídeo mais associado à energia e
elétrons no 2°período. atômico da T.P. à guerra nuclear.
R: Oxigênio. R: Frâncio. R: Urânio.
86
ANEXO
TABELA PERIÓDICA PARA SER PREENCHIDA ( ícone clicável)
87
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Todos os corpos emitem radiação, isso inclui nós, humanos?
A) APRESENTAÇÃO:
Neste último planejamento, trataremos sobre a radioatividade. Para iniciar deve-se fazer retomada de
conhecimentos prévios adquiridos pelos estudantes no Ensino Fundamental referentes a temática
abordada. A partir desse ponto, serão introduzidos novos conhecimentos sobre a temática, além da
análise, identificação e relação entre todos os assuntos abordados.
Desenvolvendo as habilidades (EM13CNT103X) e (EM13CNT212MG), trabalharemos, inicialmente, com
as ondas eletromagnéticas e as diversas radiações, passando pela história da descoberta da
radioatividade e os principais cientistas envolvidos, finalizando com a radioatividade presente
naturalmente nos alimentos ou irradiados artificialmente. Nesse panorama, o planejamento em questão,
pretende trabalhar o conteúdo de forma interdisciplinar e destacar, ainda mais, o protagonismo dos
estudantes por meio de trabalhos desenvolvidos a partir de metodologias ativas, tendo envolvimento
mais condutente de ferramentas tecnológicas na resolução. Nesse contexto, três momentos
pedagógicos serão oferecidos. No primeiro momento será utilizado uma aula interativa com resolução
de problemas pelos estudantes, sendo finalizada com trabalhos em equipe apresentados através de
vídeos ou podcast. Já no segundo momento, a proposta inicial é trabalhar a sala de aula invertida,
incentivando os estudantes à leitura e estudo em casa para que, em sala de aula, posteriormente,
ocorra uma roda de conversa sobre o assunto em questão. Os estudantes que se destacarem serão
recompensados como líderes de equipe, para desenvolvimento de projetos baseado no livreto Trilha da
Radioatividade. No terceiro momento, daremos enfoque à radioatividade natural dos alimentos e a
aplicabilidade da irradiação para garantir maior conservação a eles, objetivando esclarecer e eliminar
dúvidas e pré-conceitos errôneos sobre o assunto. Além disso, o momento será finalizado utilizando um
recurso diferenciado e inovador, na tentativa de estimular os estudantes com atividades mais divertidas,
desafiadoras e criativas. O aplicativo em questão, Pixton permite que os estudantes desenvolvam
histórias em quadrinhos.
88
1º MOMENTO: ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E RADIAÇÕES
Inicie esse primeiro momento, inteirando-se das concepções prévias dos estudantes em relação às
ondas eletromagnéticas e aos diferentes tipos de radiações. Para isso, professor, sugerimos que escreva
as seguintes palavras no quadro: telefone celular, tomógrafo, televisão, micro-ondas, ultrassom,
controle remoto e mamógrafo. Em seguida, questione os estudantes sobre quais aparelhos utilizam
radiação para seu funcionamento, circule os indicados e deixe os estudantes dialogarem a respeito de
possíveis dúvidas, antes de encerrar o tempo para resposta. Para finalizar essa primeira etapa do
momento pedagógico, esclareça que todos os aparelhos apresentados utilizam algum tipo de radiação.
Aproveite o contexto, e exponha os sete tipos de radiações: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho,
luz visível, radiação ultravioleta, raios x e raios gama. Coloque as radiações em ordem, conforme o
espectro eletromagnético e selecione os aparelhos relacionando-os à radiação correspondente, de
acordo com o exemplo da tabela 1.
Desse ponto em diante, explique o espectro eletromagnético e sua relação com a frequência e o
comprimento da onda eletromagnética. Pontue o fato de serem inversamente proporcionais,
estabelecendo que, a baixa frequência e um grande comprimento de onda caracterizam as ondas de
rádio, já o aumento da frequência e o encurtamento do comprimento de onda, no nível máximo,
descrevem a radiação no nível gama. Para ilustrar, a tabela 2, pode ser desenhada no quadro em sala
de aula.
Tabela 2 - Ilustração da relação entre frequência e comprimento de onda.
Aumento da Frequência
Ondas de Infra-
Micro-ondas Luz visível Ultravioleta Raio X Raios gama
rádio vermelho
Prossiga explicando e separando as radiações ionizantes das radiações não-ionizantes. Para exemplificar,
retorne aos aparelhos citados no início do momento pedagógico, elucidando sobre os reais perigos que
essas radiações representam, esclarecendo dessa forma, possíveis concepções errôneas dos discentes.
Finalize pontuando a radiação gama e a radioatividade, diferenciando radioatividade de radiação.
Para consolidar as habilidades referentes a radiações, sugerimos a divisão dos estudantes em sete
grupos, cada grupo ficará responsável pela apresentação de um tipo de radiação aos demais colegas de
turma. Os trabalhos deverão abordar as características, aplicações, consequências benéficas ou
89
maléficas, além da origem e propagação. Para as apresentações, que tal inovar professor? Para isso,
ofereça aos estudantes outras formas de apresentarem os trabalhos, como a gravação de podcast ou de
vídeo produzido por eles. Estabeleça um prazo para as apresentações, culminando em uma sessão em
sala de aula ou sala multimídia dos materiais produzidos pelos estudantes. Esse trabalho pode ser
desenvolvido e realizado de forma interdisciplinar entre as disciplinas da área de Ciências da Natureza.
Portanto, professor, uma opção com vista a um aprendizado mais integral sobre esse conteúdo para os
estudantes, é trabalhar articuladamente com física e biologia.
Neste momento pedagógico, a prioridade é trabalhar como ocorreu a descoberta da radioatividade. Para
isso, recorreremos às principais pesquisas e conclusões relacionadas à temática e seus respectivos
cientistas envolvidos.
Sugerimos, professor, utilizar a metodologia da sala de aula invertida, onde os estudantes deverão se
inteirar do conteúdo previamente em casa e as atividades, serão posteriormente, realizadas em sala de
aula.
Instrua os estudantes a realizarem a leitura de todo o livreto, mas esclareça que, inicialmente, nesta
etapa, o foco é destinado a aquisição de conhecimento, portanto, a leitura deve ser mais incisiva até a
página dezesseis.
Na aula sequencial às instruções, faça uma roda de conversa e questione os estudantes a respeito da
leitura, pergunte-lhes sobre os raio x, se eles compreenderam a diferença entre eles e a radioatividade,
como a descoberta do raio x contribuiu para a descoberta da radioatividade, questione-os sobre o
trabalho do casal Curie, se na opinião deles, foi fácil isolar o polônio e o rádio, enfim, explore o assunto
a fim de sabatiná-los o máximo possível. Observe os estudantes mais envolvidos, que demonstraram
interesse pelo assunto e que aparentemente realizaram a leitura de forma compromissada. Entre esses,
os sete que mais se destacaram na roda de conversa, devem ser eleitos líderes de grupos.
Agora, iniciamos uma nova fase do nosso momento, inspirada no restante do livreto Trilhas da
Radioatividade. Para isso, divida os estudantes em sete grupos com seus respectivos líderes (sorteio é
uma forma democrática para a divisão), cada grupo ficará com um tema, sendo eles:
1. Wilhelm C. Röntgen e a descoberta do raio X.
2. Antonie Henri Becquerel e os sais de urânio.
3. Casal Curie e os elementos radioativos.
4. Ernest Rutherford e as radiações alfa e beta.
90
5. Paul Villard e a radiação gama.
6. Quiz.
7. Dinâmica.
Os cinco primeiros grupos ficarão a cargo da exposição de imagens e conhecimento, tanto do cientista
quanto da pesquisa e descoberta, organizada conforme a cronologia dos acontecimentos. Já os
estudantes dos grupos 6 e 7, terão a responsabilidade de criar os jogos, organizando as regras,
quantidade de participantes, perguntas e premiação. Contudo professor, oriente e permaneça acessível
aos estudantes, mas deixe-os trabalharem de maneira autônoma exercendo o protagonismo estudantil.
Marque a data da culminância juntamente com a coordenação pedagógica, com o intuito de que, todos
os estudantes da escola possam prestigiar os trabalhos. Esse trabalho também permite o
desenvolvimento da interdisciplinaridade entre os componentes curriculares da área de Ciências da
Natureza, podendo ser convidado a agregar e enriquecer conjuntamente, a disciplina de História.
Ao término das discussões, que devem ser breves, Imagem 2 - Vídeo sobre alimentos
recomendamos o vídeo disponibilizado no Qr Code ao lado. O radioativos
Após conclusão do vídeo, abra espaço para novas discussões. Finalize esse momento pedagógico,
dividindo a turma em grupos de no máximo cinco estudantes. A atividade irá consistir na criação de uma
história em quadrinhos por cada grupo. Apresente aos estudantes o aplicativo Pixton para realização da
atividade e delimite algumas regras:
▪ A história deverá abordar a diferença dos alimentos radioativos e dos alimentos irradiados, bem
como os benefícios dessa prática de conservação e o fato de não serem prejudiciais à saúde
humana.
▪ É necessário que os cinco estudantes sejam personagens da história e estejam representados na
pôr seus respectivos avatares.
▪ Quantidade mínima de 15 quadrinhos e máxima de 30.
▪ O enredo precisa ter sentido, bem como os diálogos entre os personagens.
91
O aplicativo Pixton é gratuito e seu uso é muito intuitivo. Primeiramente, é necessário configurar uma
conta de educador no Pixton EDU. Para isso:
No Qr code ao lado encontra-se disponibilizado o passo a Imagem 3 - Vídeo sobre como fazer
passo para realização do cadastro e funcionamento do histórias em quadrinhos on-line.
O ideal é que a atividade seja realizada em sua totalidade na escola, para isso, procure realizar parcerias
com outros professores, promovendo interdisciplinaridade na atividade proposta, além da Ciências da
Natureza, disciplinas como português, artes e tecnologias da informação podem contribuir bastante no
projeto. Caso não se concretize a aliança com demais professores, marque uma data para o término do
prazo, imprima os quadrinhos e exponha em um mural da escola para visualização dos demais
estudantes. A atividade também pode ser realizada em papel A4 ou cartolina, dessa forma, os
estudantes desenvolveram ainda mais a criatividade por meio de desenhos e coloridos.
92
REFERÊNCIAS
ÁTOMO: origem e modelos. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1qxG3fRsXaOVdg8DyjxgmiGQnEzh64zvA/view. Acesso em: 07 out. 2023.
COMO a mecânica quântica explica a estrutura do átomo? [S. l.: s. n.], 3 mar. 2023. (5min). Publicado
pelo canal Mapas da Química. Disponível em: https://youtu.be/jXnnzVzl6po?si=xi29TaJO5WdUqZjJ.
Acesso em: 09 out. 2023.
COMO a mecânica quântica explica a estrutura do átomo? [S. l.: s. n.], 3 mar. 2023. (5min). Publicado
pelo canal Mapas da Química. Disponível em: https://youtu.be/jXnnzVzl6po?si=xi29TaJO5WdUqZjJ.
Acesso em: 09 out. 2023.
COMO criar um novo elemento químico. [S. l.: s. n.], 27 fev. 2021. Vídeo (10min). Publicado pelo canal
Ciência Todo Dia. Disponível em: https://youtu.be/NMQkq7EiFVs?si=wuzVPHSJxVHNbjCX. Acesso em:
13 out. 2023.
COMO surgiram os elementos químicos. São João Del Rey - campus Alto Paraopeba, [s. n.], 25 mar.
2021. Vídeo (9min). Publicado pelo canal CTS UFSJ - CAP. Disponível em: https://youtu.be/2TcW-
xKTR7E?si=dCp3Ds3TxVsDQNUk. Acesso em: 13 out. 2023.
FATOS estranhos: alimentos radioativos. Natal, ep.35, 30 ago. 2020. 1 Vídeo (9min). Publicado pelo
canal Gotas de química. Disponível em: https://youtu.be/XUAzXEo9P6c?si=nmGzehCFGJ9NtHc0. Acesso
em: 28 out. 2023.
FEITOSA, A. M. Modelos atômicos com o uso da realidade aumentada: uma proposta de ensino
para aulas de física. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) - Universidade Federal
de Alagoas, Maceió, 2020. Disponível em: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/584914. Acesso
em: 07 out. 2023.
FEITOSA, A. M. Produto educacional: Evolução do átomo com realidade aumentada, Macéio, 2020.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1mJw6MDDD5A6--opYK957Fna_CBIj3veY/view. Acesso
em: 07 out. 2023.
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1qxG3fRsXaOVdg8DyjxgmiGQnEzh64zvA/view. Acesso em: 07 out. 2023.
LEAL. M. C. Didática da Química: Fundamentos e Práticas para o Ensino Médio. Belo Horizonte:
Dimensão, 2010. 120p.
MATEUS, A. Crie seu átomo – modelos feitos com corte a laser. X-Ciências. Belo Horizonte, 19 dez.
2022. Disponível em: https://www.xciencia.org/2022/12/19/crie-seu-atomo-modelos-feitos-com-corte-a-
laser/. Acesso em: 07 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de Apoio Pedagógico para
Aprendizagens. 1°ano. Ensino Médio - Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1°bimestre. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2023.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1HyJWDuWFr2JzhFViwARJvUuUtiIMKEko/view. Acesso
em: 07 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
93
PROENC. Bingo dos símbolos. Instituto de Química, [s.d]. Disponível em:
https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1DsWQbKp-qiaA3D9gjqNdCT287zmjjI62. Acesso em: 15 out.
2023.
PROJETO de extensão Meninas da Física. Produto Educacional: Trilha da Radioatividade.
Universidade Federal de Uberlândia, 2020. Disponível em:
https://www.aben.com.br/Arquivos/730/730.pdf. Acesso em: 28 out. 2023.
REIS, M. Química. São Paulo: Ática, 2°ed, v.1, 2016.
SANTOS, T. A. F. Representação da estrutura atômica para o professor, 2023.
SANTOS, T. A. F. Tabela periódica para ser preenchida, 2023.
SANTOS, T. A. F. Exemplo de linha do tempo até o modelo atômico atual, 2023.
SANTOS, T. A. F. Cartões dos elementos químicos para sorteio pelo professor, 2023.
SANTOS, T. A. F. Ilustração da relação entre frequência e comprimento de onda, 2023.
94
95
Olá, estudante!
Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo
carinho para que você possa realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula ou
em casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia,
foco, interesse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possa seguir aprendendo e
atuando como estudante protagonista. Significa proporcionar uma base sólida para que você
mobilize, articule e coloque em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades
importantes na relação com os outros e consigo mesmo(a) para o enfrentamento de desafios,
de maneira criativa e construtiva. Ficou curioso(a) para saber que convite é esse que estamos
fazendo para você? Então não perca tempo e comece agora mesmo a realizar essa aventura
pedagógica pelas atividades.
Bons estudos!
96
BIOLOGIA
Olá, estudante!
97
procurar soluções para grandes embates da humanidade, como por exemplo: proporcionar uma
conformidade entre a utilização dos recursos naturais e a sobrevivência das gerações humanas futuras,
ou seja, promover a sustentabilidade. Portanto, entender como a vida biológica funciona é fundamental
para que pessoas conscientes investiguem as melhores maneiras de preservar os recursos naturais do
planeta Terra.
Novos campos de pesquisa como a Biotecnologia e a Engenharia Genética, geram ao homem a
oportunidade de alterar a natureza. Atualmente, é possível formar organismos geneticamente
modificados, produzir organismos idênticos (clonagem) ou antever doenças antes que se manifestem
nos indivíduos. Nesse contexto, discussões de bioética são importantes para a sociedade definir se estes
conhecimentos devem ou não ser usados. Por isso você, como estudante e cidadão, necessita saber os
fundamentos da Biologia como ciência, de modo que possa refletir, agir e proporcionar mudanças nas
nossas vidas.
Abaixo, um resumo sobre os grandes estudos da área da Biologia ao longo da história:
▪ Século IV a.C. o naturalista Aristóteles - dividiu e classificou os animais “com sangue” e “sem
sangue”. Ele também percebeu, ainda de forma bem embrionária, a adaptação evolutiva dos
animais e vegetais.
▪ Século XIV - estudiosos iniciaram trabalhos de dissecação em cadáveres humanos, o que
contribuiu para novos conhecimentos da anatomia humana.
▪ Ano de 1650 - descoberta dos microrganismos Antony van Leeuwenhoek (é considerado um dos
precursores do estudo da microscopia). Posteriormente, outros cientistas conseguiram
aprofundar nesse conhecimento, como o inglês Robert Hooke (1635-1703), criador do termo
célula.
▪ Ano de 1668 - Francesco Redi refuta a ideia da geração espontânea e comprova que somente
um ser vivo preexistente pode gerar outro ser vivo (biogênese), pelo menos, no que se refere a
vida macroscópica, pois com a descoberta dos microrganismos, volta à tona o debate geração
espontânea X biogênese. Até que no ano de 1860, o cientista francês Louis Pasteur comprovou
que o mesmo ocorre no mundo microscópico.
▪ Ano de 1735 - Van Carl Lineu, analisando as similaridades morfológicas de plantas de animais,
formou o sistema taxonômico e a nomenclatura dos seres vivos, apesar de algumas mudanças,
são usadas até hoje.
▪ Ano de 1809 - Lamarck tenta explicar sobre a evolução das espécies. Apesar de não convencer a
muitos estudiosos, foi um importante marco para o estudo da evolução.
▪ Ano de 1859 - Charles Darwin, publicou seu livro “A origem das espécies”, aceito pela ciência
como melhor explicação para a evolução das espécies.
▪ Ano de 1862, o francês Louis Pasteur (1822-1895) realizou um experimento que comprovou,
definitivamente, a inveracidade da geração espontânea.
▪ Ano de 1864, Louis Pasteur desenvolveu o processo de esterilização de alimentos
(pasteurização).
▪ Ano de 1865 - Gregor Mendel publicou os resultados de seus estudos sobre a hereditariedade (a
transmissão das características aos descendentes).
Nessa sequência de aprendizagem que você participou, você conheceu a jornada de pensadores e
cientistas que caracterizam o estudo da Biologia ao longo dos séculos. Agora, vamos fazer algumas
atividades? Use o seu livro didático também como fonte de informação para realizar as atividades a
seguir.
*texto adaptado de (Amabis e Amartho, 2015)
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ATIVIDADES
1 – Qual a contribuição da Biologia como ciência?
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3 – Com o avanço da ciência, foi possível observar algumas características presentes nos vegetais e
animais que não são encontradas nos minerais. A partir disso Lamarck, considerou esses aspectos para
incluir plantas e animais como pertencentes ao grupo dos “seres orgânicos”. Quais características são
essas?
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INTRODUÇÃO AO MÉTODO CIENTÍFICO E SUAS ETAPAS
Olá, estudante!
Até aqui nós estudamos sobre a evolução da Biologia como ciência, agora, abordaremos sobre como o
método científico é realizado no estudo da Biologia. Para iniciar o diálogo sobre o método científico, é
muito importante que você entenda a diferença entre senso comum e pensamento científico. São dois
tipos de conhecimento muito diferentes. Enquanto o senso comum se alicerça em crenças, hábitos e
costumes que são transmitidos de geração em geração, o conhecimento científico, por sua vez, baseia-
se nas observações e experimentos dos fenômenos, para encontrar os fatos.
O conhecimento produzido em ciência se relaciona com o método científico, o qual é usualmente
inserido no campo de estudo das Ciências da Natureza. Trata-se de um conjunto de procedimentos
ligados à observação, à análise de dados e à formulação de explicações possíveis para esses fenômenos.
Cada área do conhecimento apresenta um conjunto de técnicas especializadas para uma determinada
finalidade, mas todas as áreas possuem uma sequência de princípios gerais, alicerçados na observação e
na racionalidade, que constituem o método científico.
O objetivo desse método é possibilitar a apropriação de novos conhecimentos, os quais podem ser
usados para chegar a novos dados. Não há um procedimento único para todas as áreas, mas na
Biologia, geralmente, se produz ideias analisando os dados obtidos na observação de experimentos. O
método científico é um processo, que segue algumas etapas:
Etapas do método científico
100
▪ Teoria – uma hipótese, ou um conjunto de hipóteses, verificada experimentalmente e apoiada
pela análise dos resultados pode constituir uma teoria, que é a síntese abrangente das
explicações sobre determinados fenômenos. A teoria não é uma verdade absoluta ou definitiva,
mas uma ferramenta que possibilita prever fenômenos e pode ser testada em novos
experimentos. Os fatos científicos devem ser necessariamente verificáveis, e as hipóteses,
testáveis diante de novos fatos, e, uma vez testadas, devem ser falseáveis. As teorias nunca são
provadas, e sim corroboradas, sendo passíveis de modificações e aperfeiçoamentos.
▪ As leis científicas também são falseáveis. Elas são descrições apoiadas por um grande corpo de
evidências que descrevem sobre um certo fenômeno.
Ética na ciência
Quando se fala em trabalhos desenvolvidos na ciência, é fundamental discutir sobre a postura ética dos
cientistas e do desenvolvimento das pesquisas de uma maneira geral na ciência. A ética é um pilar
fundamental que orienta nossas ações, nossas decisões e nossas interações na sociedade. É a partir da
ética que encontramos a distinção entre o que é certo e o que é errado, o que é moral e o que é imoral,
ou seja, ela é o alicerce da moralidade e da conduta humana. Por isso, ela desempenha um papel
essencial no nosso cotidiano, nas relações interpessoais, na escola, na família, na política, ou seja, em
todas as esferas da sociedade. A ética também está presente na nossa tomada de decisões, pois, muitas
delas, não envolve apenas nossos próprios interesses, mas o que elas impactam nos outros. Isso é
muito importante já que a tomada de decisões está bem ligada ao campo da ética na ciência, isto é, na
prática científica a ética é um elemento fundamental, pois é ela que orienta a conduta dos
pesquisadores, a disseminação de resultados e outras ações da pesquisa.
Como estamos tratando da ética em áreas afins da Biologia, trataremos sobre bioética. O surgimento da
bioética está ligado à discussão de temas associados à saúde e às pesquisas científicas que envolvem
seres humanos e as demais formas de vida. Durante muito tempo, códigos e procedimentos de ética
nas atividades médicas foram discutidos e modificados. Mas, em função de casos, como experimentos
realizados no regime do nazismo e polêmicas sobre a autonomia de pacientes escolherem seus próprios
tratamentos médicos, observou-se ser fundamental impor critérios para condutas e discussões sobre
essa área. A bioética é uma ciência multidisciplinar que visa estudar criticamente aspectos relacionados
à progressão da tecnologia, saúde pública, medicina, biologia, práticas científicas, pesquisas acadêmicas
etc. É a bioética que favorece uma reflexão sobre diversos embates da sociedade para que seja
realizada escolhas de forma consciente e coerente.
Ao tratar, por exemplo, de Políticas Públicas de saúde se encaixam discussões que abrangem a ética na
definição de políticas na saúde pública. Elas ajudam a definir como devem ser empregados os recursos
públicos para garantir a saúde da população, considerando, principalmente, vulnerabilidades e
necessidades específicas. No caso da Genética, muitas doenças genéticas não têm cura ou sequer
tratamento. Diante disso, a bioética procura resolver questões ligadas ao desenvolvimento de terapias e
à regulamentação em como lidar com a hereditariedade destes males. Na engenharia genética, o
aparecimento de tecnologias que modificam as características genéticas dos organismos foi um dos
fatores que contribuíram para a sistematização da bioética. Inclusive, os avanços recentes dessa área do
conhecimento têm gerado uma série de discussões, principalmente em relação à edição de genes com e
a medicina personalizada.
101
ATIVIDADES
1 - (IFCE) A primeira etapa do método científico consiste em
A) generalizar os resultados.
B) efetuar observações.
C) registrar dados.
D) elaborar explicações.
E) propor problemas e levantar hipóteses.
3 – (FUVEST-SP) O tema “teoria da evolução” tem provocado debates em certos locais dos Estados
Unidos da América, com algumas entidades contestando seu ensino nas escolas. Nos últimos tempos, a
polêmica está centrada no termo TEORIA, que, no entanto, tem significado bem definido para os
cientistas.
Sob o ponto de vista da ciência, teoria é:
A) sinônimo de lei científica, que descreve regularidade de fenômenos naturais, mas não permite
fazer previsões sobre eles.
B) sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda sem comprovação experimental.
C) uma ideia sem base em observação e experimentação, que usa o senso comum para explicar
fatos do cotidiano.
D) uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico, que tenta explicar fenômenos naturais
relacionados, permitindo fazer previsões sobre eles.
E) uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico, que, de tão comprovada pelos cientistas, já é
considerada uma verdade incontestável.
4 – (UEA) O método científico é literalmente uma investigação, na qual o pesquisador procura, a partir
de observações de fatos ou eventos, formular hipóteses. Essas hipóteses devem ser metodologicamente
testadas e experimentadas repetidamente, para que posteriormente haja conclusão de seu experimento,
independentemente de os resultados confirmarem ou rejeitarem as hipóteses testadas.
A) comprovação de que suas hipóteses estavam corretas, caso contrário o experimento não pode
ser conclusivo.
B) demonstração de que sua metodologia de experimentação confirma, sem margem de erro,
suas hipóteses formuladas.
C) formulação de novas perguntas sobre o mesmo fato, pois os experimentos científicos jamais
chegam a uma conclusão.
D) utilização comercial de suas descobertas, gerando lucros que financiarão novas pesquisas
sobre o tema pesquisado.
102
5 − Qual a importância da bioética no desenvolvimento de Política Públicas de Saúde?
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103
COMO A VIDA SURGIU?
Olá, estudante!
Nas últimas aulas, aprendemos sobre o surgimento da Biologia como uma área da ciência e a introdução
ao método científico. Neste momento, você estudará sobre as ideias propostas que visam explicar a
origem da vida. Para isso, é importante entender o que a ciência supõe que teria ocorrido, em um
passado bem mais distante, quer dizer, nos primórdios do universo. A teoria do big bang é a mais aceita
pela ciência, ela propõe que o universo teria sido formado a partir de um ponto extremamente
compacto, de densidade infinita, que, por motivos não conhecidos, explodiu há aproximadamente 13,8
bilhões de anos, e teria se expandido violentamente. Para esse modelo científico, o universo permanece
em expansão até os dias atuais. Com essa explosão, o “big bang”, teriam surgido, simultaneamente, o
espaço, o tempo, a energia e a matéria que formam o universo.
A teoria do Big Bang descreve a origem do Universo a partir de uma grande explosão
que ocorreu há aproximadamente 14 bilhões de anos
Os estudiosos entendem que o Sistema Solar (Sol, planetas, satélites, cometas e outros corpos
celestes), formou-se há, aproximadamente, 4,6 bilhões de anos. Ele teria sido originado a partir de uma
nebulosa (aglomeração de gases e de poeira interestelar) presente na galáxia Via Láctea. Estima-se que
os gases da nebulosa os quais geraram o Sistema Solar eram, principalmente: hidrogênio e hélio. A
poeira interestelar era formada, essencialmente, por grânulos de carbono e silicatos.
Existem algumas evidências científicas que apontam o surgimento do planeta Terra entre 4,6 bilhões e
4,5 bilhões de anos atrás. Ele teria surgido a partir da aglomeração de minerais, poeira cósmica e gases
presentes no disco de matéria que orbitava o Sol. Após isso, houve uma cadeia de fenômenos e eventos
catastróficos que contribuíram para o aumento da temperatura e da massa do planeta. Os cientistas
admitem que nenhum tipo de vida, como a que conhecemos atualmente, poderia ter existido em
condições tão adversas quanto àquelas que predominavam na Terra em seus primeiros 700 milhões de
anos de existência.
104
A Terra teria sido formada entre 4,5 e 4,6 bilhões de anos
105
termo célula. A descoberta desses microrganismos, denominados germes ou micróbios, reativou
a ideia da geração espontânea. Acreditava-se que os germes surgiam pela ação de um princípio
ativo que existiria no ar e em todos os objetos.
▪ Em 1748, o inglês John Needham (1713-1781) fez experiências que apoiavam a explicação da
geração espontânea dos germes. Sabendo que o calor eliminava os germes, ele colocou caldo
nutritivo (caldo de carne) em tubos de ensaio, que foram fechados com rolhas e aquecidos por
alguns minutos. Após esfriarem, os frascos foram abertos, e a análise de seu conteúdo mostrou
a presença de germes. Para Needham, isso era uma prova da geração espontânea, pois o
aquecimento prévio dos frascos teria matado todos os germes que pudessem existir no caldo de
carne.
▪ Por sua vez, o italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) refutou o pensamento de Needham em
1768. Ele refez os experimentos com caldo nutritivo, mas vedou os tubos e os aqueceu
intensamente por mais de uma hora; após o resfriamento dos frascos, Spallanzani não encontrou
nenhum germe. Ele afirmou que Needham não havia aquecido os tubos por tempo suficiente
para matar os germes que existiam no caldo. Mas Needham respondeu à acusação de
Spallanzani alegando que o aquecimento excessivo impedia a ação do princípio
ativo no caldo nutritivo. Então, a ausência de uma prova irrefutável manteve as ideias sobre
geração espontânea sobrevivendo por mais tempo.
(A) (B)
106
Experimento de Louis Pasteur desbancando definitivamente a geração espontânea
Hipótese heterotrófica
● Aleksandr Oparin (1894-1980) e John Haldane (1892-1964) propuseram a ideia de evolução
química da vida: gases atmosféricos que teriam formado substâncias orgânicas, e após uma
lenta cadeia de eventos originou a primeira célula heterótrofa, a qual retirava alimento do meio.
● No oceano primitivo, as proteínas teriam se agregado formando coacervados, até que, após
muito tempo, teriam surgido as primeiras células.
Hipótese heterotrófica
Fonte: (Santos, 2023c)
107
Experimento de Miller e Urey
▪ Stanley Miller (1930-2007) e Harold Urey (1893-1981) realizaram em 1953 um experimento no
qual simularam as condições propostas por Oparin e Haldane para a atmosfera da Terra
primitiva.
Experimento de Miller e Urey
Hipótese autotrófica
Fonte: (Santos, 2023b)
108
ATIVIDADES
1 − (Ufam-AM) Em 1668 Francisco Redi colocou, dentro de recipientes, substâncias orgânicas em
decomposição. Alguns dos recipientes foram cobertos com gaze e outros deixados descobertos.
Demonstrou que das larvas de carne podre se desenvolveram ovos de moscas e não da transformação
da carne. Os resultados desse experimento fortaleceram a teoria sobre a origem da vida denominada
de:
A) abiogênese.
B) biogênese.
C) hipótese heterotrófica.
D) hipótese autotrófica.
E) geração espontânea.
4 - (Unicentro-PR) “Até meados do século XVII, a maioria das pessoas acreditava que uma entidade
divina havia criado intencionalmente os seres humanos e os animais mamíferos. Admitia-se também que
seres considerados mais simples, como moscas, sapos, peixes e vermes, entre outros, podiam ser
gerados espontaneamente a partir da matéria sem vida, ou mesmo pela transformação de outros seres
vivos.” (AMABIS; MARTHO, 2008 p. 11).
Relacionado às Teorias de Origem da vida e às descobertas que as refutaram, é correto afirmar:
A) A Hipótese da Panspermia ditava que os seres vivos se originaram de substâncias inorgânicas
precursoras, provenientes do centro do planeta Terra.
B) O surgimento dos microrganismos sobre a matéria orgânica em decomposição era
perfeitamente explicado pela teoria da abiogênese.
C) As descobertas atuais evidenciam que a vida pode ter se originado a partir de uma evolução
química em que compostos inorgânicos se combinaram originando moléculas orgânicas.
D) Um dos principais experimentos científicos sobre a origem dos seres vivos validou o
surgimento espontâneo de larvas de vermes sob a carne em putrefação.
109
E) A hipótese autotrófica resultou da análise de uma lenta e gradual modificação de moléculas
orgânicas que interagiriam, originando as unidades básicas de formação dos seres vivos.
5 - (PUCC-SP) Há muito, muito tempo, quando ocorreu a origem da vida na Terra, surgiram vários
processos biológicos. Tendo em vista as condições ambientais existentes então, podemos afirmar que a
sequência correta do aparecimento dos processos abaixo foi amostrada em:
A) respiração aeróbia - fermentação - fotossíntese.
B) fermentação - respiração aeróbia - fotossíntese.
C) fermentação - fotossíntese - respiração aeróbia.
D) fotossíntese - respiração aeróbia - fermentação.
E) fotossíntese - fermentação - respiração aeróbia.
110
FUNDAMENTOS DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Olá, estudante!
Como você estudou sobre diferentes hipóteses para explicar a origem da vida, agora, será bem
oportuno entender o que a ciência entende sobre os mecanismos que originaram a diversificação da
vida, a evolução das espécies. Veremos desde as primeiras ideias até o que há de mais concreto
atualmente a respeito desse tema.
Fixismo e transformismo
▪ Hoje em dia, o evolucionismo ou transformismo é de certo modo compreendido e até mesmo
aceito por boa parte das pessoas, e claro, pela ciência. Porém, até o século XIX o fixismo era a
ideia mais difundida.
▪ Fixismo: propõe que as espécies não desenvolvem modificações no decorrer do tempo e que
permanecem imutáveis desde a sua criação.
▪ Transformismo: as espécies passam por processos de modificação (transformação) de
características ao longo do tempo.
As ideias de Lamarck
▪ Durante os séculos XVIII e XIX, houve um significativo avanço na Europa no que se refere às
discussões sobre a ocorrência de mudanças nas espécies ao longo do tempo.
▪ Jean-Baptiste de Lamarck, em 1809, publicou o livro “Filosofia zoológica”, cuja proposta foi
destacar que as espécies predispõem características que podem se modificar em direção à
“perfeição”, além de aumentar sua complexidade ao longo do tempo.
111
das árvores, por isso, esticavam o pescoço desenvolvendo os músculos desse
órgão, consequentemente, aumentando o seu tamanho.
As ideias de Darwin
▪ O naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809-1882) embarcou, em 1831, no navio da
marinha britânica HMS Beagle em uma viagem pelo mundo, que duraria em torno de cinco anos.
▪ Suas observações ao longo da viagem tornaram o alicerce para o desenvolvimento de sua teoria
sobre a evolução.
Imagem 3: Charles Darwin (1744-1829)
Fonte: (Ferreira, 2023)
▪ Darwin concluiu que, devido a fatores como predação, parasitismo, competição e alteração
climática, os indivíduos de uma espécie estão em constante luta pela sobrevivência, o que
implica a eliminação dos indivíduos menos aptos, mas a sobrevivência dos mais aptos. Esse
processo foi chamado por Darwin como seleção natural.
▪ Um exemplo da seleção natural está relacionado aos bicos dos tentilhões, os quais Darwin
observou nas Ilhas Galápagos. O que ele viu? Havia diferentes tentilhões em cada ilha, porém, o
que mais chamou a atenção do naturalista inglês foi que as aves podiam ser diferenciadas pela
forma de seus bicos. Logo, ele concluiu que os tentilhões, provavelmente, eram provenientes de
uma mesma espécie ancestral. Ele chegou a esse raciocínio percebendo que as aves poderiam
ter sofrido distintas pressões seletivas de acordo com o tipo de ambiente ecológico em cada ilha.
Assim, o fator ambiental atuou selecionando os organismos mais aptos às circunstâncias dos
ambientes, os quais conferem diferentes tipos de alimentos.
112
Tentilhões com bicos específicos de acordo com sua dieta
▪ A seleção natural atua de forma permanente nas populações e, desta forma, interfere na
frequência dos alelos e por meio da pressão eletiva.
▪ Há três tipos de seleção natural:
○ Seleção disruptiva: favorece indivíduos com características de valores dos dois extremos
da população, diminuindo, então, a frequência dos indivíduos com caraterística de valores
medianos.
○ Seleção estabilizadora: favorece os indivíduos com características de valores medianos.
○ Seleção direcional: favorece indivíduos com característica de valores extremos.
Charles Darwin, em seu livro “A origem das espécies”, destaca de uma forma importante sobre um caso
específico de seleção natural: a seleção sexual. Ela seleciona características que condicionam o sucesso
reprodutivo dos organismos. Na maioria das vezes, o macho é mais aparente e se destaca, estratégia
pela qual tenta atrair as fêmeas.
113
Pavão macho com suas penas coloridas e vistosas, as quais usa para atração da fêmea
● Isolamento reprodutivo: é considerado o principal evento da especiação. Ele pode ser pré-
zigótico e pós-zigótico.
○ Pré-zigótico:
■ Isolamento anatômico: órgãos sexuais incompatíveis.
■ Isolamento comportamental: comportamentos que não são mais atrativos para a
reprodução.
■ Isolamento sazonal: períodos de acasalamento diferentes.
■ Isolamento gamético: os gametas não conseguem realizar a fecundação.
■ Isolamento de hábitat: hábitats diferentes inviabilizam a reprodução.
○ Pós-zigótico:
■ Inviabilidade do híbrido: desenvolvimento alterado do embrião e morte.
■ Infertilidade do híbrido: incapacidade de gerar descendentes.
A mula é um animal híbrido estéril, resultado do cruzamento entre uma égua e um jumento.
Fonte: (Moraes, 2023)
114
ATIVIDADES
1 - (ENEM) Embora seja um conceito fundamental para a biologia, o termo “evolução” pode adquirir
significados diferentes no senso comum. A ideia de que a espécie humana é o ápice do processo
evolutivo é amplamente difundida, mas não é compartilhada por muitos cientistas.
Para esses cientistas, a compreensão do processo citado baseia-se na ideia de que os seres vivos, ao
longo do tempo, passam por
A) modificação de características.
B) incremento no tamanho corporal.
C) complexificação de seus sistemas.
D) melhoria de processos e estruturas.
E) especialização para uma determinada finalidade.
2 - (UEL-PR) No início do século XIX, alguns naturalistas passaram a adotar ideias evolucionistas para
explicar a diversidade do mundo vivo. Embora os teólogos naturais tivessem reconhecido a importância
do meio ambiente e as adaptações dos organismos a ele, Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro a
reconhecer a importância crucial do tempo para explicar a diversidade da vida.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma contribuição de Lamarck para o pensamento
evolucionista da época, além do fator tempo.
A) Uma vez que, a cada geração, sobrevivem os mais aptos, eles tendem a transmitir aos
descendentes as características relacionadas a essa maior aptidão para sobreviver.
B) Os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem, a cada geração, são os que apresentam
determinadas características relacionadas com a adaptação às condições ambientais.
C) Algumas características conferem a seus portadores vantagens para explorar o meio ambiente
de forma a tornar a sobrevivência e a reprodução mais eficientes.
D) A variação casual apresenta-se em primeiro lugar e a atividade ordenada do meio ambiente
vem posteriormente, ou seja, a variação independe do meio.
E) A adaptação é o inevitável produto final de processos fisiológicos requeridos pelas
necessidades dos organismos de fazer face às mudanças de seu meio ambiente.
3 – Sabemos que a seleção natural é um ponto importante da teoria criada por Charles Darwin. Marque
a alternativa incorreta a respeito da ideia de seleção natural:
A) Segundo a teoria da seleção natural, o mais forte sobrevive.
B) Segundo Darwin, os organismos estão constantemente lutando pela sobrevivência e apenas
os mais aptos sobrevivem.
C) Os seres mais aptos possuem maior chance de reproduzir-se e deixar descendentes.
D) Superbactérias são um exemplo clássico de seleção natural.
4 – (UEPG-PR) O pensamento evolutivo predominante, até meados do século XVIII, preconizava que
cada espécie teria surgido de maneira independente e permaneceria sempre com as mesmas
características. No início do século XIX, a hipótese de uma transformação de espécies passou a ser
defendida por alguns cientistas para explicar a diversidade das espécies.
Assinale o que for correto sobre as teorias evolutivas.
01) Segundo o Lamarckismo, a evolução das espécies era guiada pelas mudanças ambientais. Ou
seja, os seres vivos reagem às mudanças utilizando alguns órgãos mais do que outros e
transmitem as mudanças em seu corpo às gerações seguintes.
115
02) O neodarwinismo ou teoria sintética da evolução considera que um órgão se desenvolvia com
o seu uso e atrofiava-se com o seu desuso. Por exemplo, a girafa atual poderia ter adquirido um
pescoço comprido como resultado do uso constante e do esforço de um ancestral, de pescoço
menor, para alcançar as folhas do alto das árvores.
04) Segundo o mecanismo de evolução proposto por Darwin, os indivíduos com mais
oportunidades de sobrevivência seriam aqueles com características apropriadas para enfrentar as
condições ambientais, os quais teriam maior probabilidade de se reproduzir e deixar descendentes
férteis – Seleção Natural.
08) De acordo com o darwinismo, o próprio ambiente selecionava as espécies mais bem
adaptadas. Como exemplo atual, podemos citar a ação de certos antibióticos que induzem
mutações em cepas de bactérias ultra resistentes.
5 – (UFPR) Uma grande população de insetos de uma determinada espécie é submetida a um dado
inseticida por um período prolongado de tempo. Como consequência, os indivíduos sensíveis ao
inseticida morrem e os resistentes a ele sobrevivem. A respeito da seleção natural atuante nessa
população, considere as seguintes afirmativas:
1. Por promover o aumento da ocorrência de mutações de resistência ao inseticida, a seleção
natural direcional ajustou a frequência dos insetos resistentes.
2. Geração após geração, a seleção natural estabilizadora promove o aumento da ocorrência de
mutações de resistência ao inseticida.
3. Insetos resistentes ao inseticida aumentam de frequência, geração após geração, pela ação da
seleção natural estabilizadora.
4. A seleção natural direcional favorece os insetos resistentes ao inseticida, que irão aumentar de
frequência geração após geração.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
116
A ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA DA VIDA E A NUTRIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
Olá, estudante!
Vamos estudar a Ecologia começando pelos níveis de organização dos seres vivos. O entendimento
desse tema possibilitará uma visão mais ampla da Biologia como um todo. Tal conteúdo aliado aos
“Fundamentos da Ecologia” e o “Fluxo de energia no ecossistema”, contemplam pré-requisitos para que
você entenda melhor, por consequência, conteúdos a serem trabalhados, tais como: as relações tróficas
no ecossistema, fotossíntese e respiração celular.
● A organização biológica vai desde os nano componentes como os átomos até a relação ecológica
dos seres vivos entre si e com os elementos abióticos da Terra.
● Os níveis de organização acondicionam esses diversos elementos de estudo relacionando-os com
seu grau de complexidade.
Níveis de organização
117
Fragmentação de hábitat e corredores ecológicos
Corredores ecológicos, os quais promovem a ligação entre duas áreas fragmentadas, gerando a
continuidade do hábitat
▪ Heterótrofos: seres que obtêm moléculas de glicose se alimentando de outros seres vivos.
Leão, organismo heterótrofo que necessita de outros organismos para obter alimento
Fonte: (Santos, 2023d)
118
Cadeias e teias alimentares
▪ As cadeias e as teias alimentares são representações das relações alimentares dos organismos
em um ecossistema. Seguem alguns conceitos para facilitar a compreensão dos níveis tróficos
das cadeias alimentares:
○ Produtores: organismos autótrofos.
○ Consumidores: organismos heterótrofos.
○ Detritívoros: consumidores que se alimentam de restos orgânicos. Exemplos: minhocas,
urubus e camarões.
○ Decompositores: organismos que transformam matéria orgânica em inorgânica e são
essenciais para a ciclagem de nutrientes. Entre os exemplos, estão algumas espécies de
bactérias e fungos, que atuam em todos os níveis tróficos.
Cadeia alimentar
▪ Representação das relações alimentares de um ecossistema em uma sequência linear.
Representação de uma cadeia alimentar
119
Ciclo da matéria
▪ Também conhecido como ciclo dos nutrientes (elementos químicos fundamentais aos seres
vivos). São exemplos de nutrientes: carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio.
▪ Os nutrientes circulam entre a parte abiótica (meio físico) do ambiente e a parte biótica (seres
vivos).
○ Inicialmente, são assimilados pelos produtores na forma de gás carbônico, água e sais
minerais.
○ Em seguida, constituem as moléculas orgânicas, que são transferidas para os outros
níveis tróficos pela alimentação.
○ Por fim, retornam ao meio físico, por meio da decomposição.
Fluxo de energia
▪ A energia luminosa assimilada na fotossíntese é dissipada como calor, devido à atividade
metabólica, em todos os níveis tróficos.
▪ Considera-se, portanto, que a energia apresenta fluxo unidirecional e decrescente ao longo da
cadeia alimentar.
Fluxo de energia mostrando que parte da energia é perdida em cada nível trófico
ATIVIDADES
1 – (Uece) No mundo dos multicelulares, há níveis de organização superiores à célula. A partir dessa
informação, assinale a afirmação verdadeira.
A) Ecossistema é o conjunto das populações de uma região.
B) População é formada pelos indivíduos de distintas espécies que vivem em uma mesma região
e em uma determinada época.
C) Tecido é um conjunto de células semelhantes que se reúnem para desempenhar determinadas
funções.
D) Células são as unidades morfofisiológicas dos seres vivos que compõem os tecidos.
120
2 – (PUC-RJ) Considere os conceitos de nicho ecológico e hábitat apresentados abaixo:
I. O nicho de um organismo é seu papel ecológico.
II. A ocupação de nichos distintos por diferentes espécies reduz a competição por recursos.
III. Nicho ecológico é o lugar onde um organismo vive.
IV. Um determinado hábitat pode proporcionar diferentes nichos aos organismos.
Estão corretas:
A) todas as afirmações.
B) apenas a I.
C) apenas I e IV.
D) apenas II e III.
E) apenas I, II e IV.
3 - (PUC-SP) Suponha que se queira manter animais aquáticos herbívoros em um aquário. Para garantir
a sobrevivência desses animais durante certo tempo, seria aconselhável adicionar ao ambiente
A) plantas aquáticas e algas que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam
oxigênio ao meio, caso esse fosse iluminado.
B) plantas aquáticas e algas que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam
oxigênio ao meio, mesmo que esse não fosse iluminado.
C) fungos e bactérias que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam gás
carbônico ao meio, caso esse fosse iluminado.
D) fungos e bactérias que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam gás
carbônico ao meio, mesmo que esse não fosse iluminado.
E) zooplâncton que, além de servir de alimento para os animais, forneceria oxigênio ao meio,
caso esse fosse iluminado.
5 – (ENEM) Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento essencial e majoritário
da matéria orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra em sua forma inorgânica, ora se
encontra em sua forma orgânica. Em uma cadeia alimentar composta por fitoplâncton, zooplâncton,
moluscos, crustáceos e peixes ocorre a transição desse elemento da forma inorgânica para a orgânica.
121
Em qual grupo de organismos ocorre essa transição?
A) Fitoplâncton.
B) Zooplâncton.
C) Moluscos.
D) Crustáceos.
E) Peixes.
122
REFERÊNCIAS
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia – Biologia das células, volume 1. 4. ed. São Paulo: Moderna,
2015. 2-3 p.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia Moderna. volume 3. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
ANTONINI, Gabriel [et al]. Anglo [livro eletrônico] : Ensino médio : Formação geral básica : 1ª
série : Biologia : Caderno 1: Caderno do professor. -– 1. ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de
Ensino, 2022.
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ARAGUAIA, Mariana. "Panspermia Cósmica"; Mundo da Educação, [s. l.], 2022. Disponível em:
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BATISTA, Carolina. "Cadeia alimentar". Toda Matéria, [s. l.], 2022. Disponível em:
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BATISTA, Carolina. "Teia alimentar"; Toda Matéria, [s. l.], 2022. Disponível em:
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CAIRES, Luanne. Microrganismos são alternativa sustentável para recuperação de áreas contaminadas;
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ESCOLA, Brasil. "Louis Pasteur"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
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GUITARRARA, Paloma. "Big Bang"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
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MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
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MORAES, Paula Louredo. "História da Biologia"; Brasil Escola. Disponível em:
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PLANETA BIOLOGIA. Níveis de Organização dos seres vivos, [s. l.], 2022. Disponível em:
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123
PORFíRIO, Francisco. "Bioética"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
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ROSSO, A. C. J. [et al].; Anglo: Ensino médio : Formação geral básica : 1ª série : Exatas e
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SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Organismos autotróficos e heterotróficos"; Brasil Escola, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/-o-leao-um-organismo-
heterotrofico-ou-seja-nao-produz-seu-proprio-alimento-55b939e908b5d.jpg. Acesso em: 20 nove 2023d.
SOUSA, Rafaela. "Sistema Solar"; Brasil Escola, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://s5.static.brasilescola.uol.com.br/img/2019/04/origem-sistema-solar(1).jpg. Acesso em: 31 out.
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ZAIA, D. A. M; ZAIA, C. T. B. V. Algumas controvérsias sobre a origem da vida. Química Nova, [s. l.],
2022. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-404220080006
00054. Acesso em: 31 out. 2023.
124
FÍSICA
UNIDADES DE MEDIDA
As unidades de medida são representações das grandezas físicas utilizadas em diversas áreas do
conhecimento, com o intuito de quantificar uma massa, uma sensação, o tempo ou o tamanho de algo.
Em todo o mundo as unidades de medida seguem um padrão determinado pelo Sistema Internacional de
Unidades (SI). A partir da unidade-padrão estabelecida pelo SI, podemos ainda utilizar outras unidades
derivadas dela, o que permite compararmos e ampliarmos a noção quantitativa da grandeza. A saber,
utiliza-se o metro (m) como unidade padrão para a medida da grandeza comprimento e o segundo (s)
como unidade padrão de tempo. Assim, por exemplo, a grandeza velocidade utiliza, por definição, a
relação entre as unidades de comprimento e tempo como unidade de medida, ou seja, o metro por
segundo (m/s). No entanto, no dia a dia, utiliza-se o quilômetro por hora (km/h) de forma usual, sendo
uma unidade derivada da unidade m/s.
Outro exemplo, o SI adota a unidade kelvin como padrão para a grandeza temperatura. Essa unidade é
muito utilizada em experimentos laboratoriais, mas, no dia a dia, a maioria dos países utiliza a unidade
graus Celsius, que é derivada da unidade kelvin.
Na figura 1, mostramos as sete unidades fundamentais do SI. Todas as outras unidades de medida das
grandezas, usadas em física, derivam das unidades dessas grandezas.
Muitas vezes temos que fazer a conversão das unidades para adequar os parâmetros, realizar uma
medida com a maior precisão possível para repetir o evento quantas vezes forem necessárias.
Super dica - Veja o vídeo, “As Unidades de Medida”, cujo professor do programa televisivo
da Rede Minas, “Se Liga na Educação”, explica a evolução das medidas, o surgimento do
sistema métrico e o sistema internacional de unidades.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view.
125
Figura 1 – Unidades Padrão do Sistema Internacional de Unidades - SI
(60 𝑠)
2 minutos em segundos: 2 𝑚𝑖𝑛 = (2 𝑚𝑖𝑛) × (1 𝑚𝑖𝑛) = 120 𝑠.
126
Exemplo 2: conversão de velocidade.
Quanto vale 80 km/h em m/s?
𝑚 𝑘𝑚
Usando o fator de conversão para velocidade, temos: 1
𝑠
= 3,6
ℎ
Logo,
𝑘𝑚 1 𝑚
1 =
ℎ 3,6 𝑠
𝑘𝑚 𝑘𝑚 1 𝑚
Portanto, 80 ℎ
= 80 (ℎ
) × 3,6 ( 𝑠 ) = 22,22 𝑚/𝑠. O SI estabelece como padrão, a representação das
medidas, com 2 algarismos significativos. Assim, de acordo com o SI, 80 km/h = 22 m/s.
De maneira prática podemos usar a seguinte regra para conversão de velocidade: Portanto,
𝑘𝑚 𝑚
⟶ 〈𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 − 𝑠𝑒 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 3,6〉
ℎ 𝑠
e,
𝑚 𝑘𝑚
⟶ 〈𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎 − 𝑠𝑒 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 3,6〉
𝑠 ℎ
ATIVIDADES
1 – Quais grandezas físicas são estudadas nos ramos da física: mecânica, termodinâmica e
eletromagnetismo.
127
FENÔMENO OU FATO?
O que diferencia um texto científico de um texto filosófico? Segundo Coelho, [S.I.], o conhecimento
científico se baseia em experiências para testar a veracidade e a validade de uma hipótese. O
conhecimento filosófico, por outro lado, possui um caráter puramente racional e lógico. Ou seja: não
requer que testem a validade das hipóteses e tampouco as comprovem para a ciência.
Uma teoria científica pode ser testada quantas vezes for necessária até comprovar que ela está errada.
Por exemplo, o teorema de Pitágoras já foi testado de diversas formas e ainda não foi refutado. Tudo
isso graças a aplicação do método científico, proposto por Galileu Galilei na época do renascimento.
A rigor, o método científico é um conjunto de estruturas conceituais para formalizar um fenômeno
observado de acordo com:
1. OBSERVAÇÃO
Envolve coleta de informações qualitativas ou quantitativas sobre o fenômeno. Você, estudante deve
olhar para o que precisa ser respondido e buscar mais informações sobre a situação.
3. HIPÓTESE
São elaboradas possíveis respostas ou soluções aos questionamentos propostos na etapa anterior. As
hipóteses são consideradas válidas até que algum teste ou indício seja suficiente para invalidá-la. Ou
seja, toda hipótese é verdadeira até que ela seja refutada.
Discussão das hipóteses - envolve o julgamento das hipóteses, podendo estas serem rejeitadas,
mantidas ou modificadas. Para a hipótese ser aceita como verdadeira, os resultados obtidos devem
coincidir com o resultado esperado, de acordo com a hipótese proposta.
5. CONCLUSÃO
Todos os dados obtidos e hipóteses testadas são agrupados para que se construa uma explicação, um
princípio, uma teoria ou uma lei que seja útil para contribuir como conhecimento científico.
Saiba mais...
Método científico.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/metodo-cientifico.htm.
Caro estudante, agora é com você! Responda às seguintes questões sobre método científico.
128
ATIVIDADES
1 − (FUVEST) O tema “teoria da evolução” tem provocado debates em certos locais dos Estados
Unidos da América, com algumas entidades contestando seu ensino nas escolas. Nos últimos tempos,
a polêmica está centrada no termo teoria que, no entanto, tem significado bem definido para os
cientistas. Sob o ponto de vista da ciência, teoria é:
A) Sinônimo de lei científica, que descreve regularidades de fenômenos naturais, mas não
permite fazer previsões sobre eles.
B) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda sem comprovação experimental.
C) Uma ideia sem base em observação e experimentação, que usa o senso comum para
explicar fatos do cotidiano.
D) Uma ideia, apoiada no conhecimento científico, que tenta explicar fenômenos naturais
relacionados, permitindo fazer previsões sobre eles.
E) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico, que, de tão comprovada pelos cientistas,
já é considerada uma verdade incontestável.
3 − Quando procuramos respostas científicas para um determinado fenômeno que ainda não foi
estudado, qual o primeiro passo que devemos tomar de acordo com o método científico?
A) Produzir hipóteses.
B) Criar uma teoria.
C) Fazer deduções.
D) Observar.
E) Generalizar.
4 − Quando fazemos afirmações prévias, as quais podem ser verdadeiras ou não, para explicar um
determinado fenômeno, estamos elaborando:
A) uma teoria.
B) uma hipótese.
C) uma observação.
D) uma lei.
E) um modelo.
129
5 − (Unimontes-Adaptada) Os passos principais de um método científico incluem a observação,
formulação de hipótese, parte experimental e conclusões. No entanto, outras partes podem ser
incorporadas ao desenvolvimento de uma pesquisa, como controles, variáveis e dados. Por mais que
a utilização de controles possa estar relacionada a todos os passos de uma pesquisa, o valor de um
controle serve para avaliar diretamente a:
A) Parte experimental.
B) Conclusão.
C) Observação.
D) Hipótese.
E) Formulação da pergunta.
130
ESTOU PARADO OU EM MOVIMENTO EM RELAÇÃO A QUADRA DA ESCOLA?
O Sol gira em torno da Terra ou a Terra gira em torno do Sol? Estou parado ou em movimento?
Na física para responder tais perguntas é necessário adotar um sistema de referências para melhor
explicar os eventos mencionados.
Você dentro de um ônibus em movimento, consegue ler uma notícia com muita tranquilidade na tela do
seu celular. Isso é possível porque você está em repouso em relação a você, as cadeiras e as outras
pessoas no interior do veículo.
Nesse mesmo ônibus, se você jogar uma moeda para cima, ela cairá em sua mão! Por quê? Pesquise o
motivo!!!
Super dica - Veja o vídeo, “Relatividade dos movimentos”, onde o professor do programa
televisivo da Rede Minas, “Se Liga na Educação”, explica a evolução das medidas, o surgimento
do sistema métrico e o sistema internacional de unidades.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view.
Caro estudante, agora é com você! Responda às seguintes questões sobre referencial.
131
ATIVIDADES
1 – (UEPB) Um professor de física, verificando em sala de aula que todos os seus alunos encontram-se
sentados, passou a fazer algumas afirmações para que eles refletissem e recordassem alguns conceitos
sobre movimentos. Das afirmações seguintes formuladas pelo professor, a única correta é:
A) Pedro (aluno da sala) está em repouso em relação aos demais colegas, mas todos nós
estamos em movimento em relação à Terra.
B) Mesmo para mim (professor), que não paro de andar, seria possível eu achar um referencial
em relação ao qual eu estivesse em repouso.
C) A velocidade dos alunos que eu consigo observar agora, sentados em seus lugares, é nula
para qualquer observador humano.
D) Como não há repouso absoluto, nenhum de nós está em repouso, em relação a nenhum
referencial.
E) O Sol está em repouso em relação a qualquer referencial.
2 – (UFSM-RS) Em um ônibus que se desloca com velocidade constante, em relação a uma rodovia reta
que atravessa uma floresta, um passageiro faz a seguinte afirmação: “As árvores estão deslocando-se
para trás”. Essa afirmação é ......... pois, considerando-se ......... como referencial, é (são) ......... que se
movimenta(m).
Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase.
A) correta – a estrada – as árvores
B) correta – as árvores – a estrada
C) correta – o ônibus – as árvores
D) incorreta – a estrada – as árvores
E) incorreta – o ônibus – as árvores
3 – (UFMG-Adaptada) Júlia está andando de bicicleta, com velocidade constante, quando deixa cair uma
moeda. Tomás está parado na rua e vê a moeda cair. Considere desprezível a resistência do ar. Assinale
a alternativa em que melhor estão representadas as trajetórias da moeda, como observadas por Júlia e
por Tomás.
e) Júlia Tomás
132
4 – (UFSM-RS) Um avião, voando em linha reta, com velocidade constante em relação ao solo,
abandona uma bomba. Se a resistência do ar sobre ela puder ser desprezada, a trajetória dessa bomba
será em forma de uma:
A) parábola para um observador que estiver no avião.
B) linha reta vertical para um observador que estiver fixo no solo.
C) linha reta horizontal para um observador que estiver no avião.
D) linha reta vertical para um observador que estiver no avião.
E) mesma figura para qualquer observador, pois independe do referencial.
5 – (AFA-SP) De uma aeronave que voa horizontalmente, com velocidade constante, uma bomba é
abandonada em queda livre. Desprezando-se o efeito do ar, a trajetória da bomba, em relação à
aeronave, será um:
A) arco de elipse.
B) arco de parábola.
C) segmento de reta vertical.
D) ramo de hipérbole.
E) um ponto.
133
VELOCIDADE MÉDIA
Quando um carro mantém sua velocidade constante ao longo de uma trajetória, é possível prever o
tempo gasto em sua viagem. Observe a tabela:
D (m) 10 20 30 40 50
t (s) 2 4 6 8 10
Veja que a cada 2 segundos o carro percorre 10 m. Neste caso a velocidade é constante e vale v = + 5
m/s e o movimento é classificado como progressivo.
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣𝑡
Em que 𝑠0 é a posição inicial, v é a velocidade constante e t, o tempo gasto no percurso. Assim, a
posição desse carro no instante t = 20 s, será:
Quando a velocidade é constante, ela pode ser tratada como velocidade média.
∆𝑠
𝑣= 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑜 𝑆𝐼, (𝑚/𝑠)
∆𝑡
Caro estudante, agora é com você! Responda às seguintes questões sobre MRUV.
ATIVIDADES
1 – Calcule a velocidade média de um carro que percorre 200 km em 4 horas.
2 – Ao cobrar uma falta em um jogo de futebol, um jogador imprime à bola uma velocidade média de
43,2 km/h. Sabendo que a bola gasta 3 s até atingir as redes, determine a distância percorrida.
A) 36 m
B) 48 m
C) 52 m
D) 75 m
E) 28 m
3 – (ENEM 2023 - adaptada) Uma concessionária é responsável por um trecho de 480 quilômetros de
uma rodovia. Nesse trecho, foram construídas 10 praças de pedágio, onde funcionários recebem os
pagamentos nas cabines de cobrança. Também existe o serviço automático, em que os veículos
providos de um dispositivo passam por uma cancela, que se abre automaticamente, evitando filas e
diminuindo o tempo de viagem. Segundo a concessionária, o tempo médio para efetuar a passagem em
134
uma cabine é de 3 minutos, e as velocidades máximas permitidas na rodovia são 100 km/h, para
veículos leves, e 80 km/h, para veículos de grande porte. Considere um carro e um caminhão viajando,
ambos com velocidades constantes e iguais às máximas permitidas, e que somente o caminhão tenha o
serviço automático de cobrança. Comparado ao caminhão, quantos minutos a menos o carro leva para
percorrer todo esse trecho administrado da rodovia?
A) 30.
B) 42.
C) 72.
D) 288.
E) 360.
135
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO
Já ouviu a seguinte propaganda, “este carro faz de 0 a 100 km/h em 3 segundos”? Certamente, você já
pensou que para atingir tal velocidade, temos que acelerar muito o veículo. E você está correto!
A grandeza física aceleração é, por definição, a taxa de transmissão de velocidade por unidade de tempo
que se aplica às rodas de um móvel (carro), provocando-lhe uma mudança, uma variação do módulo de
sua velocidade. Aceleração constante significa que a velocidade aumenta ou diminui na mesma
proporção. Veja as tabelas:
V(m/s) 0 5 10 15 20
t (s) 0 1 2 3 4
Observe que a velocidade aumenta uniformemente 5m/s a cada 1 s, ou seja, a aceleração desenvolvida
é positiva e vale a = +5 m/s2. O movimento é classificado como acelerado, veja figura 1.
V(m/s) 20 15 10 5 0
t (s) 0 1 2 3 4
Observe que a velocidade diminui uniformemente 5m/s a cada 1 s, ou seja, a aceleração desenvolvida é
negativa e vale a = -5 m/s2. O movimento é classificado como retardado, veja figura 2.
Esta é a principal característica do MRUV que pode ser horizontal ou vertical. O caso vertical a
aceleração é constante e é chamada de aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2.
136
De maneira resumida podemos escrever as equações horárias do MRUV da seguinte forma:
Velocidade 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 𝑣 = 𝑣0 + 𝑔𝑡
1 1
Distância 𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2 𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2 2
Equação de Torricelli 𝑣 2 = 𝑣0 2 + 2𝑎∆𝑑 𝑣 2 = 𝑣0 2 + 2𝑔∆𝑑
Caro estudante, agora é com você! Responda às seguintes questões sobre MRUV.
ATIVIDADES
1 – (UFPA) Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado e, após
percorrer 12 m, está animado de uma velocidade escalar de 6,0 m/s. A aceleração escalar do ponto
material, em m/s, vale:
A) 1,5.
B) 1,0.
C) 2,5.
D) 2,0.
E) 3,0
2 – (PUC-RS) Muitos acidentes acontecem nas estradas porque o motorista não consegue frear seu
carro antes de colidir com o que está à sua frente. Analisando as características técnicas, fornecidas por
uma revista especializada, encontra-se a informação de que um determinado carro consegue diminuir
sua velocidade, em média, 5,0 m/s a cada segundo. Se a velocidade inicial desse carro for 90,0 km/h
(25,0 m/s), a distância necessária para ele conseguir parar será de, aproximadamente,
A) 18,5 m.
B) 25,0 m.
C) 31,5 m.
D) 45,0 m.
E) 62,5 m.
4 – É possível determinar a distância percorrida por um móvel através do valor da área descrita sob a
curva do gráfico que representa a variação da velocidade em função do tempo, onde:
𝛥𝑑 ≡ Á𝑟𝑒𝑎
De acordo com essa informação calcule a distância percorrida nos seguintes casos:
137
A) B)
5 – Pode-se afirmar que a inclinação (𝑖) da reta em um gráfico velocidade × tempo do movimento de um
corpo, corresponde ao valor da sua aceleração (𝑎).
𝛥𝑉
𝑖 ≡𝑎=
𝛥𝑡
De acordo com essa informação calcule a aceleração desenvolvida nos seguintes casos:
A) B)
138
REFERÊNCIAS
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
DIAS, Diogo Lopes. Unidades de medida, Brasil Escola, [S.l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/unidades-medida.htm. Acesso em: 04 nov. 2023.
GREF. Grupo de reelaboração do ensino de Física (GREF). Física, eu? Leituras de Mecânica de 1 a 6.
São Paulo. 2020. Disponível em: https://fep.if.usp.br/~profis/gref.html. Acesso em: 26 out. 2023.
HELERBROCK, Rafael. Sistema Internacional de Unidades, Brasil Escola, [S.I.], 2023 Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades-si.htm. Acesso em: 04 nov. 2023.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. trad. Trieste Freire Ricci e Maria Helena Gravina. 9 ed. Porto
Alegre: Bookman,2002.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ALVARENGA, Beatriz; GUIMARÃES, Carla da Costa. Física:
Contexto e aplicações. 2ª ed. v1. São Paulo: Scipione, 2016.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
RELATIVIDADE DO MOVIMENTO. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De
Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1y7PjA5fRXvwGvS6vGB6NnYaiBp58vn2W/view.
UNIDADES DE MEDIDA. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1NLUATN5dl94i7aPowFJ3LvWNKEFU3iyw/view. Acesso em: 06 out. 2023.
139
QUÍMICA
Olá, estudante!
Espero que você seja curioso(a), pois na disciplina de Química gostamos de desvendar os mistérios do
universo microscópico para explicar os acontecimentos que observamos ao nosso redor!
Por isso, nessa etapa inicial do nosso primeiro bimestre, vamos estudar o átomo, constituinte da matéria
e formador da vida, terra e cosmos. Sabemos que você já teve um primeiro contato com esse assunto
no Ensino Fundamental, mas agora iremos aprofundar, focando principalmente no modelo atômico atual
e nas bases da teoria quântica que o baseiam.
Provavelmente, seu professor de Química já abordou esses novos conteúdos em sala de aula e agora é
o momento de testar o seu conhecimento com as atividades disponibilizadas. Caso ainda tenha dúvidas,
o texto abaixo pode ajudá-lo na resolução dos exercícios, além disso, assista às vídeo aulas da sugestão,
temos certeza de que elas podem te ajudar a também!
TEXTO COMPLEMENTAR
A matéria é definida como tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Sendo o átomo a unidade
fundamental da matéria, pode ser visto como um “bloco de construção”, pois a forma como os átomos
se organiza, dá origem a toda matéria existente. No universo, o que não é classificado como matéria é
chamado de energia. Os átomos são formados pelas partículas subatômicas: prótons, nêutrons e
elétrons. Prótons e nêutrons são formados pela união de partículas ainda menores: os quarks. Na
tentativa de entender e explicar o átomo vários modelos atômicos foram propostos como mostra a
imagem abaixo:
Linha do tempo com a evolução dos modelos atômicos
Fonte: (Toda matéria, 2023)
140
▪ Átomo de Thomson (1898): esfera de carga positiva com elétrons fixados.
▪ Átomo de Rutherford (1911): núcleo com carga positiva e os elétrons situam-se ao redor dele
na eletrosfera.
▪ Átomo de Bohr (1913): os elétrons se movimentam em camadas circulares fixas ao redor do
núcleo.
▪ Átomo quântico (1926): o núcleo é formado por prótons (carga positiva) e nêutrons (carga
nula), e os elétrons (carga negativa) formam uma nuvem eletrônica ao redor do núcleo.
Tabela 1 - Resumo da estrutura atômica
141
ATIVIDADES
1 – Preencha a cruzadinha abaixo, respondendo as questões a seguir:
Em cada linha da tabela, responda as questões referentes aos elementos químicos abaixo com auxílio da
tabela periódica:
● íon de alumínio 3+;
● íon de nitrogênio 3-;
● átomo de prata;
● íon de bromo 1-
● íon de zinco 2+.
142
3 – (PUC-RS) Dados modelos atômicos:
1. Átomo como partícula descontínua com eletrosfera dividida em níveis de energia.
2. Átomo como partícula maciça indivisível e indestrutível.
3. Átomo como modelo probabilístico sem precisão espacial na localização do elétron.
4. Átomo como partícula maciça com carga positiva incrustada de elétrons.
5. Átomo formado por núcleo positivo com elétrons girando ao seu redor na eletrosfera.
A sequência que corresponde cronologicamente à evolução do modelo atômico é:
4 – (UENF-RJ) Segundo a evolução dos modelos atômicos e os conceitos de estrutura atômica, assinale
a alternativa CORRETA.
A) O elétron possui carga negativa (-1,602 × 10-19 C) e sua massa é tão pequena que não pode
ser medida.
B) Segundo Planck, a energia só pode ser emitida ou absorvida pelos átomos em pacotinhos.
Cada pacotinho contém uma certa quantidade de energia.
C) Diferentemente dos elétrons e dos prótons, os nêutrons não possuem carga e têm massa
cerca de 10.000 vezes maior que a do próton.
D) De acordo com a física moderna, a radiação eletromagnética é uma partícula e não uma onda.
5 – (ITA-SP) Qual das afirmativas a seguir melhor descreve o comportamento de um elétron, comparado
com partículas e ondas tradicionais?
A) É uma partícula que, em certas circunstâncias especiais, se comporta como uma onda.
B) É uma onda que, em certas circunstâncias, se comporta como partícula.
C) À medida que passa o tempo, ora se comporta como partícula, ora como onda.
D) Seu comportamento pode ser interpretado como o de partícula ou de onda.
143
SOMOS FORMADOS POR POEIRA ESTELAR E “A CULPA É DAS ESTRELAS”?
Olá, estudante!
Espero que você tenha aproveitado ao máximo o material disponibilizado referente ao conteúdo modelos
atômicos, e consequentemente, tenha expandido e aprofundado seu entendimento sobre o átomo!
Agora, vamos avançar no nosso curso de Química, tendo foco nos diversos tipos de átomos: os
elementos químicos!
Iniciaremos, compreendendo que “a culpa é das estrelas”, estudiosos entenderão!
Prosseguindo, vamos utilizar uma incrível ferramenta da Química, a Tabela periódica. Para isso, você
deve entender sua organização, suas divisões e classificações, além dos números quânticos. O domínio
desses conteúdos garantirá a você, acesso a muitas informações contidas na T.P., tendo assim, um
maravilhoso recurso de consulta na resolução de exercícios.
Ufa! Você tem bastante conteúdo para ser apropriado e fixado, portanto, borá estudar?
Não deixe de ler o texto complementar e assistir aos vídeos, mesmo que o seu professor já tenha
exibido em sala de aula.
TEXTO COMPLEMENTAR
Os diferentes tipos de átomos são chamados de elementos químicos. O primeiro elemento químico
formado foi o Hidrogênio. Seu núcleo, constituído de apenas um próton, surgiu logo após a explosão
do Big Bang. Segundos depois, a partir da fusão de dois núcleos de seu isótopo Deutério, forma-se o
núcleo do elemento químico Hélio. Os núcleos dos outros elementos químicos surgem de fusões
ocorridas no interior das estrelas ou em supernovas e também por fissões de raios cósmicos . Os
elétrons, unem-se aos núcleos muito tempo depois, configurando a formação do átomo.
Conhecidamente, 92 elementos químicos surgiram no espaço e são classificados como elementos
naturais.
O avanço científico e tecnológico permitiu ao homem o domínio dos processos de fusão e fissão. Esse
desenvolvimento possibilitou a síntese de novos elementos químicos, sendo as últimas aquisições,
quatro elementos químicos sintetizados em aceleradores de partículas pelo processo da fusão nuclear.
Atualmente, 26 elementos químicos surgiram em laboratório e são denominados elementos artificiais.
Portanto, atualmente, a Tabela periódica é composta por 118 elementos químicos, organizados por
número atômico e distribuídos em 18 colunas (linhas verticais) e 7 períodos (linhas horizontais).
Os elementos químicos são divididos e classificados na T.P., de acordo com as características que
apresentam, sendo:
− Metais: elementos que tendem a perder elétrons e formar cátions;
− Ametais: elementos que tendem a ganhar elétrons e formar ânions
− Gases nobres: elementos sem tendência nem a ganhar, nem a perder elétrons.
Outro ponto importante é a questão energética envolvida na T.P., pois a sequência dos elementos
químicos, respeita a distribuição eletrônica sugerida por Linus Pauling, onde os elétrons são
distribuídos por níveis e subníveis de energia, sempre do menos energético para o mais energético.
Para melhor compreensão dessa distribuição, o entendimento dos números quânticos faz-se
144
necessário.
ATIVIDADES
1 – (UESB - 2010/ADAPTADA) Pesquisas indicam que são os diversos tipos de estrelas, em diferentes
momentos de suas transformações, que deram origem à maioria dos elementos químicos, por meio de
reações nucleares, a partir do hidrogênio. Nos primeiros momentos depois do Big Bang, a explosão que
deu início ao universo, foram gerados os elementos químicos mais leves, como o hidrogênio, H, o hélio,
He, e o lítio, Li. Os demais foram produzidos, progressivamente, no interior das estrelas.
Considerando-se essas informações e a Tabela Periódica, é correto afirmar:
A) A configuração eletrônica do lítio-7 é representada por [He] 2s22p3.
B) O átomo de hidrogênio possui a mesma quantidade de prótons que o átomo de hélio.
C) O número de prótons e de nêutrons no átomo de lítio-7 é, respectivamente, 3 e 4.
D) O lítio e o hidrogênio pertencem ao mesmo grupo periódico, porque apresentam
características semelhantes.
(A) (B)
Fonte: (Santos, 2023)
145
Identifique e classifique A e B, em fusão ou fissão e com suas palavras defina os dois processos
citando todo o seu conhecimento sobre o assunto.
3 – O quarteto de novos elementos químicos completa o sétimo período da Tabela Periódica. O número
atômico correspondente às novas aquisições são, 113, 115, 117 e 118. Eles foram descobertos por
físicos dos Estados Unidos, Rússia e Japão.
A respeito desses novos elementos químicos, é incorreto afirmar:
A) São inexistentes na superfície terrestre, por isso são considerados elementos artificiais.
B) Foram sintetizados em reatores nucleares pelo processo de fissão nuclear.
C) São extremamente instáveis devido ao grande número de partículas em seu núcleo.
D) São radioativos devido à grande instabilidade nuclear.
Indique o símbolo químico representante de cada um dos seis elementos citados na tirinha, faça a
distribuição eletrônica por nível e subnível de energia e apresente os números quânticos do elétron de
valência.
5 – (ENEM - 2018) Na mitologia grega, Nióbia era a filha de Tântalo, dois personagens conhecidos pelo
sofrimento. O elemento químico de número atômico (Z) igual a 41 tem propriedades químicas e físicas
tão parecidas com as do elemento de número atômico /3 que chegaram a ser confundidos. Por isso, em
homenagem a esses dois personagens da mitologia grega, foi conferido a esses elementos os nomes de
nióbio (Z = 41) e tântalo (Z = 73). Esses dois elementos químicos adquiriram grande importância
econômica na metalurgia, na produção de supercondutores e em outras aplicações na indústria de
ponta, exatamente pelas propriedades químicas e físicas comuns aos dois.
KEAN, S. À colher que desaparece: e outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. Rio de
Janeiro: Zahar, 2011 (adaptado).
146
C) pertencerem ao mesmo grupo na tabela periódica.
D) terem seus elétrons mais externos nos níveis 4 e 5, respectivamente.
E) estarem localizados na família dos alcalinos terrosos e alcalinos, respectivamente.
147
TODOS OS CORPOS EMITEM RADIAÇÃO, ISSO INCLUI NÓS, HUMANOS?
Olá, estudante!
Estamos quase finalizando o nosso primeiro bimestre! Muito conhecimento foi adquirido até aqui, não é
mesmo? Mas, calma, ainda não acabou!
Depois de aprofundar no conteúdo sobre o átomo e a tabela periódica, vamos desvendar, agora, o
fascinante mundo da radioatividade. É importante que você compreenda todos os conceitos e processos,
além de benefícios e malefícios relacionados à temática. Para isso, faça todos os exercícios propostos,
leia o livreto e assista ao vídeo da sugestão, temos certeza de que eles podem te ajudar na assimilação
e fixação do conteúdo.
Ademais, bons estudos e nos vemos para novas descobertas, logo ali, no segundo bimestre!
TEXTO COMPLEMENTAR
148
● Radiação corpuscular: é a radiação por emissão de partículas, sendo as mais conhecidas as
emissões beta, alfa e de nêutrons, que diferenciam-se por mudanças na velocidade, carga e
massa.
● Radioatividade: É a desintegração espontânea do núcleo atômico de elementos instáveis, com
emissão de partículas ou radiação eletromagnética (partículas alfa, beta ou radiação gama),
provocando decaimentos radioativos até alcançar a estabilidade nuclear.
Decaimento radioativo
ATIVIDADES
1 - (UESB) A radioatividade emitida por determinadas amostras de substâncias provém:
A) da energia térmica liberada em sua combustão.
B) de alterações em núcleos de átomos que as formam.
C) de rupturas de ligações químicas entre os átomos que as formam.
D) do escape de elétrons das eletrosferas de átomos que as formam.
149
2 – (ENEM 2014) “Alguns sistemas de segurança incluem detectores de movimento. Nesses sensores,
existe uma substância que se polariza na presença de radiação eletromagnética de certa região de
frequência, gerando uma tensão que pode ser amplificada e empregada para efeito de controle. Quando
uma pessoa se aproxima do sistema, a radiação emitida por seu corpo é detectada por esse tipo de
sensor.“
WENDLING, M. Sensores. Disponível em: www2.feg.unesp.br. Acesso em: 7 maio 2014 (adaptado).
Analise e responda:
A) Qual elemento é representado por X?
B) Qual elemento é representado por Y?
C) Indique o número atômico de X e de Y.
D) Esse processo representa uma fusão ou uma fissão?
5 – Indique o número de partículas alfa (α) e de partículas beta (β) que o isótopo tório-232 (90Th232)
emite para gerar o isótopo radônio-220 (86Rn220).
6 – (Enem 2012) A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um material radioativo e quais
os efeitos, consequências e usos da irradiação pode gerar o medo e a tomada de decisões equivocadas,
como a apresentada no exemplo a seguir.
“Uma companhia aérea negou-se a transportar material médico por este portar um certificado de
esterilização por irradiação.”
Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007 (adaptado).
150
7 – Leia a tirinha abaixo e responda as questões a seguir:
151
REFERÊNCIAS
ÁTOMO: origem e modelos. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1qxG3fRsXaOVdg8DyjxgmiGQnEzh64zvA/view. Acesso em: 07 out. 2023.
BATISTA, Carolina. Entenda o que é a Matéria (com exemplos). Toda Matéria, [s.l.], 2022. Disponível
em: https://www.todamateria.com.br/materia/. Acesso em: 14 nov. 2023.
BATISTA, Carolina. Estrutura Atômica. Toda Matéria, [s.l.], 2022. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/estrutura-atomica/. Acesso em: 14 nov. 2023.
BATISTA, Carolina. Evolução dos modelos atômicos. Toda Matéria, [s.l.], 2022. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/evolucao-dos-modelos-atomicos/. Acesso em: 14 nov. 2023.
BOHLEN, T. Cientirinhas, ep. 144, [S.l.], 26 set. 2019. Publicado por Dragões de garagem.
Disponível em: https://dragoesdegaragem.com/cientirinhas/cientirinhas-144/. Acesso em: 14 nov. 2023.
COMO a mecânica quântica explica a estrutura do átomo? [S. l.: s. n.], 3 mar. 2023. (5min). Publicado
pelo canal Mapas da Química. Disponível em: https://youtu.be/jXnnzVzl6po?si=xi29TaJO5WdUqZjJ.
Acesso em: 09 out. 2023.
COMO criar um novo elemento químico. [S. l.: s. n.], 27 fev. 2021. Vídeo (10min). Publicado pelo canal
Ciência Todo Dia. Disponível em: https://youtu.be/NMQkq7EiFVs?si=wuzVPHSJxVHNbjCX. Acesso em:
13 out. 2023.
COMO surgiram os elementos químicos. São João Del Rey - campus Alto Paraopeba, [s. n.], 25 mar.
2021. Vídeo (9min). Publicado pelo canal CTS UFSJ - CAP. Disponível em: https://youtu.be/2TcW-
xKTR7E?si=dCp3Ds3TxVsDQNUk. Acesso em: 13 out. 2023.
FATOS estranhos: alimentos radioativos. Natal, ep.35, 30 ago. 2020. Vídeo (9min). Publicado pelo canal
Gotas de química. Disponível em: https://youtu.be/XUAzXEo9P6c?si=nmGzehCFGJ9NtHc0. Acesso em:
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FEITOSA, A. M. Produto educacional: Evolução do átomo com realidade aumentada, Macéio, 2020.
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LUNA, João Paulo. Radioatividade, [S.l.;s.d.]. Disponível em:
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médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
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MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
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RESUMO da estrutura atômica, Toda Matéria. [s.l.], 2022. Disponível em:
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TABELA periódica em níveis e subníveis de energia. In: WIKIPÉDIA: 17 jul. 2016. Disponível em:
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