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quem ensina
Material de apoio
do livreto didático:
“Detetives da comida:
o que comemos e por que
comemos o que comemos?”
Realização
Apoio
Catalogação na Publicação
Divisão de Gestão de Tratamento da Informação da
Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP
ISBN 978-65-87773-52-0
DOI 10.11606/9786587773520
Esta obra é de acesso aberto. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte e autoria e respeitando a Licença Creative Commons indicada
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
Autores
Beatriz Sinelli Laham
Luís Gustavo Arruda
Sheina Koffler
Vanessa Goes
Antonio Mauro Saraiva
Aline Martins de Carvalho
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Junior
Vice-reitora: Maria Arminda do Nascimento Arruda
Diagramação
Tikinet
Ilustração da capa
Francine Matsumoto
Revisão
João Paulo Moreira Cavalcante da Silva
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Agradecimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Seção 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.1 Descrição da atividade, recursos didáticos e duração . . . . . . . . . . . . . 27
1.2 Objetivos da proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.3 Objetivos curriculares de aprendizagem:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.4 Avaliações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.5 Sugestões para quem ensina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.6 Materiais para aprofundamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Seção 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.1 Descrição da atividade, recursos didáticos e duração . . . . . . . . . . . . . 33
2.2 Objetivos da proposta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.3 Objetivos curriculares de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.4 Avaliações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Seção 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.1 Descrição da atividade, recursos didáticos e duração. . . . . . . . . . . . . .41
3.2 Objetivos da proposta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3 Objetivos curriculares de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.4 Avaliações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.5 Sugestões para quem ensina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.6 Materiais para aprofundamento:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Seção 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1 Descrição da atividade, recursos didáticos e duração . . . . . . . . . . . . . 51
4.2 Objetivos da proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.3 Objetivos curriculares de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.4 Avaliações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.5 Sugestões para quem ensina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.6 Materiais para aprofundamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
APRESENTAÇÃO
gênicas em esc
an tropo ala
pla
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M ec o am
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e ss ta
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ca
Co
is
O antropoceno
e a saúde
Construção de
movimentos
e mudança
Interconexões sistêmica
com a
natureza
Equidade
e justiça
social Pensamento sistêmico
e complexidade
Pr
ior em
ida zag
des di
locais de apren
Age
nda g des
lobal e priorida
Traduzido por Extensão Natural. Original por Carlos A Faerron Guzmán, A Alonso Aguirre, Barbara Astle,
Enrique Barros, Brett Bayles, Moses Chimbari, Naglaa El-Abbadi, Jessica Evert, Finola Hackett, Courtney
Howard, Jonathan Jennings, Amy Krzyzek, Jessica LeClair, Filip Maric, Olwenn Martin, Odipo Osano,
Jonathan Patz, Teddie Potter, Nicole Redvers, Noortje Trienekens, Sarah Walpole, Lynda Wilson,
Chenchen Xu, Matthew Zylstra. A framework to guide planetary health education. The Lancet
Planetary Health, 2021, ISSN 2542-5196. https://doi.org/10.1016/S2542-5196(21)00110-8
Ciências
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e
comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsa-
bilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos
conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente
a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da
saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democrá-
ticos, sustentáveis e solidários.
História
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em
relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos,
recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o
diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos,
culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posi-
cionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
Geografia
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação socie-
dade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de
resolução de problemas.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater
e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a
INTRODUÇÃO 15
Língua Portuguesa
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de
conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem
o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando
criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comu-
nicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio
das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver
problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.
Matemática
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualita-
tivos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar,
organizar, representar e comunicar informações relevantes, para
interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argu-
mentos convincentes.
Disciplina Habilidades
Justificativa
A nova inserção do Brasil no Mapa da Fome (FAO; IFAD; UNICEF; WFP;
WHO, 2020) apresenta-se num contexto complexo e desafiador frente às ações
de promoção da Segurança e Soberania Alimentares e Nutricionais (SANs).
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
Estrutura do material
A organização da estrutura desta Sequência Didática assume como marcadores
conceituais amplos as perspectivas do Ensino de Ciências por Investigação, assim
como da Ciência Cidadã (veja as definições na Tabela 2). Nos próximos pará-
grafos, apresentam-se brevemente as concepções que adotamos com relação a
esses conceitos, seguindo-se de uma apresentação breve sobre o restante desta
cartilha. Nos próximos capítulos também são destacadas as alterações necessárias
para aplicação da cartilha nas modalidades de ensino presencial ou à distância.
20 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
05 Discussão
Orientação – Reflexão;
– Comunicação;
01 04
Conclusão
Conceitualização Investigação
– Questionamento – Planejamento,
02 03
e formulação de Observação, Exploração
Hipótese; e Experimentação;
– Análises e iterpretação
de dados;
Desenvolver,
testar e refinar
protocolos,
formulários
de dados e
Escolher materiais Analisar e
uma questão educativos Treinar interpretar Mensurar
científica de apoio; participantes; os dados; impactos
2 4 6 8
1 3 5 7 9
Formar uma Recrutar Aceitar, Comunicar os
equipe de participantes editar e resultados;
cientistas, organizar os
educadores, dados;
técnicos,
avaliadores;
Recursos didáticos
Identifica-se como principal recurso didático o próprio meio que envolve os
subsistemas alimentares locais: uma horta escolar ou comunitária, uma merce-
aria e o próprio local em que ocorre a ingestão de alimentos. São complemen-
tares a esse estudo: o livreto didático, caderno e materiais para registro, acesso a
redes sociais e plataforma de videocomunicação. À vista disso, busca-se propor
24 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
Organização do material
Após essa breve introdução conceitual, apresenta-se a estrutura pedagógica desta
Cartilha para quem Ensina. Esta proposta de SD foi concebida buscando articular
os marcadores curriculares, da PHA e da BNCC, com as orientações metodoló-
gicas do Ensino de Ciências por Investigação (PEDASTE et al., 2015) e procedi-
mentais da Ciência Cidadã (BONNEY et al., 2009). A divisão entre quatro seções
acompanha as subfases do ciclo investigativo, como descrito a seguir (Figura 4).
SEÇÃO 1 Orientação
Comunicação
Pergunta 1 Pergunta 2
SEÇÃO 3
SEÇÃO 2
Interpretação Interpretação
de dados 1 de dados 2
Reflexão
SEÇÃO 4 Conclusão
Visão geral
Esta seção envolve atividades assíncronas prévias (leitura de texto e assistir a
um vídeo), seguidas de uma atividade síncrona realizada em um espaço relacio-
nado ao sistema alimentar da escola, preferencialmente com hortaliças, onde será
firmada a declaração de compromisso com a pesquisa (desenvolvida na seção 2),
e, por fim, a formação de grupos para as atividades subsequentes.
Recursos didáticos:
— Texto escrito disposto no livreto;
— Vídeo - Impacto da alimentação na saúde e no meio ambiente (entre 0:50 e 05:45);
— Celulares ou computadores para acesso ao vídeo;
— Espaço com hortaliças (horta escolar ou comunitária, mercearia, feira
ou refeitório, de acordo com as possibilidades da escola).
Duração
Tarefa assíncrona prévia + uma aula (45 minutos).
Detalhamento
Propõe-se como encaminhamento para esta seção que os estudantes leiam o
texto e assistam ao vídeo em um momento de atividades assíncronas, buscando
uma introdução prévia ao momento de participação na horta escolar (idealmente
28 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
síncrono). Nesse sentido, esta seção seria desenvolvida no período de uma aula
(45 minutos). Esta atividade inicial corresponde à subfase de orientação no ciclo
investigativo, como apresentado na introdução. Nesse sentido, busca prover uma
exploração inicial e observações sobre espaços e conceitos que se relacionam
com o debate das Segurança e Soberania Alimentares e Nutricionais (SANs).
Atividade assíncrona
A seção deve ser iniciada com a leitura do texto escrito disposto no livreto didá-
tico e com o acesso ao excerto selecionado do vídeo Impacto da alimentação na
saúde e no meio ambiente. Recomenda-se que essas atividades sejam realizadas de
forma assíncrona, como tarefa de casa, por exemplo, previamente à visita à horta.
Essa atividade pode ter sido introduzida numa aula anterior (fora do crono-
grama proposto, demandando pelo menos mais 20 minutos de uma segunda
aula) ou ainda retomados no espaço da horta escolar - como confirmação da
compreensão dos conceitos centrais no despertar para as atividades.
Tanto o texto quanto o vídeo introduzem o conceito de alimentação saudável
e o contexto de interdependência dos impactos sociais e ambientais dos atuais
sistemas alimentares. A utilização de ambos os recursos, de forma complementar,
busca contemplar uma diversidade de habilidades de aprendizagem, conforme os
diferentes recursos didáticos, com a linguagem escrita e audiovisual.
Atividade síncrona
Sugere-se que esse combinado seja feito com uma leitura coletiva, a cada
frase, em que os estudantes são incentivados a declarar esse compromisso, bem
como os demais pertinentes a cada escola. Ainda é importante ressaltar que,
durante a Sequência, os estudantes atuarão como cientistas cidadãos, realizando
entrevistas com conhecidos. Como cientistas, neste momento, eles devem declarar
compromisso com a realização ética dessa atividade.
Uma vez firmados os compromissos, parte-se para a exploração do espaço e dos
conceitos introduzidos nas atividades assíncronas. Recomenda-se que sejam traçadas
ligações entre o texto e o vídeo, estudados previamente, e o espaço com hortaliças.
Algumas perguntas que podem ser apresentadas neste momento são: o que são sistemas
alimentares? Esse espaço faz parte de um sistema alimentar? O que é alimentação susten-
tável? Qual é o tipo de alimento, mostrado no vídeo, que mais causa impacto na natureza?
Ele está presente aqui? Quais categorias de alimentos, exploradas no texto e no vídeo, estão
presentes aqui? Em complemento, pode-se explorar o cotidiano dos alunos, também
relacionando-o com o espaço, por meio das perguntas propostas no texto: o que você
costuma comer no dia a dia? Esses alimentos estão na horta que você visitou? Na horta da sua
escola/comunidade, há algum alimento que você goste de comer? O que seus colegas comem?
Qual é a sua comida preferida? Será que esses alimentos são naturais ou ultraprocessados?
Ao final da aula, devem ser formados grupos (recomenda-se que sejam
de 4 ou 5 alunos) para o desenvolvimento das demais atividades da Sequência.
A partir da seção 2, os alunos deverão trabalhar em grupos.
Recapitulação/resumo/conclusão
De forma geral, com essa coleção de recursos, é central nesta seção que os
alunos possam despertar para as reflexões acerca das SANs em seus ambientes
imediatos: a escola e o bairro. Busca-se incentivar, durante esta Sequência, que
30 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
Ciências
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das
Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tec-
nológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
Geografia
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação socie-
dade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de
resolução de problemas.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater
e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a cons-
ciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem
preconceitos de qualquer natureza.
SEÇÃO 1 31
Língua Portuguesa
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de
conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem
o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando
criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
1.4 Avaliações
— Avaliação diagnóstica informal - durante a atividade síncrona na horta -
conforme perguntas de orientação apresentadas na seção 1.1 (detalhamento -
atividade síncrona).
Visão geral
Esta seção contempla as subfases de conceitualização e investigação do ciclo de
indagação. Nesta etapa apresentam-se a pergunta ampla “O que as pessoas da minha
região comem?”, assim como uma metodologia para a coleta, organização e as análises
dos dados coletados. Destaca-se que o protocolo de coleta de dados apresentado
foi estabelecido em diálogo com as ferramentas do Sistema Nacional de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN) (BRASIL, 2021), de forma que os dados coletados
por discentes possam ser incorporados numa base de dados padronizada. O SISVAN
apresenta um formulário com marcadores de consumo alimentar para diferentes
faixas etárias e, nesta proposta, utilizamos o formulário para indivíduos com mais de
2 anos de idade. Esse formulário avalia marcadores de alimentação saudável e não
saudável a partir do consumo do dia anterior, padronizando o tempo de investigação
e reduzindo possíveis erros de memória sobre os hábitos alimentares. Na rotina
de Atenção Primária à Saúde (APS), esse protocolo é utilizado por profissionais da
saúde para avaliar a alimentação e gerar recomendações. Esses dados são também
armazenados e organizados em relatórios de acesso público disponíveis à população.
Aqui, utilizaremos o mesmo protocolo para coleta de dados garantindo a qualidade
dos dados produzidos e a comparação com as bases de dados disponíveis.
Recursos didáticos
— Texto escrito disposto no livreto;
— Protocolo de coleta de dados disposto no livreto;
— Materiais para registro (caderno, lápis, etc.).
34 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
Duração
2 aulas (90 minutos).
Detalhamento
Para responder a essa pergunta, são introduzidos aportes teóricos quanto à natu-
reza da ciência e suas dimensões de confiabilidade com o uso dos textos disponí-
veis nesta seção do livreto didático. Sugere-se que a leitura desses materiais seja
feita em atividade assíncrona, em que os principais pontos (sobretudo quanto à
coleta e organização dos dados) poderiam ser retomados numa aula específica
(atividade síncrona). Em seguimento a essa atividade síncrona, aconteceria uma
nova rodada de atividades assíncronas, com a coleta e organização dos dados.
Destaca-se que, dependendo da turma, a organização dos dados pode não ser feita
de forma autônoma pelos discentes, situação que demandaria uma aula específica
fora do cronograma proposto, garantindo uma adequada organização dos dados
coletados nas tabelas-síntese apresentadas no livreto (tópico: “Organizando os
resultados em tabelas e gráficos”).
Antes do início da coleta dos dados, é fundamental que os discentes
tenham compreendido os aspectos sobre padronização na coleta e sobre a
ética na condução das atividades de pesquisa. Para isso, os estudantes devem
estar familiarizados com os termos para consentimento em participação na
pesquisa (participação livre e pessoas maiores de idade), de forma que atuem
como cientistas conscientes e, assim, cidadãos. Sugere-se ainda que o proto-
colo de coleta seja testado com os próprios colegas, em sala de aula, garantindo
a confiabilidade das entrevistas no território (ao menos uma por discente).
A ficha para coleta de dados está disposta no livreto e pode ser preenchida no
próprio livreto ou como anotações num caderno de registros. Recomenda-se
ao docente incentivar o preenchimento de todos os campos da ficha e que
sejam excluídas as fichas com uma ou mais respostas ausentes, buscando maior
rigor e qualidade para os resultados das coletas.
Após o preenchimento da ficha de coleta, sugere-se que a transposição
dos resultados para as tabelas-síntese do livreto inicie a segunda aula desta
seção. Nesta seção, há três tabelas para sintetizar os resultados da pesquisa: a)
hábitos alimentares (fazer as refeições junto à TV, computador ou celular), b)
número de refeições diárias e c) tipos de alimentos consumidos. A proposta é
que os discentes explorem seus resultados em grupo e com a turma, através
da organização das tabelas e construção de gráficos. Uma vez que o desenvol-
vimento das competências socioemocionais para trabalho em grupo é trans-
versal, seria importante um diálogo entre pares para essa organização dos
dados — por isso a predileção por essa organização em atividade síncrona,
SEÇÃO 2 35
2.4 Avaliações
Diversas produções dos estudantes nesta seção podem ser consideradas avalia-
ções do processo. Nas partes I e II, o treino com o protocolo e a coleta de dados,
através da realização ou não das entrevistas, pode ser considerada uma evidência
do envolvimento discente com a proposta. Na parte III, a organização dos dados,
as tabelas de dados brutos, assim como os gráficos elaborados também atuam
nesse sentido. Por fim, as respostas escritas na Parte IV, além de subsidiarem o
texto da Seção 4, também podem indicar o envolvimento com o tema, assim
como a compreensão sobre a natureza dos dados em investigação.
a outros — que não devem ser menosprezados em momento algum, mas sim
apresentadas como “não científicas”.
Ainda com relação à metodologia, destaca-se a possibilidade de cada
discente realizar mais de uma entrevista. Neste caso, é fundamental que cada
uma das pessoas que respondeu à entrevista de um mesmo estudante não viva
na mesma residência — expandindo, assim, a representação da amostra e garan-
tindo a independência dos dados coletados, já que pessoas da mesma residência
terão alimentação similar, apenas inflando um tipo de resultado. No entanto,
chamamos a atenção para a realização de múltiplas entrevistas, que pode difi-
cultar a etapa de síntese dos dados em grupo, já que o aluno deverá inicialmente
sintetizar seus próprios resultados para então organizá-los junto ao grupo. Além
disso, é importante que as questões éticas sobre a investigação estejam claras
para os discentes e que se sintam confortáveis e confiantes para realizar a entre-
vista. Destaca-se que a parte inicial da ficha de coleta de dados (ARRUDA et al.,
2023) corresponde exatamente a um assentimento ético para participação na
pesquisa, ou seja, o Termo de Compromisso Livre e Esclarecido.
Um terceiro aspecto é relacionado à própria pluralidade de competências e
habilidades envolvidas no procedimento científico. Envolvendo os debates sobre
interdisciplinaridade, a síntese de dados de entrevistas em tabelas para posterior
construção de gráficos é um exemplo disso. Nesse sentido, o envolvimento com
docentes de matemática poderia avançar na proposição dos gráficos de colunas
nesta seção: da construção de um gráfico por grupo à construção de um gráfico
por turma, ou por escola. A construção de gráficos de linhas também pode ser
feita, por exemplo, na construção de uma série temporal, com a aplicação dessa
atividade em mais de um ano consecutivo. Complementam-se os debates quanto
à própria amostragem, no lugar de um censo, (Habilidade EF08MA26) e mesmo
a escolha, dentre uma diversidade de representações de dados, de qual seria a
mais adequada (Habilidade EF08MA27).
Visão geral
Em adesão à abordagem investigativa, esta seção representa a subfase de
discussão dos resultados obtidos na coleta de dados (seção 2) em relação ao
aporte conceitual disponível na literatura especializada. Propõe-se, então,
uma orientação para leitura atenta ao texto apresentado no livreto. Essa
leitura deve gerar elementos para que os estudantes tenham recursos concei-
tuais para reavaliar as hipóteses em teste, colocados os resultados encon-
trados na seção anterior.
Em complemento, esta seção também representa o início de um novo ciclo
de investigação, considerando a subfase de Orientação, a partir da apresen-
tação da pergunta “Por que as pessoas da minha região consomem esses alimentos?”.
Os elementos para respondê-la estão disponíveis em formato de texto verbal e
não verbal - em vez de uma coleta padronizada de dados (como na seção ante-
rior). Pretende-se apoiar as etapas de compreensão desses conceitos através do
registro escrito das seis perguntas apresentadas no texto. Destaca-se que o texto
e suas perguntas focam nos processos históricos e geográficos que determinam
a alimentação por meio da urbanização e do modo de vida cosmopolita. Outros
fatores que influenciam na escolha dos alimentos não são abordados, mas
podem ser discutidos em conjunto com a turma (ver subseção 3.5 - Sugestões
para quem ensina).
42 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
Recursos didáticos
— Livreto para estudantes;
— Estrutura para discussão em grupos (presencialmente: círculos de
carteiras; à distância: sala para videoconferência);
— Material para registro (caderno, lápis, etc).
Duração
Duas aulas (90 minutos).
Detalhamento
Esta seção foi desenvolvida buscando trazer elementos dos campos da história e da
geografia para subsidiar a discussão quanto aos resultados encontrados na seção ante-
rior. Numa analogia à etapa de revisão de literatura, esta seção consiste na leitura de
um texto do livreto para compreensão dos conceitos incluídos na Sequência Didática.
Sugere-se que essa leitura, assim como a elaboração das respostas para as
perguntas do texto, seja feita em sala de aula, em até duas aulas. Ainda assim,
dependendo da avaliação de quem ensina, a leitura do texto e preenchimento das
respostas também pode ser feito de forma assíncrona.
Atividade síncrona
Atividade assíncrona
Esta seção pode ser integralmente transposta para o formato assíncrono, uma vez
que todas as orientações estão explicitadas no livreto. Faz-se a ressalva de que
tal transposição demanda autonomia para a organização própria dos estudantes,
sugerindo-se uma avaliação de quem ensina para adequação a esse formato, como,
por exemplo, com o fracionamento do texto em tantas etapas quanto necessário.
3.4 Avaliações
As questões presentes ao longo do texto podem ser avaliadas conforme a sugestão
de rubrica abaixo. Além disso, apresenta-se um exemplo de resposta completa
para cada pergunta:
Rubrica de correção
Pontuação
Questão
0,0 0,33 0,70 1,0
1 Explica Atesta Atesta Atesta corretamente
incorretamente corretamente corretamente que o aumento da
a relação, que o aumento que o aumento urbanização pode
dizendo que da urbanização da urbanização diminuir o consumo
a urbanização diminui o diminui o de alimentos naturais,
aumenta ou consumo de consumo de relacionando com
mantém o alimentos naturais, alimentos mais de um fator: a
consumo de mas não explica naturais, falta de espaço nas
alimentos por quê ou explica relacionando cidades para plantar,
naturais nas incorretamente. apenas com um o fortalecimento das
cidades. fator. cadeias de consumo
e seus sistemas de
produção, o alto valor
agregado de produtos
industrializados
e o modo de vida
cosmopolita.
(Continua)
SEÇÃO 3 47
Pontuação
Questão
0,0 0,33 0,70 1,0
5 Atesta Atesta Atesta Atesta
incorretamente corretamente corretamente corretamente que
que não existe que existe que existe existe diferença
diferença entre diferença entre diferença entre entre os termos,
os termos. os termos, os termos, definindo-os de
mas os define definindo- forma completa,
de forma os de forma ressaltando
incompleta. completa, mas suas diferenças
sem ressaltar (segurança estando
suas diferenças. relacionada ao
acesso a alimentos
em quantidade
e qualidade
suficientes sem
comprometer
outras
necessidades
e soberania
relacionada
à escolha
dos sistemas
alimentares).
6 Emprega Emprega o Emprega o Emprega
incorretamente conceito de conceito de corretamente
o conceito de segurança segurança o conceito de
segurança alimentar alimentar segurança
alimentar. corretamente, parcialmente, alimentar,
sem relacionar relacionando-o relacionando-o de
conceitos com de forma forma adequada
os resultados da superficial com com os resultados
seção anterior. os resultados da da seção anterior.
seção anterior.
discussão dos tópicos sugeridos. Nesse caso, esse registro escrito também poderia
atuar como avaliação continuada — não somente diante das habilidades especí-
ficas nesta seção (leitura, interpretação, registro), mas com atenção às relações
criadas entre os conceitos apresentados e a ocorrência de conceitos anteriores a
esta seção. Consideram-se como rubricas para avaliação os critérios dispostos no
tópico anterior desta cartilha.
Destaca-se que o texto da seção não pretende esgotar as possibilidades de
investigação da pergunta proposta. Os conceitos centrais da seção são relacio-
nados à Urbanização e Concentração Demográfica e podem ser mais desenvol-
vidos tanto em atividades anteriores como após a aplicação do livreto. Ilustrando
essa possibilidade, está a habilidade:
A busca por sistemas alimentares mais locais, bem como a valorização dos
aspectos culturais sobre a diversidade de gêneros alimentícios, é um exemplo
de intervenção humana em direção à sustentabilidade socioambiental. Postos
os impactos locais das mudanças ambientais no território brasileiro, como a
mudança no regime de chuvas ou a redução de serviços ecossistêmicos de poli-
nização, essas discussões refletem os conceitos apresentados anteriormente:
dos hábitos de consumo nas cidades aos contextos da história e geografia que
criaram as condições para que esses sistemas vigorem. A busca por iniciativas
que contribuam para o equilíbrio ambiental envolve, então, perspectivas inte-
gradas quanto à cultura, na diversidade de alimentos já disponíveis na biodiver-
sidade brasileira, e aos alimentos consumidos em cada localidade, utilizando-se
de diferentes quantidades de etapas para o processamento até ser disponibilizado
a cada consumidor.
Por fim, existem diversos outros fatores que determinam nossa alimen-
tação, que vão desde o gosto pessoal até variações regionais ou culturais. Nesse
sentido, é possível questionar os estudantes, inclusive previamente à leitura do
texto, sobre o que determina aquilo que eles comem. Espera-se que o gosto
pessoal, a influência dos responsáveis e a disponibilidade de alimentos em casa
ou na escola apareçam como respostas. Apresentar o texto após esse questiona-
mento é uma possibilidade de aprofundarem suas reflexões e compreenderem
processos sistêmicos que estão por trás dos alimentos disponíveis nas prateleiras
50 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
dos mercados ou na merenda escolar. Além disso, uma pesquisa sobre variações
regionais e culturais dos alimentos consumidos pode ampliar ainda mais a visão
dos estudantes sobre alimentação.
Visão geral
Esta seção conclui a Sequência Didática. Os alunos deverão fazer uma postagem
em redes sociais respondendo às perguntas de investigação, com a hashtag
#capitãoplanetinha.
Recursos didáticos:
— Texto escrito disposto no livreto;
— Rede social de preferência do estudante;
— Dispositivo para upload de vídeo, imagem ou texto, à rede social escolhida.
Duração
Uma aula (45 minutos) (orientação e produção textual) + atividade assíncrona
(finalização do texto e postagem em rede social).
Detalhamento
Esta seção envolve o protagonismo dos estudantes na criação de postagem para
redes sociais. Recomenda-se que seja escrito um roteiro norteador da postagem,
com base nas seguintes perguntas orientadoras:
Caso o(a) professor(a) opte por não utilizar as redes sociais como forma de
comunicação do processo investigativo conduzido ao longo do livreto, é possível
utilizar alternativas, como seminários, ferramentas de comunicação interna da
escola (jornais, informativos, programas de rádio), cartazes, etc. Além disso, desta-
ca-se que a comunicação dos resultados pode ultrapassar os muros da escola,
envolvendo diálogos entre escolas que desenvolvem o mesmo projeto ou projeto
similares, Clubes de Saúde Planetária em parceria com as instituições de educação
SEÇÃO 4 53
4.4 Avaliações
Propõe-se que a avaliação desta seção seja baseada no roteiro da postagem,
podendo abranger, também, a qualidade do post. As próprias perguntas orienta-
doras do post podem ser utilizadas como orientadoras da avaliação:
0 0,33 0,7 1
1 Não apresenta Cita a pergunta Apresenta a Apresenta a pergunta
a pergunta de de investigação. pergunta como e a contextualiza
investigação. geradora da na investigação,
atividade de mencionando aspectos
investigação. da Natureza da Ciência
- explicitando-a como
uma indagação
científica.
2 Não apresenta Cita apenas Cita os resultados Apresenta de forma
os resultados e os resultados, e a metodologia, sucinta os resultados
não menciona sem menção à sem relacioná- principais para
a metodologia metodologia da los diretamente responder à pergunta de
da coleta. coleta de dados. à pergunta de investigação; apresenta
investigação a metodologia
apresentada. destacando quem fez as
coletas, quando foram
realizadas e como esses
dados foram analisados.
3 Não Cita os Apresenta as Estabelece relações
estabelece resultados e relações entre explícitas entre os
relações os relaciona, os resultados resultados observados
entre os de forma observados e e os conceitos de
resultados e os superficial, aos os conceitos de urbanização, modo de
conceitos de conceitos de urbanização e vida cosmopolita e grau
urbanização, urbanização e modo de vida de processamento dos
modo de vida modo de vida cosmopolita, alimentos. Apresenta
cosmopolita cosmopolita - sem relacioná- reflexões sobre o
ou Segurança sem mencionar los ao grau de estado de Segurança e
e Soberania o grau de processamento Soberania Alimentares
Alimentares. processamento dos alimentos a partir dos resultados
dos alimentos ou às definições observados.
ou os conceitos de Segurança
de Segurança e Soberania
e Soberania Alimentares.
Alimentares.
(Continua)
58 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
0 0,33 0,7 1
Apresenta uma resposta
explícita à pergunta
Apresenta uma
Apresenta inicial. Justifica a
resposta explícita
uma resposta resposta contemplando
à pergunta inicial,
explícita à as diferentes
Não responde mencionando
pergunta inicial, frequências de
à pergunta os resultados
sem justificativa consumo dos alimentos
4 inicial de encontrados, mas
(com os dados em diferentes graus
forma sem apresentar a
observ ados de processamento,
explícita. justificativa sobre
ou menção às atribuindo às dietas
as diferentes
categorias de com maior ocorrência
categorias de
processamento). de alimentos in
processamento.
natura a qualidade de
alimentação saudável.
Apresenta mais de uma
possibilidade imediata
Apresenta uma
Não apresenta Apresenta uma para intervenção
possibilidade
5 nenhuma possibilidade para específica com relação à
distante do
possibilidade. aplicação imediata. resposta para a pergunta
cotidiano.
de investigação e aos
resultados encontrados.
REFERÊNCIAS:
ARRUDA, Luís Gustavo; KOFFLER, Sheina; LAHAM, Beatriz Sinelli; GOES,
Vanessa; SARAIVA, Antonio Mauro (org.). Detetives da comida: o que comemos
e por que comemos o que comemos? São Paulo: Instituto de Estudos Avançados
da Universidade de São Paulo, 2023. 39 p. ISBN 978-65-87773-44-5.
FAO, IFAD, UNICEF, WFP and WHO. In Brief to The State of Food Security and
Nutrition in the World 2020. Transforming food systems for affordable healthy diets.
Rome, FAO, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.4060/ca9699en>. Acesso
em 16 set. 2022.
FOUREZ, G.; O método científico: a ciência como disciplina intelectual, em: A cons-
trução das ciencias: introdução à filosofia e à ética das ciências / Gérard Fourez;
tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Editora da Universidade Estadual
Paulista, 1995.
FRITZ, S. et al. Citizen science and the United Nations sustainable development goals.
Nature Sustainability, v. 2, n. 10, p. 922 - 930, 2019.
SEÇÃO 4 61
IRWIN, A. Citizen science: an approach to promote Planetary Health - 2021 PHAM. [s. l.],
Planetary Health Alliance, 2021. 1 vídeo (91 min). Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=pFOkoR2fzdY>. Acesso em 16 set. 2022.
MYERS S.S., PIVOR J.I., SARAIVA A.M. The São Paulo Declaration on Planetary
Health. Lancet 2021; published online Oct 5. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-
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iea.usp.br/pt/publicada-na-revista-the-lancet-a-declaracao-de-sao-paulo-sobre-
saude-planetaria-e-um-chamado-urgente-sem-precedentes-para-a-transformacao-
da-forma-como-vivemos/
SANTOS, B. S.; Um discurso sobre as ciências. 5ª ed. São Paulo: Cortez ed.:
2008 (1987).
VOHLAND, K et al. The Science of Citizen Science Evolves. In: VOHLAND, K. et al,
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em: <https://doi. org/10.1007/978-3-030-58278-4>. Acesso em 16 set. 2022.
Antropoceno: nome proposto para uma nova época geológica demarcada como
a época em que as atividades humanas começaram a ter um efeito global subs-
tancial sobre os sistemas da Terra. O Antropoceno tem ainda de ser formalmente
reconhecido como uma nova época geológica e várias datas foram apresentadas
para marcar o seu início4;5, debatendo-se, inclusive, a nomeação de Capitaloceno6,
visto que esses impactos ambientais e sociais, identificados no Antropoceno, são
produto dos traços da racionalidade desse modelo socioeconômico.
Produto de alto valor agregado: produtos que dão mais lucro quando comer-
cializados (exemplo: produtos industrializados) em relação aos produtos de
baixo valor agregado (como as commodidites, comercializadas com pouco ou
nenhum beneficiamento).
Sistema Alimentar: pode ser definido como um sistema complexo, ou uma rede
de interações recíprocas, formado por um conjunto de elementos e atividades rela-
cionadas à produção, processamento, distribuição, preparo, consumo e descarte de
alimentos, que afetam na saúde e em questões socioeconômicas e ambientais7.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2a ed. Brasília,
DF; 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_
alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
68 CARTILHA PARA QUEM ENSINA
MONTEIRO, Carlos A et al. NOVA: the star shines bright [food classification.
public health]. World Nutrition, v. 7, n. 1-3, p. 28-38, jan-mar. 2016. Disponível
em português em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/896/o/Nova_classifi-
ca%C3%A7%C3%A3o_dos_alimentos.pdf
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – 2. ed., 1.reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p.: il.