Você está na página 1de 135

SUMÁRIO

MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A) .......................................................................... pág 01

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. pág 02

BIOLOGIA ........................................................................................................................ pág 03


Planejamento 1: Ecossistemas ................................................................... pág 03
Planejamento 2: Conhecimentos adquiridos ................................................ pág 10
Planejamento 3: Aprendizagem interativa ................................................... pág 17
Planejamento 4: Contextualizando a aprendizagem ..................................... pág 22

FÍSICA .......................................................................................................... pág 32


Planejamento 1: Definição de temperatura e calor ...................................... pág 32
Planejamento 2: Calor como forma de energia ............................................ pág 42
Planejamento 3: O calor e sua interação com a matéria .............................. pág 48

QUÍMICA ...................................................................................................... pág 56


Planejamento 1: Aprendendo a reconhecer funções inorgânicas e suas
propriedades ............................................................................................ pág 56
Planejamento 2: Química ambiental ........................................................... pág 63
Planejamento 3: Eletroquímica .................................................................. pág 74
MATERIAL PARA O ESTUDANTE ....................................................................................... pág 82

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. pág 83

BIOLOGIA ........................................................................................................................ pág 84


Atividade 1: Ecossistemas ......................................................................... pág 84
Atividade 2: Conhecimentos adquiridos ...................................................... pág 86
Atividade 3: Aprendizagem interativa ......................................................... pág 88
Atividade 4: Contextualizando a aprendizagem ........................................... pág 92

FÍSICA .......................................................................................................... pág 97


Atividade 1: Definição de temperatura e calor ............................................. pág 97
Atividade 2: Calor como forma de energia .................................................. pág 102
Atividade 3: O calor e sua interação com a matéria ..................................... pág 105

QUÍMICA ...................................................................................................... pág 112


Atividade 1: Aprendendo a reconhecer funções inorgânicas e suas
propriedades ............................................................................................ pág 112
Atividade 2: Química ambiental.................................................................. pág 121
Atividade 3: Eletroquímica ......................................................................... pág 127
Prezado(a) Professor(a),

No intuito de contribuir com seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com muito
carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu
planejamento. O presente caderno foi construído tendo como base os Planos de Curso 2024,
que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no
CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de
Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio
foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você professor,
poderá recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades
pedagógicas dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são
pré-requisitos, ou seja, aquele que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que
precisam ser retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em
questão.

Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades,


este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento
dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos
estudantes aprendam.

Por assim dizer, destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento
eficiente e necessário, principalmente por não anular o papel do professor de mediador
insubstituível dentro dos processos de ensino e de aprendizagem. Coracini (1999) nos diz que
“o livro didático já se encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle
do conteúdo e da forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os
Cadernos MAPA eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos
estudantes.

Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho!

Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores

2
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024

Biologia

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para
elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). "

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Biomas terrestres e (EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em


aquáticos. seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT203X) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e
seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos
mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas
transformações e utilizando representações e simulações sobre tais fatores,
com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT312MG) Relacionar e avaliar as questões sociais, ambientais,
políticas, econômicas controversas acerca do extrativismo regional, com
argumentos que envolvam os aspectos físicos, químicos e biológicos dos
subprodutos da exploração dos recursos naturais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Ecossistemas
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, educador (a)
O presente planejamento busca auxiliá-lo no desenvolvimento das habilidades fundamentais para o
estudo dos Biomas Terrestres e Aquáticos.
A biosfera é frequentemente referida como uma "região" no sentido de que abrange todos os lugares da
Terra onde a vida é encontrada, mas não é uma região geográfica específica ou limitada. A biosfera é
uma camada da Terra que inclui a atmosfera, a água e a litosfera, onde organismos vivos interagem com
o meio ambiente. Essa visão ampla da biosfera é crucial para compreender a interconexão dos sistemas
vivos em escala planetária. Para haver vida no planeta Terra é relevante a presença da luz, o calor do Sol
e água na forma líquida. Esses recursos são fundamentais para a manutenção da vida no planeta, pois

3
todos os seres que aqui vivem carecem deles. É importante entender como tudo no planeta está
conectado e como as atividades humanas podem afetar a vida em escala global. Os biomas, partes da
biosfera, são grandes áreas geográficas que compartilham condições climáticas, tipos de vegetação,
fauna e outros padrões ambientais semelhantes. Os biomas apresentam a incrível propriedade de
executar e conservar as demandas básicas da vida no planeta, dessa forma permitem o crescimento da
diversidade biológica, fornecendo recursos vitais, como oxigênio, carbono e matérias-primas como
alimentos ou outros recursos.
Visando a consolidação das habilidades norteadoras deste planejamento, o educador deve iniciar com o
Conceito de biosfera: a classificação e distribuição dos biomas e ainda outros aspectos relevantes como;
a diferença de ecossistemas e biomas; os fatores físicos e biológicos que os mantêm, importância e
interação entre os biomas aquáticos e terrestres, relacionar e analisar a diversidade dos biomas
brasileiros com as condições de vegetação, clima, relevo, disponibilidade de água, solos encontrados no
território e outros que definir como relevante. Selecionar razões sobre a possibilidade de sobrevivência
humana fora do planeta Terra, com base nos fatores necessários à vida, nas particularidades dos
planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias.
Portanto, para o estudante ter o conhecimento da estrutura de um ecossistema, torna-se crucial para
compreender que somos parte de um ecossistema dinâmico composto por elementos bióticos e abióticos
afetados por nossas ações. Dessa forma, há impactos negativos sobre os ecossistemas, os quais podem
ter efeitos significativos na biodiversidade, nos processos biogeoquímicos, na qualidade da água e do ar,
entre outros aspectos do meio ambiente. É fundamental abordar esses impactos negativos por meio de
práticas sustentáveis, conservação, educação ambiental e políticas de gestão eficientes para preservar a
saúde dos ecossistemas e garantir a sustentabilidade a longo prazo. Com essa abordagem proposta,
espera-se que o estudante obtenha um entendimento crítico da gravidade dessas questões, mas
também os capacita com ferramentas para abordar e mitigar tais problemas.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Quadro, pincel e outros que jugar necessário.

Neste primeiro momento, inicie a aula propondo questões para levantar o conhecimento prévio dos
estudantes sobre biomas. O objetivo é recapitular informações e consolidar o entendimento sobre um
determinado tópico ou conceito. A seguir, algumas questões norteadoras para este momento.
• O que vocês entendem por biosfera?
• Vocês sabem em qual biomas nós vivemos?
• Por que os biomas apresentam essa distribuição?
• Que elementos mantêm um ecossistema?
• Que fatores que ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas?
• Vamos descrever a paisagem que temos à nossa volta?
• Qual a importância dos ecossistemas para a manutenção da vida?

Enquanto acontece este momento, peça aos estudantes para registrarem no caderno as respostas. Os
registros desta aula também irão orientar a aula expositiva; o que precisa ser aprofundado ou as
defasagens apresentadas.

4
Educador (a), você poderá também utilizar as videoaulas do, Se Liga Na Educação - Minas
Gerais. Sugestão:

 Aula de Biomas Brasileiros.


Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1NG8_cy7PbQJ-
zIwm8uAtIeKeOercCKF4/view.

2º MOMENTO: APRENDIZAGEM INTERATIVA

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Texto impresso, mapa com a distribuição dos biomas no território,
livro didático e outros recursos para complementar.

Agora, utilizando a metodologia, aula expositiva dialogada, que tem uma abordagem de ensino em que
o educador apresenta informações para os alunos, mas promove ativamente a participação e o diálogo
durante a exposição. Em vez de ser uma transmissão unilateral de conhecimento, por parte do
professor. Essa abordagem busca envolver os alunos em discussões, perguntas e interações durante a
apresentação. Também com este método é possível valorizar o conhecimento prévio do estudante,
estimular pensamento crítico, e outras vantagens.
Professor (a) abordará o conceito de biomas e suas características. É uma continuação da primeira aula,
verifique os registros da aula anterior e o conhecimento prévio dos estudantes, para sintetizar as
informações mais relevantes. Motive os estudantes a questionarem e interpretarem as informações
fornecidas, por você professor. Utilizando as fichas de estudos pode parecer simples, mas é um recurso
enriquecedor para o aprimoramento da escrita e entendimento do conteúdo.
O professor (a) deve explorar os espaços da escola (fora da sala) e o seu entorno para demonstrar um
bioma, como um jardim, um vaso de plantas e uma praça. Os temas estudados do segundo ano do
Ensino Médio, dão oportunidade de interatividade do estudante com o meio ambiente. De um jardim de
escola a um parque ecológico, têm-se opções maravilhosas para o desenvolvimento da aprendizagem.
Professor (a), utilize o texto a seguir para iniciar este momento. O texto aborda a definição de Bioma e
Ecossistema.

 TEXTO: O QUE É UM ECOSSISTEMA E UM BIOMA ( ícone clicável)

Professor (a) utilize um mapa demonstrando a distribuição dos biomas brasileiros, no território brasileiro.
(Pode usar outros mapas, com ecossistemas aquáticos, com outros dados que considerar relevante
mencionar.) Cada estudante deve ter o seu material.

 MAPA: BIOMAS BRASILEIROS ( ícone clicável)

MOMENTO 3: CONTEXTUALIZANDO O APRENDIZADO

Organização da turma Grupos pelo menos 6.

Recursos e providências Atividades abaixo

5
Neste momento, o educador deve fazer uma análise do aprendizado. A sugestão é criar um
mapa do território nacional. Dividir os estudantes em grupos, eles deverão plotar no mapa as
regiões dos biomas estudados. Cada grupo também criará fichas ou uma cartilha digital, com as
características específicas dos biomas, como a fauna e a flora dos ambientes, os principais
impactos que ameaçam a preservação, os povos originários, se há unidades de conservação, e
outras informações que os estudantes julgarem relevantes. O mapa será produzido em
tamanho maior, pode usar a folha de papel maior, fazendo-se um painel. As fichas contendo os
dados dos estudos realizados pelos estudantes devem ser anexadas ao mapa, com o objetivo
de divulgar os resultados. Essa metodologia visa incentivar os participantes a saberem fazer
pesquisa. A pesquisa é uma aliada no processo de ensino-aprendizado, gerando novos conhecimentos
tanto para o estudante que a realiza, quanto para os demais participantes do trabalho.
Sugestão de sites para realização da tarefa proposta:

 Biomas – Ministério do Meio Ambiente.


Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/biomas.html.
 Biomas brasileiros – IBGE Educa Jovens.
Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18307-biomas-
brasileiros.html
 Biomas brasileiros – Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/biomas-brasileiros.htm.

 ATIVIDADE ( ícone clicável)

6
ANEXO

TEXTO: O QUE É UM ECOSSISTEMA E UM BIOMA

O que é um Ecossistema e um Bioma


Apesar de se confundirem (e se complementarem), esses conceitos fundamentais de ecologia
são distintos.
Quando se fala em ecossistemas e biomas, tratamos de conjuntos. Embora distintos nos seus
elementos e abrangência, podem se sobrepor, interceder e se completar.
Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bióticos, como
os organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes abióticos, elementos
químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Estes componentes interagem
através das transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre estes e os demais
elementos de seu ambiente.
Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os organismos e seu
ambiente, os ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites
de um ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de
investigação científica. Assim, temos, inicialmente, uma separação entre os meios aquáticos e
terrestres. Então, os ecossistemas aquáticos serão os lagos, naturais ou artificiais (represas),
os mangues, os rios, mares e oceanos. Os ecossistemas terrestres são as florestas, as dunas,
os desertos, as tundras, as montanhas, as pradarias e pastagens.
O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o “conjunto
de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e
identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria”. Em outras
palavras, ele pode ser definido como uma grande área de vida formada por um complexo de
ecossistemas com características homogêneas.
Muitas vezes, o termo “bioma” é utilizado como sinônimo de “ecossistema” mas, diferente do
ecossistema, à classificação de bioma interessa mais o meio físico (a fisionomia da área,
principalmente da vegetação) que as interações que nele ocorrem. O perfil do local e a
dimensão também importam na classificação: um ecossistema qualquer só será considerado
um bioma se suas dimensões forem de grande escala.
Por exemplo, existe o bioma da Mata Atlântica e, dentro dele, ecossistemas como a floresta
ombrófila densa, a mata de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais.
Um bioma é definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo bioma podem
existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, embora estes não influem
tanto na definição. Os biomas brasileiros são a Amazônia, o Cerrado, Caatinga, Mata
Atlântica, o Pampa e o Pantanal.
Fonte: (O ECO, 2014)

7
MAPA: BIOMAS BRASILEIROS.

Biomas brasileiros

Fonte: (SOUSA, 2022)

8
ATIVIDADE

Classificar as imagens a seguir, referente aos biomas brasileiros estudados.

A) ______________________

B)___________________________

C)__________________________

D)__________________________

E)__________________________

Imagem de biomas brasileiros – Fonte: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/ecossistemas-1/biomas

9
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Impactos Ambientais nos (EM13CNT102XA) Identificar e interpretar sistemas térmicos que


Ecossistemas. visem à sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos
das variáveis termodinâmicas sobre seu funcionamento.
(EM13CNT102XB) Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou
construir protótipos de sistemas térmicos que visem à
sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos das
variáveis termodinâmicas sobre seu funcionamento, considerando
também o uso de tecnologias digitais que auxiliem no cálculo de
estimativas e no apoio à construção dos protótipos.
(EM13CNT103X) Conhecer e analisar os tipos de radiação e suas
origens, para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação
em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na
indústria, na agricultura e na geração de energia.
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao
ambiente, considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de
diferentes materiais e produtos, como também o nível de exposição a
eles, posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais
e/ou coletivas para seus usos e descartes responsáveis
(EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os
efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre esses
ciclos, para promover ações individuais e/ ou coletivas que minimizem
consequências nocivas à vida.
(EM13CNT107X) Realizar previsões qualitativas e quantitativas sobre
as ações de agentes cujos funcionamentos estão relacionados ao
eletromagnetismo (geradores de energia; biodigestores; motores
elétricos e seus componentes; bobinas; transformadores; pilhas;
baterias; fontes alternativas de energia; bioeletricidade; dispositivos
eletrônicos; etc.), com base na análise dos processos de
transformação e condução de energia envolvidos, com ou sem o uso
de dispositivos e aplicativos digitais, para propor ações que visem a
sustentabilidade, discutindo acerca dos subprodutos que a tecnologia
gera e propondo ações para minimizar seus impactos.

10
(EM13CNT203X) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos
ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano,
com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da
matéria e nas transformações e utilizando representações e
simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.
(EM13CNT308) Investigar e analisar o funcionamento de
equipamentos elétricos e/ou eletrônicos e sistemas de automação
para compreender as tecnologias contemporâneas e avaliar seus
impactos sociais, culturais e ambientais.
(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e
econômicas relativas à dependência do mundo atual em relação aos
recursos não renováveis e discutir a necessidade de introdução de
alternativas e novas tecnologias energéticas e de materiais,
comparando diferentes tipos de motores e processos de produção de
novos materiais.
(EM13CNT311MG) Investigar e analisar comportamentos específicos
dos diversos tipos de ondas, para avaliar suas diferentes aplicações
tecnológicas (comunicação, saúde, música, entre outros), identificar
e/ou avaliar os impactos individuais, coletivos e socioambientais de
tais tecnologias, a fim de promover seu uso seguro e sustentável.
(EM13CNT312MG) Relacionar e avaliar as questões sociais,
ambientais, políticas e econômicas controversas acerca do
extrativismo regional, com argumentos que envolvam os aspectos
físicos, químicos e biológicos dos subprodutos da exploração dos
recursos naturais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Os desafios ambientais no cotidiano.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, Educador (a)
O presente planejamento busca auxiliá-lo no desenvolvimento das habilidades fundamentais para o
estudo sobre impactos ambientais/sociais.
Segundo o Artigo 1º da Resolução n.º 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
Impacto Ambiental é "qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que
afetem diretamente ou indiretamente:
▪ A saúde, a segurança, e o bem-estar da população;
▪ As atividades sociais e econômicas;
▪ A biota;
▪ As condições estéticas e sanitárias ambientais;
▪ A qualidade dos recursos ambientais"

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU)
apresenta diversos desafios ambientais. Este plano de ação global adotado em 2015 propõe medidas
concretas para atingir, num prazo de dez anos, um mundo mais justo, próspero e ecológico. A ONU diz
que estamos atrasados e precisamos tomar medidas urgentes. Após os estudantes explorarem sobre a

11
diversidade de ecossistemas existentes no planeta Terra, neste momento deve-se realizar uma discussão
sobre os impactos da ação antrópica ao longo da história da humanidade. Com a Revolução Industrial e
mais tarde a globalização, a tecnologia possibilitou uma nova forma de viver, apoiada no consumo. Ao
mesmo tempo que a tecnologia contribuiu para melhorar a qualidade de vida e favorecer as atividades
do cotidiano, gerou impactos ambientais negativos sobre a sociedade.

“Contraditoriamente, apesar de a Biologia fazer parte do dia a dia da população,


o ensino dessa disciplina encontra-se tão distanciado da realidade que não
permite à população perceber o vínculo estreito existente entre o que é estudado
na disciplina Biologia e o cotidiano. Essa visão dicotômica impossibilita ao aluno
estabelecer relações entre a produção científica e o seu contexto, prejudicando a
necessária visão holística que deve pautar o aprendizado sobre a Biologia”.
(MEC,2008, p.17).

Dessa forma, os estudantes devem, por exemplo, relacionar o aumento da poluição atmosférica à
Revolução Industrial. Sugere-se que esse tema deve ser trabalhado de forma interdisciplinar com outros
componentes curriculares, como história, geografia e ainda química, aumentando assim a base
argumentativa para os estudantes

B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO: DIALOGANDO SOBRE OS IMPACTOS AMBIENTAIS

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Quadro, pincel e outros que julgar necessários.

Neste primeiro momento, proponho uma aula dialogada com os estudantes, utilizando questões
norteadoras para avaliar o seu conhecimento prévio sobre o tema. Durante a exposição sobre os
conceitos fundamentais e categorias de impactos ambientais, busca-se uma participação ativa dos
estudantes. Essa abordagem visa proporcionar a aquisição de novas informações, estimulando os
estudantes a serem interativos, a formularem análises críticas que resultem na produção de
conhecimento. Abaixo, algumas questões para auxiliar o desenvolvimento desse momento.

• O que é impacto ambiental?


• Vocês acham que realmente estão ocorrendo mudanças climáticas no planeta Terra?
• Quais os principais problemas ambientais podemos observar no entorno da nossa escola e
cidade?
• Você já ouviu falar no IBAMA?

Enquanto acontece este momento, peça aos estudantes para registrarem no caderno as respostas.

Sugestão de vídeo para o assunto: que pode ocorrer dentro deste primeiro momento:
 Consciente Coletivo 07/10 - Impactos do Consumo – Instituto Akatu
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HVu_d0NZfNc&list=PL66CCA3EE20459CF3&index=7

Educador (a), outra sugestão são as videoaulas do, SE LIGA NA EDUCAÇÃO – Minas Gerais.

 Aula de Impactos Ambientais.


Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1NG8_cy7PbQJ-zIwm8uAtIeKeOercCKF4/view.

12
2º MOMENTO: METODOLOGIA - SEMINÁRIO – IMPACTOS AMBIENTAIS/
SUSTENTABILIDADE

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Projetor multimídia, cartilhas, entre outros.

O propósito desta metodologia é levar o estudante a fazer uma reflexão profunda sobre um determinado
problema, usando textos e a trabalhar em equipe. Um seminário é uma modalidade cuja meta é discutir,
apresentar e compartilhar informações.
O grande desafio do professor é possibilitar ao estudante desenvolver as habilidades necessárias para a
compreensão do papel do homem na natureza (BRASIL, 2008).
Então, educador, nesta aula você irá organizar as equipes de produção do seminário sobre os impactos
ambientais e sustentabilidade. Professor, forneça diretrizes claras para os estudantes. Inicie com uma
introdução clara sobre o propósito do seminário e a importância do tema. Compreender os impactos
ambientais é crucial para promover práticas sustentáveis que garantam o equilíbrio entre as
necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
Apresente brevemente a estrutura do seminário, como será a divisão dos grupos, oriente a divisão dos
grupos e determinação dos temas para cada grupo. Liste os principais tópicos que os estudantes devem
abordar durante o seminário. Isso pode incluir diferentes categorias de impactos ambientais, como
poluição do ar, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. Também, deve orientar quanto às
fontes para consulta, pode sugerir artigos científicos, documentos governamentais, organizações
ambientais e outras fontes relevantes. Incentive os estudantes a inclusão de exemplos práticos e
estudos de caso para ilustrar o impacto estudado. Pode-se solicitar a abordagem das implicações sociais,
econômicas e éticas desses impactos. Estimule a apresentação de soluções sustentáveis e práticas para
lidar com o problema, levando o estudante a desenvolver o pensamento crítico. Estabeleça limites de
tempo para cada apresentação para garantir que todos os tópicos sejam abordados e sugira o uso de
recursos visuais, como slides, gráficos, vídeos ou imagens, para enriquecer as apresentações. Sobre
avaliação, explique como os estudantes serão avaliados, isso pode incluir critérios como clareza,
profundidade de pesquisa, envolvimento de cada membro do grupo, entre outros.
Finalize o seminário com um resumo das principais conclusões e desafios apresentados, além de
incentivar uma discussão com os estudantes.
Essas orientações proporcionarão uma estrutura sólida para o seminário, garantindo que os estudantes
forneçam informações relevantes e envolvam efetivamente com o propósito do seminário.

Temas sugeridos para o seminário:

1) POPULAÇÃO E A GESTÃO DOS RESÍDUOS: A ONU prevê que a população mundial passe de
8,5 bilhões de pessoas em 2030, obrigando-nos a reduzir consideravelmente a geração de resíduos
por meio de atividades de prevenção, redução, reciclagem e reutilização, com o objetivo de diminuir
seu impacto na saúde e no meio ambiente.

2) OS PROBLEMAS DE POLUIÇÃO DO AR E DA ÁGUA E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE: A


Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 90% da humanidade respira ar poluído e,
consequentemente, demanda uma redução da contaminação. A água contaminada também causa
problemas importantes de saúde, além de cinco milhões de mortes anuais.

13
3) OS PROBLEMAS DE POLUIÇÃO HÍDRICA E SEU IMPACTO NA SAÚDE: A falta deste recurso,
vital para a sobrevivência humana, animal e vegetal, afeta mais de 40% da população mundial e,
segundo o Fórum Econômico da Água. Um uso responsável dos recursos hídricos melhora a produção
alimentar e energética, além de proteger a biodiversidade dos nossos ecossistemas.

4) IMPACTOS DA MINERAÇÃO: A prática mineradora pode gerar graves impactos ambientais, por
vezes irreversíveis – Os problemas ambientais desenvolvidos podem apresentar impactos hídricos,
biológicos, além de outros sendo os principais: Remoção da vegetação na área de extração e evasão
de animais habitantes da área e contaminação dos solos.

5) A POLUIÇÃO DOS OCEANOS: Os mares se tornaram os grandes aterros de plástico do planeta.


Além disso, existem outros graves problemas ecológicos relacionados com os oceanos, como a
deterioração dos ecossistemas pelo aquecimento global, os efluentes contaminantes e o
derramamento de combustíveis

6) A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS: A ONU calcula que 13% da


humanidade não tem eletricidade e que 3 bilhões de pessoas dependem dos combustíveis fósseis para
cozinhar. Esta situação exige uma transição energética para um modelo mais limpo, acessível,
eficiente e baseado no uso de fontes renováveis

7) PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE: 8% das espécies animais conhecidas já desapareceram e


22% estão em perigo de extinção devido especialmente, à destruição de seus habitats naturais, à caça
furtiva e à introdução de espécies invasoras. É necessário preservar o nosso patrimônio natural, como
é o caso das florestas que estão cada vez mais ameaçadas.

8) O DESENVOLVIMENTO URBANO E A MOBILIDADE SUSTENTÁVEL: O crescimento das


cidades, será outro dos grandes desafios ambientais da década. As metrópoles do futuro deverão ser
compactas, seguras, ecológicas e eficientes em termos energéticos, com mais áreas verdes e meios de
transporte mais sustentáveis.

3º MOMENTO - CONTEXTUALIZANDO O APRENDIZAGEM

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Texto impresso.

Professor (a), o texto a seguir apresenta dados relevantes sobre a biodiversidade. A leitura e
compreensão do texto é uma oportunidade para a discussão sobre impacto ambiental e sustentabilidade
com os estudantes.
Realize a leitura do texto com os estudantes e, em seguida, eles deverão responder às questões para
obter uma melhor compreensão do tema.

 TEXTO: BIODIVERSIDADE ( ícone clicável)

14
ANEXO
TEXTO: BIODIVERSIDADE

BIODIVERSIDADE

"Conceito de biodiversidade, a expressão “diversidade biológica” é utilizada desde a década de 1980 e,


inicialmente, fazia referência apenas ao número de espécies que viviam uma determinada região, ou
seja, à quantidade de animais, plantas e micro-organismos de uma área. Seu significado tornou-se,
com o tempo, mais complexo, incluindo-se também outros aspectos de diversidade, como a
diversidade genética entre os organismos. Em 1986, o entomologista E. O. Wilson utilizou o termo
biodiversidade em substituição à referida expressão."
"A Convenção sobre diversidade biológica”, criada na ECO-92, trata a respeito do tema biodiversidade.
Nesse importante documento, a diversidade biológica é definida da seguinte forma: “Diversidade
biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e de ecossistemas.”
O Ministério do Meio Ambiente ainda frisa que “biodiversidade abrange toda a variedade de espécies
de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos
ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles”.
A riqueza da biodiversidade, muitas espécies de seres vivos são encontradas em diferentes áreas do
planeta, outras espécies, no entanto, são encontradas em apenas uma região. Algumas áreas são ricas
em biodiversidade, enquanto outras apresentam uma pequena variedade de espécies. Fato é que a
biodiversidade do planeta é imensa e pode ser observada em todos os ambientes, desde as
profundezas dos oceanos até as mais altas montanhas.
De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o Brasil é o país que detém
a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Ainda de acordo com o instituto, são mais de
103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais conhecidas pela ciência, e essa variedade de
seres vivos e ecossistemas deve-se a fatores como clima e extensão territorial do nosso país. No
Brasil, as regiões da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica destacam-se nesse sentido.
Outras regiões do planeta não apresentam uma biodiversidade tão rica quanto a nossa, sendo esse o
caso dos desertos. Uma das razões para que elas apresentem pouca biodiversidade é a baixa
quantidade de chuvas. Além dos desertos, outra região que apresenta uma baixa biodiversidade é o
bioma Tundra, estando esse resultado relacionado, entre outros fatores, com a baixa temperatura.
Importância e necessidade de preservação da biodiversidade, a biodiversidade é importante em
diversos aspectos. De acordo com a “Convenção sobre diversidade biológica”, a biodiversidade
apresenta valores ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e
estético.
O desmatamento é responsável pela destruição do habitat de várias espécies.
No que diz respeito à importância ecológica, os motivos são claros: cada espécie do planeta apresenta
um papel no ecossistema. As plantas, por exemplo, são a base de toda a cadeia alimentar, além de
servirem de moradia para algumas espécies e fornecerem oxigênio no processo de fotossíntese.
Quando uma espécie entra em extinção, todo o ecossistema local é impactado.

15
A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como sabemos, os seres vivos são
importante matéria-prima na fabricação de alimentos, medicamentos, cosméticos, vestimentas e até
habitação. Preservar é garantir, portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o meio
ambiente permaneça em equilíbrio. Apesar de saber da importância da biodiversidade, o ser humano
ainda é responsável pela sua destruição. A poluição, o desmatamento e a exploração exagerada são
algumas ações responsáveis pela redução da biodiversidade do planeta.
Fonte: (SANTOS, 2013)

Questões para pensar sobre a diversidade da natureza.

1. O que é biodiversidade e por que é importante?


2. Quais são os principais tipos de biodiversidade?
3. Como a biodiversidade é medida e monitorada?
4. Quais são as principais ameaças à biodiversidade?
5. Como as mudanças climáticas afetam a biodiversidade?
6. Quais são os principais benefícios que a biodiversidade traz para a humanidade?
7. Quais são as estratégias para proteger a biodiversidade?
8. Como as políticas públicas podem contribuir para a proteção da biodiversidade?
9. Quais são as consequências da perda de biodiversidade?
10. Como a conservação da biodiversidade pode ser integrada ao desenvolvimento econômico?

16
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Sucessão Ecológica. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e


de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento
para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas
e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o
uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as
suas formas.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em
seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da
biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e
avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a garantia
da sustentabilidade do planeta.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Sucessão ecológica.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, educador (a)
Sucessão ecológica é um conceito fundamental no campo da ecologia, e sua importância pode ser
justificada por diversos motivos. Conhecer os processos envolvidos na sucessão ecológica permite que
os cientistas e ecologistas compreendam como os ecossistemas se desenvolvem, evoluem e se
recuperam temporalmente. Isso é fundamental para entender a dinâmica da vida na Terra; ajuda a
prever e entender como os ecossistemas respondem a distúrbios naturais, como incêndios florestais,
erupções vulcânicas e inundações. Tudo isso é importante para o planejamento de resposta a desastres
e para a recuperação de áreas afetadas pela ação antrópica, além de ajudar a entender como os
ecossistemas podem se adaptar e ser resilientes em face das mudanças climáticas, auxiliando na
formulação de estratégias de mitigação e adaptação da biodiversidade, incluindo os seres humanos
como parte desse contexto.
Outro ponto importante é que a pesquisa em sucessão ecológica leva a descobertas científicas valiosas e
pode inspirar inovações tecnológicas e práticas sustentáveis em agricultura, silvicultura e conservação.
Ainda é possível somar outros fatores relevantes como educação, conscientização e tomada de decisões
políticas relacionadas ao meio ambiente e prevenção de impactos ambientais a longo prazo.
Sendo assim, os conteúdos de Biologia devem propiciar condições para que o educando compreenda a

17
vida como manifestação de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente
físico-químico. Ao ser abordada a sucessão ecológica com os estudantes, permitimos a eles entenderem
o funcionamento do mundo natural; promovemos a conscientização ambiental, incentivando-os a
valorizarem o meio ambiente e compreenderem a importância da conservação para sua sobrevivência e
qualidade de vida.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: DIALOGANDO SOBRE SUCESSÃO ECOLÓGICA

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Vídeo e texto

Educador (a) no ensino de sucessão ecológica, é importante estabelecer objetivos claros visando o bom
êxito da aprendizagem. Os objetivos devem ser refletidos, dialogados sobre o que se deseja que os
estudantes aprendam, sem limitar a curiosidade dos mesmos. A aula não deve ser momento de
transmissão de informações. É fundamental que os alunos façam parte do processo de aprendizagem e
não sejam apenas receptores da mensagem. Logo, uma dica é que você trabalhe utilizando outras
mídias, como imagem e vídeo para exemplificar os conteúdos. Como o estudo é sucessão ecológica,
você poderá explorar o ambiente fora da sala de aula, na própria escola ou ainda programar a visita a
um parque ecológico.

A seguir, alguns objetivos visando o bom êxito desta aprendizagem:

1. Compreender o conceito de sucessão ecológica: Os estudantes devem ser capazes de definir o


processo sucessão ecológica.
2. Explicar como ocorrem as mudanças nas comunidades ecológicas ao longo do tempo - os
diferentes tipos de sucessão ecológica.
3. Identificar os principais estágios da sucessão ecológica e as espécies envolvidas em cada etapa
da sucessão.
4. Refletir questões a respeito de políticas ambientais na conservação da biodiversidade e
sustentabilidade.
5. Incentivar a conscientização ambiental e ações individuais e coletivas na preservação do
ecossistema.
Desenvolvimento, começar a aula relembrando termos estudados anteriormente, interações
ecológicas, ecossistemas e comunidade, enfatizando a relevância desses elementos na
manutenção da vida no planeta.

Sugestão de um vídeo interessante que explica o processo de sucessão ecológica, São 6 minutos de
duração.
 Vídeo - Sucessão ecológica
Disponível em: https://youtu.be/HWmZYNKoAfk.

18
2º MOMENTO: PRATICANDO A APRENDIZAGEM

Organização da turma Formar grupos de estudantes

Recursos e providências Saco plástico, potes (sorvete, suco ou leite), sombrite.

Atividades práticas de campo e laboratório: Incentive os alunos a coletar amostras de solo, vegetação e
organismos em locais de sucessão ecológica. Eles podem analisar as amostras no laboratório, observar
as mudanças e tirar conclusões.

▪ Título da prática: Observando Banco de Sementes.


▪ Justificativa
− A denominação "banco de sementes" ou "reservatório de sementes" no solo tem sido usada na
literatura internacional para descrever o montante de sementes viáveis e outras estruturas de
propagação presentes no solo ou nos restos vegetais (CARMONA,1992).
− Os bancos de sementes têm um papel crucial na substituição de plantas eliminadas por causas
naturais ou não, como senescência, doenças, movimentos de solo, queimada, estiagem,
temperaturas adversas, inundação e consumo animal, incluindo o homem. Dessa forma os
bancos de sementes apresentam um papel ecológico extremamente importante no suprimento
de novos indivíduos para as comunidades vegetais ao longo do tempo. Isso é possível graças ao
fenômeno de dormência que ocorre nas sementes. A dormência é um dos principais mecanismos
de preservação de espécies em bancos de sementes, distribuindo a germinação ao longo do
tempo. Ela pode garantir a sobrevivência de espécies como semente sob condições adversas,
mesmo quando a vegetação é completamente eliminada (CARMONA,1992).

▪ Objetivo: Com esse projeto pretende-se estimular o entendimento de sucessão ecológica e


desenvolver habilidades como observação, pesquisa e divulgação de resultados.
▪ Materiais necessários:
− Ferramentas para coleta do solo.
− Vasilhame para recolher o solo.
− Caneta, fita – para identificação do material coletado.
− Caderno para anotações.
− Máquina para fotografar, fazer o registro da área.
− Vasilhame para colocar o solo e que será deixado para o repouso e observação na escola.

▪ Desenvolvimento:
▪ Inicialmente, na sala de aula divulgar o projeto, definir os grupos de trabalho, dialogar com os
estudantes as sugestões de possíveis áreas de visita para coleta do material e observação.
Então, é necessário duas áreas para coleta dos materiais: uma com vegetação, de preferência
uma área verde que tenha acúmulo de vegetação morta no solo (observa se a área tem uma
diversidade de espécies). E outra sem vegetação (solo sem cobertura vegetal) de preferência
que esteja nesta condição há mais tempo, considerada área degradada. deixe claro que o projeto
está dividido em duas partes, visita da área e coleta do material (solo), manutenção do
experimento e observação do material no laboratório (escola). Durante as observações os
estudantes deverão registrar (forma escrita e fotos) os dados. E outro em momento será o
registro das informações adquiridas com os dados coletados e divulgação final. Programar a data
da excursão para observação e coleta do material.

19
Primeira parte - Dia da visita:
1. Educador (a) no momento da incursão na área com cobertura vegetal – preservada – incentive
os estudantes a fazerem observações das características do ambiente, os tipos de espécies, os
mecanismos de dispersão de sementes, as características morfológicas que possibilitam a
disseminação das sementes a longas distâncias (vento, água, animais), disponibilidade água/ou
não no local e outras características relevantes. Esses dados são de grande importância numa
pesquisa de sucessão ecológica.
2. Faça a distribuição dos grupos para a realização das coletas das amostras de solo, de
preferência, no mínimo, de três amostras por grupo – estas amostras serão levadas para escola,
e colocadas em vasilhames (tipo bandejas) pode ser potes de sorvete, caixa de leite ou suco
aberta longitudinalmente. Ainda, o estudante deve de preferência marcar o local da coleta (na
área) e registrar esse dado.
3. Na escola os estudantes deverão colocar as amostras em local com luminosidade, pode-se usar
uma tela sombrite 40% para evitar sol direto, isso evita a perda de umidade rapidamente das
amostras. Ainda, evite que os experimentos recebam chuvas e ventos fortes e presença de
animais, pois essas ações também podem danificar as amostras. As amostras devem receber
água diariamente. Para essa operação utilize garrafa plástica com furos na tampa (para evitar a
perda de material).
4. Fazer observações e registros diariamente, a fim verificar a ocorrência de germinação de alguma
semente. Fazer também o registro fotográfico (diário) se possível, essa ação será uma excelente
ferramenta no momento da escrita das conclusões e também no ato de divulgação dos
resultados.
5. Período de permanência do experimento, mínimo 14 dias (pode deixar por mais tempo).
6. Os dados que devem ser coletados, diariamente: quantidade de sementes germinadas, tipos de
plantas, presença cotilédone (um/dois). Antes deve-se relembrar esse conteúdo com os
estudantes.
7. Na área sem cobertura vegetal, degradada, proceder como descrito acima, distribuir os grupos e
fazer as coletas das amostras. Proceder como descrito a partir do item 3 até o 6.

▪ Conclusão: o educador (a) instrui os estudantes a extrair informações dos resultados


alcançados.

Questionamentos para compreensão:


• Há diferença na quantidade de sementes germinadas entre as amostras da área com
vegetação? Explicar.
• Há diferença na quantidade de sementes germinadas entre as amostras da área sem a
cobertura vegetal? Explicar.
• Há diferença na quantidade de sementes germinadas entre as áreas, degradada e
preservada? Explicar.
• Quais outras informações os estudantes registraram por considerar relevante durante o
desenvolvimento do experimento.
• Os estudantes devem, ao final, saber analisar e representar os dados adquiridos, analisar e
comparar as áreas estudadas com as condições favoráveis e os fatores limitantes para a
biodiversidade e, por fim, discutir a relevância da preservação e conservação da
biodiversidade.

20
Atenção: educador(a) reflita aos estudantes se ficou claro a importância do banco de sementes para a
regeneração – sucessão ecológica - para uma área que sofreu danos.
Segunda parte do projeto, os registros dos estudantes em relação ao experimento devem ser
incentivados para a elaboração de um relatório com os resultados alcançados e para a criação de
apresentações com o objetivo de divulgar as informações obtidas com a prática. Isso estimula a síntese
e a comunicação eficientes. Organize um momento para divulgar as informações do projeto, educador.

21
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Biologia da conservação (EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente,


considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes
materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles,
posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou
coletivas para seus usos e descartes responsáveis
(EM13CNT106) Avaliar, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais, tecnologias e possíveis soluções para as demandas que envolvem
a geração, o transporte, a distribuição e o consumo de energia elétrica,
considerando a disponibilidade de recursos, a eficiência energética, a
relação custo/benefício, as características geográficas e ambientais, a
produção de resíduos e os impactos socioambientais e culturais.
(EM13CNT107X) Realizar previsões qualitativas e quantitativas sobre as
ações de agentes cujos funcionamentos estão relacionados ao
eletromagnetismo (geradores de energia; biodigestores; motores elétricos
e seus componentes; bobinas; transformadores; pilhas; baterias; fontes
alternativas de energia; bioeletricidade; dispositivos eletrônicos; etc.), com
base na análise dos processos de transformação e condução de energia
envolvidos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, para
propor ações que visem a sustentabilidade, discutindo acerca dos
subprodutos que a tecnologia gera e propondo ações para minimizar seus
impactos.
(EM13CNT203X) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos
ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com
base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas
transformações e utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da
biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e
avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a
garantia da sustentabilidade do planeta.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas,
arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ou propor soluções seguras e

22
sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.
(EM13CNT308) Investigar e analisar o funcionamento de equipamentos
elétricos e/ou eletrônicos e sistemas de automação para compreender as
tecnologias contemporâneas e avaliar seus impactos sociais, culturais e
ambientais.
(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas
relativas à dependência do mundo atual em relação aos recursos não
renováveis e discutir a necessidade de introdução de alternativas e novas
tecnologias energéticas e de materiais, comparando diferentes tipos de
motores e processos de produção de novos materiais.
(EM13CNT312MG) Relacionar e avaliar as questões sociais, ambientais,
políticas e econômicas controversas acerca do extrativismo regional, com
argumentos que envolvam os aspectos físicos, químicos e biológicos dos
subprodutos da exploração dos recursos naturais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Sustentabilidade da biosfera.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, educador (a)
O presente planejamento busca auxiliar você no desenvolvimento das habilidades fundamentais para a
compreensão do objeto de estudo. Espera-se que, ao final do estudo do tema, os estudantes sejam
capazes de reconhecer a importância da biodiversidade para os biomas, além de saber propor
estratégias de conservação e preservação dos ecossistemas. No início do bimestre, foi introduzido o
conhecimento dos biomas, a definição, características e a classificação dos diferentes ambientes para,
no momento seguinte, discutir e compreender os impactos negativos sobre os ambientes e como afetam
nossa qualidade de vida e sobrevivência.
A biologia da conservação é um campo interdisciplinar da biologia que se dedica ao estudo e à
preservação da biodiversidade e dos ecossistemas. Seu principal objetivo é compreender as causas da
perda de biodiversidade, bem como desenvolver estratégias e ações para mitigar ou reverter esse
processo. A biologia da conservação abrange uma série de detalhes e áreas de estudo, incluindo:
Monitoramento de espécies, Genética da conservação, Ecologia de paisagens, Restauração de
ecossistema, e outros. Em resumo, a biologia da conservação desempenha um papel crucial na proteção
e na gestão sustentável da biodiversidade em nosso planeta, ajudando a preservar a diversidade de vida
e os ecossistemas que sustentam a vida na Terra.
As habilidades neste planejamento tem como proposta as ações de analisar e discutir alternativas de
novas tecnologias e os resíduos produzidos, as melhores soluções no descarte dos mesmos; avaliar e
prever efeitos das intervenções humanas nos ecossistemas e seus impactos negativos gerados nestas
ações; e também investigar, relacionar e avaliar as questões ambientais atuais e propor soluções.

23
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO: SALA DE AULA INVERTIDA

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Quadro, livro didático, textos selecionados e recursos multimídia.

Educador (a) ao ensinar Biologia da Conservação, é essencial adotar uma metodologia que seja
envolvente, prática e interdisciplinar. A sugestão é a sala de aula invertida. Na proposta de sala de aula
invertida, os estudantes têm acesso previamente ao material das aulas, fornecido ou indicado pelo
professor. Os estudantes aproveitam os momentos na escola para aprofundar seus conhecimentos,
esclarecer dúvidas ou realizar outras atividades. Em uma sala de aula invertida, o professor tem a
vantagem de identificar necessidades específicas de ensinar e avaliar de forma adequada cada indivíduo.
Esta metodologia deve ser elaborada em três etapas: antes, durante e depois. Em primeiro lugar, o
professor deve dedicar um tempo para seleção e disponibilização dos recursos didáticos. Os recursos
disponíveis incluem livros didáticos, textos previamente selecionados pelo professor, bem como vídeos
aulas. O professor solicita que, em casa, realizem as atividades escolhidas (leitura do texto, videoaula e
outras) instruindo que registrem por meio de fichas de estudos com as informações relevantes, dúvidas,
curiosidades e conteúdos de interesse, para poderem ser compartilhados e esclarecidos no próximo
encontro. Além disso, é possível que sejam realizadas atividades, como questionário a fim de verificar se
há dúvidas.
Na próxima etapa, na escola, organize grupos de estudos e promova um debate. Incentivar a interação
entre os estudantes nos grupos para elaboração de um relatório com base no conhecimento adquirido.
Nessa abordagem os estudantes resolvem exercícios e, orientados pelo professor, interagem com outros
grupos para discutir e identificar as melhores respostas para as dúvidas. Ao término, é necessário que
haja o momento de feedback.
Inicie, com a introdução e contextualização do tema, explique a importância da conservação da
biodiversidade para a saúde do planeta, enfatizando exemplos e casos reais. A conservação da
biodiversidade desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde do planeta.
Sugestão, abaixo texto que o professor poderá fornecer aos estudantes para o estudo. Indicação de
sites, outros textos e vídeos.

 TEXTO 1: O QUE É A BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO ( ícone clicável)

 O que é a Biologia da Conservação.


Disponível em: https://oeco.org.br/dicionario-ambiental/28367-o-que-e-a-biologia-da-
conservacao/.
 Reflexões em Biologia da Conservação.
Disponível em:
https://ppgca.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/documentos/Reflex%C3%B5es%20em%20Biologia%2
0da%20Conserva%C3%A7%C3%A3o_V1.pdf.
 eCycle: Biologia da Conservação: o que é e princípios.
Disponível em: https://www.ecycle.com.br/biologia-da-conservacao/.
 Biologia da conservação. Duração 12:02.
Disponível em: https://youtu.be/LnXmdAtM4zM.

24
 Se liga na Educação Minas Gerais.
Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1Qm_EXRbmzW6Qx5ZN51_A8Xcs3FhHoyoY/view?usp=drive_link.

2º MOMENTO: MESA REDONDA

Organização da turma A escolha do professor

Recursos e providências sala de multimídia, sala de aula, recursos disponíveis na escola.

Educador (a), a Mesa Redonda na sala de aula é uma estratégia pedagógica que tem como objetivo
promover a discussão, a troca de ideias e o debate entre os participantes sobre um tema específico.
Esse formato de discussão tem diversas finalidades, incluindo: promover a Participação Ativa,
desenvolver pensamento crítico, estimular o respeito às opiniões divergentes, incentivar a argumentação
colaborativa dos estudantes, dentre outras. “Numa mesa redonda, não necessariamente os integrantes
têm pontos de vista opostos. Muitas vezes as suas falas são complementares. Ainda que a oposição seja
possível, ela não é essencial para a realização da mesa. O importante é que, pelo diálogo, a mesa possa
aprofundar um determinado tema” (Valle apud Moniz, 2017) Há também o desenvolvimento da
linguagem oral, que muitas vezes não é contemplada no Ensino Médio.
Professor, defina com os estudantes os tópicos que gostariam de discutir - o assunto geral é Biologia da
conservação. A mesa redonda deve apresentar os temas bem delimitados e relevantes. É fundamental
que todos os participantes tenham conhecimento prévio do assunto em discussão, portanto, programe o
período de preparação dos participantes. Após definido os temas e grupos de trabalho é hora dos
participantes estudarem o assunto. Incentive os estudantes a discutirem os pontos relevantes que
contribuem para o aprofundamento do tema. Instrua os estudantes a fundamentar suas opiniões e
procurar fontes de informações confiáveis. Você pode estimular os estudantes a procurarem informações
com outros professores e fazer um trabalho multidisciplinar.
O professor deve ser o moderador da mesa, deve saber conter os mais exaltados e incentivar a
participação dos mais tímidos, garantido a participação de todos os participantes. Vale ressaltar, que a
mesa redonda pretende debater, mas pode ser colaborativa para a construção do conhecimento. O
feedback, é importante para ouvir os estudantes sobre a sua experiência no trabalho e o retorno do
professor para os estudantes é bom para a sua formação.

Sugestão de alguns tópicos para aprofundamento:

▪ Equilíbrio ecológico: A biodiversidade contribui para a estabilidade dos ecossistemas. Quanto


maior a diversidade de espécies, mais resilientes e capazes de se adaptarem às mudanças.
▪ Polinização: Muitas plantas dependem de polinizadores, como abelhas, para se reproduzirem. A
perda de biodiversidade pode impactar a polinização e a produção de alimentos.
▪ Ciclo de nutrientes: Uma diversidade de espécies ajuda a manter os ciclos de nutrientes, como
o carbono e o nitrogênio, essenciais para todos os seres vivos.
▪ Variedade de alimentos: A biodiversidade contribui para a disponibilidade de diferentes
alimentos. A perda de espécies pode reduzir a variedade de culturas e a segurança alimentar.
▪ Fonte de medicamentos: Muitos medicamentos são originários de plantas e organismos
encontrados na natureza. A perda de biodiversidade pode comprometer e/ou limitar as fontes
de novos medicamentos.

25
▪ Regulação climática: Os ecossistemas desempenham um papel na regulação do clima, ajudando
a absorver e armazenar carbono, o que impacta diretamente as mudanças climáticas.
▪ Proteção contra desastres: Ecossistemas, como manguezais e florestas, atuam como barreiras
naturais contra desastres, como tempestades e inundações.
▪ Atividades econômicas: Atividades econômicas dependentes da biodiversidade, como o turismo
em áreas naturais preservadas.
▪ Subsistência de comunidades: Comunidades locais dependem diretamente dos recursos
naturais para sua subsistência.
▪ Ética e valor cultural: A biodiversidade tem um valor intrínseco, independentemente de seu
valor para os seres humanos. A diversidade da vida é parte integrante da riqueza cultural e
ética.

3º MOMENTO: ATIVIDADE

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Cópias das questões.

Professor, após o desenvolvimento dos momentos anteriores, pode ser aplicada a atividade abaixo para
consolidar os conhecimentos, sobre os temas abordados.

 QUESTÕES ( ícone clicável)

26
ANEXO

TEXTO 1: O QUE É A BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO

O QUE É A BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO

Conheça esta ciência multidisciplinar, desenvolvida como resposta ao problema da perda da


biodiversidade causada pela extinção de espécies

28 de maio de 2014

O termo Biologia da Conservação foi introduzido pela primeira vez em 1978, como o título de uma
conferência realizada na Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, organizada pelos
biólogos Bruce Wilcox e Michael E. Soulé. O motivo do encontro foi a preocupação acerca do
desmatamento tropical, desaparecimento de espécies e a erosão da diversidade genética dentro das
espécies. A conferência buscou preencher uma lacuna existente na época entre teoria e prática, no
que se referia à conservação e, com isso, fez nascer a Biologia da Conservação e o conceito de
diversidade biológica (biodiversidade).
É uma matéria interdisciplinar que busca recursos em ciências naturais, sociais e na prática de gestão
de recursos naturais, definida como o estudo científico da natureza e do estado da biodiversidade do
planeta, com o objetivo de proteger espécies, seus habitats e ecossistemas das excessivas taxas de
extinção e de erosão das interações entre os seres vivos.
Os biólogos da conservação pesquisam e educam sobre as tendências e processos de perda de
biodiversidade, extinção de espécies, e o efeito negativo que têm sobre a manutenção do bem-estar
da sociedade humana. Nesta tarefa, são guiados por alguns pressupostos básicos: (I) Toda espécie
tem o direito de existir, pois são frutos de uma história evolutiva e são adaptadas; (II) Todas as
espécies são interdependentes, pois estas interagem de modo complexo no mundo natural, e a perda
de uma espécie leva a consequente influência sobre as demais; (III) Os humanos vivem dentro das
mesmas limitações que as demais espécies, que são restritas a um desenvolvimento, em razão a
capacidade do meio ambiente, e a espécie humana deveria seguir esta regra, para não prejudicar a
sua e as outras espécies; (IV) A sociedade tem responsabilidade de proteger a Terra, devendo usar os
recursos de modo a não esgotá-los para as próximas gerações; (V) O respeito pela diversidade
humana é compatível com o respeito pela diversidade biológica, pois como apreciamos a diversidade
cultural humana deveríamos apreciar a diversidade biológica; (VI) A natureza tem um valor estético e
espiritual que transcende o seu valor econômico, e isto deve ser mantido independente de qualquer
coisa; (VII) A diversidade biológica é necessária para determinar a origem da vida, espécies que vão
se extinguindo poderiam ser importantes nas pesquisas sobre a origem da vida (PRIMACK, R. B.;
Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina: Vida, 2001).
Além dos pressupostos, a Biologia da Conservação adota três principais diretrizes (Groom, Meffe &
Carroll 2006): (I) A evolução é o axioma básico que unifica toda a biologia (papel evolutivo); (II) o
mundo ecológico é dinâmico e comumente não está em equilíbrio (O teatro ecológico, ou o contexto
ecológico); (III) a presença humana deve ser incluída no planejamento da conservação (humanos são
parte do jogo).
Uma vez que os campos da Antropologia, da Biogeografia, da Ecologia, dos Estudos Ambientais, da
Biologia Evolucionária, da Genética, da Biologia de Populações, Sociologia e da Taxonomia aplicados
não são abrangentes o suficiente para tratar das ameaças à diversidade biológica, a Biologia da
Conservação se utiliza de todos eles para oferecer novos enfoques e ideias à gestão de recursos

27
ambientais. Esta base multidisciplinar tem levado ao desenvolvimento de várias novas subdisciplinas
como a filo-geografia, e genética da conservação, ciências sociais da conservação, comportamento e
fisiologia da conservação.
A Biologia da Conservação se propõe a responder às questões surgidas no processo, por exemplo, de
determinar as melhores estratégias para proteger espécies raras e ameaçadas, de conceber reservas
naturais, em programas de reprodução para manter a variação genética de pequenas populações e até
na harmonização das preocupações de conservação quando conflitam com as necessidades do povo e
governo locais. Ela vem para dar a orientação necessária que os governos, as empresas e o público
em geral necessitam quando têm de tomar decisões cruciais.
Fonte: (REUBER, 2014)

QUESTÕES

Questões

1) Qual é a importância da diversidade genética na conservação de espécies?

2) O que são áreas naturais protegidas e qual é o papel delas na conservação?

3) Citar quais são os tipos de áreas protegidas no Brasil? Descreva a função de cada uma. (Nesta
questão pode-se incentivar o estudante a plotar no mapa do Brasil ou apenas de Minas Gerais, a
localização das áreas protegidas).

4) Explique o conceito de "corredores ecológicos" e como eles podem beneficiar a conservação.


Citar exemplos no Brasil. (Disponível em https://antigo.mma.gov.br/areas-
protegidas/instrumentos-de-gestao/corredores-ecologicos.html. Acesso em 13 de novembro de
2023).

5) Quais são os desafios socioeconômicos associados ao descarte de lixo eletrônico em países em


desenvolvimento?

6) Que práticas sustentáveis que as empresas e os indivíduos podem adotar para reduzir o impacto
ambiental provocado pelo lixo?

7) O que são Cidades Sustentáveis? (Disponível em https://antigo.mma.gov.br/areas-


protegidas/instrumentos-de-gestao/corredores-ecologicos.html. Acesso em 13 de novembro de
2023).

8) Quais são os riscos à saúde associados à exposição a substâncias tóxicas presentes em resíduos
eletrônicos?

28
REFERÊNCIAS
BERKOWITZ, Alan R., Canham, Charles D., Kelly, Vitória R. Competição versus Facilitação do
Crescimento e Sobrevivência de Mudas de Árvores em Comunidades de Sucessão Inicial.
Ecology – Ecological Society Of America. V. 76, Ed.4, p. 1156-1168, jun de 1995. Disponível em
https://doi.org/10.2307/1940923. Acesso em: 13 de nov. 2023.
BEZERRA, Emy P., Camboim, Luiza G., Guimarães, Ítalo J. B. Pesquisando na internet: uma análise
sobre metodologias utilizadas em dissertações de mestrado do programa de pós-graduação em ciência
da informação da UFPB. Biblionline, João Pessoa, v. 11, n.2, p. 123–134, 2015. Disponível em
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/biblio/article/view/25380/15178. Acesso em 14 de nov. de
2023.
BRANDÃO, Reuber. A. O que é a Biologia da Conservação. O ECO. Verbete ed. 30.05.2014.
Disponível em https://oeco.org.br/dicionario-ambiental/28367-o-que-e-a-biologia-da-
conservacao/.acesso em: 13 de nov. de 2023
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o
Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da
Educação, 2008. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf. Acesso em 16 de novembro
de 2023.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Corredores Ecológicos. Brasília-DF, Brasil Disponível em
https://antigo.mma.gov.br/areas-protegidas/instrumentos-de-gestao/corredores-ecologicos.html. Acesso
em: 13 de nov. de 2023.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente: Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99.
Brasília-DF. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em 31 de
outubro de 2023.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Ecossistemas. Atualizado em
20/03/2023 13h41. Disponível em https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/ecossistemas-1. Acesso
em 31.10.2023.
BRAZ, Vinícius. Biomas Brasileiros. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De
Educação De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1NG8_cy7PbQJ-zIwm8uAtIeKeOercCKF4/view. Acesso em 20 de nov.
de 2023.
BRAZ, Vinícius. Impactos Ambientais. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De
Educação De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1fsfm4hKI0oHXYw7MNmigCOLDZZLaPZfQ/view?usp=share_link. Acesso
em 20 de nov. de 2023.
CARMONA, Ricardo. Problemática E Manejo De Bancos De Sementes De Invasoras Em Solos
Agrícolas. Planta Daninha, v. 10, n. 1/2, 1992. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pd/a/3bWFcgWbGJhkLNDYVN87XsD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 08 de
nov. de 2023.
DISTURBANCE (ECOLOGY). Wikipedia. Última modificação em 27 de março de 2016. Disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Disturbance. Acesso em: 08 de nov. de 2023.
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Portal Do Governo Brasileiro/CONAMA. Resolução
CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em https://conama.mma.gov.br/. Acesso em
27 DE OUT. DE 2023.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Unidades de Conservação Brasileiras "; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/unidades-conservacao-brasileiras.htm. Acesso em
14 de nov. de 2023.

29
INSTITUTO AKATU. Consciente Coletivo nº 07/10. [S.L.:s.n.], 30 de Set. de 2010. 1 vídeo (2 min.).
Publicado pelo Instituto Akatu. Disponível em https://youtu.be/HVu_d0NZfNc acesso em 26 de out. de
2023.
LACERDA, André .L.S. Banco de sementes de plantas daninhas. [s.l.] 2007. Artigo em Hipertexto.
Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/plantas_daninhas/index.htm>. Acesso em:
20 de nov. de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/ens-medio. Acesso em
17 de novembro de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1AGHthVfJj1PWsqGZj1Sq-y56dxXc_cwE/view Acesso em: 17 de nov. de
2023.
MIRANDA, Jean C. Sucessão Ecológica: Conceitos, Modelos e Perspectivas. SaBios: Rev. Saúde e
Biol., v. 4, n. 1, p. 31-37, jan./jun. 2009. Viçosa-Minas Gerais. Disponível em:
https://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios/article/view/145/235. Acesso em: 13 de nov.
de 2023.
MORAES, Bruno S., Reintrodução de Fauna: O Caminho Contrário à Extinção. COMCIÊNCIA, 10
de Junho de 2019/Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.comciencia.br/reintroducao-de-fauna-o-
caminho-contrario-extincao/. Acesso 14 de nov. de 2023.
O ECO. Dicionário Ambiental. O que é um Ecossistema e um Bioma. ((o)) eco, Rio de Janeiro, jul.
2014. Disponível em: <http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-
e-um-bioma/>. Acesso em: 24 de outubro de 2023.
OBSERVATÓRIO, Do Terceiro Setor. Lixo Eletrônico. São Paulo. 09.03.2018. Disponível em:
https://observatorio3setor.org.br/wp-content/uploads/2018/03/lixo-eletronico.jpg. Acesso em: 20 de
nov. de 2023.
ONU – Organização das Nações Unidas/Brasil. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para
o Desenvolvimento Sustentável. Traduzido pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o
Brasil (UNIC Rio), última edição em 13 de outubro de 2015. Disponível em:
https://brasil.un.org/sites/default/files/2020-09/agenda2030-pt-br.pdf. Acesso em 27 de out. de 2023.
PANDÊMICO. Sucessão ecológica. Biologia: [s.l.] 2020. Disseminando conhecimento. Disponível em
https://youtu.be/HWmZYNKoAfk. Acesso em: 07 de nov. de 2023.
PAULA, A. de, Silva, A. F. da, Marco Júnior, P. D., Santos, F. A. M. dos, & Souza, A. L. de, 2004.
Sucessão ecológica da vegetação arbórea em uma Floresta Estacional Semidecidual, Viçosa,
MG, Brasil. Acta Botânica Brasílica, 18(3), 407–423. https://doi.org/10.1590/S0102-
33062004000300002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abb/a/CHZv58cNQ3wVDVLLyYZ9rrz/#.
Acesso em: 08 de nov. de 2023
SANTOS, Vanessa, S. dos. "Biodiversidade". Brasil Escola, Goiânia/GO, 2013. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/biodiversidade.htm. Acesso em 30 de out. de 2023.
SOUSA, Rafaela. "Biomas brasileiros"; Brasil Escola. 2022. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/biomas-brasileiros.htm. Acesso em 13 de dezembro de 2023.
TUSSI, Célia E. S. A Contextualização como Recurso Pedagógico para a Significação do Ensino
de Biologia. PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA. Pinhão/PR. 2013. Disponível em
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unice
ntro_bio_pdp_celia_elena_silveira_tussi.pdf. Acesso em 16 de nov.de 2023.

30
TUSSI, Célia E. S. A Contextualização como Recurso Pedagógico para a Significação do
Ensino de Biologia. Produção Didático-Pedagógica. Pinhão/PR. 2013. Disponível em
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uni
centro_bio_pdp_celia_elena_silveira_tussi.pdf. Acesso em 16 de novembro de 2023
VALLE, Leonardo. Mesa redonda estimula argumentação colaborativa dos alunos. Instituto Claro
- artigo de 11 de setembro de 2017. Disponivel em: .https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-
novidades/reportagens/mesa-redonda-estimula-argumentacao-colaborativa-dos-alunos/. Acesso em 18
de dezembro de 2023.

31
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Temperatura e Escalas (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de


termométricas. aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
Calor e equilíbrio sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento
térmico. para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas e
em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso
consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas
formas.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em
seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos,
resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou
interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de
classificação e equações, por meio de diferentes linguagens, mídias,
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), de modo a
participar e/ou promover debates em torno de temas científicos e/ou
tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,

32
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como
em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades
experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base
nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites
explicativos das ciências.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações problema sob
uma perspectiva científica.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Definição de temperatura e calor.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), seja bem-vindo(a) ao caderno MAPA, primeiro bimestre do ano letivo de 2024.
Com o foco no desenvolvimento das habilidades que compõem as três competências específicas das
ciências da natureza, esse material foi elaborado para oferecer um suporte e uma complementação para
o seu planejamento bimestral.
Foi dividido em três temas que envolvem os objetos de conhecimento que serão abordados nesse
primeiro bimestre:
▪ Tema 1 - Definição de temperatura e de calor
Objetos de conhecimento: Temperatura e escalas termométricas; calor e equilíbrio térmico.
▪ Tema 2- Calor é energia térmica em trânsito
Para que o estudante não trate o conceito de calor intuitivamente, mas compreenda que calor é
uma forma de energia que se manifesta em um fluxo e como pode ser transferido devido à
diferença de temperatura e em qual sentido ocorre essa transferência.
Objetos de conhecimento: Processos de transmissão de calor.
▪ Tema 3- O calor e a sua interação com a matéria
Aqui, abordaremos os fenômenos que envolvem a transmissão de calor e seus efeitos na
matéria.
Objetos de conhecimento: Dilatação térmica dos sólidos e líquidos (linear, superficial e
volumétrica); Dilatação anômala da água; Calores específico e latente; Calores específico e
latente; mudança de estados físicos.
Na estrutura que se segue, apresentamos um planejamento para cada um dos temas, com seus
respectivos objetos de conhecimentos, respectivas competências e habilidades a serem desenvolvidas.
Para o desenvolvimento desse tema, sugerimos planejar estratégias contextualizadas numa abordagem
investigativa. Pesquisas em ensino de ciências têm destacado a importância do uso de atividades
experimentais investigativas para o desenvolvimento de habilidades cognitivas.
Primeiramente, introduza o objeto de conhecimento “Temperatura e escalas termométricas”, faça
perguntas para sondar o conhecimento prévio dos estudantes acerca do conceito de temperatura. Veja
que eles já tiveram contato com esse objeto no ensino fundamental, portanto no ensino médio, o

33
tratamento desse tema será com o objetivo de aprofundamento.
Em seguida, trabalhe com as escalas termométricas Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Explique a necessidade
de se conhecer cada uma dessas escalas e apresente as equações que permitem realizar as conversões
entre elas.
Na sequência, aborde o equilíbrio térmico e o conceito de calor. Para a consolidação desses objetos de
conhecimento, os estudantes deverão compreender que a temperatura está associada à energia de
agitação das partes internas da matéria (átomos e moléculas) e que o calor é a energia térmica que flui
espontaneamente de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura.
Para esse aprofundamento, propomos um desenvolvimento em momentos específicos. Em cada
momento, apresentamos sugestões de atividades com foco no desenvolvimento das habilidades
relacionadas ao estudo da temperatura e escalas termométricas e calor e equilíbrio térmico, conforme
apresentadas no quadro inicial desse planejamento, além de sugestões de metodologias ativas e
atividades práticas experimentais.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO ACERCA DO CONCEITO DE TEMPERATURA

Organização da turma Roda de conversa: os estudantes sentam-se em círculo.

Recursos e providências Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia.

Professor(a), nesse primeiro momento, o objetivo será a sondagem do conceito de temperatura que os
estudantes trouxeram do ensino fundamental e de suas vivências do cotidiano.
Para essa sensibilização, você pode, por exemplo, recorrer a um “brainstorming” que é uma
metodologia que permite aos estudantes exporem suas ideias e perspectivas sobre o tema proposto.
Aqui nesse tópico, o tema proposto é o conceito e a importância do estudo da temperatura.
Para saber mais sobre a metodologia do brainstorming acesse o link abaixo:

 Tempestade de idéias no ensino (brainstorming).


Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/tempestade-ideias-no-
ensino-brainstorming.htm.

Nessa roda de conversa com seus estudantes, faça algumas perguntas. É aconselhável que você tenha
essas perguntas anotadas em um bloco de notas físico ou digital. Faça também as anotações das
respostas dos estudantes. Isso o auxiliará nas elaborações dos planejamentos e atividades futuras,
pois terá como base as respostas deles o que te permitirá fazer reflexões acerca das suas
necessidades.
Nessa atividade estará em foco o desenvolvimento das seguintes habilidades: (EM13CNT301)
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição e
representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de
organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na
Terra quanto em outros planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.

34
Sugestões de perguntas iniciais:

A) A temperatura é uma grandeza física?


B) O que a temperatura mede?
C) Quem consegue estimar o valor da temperatura ambiente, aqui na sala agora?
D) Qual a temperatura na superfície do Sol?
E) Qual o instrumento apropriado de medida de temperatura?
F) A temperatura pode ser medida em quais unidades de medidas?
G) Como a temperatura pode afetar as condições de vida no planeta?
H) De que maneira a temperatura pode impactar o meio ambiente?
I) Por que nos polos do planeta as temperaturas são baixas?

Para melhor desenvolvimento da atividade e das habilidades em questão, solicite aos estudantes que
façam anotações nos cadernos. Eles deverão anotar as perguntas e as respostas que eles mesmos
elaboraram. Essas anotações poderão ser utilizadas posteriormente para que consigam elaborar suas
hipóteses, fazer questionamentos e reelaborar suas respostas.

2º MOMENTO: FORMALIZAÇÃO TEÓRICA A RESPEITO DO CONCEITO DE TEMPERATURA

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia.

Professor(a), a partir desse momento, os estudantes deverão ser capazes de compreender que a
temperatura é uma grandeza física que está associada ao grau de agitação térmica das partes internas à
essa estrutura, ou seja, o grau de agitação das moléculas ou átomos que constituem o corpo em
questão. Eles deverão saber como os termômetros funcionam, como fazer medidas em diferentes tipos
de termômetros e realizar os cálculos das conversões das escalas termométricas. Assim, você fará a
abordagem do tema com o foco no desenvolvimento das seguintes habilidades:
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de aplicativos digitais
específicos, as transformações e conservações em sistemas que envolvam quantidade de
matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações
cotidianas e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente
dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar
instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou
resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na
forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Para atingir a conceituação de temperatura, parta dos conhecimentos prévios dos estudantes que
englobam a sua medição e, assim, faça a abordagem das escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin e as
relações matemáticas para as conversões.
Para abordar as escalas termométricas, desenvolva uma atividade que apresente uma situação-

35
problema, cujo objetivo é levar os estudantes a conhecerem as escalas termométricas, como fazer a
conversão de uma para outra e, principalmente, o motivo pelo qual precisamos conhecê-las.

Sugestão de atividade:

Professor(a), essa proposta de atividade para resolução da situação problema envolve os seguintes
passos:
• Proposta do problema.
• Levantamento de hipóteses, análise dos dados, cálculos e conclusão.

Você pode anotar no quadro ou fazer uma projeção de slide.

Exemplo:
1- Proposta de situação problema:
“ Joe Scott é estadunidense e mora em uma região onde a escala adotada é a Fahrenheit. A
temperatura lá não ultrapassa os 25ºC. No dia 23 de janeiro de 2023, ele chegou ao Brasil pela
primeira vez. Essa era a sua primeira viagem internacional e assustou-se ao ver que o termômetro do
seu telefone agora marcava a temperatura de 88º F.”
A) Por quais motivos Joe assustou-se ao ler aquele valor de temperatura?
B) No Brasil, adotamos a escala Celsius. Qual é o valor dessa temperatura na escala Celsius?

Professor(a), após apresentar a situação-problema, deixe que os estudantes façam suas reflexões e
interajam com a turma apresentando as hipóteses.
Na resposta da pergunta A, eles poderão, por exemplo, levantar as seguintes hipóteses (esperadas):
“Ele assustou-se pois nunca havia registrado uma temperatura tão alta”; “Era verão no Brasil e os
termômetros mostravam temperaturas mais altas”; “88º F é uma temperatura muito alta”, etc.
Aqui, notamos o aparecimento de termos chaves como “temperaturas altas” associadas ao clima.
Após o levantamento das hipóteses, é momento de partir para a resolução do problema. Explique
que aqui no Brasil, a escala termométrica adotada é a Celsius, mas há escalas diversas adotadas em
outros países, como a Fahrenheit nos Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo.
Apresente as equações que os permitirão fazer a conversão e encontrar o resultado solicitado na
pergunta B.
Ao longo da História, existiram diversas escalas termométricas, mas, atualmente, apenas três são
utilizadas, sendo elas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Essas escalas utilizam como padrão os pontos de
fusão e ebulição da água.
Como essas escalas são utilizadas em lugares diferentes, é importante saber a forma de converter
uma em outra. Para isso, basta utilizar a seguinte relação:

A) A conversão de Celsius em Fahrenheit / Fahrenheit em Celsius

𝑻𝑪 𝑻𝑭 − 𝟑𝟐
=
𝟓 𝟗
Tc = Temperatura em graus Celsius
Tf = Temperatura em graus Fahrenheit

36
B) Conversão Celsius em Kelvin/ Kelvin em Celsius

𝑇𝑘 = 𝑇𝑐 + 273
Tc= Temperatura Celsius
Tk = Temperatura em Kelvin

Conclusão: Desenvolvendo os cálculos por meio da aplicação da equação, os estudantes encontrarão o


valor de 88º F convertido em Celsius. O valor encontrado será de, aproximadamente, 31ºC, o que
condiz com a temperatura de verão no Brasil e nunca atingida na cidade onde Joe mora.
Apresente para a turma uma lista de problemas contextualizados para que ao resolvê-los, consigam
compreender como se faz a conversão das escalas e a importância desse conhecimento.
Eles encontrarão também algumas atividades no caderno MAPA do Estudante 2024.

▪ Sugestão de leitura:
A sugestão de tema a seguir envolve o conceito e uma aplicação tecnológica da temperatura.

Criogenia
A criogenia estuda tecnologias que permitem a geração de temperaturas muito baixas e o
comportamento dos materiais submetidos a essas temperaturas.
De acordo com o Laboratório de Criogenia do Departamento de Física da Unesp, “a criogenia é um
ramo da Físico-Química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas e o
comportamento de materiais abaixo de -150 °C (123 K), principalmente até a temperatura de ebulição
do nitrogênio líquido ou ainda temperaturas mais baixas”.

Aplicações da criogenia
A criogenia apresenta uma série de aplicações, sendo utilizada na indústria e até mesmo na Medicina.
No que diz respeito à indústria, a criogenia é usada para submeter certos materiais a temperaturas
extremamente baixas, fazendo com que se tornem supercondutores. Supercondutores são capazes de
conduzir corrente elétrica sem resistências.
Na Medicina, a criogenia é utilizada, por exemplo, na preservação de gametas e embriões, os quais
podem ser utilizados anos depois. A criogenia pode ser utilizada também em células-tronco do sangue
do cordão umbilical, tornando possível a utilização dessas células para tratamentos de doenças como
linfomas e aplasia de medula.
Além do congelamento de óvulos, embriões e células-tronco, a criogenia pode ser usada no
congelamento de alimentos e na preservação de sêmen de gado. No que diz respeito ao uso na
indústria alimentícia, devemos destacar que o rápido resfriamento de alimentos evita a proliferação de
micro-organismos e também propicia uma menor formação de cristais de água no produto, garantindo
maior qualidade e manutenção das propriedades dos alimentos."
Fonte: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Criogenia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm.

PARA SABER MAIS:

 Laboratório de vácuo e criogenia do Instituto de Física Gleb Wataghin, da Unicamp.


Disponível em: https://sites.ifi.unicamp.br/labvacrio/criogenia/
 Criogenia.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm.

37
3º MOMENTO: INVESTIGAÇÃO - INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA

Organização da turma Em grupos de 4 estudantes

Recursos e providências Termômetros diversos: de álcool, digital, de infravermelho

A habilidade em foco neste momento é a (EM13CNT301), construir questões, elaborar hipóteses,


previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar
conclusões no enfrentamento de situações problema sob uma perspectiva científica.

• Investigação: Como funcionam os termômetros?

Professor(a), é importante que os estudantes tenham o conhecimento de como os termômetros


funcionam e nessa abordagem podem se destacar algumas propriedades dos materiais e a aplicação dos
circuitos elétricos no funcionamento dos termômetros digitais, ainda que de maneira mais conceitual,
sem o aprofundamento teórico. Pois essas habilidades serão desenvolvidas mais adiante.
Professor(a), leve os estudantes a conhecerem alguns tipos de termômetros, suas propriedades e como
utilizá-los. Dessa maneira, você estará estimulando-os à curiosidade para aprender, que é uma
competência essencial para a aprendizagem em ciências.
Uma sugestão de atividade prática para esse desenvolvimento seria levar para a sala de aula os
termômetros de álcool, o digital e o de infravermelho.

Após explicar sobre o modo de leitura de cada tipo de termômetro e sob sua supervisão, os
estudantes, em grupos, fazem medições de temperaturas:

● Do corpo humano: com os três tipos de termômetro;


● de uma amostra de gelo: com o termômetro de álcool (de laboratório);
● de uma amostra de água quente: com o termômetro de laboratório e de infravermelho, etc.

Cada medição, com o termômetro adequado. Assim, eles aprenderão a manusear corretamente cada
tipo de termômetro e compreenderão os modos de fazer medições, além de vivenciarem, na prática,
as medições de diferentes valores de temperatura.
Peça-os sempre que realizem, em seus cadernos, os registros das atividades.

Sugestão de atividade para aprofundamento:


Pesquisa: Como forma de desenvolver essa habilidade, demande aos estudantes uma pesquisa, que
poderá ser realizada extraclasse, utilizando fontes confiáveis da internet. A sugestão é que eles façam
leituras e procurem saber como cada tipo de termômetro consegue aferir a temperatura dos corpos.
As perguntas que os guiarão nesta pesquisa podem ser, por exemplo:
A) Como funciona o termômetro de laboratório? (de álcool)
B) Como funciona o termômetro clínico digital?
C) Como funciona o termômetro de infravermelho?
Para realizar essa atividade de pesquisa os estudantes deverão elaborar respostas completas para
essas perguntas, tendo como base as leituras de textos científicos.

38
Sugestão de vídeo sobre o assunto:

 Termômetros como funcionam


Disponível https://drive.google.com/file/d/1_DqQbB9wZ2tKrJZhwjMfmfB_FpHJ9jbK/view.

Vídeo aula do programa “Se liga na Educação.” Nessa aula, a professora faz uma demonstração de
como utilizar corretamente os termômetros e como eles funcionam.
A seguir, apresentamos uma sugestão de atividade prática que você pode levar para a sala de aula e
demonstrar para seus estudantes ou solicitar que eles mesmos a desenvolvam.

Atividade prática: Construir um termômetro de álcool.

Materiais:
− Frasco de vidro com tampa bem vedada.
− Um canudinho de plástico fino (Tubo de caneta pode ser usado).
− Uma placa e plástico mais rígido onde será marcada a escala (pode ser uma régua branca
de
− plástico).
− Álcool comum em quantidade suficiente para encher o frasco totalmente.
− Corante.

Procedimentos:
1. Misture um pouco de corante ao álcool e encha completamente o frasco.
2. Fazer um buraquinho na tampa o suficiente para passar o canudinho, sem que haja
vazamento (OBS: quanto mais rígido for o canudinho, melhor será a sua vedação junto a
tampa do frasco).
3. Para graduar o termômetro é necessário definir aleatoriamente dois pontos conhecidos e
atribuir a eles dois valores de temperatura. Dividir o intervalo em valores a sua escolha
que permitam a leitura.

4º MOMENTO: CONCLUSÃO DO CONCEITO DE TEMPERATURA

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia.

Desenvolvendo a habilidade EM13CNT101: conceito de temperatura


Professor(a), para abordar o conceito de temperatura, sugerimos recorrer ao “modelo de partículas”,
pois definimos a temperatura como sendo o grau de agitação das “partículas” que constituem o corpo, e
nesse caso, consideramos os átomos ou moléculas como sendo essas partículas (a melhor definição é:
menores estruturas da matéria) que estão em constante vibração, agitação. Quanto maior essa
agitação, maior a temperatura. Procure mostrar aos estudantes que essa agitação está associada a uma
energia: energia térmica.
Uma atividade que proporcionará a visualização dessa estrutura interna dos corpos e sua vibração
associada à temperatura, é uma simulação encontrada no simulador virtual Phet:

39
 PhET.
Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter-basics/latest/states-of-
matter-basics_all.html?locale=pt_BR.

Com essa simulação é possível mostrar que o aumento da energia (por meio do aquecimento) produz
aumento da agitação e também o aumento da temperatura. Da mesma forma, a diminuição da energia
(resfriamento) produz diminuição da temperatura.
Explique a escala absoluta e a condição da temperatura zero absoluto, cujo grau de agitação seria nulo.

5º MOMENTO: O CONCEITO DE CALOR E O EQUILÍBRIO TÉRMICO

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

Desenvolvendo as habilidades EM13CNT101 e EM13CNT301


Professor(a), a habilidade EM13CNT101 sugere analisar e representar as transformações em sistemas
que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus
comportamentos em situações cotidianas.
Para definir o conceito de calor, represente o modelo de partículas como um sistema que envolve
quantidade de energia térmica, que está relacionada à energia de vibração (ou translação) dessas
partículas e, assim, analisar as transformações que ocorrem devido à propagação dessa energia (fluxo
de calor) através da própria propagação das vibrações. Essas transformações consistem no aumento ou
diminuição do grau de agitação das partículas e, portanto, no aumento ou diminuição da temperatura do
sistema, dependendo se o sistema está absorvendo ou cedendo energia térmica.
Assim, chega-se ao conceito de energia térmica em trânsito, ou seja, o calor como uma forma de
energia que é transferida. É importante ressaltar o fato de que o calor flui espontaneamente de um
corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura.
Para melhor compreensão do conceito de calor, recorra a simulações virtuais educacionais. Desse modo,
a visualização do modelo pode ser melhor explorada e estará de acordo com a habilidade
EM13CNT301 que desenvolve a capacidade de representar e interpretar modelos explicativos.
Na simulação a seguir, demonstre a energia térmica transferida do fogo para as substâncias disponíveis
e delas para o ar. Acione o símbolo de energia.
Imagem 1: Formas de energia Professor(a), nessa simulação, os estudantes poderão
visualizar a transferência de energia térmica, o calor, em
situações de aquecimento e de resfriamento de diversas
substâncias, bem como a variação da temperatura
decorrente dessas transferências.
 Formas de Energia e Transformações.
Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-forms-
Fonte: (Phet Interactive Simulations, 2023) and-changes/latest/energy-forms-and-
changes_all.html?locale=pt_BR.

40
Equilíbrio térmico
Partindo da concepção de que o calor flui espontaneamente de um corpo de maior temperatura
(quente) para outro de menor temperatura (frio), chegaremos à condição de equilíbrio térmico e, aqui, é
preciso ressaltar que o fluxo de calor cessa-se quando os corpos atingem a mesma temperatura.
Professor(a), cite exemplos do cotidiano em que se verifica a condição de equilíbrio térmico. Os
estudantes identificarão essas ocorrências nas suas vivências.
Sugestão: uma colher de metal, em contato com um alimento quente, atinge a mesma temperatura
do alimento. Por isso é muito comum as pessoas queimarem a mão ao tocarem na colher.
Professor(a), aborde a lei zero da termodinâmica e cite outros exemplos para ilustrá-la.

Termodinâmica
A termodinâmica é o ramo da Física que estuda as transferências de energia entre sistemas, quando
essa energia é em forma de calor ou trabalho.
As leis da termodinâmica estabelecem como ocorrem as trocas de energia e consideram os estados
macroscópicos da matéria.

Lei zero da Termodinâmica


A Lei zero da termodinâmica diz que:
"Se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão em equilíbrio térmico entre
si."

Sugestão de vídeos:
O vídeo a seguir está disponível no Youtube e poderá ser indicado como forma de enriquecer a aula.
 Transferência de calor e equilíbrio térmico.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YP8_Cmkqg48.

Importante: Professor, convidamos você para conhecer o programa Se Liga na Educação:

Se Liga na Educação
▪ O canal do Youtube da TV Rede Minas oferece aulas produzidas e gravadas pelos nossos
professores.

E ainda oferece conteúdos como:

▪ "Se Liga Rapidin" - são conteúdos, ou seja, cortes das aulas baseados em nichos de temas e nas
editorias “Você sabia?”, “O que é?”, “Como fazer?” e “Resolvendo problemas”. Exibido no canal
do Youtube todas as quartas-feiras.

▪ "Minuto Se liga" - trata-se de pílulas de conhecimentos e curiosidades para diferentes públicos


que vão ao ar nos intervalos da programação da TV, além das mídias sociais da Rede Minas.
Com linguagem rápida e concisa, os conteúdos são informativos e diversificados: datas
comemorativas, dicas de ENEM, fatos curiosos, variedades, informações, macetes de
matemática, dentre outros.

41
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Processos de (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e


transmissão de calor. de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento
para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas
e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o
uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as
suas formas.
(EM13CNT307X) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas,
arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor soluções seguras e
sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O calor é energia térmica em trânsito.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), no estudo da termodinâmica, o enunciado de Clausius diz que “o calor não pode fluir, de
forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta”,
assim como a lei zero, tratam do fluxo de calor.
Como já definimos, o calor é energia térmica em trânsito e, a partir daqui, apresente aos estudantes
como ocorrem os fluxos de calor através de um corpo e de um corpo para outro. Ou seja, os processos
que compreendem as transmissões do calor, as propriedades dos materiais envolvidas e as aplicações
abrangentes.
Professor(a), por se tratar da aprendizagem de conceitos abstratos como o de energia e calor, dê
especial atenção às concepções espontâneas dos estudantes e às limitações de senso comum. Procure
permear esse estudo com exemplos, demonstrações, experimentos e tenha o cuidado para que eles não
confundam calor com os conceitos de temperatura e de energia interna.

B) DESENVOLVIMENTO

Desenvolvendo as habilidades EM13CNT101 e EM13CNT307X no estudo dos processos de


transmissão de calor:

As habilidades em foco agora, sugerem que os estudantes sejam capazes de:

42
▪ Analisar quais são as condições para que ocorra a transferência do calor, as variáveis envolvidas
no processo, os efeitos desse fenômeno na matéria, no meio ambiente, na natureza em geral.
▪ Representar o fenômeno por meio de modelos científicos.
▪ Identificar o fenômeno em situações cotidianas, bem como conhecer as aplicabilidades no dia a
dia e nas tecnologias existentes.

1º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco, pincéis para quadro branco ou projetor multimídia ou


Recursos e providências xícara de café com café ou chá ou água quente, lata de suco gelada
ou copo com água gelada.

Para introdução do tema transferência de calor, comece fazendo algumas perguntas que instiguem a
curiosidade dos estudantes.
Nas aulas anteriores, falou-se sobre o fluxo de calor. Mas, é preciso estar atento, pois muitos estudantes
entendem o calor como uma substância fluida que passa de um corpo para outro. Ainda que o conceito
de energia seja um dos mais importantes para a ciência de modo geral, ele é muito abstrato.
Portanto, agora é o momento de os estudantes serem despertados para a curiosidade de aprender como
ocorre o fluxo (através de um mesmo corpo) e a transferência (fluxo entre corpos diferentes) de energia
térmica: de que maneira? Qual ou quais são os processos e o que predispõe o fluxo da energia térmica?

Situação:

➢ Uma xícara de café quente é deixada sobre a mesa em uma sala. Com o passar do tempo, o
café
inevitavelmente irá esfriar; por outro lado, uma latinha de alumínio, contendo suco gelado, deixada
sobre a mesma mesa, com o transcorrer do tempo vai se aquecer.
Para ilustrar essa situação, você pode recorrer ao uso de imagens ou, se preferir, leve esses materiais
para sua sala de aula e os coloque sobre uma mesa. Mas, se não for possível projetar as imagens ou
levar os materiais, utilize o quadro branco e escreva e ilustre a situação descrita acima.
Em seguida, exponha as seguintes perguntas sobre essa situação:

➢ Por que o café esfria e o suco esquenta?


➢ Se forem deixados sobre essa mesa no mesmo instante, ambos atingirão a mesma
temperatura, com o passar do tempo?
➢ Será que ambos alcançarão a temperatura final em um mesmo intervalo, ou seja, ao
mesmo tempo?
Deixe que os estudantes levantem hipóteses e procurem elaborar suas respostas, com base nas
habilidades já desenvolvidas nos conceitos de calor e equilíbrio térmico. Peça a eles que registrem no
caderno essa atividade. Os registros são úteis para o resgate de memórias.

43
2º MOMENTO: FORMALIZAÇÃO TEÓRICA

Organização da turma Separe os estudantes em grupos

Utilize o laboratório, mas se não for possível, forme diferentes bancadas


Recursos e providências dentro da sala de aula juntando as mesas.
Três bacias (recipientes) para cada bancada; ebulidor; água.

Os processos de transferência do calor:


Professor(a), com relação aos processos de transferência de calor, sugerimos que você priorize uma
abordagem com exemplos do cotidiano e aplicabilidades tecnológicas.

Retomada do conceito de calor:


“Na Física, o termo calor sempre se refere a uma transferência de energia de um corpo ou sistema para
outro, em virtude de uma diferença de temperatura existente entre eles, nunca indica a quantidade de
energia contida em um sistema particular. Podemos alterar a temperatura de um corpo fornecendo ou
retirando calor dele, ou retirando ou fornecendo outras formas de energia [...]” (YOUNG e FREEDMAN,
2008, p.190).
Para o enriquecimento de suas explicações sobre o tema, apresentamos sugestões de simulações,
experimentos simples e vídeos:
A) Condução térmica:
Simulador Vascak: Essa simulação mostra a transferência de calor por condução térmica. Você
poderá explorar as propriedades dos materiais como o calor específico e a condutividade térmica,
pois mostra a condução em dois metais diferentes.
Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mf_vedeni_energie&l=pt.
B) Convecção térmica:
Experimento simples para demonstração da convecção térmica: uma sugestão de demonstração
da transferência de calor por convecção que utiliza materiais de baixo custo como um copo de
vidro transparente, uma vela e um pouco de leite. Nela, é possível visualizar as correntes de
convecção e explorar as propriedades dos materiais como a densidade, bem como abordar,
superficialmente, a variação da densidade em função da variação da temperatura.
Disponível em:
https://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/fte06.htm#:~:text=Acenda%20a%20vela%20e
%20a,aquece%20e%20veja%20o%20resultado.

 Simulador Vascak para demonstração da transferência de calor por convecção.


Disponível
em:https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mf_proudeni_energie&
l=pt.

Vídeo aula do Programa Se Liga na Educação. Nessa aula, a professora realizou simulações e alguns
experimentos para demonstrar a transferência de calor por condução e convecção em materiais
diferentes.
 Transferência de calor.
Acessível em: https://drive.google.com/file/d/1HEgxYnYkqzxBaEHElA0mPrTaNkIJAaBV/view.

44
C) Radiação térmica:
A radiação térmica pode ser facilmente percebida quando aproximamos as mãos da chama de
uma vela, por exemplo.
Atenção: para experimentos que utilizam fogo, fósforos e chamas de vela ou lamparinas, nunca
deixe que os estudantes os realizem sem a sua supervisão.

Sugestão de experimento:
Professor(a), realize esse experimento com seus estudantes. Esta atividade prática os permitirá vivenciar
a transferência de calor e desenvolver as habilidades que implicam o reconhecimento do fenômeno no
cotidiano, como sugerem as habilidades em foco desse objeto de conhecimento.

Atividade experimental: “Sentindo na pele” a transferência de calor


Professor(a), até então, já foram desenvolvidas as habilidades que permitiram os estudantes a
compreenderem que o calor é uma forma de energia que passa de um corpo para outro, devido à
diferença de temperatura entre eles. Essa atividade os permitirá compreender melhor a diferença
entre calor e temperatura.

➢ 1ª - Parte:
− Coloque água em três recipientes diferentes: no 1º água gelada, no 2º água morna (entre 40
o
C e 45 oC) e no 3º, água à temperatura ambiente.

➢ 2ª - Parte:
− Os estudantes são convidados a colocar suas duas mãos nos recipientes: uma no recipiente
com água morna (entre 40 ºC e 45 ºC) e a outra no recipiente com água fria. Assim que se
acostumarem com as temperaturas, eles são novamente convidados a colocar ambas as mãos
no outro recipiente contendo água à temperatura ambiente.
− Peça que eles descrevam as impressões que suas mãos direita e esquerda tiveram ao serem
mergulhadas na água à temperatura ambiente.
− Incentive os estudantes a levantarem as hipóteses que os orientarão na elaboração de
questões para a justificativa acerca das sensações térmicas vivenciadas. O esperado é que
eles consigam reconhecer a situação em que houve liberação de calor e a situação em que
houve absorção de calor.

3º MOMENTO: A EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA

Organização da turma Divida os estudantes em grupos de no máximo 4 pessoas

Recursos e providências Folha impressa com lista de questões sobre a equação da calorimetria

Professor(a), é importante que os estudantes compreendam que a transferência de calor ocorre de


acordo com uma relação matemática entre as grandezas envolvidas no processo:

A equação fundamental da calorimetria


A equação fundamental da calorimetria define a quantidade de calor Q que um corpo de massa m e
calor específico c absorve ou libera para variar sua temperatura em certo valor ΔT. Essas grandezas
se relacionam de acordo com a seguinte expressão: Q = m.c.ΔT.

45
O calor específico e a capacidade térmica
Nesse tópico, enfatize que o calor específico é uma propriedade dos materiais, enquanto a capacidade
térmica é uma propriedade dos corpos.
● Atividades para fixação da equação fundamental da calorimetria.
Professor(a), para esse tópico, sugerimos uma atividade com resolução de exercícios de fixação para
que o estudante consiga compreender as relações entre as grandezas envolvidas no cálculo do calor
transferido Q.

Desenvolvendo a habilidade EM13CNT101:


Essa é uma sugestão de atividade que utiliza a aprendizagem em grupo.

Elabore uma lista com um número de questões suficientes para serem resolvidas em uma
aula. É recomendável que as questões a serem resolvidas por eles, em grupo, envolvam o
desenvolvimento de cálculos conforme a equação, mas que não deixem de ser
contextualizadas, com aplicações do cotidiano e processos tecnológicos. Assim, se possibilita
o desenvolvimento da habilidade em foco, a qual sugere que o estudante seja capaz de
analisar as transformações que ocorrem em sistemas que envolvam quantidade de energia.
Nesse caso, trata-se da quantidade de energia térmica, a sua transferência e as
transformações a nível de energia interna e variação de temperatura.
Distribua para cada grupo a lista de exercícios.
Deixe que os estudantes interajam entre eles, que consultem as suas próprias anotações,
elaborem suas questões, pois para que cheguem a uma aprendizagem mais significativa, o
estudante deve protagonizar seu próprio conhecimento enquanto você, professor(a), atua
como o mediador(a) dessa aprendizagem.

4º MOMENTO: INVESTIGAÇÃO

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

Uma proposta de investigação em calorimetria:


O trabalho desenvolvido por três professores em uma escola de ensino médio do Rio de Janeiro, cujo
título é “Aquecimento e resfriamento da água aproximados à forma real”, traz uma proposta de
investigação em calorimetria a ser realizada com base em observações, em sala de aula, sobre o uso de
um ebulidor para aquecimento da água.
“O objetivo deste trabalho é mostrar que quando não fazemos muitas simplificações em uma
demonstração experimental de calorimetria, podemos levantar, em sala de aula, questões interessantes.
Se aquecermos, com um ebulidor de imersão, uma porção não muito grande de água, observaremos
que a temperatura da água continuará aumentando mesmo depois do desligamento da fonte térmica.
Se desligamos o ebulidor, que é a fonte de energia térmica deste sistema, como pode a temperatura da
água continuar subindo? “

46
Saiba mais sobre essa proposta de investigação.
 Aquecimento e resfriamento da água, aproximados à forma real.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-
7941.2016v33n1p306.

5º MOMENTO: APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS DA CALORIMETRIA

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

Professor(a), trazemos agora para o foco a habilidade (EM13CNT307X), a qual propõe que os
estudantes sejam capazes de analisar as propriedades dos materiais para avaliar a adequação de seu
uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas, arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou
propor soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.
Um dos exemplos práticos de aplicação da calorimetria é o uso de painéis coletores solares para o
aquecimento da água em residências, hotéis, hospitais, etc. Mostre para os estudantes como funciona o
coletor solar de tubos a vácuo e o coletor solar plano. Utilize imagens projetadas, gráficos e tabelas com
valores comparativos.
Por exemplo:
Imagem 2: Coletor solar plano Imagem 3: Coletor solar de tubos à vácuo

Fonte: (Mundo Educação, 2018) Fonte: (Wikipédia, 2023)

Discuta com eles as diferenças em termos de vantagens e as limitações possíveis de cada um desses
tipos de equipamento.

Para saber mais, sobre os processos de transferências de calor nos coletores solares, acesse o artigo:

 Estudo comparativo da utilização de coletores solares planos e tubulares para aquecimento de


água.
Disponível em: https://rbens.emnuvens.com.br/rbens/article/view/100/100.

47
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 01 - Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos
produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e/ou global.
Competência Específica 02 - Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03 - Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Dilatação térmica dos sólidos (EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
e líquidos (linear, superficial e contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
volumétrica). elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
Dilatação anômala da água. códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
Calores específico e latente.
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
Mudança de estados físicos. temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e
ambiental.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o
uso de equipamentos e recursos, bem como comportamentos de
segurança, visando à integridade física, individual e coletiva, e
socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos digitais
que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos, conhecer
as normas de segurança, o tratamento de resíduos e reconhecer os
equipamentos de proteção individual e coletivo, inclusive a tecnologia
aplicada nos mesmos.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais,
cotidianas, arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor
soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e
cotidiano.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e
ambiental.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais,
cotidianas, arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor
soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e
cotidiano.

48
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre
atividades experimentais, fenômenos naturais e processos
tecnológicos, com base nas noções de probabilidade e incerteza,
reconhecendo os limites explicativos das ciências.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais,
cotidianas, arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor
soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e
cotidiano.
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de
dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as transformações e
conservações em sistemas que envolvam quantidade de matéria, de
energia e de movimento para realizar previsões sobre seus
comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos
que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos
recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.
(EM13CNT102XB) Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou
construir protótipos de sistemas térmicos que visem à
sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos das
variáveis termodinâmicas sobre seu funcionamento, considerando
também o uso de tecnologias digitais que auxiliem no cálculo de
estimativas e no apoio à construção dos protótipos.
(EM13CNT203X) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos
ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano,
com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da
matéria e nas transformações e transferências de energia, utilizando
representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de
dispositivos e aplicativos digitais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O calor e a sua interação com a matéria
A) APRESENTAÇÃO
Um dos eixos temáticos do Currículo Referência de Minas Gerais, envolve a interação entre a matéria e a
energia. A partir de agora, serão analisados os efeitos da interação entre a energia térmica e a matéria,
em decorrência dos fenômenos tais como: a dilatação térmica e as mudanças de estados físicos, que
ocorrem a nível da estrutura interna dos materiais. Os estudantes deverão compreender como a energia
térmica interfere no arranjo dos átomos e moléculas das substâncias.
Professor(a), procure sempre trazer exemplos de aplicações práticas e situações contextualizadas para
que os estudantes sejam capazes de identificá-las, analisá-las e fazer avaliações sobre os riscos
envolvidos nas atividades cotidianas.
• Dilatação térmica

1º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

49
Desenvolvendo a habilidade (EM13CNT302)
O objeto de conhecimento em questão permitirá ao estudante compreender o fenômeno da dilatação
por meio da análise de resultados experimentais e interpretação das equações que relacionam as
grandezas envolvidas. Mas, é importante que ele consiga associá-lo a aplicações tecnológicas,
reconhecendo sua relevância para tratamento de questões ambientais.
Para enriquecimento da aula, listamos abaixo algumas sugestões de vídeos e simulações virtuais:

Dilatação linear:
Nessa simulação, haverá o aquecimento de dois tubos de materiais diferentes. Será possível perceber
que as dilatações desses tubos não serão iguais.
 Dilatação térmica.
Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?f=mf_roztaznost1&l=pt.

Na simulação a seguir, acionando o botão amarelo, a chama de uma lamparina aquecerá uma lâmina
bimetálica. Será possível perceber a curvatura do bimetal.

 Bimetal.
Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?f=mf_bimetal&l=pt.

Vídeo aula do Programa Se Liga na Educação:

 Dilatação térmica.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1Xyv7xg8sh-ut7jjO6Ob8OPcqYTOVOWET/view.

Sugestão de experimento:
Um experimento bem simples de ser montado é o aro e a bolinha.
▪ Utilize para montar o experimento 50 cm de fio de cobre maciço 12 mm e desencapado; uma
esfera de aço (quanto maior melhor), um maçarico (chama) e um alicate.
▪ Molde, na extremidade do fio, um aro, de tal forma que a esfera passe por ele bem justa, esse
molde pode ser feito utilizando a esfera como gabarito.
▪ Depois de feito o aro, mostre aos estudantes que a esfera passa por ele tranquilamente. Veja a
figura a seguir:
Imagem 1: Aro e esfera

Fonte: (Mundo Educação, 2020)

Agora, acenda a chama do maçarico e aqueça a esfera por, aproximadamente, três minutos, segurando-
a com o alicate.

50
Imagem 2: Esfera sendo aquecida pela chama do maçarico

Fonte: (Mundo Educação, 2020)

Tente passar novamente a bolinha pelo aro feito com o fio de cobre e mostre aos alunos que a bolinha
não passará em razão da dilatação sofrida por ela.

Desenvolvendo as habilidades EM13CNT306X e EM13CNT307: os coeficientes de dilatação


Professor(a), no tratamento das dilatações, para que o estudante consiga avaliar os riscos envolvidos
em atividades cotidianas, na construção civil, em meios de transporte e locomoção, dentre outros
exemplos de aplicação do objeto de conhecimento, o conceito de coeficiente de dilatação linear é
fundamental para a compreensão da propriedade dos materiais que determinará o uso de recursos
adequados e comportamentos de segurança em atividades humanas, visando a integridade física,
individual e coletiva e socioambiental. Como exemplo, nas construções de pontes, prédios, ferrovias, as
vigas de dilatação têm papel fundamental na segurança coletiva, bem como a aplicação dos materiais
mais adequados.
O estudante deverá reconhecer que cada material possui seu coeficiente de dilatação linear específico.
Sendo assim, deverá também, reconhecer que essa grandeza é uma propriedade característica de cada
material existente na natureza, bem como saber analisá-las para avaliar a adequação de seu uso e
aplicabilidades.

2º MOMENTO: FORMALIZAÇÃO TEÓRICA

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

Procure levar os estudantes a compreenderem que a dilatação térmica é um fenômeno em que ocorre a
expansão da matéria de acordo com a variação da temperatura e o coeficiente de dilatação. Isso
acontece em gases, líquidos e sólidos. Mas, esse fenômeno ocorre obedecendo uma lei matemática
expressa por uma relação de proporcionalidade. Apresente aos estudantes a equação da dilatação
linear, dilatação superficial e volumétrica, bem como seus respectivos coeficientes de dilatação (𝛼, 𝛽, 𝛾).
Tenha o cuidado para que eles saibam diferenciar 𝛥𝑙, 𝛥𝐴, 𝛥𝑉 de L0,( comprimento inicial), L(
comprimento final), A0 (área inicial), A ( área final) e V0 (volume inicial) e V (volume final).

51
Dilatação Linear
Num sólido, de comprimento inicial L0 , a variação ΔL ocorrerá devido ao aumento de temperatura e
é proporcional a L0. Essa variação do comprimento também é proporcional à variação de
temperatura ΔT. Logo, a proporcionalidade entre essas variáveis fica:
𝛥L = Lo .𝛼. 𝛥𝑇
O coeficiente de dilatação linear compreende precisamente como a constante de proporcionalidade
entre as grandezas que estão relacionadas. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações
que 𝛼 pode ter com a temperatura.

Dilatação superficial
a variação ΔA ocorrerá devido ao aumento de temperatura e é proporcional a A0. Essa variação da
área da superfície de um sólido também é proporcional à variação de temperatura ΔT. Logo, a
proporcionalidade entre essas variáveis fica:
𝛥A= Ao . 𝛽. 𝛥𝑇
O coeficiente de dilatação superficial compreende precisamente como a constante de
proporcionalidade entre as grandezas que estão relacionadas e corresponde a duas vezes o valor do
coeficiente de dilatação linear 𝛼. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações que 𝛼 pode
ter com a temperatura.

Dilatação volumétrica
A variação ΔV ocorrerá devido ao aumento de temperatura e é proporcional a V0. Essa variação do
volume área de um sólido também é proporcional à variação de temperatura ΔT. Logo, a
proporcionalidade entre essas variáveis fica:
𝛥V= Vo . 𝛾. 𝛥𝑇
O coeficiente de dilatação volumétrica 𝛾 compreende precisamente como a constante de
proporcionalidade entre as grandezas que estão relacionadas e corresponde a três vezes o valor do
coeficiente de dilatação linear 𝛼. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações que 𝛼 pode
ter com a temperatura.

3º MOMENTO: PROBLEMATIZAÇÃO

Organização da turma A escolha do professor.

Quadro branco e pincéis ou projetor multimídia, computador com


Recursos e providências
acesso à internet.

Para abordar a dilatação anômala da água, introduza algumas perguntas para instigar a curiosidade dos
estudantes. Por exemplo:
• Na natureza, todos os líquidos tendem a aumentar de volume quando aquecidos?
• Em alguns filmes, documentários ou mesmo desenhos animados é comum vermos imagens de
pessoas pescando em buracos feitos nas camadas de gelo de rios ou lagos. Como isso é
possível?
O objetivo dessa abordagem é possibilitar que os estudantes compreendam que quando a água

52
sofre uma variação de temperatura entre 4 ºC e 0 ºC, há um fenômeno inverso daquele natural
esperado e consigam explicar a dilatação anômala da água utilizando argumentos sobre a sua
organização molecular.

Na sequência, exponha os conceitos de calor sensível e calor latente.

A habilidade EM13CNT307 propõe que os estudantes sejam capazes de fazer análises e, neste caso,
serão analisadas as propriedades dos materiais calor sensível e latente. Para melhor compreensão das
mudanças de estado físicos, recorra à utilização de simuladores virtuais. O simulador Phet, muito
sugerido para o ensino de ciências, traz algumas simulações que ajudarão o estudante a entender o
rearranjo da estrutura interna das substâncias em uma mudança de fase.

4º MOMENTO: ABORDAGEM TEÓRICA - SUGESTÕES DE SIMULAÇÕES VIRTUAIS

Organização da turma A escolha do professor

Recursos e providências Projetor multimídia, computador e acesso à internet.

Para desenvolvimento da habilidade (EM13CNT101), analisar e representar, com ou sem o uso de


dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas que
envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus
comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento
sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas,
discuta com os estudantes as representações das transformações que ocorrem, a nível de estrutura
interna da matéria, numa mudança de fase.
Para alcançar tal objetivo, projete na tela, no quadro branco ou mesmo na parede da sala de aula,
a simulação sugerida a seguir, na qual é possível visualizar os átomos e moléculas de alguns gases
e, também da água, em processos de mudanças de fase. Observa-se o maior ou menor grau de
agitação das suas moléculas, o afastamento ou aproximação entre as mesmas, quando se fornece
ou retira calor, bem como os diagramas de fases.

 Estados da Matéria: Básico.


Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter-basics/latest/states-of-
matter-basics_all.html?locale=pt_BR.

Há outra sugestão de simulação que demonstra o arranjo das moléculas de água nos estados físicos
sólido, líquido e vapor.

 Estados físicos da matéria – água.


Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?f=mf_voda&l=pt.

53
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Frederico B. de. Experimento- Dilatação térmica. Mundo Educação. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/experimentodilatacao-termica.htm Acesso: 18 nov. 2023.
AMARAL, E. M. R. do, & Mortimer, E. F. (2011). Uma proposta de perfil conceitual para o conceito de
calor. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 1(3). Disponível em
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4154 Acesso em 15 dez. 2023.
COLETOR solar de tubos à vácuo. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation,
2023. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_solar. Acesso em: 16 dez. 2023
COLETOR solar plano. In: Mundo Educação. Coletor solar. [S. l.], [2023]. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/coletor-solar.htm Acesso em 16 dez. 2023.
DA ROSA, F. N.; MANEA, T. F.; KRENZINGER, A. Estudo comparativo da utilização de coletores solares
planos e tubulares para aquecimento de água. Revista Brasileira de Energia Solar, [S. l.], v. 4, n. 2,
2016. DOI: 10.59627/rbens.2013v4i2.100. Disponível em:
https://rbens.emnuvens.com.br/rbens/article/view/100. Acesso em: 17 dez. 2023.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Gravitação, Ondas e
Termodinâmica (vol. 2). 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9a. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
LABORATÓRIO de vácuo e criogenia. Criogenia. Instituto de Física Gleb Wataghin, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2023. Disponível em: https://sites.ifi.unicamp.br/labvacrio/criogenia.
Acesso em 12 dez. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AA
ncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2023. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 12 dez.
2023.
OLIVEIRA JR., L. de; JR., . A.BARBOSA. H. Aquecimento e resfriamento da água, aproximados à
forma real. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 306–319, 2016. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2016v33n1p306. Acesso em: 17 dez.
2023.
PHET Interactive Simulations. Estados físicos da matéria. University of Colorado. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter-basics/latest/states-of-matter-
basics_all.html?locale=pt_BR. Acesso em: 03 nov. 2023.
PhET Interactive Simulations. University of Colorado. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt/simulations/filter?subjects=physics. Acesso em 03 nov. 2023.
PHYSICS AT SCHOOL - HTML5, (Physics Animations/Simulations). Disponível
em:https://www.vascak.cz/physicsanimations.php. Acesso em 03 nov. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Criogenia"; Brasil Escola, (S.I),2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm. Acesso em: 02 nov. 2023.

54
SILVA, Maurício Veiga da. Robótica educacional: um recurso para a exploração de conceitos
relacionados à transferência de calor no Ensino Médio. 2017. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ensino
de Ciências Exatas, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 31 jul. 2017. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10737/1718. Acesso em: 16 dez 2023.
TERMÔMETROS: como funcionam? Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação
De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
09_03_23_BL02_EM2_FIS_TERMOMETROS_COMO_FUNCIONAM.mp4. Acesso em: 12 dez. 2023.
TRANSFERÊNCIA calor Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
05_05_22_BL03_EM2_FISI_TRANFERENCIA_DE_CALOR_corri_1.mp4 Google Drive. Acesso em: 12 dez.
2023.
TRANSFERÊNCIA de calor e equilíbrio térmico [S. l.: s. n.], 16 nov. 2021 vídeo (4 min). Publicado pelo
canal Khan Academy. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YP8_Cmkqg48. Acesso em: 12
dez. 2023.
VASCAK, Vladmir. Física na escola. Transferência de energia por condução, 2023. Disponível em:
Transferência de energia por condução Acesso em: 18 dez 2023.
VASCAK, Vladmir. Física na escola. Estados físicos da matéria, 2023. Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?f=mf_voda&l=pt. Acesso em: 18
dez. 2023.
VILANCULO, Jossias Arnaldo. MUTIMUCUIO, Inocente Vasco. SILVA, Carlos Santos. Metodologias
ativas para ensino e aprendizagem da física: Caso de estudo da formulação dos conceitos de calor
e temperatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 09, Vol. 07, pp.
84-107. Setembro de 2020. Acesso em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/calor-e-
temperatura. Acesso em 31 out. 2023.
YOUNG, H.; FREEDMAN I. Física II: Termodinâmica e Ondas. São Paulo: Addison Wesley, 2008.

55
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para
elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências
da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Funções inorgânicas. (EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente,


considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes materiais
e produtos, como também o nível de exposição a eles, posicionando-se
criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas para seus usos e
descartes responsáveis.
(EM13CNT204X) Elaborar explicações, previsões e realizar cálculos a respeito
dos movimentos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no Universo com base
na análise das interações gravitacionais, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.
(EM13CNT306) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas, aplicando
conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de equipamentos
e recursos, bem como comportamentos de segurança, visando à integridade
física, individual e coletiva, e socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos
e aplicativos digitais que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Aprendendo a reconhecer funções inorgânicas e suas propriedades
A) APRESENTAÇÃO:
A química é uma área da ciência que trata do estudo da constituição da matéria, suas propriedades,
transformações e as leis que as regem, portanto é de extrema importância que algumas habilidades
sejam desenvolvidas. Dentre elas, podemos citar a capacidade de avaliar os benefícios e riscos à saúde e
ao ambiente envolvidos em atividades cotidianas, aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza para
justificar o uso de equipamentos e recursos, considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de
diferentes materiais e produtos, bem como o nível de exposição a eles, conforme previsto nas habilidades
EM13CNT104 e EM13CNT306.
56
Dentro deste objeto de conhecimento, essa habilidade refere-se ao conhecimento sobre as funções
inorgânicas que são grupos de substâncias em que se classificam os compostos que não contém
carbono. Estão organizadas em quatro categorias: ácidos, bases, sais e óxidos. Encontram-se presentes
em nosso dia a dia em alimentos, medicamentos, materiais de higiene e limpeza e demais produtos de
utilidades em geral.
Nesse planejamento serão apresentados e explorados os conceitos e aplicações envolvendo as funções
inorgânicas. Para isso, serão desenvolvidas estratégias para aulas de leitura e uso de jogos.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA INORGÂNICA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS

Organização da turma Grupos

Recursos e providências Textos impressos.

Esta fase do planejamento será dedicada à introdução do assunto por meio de textos que apresentam
alguns usos dos compostos inorgânicos no tratamento de algumas doenças. Esses textos devem ser
previamente estudados e no momento da aula, os estudantes terão a oportunidade de discutir os
assuntos por eles abordados e apresentar para toda a turma em formato de vídeos, podcasts, blogs,
storytelling ou outra estratégia que o grupo considere interessante. Sempre que necessário, o docente
poderá ajudar no esclarecimento de alguma dúvida. Abaixo estão listados alguns links com os textos
sugeridos.

 A química inorgânica na terapia do câncer


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a05.pdf
 Contribuições da Química Inorgânica para a Química Medicinal
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a03.pdf
 A química inorgânica no planejamento de fármacos usados no controle da
hipertensão
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a06.pdf
 Suplementação de elementos-traços
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a04.pdf

2º MOMENTO: ADQUIRINDO CONHECIMENTOS

Organização da turma À escolha do professor.

Recursos e providências Livro didático, aulas gravadas.

Esta fase do planejamento é dedicada à abordagem das funções inorgânicas propriamente, ácidos,
bases, óxidos e sais, é o momento do enfoque nas principais características, propriedades e métodos de
reconhecimento, tais como indicadores ácido-base. Isso pode ser feito pela utilização do livro didático
adotado ou de algum outro material que julgar adequado. Para ajudar na memorização dos diversos
tipos de funções inorgânicas o Jogo da Memória Químico será de grande ajuda. Se julgar necessário,
reveja conceitos de reações químicas e propriedades periódicas, previamente estudados. O estudo

57
dessas funções inorgânicas será de grande importância para a compreensão dos próximos objetos de
conhecimento, especialmente no que se refere à Química Ambiental e Eletroquímica.
Como material de apoio, pode ser feita a utilização de vídeo aulas do Se Liga na Educação ofertadas
pela Secretaria de Educação. O QR Code e o link a seguir contém vídeo aulas expositivas sobre os
assuntos discutidos até aqui.
Funções Inorgânicas

Fonte: (FUNÇÕES INORGÂNICAS, 2023)

Uma forma rápida e eficaz de demonstrar o reconhecimento de ácidos e bases é por meio do uso de
indicadores. O vídeo a seguir explica facilmente isso:

 Como funcionam os indicadores ácido - base? - experimento de química!!!


Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=_pz3eJiiMX0&ab_channel=ProfessorBoaro.

Definição e propriedades
Mecanismos de dissociação e ionização

Ácidos e Bases:
Ácidos e bases de Arrhenius, fórmulas, nomenclatura e solubilidade em água
Ácidos e bases importantes: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico, hidróxido de sódio,
hidróxido de cálcio e hidróxido de amônio.

Sais:
Conceitos, fórmulas, nomenclatura, reações de neutralização total e parcial.
Sais importantes: características e obtenção: cloreto de sódio, carbonato de sódio, hipoclorito de
sódio, carbonato de sódio.

Óxidos:
Definição e fórmula geral.
Óxidos básicos, ácidos e anfóteros.
Óxidos importantes: óxido de cálcio e dióxido de carbono.

3º MOMENTO: PRATICANDO O CONHECIMENTO

Organização da turma Atividade em grupos de 2 a 4 estudantes

Recursos e providências Jogo Memória Química – Funções Inorgânicas.

Jogo Memória Química


O jogo Memória Química – Funções Inorgânicas tem como objetivo educativo trabalhar a
nomenclatura de compostos inorgânicos pertencentes às funções ácido, base, sais e óxidos. A atividade

58
segue as regras tradicionais de um jogo de memória, entretanto, em vez do estudante correlacionar
duas imagens iguais, ele deverá fazer a associação da fórmula de uma substância inorgânica (primeira
carta do par) com o seu nome (segunda carta do par).
O jogo Memória Química é composto por 24 cartas (formando 12 pares), um encarte de regras e um
encarte de consulta ao conteúdo. É recomendável no máximo 4 alunos por grupo e, portanto, para uma
turma de 40 alunos é necessária a preparação de 10 conjuntos do jogo. Uma jogada de Memória
Química tem duração, em média, de 15 minutos, o que possibilita durante o tempo de uma aula, jogar
mais de uma partida.

Materiais
− Encarte de regras: O jogo Memória Química – Funções Inorgânicas necessita de um
encarte de regras, que ficará com a equipe.
− Cartas: São apresentadas 24 cartas
− Encarte de consulta ao conteúdo: É apresentado um quadro com informações necessárias
sobre o conteúdo de funções inorgânicas, para que os alunos possam consultar durante a
atividade. Recomendamos um encarte de consulta ao conteúdo para cada conjunto do jogo.

Regras
− As cartas devem ser embaralhadas e dispostas sobre a mesa com a face para baixo, de maneira
que os jogadores não possam visualizar o conteúdo das cartas.
− Deve-se definir a ordem de jogada no “par ou ímpar”. Cada jogador, na sua vez, deverá virar
duas cartas para tentar encontrar o respectivo par. No caso do jogo Memória Química, o par
não é representado por duas cartas iguais, mas sim por uma carta contendo a fórmula química e
a outra carta contendo o nome correto da substância em questão. Caso o jogador consiga
associar ambas as cartas, deve reter o par consigo, jogando novamente até errar. Caso não
encontre o respectivo par, as cartas devem ser mantidas sobre a mesa, com a face para baixo,
na mesma posição, passando a vez para o próximo jogador.
− O jogo termina quando as cartas sobre a mesa terminarem. O vencedor é aquele que conseguir
um maior número de pares.

Cartas

59
60
(Fonte: CALDEIRA, 2023)

61
Encarte de consulta ao conteúdo

Fonte: (CALDEIRA, 2023)

62
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Química Ambiental. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e


de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento
para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas
e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o
uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as
suas formas.
(EM13CNT102XA) Identificar e interpretar sistemas térmicos que visem à
sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos das variáveis
termodinâmicas sobre seu funcionamento.
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente,
considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes
materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles,
posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas
para seus usos e descartes responsáveis.
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades
experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos
das ciências.
(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da
biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e
avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a garantia
da sustentabilidade do planeta.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Química ambiental
A) APRESENTAÇÃO:
Os problemas ambientais têm sido amplamente discutidos nos últimos tempos pelos diversos segmentos
da sociedade. A interferência humana vem causando sérios impactos ao meio ambiente, fazendo com
que a poluição da água, do solo e da atmosfera seja discutida na comunidade acadêmica e na educação
básica.
Dessa forma, a realização de aulas experimentais utilizadas na educação básica, de modo demonstrativo
ou com roteiros preestabelecido pode ser uma estratégia eficiente na contextualização do ensino e no
desenvolvimento de um discente estimulado e preocupado com a sociedade, de forma que o conteúdo
da disciplina seja abordado de modo interdisciplinar, enfatizando os conceitos fundamentais para a
inserção da educação ambiental no cotidiano dos discentes.

63
Considerando esses aspectos e com o objetivo de desenvolver as habilidades esperadas neste objeto de
conhecimento, propõe-se inicialmente a condução de aulas discursivas por meio da leitura de diversos
textos sobre a temática ambiental.
Entre a educação ambiental e a química, existe uma relação intrínseca, visto que, para entender a
problemática ambiental e propor soluções, precisam-se investigar as causas e a química pode ser
utilizada na explicação dos danos provocados ao meio ambiente e nas tentativas de solucioná-los,
considerando o ambiente da sala de aula um espaço favorável a essa conscientização.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do professor.

Recursos e providências Texto impresso ou projetor multimídia

Esta fase do planejamento será dedicada à introdução do assunto por meio de textos que apresentam
alguns temas de importância na discussão dos assuntos ambientais. Esses textos devem ser
previamente estudados e no momento da aula, os estudantes terão a oportunidade de discutir os
assuntos por eles abordados e apresentar para toda a turma em formato de vídeos, podcasts, blogs,
storytelling ou outra estratégia que o grupo considere interessante. Sempre que necessário, o docente
poderá ajudar no esclarecimento de alguma dúvida. Abaixo estão listados alguns links com os textos
sugeridos.

 A evolução da atmosfera terrestre


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/evolucao.pdf
 A química no efeito estufa
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc08/quimsoc.pdf
 As águas do planeta Terra
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf
 Introdução à química ambiental
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/introd.pdf
 Lixo: desafios e compromissos
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/lixo.pdf
 Tratando nossos esgotos: processos que imitam a natureza
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/esgotos.pdf
 Gases ácidos na atmosfera: fontes, transporte, deposição e suas consequências
para o ambiente
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc42_4/12-EEQ-64-19.pdf
 Ciclos Globais de Carbono, Nitrogênio e Enxofre: a importância da química na
atmosfera
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/05/quimica_da_atmosfera.pdf

64
2º MOMENTO: EXPERIMENTANDO A QUÍMICA AMBIENTAL

Organização da turma Grupos de 4 a 6 estudantes.

Os materiais necessários estão detalhados em cada um dos


Recursos e providências
experimentos

Esta fase do planejamento está dedicada à experimentação. Estão propostos quatro experimentos
simples, utilizando materiais de fácil acesso e que abordam os temas água e ar. Ao final de cada
experimento os estudantes são estimulados a discutirem os resultados dos experimentos realizados e
relacioná-los pontualmente aos assuntos mais relevantes dentro de cada um dos temas discutidos.

Experimento 01 - Determinação simples de oxigênio dissolvido em água

 Química nova na escola.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a10.pdf.

A concentração de oxigênio dissolvido em água, conhecida por “COD”, é um parâmetro importante para
se analisar as características químicas e biológicas das águas potáveis e de rios e lagos. O oxigênio
dissolvido (OD) em água pode ter origem tanto na fotossíntese da biota aquática como no processo de
difusão que ocorre na interface ar-água e sua concentração pode variar em função da temperatura,
salinidade e pressão. No geral, a solubilidade dos gases aumenta com o decréscimo de salinidade e
temperatura. Assim, pode-se dizer que águas mais frias retêm mais oxigênio e que a água do mar
contém menos OD que outras águas.
O oxigênio é essencial à vida de vários organismos aquáticos. Alguns desses organismos usam oxigênio
para quebrar moléculas orgânicas de cadeia longa em moléculas ou íons menores e mais simples, como
dióxido de carbono, água, fosfato e nitrato. Nesses processos, o oxigênio é removido do sistema
aquático e pode ser reposto vindo da interface ar-água. O excesso de matéria orgânica nos sistemas
aquáticos pode provocar uma séria diminuição do nível de OD e, consequentemente, a morte de peixes
e outras espécies.
Alguns métodos de determinação do teor de oxigênio no ar têm sido relatados na literatura, inclusive
com a utilização de materiais simples, como a palha-de-aço de uso doméstico. Este método consiste em
utilizar pequenas porções de palha-de-aço de uso doméstico, garrafas PET e diferentes amostras de
água (potável, rios, piscinas etc.).

Materiais e reagentes

• 3 garrafas PET de refrigerante de 2 L • 3 pedaços de lã-de-aço usada em limpeza doméstica


(Bombril® ou Assolan®) • Água de torneira • Papel de filtro (usado para coar café) • Acetona
comercial • Bastão de vidro • Estufa ou forno de fogão doméstico • Balança de supermercado (com
precisão de ±0,01 g)

Procedimentos

Para a execução do experimento, deve-se pesar três pedaços de lã de aço de aproximadamente 1,5 g
cada. Com o auxílio de um bastão de vidro, cada um dos três pedaços já pesados deve ser
introduzido em uma garrafa PET devidamente identificada. Em seguida, abre-se a torneira de onde
será coletada água, de forma que o fluxo de água que saia desta seja bem pequeno. As garrafas

65
devem ser inclinadas (~30°) com relação à torneira. O fluxo de água deve escoar pelas paredes da
garrafa, de forma a evitar uma oxigenação da água nesta etapa. Após a coleta das amostras, as
garrafas devem permanecer abertas por 15 minutos e depois fechadas e observadas por cinco dias.
Passado este tempo, as garrafas devem ser abertas e o sólido marrom avermelhado (ferrugem) nelas
contido deve ser recolhido por filtração. O papel de filtro deve ser previamente seco (110 °C, 1 h),
esfriado à temperatura ambiente e pesado. O sólido deve ser lavado com acetona, a fim de facilitar a
secagem. O sistema (papel + sólido) deve ser seco em estufa (110 °C, 1 h) e depois transferido para
um dessecador. Caso se utilize forno caseiro em substituição à estufa, não use acetona em hipótese
alguma. Determina-se a massa do sólido vermelho formado utilizando balança. O sistema (papel +
ferrugem) à temperatura ambiente deve ser pesado e a massa de ferrugem determinada pela
subtração da massa do papel filtro. Por meio da estequiometria da reação de formação da ferrugem,
é possível calcular a concentração de oxigênio dissolvido na água das garrafas. Os resultados devem
ser expressos nas unidades mg L-1.

Resultados e discussão
A formação de ferrugem ocorre em meio aeróbico e o ferro contido na palha-de-aço pode ser
completamente convertido em óxido de ferro hidratado (chamado de ferrugem). Embora sua fórmula
seja indefinida, pode ser escrita como Fe2O3 .nH2O, onde n depende das condições de formação do
óxido.
Antes das garrafas serem fechadas, a água estava totalmente transparente. Após oito horas, a água
tornou-se amarela, evidenciando que a corrosão tinha se iniciado e o Fe(0) da palha-de-aço estava
sendo oxidado a Fe(II), que difundiu-se na solução. Depois de cinco dias, observou-se a presença de
um sólido marrom avermelhado nas garrafas. A reação global do processo é:

2Fe(s) + 3/2O2 (g) + nH2 O(l) → Fe2 O3.nH2O(s) (Equação 1)

A concentração de oxigênio dissolvido (COD) pode ser determinada através da massa de Fe2O3.nH2O
formada. Supondo-se que as águas de hidratação (nH2O) foram eliminadas no processo de secagem,
realizado em estufa, a 110 °C por 1 h, pode-se calcular a COD a partir da massa de Fe2O3 obtido
usando-se a Equação 1.
2Fe(s) + 3/2O2 (g) → Fe2O3 (s)
(3/2) . 32,00 g — 159,69 g
x — massa de Fe2O3 g

O volume da garrafa PET é 2,10 L. Então, havia essa massa calculada em mg de OD em 2,10 L de
água, finalmente pode-se expressar o resultado como COD em mg L-1.
Com os dados obtidos, sugere-se pesquisar valores considerados normais para os diversos tipos de
cursos d’água e comparar com os resultados encontrados nos experimentos.
Para enriquecer a discussão, fazer uma pesquisa sobre as principais causas de alteração do teor de
oxigênio dissolvido nos cursos d’água.

66
Experimento 2 – Efeito Estufa usando material alternativo

 Química nova na escola.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_2/12-EEQ-167-12.pdf

O tema aquecimento global pode se caracterizar como motivação para a discussão de conceitos que
podem ser apresentados na perspectiva de maior aprofundamento acerca do fenômeno em discussão.
Inclusive as controvérsias acerca do tema devem permear a discussão. No contexto da química, o efeito
estufa é um processo físico-químico complexo, que envolve a absorção de radiações ultravioleta e
visível, com transições eletrônicas e emissão de radiação infravermelha e aumento de energia cinética
(movimento translacional, que provoca aumento de temperatura).
Esse trabalho apresenta uma alternativa de construção de experimento sobre o efeito estufa utilizando
materiais de baixo custo.

Materiais e reagentes

· 2 garrafas de refrigerante (PET) de 250 ml; · 2 garrafas de refrigerante (PET) de 2000 ml; · 1
garrafa pet de 600 ml; · 0,5 metro de mangueira látex; · Cola de silicone; · Dois termômetros com
precisão mínima de 1 ºC (com qualquer faixa de medição que abranja a temperatura do ambiente até
50 ºC, podendo ser a álcool ou digital do tipo espeto); · 200 g de bicarbonato de sódio; · 500 ml de
vinagre; · 1 cronômetro; · 1 ferro de soldar ou qualquer ferramenta para perfurar as garrafas.

Observação: cuidados e riscos

É importante ressaltar que, para perfurar as garrafas, pode ser utilizado um ferro quente (tipo ferro de
soldar) ou qualquer material perfurocortante, mas estes podem machucar o estudante. Para minimizar
o risco, é indispensável que os alunos sejam acompanhados na execução.

Procedimentos para montagem

Numere as garrafas de refrigerante de 250 ml com 1 e 2 e as garrafas de dois litros com 3 e 4. Para
montar os sistemas 1 e 2 (Figura 1), perfure as tampas das garrafas 1, 2, 3 e 4 apenas o suficiente
para a entrada do termômetro e da mangueira de látex (garrafas 1 e 2) e, em seguida, passe cola de
silicone unindo termômetro e as mangueiras às tampas. Assegure que não haja vazamento de gás
(principalmente no sistema 1) e que a cola de silicone ou a tampa da garrafa não atrapalhem a leitura
da temperatura nos termômetros a álcool (caso utilize o termômetro digital do tipo espeto, esse
problema não ocorre). Além disso, o bulbo do termômetro deve ficar interno às garrafas. É necessário
furar as garrafas 2 e 3 e interligá-las com uma mangueira de látex que conduzirá o gás carbônico
produzido pela reação entre o bicarbonato de sódio e o vinagre (conforme Figura 1).

67
Figura 01 – Esquema do experimento

(FONTE: GUIMARÃES e DORN, 2015)

Procedimentos para executar o experimento. Retire o máximo que puder o ar da garrafa 3 (Figura 2).
Coloque 200g de bicarbonato de sódio na garrafa 2 e acrescente vinagre na garrafa 1. Vire a garrafa 1
e pressione lentamente para que o vinagre entre em contato com o bicarbonato de sódio e produza o
gás carbônico. Execute esse procedimento até que a garrafa 3 fique completamente preenchida por
CO2. A garrafa 4 (Figura 3) ficará preenchida com ar atmosférico à pressão ambiente a qual servirá de
parâmetro de comparação da variação de temperatura nos dois sistemas (Figura 3). Observe se a
garrafa 4 está com água líquida no fundo ou com gotas nas paredes. Caso exista, poderá haver um
aumento anômalo da temperatura nesse sistema, pois a água. Coloque o sistema sob a luz do sol e
acione o cronômetro. Uma lâmpada incandescente pode substituir o sol e os melhores resultados são
obtidos com uma potência igual ou superior a 100 W e com mesma distância entre as garrafas 3 e 4
(dispostas entre as garrafas com distância aproximada de 1 cm de cada uma). Faça medidas da
temperatura dos dois sistemas a cada minuto, lance os dados obtidos numa tabela e, em seguida,
num gráfico para comparar a variação de temperatura em cada um dos sistemas. Os mesmos
resultados não podem ser obtidos utilizando lâmpadas fluorescentes, isso porque os picos
característicos do comprimento de onda dessas lâmpadas não coincidem com os comprimentos de
absorção do CO2.

Figura 2: Sistema 1, garrafa amassada Figura 3: Sistema montado

(FONTE: GUIMARÃES e DORN, 2015) (FONTE: GUIMARÃES e DORN, 2015)

68
Resultados e discussão

Os dados coletados pelo professor e estudantes servirão para discutir a retenção de energia solar
pelos gases atmosféricos. Grande parte da radiação emitida pelo sol se encontra na faixa espectral em
torno de 0,5 µm, enquanto a radiação terrestre se concentra na faixa de 10 µm. Por essa razão, a
radiação solar é denominada radiação de ondas curtas (OC), e a radiação terrestre, de ondas longas
(OL). Os gases nitrogênio e oxigênio (presentes na atmosfera) não absorvem a radiação em OL
emitida pela superfície da Terra, ao passo que H2O, CO2, NO2, O3, CH4 e gases da família do CFCs
absorvem uma fração significativa de radiação em OL.

Ao executar o experimento com os estudantes, é importante destacar que os resultados obtidos


podem não ser os esperados. Isso pode conduzir o grupo a pensar que o experimento não deu certo.
Trata-se de um experimento de investigação, portanto, os estudantes podem se deparar com erros
imprevisíveis aos quais o educador deve conduzir para transformá-los numa situação de aprendizagem
significativa. Nessa situação, é fundamental explorar didaticamente a oportunidade, pois um
experimento com resultados não esperados pode ser, muitas vezes, mais construtivo do que quando o
grupo obtém aquilo que é esperado pelo professor. É imprescindível que o docente discuta os
resultados (posteriormente) sob a ótica da teoria do efeito estufa e incentive os estudantes a lançar
suas hipóteses e testar suas próprias interpretações.

Experimento 3 – Uma Proposta de Aula Experimental de Química para o Ensino Básico


Utilizando Bioensaios com Grãos de Feijão (Phaseolos vulgaris)

Importante: os experimentos devem ser realizados na presença do professor.

 Química nova na escola.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/13-EEQ-64-14.pdf.

O experimento proposto é um bioensaio utilizando grãos de feijão (Phaseolos vulgaris) como organismo-
teste, e a sugestão é avaliar os efeitos tóxicos causados a estes quando expostos a soluções de
detergente em diferentes concentrações. Dessa forma, utilizar situações para análise dos impactos
ambientais é uma característica da interdisciplinaridade da educação ambiental, contribuindo para o
ensino e despertando nos discentes a consciência da importância da química.
Contaminantes ou poluidores emergentes são substâncias tóxicas cujos resultados ou a presença no
ambiente são ainda pouco conhecidos. Os possíveis contaminantes emergentes abarcam um grande
número de produtos utilizados no cotidiano da sociedade, seja de aplicação doméstica ou industrial.
Estudos recentes apontam preocupação para alguns tipos de contaminantes, tais como: detergentes
perfluorados e produtos farmacêuticos.
Os detergentes domésticos são surfactantes tensoativos, os quais são compostos que apresentam
comportamento anfifílico, isto é, têm duas áreas, hidrofóbica e hidrofílica. A área hidrofóbica é formada
por cadeias alquílicas ou alquilfenílicas, contendo de 10 a 18 átomos de carbono. A parte hidrofílica é
composta por grupos iônicos ou não iônicos ligados à cadeia carbônica. Diante dos problemas
ambientais, os tensoativos aniônicos vêm sendo um componente monitorado, principalmente o
alquilbenzeno sulfonato linear (LAS), devido ao seu elevado consumo mundial. Para analisar os possíveis
danos, são realizados ensaios de toxicidade que são testes laboratoriais que analisam, sob condições
específicas e controladas, os efeitos causados aos organismos-teste por meio da exposição destes às
várias concentrações da substância potencialmente tóxica. Os testes de toxicidade podem ser

69
classificados em dois tipos: agudo ou crônico e fundamentam-se na exposição de organismos-teste, por
certo tempo, a substâncias em diversas concentrações, objetivando analisar as implicações sobre
comportamento, crescimento, bem como mutações ou morte.
O resultado dos ensaios depende da qualidade do organismo-teste, por isso, é indicado selecionar os
mais sensíveis dentro dos grupos de organismos biológicos dentre os quais as plantas têm mostrado
ótimos resultados devido à sua sensibilidade. A utilização dos grãos de feijão fundamenta-se em estudos
que destacam vantagens em utilizar as plantas como organismo-teste para bioensaios como, por
exemplo, a viabilidade econômica, por serem testes de baixo custo; a facilidade de perceber como os
organismos reagem aos efeitos tóxicos; e por apresentarem conexão com os bioensaios que têm
animais como organismo-teste, sendo possível fundamentar os resultados de ensaios com plantas para
outros seres vivos.
O experimento desenvolvido devido à simplicidade na execução torna-se uma ferramenta útil para um
ensino de química interdisciplinar, considerando que a germinação do feijão está presente no cotidiano
do aluno e pode ser estudada correlacionando conceitos da química e da biologia, entre outras áreas do
saber.

Materiais e Reagentes

Detergente comum; recipiente de medida com volume de 500 mL; seringa sem agulha; copos
plásticos descartáveis; garrafas plásticas descartáveis; grãos de feijão (Phaseolos vulgaris); algodão;
água.

Montagem do experimento

Preparar as soluções aquosas por dissolução de detergente comum em água da torneira em cinco
concentrações diferentes: 0,2%, 0,4%, 0,6%, 0,8% e 1,0% (v/v). Transferir o detergente com o
auxílio de uma seringa para um copo de medida e completar com água até o volume necessário à
concentração desejada para solução. Acondicionar as soluções preparadas em temperatura ambiente
em recipientes plásticos (garrafas plásticas descartáveis).
Como solução controle negativo, utilizar água da torneira. Rotular os copos plásticos descartáveis com
a concentração da solução de detergente; colocar um chumaço de algodão comercial em cada copo;
posteriormente umedecer com 3 mL da solução-teste; e semear com um grão de feijão (Phaseolos
vulgaris). Realizar os testes em triplicata para cada concentração da solução-teste e para a solução
controle negativo (água da torneira).
Manter os recipientes com grãos de feijão em local arejado, expostos à luz solar, durante um período
de sete dias. Nesse período, acompanhar o desenvolvimento da germinação dos grãos e, quando
necessário, umedecer o algodão com a solução-teste de forma que esteja sempre úmido e ter cuidado
para não encharcá-lo. Em cada copo plástico descartável utilizado, colocar apenas um grão para evitar
competição entre os grãos, já que o espaço dentro do copo é reduzido.

Resultados e discussão

Nessa etapa do experimento, os estudantes deverão reportar o resultado dos experimentos


comparando com a amostra germinada em água limpa. Observar as características das raízes, caule,
casca em todos os grãos estudados e relacionar os resultados obtidos com as condições de
germinação.

• Como a presença do detergente impacta no desenvolvimento desses seres vivos?

70
• Qual a relação entre a contaminação da água e do solo?
• Quais medidas devem ser tomadas para evitar a contaminação dos cursos d’água?
• Quais são as principais fontes poluidoras no que se refere a sabões e detergentes?
• Quais as responsabilidades individuais, comunitárias e governamentais para diminuir e evitar
que novos cursos sejam contaminados?

Experimento 4 – Aplicação de princípios de Química Verde em experimentos didáticos: um


reagente de baixo custo e ambientalmente seguro para detecção de íons ferro em água

Importante: os experimentos devem ser realizados na presença do professor.

 Química nova na escola.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc43_2/10-EEQ-37-20.pdf .

No Brasil, a população tem vivenciado problemas relacionados à contaminação química e biológica das
águas naturais e de uso humano. Um exemplo foi o ocorrido em janeiro de 2019 ocasião em que
ocorreu a contaminação do rio Paraopeba por rejeitos de mineração devido ao rompimento de uma
barragem no município de Brumadinho-MG.
Tais acontecimentos expõem os desafios que a sociedade e a gestão pública têm que enfrentar para
irem ao encontro do uso sustentável dos mananciais de águas doces, assim como da efetiva
implementação de um sistema de extrativismo mineral seguro para as populações e para a Natureza.
O presente experimento apresenta o percurso experimental para detectar qualitativamente íons Fe+3 em
água.

Figura 4A: lavagem e maceração do sulfato ferroso Figura 4B: oxidação do Fe2+ a Fe3+

71
Figura 4C: hidrólise alcalina do ácido acetilsalicílico

Fig 4D: formação do complexo Ferro-salicilato Fig 4E: formação do complexo Ferro-salicilato

Fonte: (VENTAPANE e SANTOS, 2021)

Materiais e reagentes

● Comprimidos de sulfato ferroso, Papel de filtro (café), comprimidos de aspirina (500mg),


solução de bicarbonato de sódio 1 mol/L, chapa aquecedora, béquer 500 mL

Procedimentos

1. Obtenção da solução de Fe3+

Usar 5 comprimidos comerciais de sulfato ferroso, cerca de 1,6 g. Remover cuidadosamente o corante
vermelho da superfície dos comprimidos em água corrente. Em seguida, macerar os comprimidos e
dissolvê-los em água até o volume de 100 mL. Filtrar a mistura resultante e nomeá-la como solução A.
Para a conversão de Fe+2 em Fe+3, utilizar 10 mL da solução A e foram adicionar 5 mL de água
oxigenada comercial 10 volumes, resultando na solução B. Essa conversão é chamada de reação de
Fenton.

2. Solução de íons salicilato - reagente detector de Fe+3

Dissolver o comprimido de aspirina em um pouco de água e adicionar 20 ml da solução de


bicarbonato de sódio 1 mol/L e levar essa mistura a chapa aquecedora por 10 minutos. Após resfriar,
adicionar água até 500 mL.

72
3. Teste com os íons Fe3+

A reação de complexação entre os íons Fe3+ e os íons salicilato foram testadas adicionando algumas
gotas de solução de íons salicilato à 2 mL de solução aquosa de íons Fe3+.

Resultados e discussão

Após realizados os experimentos, discutir a importância da química no controle de áreas contaminadas


por meio de análises.
Pesquisar as concentrações máximas permitidas de ferro e metais tais como cobre, cádmio, manganês
e zinco na água de rios e lagos.
Pesquisar a importância de íons metálicos tais como ferro, cobre, manganês e zinco na água de rios e
lagos.
Discutir os impactos da alta concentração de íons ferro, cobre, cádmio, manganês e zinco na água,
fora dos limites de concentração máximos permitidos.

Como material de apoio, pode ser feita a utilização de vídeo aulas do Se Liga na Educação ofertadas
pela Secretaria de Educação. O QR Code a seguir contém uma vídeo aula expositiva sobre os assuntos
discutidos até aqui.

Fonte: (QUÍMICA AMBIENTAL, 2023)

73
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais,
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de
diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Eletroquímica. (EM13CNT107X) Realizar previsões qualitativas e quantitativas sobre as


ações de agentes cujos funcionamentos estão relacionados ao
eletromagnetismo (geradores de energia; biogestores; motores elétricos e
seus componentes; bobinas; transformadores; pilhas; baterias; fontes
alternativas de energia; bioeletricidade; dispositivos eletrônicos; etc.), com
base na análise dos processos de transformação e condução de energia
envolvidos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, para
propor ações que visem a sustentabilidade, discutindo acerca dos
subprodutos que a tecnologia gera e propondo ações para minimizar seus
impactos.
(EM13CNT210MG) Reconhecer as leis da natureza, identificar suas
ocorrências, avaliar suas aplicações em processos tecnológicos e elaborar
hipóteses de procedimentos para a exploração do Cosmos e do planeta
Terra.
(EM13CNT308) Investigar e analisar funcionamento de e/ou elétricos de
eletrônicos e sistemas automação para compreender as contemporâneas e
tecnologias avaliar seus impactos sociais, culturais e ambientais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Eletroquímica.
A) APRESENTAÇÃO:
O tópico pilhas faz parte de conteúdo programático das disciplinas de química ministradas nas escolas
do ensino médio. Esse conteúdo é bastante rico e dentro dele podem ser explorados assuntos diversos,
tais como reações químicas, tópicos de química ambiental, química de extração de novos metais e um
assunto bastante discutido na atualidade que é a obtenção de eletricidade a partir de uma reação
química. O desenvolvimento desses assuntos coaduna com as orientações pedagógicas no que diz
respeito ao desenvolvimento das habilidades a serem desenvolvidas no estudo desse objeto de
conhecimento – eletroquímica.
De modo a alcançar os objetivos esperados no processo de desenvolvimento das habilidades, este
planejamento contempla atividades que visam apresentar brevemente a história do desenvolvimento da
tecnologia envolvendo pilhas e obtenção de energia, seguido de um experimento no qual será possível
estudar as clássicas pilhas de Daniell e uma pilha por empilhamento e finalmente uma discussão sobre a

74
importância da procura por materiais mais eficientes para obtenção de energia elétrica por meio de
reações químicas.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: É POSSÍVEL OBTER ELETRICIDADE A PARTIR DE UMA REAÇÃO QUÍMICA?

Organização da turma A escolha do professor.

Recursos e providências Texto impresso ou projetor multimídia.

O objetivo deste primeiro momento do planejamento é obter informações históricas do início da


utilização da eletricidade a partir das reações químicas. Para esse fim sugere-se a leitura dos textos
abaixo descritos.
Esses textos devem ser previamente estudados e no momento da aula, os estudantes terão a
oportunidade de discutir os assuntos por eles abordados e apresentar para toda a turma em formato de
vídeos, podcasts, blogs, storytelling ou outra estratégia que o grupo considere interessante. Sempre que
necessário, o docente poderá ajudar no esclarecimento de alguma dúvida. Abaixo estão listados alguns
links com os textos sugeridos.
Como material de apoio, pode ser feita a utilização de vídeo aulas do Se Liga na Educação ofertadas
pela Secretaria de Educação. O QR Code a seguir contém vídeo aulas expositivas sobre os assuntos
discutidos até aqui.

Fonte: (ELETROQUÍMICA, 2023)

 O bicentenário da invenção da pilha elétrica.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a08.pdf.
 Pilhas e baterias: funcionamento e impacto ambiental.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a01.pdf.
 A eletricidade e a química.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc12/v12a08.pdf.

2º MOMENTO: Experimentando a eletroquímica

Organização da turma Grupos de até 6 estudantes.

Recursos e providências Os materiais necessários estão detalhados no experimento.

75
Experimento 01 - Experimentos sobre pilhas e a composição dos solos

 Química nova na escola.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc08/exper1.pdf.

A sociedade moderna é muito dependente da energia elétrica, que tem inúmeras aplicações: iluminação,
aquecimento, comunicação etc. A transformação no modo de vida da nossa sociedade foi fruto da
tecnologia desenvolvida a partir das inúmeras pesquisas que contribuíram para a compreensão da
natureza da eletricidade.
A manifestação da energia, no entanto, pode acontecer associada a diversos fenômenos concretos,
levando a assumir variados significados, como calor, luz, trabalho, movimento, eletricidade etc.
Entre as inúmeras formas de energia, o calor e a eletricidade foram certamente de grande importância
para o desenvolvimento técnico-científico ao longo dos tempos.
Neste experimento sugere-se a construção de duas pilhas eletroquímicas a partir de materiais de fácil
acesso e que permitem acender lâmpadas de pequeno consumo por intervalo de tempo razoável. A
primeira delas é uma adaptação da ‘pilha de Daniell’ e a segunda uma modificação da ‘pilha seca’ ou de
‘empilhamento’, que envolve o mesmo conjunto de reações da primeira.

Materiais empregados

Pilha 1 – Pilha de Daniell


▪ 1 membrana de casca de salsicha (de celulose regenerada) ou casca de lingüiça (tripa seca
bovina), ambas existentes em casas frigoríficas, de 13 cm de comprimento.
▪ Fio de náilon (linha de pesca).
▪ 1 placa de cobre e 1 de zinco (lixadas), de aproximadamente 10 cm x 2 cm x 0,1 cm.
▪ 1 L de solução saturada de NaCl em água (sal de cozinha).
▪ Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), 1 mol/L (12,5 g em 50 mL de água), encontrado em lojas de
artigos de jardinagem e casas agropecuárias.
▪ Lâmpada de 1,5 V (farolete pequeno) com os pólos ligados a fios.
▪ 1 garrafa plástica descartável de refrigerante 2 L.
▪ 1 placa de madeira ou isopor, com dois orifícios (3,5 cm de diâmetro) separados por 1,5 cm
(essa peça serve somente para suporte).
▪ Fita adesiva.
▪ Elástico.
▪ Multímetro (opcional).

Pilha 2 – Empilhamento
▪ 2 placas de cobre e 2 de zinco (lixadas).
▪ 4 tiras de feltro (tecido).
▪ 2 tiras de papelão (usado em confeitarias na embalagem de bolos), todas as tiras medindo 10
cm x 2 cm.
▪ Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), 1 mol/L (aproximadamente 6,2 g em 25 mL de água).
▪ Aproximadamente 100 mL de solução saturada de NaCl em água (sal de cozinha).
▪ Fita adesiva.
▪ Lâmpada de 1,5 V com os pólos ligados a fios.

76
Procedimentos

Pilha 01 - Daniell
A compartimentalização da semicélula de cobre é feita na casca, que é uma membrana porosa e
permite o fluxo de íons. Lave muito bem a membrana com água e detergente; corte a garrafa
plástica a uma altura de 15 cm da base (formando um recipiente) e corte o bocal, conectando uma
das extremidades da casca a este, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1: Ilustração da seqüência de adaptação da casca (membrana) ao bocal de garrafa.

(Fonte: HIOKA, 1998)

Apoie o bocal de garrafa (com a membrana) no suporte de madeira/isopor. Adicione, pelo bocal, a
solução de CuSO4. Introduza o conjunto no recipiente plástico contendo a solução de NaCl saturado.
A seguir coloque a placa de cobre na solução de sulfato de cobre e a placa de zinco diretamente na
solução de NaCl (use o outro orifício do suporte); conecte os fios da lâmpada às placas metálicas
com fita adesiva, conforme mostrado na Figura 2.

Figura 2: Ilustração da Pilha de Daniell modificada.

(Fonte: HIOKA, 1998)

77
Pilha 02 – Empilhamento

Monte a pilha com a seguinte seqüência de empilhamento: placa de cobre, feltro encharcado com a
solução de sulfato de cobre; papelão encharcado com a solução de NaCl; feltro encharcado com a
solução de NaCl; placa de zinco (Figura 3); continua-se o empilhamento repetindo-se a mesma
seqüência. Conecte os fios da lâmpada às placas laterais (de cobre e de zinco). Observe.

Figura 3: Ilustração de parte da pilha de empilhamento

Resultados e discussão

Observar o acendimento da lâmpada e discutir as seguintes questões:


1. A tensão da pilha depende da superfície de contato entre placa e solução?
2. Sugere-se alterar a área de contato fazendo emergir/imergir parcialmente as placas metálicas
da pilha 1 e medindo-se, durante esse procedimento, a tensão (lembre-se de medir sem a
lâmpada).
3. Nas pilhas apresentadas, realmente é a corrente o fator limitante para o acendimento da
lâmpada? Sugere-se emergir/imergir as placas metálicas da pilha 1 e observar a intensidade
luminosa.
4. Nas pilhas propostas, em vez de soluções contendo íons Zn2+ utilizaram-se soluções de NaCl.
Tal fato gera tensões ligeiramente diferentes de 1,1 V. Por que os resultados qualitativos são
os mesmos?
5. Na pilha 1, após uma hora de funcionamento e conhecendo-se a corrente gerada pela
mesma, calcule: i) a quantidade de elétrons que circulou pela lâmpada e ii) a massa de cobre
depositada no eletrodo de cobre. Compare com o valor experimental, determinando a massa
da placa de cobre antes e depois do experimento.

78
3º MOMENTO: Perspectivas para novas pilhas

Organização da turma Grupos.

Recursos e providências Textos impressos, projetor multimídia.

Nesta etapa do planejamento pretende-se discutir as novidades sobre as formas mais eficientes de obter
energia elétrica por meio de baterias. Para isso sugere-se a leitura e discussão de textos sobre o
assunto.
Esses textos devem ser previamente estudados e no momento da aula, os estudantes terão a
oportunidade de discutir os assuntos por eles abordados e apresentar para toda a turma em formato de
vídeos, podcasts, blogs, storytelling ou outra estratégia que o grupo considere interessante. Sempre que
necessário, o docente poderá ajudar no esclarecimento de alguma dúvida. Abaixo estão listados alguns
links com os textos sugeridos. turma

 Lítio.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/elemento.pdf.

 Prêmio Nobel de Química de 2019 Láurea pelo Desenvolvimento das Baterias de


Íons Lítio.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc41_4/03-AQ-76-19.pdf.

 Células a combustível: Energia limpa a partir de fontes renováveis.


Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a06.pdf .

79
REFERÊNCIAS
BARAN, Enrique J. Suplementação de elementos traço. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 6, p. 7-12,
2005.
BERALDO, Heloisa. Contribuições da Química Inorgânica para a química medicinal. Química Nova na
Escola, [s. l.], v. 1, ed. 6, p. 4-6, 2005.
BOCCHI, N. et al. Pilhas e baterias: funcionamento e impacto ambiental. Química Nova na Escola,
São Paulo, p. 3-9, 2000.
BOCCHI, Nerilso et al. Prêmio Nobel de Química de 2019 Láurea pelo Desenvolvimento das Baterias de
Íons Lítio. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 41, ed. 4, p. 320-326, 2019.
CALDEIRA, Felipe Peralta. Ludoteca de química para o ensino médio. Essentia Editora. Disponível
em < http://projetoseeduc.cecierj.edu.br/eja/recurso-multimidia-
professor/quimica/novaeja/m2u13/Mem%C3%B3ria%20Qu%C3%ADmica%20-
%20Fun%C3%A7%C3%B5es%20Inorg%C3%A2nicas.pdf >Acesso em 19 nov. 2023.
CARDOSO, R. K. O. A. et al. Gases ácidos na atmosfera: fontes, transporte, deposição e suas
consequências para o ambiente. Química Nova na Escola, [s. l.], v. 42, ed. 4, p. 382-385, 2020.
Como funcionam os indicadores ÁCIDO - BASE? - EXPERIMENTO DE QUÍMICA!!! [S.l.: s.n.], 2019. 1
vídeo (5min 52s). Publicado pelo canal Professor Boaro. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_pz3eJiiMX0&ab_channel=ProfessorBoaro . Acesso em: 18 dez.
2023.
ELETROQUÍMICA. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais.
Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1GWn2QPW9N9KWjPlCdx_J6r1tPpKZij7M/view. Acesso em: 20 dez 2023.
FADINI, Pedro Sérgio; FADINI, Almerinda Antonia Barbosa. Lixo: desafios e compromissos. Química
Nova na Escola, [s. l.], p. 9-17, 2001.
FERREIRA, L. H. et al. Determinação simples de oxigênio dissolvido em água. Química Nova na
Escola, [s. l.], n. 19, p. 32-35, 2004.
FONTES, A. P. S. et al. A química inorgânica na terapia do câncer. Química Nova na Escola, [s. l.], ed.
6, p. 13-18, 2005.
FUNÇÕES INORGÂNICAS. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1XO08lTHxfqcwK3hSqJWgd3--0ZVgUKMt/view . Acesso em: 20
dezembro 2023.
GRASSI, Marco Tadeu. As águas do planeta Terra. Química Nova na Escola, São Paulo, p. 31-40,
2001.
GUIMARÃES, Cleidson Carneiro; DORN, Rejane Cristina. Efeito estufa usando material
alternativo. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 37, ed. 2, p. 153-157, 2015.
GUIMARÃES, José Roberto; NOUR, Edson Aparecido Abdul. Tratando nossos esgotos: processos que
imitam a natureza. Química Nova na Escola, São Paulo, p. 19-30, 2001.
HIOKA, Noboru et al. Experimentos sobre pilhas e a composição dos solos. Química Nova na Escola,
São Paulo, ed. 8, p. 36-39, 1998.
JARDIM, Wilson F. A evolução da atmosfera terrestre. Química Nova na Escola, São Paulo, p. 5-8,
2001.
JARDIM, Wilson F. Introdução à Química Ambiental. Química Nova na Escola, São Paulo, p. 3-4,
2001.

80
MARTINS, Claudia Rocha et al. Ciclos Globais de Carbono, Nitrogênio e Enxofre: a importância da
química na atmosfera. Química Nova na Escola, São Paulo, p. 28-41, 2003.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p. Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev. 2023.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: Planos de Curso Ensino
Médio 2023. Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 10 mar.
2023.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais.
Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 17 fev. 2023
OKI, Maria da Conceição Marinho. A eletricidade e a química. Química Nova na Escola, São Paulo, p.
34-37, 2000.
PAULA, W. X. et al. Química Inorgânica e planejamento de fármacos usados no controle da
hipertensão. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 6, p. 19-23, 2005.
PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Lítio. Química Nova na Escola, São Paulo, ed. 2, p. 25, 1995.
QUÍMICA AMBIENTAL. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1mF02tzfJLibDrvX2mKQUp1R93jaQyfYB/view. Acesso em: 20 dez 2023.
Se Liga Na Educação - Ciências da Natureza - 11/05/23. [S.l.: s.n.], 2023. 1 vídeo (4h54min59s).
Publicado pelo canal Rede Minas. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nmtmazVU7Bw&ab_channel=RedeMinas . Acesso em: 18 dez.
2023.
SOUSA, Genicleide L.; SIMÕES, Anderson S. M. Uma Proposta de Aula Experimental de Química para o
Ensino Básico Utilizando Bioensaios com Grãos de Feijão (Phaseolos vulgaris). Química Nova na
Escola, São Paulo, v. 38, ed. 1, p. 79-83, 2016.
TOLENTINO, Mario; ROCHA-FILHO, Romeu C. A química no efeito estufa. Química Nova na Escola,
São Paulo, ed. 8, p. 10-14, 1998.
TOLENTINO, Mario; ROCHA-FILHO, Romeu C. O bicentenário da invenção da pilha elétrica. Química
Nova na Escola, São Paulo, p. 35-39, 2000.
VENTAPANE, Ana Lúcia de S.; SANTOS, Paula M. L. dos. Aplicação de princípios de Química Verde em
experimentos didáticos:: um reagente de baixo custo e ambientalmente seguro para detecção de íons
ferro em água. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 43, ed. 2, p. 201-205, 2021.
VILLULLAS, H. Mercedes et al. Células a combustível: Energia limpa a partir de fontes
renováveis. Química Nova na Escola, São Paulo, ed. 15, p. 28-34, 2002.

81
82
Olá, estudantes!

Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo
carinho para que vocês possam realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula
ou em casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia,
foco, interesse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possam seguir aprendendo
e atuando como estudantes protagonistas que são. Significa proporcionar uma base sólida para
que vocês mobilizem, articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e
habilidades importantes na relação com os outros e consigo mesmo(a), para o enfrentamento
de desafios, de maneira criativa e construtiva. Ficou curioso(a) para saber que convite é esse
que estamos fazendo para você? Então não perca tempo e comece agora mesmo a realizar
essa aventura pedagógica pelas atividades.

Bons estudos!

83
BIOLOGIA

O ECOSSISTEMA

Olá, estudantes após as aulas sobre biomas, apresentamos aqui algumas atividades que poderão auxiliá-
los na consolidação do aprendizado sobre o tema abordado. Realize as atividades com dedicação e
aproveite para esclarecer eventuais dúvidas, além de poder ampliar para novas informações.
Inicie esse momento fazendo a leitura do texto a seguir, que aborda sobre um grave problema que
ocorre no Brasil, as queimadas. Após lerem o texto responda às questões a seguir.

NOTÍCIAS

Mais de 9 milhões de hectares já queimaram no Brasil em 2023

Somente em setembro a área queimada no país chegou a 4 milhões de hectares. Dos dez estados que
mais queimaram, oito estão na Amazônia
Durante o mês de setembro, quase 4 milhões de hectares foram queimados no Brasil. Esse número
fez a cifra anual disparar: nos dez primeiros meses de 2023, 9 milhões de hectares foram atingidos
pelas chamas no país. Os números são do MapBiomas e foram divulgados nesta quarta-feira (11).
Segundo a organização, a cifra anual representa uma redução de 22% em relação ao mesmo período
do ano anterior. De janeiro a setembro de 2022, 11,6 milhões de hectares foram queimados. Entre os
biomas, a Amazônia foi a mais afetada pelo fogo em setembro deste ano. No mês, 1,9 milhão de
hectares foram queimados na floresta, o que representa 49,6% do total registrado no país.
O Cerrado foi o segundo bioma que mais queimou no período, com 1,7 milhão de hectares atingidos
pelo fogo, ou 44,6% do total computado no Brasil.
Entre os dez estados que mais queimaram em setembro, oito estão dentro dos limites da Amazônia
Legal: Pará, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Amapá e Roraima.
O Pará aparece como campeão do ranking, com 691 mil hectares queimados no mês, 18% do total
registrado no país. Neste estado, os municípios de Altamira, São Felix do Xingu e Óbidos encabeçam a
lista dos que mais foram atingidos pelo fogo.
O segundo estado que mais queimou foi o Mato Grosso, com 626 mil hectares, 16,5% do total
registrado no país.
Dentre os tipos de áreas queimadas, as pastagens aparecem em primeiro lugar do ranking, com
53,7% do total no mês, seguido pelas formações campestres (15,1%) e florestas (13,7%).
Fonte: (PRIZIBISCZKI, 2023)

84
ATIVIDADES
1 – O que o autor está relatando no texto?

2 – O texto faz referência a dois biomas estudados, quais são?

3 – Apresente fatores que caracterizam os biomas citados.

4 – Aponte no mapa os seis biomas estudados. (Pode ser desenho livre).

5 – Que impacto ambiental é apresentado no texto?

6 – Quais são as consequências para os ecossistemas afetados pelo impacto mencionado na


pergunta anterior?

7 – Cite exemplos da fauna e flora afetados pelo impacto gerado.

8 – O problema de incêndio no território brasileiro, em especial na região da Amazônia e no


Cerrado, é recorrente. Proponha uma ou mais soluções para se evitar esse problema.

85
DESAFIOS AMBIENTAIS NO COTIDIANO

Olá, Estudantes!

O estudo dos impactos ambientais é de relevância por várias razões.


Vejam algumas destas razões, a seguir:

● Conservação e Preservação: Ao compreender os impactos ambientais, podemos tomar medidas


para conservar e preservar os ecossistemas naturais e a biodiversidade. Isso é fundamental para
manter a saúde do planeta a longo prazo.
● Desenvolvimento Sustentável: Ao compreender impactos ambientais ajuda a promover o
desenvolvimento sustentável, garantindo que o crescimento econômico seja equilibrado com a
conservação ambiental e o bem-estar social.
● Saúde Humana: Muitos impactos ambientais têm implicações diretas na saúde humana, como
poluição do ar e da água. Compreender esses impactos é fundamental para proteger a saúde das
populações.
● Educação e Conscientização: O estudo dos impactos ambientais contribui para a conscientização
pública sobre a importância da conservação ambiental e a adoção de práticas mais sustentáveis.
● Responsabilidade Social e Corporativa: Empresas e organizações têm a responsabilidade de
entender e mitigar os impactos ambientais de suas operações. A sustentabilidade se tornou uma
parte fundamental da responsabilidade social corporativa.
● Segurança Alimentar: A produção de alimentos está ligada aos impactos ambientais, como o uso
de pesticidas e a perda de biodiversidade. Compreender esses impactos é essencial para garantir
a segurança alimentar.
● Inovação e Tecnologia: O estudo dos impactos ambientais impulsiona a pesquisa e a inovação
em tecnologias mais limpas e sustentáveis, abrindo oportunidades para o desenvolvimento de
soluções ambientalmente amigáveis.

Fonte: (O ECO, 2014)

As minhas atividades diárias também provocam impactos ambientais?

A resposta para essa pergunta é sim. Nossas atividades, mesmo que pequenas, causam impactos no
planeta. O desperdício de água e a não separação do nosso lixo são atitudes comuns que podem
contribuir, por exemplo, para o desabastecimento de água e para o aumento da poluição do planeta
(Santos,2023)

Portanto, estudar os impactos nos ecossistemas não é apenas uma questão de preservação do meio
ambiente, mas também de promover a sustentabilidade, proteger a saúde humana e garantir um futuro
melhor para as gerações futuras.

86
ATIVIDADES
1 – Estudante, faça a leitura do texto a seguir e depois responda as questões para reflexão.

*Uma situação problema fictícia referente a impacto ambiental em uma cidade chamada "Horizonte Verde".

Cenário de Impacto Ambiental em Horizonte Verde

Horizonte Verde, uma cidade fictícia conhecida por sua beleza natural, ar puro de águas cristalinas e
compromisso com a sustentabilidade, enfrenta um sério problema ambiental. Recentemente, uma
grande fábrica de produtos químicos, a "Chloro Química Ltda.", decidiu abrir uma unidade de
produção nas proximidades da cidade. Embora tenha prometido seguir todas as regulamentações
ambientais, do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - os impactos negativos começaram
a se tornar aparentes:
▪ Poluição do Ar: A fábrica emite uma quantidade significativa de poluentes atmosféricos,
incluindo dióxido de enxofre e partículas finas. Os ventos predominantes levam esses
poluentes em direção a Horizonte Verde, afetando a qualidade do ar e prejudicando a saúde
dos habitantes.
▪ Contaminação da Água: A produção da fábrica resultou em vazamentos de produtos químicos
tóxicos para um rio próximo. Isso está causando a morte de peixes e afetando negativamente
o abastecimento de água potável da cidade, que depende em grande parte desse rio.
Também as águas cristalinas do rio são utilizadas para recreação.
▪ Perda de Biodiversidade: A fábrica ocupou uma área que antes era um importante habitat
natural. Muitas espécies de plantas e animais que habitavam a região estão agora ameaçadas
de extinção devido à destruição de seu ambiente natural.
▪ Tensões na Comunidade: A instalação da fábrica causou divisões na comunidade Horizonte
Verde. Enquanto alguns residentes acreditam que a fábrica trará empregos e
desenvolvimento econômico, outros estão preocupados com os impactos negativos no meio
ambiente e consequentemente para a saúde humana.
▪ Horizonte Verde, agora enfrenta um dilema, tendo que equilibrar seu compromisso com a
sustentabilidade e o bem-estar de seus habitantes com os impactos econômicos e ambientais
da fábrica. A cidade deve tomar decisões importantes para lidar com essa situação e buscar
soluções que minimizem os danos ambientais.

A) Quais são os principais poluentes atmosféricos emitidos pela fábrica " Chloro Química Ltda." em
Horizonte Verde?
B) Como a qualidade do ar em Horizonte Verde tem sido afetada pela operação da fábrica?
C) Quais são os impactos da contaminação da água causada pela fábrica na cidade?
D) Como a vida aquática no rio próximo está sendo afetada pela contaminação?
E) Qual é a principal fonte de abastecimento de água potável para Horizonte Verde e como está
sendo afetada?
F) Que tipo de impacto a instalação da fábrica teve na biodiversidade local?
G) Quais são os principais argumentos dos residentes que apoiam a fábrica em termos de empregos
e desenvolvimento econômico?
H) Quais são as preocupações dos residentes que se opõem à fábrica em relação ao meio ambiente
e à saúde humana?
I) Que ações a cidade de Horizonte Verde poderia tomar para abordar esse dilema e minimizar os
danos ambientais causados pela fábrica?

87
DINÂMICA DE UM ECOSSISTEMA

Olá, estudante!
Sucessão Ecológica é o processo ordenado de mudanças no ecossistema, resultante da modificação do
ambiente físico pela comunidade biológica, culminando em um tipo de ecossistema persistente – o
clímax. Este processo tem sido um dos assuntos mais estudado em ecologia. Os pesquisadores de
sucessão ecológica, descreve que há modelos que explicam como acontece a dinâmica do processo de
desenvolvimento de novos nichos ecológicos dentro dos ecossistemas.
Segundo, Miranda (2009) o modelo de facilitação parte do princípio de que as espécies pioneiras da
sucessão possam alterar as condições e/ou a disponibilidade de recursos em um habitat de maneira que
favoreça a entrada e o desenvolvimento de novas espécies. Cada estágio da sucessão proporciona os
meios para o desenvolvimento do estágio seguinte, concedendo condições para que outras espécies se
estabeleçam. Esse mecanismo é um importante componente da sucessão primária, na colonização de
um novo substrato, onde as condições não são favoráveis.
As espécies de clímax inibem as espécies de estágios iniciais. As plantas pioneiras não podem invadir as
comunidades clímax, exceto após uma perturbação. Nesse modelo, a sucessão após o estabelecimento
de uma espécie por outra ocorre somente através da morte ou substituição das espécies. Assim, a
mudança sucessional leva ao predomínio das espécies de vida mais longa (Miranda,2009).

ATIVIDADES
1 – Estudante, a seguir há imagem representando os estágios de desenvolvimento de sucessão
ecológica. As figuras não estão ordenadas. Você deve ordená-las conforme ocorre a sucessão ecológica.
Também descrever cada figura conforme os estudos realizados sobre o assunto.

Representação hipotético de uma sucessão primária:

Substrato original: depressão em superfície rochosa, preenchida pela água da chuva

Estágios da sucessão ecológica de uma lagoa.

88
Fonte: (adaptado de USP, 2013)

2 – Faça a leitura do texto a seguir que trata de aspectos sobre Sucessão ecológica e depois faça o que
se pede.

89
Sucessão ecológica

A sucessão ecológica é uma sequência de alterações graduais e progressivas na comunidade de um


ecossistema, as quais podem ocorrer após uma perturbação ou após o surgimento de um novo
habitat.
Em uma sucessão ecológica, observamos progressivamente a mudança na composição e na estrutura
das comunidades, até que ocorra o estabelecimento da comunidade clímax, ou seja, de uma
comunidade estável.
A sucessão ecológica pode ocorrer em ambientes nunca ocupados por outros organismos, como em
lava vulcânica recém solidificada

Sucessão ecológica primária

Sucessão ecológica pode ocorrer em ambientes nunca ocupados por


outros organismos, como em lava vulcânica recém solidificada

A sucessão ecológica primária acontece em ambientes que anteriormente não haviam sido ocupados
por outros organismos, ou seja, em áreas praticamente sem vida. Essa situação ocorre, por exemplo,
em afloramentos rochosos, superfície de areia com exposição recente e lava vulcânica recém
solidificada. Imagine, por exemplo, a sucessão ecológica em um afloramento rochoso. Inicialmente o
que observamos é a presença de organismos como bactérias e protozoários, e, posteriormente, o
desenvolvimento de outros seres. De uma maneira geral, os primeiros organismos fotossintetizantes a
fixarem-se no ambiente são os líquens e os musgos, sendo essas espécies chamadas de pioneiras.
Na medida em que esses organismos se fixam e a ação do vento e do sol ocorre sobre o ambiente,
vemos a formação do solo.
O solo então se desenvolve e a matéria orgânica acumula-se no local. Inicia-se, após esse momento, a
colonização por outras espécies, como plantas herbáceas, arbustos e árvores. Essa substituição de
espécies ocorre até que seja observada uma comunidade estável (comunidade clímax), um processo
que pode demorar décadas.
Em 1883 o vulcão Cracatoa entrou em erupção e foi responsável pela destruição da ilha de mesmo
nome. A vida no local foi exterminada, e os fragmentos da ilha tornaram-se importantes para o estudo
da sucessão ecológica primária.
Inicialmente, nessa ilha, observou-se o surgimento de gramíneas e samambaias, e, com o tempo, uma
verdadeira floresta formou-se. Em 1920, várias espécies pioneiras já haviam desaparecido e uma
floresta fechada havia se desenvolvido em grande parte da ilha.

90
Sucessão ecológica secundária

A sucessão secundária leva à recuperação de áreas desmatadas

A sucessão ecológica secundária acontece em áreas que já apresentaram uma comunidade. Nesse
caso o que se observa é que aquela área sofreu algum tipo de distúrbio, o que causou a destruição de
sua comunidade original.
A sucessão secundária leva à recuperação de áreas desmatadas.
A sucessão ecológica secundária pode ser observada, por exemplo, em áreas desmatadas, regiões
atingidas por furacões e clareiras.
Nesses locais podem ser encontrados vestígios de alguns organismos, como sementes e raízes, e,
devido a esse fator, essa sucessão ocorre de maneira mais rápida do que a primária. Além disso, pelo
fato de que naquela área já havia uma comunidade, temos um território mais propício ao
desenvolvimento de espécies.
Fonte: (SANTOS, 2023)

A) Estudante, define o conceito de Sucessão Ecológica.


B) Explique o que ocorre nos estágios Inicial e Clímax do fenômeno da Sucessão Ecológica.
C) Defina, o que são espécies pioneiras e espécies clímax?
D) Cite os grupos dos primeiros seres vivos a colonizar um ambiente como o proposto na questão
de número 1.
E) Por que as sementes de espécies pioneiras não germinam no estágio clímax e as secundárias
não germinam no estágio inicial? (Elencar os fatores que interferem nestes processos)

91
SUSTENTABILIDADE DA BIOSFERA

Olá, estudante, você aprendeu com a Biologia da Conservação, a importância de cada espécie dentro do
processo da dinâmica em um ecossistema. Para Moraes, 2019 - A palavra-chave é “interações”. Quando
um animal extinto de um local, isso significa muito mais do que apenas a perda daquela espécie. Como
as espécies interagem entre si e com processos como a polinização de plantas ou a dispersão das suas
sementes, assim como interferem na composição do solo com seus excrementos e carcaças, a extinção
de uma espécie animal em uma floresta significa a perda de todos esses processos dos quais ela
participava. Sendo assim, a preservação da biodiversidade é crucial para a saúde do planeta, a
estabilidade, e o equilíbrio dos ecossistemas, e é indispensável para a sobrevivência humana e a
preservação da natureza.
A atividade a seguir pretende proporcionar aos estudantes um melhor entendimento sobre as
consequências dos impactos no ecossistema. O texto relaciona o meio ambiente e a saúde coletiva.
Após a leitura do texto, responda às questões propostas.

ATIVIDADES

O QUE A SUA SAÚDE TEM A VER COM A NATUREZA?

[ … ] O meio ambiente e a saúde coletiva

A relação intrínseca entre o meio ambiente e a saúde humana tem sido cada vez mais evidente e uma
preocupação em todo o mundo. Muito tem se observado que o estado de nosso planeta e a qualidade
do meio ambiente têm um impacto direto na saúde das pessoas. A degradação ambiental,
impulsionada pelas atividades humanas insustentáveis, tem demonstrado efeitos significativos na
saúde das populações ao redor do mundo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 24% da carga global de
doenças e 23% das mortes prematuras podem ser atribuídas a fatores ambientais modificáveis. A
degradação ambiental tem um impacto negativo em diversos aspectos da saúde humana, incluindo
doenças respiratórias, cardiovasculares, infecciosas e mentais. A poluição atmosférica, por exemplo, é
responsável por milhões de mortes prematuras a cada ano, sendo associada a doenças respiratórias
crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além de aumentar o risco de
câncer de pulmão. A perda de biodiversidade também desempenha um papel fundamental na saúde
humana. A redução da diversidade de espécies pode aumentar a propagação de doenças infecciosas.
Quando há um declínio na diversidade de animais, como pássaros e morcegos, por exemplo, os
patógenos que normalmente infectam essas espécies encontram menos barreiras e podem se
espalhar para os seres humanos com mais facilidade. Um exemplo recente é o surgimento da Covid-
19, que é causada por um vírus que provavelmente se originou em morcegos e foi transmitido aos
seres humanos por meio de um hospedeiro intermediário. A destruição de habitats naturais, como
florestas tropicais, também pode aumentar o risco de doenças emergentes. A expansão das atividades
humanas, como o desmatamento para a agricultura ou a exploração madeireira, pode levar à
exposição de seres humanos a animais selvagens e a novos patógenos. O contato próximo com
animais selvagens em mercados de animais vivos também aumenta o risco de transmissão de doenças
zoonóticas.

92
Além disso, as mudanças climáticas estão exacerbando os problemas de saúde relacionados ao meio
ambiente. O aumento da temperatura média global e as alterações nos padrões de precipitação
afetam a distribuição geográfica de vetores de doenças, como mosquitos e carrapatos, que
transmitem doenças como malária, dengue e doença de Lyme. As mudanças climáticas também
podem influenciar a segurança alimentar, a disponibilidade de água potável e a saúde mental das
pessoas.

O que fazer para mudar este cenário?


Uma vez que compreendamos que a nossa própria saúde está diretamente ligada à saúde do planeta,
é fundamental adotar ações concretas para mudar este preocupante cenário de degradação
ambiental. Algumas medidas que podem fazer a diferença para a nossa e as próximas gerações são:
▪ Adotar práticas sustentáveis: É essencial promover uma mudança de mentalidade em relação
ao consumo e ao desperdício. Optar por fontes de energia renovável, reduzir o consumo de
água e eletricidade, fazer escolhas conscientes na compra de produtos e reduzir o desperdício
são passos importantes para diminuir a pressão sobre o meio ambiente e proteger a saúde
humana.
▪ Preservar e restaurar ecossistemas: É crucial proteger e restaurar os ecossistemas naturais,
como florestas, rios e oceanos. Esses ambientes desempenham um papel vital na manutenção
do equilíbrio ecológico, na purificação do ar e da água, além de abrigar uma grande
diversidade de espécies. Essa conservação e restauração contribuem para a saúde humana,
reduzindo a exposição a doenças e promovendo a resiliência aos impactos das mudanças
climáticas.
▪ Investir em pesquisa e monitoramento: É necessário investir em pesquisa científica e
monitoramento contínuo para entender melhor as interações entre meio ambiente e saúde.
Estudos epidemiológicos, monitoramento de qualidade do ar e da água, vigilância de doenças
e pesquisas sobre as mudanças climáticas são fundamentais para embasar políticas de saúde e
meio ambiente baseadas em evidências, permitindo uma resposta eficaz aos desafios.
▪ Promover a cooperação global: A abordagem colaborativa é essencial para abordar os desafios
ambientais e de saúde em escala global. Governos, organizações internacionais, setor privado
e sociedade civil devem unir forças para implementar políticas sustentáveis, compartilhar
conhecimento e recursos, e promover ações coordenadas. A cooperação global também é
fundamental para enfrentar problemas transfronteiriços, como a poluição do ar e a
disseminação de doenças.
Essas ações, quando combinadas, podem contribuir significativamente para reverter o cenário atual e
promover um futuro mais saudável e sustentável. A conscientização de que a saúde do meio ambiente
também reflete na nossa saúde é primordial para garantir o engajamento de todos, governos e
populações. Só assim poderemos, juntos, promover as mudanças necessárias para garantir a
sobrevivência, por ainda muitos milênios, desse planeta que chamamos de lar.
Fonte: (CHRIST, 2023)

93
1 – Quais são os efeitos significativos da degradação ambiental na saúde humana, conforme destacado
no texto?

2 – Qual é a porcentagem da carga global de doenças e das mortes prematuras que a Organização
Mundial de Saúde atribui a fatores ambientais modificáveis?

3 – Como a poluição atmosférica está associada a doenças respiratórias crônicas e contribui para
milhões de mortes prematuras anualmente?

4 – De que maneira a perda de biodiversidade afeta a propagação de doenças infecciosas?

5 – Por que a redução da diversidade de espécies, como pássaros e morcegos, pode facilitar a
transmissão de patógenos aos seres humanos?

6 – Como a destruição de habitats naturais, como florestas tropicais, aumenta o risco de doenças
emergentes?

7 – Qual é o exemplo mencionado no texto sobre a relação entre a destruição de habitats naturais e o
surgimento de doenças, como no caso da Covid-19?

8 – Por que a mudança de mentalidade em relação ao consumo e ao desperdício é considerada


essencial para promover práticas sustentáveis?

9 – Quais são os passos importantes sugeridos para diminuir a pressão sobre o meio ambiente e
proteger a saúde humana em relação ao consumo de água e eletricidade?

10 – Qual é a importância do investimento em pesquisa científica e monitoramento contínuo para


entender as interações entre meio ambiente e saúde, conforme mencionado no texto?

94
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o
Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da
Educação, 2008. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf. Acesso em 16 de novembro de
2023.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Convenção Sobre Diversidade Biológica.
ECO/92. Rio de Janeiro – Brasil. Disponível em https://www.gov.br/mma/pt-
br/assuntos/biodiversidade/convencao-sobre-diversidade-biologica/convencao-sobre-diversidade-
biologica. Acesso em 16 de nov. de 2023.
BRASÍLIA, DF: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa: Serviços Ambientais/
Agricultura e Serviços Ecossistêmicos. Parque Estação Biológica - PqEB, s/nº, Brasília, DF. 2010.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1AGHthVfJj1PWsqGZj1Sq-y56dxXc_cwE/view Acesso em: 17 de nov. de
2023.
CHRIST, THAIS. O QUE A SUA SAÚDE TEM A VER COM A NATUREZA? Notícias e Artigos: Fiocruz -
Fundação Oswaldo Cruz. 05 de junho de 2023. Disponível em:
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/en/noticias/3227-o-que-a-sua-saude-tem-a-ver-com-a-
natureza#:~:text=Muito%20tem%20se%20observado%20que,popula%C3%A7%C3%B5es%20ao%20r
edor%20do%20mundo. acesso em 16 de dezembro de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d
o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 de outubro de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1AGHthVfJj1PWsqGZj1Sq-y56dxXc_cwE/view Acesso em: 17 de
novembro de 2023.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Unidades
de Conservação. Disponível em https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de-
conservacao/o-que-sao/o-que-sao. Acesso em 17 de nov. de 2023.
MIRANDA, Jean C. Sucessão Ecológica: Conceitos, Modelos E Perspectivas. SaBios: Revista
Saúde e Biologia. Campo Mourão, v. 4, n. 1, p. 31-37, jul./dez. 2009. Disponível em:
https://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios/article/view/145/235. Acesso em: 10. Nov.
de 2023
O ECO. O que é um Ecossistema e um Bioma. Dicionário Ambiental. ((o)) eco, Rio de Janeiro, jul.
2014. Disponível em: <http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-
um-bioma/>. Acesso em: 24 DE OUT. DE 2023.
PRIZIBISCZKI, Cristiane. Notícias: Mais de 9 milhões de hectares já queimaram no Brasil em
2023. Ambiental. ((o)) eco, Rio de Janeiro, 11.outubro.2023. Disponível em:
https://oeco.org.br/noticias/mais-de-9-milhoes-de-hectares-ja-queimaram-no-brasil-em-
2023/#comments. Acesso em: 31 de outubro de 2023.
ROITMAN, Isaac. Extinção em massa? Opinião: UnBNOTICIAS. Universidade de Brasília, Brasília-DF.
12.04.2023. Disponível em https://noticias.unb.br/artigos-main/6465-extincao-em-
massa#:~:text=A%20extin%C3%A7%C3%A3o%20em%20massa%20se,cinco%20grandes%20extin%
C3%A7%C3%B5es%20em%20massa. Acesso em 17 de nov. de 2023.

95
SANTOS, Vanessa S. dos. "Sucessão ecológica"; Brasil Escola. [s.l.]. 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sucessoes-ecologica.htm. Acesso em: 06 de nov. de 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Impactos ambientais"; Brasil Escola. [s. l.] 2023 Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/impactos-ambientais.htm. Acesso em 20 de nov. de 2023.
USP. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Sucessão Ecológica. 08. sep.2013.
Disponível em:
https://web.archive.org/web/20130908041717/http://www.ib.usp.br:80/ecologia/sucessao_ecologica_pri
nt.htm. Acesso em: 11 de nov. de 2023

96
FÍSICA

DEFINIÇÃO DE CALOR E TEMPERATURA

Estudante, este é o seu material de apoio pedagógico para aprendizagens. Ele tem o propósito de te
conduzir no seu processo de desenvolvimento da sua aprendizagem.
Você sabe o que é protagonismo estudantil?
Ser um estudante protagonista significa ser mais autônomo e, também, o corresponsável no seu
processo de construção do conhecimento. Ou seja, você será colocado em uma posição ativa e, por
meios próprios, participará no seu desenvolvimento da aprendizagem. Isso te ajudará a ser mais criativo
e mais apto na solução de problemas que encontrará ao longo da vida. Seja na esfera pessoal ou
profissional. Mas, não se preocupe. Nesse processo, seus professores te orientarão, te ajudarão dando
todo o suporte necessário para que você avance.
Nesse primeiro tema, abordaremos a definição de calor e temperatura. Com o desenvolvimento deste
estudo, você será capaz de fazer análises e previsões sobre os fenômenos que envolvem a propagação
de calor e valores de temperaturas numa perspectiva científica e interdisciplinar, representar modelos
científicos, interpretar textos de divulgação científica que abordam o tema, questionar, buscar soluções
para problemas que envolvam essa temática, etc.
Recomendamos que você faça muitas leituras para buscar informações e tenha sempre um caderno para
registrá-las.
Então, vamos lá?
Mãos à obra!

Para começarmos, vamos fazer um exercício de reflexão. Tente elaborar respostas para as seguintes
perguntas:
• Você sabe o que é temperatura no ponto de vista da Física?
• Você sabe o que é calor e qual a importância desse estudo no ponto de vista tecnológico e no
cotidiano?

Provavelmente, você conseguiu responder às duas perguntas anteriores com base nos seus
conhecimentos.
A partir de agora, você será guiado pelo aprofundamento do tema. Conhecerá algumas das importantes
aplicações desse conhecimento e como ele pode ajudar no desenvolvimento social, científico e
tecnológico.

97
Temperatura e escalas termométricas

Caro estudante, você já deve saber que há pelo menos três escalas termométricas e que essas são
adotadas em diversos países. Por exemplo, nos Estados Unidos e Inglaterra a escala de temperatura
adotada é a escala Fahrenheit. Já no Brasil, adotou-se a escala Celsius e pelo Sistema Internacional, a
escala adotada é a Kelvin.
Por essa diversidade, se dá a necessidade de se conhecer cada uma e saber como converter os valores
de uma em outra. Afinal, um dia você poderá viajar para um país onde a escala adotada não seja a que
você está acostumado no seu cotidiano.
Agora, propomos a você uma atividade de pesquisa. Ao final da atividade, você conhecerá cada uma
das três escalas de medidas de temperatura adotadas em nosso estudo: a escala Celsius, a Fahrenheit e
a escala Kelvin. Além disso, você também saberá explicar como cada uma dessas escalas foi construída.

Para realizá-la você poderá recorrer ao livro didático ou a sites confiáveis.


Ao longo da História, existiram diversas escalas termométricas, mas, atualmente, apenas três são
utilizadas, sendo elas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Essas escalas utilizam como padrão os pontos de
fusão e ebulição da água.
Como essas escalas são utilizadas em lugares diferentes, é importante saber a forma de converter uma
em outra. Para isso, basta utilizar a seguinte relação:

• A conversão de Celsius em Fahrenheit / Fahrenheit em Celsius

𝑻𝑪 𝑻𝑭 − 𝟑𝟐
=
𝟓 𝟗

Tc = Temperatura em graus Celsius


Tf = Temperatura em graus Fahrenheit

• Conversão Celsius em Kelvin/ Kelvin em Celsius

𝑇𝑘 = 𝑇𝑐 + 273
Tc= Temperatura Celsius
Tk = Temperatura em Kelvin

Sugestão de leitura:
 Texto: Escalas termométricas.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/escalas-termometricas.

Essa pesquisa consiste em leituras e elaboração de respostas para as seguintes perguntas:


1. Quando e por qual cientista foi desenvolvida a escala Celsius?
2. Quais são os pontos de referência estabelecidos para a divisão dos graus na escala Celsius?
3. Quando e qual foi o cientista que desenvolveu a escala Fahrenheit?
4. Quais são os pontos de referência para a elaboração da escala Fahrenheit?
5. Qual o ponto de referência para a elaboração da escala Kelvin?

Ao realizar essa pesquisa, registre as informações e respostas em seu caderno.

98
Temperatura e equilíbrio térmico
Relembrando os conceitos de temperatura e calor.
− Conceito de temperatura: é a grandeza física que mede o grau de agitação térmica das
partículas que compõem um corpo.
− Conceito de calor: energia térmica que flui espontaneamente de um corpo de maior
temperatura para outro de menor temperatura.

O que é equilíbrio térmico?


Para que haja fluxo de calor, é necessário que haja diferença de temperatura. O corpo mais quente
transmite o calor para o corpo mais frio. Sendo assim, o corpo que fornece o calor diminui a
temperatura enquanto o que recebe tem a sua temperatura aumentada. Mas, em determinado
momento, as temperaturas se igualam e, portanto, cessa-se o fluxo de calor. Nesse momento em que se
atinge a mesma temperatura, os corpos entram em equilíbrio térmico.

ATIVIDADES
1 – O texto a seguir foi retirado do site unicef.org. Após a leitura, procure fazer uma reflexão e elabore
suas próprias respostas para as perguntas que se seguem. Recomendamos que você recorra a outras
leituras, por meio de pesquisas em sites da internet, por exemplo, que possam te ajudar na aquisição de
novos conhecimentos para implementar a elaboração das respostas. Busque também a orientação de
seus professores. Tenha o seu caderno de anotações para fazer os registros.

As evidências do impacto da mudança climática e da poluição do ar em crianças e


adolescentes são firmes e crescentes, mas o tempo está se esgotando rapidamente.
De acordo com as últimas pesquisas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC), temos menos de 11 anos para fazer as transformações necessárias
para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. O nível de dióxido de carbono
na atmosfera teria que ser cortado em 45% até 2030 para evitar o aquecimento global
acima de 1,5oC – em outras palavras, o limite no qual os piores impactos das
mudanças climáticas poderiam ser evitados.
Esta é a primeira vez que uma geração global de meninas e meninos crescerá em um
mundo que se tornou muito mais perigoso e incerto devido às mudanças climáticas e
ao meio ambiente degradado. Enfrentar a mudança climática e mitigar seu impacto é
fundamental para proteger crianças e adolescentes e cumprir seus direitos.
Fonte: https://www.unicef.org/brazil/meio-ambiente-e-mudancas-climaticas

O texto destaca a necessidade urgente de se fazer as transformações para que se consiga evitar os
piores impactos das mudanças climáticas e da poluição do ar em crianças e adolescentes. Percebe-se
que nesses impactos a grandeza temperatura tem papel relevante.

A) Como a temperatura pode afetar as condições de vida no planeta?


B) De que maneira a temperatura pode impactar o meio ambiente?

2 – Transformação de escalas termométricas

Observe as relações matemáticas entre as diferentes escalas termométricas. Como essas escalas são
utilizadas em lugares diferentes, é importante saber a forma de converter uma em outra. Para isso,
basta utilizar as seguintes relações:

99
● conversão de Celsius em Fahrenheit / Fahrenheit em Celsius

𝑇𝐶 𝑇𝐹 −32
=
5 9

Tc = Temperatura em graus Celsius


TF = Temperatura em graus Fahrenheit

● Conversão Celsius em Kelvin/ Kelvin em Celsius

𝑇𝑐 = 𝑇𝑘 − 273
Tc= Temperatura Celsius
Tk = Temperatura em Kelvin

Agora que você já compreendeu como fazer a conversão entre as escalas, converta os valores das
temperaturas conforme indicadas abaixo:

A) 38º C em º F:
B) 95º C em K :
C) 20 º F em k:
D) 325 K em º F:

3 – (Unirg-TO - Adaptada) O Brasil é reconhecidamente um país de contrastes. Entre eles, podemos


apontar a variação de temperatura das capitais brasileiras. Palmas, por exemplo, atingiu, em 1o de julho
de 1998, a temperatura de 13 °C e, em 19 de setembro de 2013, a temperatura de 42 °C (com
sensação térmica de 50 °C). Na escala Kelvin, a variação da temperatura na capital do Tocantins, entre
os dois registros realizados, corresponde a:
A) 13 K
B) 29 K
C) 42K
D) 50K
E) 52 K

4 – Essa é uma proposta de atividade interdisciplinar. Faça a leitura do texto abaixo e, em seguida,
elabore as respostas para as questões que se seguem.
"O aquecimento global refere-se ao aumento elevado da temperatura média da Terra. Apesar de ser um
assunto que não é consenso na comunidade científica, muitos estudiosos acreditam que esse fenômeno
agravou-se em razão das atividades humanas. A poluição do ar por meio de queimadas, do intenso uso
de transportes e do aumento da produção no setor industrial também é associado ao aquecimento
global. As principais consequências desse fenômeno são o derretimento das calotas polares, o aumento
do nível dos oceanos, a diminuição dos recursos hídricos e diversas anomalias climáticas, como El Niño e
furacões.”
Fonte: SILVA, Robson Willians da Costa; PAULA, Beatriz Lima de.
Causa do aquecimento global:antropogênica versus natural.
Disponível em: https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v5/pdf-v5/TD_V-a4.pdf.
Agora é com você:
A) Procure informar-se, por meio de sites de pesquisa e, também, com seus professores, quais
valores de temperatura média da Terra para que a manutenção da vida seja preservada no
planeta.

100
B) Converse com seus professores das Ciências da Natureza e procure informar-se sobre as
consequências do aumento da temperatura média na Terra para o organismo humano. Faça
as anotações no caderno, pois o ato de fazer registros te ajudará no seu processo de
aprendizagem.

5 – Mais uma vez, convidamos você estudante para uma leitura que acrescentará conhecimentos
científicos ao desenvolvimento de seu processo de aprendizagem. Lembre-se, você é o protagonista.
Faça a leitura do texto abaixo, recorra às pesquisas para você saber mais, peça a orientação dos seus
professores. Bom trabalho!

Criogenia
A criogenia estuda tecnologias que permitem a geração de temperaturas muito baixas e o
comportamento dos materiais submetidos a essas temperaturas.
"De acordo com o Laboratório de Criogenia do Departamento de Física da Unesp, “a criogenia é um
ramo da Físico-Química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas e o
comportamento de materiais abaixo de -150 °C (123 K), principalmente até a temperatura de ebulição
do nitrogênio líquido ou ainda temperaturas mais baixas”. "
Aplicações da criogenia:
A criogenia apresenta uma série de aplicações, sendo utilizada na indústria e até mesmo na Medicina.
No que diz respeito à indústria, a criogenia é usada para submeter certos materiais a temperaturas
extremamente baixas, fazendo com que se tornem supercondutores. Supercondutores são capazes de
conduzir corrente elétrica sem resistências.
Na Medicina, a criogenia é utilizada, por exemplo, na preservação de gametas e embriões, os quais
podem ser utilizados anos depois. A criogenia pode ser utilizada também em células-tronco do sangue
do cordão umbilical, tornando possível a utilização dessas células para tratamentos de doenças como
linfomas e aplasia de medula.
Além do congelamento de óvulos, embriões e células-tronco, a criogenia pode ser usada no
congelamento de alimentos e na preservação de sêmen de gado. No que diz respeito ao uso na indústria
alimentícia, devemos destacar que o rápido resfriamento de alimentos evita a proliferação de micro-
organismos e também propicia uma menor formação de cristais de água no produto, garantindo maior
qualidade e manutenção das propriedades dos alimentos."
Fonte: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Criogenia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm.

 Veja mais sobre "Criogenia" em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm.

Agora é com você!


O texto cita valores de temperaturas abaixo de -150ºC, até a temperatura de ebulição do nitrogênio
líquido. Qual o valor da temperatura de ebulição do nitrogênio?
Como você encontrou o valor da temperatura de ebulição do nitrogênio, você pode perceber que essa
substância muda do estado líquido para o gasoso em um ponto de ebulição muito mais baixo que o da
água. Elabore algumas hipóteses que poderiam explicar essa diferença entre o ponto de ebulição do
nitrogênio e o ponto de ebulição da água.
Converse com seus professores e busque justificar o fato de que o nitrogênio entra em ebulição em
temperaturas muito baixas.

101
O CALOR COMO FORMA DE ENERGIA

Querido(a) estudante, em sala de aula, seu professor abordou o tema calor e apresentou o conceito,
aplicações no cotidiano e tecnológicas e os processos de transferência de calor.
Para você relembrar o conceito de calor e os processos de transmissão de calor:
Calor é energia térmica em trânsito e flui espontaneamente de um corpo de maior temperatura para
outro, de menor temperatura.
Em função da diferença de temperatura, existem três diferentes processos, por meio dos quais ocorre a
transferência de calor:
− por condução,
− por convecção,
− por radiação.

Agora, é com você!


Te propomos duas atividades em que você deverá explicar cada um desses processos com base nos
seguintes aspectos: estados físicos em que ocorre a transferência de calor, propriedades das substâncias
envolvidas, tipo de ligação química.

Atividade 1: Realize uma pesquisa e procure elaborar uma explicação com base científica para os
processos de transmissão do calor. Faça, também, ilustrações para representar cada um deles, pois elas
te ajudarão a compreender melhor o processo a nível de estrutura interna:
• Explique e ilustre a condução térmica.
• Explique e ilustre a convecção térmica.
• Explique como ocorre a radiação térmica.

Atividade 2: Agora que você já descreveu e explicou cada um dos processos de transferência de calor,
elabore um mapa conceitual desses processos.
• O que é um mapa conceitual?
O mapa conceitual é um esquema elaborado para representar um conjunto de conceitos e pode
ser entendido como uma representação visual utilizada para partilhar significados e tornar mais
fácil a compreensão desses conceitos.
O vídeo a seguir pode te ajudar a compreender melhor o que é um mapa conceitual.

 Conhecimento em um click | Mapa conceitual.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PE6MEjT2FT4.

102
ATIVIDADES
1 – FGV - 2019 (adaptada)Um professor perguntou à turma se haveria possibilidade de existir um balão
de borracha (bexiga) à prova de fogo. Após discutir a ideia com os alunos, o professor realizou junto
com eles o seguinte experimento: encheu dois balões iguais, um com ar (1) e o outro com um pouco de
água (2). Em seguida, aproximou cada um dos balões da chama de uma vela, conforme a figura.

O balão contendo ar (1) estourou rapidamente, enquanto o balão contendo água (2), não. Com base
nessa observação e considerando as propriedades das substâncias ar e água, procure explicar por que o
balão com ar estourou rapidamente e o contendo água, não.

2 – (ENEM 2023) - Uma cafeteria adotou copos fabricados a partir de uma composição de 50% de
plástico reciclado não biodegradável e 50% de casca de café. O copo é reutilizável e retornável, pois o
material, semelhante a uma cerâmica, suporta a lavagem. Embora ele seja comercializado por um preço
considerado alto quando comparado ao de um copo de plástico descartável, essa cafeteria possibilita
aos clientes retornarem o copo sujo e levarem o café quente servido em outro copo já limpo e
higienizado. O material desse copo oferece também o conforto de não esquentar na parte externa. A
cafeteria adota copo reutilizável feito com casca de café.
Fonte:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D2_CD5.pdf.

Quais duas vantagens esse copo apresenta em comparação ao copo descartável?


A) Ter a durabilidade de uma cerâmica e ser totalmente biodegradável.
B) Ser tão durável quanto uma cerâmica e ter alta condutividade térmica.
C) Ser um mau condutor térmico e aumentar o resíduo biodegradável na natureza.
D) Ter baixa condutividade térmica e reduzir o resíduo não biodegradável na natureza.
E) Ter alta condutividade térmica e possibilitar a degradação do material no meio ambiente.

3 − (ENEM 2023) - Em uma indústria alimentícia, para produção de doce de leite, utiliza-se um tacho de
parede oca com uma entrada para vapor de água a 120 °C e uma saída para água líquida em equilíbrio
com o vapor a 100 °C. Ao passar pela parte oca do tacho, o vapor de água transforma-se em líquido,
liberando energia. A parede transfere essa energia para o interior do tacho, resultando na evaporação
de água e consequente concentração do produto. No processo de concentração do produto, é utilizada
energia proveniente:
Fonte:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D2_CD5.pdf.

A) somente do calor latente de vaporização.


B) somente do calor latente de condensação.
C) do calor sensível e do calor latente de vaporização.
D) do calor sensível e do calor latente de condensação.
E) do calor latente de condensação e do calor latente de vaporização.

103
4 – (UNISA-SP) Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor das chamas se transmite
através da parede do fundo da panela para a água que está em contato com essa parede e daí para o
restante da água. Na ordem desta descrição, o calor se transmitiu predominantemente por:
A) radiação e convecção.
B) radiação e condução.
C) convecção e radiação.
D) condução e convecção.
E) condução e radiação.

5 – Observe as afirmações a seguir:

1. O Sol aquece a Terra por meio do processo de _____________ térmica;


2. As panelas são feitas de metal porque esses materiais têm maior capacidade de transmissão de
calor por _______________;
3. Os aparelhos de ar-condicionado devem ficar na parte superior de uma sala para facilitar o
processo de __________________.

As palavras que completam as frases acima corretamente de acordo com os princípios físicos dos
processos de transmissão de calor são, respectivamente:
A) condução, convecção, irradiação;
B) convecção, irradiação, condução;
C) irradiação, convecção, condução;
D) irradiação, condução, convecção;
E) condução, irradiação, convecção.

104
O CALOR E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA

Querido(a) estudante, você percebeu que o calor, ao interagir com a matéria, tende a desorganizá-la.
A nível de estrutura interna, ou seja, nas partes microscópicas que não podemos enxergar, como os
átomos e as moléculas, o calor causa transformações e modifica a organização da estrutura interna de
substâncias sólidas, líquidas e gasosas.
Neste tópico, você compreenderá melhor como ocorrem essas interações entre o calor, que é uma
forma de energia e a matéria, bem como as transformações decorrentes como as dilatações térmicas e
as mudanças de estado físico.

Dilatações térmicas
Para você relembrar o conceito de dilatação linear leia o quadro abaixo:

Dilatação Linear
Num sólido, de comprimento inicial L0, a variação ΔL ocorrerá devido ao aumento ou à diminuição de
temperatura e é proporcional a L0. Essa variação do comprimento também é proporcional à variação de
temperatura ΔT. Logo, a proporcionalidade entre essas variáveis fica expressa matematicamente de
acordo com a seguinte relação:

𝛥L = Lo. 𝛼. 𝛥𝑇

O coeficiente de dilatação linear compreende precisamente como a constante de proporcionalidade entre


as grandezas que estão relacionadas. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações que 𝛼
pode ter com a temperatura.
Mas, na prática, como ocorre a dilatação?

Ela representa, microscopicamente, o afastamento das partes internas dos materiais (seus átomos ou
moléculas), em caso de aumento do comprimento, superfície ou área, ou pode representar,
microscopicamente, a contração no comprimento, superfície ou área, quando há a variação no valor da
temperatura do corpo. A variação do valor da temperatura está associada à transferência de energia e,
em boa parte, essa energia está em forma de calor.

Agora, é a sua vez!

Elabore respostas para as questões a seguir. Não deixe de registrar as perguntas e as suas respostas no
seu caderno.

• A nível da estrutura interna, como ocorre a dilatação linear de um sólido em um processo de


aquecimento? Faça uma ilustração que represente um modelo explicativo para esse fenômeno.
• O que representa o coeficiente de dilatação linear?
• Podemos afirmar que o coeficiente de dilatação linear é uma das propriedades dos materiais?
Justifique sua resposta e cite exemplos de outras propriedades dos materiais que você conhece.

105
▪ As dilatações superficiais e volumétricas

Dilatação superficial
A variação ΔA ocorrerá devido ao aumento de temperatura e é proporcional a A0. Essa variação da área
da superfície de um sólido também é proporcional à variação de temperatura ΔT. Logo, a
proporcionalidade entre essas variáveis fica:

𝛥A= Ao 𝜷. 𝛥𝑇

O coeficiente de dilatação superficial compreende precisamente como a constante de proporcionalidade


entre as grandezas que estão relacionadas e corresponde a duas vezes o valor do coeficiente de dilatação
linear 𝛼. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações que 𝛼 pode ter com a temperatura.

Dilatação volumétrica
A variação ΔV ocorrerá devido ao aumento de temperatura e é proporcional a V0. Essa variação do
volume área de um sólido também é proporcional à variação de temperatura ΔT. Logo, a
proporcionalidade entre essas variáveis fica:

𝛥V= Vo . 𝜸. 𝛥𝑇

O coeficiente de dilatação volumétrica 𝛾 compreende precisamente como a constante de


proporcionalidade entre as grandezas que estão relacionadas e corresponde a três vezes o valor do
coeficiente de dilatação linear 𝛼. Nos usos dessa equação, são desprezadas as variações que 𝛼 pode ter
com a temperatura.

Com base em seus estudos sobre as dilatações térmicas, resolvas as questões abaixo:

• Nos tratamentos dentários deve-se levar em conta a composição dos materiais utilizados nos
dentes restaurados, de modo a haver compatibilidade entre estes e a estrutura natural dos
dentes. Mesmo quando ingerimos alimentos muito quentes ou muito frios, espera-se não
acontecer tensão excessiva, que poderia até vir a causar rachaduras nos mesmos. Entre as
afirmativas a seguir, qual a mais adequada para justificar o fato de que efeitos desagradáveis
dessa natureza podem ser evitados quando:

( ) o calor específico do material do qual são compostos os dentes tem um valor bem próximo
do calor específico desses materiais de restauração.
( ) o coeficiente de dilatação do material do qual são compostos os dentes tem um valor bem
próximo do coeficiente de dilatação desses materiais de restauração.
( ) a temperatura do material de que são compostos os dentes tem um valor bem próximo da
temperatura desses materiais utilizados na restauração.
( ) a capacidade térmica do material de que são compostos os dentes tem um valor bem
próximo da capacidade térmica desses materiais de restauração.
( ) o calor latente do material de que são compostos os dentes tem um valor bem próximo do
calor latente desses materiais da restauração.

106
• A figura representa duas barras metálicas, 𝐴 e 𝐵, de espessura e largura desprezíveis, que
apresentam, à temperatura inicial 𝜃0, comprimentos iniciais 𝐿0 e 2 ⋅ 𝐿0, respectivamente. Quando
essas barras sofreram uma mesma variação de temperatura Δ𝜃, devido à dilatação térmica, elas
passaram a medir 𝐿𝐴 e 𝐿𝐵. Sendo 𝛼𝐴 e 𝛼𝐵 os coeficientes de dilatação térmica linear de 𝐴 e 𝐵,
se 𝛼𝐴 = 2 ⋅ 𝛼𝐵, então

( ) 𝐿𝐵 − 𝐿𝐴 < 0
( ) 𝐿𝐵 − 𝐿𝐴 = 𝐿𝐴
( ) 𝐿𝐵 − 𝐿𝐴 = 𝐿0
( ) 𝐿𝐵 − 𝐿𝐴 > 𝐿0
( ) 𝐿𝐵 − 𝐿𝐴 < 𝐿0

▪ As mudanças de estados físicos

Querido estudante, outros fenômenos decorrentes da interação entre a energia térmica e a matéria são
as mudanças de estados físicos. Nesses fenômenos, também observa-se, a nível de estrutura interna, a
desorganização das moléculas ou dos átomos das substâncias.

As grandezas físicas relacionadas nesse fenômeno são: calor sensível, calor latente, massa e
temperatura.

Para você colocar em prática os conhecimentos adquiridos, resolva os seguintes exercícios:

• Determine a quantidade de calor em Kcal necessária para um bloco de gelo com 2 kg de massa,
inicialmente a -5°C, seja aquecido até a temperatura de 5°C.

DADOS: Calor específico do gelo = 0,5 cal/g°C / Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g

• (Unifor-CE) Um cubo de gelo de massa 100 g, inicialmente à temperatura de - 20 °C, é aquecido


até se transformar em água a 40 °C (dados: calor específico do gelo 0,50 cal/g °C; calor
específico da água 1,0 cal/g °C; calor de fusão do gelo 80 cal/g). As quantidades de calor
sensível e de calor latente trocados nessa transformação, em calorias, foram, respectivamente:

( ) 8.000 e 5.000
( ) 5.000 e 8.000
( ) 5.000 e 5.000
( ) 4.000 e 8.000
( ) 1.000 e 4.000

ATIVIDADES
1 – (ENEM 2023) - Em uma indústria alimentícia, para a produção de doce de leite, utiliza-se um tacho
de parede oca com uma entrada para vapor de água a 120º C e uma saída para água líquida em
equilíbrio com o vapor a 100ºC. Ao passar pela parte oca do tacho, o vapor de água transforma-se em
líquido, liberando energia. A parede transfere essa energia para o interior do tacho, resultando na
evaporação de água e consequente concentração do produto.

Fonte:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D2_CD5.pdf.

107
No processo de concentração do produto, é utilizada energia proveniente:
A) somente do calor latente de vaporização.
B) somente do calor latente de condensação.
C) do calor sensível e do calor latente de vaporização
D) do calor sensível e do calor latente de condensação
E) do calor latente de condensação e do calor latente de vaporização

2 − (PUC - adaptada) O calor específico da água é 1 cal/g °C (uma caloria por grama grau Celsius). Isso
significa que:

A) para aumentar a temperatura em um grau celsius de um grama de água, deve-se fornecer 1


caloria.
B) para diminuir a temperatura em um grau celsius de um grama de água, deve-se fornecer 1
caloria.
C) para diminuir a temperatura em um grau celsius de um grama de água, devem-se retirar 10
calorias.
D) para aumentar a temperatura em um grau Celsius de um grama de água, deve-se retirar 1
caloria.
E) para aumentar a temperatura em um grau Celsius de um grama de água, deve-se fornecer 10
calorias.

3 – Veja na tabela abaixo as temperaturas de fusão e ebulição de algumas substâncias:

Material Temperatura de fusão °C Temperatura de ebulição ºC

Água 0 100

Álcool -114 78

Ácido acético (presente no vinagre) 17 118

Fenol 41 182

Clorofórmio -63 61

À temperatura de 80ºC, quais dessas substâncias estarão no estado líquido:

A) Álcool, Água e Clorofórmio;


B) Água, Ácido acético e Clorofórmio;
C) Água, Ácido acético e Fenol;
D) Ácido acético, Fenol e Clorofórmio;
E) Álcool, Fenol e água.

4 − (Facimpa – MG ) Observe:
I – Uma pedra de naftalina deixada no armário;
II – Uma vasilha de água deixada no freezer;
III- Uma vasilha de água deixada no fogo;
IV – O derretimento de um pedaço de chumbo quando aquecido;

108
Nesses fatos estão relacionados corretamente os seguintes fenômenos:

A) Sublimação; II. Solidificação; III. Evaporação; IV. Fusão.


B) Sublimação; II. Sublimação; III. Evaporação; IV. Solidificação.
C) Fusão; II. Sublimação; III. Evaporação; IV. Solidificação.
D) Evaporação; II. Solidificação; III. Fusão; IV. Sublimação.
E) Evaporação; II. Sublimação; III. Fusão; IV. Solidificação.

5 – (Unesp 2012) Os compostos orgânicos possuem interações fracas e tendem a apresentar


temperaturas de ebulição e fusão menores do que as dos compostos inorgânicos. A tabela apresenta
dados sobre as temperaturas de ebulição e fusão de alguns hidrocarbonetos.

Substância TF (ºC) TE (ºC)

metano -182 -162

propano -188 -42

eteno -169 -104

propino -101 -23

É correto afirmar que os estados físicos em que se encontram os compostos, metano, propano, eteno e
propino, são, respectivamente,

A) sólido, gasoso, gasoso e líquido.


B) líquido, sólido, líquido e sólido.
C) líquido, gasoso, sólido e líquido.
D) gasoso, líquido, sólido e gasoso.
E) gasoso, líquido, líquido e sólido.

109
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Frederico B. de. Experimento- Dilatação térmica. Mundo Educação. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/experimentodilatacao-termica.htm Acesso: 18 nov. 2023.
AMARAL, E. M. R. do, & Mortimer, E. F. (2011). Uma proposta de perfil conceitual para o conceito de
calor. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 1(3). Disponível em
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4154 Acesso em 15 dez. 2023.
COLETOR solar de tubos à vácuo. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation,
2023. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_solar. Acesso em: 16 dez. 2023.
COLETOR solar plano. In: Mundo Educação. Coletor solar. [S. l.], [2023]. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/coletor-solar.htm Acesso em 16 dez. 2023.
DA ROSA, F. N.; MANEA, T. F.; KRENZINGER, A. Estudo comparativo da utilização de coletores solares
planos e tubulares para aquecimento de água. Revista Brasileira de Energia Solar, [S. l.], v. 4, n. 2,
2016. DOI: 10.59627/rbens.2013v4i2.100. Disponível em:
https://rbens.emnuvens.com.br/rbens/article/view/100. Acesso em: 17 dez. 2023.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física: Gravitação, Ondas e
Termodinâmica (vol. 2). 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9a. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
LABORATÓRIO de vácuo e criogenia. Criogenia. Instituto de Física Gleb Wataghin, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2023. Disponível em: https://sites.ifi.unicamp.br/labvacrio/criogenia.
Acesso em 12 dez. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AA
ncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2023. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 12 dez.
2023.
OLIVEIRA JR., L. de; JR., . A.BARBOSA. H. Aquecimento e resfriamento da água, aproximados à forma
real. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 306–319, 2016. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2016v33n1p306. Acesso em: 17 dez.
2023.
PHET Interactive Simulations. Estados físicos da matéria. University of Colorado. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter-basics/latest/states-of-matter-
basics_all.html?locale=pt_BR. Acesso em 03 nov. 2023
PhET Interactive Simulations. University of Colorado. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt/simulations/filter?subjects=physics. Acesso em 03 nov. 2023.
PHYSICS AT SCHOOL - HTML5, (Physics Animations/Simulations). Disponível
em:https://www.vascak.cz/physicsanimations.php. Acesso em 03 nov. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Criogenia"; Brasil Escola, (S.I),2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/criogenia.htm. Acesso em 02 nov. 2023.
SILVA, Maurício Veiga da. Robótica educacional: um recurso para a exploração de conceitos relacionados
à transferência de calor no Ensino Médio. 2017. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ensino de Ciências
Exatas, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 31 jul. 2017. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10737/1718. Acesso em: 16 dez 2023.

110
SILVA, R. W. C., Paula B. L. 2009. Causa do aquecimento global: antropogênica versus natural.
Terræ Didatica, 5(1):42-49. Universidade Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro Disponível em:
https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v5/pdf-v5/TD_V-a4.pdf Acesso em: 18 dez 2023.
TERMÔMETROS: como funcionam? Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação
De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
09_03_23_BL02_EM2_FIS_TERMOMETROS_COMO_FUNCIONAM.mp4. Acesso em: 12 dez. 2023.
TRANSFERÊNCIA calor Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
05_05_22_BL03_EM2_FISI_TRANFERENCIA_DE_CALOR_corri_1.mp4 Google Drive.Acesso em: 12 dez.
2023.
TRANSFERÊNCIA de calor e equilíbrio térmico [S. l.: s. n.], 16 nov. 2021 vídeo (4 min). Publicado pelo
canal Khan Academy. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YP8_Cmkqg48. Acesso em: 12
dez. 2023.
UNICEF. Meio ambiente e mudanças climáticas. Mudanças climáticas e degradação ambiental
enfraquecem os direitos de crianças e adolescentes. Disponível em https://www.unicef.org/brazil/meio-
ambiente-e-mudancas-climaticas. Acesso em: 02 nov. 2023.
VASCAK, Vladmir. Física na escola. Transferência de energia por condução, 2023. Disponível em:
Transferência de energia por condução Acesso em: 18 dez 2023.
VASCAK, Vladmir. Física na escola.Estados físicos da matéria, 2023. Disponível em:
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?f=mf_voda&l=pt Acesso em: 18 dez
2023.
VILANCULO, Jossias Arnaldo. MUTIMUCUIO, Inocente Vasco. SILVA, Carlos Santos. Metodologias
ativas para ensino e aprendizagem da física: Caso de estudo da formulação dos conceitos de calor
e temperatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 09, Vol. 07, pp.
84-107. Setembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/calor-e-temperatura. Acesso em 31 out. 2023.
YOUNG, H.; FREEDMAN I. Física II: Termodinâmica e Ondas. São Paulo: Addison Wesley, 2008.

111
QUÍMICA

APRENDENDO A RECONHECER FUNÇÕES INORGÂNICAS E SUAS PROPRIEDADES

Mecanismos de dissociação e ionização


Dissociação

(Fonte: FELTRE, 2004)


▪ Ionização
O ácido clorídrico, que em seu estado natural (gasoso) é formado por moléculas (HCl) ao ser
dissolvido em água, a própria água quebra as moléculas HCl e provoca a formação dos íons H+ e
Cl-. Essa formação de íons denomina-se ionização.

▪ Função química é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes,


denominadas propriedades funcionais.
As principais funções químicas inorgânicas que iremos estudar são: os ácidos, as bases, os sais
e os óxidos.

▪ Ácidos Inorgânicos
▪ Do ponto de vista prático, os ácidos apresentam as seguintes características:
− formam soluções aquosas condutoras de eletricidade;
− mudam a cor de certas substâncias (chamadas, por esse motivo, de indicadores de ácidos).
▪ Arrhenius: Ácidos são compostos que em solução aquosa se ionizam, produzindo como íon
positivo apenas cátion hidrogênio (H+) ou hidrônio (H3O+).

HCl + H2O → H3O+ + Cl-


HNO3 + H2O → H3O+ + NO3-
H2SO4 + H2O → 2 H3O+ + SO42-

112
Fórmulas

Nomenclatura

Hidrácidos Oxiácidos

Ácidos importantes
● Ácido Sulfúrico
O ácido sulfúrico é o produto químico mais utilizado na indústria; por isso costuma-se dizer que o
consumo de ácido sulfúrico mede o desenvolvimento industrial de um país.
O H2SO4 puro é um líquido incolor, oleoso, denso (d = 1,84 g/mL), corrosivo e extremamente solúvel em
água. O H2SO4 ferve a 338 °C, que é um valor bem acima da temperatura de ebulição dos ácidos
comuns; por isso é considerado um ácido fixo, isto é, pouco volátil.

● Ácido clorídrico
O HCl puro, chamado de gás clorídrico ou cloridrato ou cloreto de hidrogênio, é um gás incolor, não-
inflamável, muito tóxico e corrosivo. Esse gás é muito solúvel em água (cerca de 450 L de gás clorídrico
por litro de água, em condições ambientes). Sua solução aquosa é denominada ácido clorídrico. Trata-se
de uma solução incolor que, quando concentrada, contém cerca de 38% de HCl em massa, é fumegante
(pois libera vapores de HCl), sufocante, muito tóxica e corrosiva.

● Ácido nítrico
O ácido nítrico é um líquido incolor, muito tóxico e corrosivo. Ferve a 83 °C. É muito solúvel em água e,
com o tempo e a influência da luz, sua solução fica avermelhada devido à decomposição do HNO3 em
NO2.

Bases Inorgânicas
Do ponto de vista prático, bases ou hidróxidos são substâncias que apresentam as seguintes
características: formam soluções aquosas condutoras de eletricidade e liberam íons ânions hidroxila em
solução aquosa.
De acordo com Arrhenius, bases ou hidróxidos são compostos que, por dissociação iônica, liberam, como
íon negativo, apenas o ânion hidróxido (OH-), também chamado de oxidrila ou hidroxila.
As bases são muito comuns em nosso cotidiano.
Vários líquidos de limpeza usados nas cozinhas contêm bases, como o hidróxido de sódio (NaOH),
presente em substâncias para desentupir pias, o hidróxido de amônio (NH4OH), encontrado no amoníaco
etc. O chamado “leite de magnésia”, usado para combater a acidez estomacal, contém hidróxido de
magnésio (Mg (OH)2).
O OH- é o responsável pelas propriedades comuns a todas as bases, constituindo por isso o radical
funcional das bases.

113
Exemplos:
NaOH → Na+ + OH-
Ca(OH)2 → Ca2+ 2OH-
Al(OH)3 → Al 3+ + 3 OH-

De modo geral, as bases são formadas por um metal, que constitui o radical positivo, ligado
invariavelmente ao OH2. A única base não-metálica importante é o hidróxido de amônio (NH4OH).

Fórmulas
Uma base é sempre formada por um radical positivo (metal ou NH4+) ligado invariavelmente ao
radical negativo oxidrila (OH-).

Regra de formulação das bases:

Nomenclaturas

Hidróxido férrico ou hidróxido de ferro (III)


Hidróxido de sódio
Hidroxido ferroso ou hidróxido de ferro (II)

Principais bases
● Hidróxido de sódio
O hidróxido de sódio, também chamado de soda cáustica, é um sólido branco, de ponto de fusão 318
°C, muito tóxico e corrosivo e bastante solúvel em água (dissolução muito exotérmica). É uma das bases
mais usadas pela indústria química, servindo na preparação de compostos orgânicos (sabão, seda
artificial, celofane etc.), na purificação de óleos vegetais, na purificação de derivados do petróleo, na
fabricação de produtos para desentupir pias etc.

● Hidróxido de cálcio
O hidróxido de cálcio é conhecido por cal hidratada, cal extinta ou cal apagada. Esses nomes provêm de
seu método de preparação, que é por hidratação do óxido de cálcio (CaO), chamado de cal viva ou cal
virgem.
O Ca(OH)2 é um sólido branco pouco solúvel em água. A suspensão aquosa de Ca(OH)2 é chamada de
leite de cal ou água de cal. O maior uso do hidróxido de cálcio é na construção civil, na preparação de
argamassa (massa para assentar tijolos); na pintura de paredes (caiação). É usada também na
agricultura, como inseticida e fungicida, e ainda no tratamento (purificação) de águas e esgotos.

● Hidróxido de amônio
O hidróxido de amônio não existe isolado, sendo, na verdade, uma solução aquosa de NH3 (amoníaco ou
amônia). É usado em limpeza doméstica, como fertilizante agrícola, na fabricação de ácido nítrico
(HNO3), na produção de compostos orgânicos e como gás de refrigeração.

114
Sais Inorgânicos
Os sais são também muito comuns em nosso cotidiano: o sal comum, NaCl (cloreto de sódio), está
presente em nossa alimentação, na conservação de alimentos (carne-seca, bacalhau e outros) etc; o
bicarbonato de sódio, NaHCO3, é usado como antiácido e também no preparo de bolos e biscoitos; o
sulfato de sódio, Na2SO4 (sal de Glauber), e o sulfato de magnésio, MgSO4 (sal amargo), são usados
como purgante; o gesso usado em ortopedia ou em construção é o sulfato de cálcio hidratado, 2CaSO4 .
H2O; e assim por diante.
Sais são compostos formados juntamente com a água na reação de um ácido com uma base de
Arrhenius. Sais são compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente do H+ e um ânion
diferente do OH-.

Reações de neutralização total


Dizemos que uma reação é de neutralização total quando reagem todos os H+ do ácido e todos os OH-
da base. O sal assim formado é chamado de sal normal ou neutro.

(Fonte: FELTRE, 2004)

Fórmula geral

115
Nomenclatura
O nome de um sal normal deriva do ácido e da base que lhe dão origem. Assim, para obter o nome de
um sal, basta alterar a terminação do nome do ácido correspondente.

Sais importantes
● Cloreto de sódio
É obtido da água do mar (processo de salinas) ou de minas subterrâneas (sal-gema). É usado
diretamente na alimentação ou na conservação de carnes e de pescados. Na alimentação, é importante
que o sal contenha pequenas quantidades de compostos do iodo (NaI, KI, NaIO3 etc.); caso contrário, a
pessoa poderá sofrer dilatação da glândula tireóide, uma doença conhecida como bócio ou papo. Uma
solução aquosa com 0,92% de NaCl é chamada de soro fisiológico e é usada em medicina.
● Hipoclorito de sódio
É um alvejante usado no branqueamento de roupas (água de lavadeira ou água sanitária). É também
vendido como “cloro” é usado no tratamento de piscinas. Sendo agente anti-séptico, é usado na limpeza
de casas, hospitais, etc. Em pequenas quantidades pode ser adicionado à água para lavagem de
vegetais.
● Carbonato de cálcio
É muito comum na natureza, na forma de calcita, calcário, mármore etc. O CaCO3 é também formador
das estalactites e estalagmites encontradas em cavernas calcárias, nos recifes de corais e na carapaça
de seres marinhos. Os usos mais comuns do carbonato de cálcio são na produção da cal virgem (CaO),
na produção do cimento, na agricultura, para reduzir a acidez do solo.
● Carbonato de sódio
É também conhecido como soda ou barrilha. Sua principal aplicação é a fabricação do vidro, O Na2CO3 é
usado também na fabricação de sabões, de corantes, no tratamento de água de piscina etc.

Óxidos

Definições e fórmula geral

Óxidos são compostos binários nos quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo. Apenas os
compostos oxigenados do flúor (como, por exemplo, OF2 e O2F2) não são considerados óxidos, mas sim
fluoretos de oxigênio, pois o flúor é mais eletronegativo que o oxigênio.

116
Óxidos básicos, ácidos e anfóteros

Óxidos básicos são óxidos que reagem com a água, produzindo uma base, ou reagem com um ácido,
produzindo sal e água. Os óxidos básicos são formados por metais com números de oxidação baixos
(+1, +2 ou +3). São compostos sólidos, iônicos, que encerram o ânion oxigênio (O2-) e apresentam
pontos de fusão e de ebulição elevados. Os óxidos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos reagem com
a água; os demais óxidos básicos são pouco solúveis em água.
Óxidos ácidos ou anidridos são óxidos que reagem com a água, produzindo um ácido, ou reagem com
uma base, produzindo sal e água. Os óxidos ácidos ou são formados por não-metais (e, nesse caso, são
compostos geralmente gasosos) ou por metais com números de oxidação elevados, como, por exemplo,
CrO3, MnO3, Mn2O7 etc.
Óxidos anfóteros podem se comportar ora como óxido básico, ora como óxido ácido. Apresentando um
caráter intermediário entre o dos óxidos ácidos e o dos óxidos básicos, os óxidos anfóteros só reagem
com outra substância de caráter químico evidente: ou ácido forte ou base forte. Os óxidos anfóteros
são, em geral, sólidos, iônicos, insolúveis na água e formados:
• ou por metais: ZnO; Al2O3; SnO e SnO2; PbO e PbO2;
• ou por semimetais: As2O3 e As2O5; Sb2O3 e Sb2O5.

Óxidos importantes

● Óxido de cálcio
O óxido de cálcio (CaO), chamado de cal viva ou cal virgem, é um sólido branco que só funde em
temperaturas elevadíssimas (2.572 °C). É preparado por decomposição térmica do calcário e apresenta
as propriedades características de um óxido básico.
Reage com a água, formando o hidróxido de cálcio, chamado de cal apagada ou extinta, é pouco solúvel
em água; sua suspensão chama-se água de cal.

● Dióxido de carbono
O CO2 pode ser preparado pela queima do carvão ou de materiais orgânicos, como a madeira. No
entanto, o CO2 é obtido usualmente como subproduto de várias reações industriais, como, por exemplo,
a decomposição de carbonatos, a fermentação alcoólica na produção do álcool comum e de bebidas
alcoólicas etc. O CO2 gasoso é dissolvido, sob pressão, nas “águas gaseificadas” e nos refrigerantes.
Abaixo de 78 °C negativos, o CO2 torna-se sólido e é conhecido como gelo-seco. Esse nome provém do
fato de o gelo-seco não derreter para formar um líquido, mas sim sublimar-se, passando diretamente do
estado sólido para o gasoso. O gelo-seco é usado em refrigeração (como nos carrinhos de sorvete) e
também para produzir “fumaça” em shows, bailes etc.

Uma ferramenta de vídeo aula sobre o tema está disponível no QR Code abaixo:

117
Fonte: (FUNÇÕES INORGÂNICAS, 2023)

ATIVIDADES
1 – Alguns compostos, quando solubilizados em água, geram uma solução aquosa que conduz
eletricidade. Dos compostos abaixo,
I. Na2SO4
II. O2
III. C12H22O11
IV. KNO3
V.CH3COOH
VI. NaCl

formam solução aquosa que conduz eletricidade:

A) apenas I, IV e VI
B) apenas I, IV, V e VI
C) apenas I e VI
D) apenas VI
E) todos

2 – (PUC-MG) A tabela abaixo apresenta algumas características e aplicações de alguns ácidos:

Nome do ácido Aplicações e características

Ácido muriático Limpeza doméstica e de peças metálicas (decapagem)


Ácido fosfórico Usado como acidulante em refrigerantes, balas e gomas de mascar
Ácido sulfúrico Desidratante, solução de bateria.
Ácido nítrico Indústria de explosivos e corantes.

As fórmulas dos ácidos da tabela são, respectivamente:

A) HCl, H3PO4, H2SO4, HNO3


B) HClO, H3PO3, H2SO4, HNO2
C) HCl, H3PO3, H2SO4, HNO3
D) HClO2, H4P2O7, H2SO3, HNO2
E) HClO, H3PO4, H2SO3, HNO3

118
3- (Mackenzie-SP) O hidróxido de sódio, conhecido no comércio como soda cáustica, é um dos produtos
que contaminaram o rio Pomba, em Minas Gerais, causando um dos piores desastres ecológicos no
Brasil. Dessa substância é incorreto afirmar que:
A) tem fórmula NaOH.
B) é um composto iônico.
C) em água, dissocia-se.
D) é usada na produção de sabões.
E) é uma molécula insolúvel em água

4- (UEPG-PR) Com relação às propriedades das bases de Arrhenius, é incorreto afirmar:


A) o hidróxido de amônio é uma base não-metálica, bastante solúvel em água.
B) os metais alcalinos formam monobases com alto grau de ionização.
C) as bases formadas pelos metais alcalinos terrosos são fracas, visto que são moleculares por
sua própria natureza.
D) os hidróxidos dos metais alcalino-terrosos são pouco solúveis em água.
E) uma base é tanto mais forte quanto maior for seu grau de ionização.

5- (UFRRJ) Os derivados do potássio são amplamente utilizados na fabricação de explosivos, fogos de


artifício, além de outras aplicações. As fórmulas que correspondem ao nitrato de potássio, perclorato de
potássio, sulfato de potássio e dicromato de potássio, são, respectivamente:
A) KNO2, KClO4, K2SO4, K2Cr2O7
B) KNO3, KClO4, K2SO4, K2Cr2O7
C) KNO2, KClO3, K2SO4, K2Cr2O7
D) KNO2, KClO4, K2SO4, K2CrO4
E) KNO3, KClO3, K2SO4, K2Cr2O7

6- (Fuvest-SP) Um elemento metálico M forma um cloreto de fórmula MCl3. A fórmula de seu sulfato é:
A) M2 SO4
B) M SO4
C) M2 (SO4)3
D) M(SO4)3
E) M(SO4)2

7 – (Mackenzie-SP) Com cerca de 40 km de profundidade, a crosta terrestre contém principalmente


óxido de silício e óxido de alumínio. Sabendo que o número de oxidação do silício é 14 e o do alumínio é
13, as fórmulas desses óxidos são:
A) SiO2 e Al2O3
B) SiO2 e Al2O
C) SiO3 e AlO
D) SiO4 e AlO3
E) Si2O e Al2O3

119
8 – (UFRGS-RS) São apresentadas abaixo substâncias químicas, na coluna da esquerda, e uma possível
aplicação para cada uma delas, na coluna da direita.
1. H2SO4 A. descorante de cabelos
2. NaOCl B. antiácido estomacal
3. H2O2 C. água sanitária
4. Mg(OH)2 D. conservação de alimentos
5. NaCl E. solução de baterias automotivas

A associação correta entre as substâncias químicas, na coluna da esquerda, e as aplicações


correspondentes, na coluna da direita, é:
A) 3A, 4B, 2C, 5D, 1E.
B) 2A, 3B, 1C, 5D, 4E.
C) 3A, 4B, 1C, 5D, 2E.
D) 2A, 3B, 4C, 1D, 5E.
E) 3A, 2B, 1C, 4D, 5E.

120
EXPERIMENTANDO A QUÍMICA AMBIENTAL

Os problemas ambientais têm sido amplamente discutidos nos últimos tempos pelos diversos segmentos
da sociedade. A interferência humana vem causando sérios impactos ao meio ambiente, fazendo com
que a poluição da água, do solo e da atmosfera seja discutida na comunidade acadêmica e na educação
básica.
Dessa forma, a realização de aulas experimentais utilizadas na educação básica, de modo demonstrativo
ou com roteiros preestabelecido pode ser uma estratégia eficiente na contextualização do ensino e no
desenvolvimento de um discente estimulado e preocupado com a sociedade, de forma que o conteúdo
da disciplina seja abordado de modo interdisciplinar, enfatizando os conceitos fundamentais para a
inserção da educação ambiental no cotidiano dos discentes.
Entre a educação ambiental e a química, existe uma relação intrínseca, visto que, para entender a
problemática ambiental e propor soluções, precisam-se investigar as causas e a química pode ser
utilizada na explicação dos danos provocados ao meio ambiente e nas tentativas de solucioná-los,
considerando o ambiente da sala de aula um espaço favorável a essa conscientização.

Para isso, os experimentos de 1 a 4 estão propostos a fim de auxiliar o estudo de alguns aspectos
ambientais. Cada experimento será complementado com atividades de discussão propostas no tópico
próprio para as atividades.
Existe disponível no Se Liga na Educação um excelente material que ajudará a compreender o tema
abordado. Essa aula está disponível no QR Code abaixo:

Fonte: (QUÍMICA AMBIENTAL, 2023)

Experimento 01 - Determinação simples de oxigênio dissolvido em água

▪ Materiais e reagentes
3 garrafas PET de refrigerante de 2 L • 3 pedaços de lã-de-aço usada em limpeza doméstica
(Bombril® ou Assolan®) • Água de torneira • Papel de filtro (usado para coar café) • Acetona
comercial • Bastão de vidro • Estufa ou forno de fogão doméstico • Balança de supermercado
(com precisão de ±0,01 g)

▪ Procedimentos
Para a execução do experimento, deve-se pesar três pedaços de lã de aço de aproximadamente
1,5 g cada. Com o auxílio de um bastão de vidro, cada um dos três pedaços já pesados deve ser
introduzido em uma garrafa PET devidamente identificada. Em seguida, abre-se a torneira de
onde será coletada água, de forma que o fluxo de água que saia desta seja bem pequeno. As
garrafas devem ser inclinadas (~30°) com relação à torneira. O fluxo de água deve escoar pelas
paredes da garrafa, de forma a evitar uma oxigenação da água nesta etapa. Após a coleta das
amostras, as garrafas devem permanecer abertas por 15 minutos e depois fechadas e
observadas por cinco dias. Passado este tempo, as garrafas devem ser abertas e o sólido
marrom avermelhado (ferrugem) nelas contido deve ser recolhido por filtração. O papel de filtro

121
deve ser previamente seco (110 °C, 1 h), esfriado à temperatura ambiente e pesado. O sólido
deve ser lavado com acetona, a fim de facilitar a secagem. O sistema (papel + sólido) deve ser
seco em estufa (110 °C, 1 h) e depois transferido para um dessecador. Caso se utilize forno
caseiro em substituição à estufa, não use acetona em hipótese alguma. Determina-se a massa
do sólido vermelho formado utilizando balança. O sistema (papel + ferrugem) à temperatura
ambiente deve ser pesado e a massa de ferrugem determinada pela subtração da massa do
papel filtro. Por meio da estequiometria da reação de formação da ferrugem, é possível calcular a
concentração de oxigênio dissolvido na água das garrafas. Os resultados devem ser expressos
nas unidades mg L-1.

Experimento 2 – Efeito Estufa usando material alternativo

▪ Materiais e reagentes
2 garrafas de refrigerante (PET) de 250 ml; · 2 garrafas de refrigerante (PET) de 2000 ml; · 1
garrafa pet de 600 ml; · 0,5 metro de mangueira látex; · Cola de silicone; · Dois termômetros
com precisão mínima de 1 ºC (com qualquer faixa de medição que abranja a temperatura do
ambiente até 50 ºC, podendo ser a álcool ou digital do tipo espeto); · 200 g de bicarbonato de
sódio; · 500 ml de vinagre; · 1 cronômetro; · 1 ferro de soldar ou qualquer ferramenta para
perfurar as garrafas.

Observação: cuidados e riscos.

É importante ressaltar que, para perfurar as garrafas, pode ser utilizado um ferro quente (tipo ferro de
soldar) ou qualquer material perfurocortante, mas estes podem machucar o estudante. Para minimizar o
risco, é indispensável que os alunos sejam acompanhados na execução.

▪ Procedimentos para montagem


Numere as garrafas de refrigerante de 250 ml com 1 e 2 e as garrafas de dois litros com 3 e 4.
Para montar os sistemas 1 e 2 (Figura 1), perfure as tampas das garrafas 1, 2, 3 e 4 apenas o
suficiente para a entrada do termômetro e da mangueira de látex (garrafas 1 e 2) e, em seguida,
passe cola de silicone unindo termômetro e as mangueiras às tampas. Assegure que não haja
vazamento de gás (principalmente no sistema 1) e que a cola de silicone ou a tampa da garrafa
não atrapalhem a leitura da temperatura nos termômetros a álcool (caso utilize o termômetro
digital do tipo espeto, esse problema não ocorre). Além disso, o bulbo do termômetro deve ficar
interno às garrafas. É necessário furar as garrafas 2 e 3 e interligá-las com uma mangueira de
látex que conduzirá o gás carbônico produzido pela reação entre o bicarbonato de sódio e o
vinagre (conforme Figura 1).

Figura 01 – Esquema do experimento


Fonte: (Guimarães; Dorn, 2015)

122
Procedimentos para executar o experimento. Retire o máximo que puder o ar da garrafa 3 (Figura 2).
Coloque 200g de bicarbonato de sódio na garrafa 2 e acrescente vinagre na garrafa 1. Vire a garrafa 1 e
pressione lentamente para que o vinagre entre em contato com o bicarbonato de sódio e produza o gás
carbônico. Execute esse procedimento até que a garrafa 3 fique completamente preenchida por CO2. A
garrafa 4 (Figura 3) ficará preenchida com ar atmosférico à pressão ambiente a qual servirá de
parâmetro de comparação da variação de temperatura nos dois sistemas (Figura 3). Observe se a
garrafa 4 está com água líquida no fundo ou com gotas nas paredes. Caso exista, poderá haver um
aumento anômalo da temperatura nesse sistema, pois a água. Coloque o sistema sob a luz do sol e
acione o cronômetro. Uma lâmpada incandescente pode substituir o sol e os melhores resultados são
obtidos com uma potência igual ou superior a 100 W e com mesma distância entre as garrafas 3 e 4
(dispostas entre as garrafas distante, aproximadamente, 1 cm de cada uma). Faça medidas da
temperatura dos dois sistemas a cada minuto, lance os dados obtidos numa tabela e, em seguida, num
gráfico para comparar a variação de temperatura em cada um dos sistemas. Os mesmos resultados não
podem ser obtidos utilizando lâmpadas fluorescentes, isso porque os picos característicos do
comprimento de onda dessas lâmpadas não coincidem com os comprimentos de absorção do CO2.

Figura 2: Sistema 1, garrafa amassada Figura 3: Sistema montado

(Guimarães; Dorn, 2015)


Experimento 3 – Uma Proposta de Aula Experimental de Química para o Ensino Básico
Utilizando Bioensaios com Grãos de Feijão (Phaseolos vulgaris)

▪ Materiais e Reagentes
Detergente comum; recipiente de medida com volume de 500 mL; seringa sem agulha; copos
plásticos descartáveis; garrafas plásticas descartáveis; grãos de feijão (Phaseolos vulgaris);
algodão; água.

▪ Montagem do experimento
Preparar as soluções aquosas por dissolução de detergente comum em água da torneira em
cinco concentrações diferentes: 0,2%, 0,4%, 0,6%, 0,8% e 1,0% (v/v). Transferir o detergente
com o auxílio de uma seringa para um copo de medida e completar com água até o volume
necessário à concentração desejada para solução. Acondicionar as soluções preparadas em
temperatura ambiente em recipientes plásticos (garrafas plásticas descartáveis).
Como solução controle negativo, utilizar água da torneira. Rotular os copos plásticos descartáveis
com a concentração da solução de detergente; colocar um chumaço de algodão comercial em
cada copo; posteriormente umedecer com 3 mL da solução-teste; e semear com um grão de
feijão (Phaseolos vulgaris). Realizar os testes em triplicata para cada concentração da solução-

123
teste e para a solução controle negativo (água da torneira).
Manter os recipientes com grãos de feijão em local arejado, expostos à luz solar, durante um
período de sete dias. Nesse período, acompanhar o desenvolvimento da germinação dos grãos
e, quando necessário, umedecer o algodão com a solução-teste de forma que esteja sempre
úmido e ter cuidado para não encharcá-lo. Em cada copo plástico descartável utilizado,
colocar apenas um grão para evitar competição entre os grãos, já que o espaço dentro do
copo é reduzido.

Experimento 4 – Aplicação de princípios de Química Verde em experimentos didáticos: um


reagente de baixo custo e ambientalmente seguro para detecção de íons ferro em água

Materiais e reagentes

● Comprimidos de sulfato ferroso, Papel de filtro (café), comprimidos de aspirina (500mg), solução
de bicarbonato de sódio 1 mol/L, chapa aquecedora, béquer 500 mL

Procedimentos

1. Obtenção da solução de Fe3+

Usar 5 comprimidos comerciais de sulfato ferroso, cerca de 1,6 g. Remover cuidadosamenteoO corante
vermelho da superfície dos comprimidos em água corrente. Em seguida, macerar os comprimidos e
dissolvê-los em água até o volume de 100 mL. Filtrar a mistura resultante e nomeá-la como solução A.
Para a conversão de Fe+2 em Fe+3, utilizar 10 mL da solução A e foram adicionar 5 mL de água
oxigenada comercial 10 volumes, resultando na solução B. Essa conversão é chamada de reação de
Fenton.

2. Solução de íons salicilato - reagente detector de Fe+3

Dissolver o comprimido de aspirina em um pouco de água e adicionar 20 ml da solução de bicarbonato


de sódio 1 mol/L e levar essa mistura a chapa aquecedora por 10 minutos. Após resfriar, adicionar água
até 500 mL.

3. Teste com os íons Fe3+

A reação de complexação entre os íons Fe3+ e os íons salicilato foram testadas adicionando algumas
gotas de solução de íons salicilato à 2 mL de solução aquosa de íons Fe3+.

124
ATIVIDADES
Experimento 01 – Determinação simples de oxigênio dissolvido em água

Discussão
A formação de ferrugem ocorre em meio aeróbico e o ferro contido na palha-de-aço pode ser
completamente convertido em óxido de ferro hidratado (chamado de ferrugem). Embora sua fórmula
seja indefinida, pode ser escrita como Fe2O3.nH2O, onde n depende das condições de formação do
óxido.
Antes das garrafas serem fechadas, a água estava totalmente transparente. Após oito horas, a água
tornou-se amarela, evidenciando que a corrosão tinha se iniciado e o Fe(0) da palha-de-aço estava
sendo oxidado a Fe(II), que difundiu-se na solução. Depois de cinco dias, observou-se a presença de um
sólido marrom avermelhado nas garrafas. A reação global do processo é:

2Fe(s) + 3/2O2 (g) + nH2 O(l) → Fe2 O3.nH2O(s) (Equação 1)

A concentração de oxigênio dissolvido (COD) pode ser determinada através da massa de Fe2O3.nH2O
formada. Supondo-se que as águas de hidratação (nH2O) foram eliminadas no processo de secagem,
realizado em estufa, a 110 °C por 1 h, pode-se calcular a COD a partir da massa de Fe2O3 obtido
usando-se a Equação 1.

2Fe(s) + 3/2O2 (g) → Fe2O3 (s)


(3/2) . 32,00 g — 159,69 g
x — massa de Fe2O3 g

O volume da garrafa PET é 2,10 L. Então, havia essa massa calculada em mg de OD em 2,10 L de água,
finalmente pode-se expressar o resultado como COD em mg L-1.
1. Calcular a massa de oxigênio dissolvido na(s) amostra(s) coletada(s).
2. Com os dados obtidos, sugere-se pesquisar valores considerados normais para os diversos tipos
de cursos d’água e comparar com os resultados encontrados nos experimentos.
3. Para enriquecer a discussão, fazer uma pesquisa sobre as principais causas de alteração do teor
de oxigênio dissolvido nos cursos d’água.

Experimento 2 – Efeito Estufa usando material alternativo

Discussão

Os dados coletados pelo professor e estudantes servirão para discutir a retenção de energia solar pelos
gases atmosféricos. Grande parte da radiação emitida pelo sol se encontra na faixa espectral em torno
de 0,5 µm, enquanto que a radiação terrestre se concentra na faixa de 10 µm. Por essa razão, a
radiação solar é denominada radiação de ondas curtas (OC), e a radiação terrestre, de ondas longas
(OL). Os gases nitrogênio e oxigênio (presentes na atmosfera) não absorvem a radiação em OL emitida
pela superfície da Terra, ao passo que H2O, CO2, NO2, O3, CH4 e gases da família do CFCs absorvem
uma fração significativa de radiação em OL.

1. Correlacionar os resultados obtidos com a teoria envolvendo absorção e retenção de calor pela
atmosfera terrestre.
2. Discutir a importância do efeito estufa para a existência da vida na Terra.

125
3. Discutir as causas do agravamento do efeito estufa e as responsabilidades individuais, coletivas e
governamentais em nível nacional e mundial.
4. Propor soluções para médio e longo prazo para diminuição do efeito estufa.

Experimento 3 – Uma Proposta de Aula Experimental de Química para o Ensino Básico


Utilizando Bioensaios com Grãos de Feijão (Phaseolos vulgaris)

Resultados e discussão

1. Reportar o resultado dos experimentos comparando com a amostra germinada em água limpa.
Observar as características das raízes, caule, casca em todos os grãos estudados e relacionar os
resultados obtidos com as condições de germinação.
2. Como a presença do detergente impacta no desenvolvimento desses seres vivos?
3. Qual a relação entre a contaminação da água e do solo?
4. Quais medidas devem ser tomadas para evitar a contaminação dos cursos d’água?
5. Quais são as principais fontes poluidoras no que se refere a sabões e detergentes?
6. Quais as responsabilidades individuais, comunitárias e governamentais para diminuir e evitar que
novos cursos sejam contaminados?

Experimento 4 – Aplicação de princípios de Química Verde em experimentos didáticos: um


reagente de baixo custo e ambientalmente seguro para detecção de íons ferro em água

Resultados e discussão

Após realizados os experimentos, discutir a importância da química no controle de áreas contaminadas


por meio de análises.

1. Pesquisar as concentrações máximas permitidas de ferro e metais tais como cobre, cádmio,
manganês e zinco na água de rios e lagos.
2. Pesquisar a importância de íons metálicos tais como ferro, cobre, manganês e zinco na água de
rios e lagos.
3. Discutir os impactos da alta concentração de íons ferro, cobre, cádmio, manganês e zinco na
água, fora dos limites de concentração máximos permitidos.

126
TODOS OS CORPOS EMITEM RADIAÇÃO, ISSO INCLUI NÓS, HUMANOS?

O tema “Eletroquímica” é de grande importância dentro do estudo da química. Por meio do estudo desse
tema, pode-se desdobrar em outros assuntos, dentre os quais pode-se citar química ambiental,
compostos inorgânicos e reações químicas. A eletroquímica estuda formas de obtenção de energia
elétrica por meio de reações de oxidação e redução.
Nesse tópico, um experimento sobre pilhas de Daniell e pilhas por empilhamento será realizado com o
objetivo de melhorar a compreensão dos conceitos envolvendo a eletroquímica.
Finalmente uma atividade relacionada aos resultados do experimento realizado está proposta na seção
apropriada.

Materiais empregados

Pilha 1 – Pilha de Daniell


▪ 1 membrana de casca de salsicha (de celulose regenerada) ou casca de lingüiça (tripa seca
bovina), ambas existentes em casas frigoríficas, de 13 cm de comprimento.
▪ Fio de náilon (linha de pesca).
▪ 1 placa de cobre e 1 de zinco (lixadas), de aproximadamente 10 cm x 2 cm x 0,1 cm.
▪ 1 L de solução saturada de NaCl em água (sal de cozinha).
▪ Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), 1 mol/L (12,5 g em 50 mL de água), encontrado em lojas de
artigos de jardinagem e casas agropecuárias.
▪ Lâmpada de 1,5 V (farolete pequeno) com os pólos ligados a fios.
▪ 1 garrafa plástica descartável de refrigerante 2 L.
▪ 1 placa de madeira ou isopor, com dois orifícios (3,5 cm de diâmetro) separados por 1,5 cm
(essa peça serve somente para suporte).
▪ Fita adesiva.
▪ Elástico.
▪ Multímetro (opcional).

Pilha 2 – Empilhamento
▪ 2 placas de cobre e 2 de zinco (lixadas).
▪ 4 tiras de feltro (tecido).
▪ 2 tiras de papelão (usado em confeitarias na embalagem de bolos), todas as tiras medindo 10
cm x 2 cm.
▪ Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), 1 mol/L (aproximadamente 6,2 g em 25 mL de água).
▪ Aproximadamente 100 mL de solução saturada de NaCl em água (sal de cozinha).
▪ Fita adesiva.
▪ Lâmpada de 1,5 V com os pólos ligados a fios.

Procedimentos

Pilha 01 - Daniell
A compartimentalização da semicélula de cobre é feita na casca, que é uma membrana porosa e permite
o fluxo de íons. Lave muito bem a membrana com água e detergente; corte a garrafa plástica a uma
altura de 15 cm da base (formando um recipiente) e corte o bocal, conectando uma das extremidades
da casca a este, conforme mostra a Figura 1.

127
Figura 1: Ilustração da seqüência de adaptação da casca (membrana) ao bocal de garrafa.

Fonte: (Humor com Ciência, [2023])

(Fonte: HIOKA, 1998)


Apoie o bocal de garrafa (com a membrana) no suporte de madeira/isopor. Adicione, pelo bocal, a
solução de CuSO4. Introduza o conjunto no recipiente plástico contendo a solução de NaCl saturado. A
seguir coloque a placa de cobre na solução de sulfato de cobre e a placa de zinco diretamente na
solução de NaCl (use o outro orifício do suporte); conecte os fios da lâmpada às placas metálicas com
fita adesiva, conforme mostrado na Figura 2.

Figura 2: Ilustração da Pilha de Daniell modificada.

(Fonte: HIOKA, 1998)

Pilha 02 – Empilhamento

Monte a pilha com a seguinte seqüência de empilhamento: placa de cobre, feltro encharcado com a
solução de sulfato de cobre; papelão encharcado com a solução de NaCl; feltro encharcado com a
solução de NaCl; placa de zinco (Figura 3); continua-se o empilhamento repetindo-se a mesma
seqüência. Conecte os fios da lâmpada às placas laterais (de cobre e de zinco). Observe.

128
Figura 3: Ilustração de parte da pilha de empilhamento

(Fonte: HIOKA, 1998)


Como material auxiliar, pode-se acessar o QR Code abaixo, no qual há um vídeo aula em que se
explica de forma clara e objetiva os conceitos fundamentais da eletroquímica.

Fonte: (ELETROQUÍMICA, 2023)

ATIVIDADES
1 – Sobre o experimento realizado, observar o acendimento da lâmpada e discutir as seguintes
questões:
A) A tensão da pilha depende da superfície de contato entre placa e solução?
B) Sugere-se alterar a área de contato fazendo emergir/imergir parcialmente as placas metálicas
da pilha 1 e medindo-se, durante esse procedimento, a tensão (lembre-se de medir sem a
lâmpada).
C) Nas pilhas apresentadas, realmente é a corrente o fator limitante para o acendimento da
lâmpada? Sugere-se emergir/imergir as placas metálicas da pilha 1 e observar a intensidade
luminosa.
D) Nas pilhas propostas, em vez de soluções contendo íons Zn2+ utilizaram-se soluções de NaCl.
Tal fato gera tensões ligeiramente diferentes de 1,1 V. Por que os resultados qualitativos são
os mesmos?
E) Na pilha 1, após uma hora de funcionamento e conhecendo-se a corrente gerada pela mesma,
calcule: i) a quantidade de elétrons que circulou pela lâmpada e ii) a massa de cobre
depositada no eletrodo de cobre. Compare com o valor experimental, determinando a massa
da placa de cobre antes e depois do experimento.
F) Escrever as reações que ocorrem nas duas pilhas, identificando as espécies que sofrem reação
de oxidação e redução, bem como as partes constituintes das duas pilhas.

129
2 – Um químico descobriu que o níquel metálico pode ceder elétrons espontaneamente em soluções de
NiCl2, e construiu a seguinte pilha: Ni°|Cu2+ || Ni2+|Cu° Para esta pilha, é correto afirmar:
A) o Ni° oxida e o Cu2+ reduz.
B) o químico transformou cobre em níquel.
C) o cátodo é o Ni2+ e o ânodo é o Ni°.
D) a solução de Cu2+ ficará mais concentrada.
E) a solução de Ni2+ ficará menos concentrada.

3 – Considere as seguintes afirmações a respeito da pilha de Daniell:


I. No ânodo ocorre redução dos íons da solução.
II. A passagem de elétrons, no circuito externo, ocorre sempre do cátodo em direção ao ânodo.
III. O cátodo sofre uma redução de massa.
Marque a alternativa que indica os itens que são corretos:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) todas.
E) nenhuma.

4 – (CESGRANRIO-RJ) Considere a pilha representada abaixo.

Cu(s)/ Cu2+ || Fe3+, Fe2+ / Pt(s)

Assinale a afirmativa falsa.

A) A reação de redução que ocorre na pilha é: Cu2+ + 2 e– → Cu(s)


B) O eletrodo de cobre é o ânodo.
C) A semi-reação que ocorre no cátodo é Fe3+ + e– → Fe2+.
D)
A reação total da pilha é: 2 Fe3+ + Cu → 2 Fe2+ + Cu2+
E) Os elétrons migram do eletrodo de cobre para o eletrodo de platina

5 – (UNIFESP-SP) Ferro metálico reage espontaneamente com íons Pb2+, em solução aquosa. Esta
reação é representada por:

Fe + Pb2+ → Fe2+ + Pb

Na pilha representada pela figura:

130
Fonte: (Dias, 2022)
Em que ocorre aquela reação global,

A) os cátions devem migrar para o eletrodo de ferro.


B) ocorre deposição de chumbo metálico sobre o eletrodo de ferro.
C) ocorre diminuição da massa do eletrodo de ferro.
D) os elétrons migram através da ponte salina do ferro para o chumbo.
E) o eletrodo de chumbo atua como ânodo.

131
REFERÊNCIAS
DIAS, Diogo Lopes. Exercícios sobre a pilha de Daniell. Mundo Educação, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-quimica/exercicios-sobre-pilha-daniell.htm.
Acesso em: 18 dez. 2023.
ELETROQUÍMICA. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais.
Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1GWn2QPW9N9KWjPlCdx_J6r1tPpKZij7M/view. Acesso em: 20 dez 2023.
FELTRE, Ricardo. Química 1: Quimica Geral. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 400 p. v. 1.
FERREIRA, L. H. et al. Determinação simples de oxigênio dissolvido em água. Química Nova na
Escola, [s. l.], n. 19, p. 32-35, 2004.
FUNÇÕES INORGÂNICAS. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1XO08lTHxfqcwK3hSqJWgd3--0ZVgUKMt/view . Acesso em: 20
dezembro 2023.
GUIMARÃES, Cleidson Carneiro; DORN, Rejane Cristina. Efeito estufa usando material
alternativo. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 37, ed. 2, p. 153-157, 2015.
HIOKA, Noboru et al. Experimentos sobre pilhas e a composição dos solos. Química Nova na
Escola, São Paulo, ed. 8, p. 36-39, 1998.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p. Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev. 2023.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: Planos de Curso Ensino
Médio 2023. Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 10 mar.
2023.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais.
Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 17 fev. 2023
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andrea Horta. Química para o ensino médio. 2. ed. São
Paulo: Scipione, 2013. 436 p. v. 1.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. 4.
ed. São Paulo: Moderna, 2006. 408 p. v. 1.
QUÍMICA AMBIENTAL. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1mF02tzfJLibDrvX2mKQUp1R93jaQyfYB/view. Acesso em: 20 dez 2023.
SOUSA, Genicleide L.; SIMÕES, Anderson S. M. Uma Proposta de Aula Experimental de Química para o
Ensino Básico Utilizando Bioensaios com Grãos de Feijão (Phaseolos vulgaris). Química Nova na
Escola, São Paulo, v. 38, ed. 1, p. 79-83, 2016.
VENTAPANE, Ana Lúcia de S.; SANTOS, Paula M. L. dos. Aplicação de princípios de Química Verde em
experimentos didáticos:: um reagente de baixo custo e ambientalmente seguro para detecção de íons
ferro em água. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 43, ed. 2, p. 201-205, 2021.

132

Você também pode gostar