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SUMÁRIO

BIOLOGIA ............................................................................................................... pág 01


Planejamento 1: Organização e fisiologia celular....................................... pág 01
Planejamento 2: Metabolismo energético: respiração celular, fotossíntese
e quimiossíntese .................................................................................... pág 14
Planejamento 3: Divisão celular ............................................................... pág 21

FÍSICA ................................................................................................... pág 27


Planejamento 1: Trabalho de uma força .................................................. pág 27
Planejamento 2: Energia mecânica e conservação de energia .................... pág 33
Planejamento 3: Máquinas simples e torque ............................................. pág 45
Planejamento 4: Quantidade de movimento ............................................. pág 52

QUÍMICA ............................................................................................... pág 58


Planejamento 1: Reações químicas e quantidade de matéria ..................... pág 58
Planejamento 2: Quantidade de matéria .................................................. pág 66

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
1 o ano Ensino Médio 2023
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Biologia Ciências da Natureza e suas Tecnologias

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Fisiologia celular. (EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus


diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT211MG) Analisar e discutir os processos que alteram as
propriedades coligativas em especial as que interferem no transporte por
membrana celular, na temperatura e pressão de líquidos e gases.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos,
resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou
interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de
classificação e equações, por meio de diferentes linguagens, mídias,
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), de modo a
participar e/ou promover debates em torno de temas científicos e/ou
tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como em
equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência
das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis
de informações.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Organização e fisiologia celular.
DURAÇÃO: 07 aulas.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), este planejamento tem o objetivo principal de trabalhar a habilidade EM13CNT202X,
esse momento será para o estudante compreender a estrutura e morfologia celular. Espera-se que o
estudante entenda como os tipos celulares e a organização celular são fundamentais para o
agrupamento dos organismos em domínios Eukarya, Bactéria e Archaea. Além disso, o estudante deve
reconhecer as diferenças entre uma célula vegetal e animal. Deverão ser trabalhados: núcleo celular,
os envoltórios celulares, citoplasma e organelas citoplasmáticas. Dê as boas-vindas aos estudantes,
anote na lousa o componente curricular, a data do dia e seu nome. Realize um acolhimento da turma,
exercendo sua presença pedagógica.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA: CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Nesta etapa é proposta uma discussão inicial com os estudantes, tendo como referência a
problemática: O que diferencia os seres vivos e como estes seres são formados? Durante o
desenvolvimento desta atividade é essencial, professor(a), que você faça pequenas intervenções de
modo a fomentar a participação dos estudantes.
É importante deixar que os estudantes compartilhem suas opiniões sobre o tema e levantem hipóteses
sobre o assunto. Não se preocupe em responder seus questionamentos ou até mesmo corrigir, caso
alguma informação ou conceito seja levantado de forma errônea pelos estudantes, nesse momento,
estimule-os a pensar sobre o tema. Propomos, também, que o estudante faça uma investigação, em
casa, sobre as hipóteses para explicar qual a composição dos seres, o que diferencia uma bactéria de
um vírus, fungo ou até de nós mesmos, de modo que os estudantes adquiram um conhecimento
prévio do assunto a ser trabalhado na próxima aula.

A teoria celular é uma das teorias fundamentais da biologia, que estabelece que todos
os organismos vivos são compostos por células. Essa teoria foi proposta por volta de
1839 por Matthias Schleiden e Theodor Schwann, e desde então tem sido um dos
pilares da biologia moderna.
De acordo com a teoria celular, todos os organismos vivos, desde as bactérias até os
seres humanos, são compostos por células. As células são as unidades básicas da vida,
responsáveis por realizar todas as funções necessárias para a sobrevivência e
reprodução do organismo.
As células são estruturas complexas, compostas por uma série de organelas e
moléculas que trabalham em conjunto para realizar diversas funções. Algumas dessas
funções incluem a produção de energia, a síntese de proteínas, a replicação do DNA e
a comunicação celular.
A teoria celular estabelece que todos os organismos vivos são compostos por células,
as quais são as unidades básicas da vida. Essa teoria é fundamental para a
compreensão da biologia e tem sido uma das bases da biologia moderna desde sua
proposta por Schleiden e Schwann no século XIX.
Existem dois tipos principais de células: as células procarióticas e as células
eucarióticas. As células procarióticas são mais simples e menores do que as células
eucarióticas, e não possuem núcleo ou organelas membranosas. Elas são encontradas
em organismos unicelulares, como as bactérias.
As células eucarióticas, por outro lado, são mais complexas e maiores do que as

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células procarióticas. Elas possuem um núcleo que abriga o material genético, bem
como uma série de organelas membranosas que realizam diversas funções celulares.
As células eucarióticas são encontradas em organismos multicelulares, como os
animais e as plantas.
Além da classificação em células procarióticas e eucarióticas, as células também podem
ser classificadas em diferentes grupos com base em sua organização e nutrição.
As células unicelulares são aquelas que formam organismos compostos por uma única
célula, como é o caso das bactérias e algumas algas. Essas células são capazes de
executar todas as funções necessárias para a sobrevivência do organismo, como
nutrição, reprodução e manutenção do equilíbrio interno.
Já as células pluricelulares são aquelas que formam organismos compostos por várias
células, como animais, plantas e fungos. Essas células são altamente especializadas e
organizadas em tecidos e órgãos, cada um com uma função específica, e dependem da
cooperação e integração entre as células para a sobrevivência do organismo.
Quanto à nutrição, as células também podem ser classificadas em autotróficas e
heterotróficas. As células autotróficas são aquelas que são capazes de produzir seu
próprio alimento, a partir de processos de fotossíntese ou quimiossíntese. As plantas
são exemplos de organismos autotróficos, que produzem sua própria energia a partir
da luz do sol.
Por outro lado, as células heterotróficas são aquelas que precisam obter seu alimento a
partir de outras fontes, como a ingestão de nutrientes. Animais e fungos são exemplos
de organismos heterotróficos, que obtêm seu alimento a partir da ingestão de outros
organismos ou de substâncias orgânicas produzidas por eles.
Essas diferentes classificações das células são importantes para entender a diversidade
dos organismos vivos e como cada um deles é adaptado ao seu ambiente e modo de
vida.

2ª À 5ª AULA - CONHECENDO AS CÉLULAS


Após relembrar os conceitos básicos com os estudantes, sugerimos uma aula prática para identificar as
estruturas presentes nas células e como diferenciá-las. Ao observar as células da cebola e da mucosa
os estudantes terão acesso a 2 tipos diferentes de células. Professor(a), você pode ainda confeccionar
ou adquirir uma lâmina contendo células bacterianas para ampliar ainda mais o conhecimento.

Super dica!!!
Caso a escola não possua microscópio, você pode construir um a Imagem 1 - (QR Code) – Aprenda a
partir de materiais acessíveis, além de um celular. Separamos um transformar seu smartphone em um
microscópio caseiro.'
tutorial com o passo a passo de como construir esse dispositivo de
maneira simples. Disponibilizamos o QR Code ao lado (aponte a
câmera do celular para acessar) para acessar o tutorial. É
importante que os estudantes entendam que os dispositivos digitais
são ferramentas poderosas que podem ajudá-los a acessar
informações, aprender de maneira mais eficaz e colaborar com
colegas e professores. No entanto, também é importante
estabelecer limites claros sobre o uso desses dispositivos durante as
atividades de aprendizagem para evitar distrações e desvios de Fonte: (ROSSIN, 31 out. 2014)

atenção.

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Primeiro Momento:
Essa aula prática pode ser utilizada para introduzir conceitos de citologia e histologia vegetal, bem
como permitir que os estudantes visualizem a diversidade celular presente nos tecidos vegetais. É
importante ressaltar a necessidade de cuidados com a higiene pessoal e do material utilizado para
evitar a contaminação microbiológica.

▪ Observando uma célula vegetal


Uma aula prática com células vegetais utilizando a cebola é uma ótima forma de introduzir conceitos
de citologia e histologia vegetal para os estudantes. A cebola é uma opção interessante, pois suas
células possuem uma parede celular espessa e são facilmente observadas ao microscópio após a
coloração.

Materiais necessários:
− cebola;
− lâmina de vidro limpa;
− lâmina histológica;
− solução corante (por exemplo, lugol);
− microscópio.

Procedimento:
− Instrua os estudantes a lavarem as mãos e a cebola com água e sabão antes de iniciar a
atividade.
− Corte a cebola em fatias finas e remova uma camada fina da epiderme da cebola utilizando
uma lâmina de barbear ou faca afiada.
− Coloque a camada de epiderme da cebola na lâmina histológica.
− Acrescente uma gota de água destilada com auxílio de uma pipeta de Pasteur.
− Sem a adição do corante, observe a epiderme da cebola ao microscópio de luz. As células da
cebola devem ser facilmente identificadas.
− Adicione duas gotas da solução corante (por exemplo, lugol) sobre a região próxima à lamínula,
utilizando um tira de papel filtro para possibilitar a entrada e o contato do corante com a
epiderme da cebola.
− Incline a lâmina aproximadamente em 45 graus para permitir que a solução corante penetre
nas células.
− Cubra a lâmina com uma lamínula e pressione suavemente para retirar o excesso de corante.
− Leve a lâmina ao microscópio e ajuste a objetiva de 40x para a observação das células.
− Peça aos estudantes para observarem as células da epiderme da cebola no microscópio e
identificarem as estruturas celulares básicas, como o núcleo, a parede celular e o citoplasma.
− Caso necessário, ajuste o foco e a iluminação para obter uma imagem nítida.

A adição do corante lugol permite a identificação de estruturas como o núcleo, nucléolo, citoplasma e
área vacuolar. Essa técnica é muito útil para a identificação e observação de estruturas celulares em
tecidos vegetais, o que pode auxiliar no estudo da morfologia e função das células vegetais.

As células da epiderme podem ser observadas apresentando-se alongadas e imbricadas, sem deixar
espaços entre si. O citoplasma, apresentará aspectos translúcidos e, em algumas células, mostrará
áreas vacuolares, que permitirá́ visualizar regiões mais claras do citoplasma e sem presença de
organelas.

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▪ Observando uma célula animal

Para observar células da mucosa da boca, é possível realizar uma aula prática de raspagem bucal. Esta
técnica consiste em coletar células da mucosa oral com uma escova ou espátula de madeira, e
observá-las ao microscópio após a fixação e coloração.

Materiais necessários:
− escova de dente ou espátula de madeira;
− lâminas de vidro limpas;
− solução fixadora (por exemplo, álcool a 70%);
− solução corante (por exemplo, giemsa);
− microscópio.

Procedimento:
− Instrua os estudantes a lavarem as mãos e a boca com água e sabão antes de iniciar a
atividade.
− Peça aos estudantes para fazerem uma raspagem da mucosa bucal utilizando a escova de
dente ou a espátula de madeira. Eles devem raspar suavemente a parte interna da bochecha
ou a superfície da língua durante cerca de 30 segundos.
− Coloque a escova de dente ou a espátula em um tubo contendo a solução fixadora (álcool a
70%), de modo a fixar as células coletadas.
− Em seguida, coloque uma gota da solução corante (por exemplo, Giemsa) sobre uma lâmina de
vidro limpa.
− Com o auxílio de uma pinça ou a escova de dente, retire uma pequena quantidade das células
fixadas na escova ou espátula e coloque na gota da solução corante.
− Cubra com uma lamínula e pressione suavemente para retirar o excesso de corante.
− Leve a lâmina ao microscópio e ajuste a objetiva de 40x para a observação das células.
− Peça aos estudantes para observarem as células da mucosa bucal no microscópio e
identificarem as estruturas celulares básicas, como o núcleo e a membrana celular.
− Caso necessário, ajuste o foco e a iluminação para obter uma imagem nítida.

▪ Conhecendo as bactérias, protozoários e algas

Materiais necessários:
− placas de petri com colônias de bactérias cultivadas previamente (como na aula prática
anterior) ou amostra de água coletada em lagoa ou lago da cidade;
− lâmina de vidro;
− lamínula;
− água destilada;
− microscópio óptico;
− papel de filtro;
− corante (opcional).

Procedimento:
− Explique aos estudantes como usar corretamente o microscópio e quais os ajustes necessários
para visualizar os microorganismos.
− Pegue uma lâmina e com o auxílio do conta gotas coloque uma gota de cada amostra de água
no centro da lâmina e cubra com lamínula.
− Adicione uma gota de corante (opcional) na lâmina. Isso irá realçar a visualização.
− Coloque a lâmina no microscópio e observe o material.

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− Coloque a lamínula sobre a gota de água na lâmina de vidro. Certifique-se de que a lamínula
está apoiada nas bordas da lâmina de vidro para evitar esmagamento das bactérias.
− Coloque a lâmina com a preparação microscópica no estágio do microscópio e ajuste a objetiva
de baixa potência (como a objetiva de 10x) para encontrar os microorganismos.
− Ajuste a objetiva de alta potência (como a objetiva de 40x) para visualizar os microrganismos
em maior detalhe. Se necessário, ajuste o foco fino.
− Observe a forma, o tamanho e a coloração das bactérias, dos protozoários e das algas. Anote
as características observadas.
− Repita o procedimento com outras colônias de bactérias nas placas de Petri para comparar as
diferentes espécies de bactérias.
− Quando terminar, remova a lamínula da lâmina de vidro com cuidado para evitar danificar o
microscópio ou a preparação microscópica.
− Limpe a lâmina de vidro e a lamínula com papel de filtro e álcool para remover quaisquer
resíduos ou manchas antes de descartá-los.

Esta aula prática permite que os estudantes visualizem diferentes microrganismos de forma mais
detalhada e aprendam mais sobre as características desses microrganismos tão importantes.

Resultados:
− Registre na tabela as observações obtidas.

Lâmina da cebola Lâmina da mucosa Lâmina da amostra de água da lagoa

Segundo Momento:
Discussão: Responda essas perguntas em uma folha separada, baseando-se em seus estudos e os
resultados obtidos na aula prática.

• Qual a diferença entre uma lâmina com e sem corante?


• Quais estruturas observadas nas células das cebolas que não foram encontradas na mucosa?
• As células da mucosa são classificadas como células?
• É possível diferenciar os microrganismos visualizados?

Escreva em forma de tópicos as conclusões que obteve após a aula prática.


Professor(a), caso não seja possível realizar a aula prática citada anteriormente, apresente aos
estudantes fotografias de células vegetais, animais, bacterianas, fúngicas e dos protozoários nas quais
seja possível observar pelo menos as estruturas núcleo, cloroplastos e as delimitações celulares. Estas
fotografias podem estar em livros, ser impressas ou até mesmo projetadas.

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Super dica!!! Imagem 2 - (QR Code) – Atlas de Microscopia
para a Educação Básica.

Professor(a), sugerimos para obtenção das imagens


o Atlas de Microscopia para a Educação Básica,
elaborado pela Universidade Estadual de
Londrina. Acesse o material disponível no QR Code
ao lado.

Fonte: (ARAÚJO et al, 2014)

Peça aos estudantes que façam uma análise das imagens apresentadas, comentando sobre as
semelhanças e as diferenças entre as células. Após esta análise, utilize as imagens para mostrar que as
células podem ter material genético organizado em um núcleo separado por membranas ou o material
genético pode estar disperso dentro da célula. É importante que eles entendam que essa diferença
estrutural tem implicações significativas nas funções e comportamentos celulares, bem como na
evolução e diversificação dos seres vivos.
Ao analisar as imagens das células, os estudantes podem observar que as células eucarióticas
geralmente apresentam uma maior complexidade estrutural, com organelas bem definidas e separadas
por membranas, enquanto as células procarióticas são mais simples, com poucas organelas e sem
núcleo definido.
Faça uma analogia das células com uma casa, explanando que a célula eucarionte é como uma casa
dividida em vários compartimentos. A analogia com casas é uma ótima maneira de ilustrar as
diferenças entre as duas estruturas celulares. Os estudantes podem entender que, assim como em
uma casa, cada organela em uma célula eucariótica tem uma função específica e trabalha em conjunto
para manter a célula funcionando corretamente. Já em uma célula procariótica, as funções são mais
simples e realizadas por uma única estrutura celular. Essa compreensão é fundamental para a
aprendizagem da biologia celular e da evolução dos seres vivos, permitindo que os estudantes
compreendam melhor como as células funcionam e como os seres vivos evoluíram a partir de formas
de vida mais simples.

6ª AULA - ESTRUTURAS CITOPLASMÁTICAS


Agora que o estudante sabe como a célula é constituída, na fisiologia celular ele deve aprender como a
célula funciona através da função de cada estrutura que a compõe, compreendendo a função das
organelas citoplasmáticas e da membrana plasmática. Os conceitos de transporte passivo e ativo
através da membrana devem ser trabalhados, bem como a difusão simples, difusão facilitada, osmose,
endocitose, fagocitose e exocitose. Quando abordar núcleo celular, você deve incluir a síntese proteica,
trabalhando os conceitos de replicação, transcrição e tradução.
Professor(a), inicie a aula explanando sobre as estruturas celulares, abordando todas as organelas
celulares e suas funções. Esclareça que as organelas citoplasmáticas são estruturas encontradas dentro
das células eucarióticas que desempenham diversas funções importantes. Cada organela citoplasmática
tem uma função específica e trabalha em conjunto com outras organelas para manter a célula
funcionando corretamente. Conforme dialoga com os estudantes, elabore na lousa um quadro
informativo (conforme modelo abaixo) que ajude os estudantes a realizarem conexões entre as
informações, de modo a favorecer a aprendizagem.

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Organela Função

responsáveis pela produção de energia celular por meio da respiração


Mitocôndrias
celular.

responsável pela modificação, embalagem e distribuição de proteínas e


Complexo de Golgi
lipídios sintetizados pela célula.

contêm enzimas digestivas que são utilizadas para digerir materiais


Lisossomos estranhos que são fagocitados pela célula, bem como para reciclar
componentes celulares desgastados.

é um sistema de membranas que se estende pelo citoplasma e pode ser


Retículo liso ou rugoso (com ribossomos aderidos). O retículo endoplasmático
Endoplasmático rugoso é responsável pela síntese e modificação de proteínas, enquanto o
liso é responsável pela síntese de lipídios.

responsáveis pela síntese de proteínas a partir de moléculas de RNA


Ribossomos
mensageiro (mRNA).

contêm enzimas que oxidam ácidos graxos e aminoácidos, além de


Peroxissomos participar na síntese de ácidos biliares e na detoxificação de substâncias
tóxicas.

Vacúolos são bolsas membranosas que armazenam água, íons, nutrientes e resíduos.

Centríolos estão envolvidos na divisão celular, formando o fuso mitótico.

Super dica!!! Imagem 3 - (QR Code) – Mapas Mentais: 5


benefícios para a aprendizagem.

Professor(a), para saber mais sobre os benefícios dos


mapas mentais para aprendizagem? Acesse o material
da PUC do Rio Grande do Sul, disponível no QR Code ao
lado. Além de definir o que são mapas mentais, o texto
aborda cinco benefícios do trabalho com esses
diagramas.
Fonte: (PUCRS Online, 21 jun. 2022)

7ª AULA: AULA EXPOSITIVA SOBRE O TRANSPORTE CELULAR

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O transporte celular é o processo de movimentação de substâncias através da membrana
celular, que envolve a passagem de moléculas e íons da região de alta concentração para a de
baixa concentração. Esse processo é essencial para a sobrevivência das células, pois permite a
entrada de nutrientes e a eliminação de resíduos e produtos metabólicos.
Existem dois tipos principais de transporte celular: o transporte passivo e o transporte ativo.
No transporte passivo, as moléculas se movem de forma espontânea, sem a necessidade de
energia adicional. O transporte passivo pode ocorrer por difusão simples, onde moléculas
pequenas como gases e água se movem através da membrana celular, ou por difusão
facilitada, onde moléculas maiores são transportadas por proteínas transportadoras.
Já no transporte ativo, as moléculas são movidas contra o gradiente de concentração, ou seja,
da região de menor para a maior concentração. Esse tipo de transporte requer energia celular,
geralmente na forma de ATP, e pode ocorrer por transporte ativo primário ou secundário.
Além desses processos, existem também outros tipos de transporte celular, como a fagocitose,
exocitose e pinocitose. Na fagocitose, a célula engloba partículas sólidas maiores, como
bactérias, em uma vesícula formada pela membrana celular. Na exocitose, as vesículas
celulares se fundem com a membrana celular, liberando seu conteúdo para fora da célula. Já
na pinocitose, a célula engloba partículas líquidas, formando uma vesícula com o conteúdo em
seu interior.
Em resumo, o transporte celular é um processo fundamental para a sobrevivência das células,
permitindo a entrada de nutrientes e a eliminação de resíduos e produtos metabólicos. Os
diferentes tipos de transporte celular são importantes para a manutenção da homeostase
celular e para o funcionamento adequado dos tecidos e órgãos do organismo.

Imagem 4 - (QR Code) – Endocitose,


fagocitose e pinocitose.
Super dica!!!

Professor(a), apresente o vídeo sobre Endocitose,


fagocitose e pinocitose, para que os estudantes
compreendam melhor os transportes por membrana.
Acesse o vídeo, disponível no QR Code ao lado.

Fonte: (Khan Academy, online 2016)

RECURSOS:
Imagens, Livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, Quadro branco e
marcadores, Projetor de multimídia e computador (opcional).

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
O sistema avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
1 − (UFSC 2018/1) Em uma aula sobre células, foram utilizados oito cartões com as seguintes
organelas ou estruturas celulares:

1. Membrana 5. Complexo Golgiense

2. Ribossomos 6. Lisossomos

3. Retículo Endoplasmático Granulado (REG) 7. Cloroplasto

4. Retículo Endoplasmático Liso (REL) 8. Mitocôndria

Foi proposta a criação de dois grupos de estudantes, A e B, os quais participaram da seguinte


dinâmica: cada grupo elaborou seis frases que foram apresentadas em cada rodada; as frases
deveriam conter o conteúdo dos cartões conforme a tabela abaixo; a pontuação era contabilizada
quando as frases estavam corretas.
As frases apresentadas pelos grupos em cada rodada estão no quadro abaixo.

Com base na análise das frases, é correto afirmar que:

1) o grupo A obteve uma pontuação maior do que o grupo B.

2) a frase da 2ª rodada do grupo A está errada.

4) todas as frases que contêm a palavra “cloroplastos” estão corretas.

8) apenas duas frases que contêm a palavra “ribossomos” estão erradas.

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16) no conjunto das doze frases apresentadas, observam-se mais do que quatro frases erradas.

a frase da 2ª rodada do grupo B está correta e pode-se dizer que, em alguns casos, o
32)
excesso de atividade do REL pode resultar em lesão do tecido hepático.

Dê a soma das alternativas corretas:

2 − (UFMS 2010) Em relação às seguintes estruturas celulares:

I. Mitocôndrias
II. Lisossomos
III. Peroxissomos
IV. Cloroplastos
V. Complexo Golgiense
VI. Ribossomos

Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) dando a soma.

1) A estrutura II está relacionada com a heterofagia e com a autofagia celular.

2) A estrutura VI está relacionada à síntese protéica.

4) A doença Silicose e a doença de Tay-Sachs estão relacionadas à estrutura I.

8) A estrutura V é abundante em células secretoras como as células das glândulas que


produzem enzimas digestivas.

16) O processo de fotossíntese está relacionado à estrutura IV.

32) A estrutura III está relacionada ao transporte de substâncias e à síntese de esteróides na


célula.

3 − (UFPA/1998/2ª Fase) Os lisossomos são organelas citoplasmáticas que atuam nos mecanismos de
digestão intracelular. Essa digestão ocorre tanto com partículas provenientes do meio externo como
com partículas próprias da célula, sendo esta última denominada autofagia. Explique em que
circunstância a célula exerce a autofagia e como é realizado esse processo.

4 − (UNIFOR CE/2000/Julho - Conh. Espec.) Observe a figura abaixo.

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Nela, estão esquematizadas as etapas do processo de:

a) plasmólise.
b) pinocitose.
c) fagocitose.
d) osmose.
e) difusão.

5 − (UFPE/UFRPE/2007/2ª Etapa) Considerando os diferentes processos de passagem através da


membrana plasmática, analise as proposições seguintes.

00. Fagocitose é um tipo de endocitose onde ocorre o englobamento de partículas sólidas. Nos
protozoários, serve para obtenção de alimentos; em nosso organismo, está envolvida nos
mecanismos de defesa.
01. Transporte ativo utiliza proteínas presentes nas membranas que agem como transportadoras
de moléculas, tais como a glicose.
02. Osmose é a passagem de moléculas de água através da membrana, do meio mais
concentrado para o menos concentrado, garantindo, assim, o equilíbrio osmótico entre
diferentes compartimentos do organismo.
03. Difusão facilitada envolve um sistema enzimático complexo que necessita de gasto de energia,
pois atua contra um gradiente de concentração.
04. Exocitose permite que substâncias inúteis à célula sejam eliminadas com o auxílio dos
centríolos.

Dê a soma das alternativas verdadeiras:

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
ARAÚJO, E J A. ANDRADE, F G. MELO NETO, J. Atlas de Microscopia para a educação básica /
organização:. – Londrina : Kan, 2014. 110 p. : il. Disponível em:
http://www.uel.br/ccb/histologia/portal/pages/arquivos/ATLAS.pdf. Acesso em: 10 maio
2023
KHAN ACADEMY. (QR Code). Endocitose, fagocitose e pinocitose. Disponível
em:https://pt.khanacademy.org/science/ap-biology/cell-structure-and-function/membrane-
transport/v/endocytosis-phagocytosis-and-pinocytosis. Acesso em: 10 mai. 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 10 maio 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 maio
2023
PUCRS Online. Mapas Mentais: 5 benefícios para a aprendizagem. [s. l.], 21 jun. 2022.
Disponível em: https://online.pucrs.br/blog/public/mapas-mentais-5-benef%C3%ADcios-para-a-
aprendizagem. Acesso em 10 maio 2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
ROSSIN, Giovana. Aprenda a transformar seu smartphone em um microscópio caseiro.
Revista Galileu. [s. l.]. 2023. Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/Inovacao/noticia/2014/10/aprenda-como-
transformar-seu-smartphone-em-um-microscopio-caseiro.html. Acesso em: 10 maio. 2023
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
THOMPSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.

13
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem
processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em
âmbito local, regional e/ou global.
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Metabolismo energético. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de


dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as transformações e
conservações em sistemas que envolvam quantidade de matéria, de
energia e de movimento para realizar previsões sobre seus
comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos
que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos
recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostas em
diferentes épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o
surgimento e a evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias
aceitas atualmente.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida
em seus diferentes níveis de organização, bem como as condições
ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra
quanto em outros planetas, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais.
(EM13CNT211MG) Analisar e discutir os processos que alteram as
propriedades coligativas em especial as que interferem no transporte
por membrana celular, na temperatura e pressão de líquidos e gases.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a
aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas,
entre outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Metabolismo energético: respiração celular, fotossíntese e quimiossíntese.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Estimado(a) professor(a), você deve iniciar esse conteúdo pelo conceito de metabolismo energético e
homeostase, para depois aprofundar em quais são os processos envolvidos no metabolismo energético
dos diferentes tipos celulares. Cabe aqui uma revisão sobre o surgimento da vida na Terra, abordando

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as teorias sobre qual tipo de metabolismo seria o ancestral dos demais (hipótese autotrófica e
heterotrófica). O estudante deve compreender e diferenciar claramente fotossíntese, respiração,
fermentação e quimiossíntese, associando esses processos com os organismos que os utilizam como
via metabólica.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Super dica!!! Imagem 1- (QR Code) – Mapa -
material de apoio pedagógico.
Professor(a), para saber mais sobre o surgimento da vida
acesse o MAPA ao lado com sequências pedagógicas voltadas
para compreensão da origem da vida e suas teorias. Acesse o
material, disponível no QR Code ao lado. Além de definir o que
são mapas mentais, o texto aborda cinco benefícios do trabalho
com esses diagramas.
Fonte: (SEE-MG, 2023)

Para esta etapa é proposta uma discussão inicial com os estudantes, tendo como referência a
problemática: Como os seres vivos se nutrem? Utilize o texto sugerido abaixo para explanar sobre o
metabolismo energético. Durante o desenvolvimento desta atividade é essencial, professor(a), que
você faça pequenas intervenções de modo a fomentar a participação dos estudantes.
É importante deixar que os estudantes compartilhem suas opiniões sobre o tema e levantem hipóteses
sobre o assunto. Não se preocupe em responder seus questionamentos ou até mesmo corrigir, caso
alguma informação ou conceito seja levantado de forma errônea pelos estudantes, nesse momento,
estimule-os a pensar sobre o tema. Propomos, também, que o estudante faça uma investigação, em
casa, sobre as hipóteses para explicar a origem da vida, de modo que os estudantes adquiram um
conhecimento prévio do assunto a ser trabalhado na próxima aula.

Sugestão de leitura!
O metabolismo energético é o conjunto de reações químicas que ocorrem nas células para
produzir energia, seja através da respiração celular, fotossíntese ou quimiossíntese.
Respiração celular: é o processo em que as células obtêm energia a partir de nutrientes, como
glicose e outros carboidratos. A respiração celular ocorre em três etapas principais: glicólise,
ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons. Durante a glicólise, a glicose é quebrada em
duas moléculas de ácido pirúvico e, em seguida, o ácido pirúvico é convertido em acetil-CoA,
que entra no ciclo de Krebs. Nesse ciclo, os átomos de carbono são liberados e combinados
com oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2), gerando energia em forma de ATP.
Finalmente, a cadeia de transporte de elétrons converte a energia liberada pelo ciclo de Krebs
em ATP.
Fotossíntese: é o processo em que as plantas e outros organismos fotossintetizantes usam a
energia da luz para produzir nutrientes, como glicose. Durante a fotossíntese, a energia da luz
é capturada pelos pigmentos fotossintéticos, como a clorofila, e convertida em energia
química. Essa energia é usada para converter dióxido de carbono (CO2) e água em glicose e
oxigênio (O2). A glicose é usada como fonte de energia pelas células, enquanto o oxigênio é
liberado para a atmosfera.
Quimiossíntese: é um processo em que os organismos produzem energia a partir da oxidação
de compostos inorgânicos, como sulfeto de hidrogênio (H2S) ou amônia (NH3), em vez de
nutrientes orgânicos. As bactérias que realizam a quimiossíntese vivem em ambientes sem luz,
como o fundo do oceano, e usam a energia liberada pela oxidação desses compostos para

15
produzir ATP e sintetizar compostos orgânicos.
Esses processos são fundamentais para a vida na Terra, pois fornecem energia para as células
e são a base da cadeia alimentar nos ecossistemas. Cada um desses processos é importante e
único em sua própria maneira, mas todos têm em comum o fato de que produzem energia
para sustentar a vida dos organismos.

2ª AULA: PESQUISA E DISCUSSÃO SOBRE O METABOLISMO ENERGÉTICO


Inicie a aula recapitulando o que é metabolismo energético e por que é importante entender como
nosso corpo produz e utiliza energia. Explique os conceitos básicos relacionados ao metabolismo
energético, como ATP, respiração celular e fermentação. Descreva como o ATP é gerado através da
respiração celular, incluindo a glicólise, o ciclo de Krebs e a cadeia de transporte de elétrons. Explique
como a fermentação pode gerar ATP em ausência de oxigênio. Discuta como o corpo regula o
metabolismo energético para equilibrar a produção e o uso de energia. Discuta a relação entre o
metabolismo energético e a nutrição, incluindo os macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras)
e micronutrientes (vitaminas e minerais) que são necessários para o metabolismo energético. Explique
como o conhecimento sobre o metabolismo energético pode ser aplicado em diferentes áreas, como
nutrição, medicina esportiva e saúde geral.
Use questões de múltipla escolha e/ou exercícios práticos para avaliar a compreensão dos estudantes
sobre o metabolismo energético. Sugira uma atividade complementar para que os estudantes possam
aprofundar ainda mais seus conhecimentos sobre metabolismo energético, como pesquisar artigos
científicos relacionados ao tema e apresentá-los em sala de aula.
Nesta etapa você pode pedir aos estudantes que criem um mapa conceitual sobre o ciclo de Krebs
conforme modelo abaixo:
Imagem 1: Mapa conceitual do ciclo de Krebs.

Fonte: (SANTOS, V. [Brasil Escola], 2023)


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3ª AULA: PRÁTICA SOBRE METABOLISMO ENERGÉTICO
O objetivo dessa aula prática é demonstrar como ocorre a produção de energia no corpo humano
através da respiração celular e como diferentes tipos de alimentos afetam o metabolismo energético.

Materiais necessários:
− monitores de frequência cardíaca;
− aparelho para medir glicemia;
− tiras reativas de glicemia;
− alimentos variados (ex.: frutas, barras de proteína, bebidas energéticas, etc.);
− bicarbonato de sódio;
− água.

Procedimento:
− Antes da aula, peça aos estudantes para jejuar por 4 horas (não comer ou beber nada além de
água). Ao chegarem na aula, colete amostras de sangue para medir a glicemia em jejum e
monitore a frequência cardíaca basal de cada estudante.
− Divida a turma em grupos e forneça diferentes tipos de alimentos para cada grupo, como
frutas, barras de proteína e bebidas energéticas. Instrua os estudantes a comerem seus
respectivos alimentos.
− Após 30 minutos, peça aos estudantes para coletarem amostras de urina e medirem a glicemia
novamente. Registre as mudanças na glicemia e frequência cardíaca em cada grupo.
− Explique como a respiração celular converte alimentos em energia, incluindo a glicólise, o ciclo
de Krebs e a cadeia de transporte de elétrons. Realize uma demonstração prática do processo
utilizando bicarbonato de sódio e água.
− Discuta como diferentes tipos de alimentos podem afetar o metabolismo energético. Explique
como carboidratos, proteínas e gorduras são utilizados no processo e como o excesso de
energia é armazenado em forma de gordura.
− Conclua a aula com uma discussão sobre como a compreensão do metabolismo energético
pode ser aplicada na prática, como na escolha de alimentos e na prática de exercícios físicos.

Observações: certifique-se de que os estudantes estejam em um ambiente seguro e supervisionado


durante a atividade prática. Incentive os estudantes a compartilharem suas experiências e resultados
com a turma para uma discussão mais completa sobre o tema.
Professor(a), para realizar uma demonstração prática do processo de respiração celular utilizando
bicarbonato de sódio e água, siga os passos a seguir:

Materiais necessários:
− 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio;
− 1/4 xícara de água morna;
− 1/4 xícara de vinagre;
− 1 balão.

Procedimento:
− Em um copo, misture o bicarbonato de sódio com a água morna até que o bicarbonato esteja
completamente dissolvido.
− Despeje a mistura de bicarbonato de sódio no balão, preenchendo cerca de 1/4 do seu volume.
− Adicione o vinagre no balão e observe a reação que ocorre. O bicarbonato de sódio reage com
o vinagre, liberando dióxido de carbono (CO2).

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− Explique aos estudantes que o processo que acabaram de ver é semelhante à respiração
celular. Assim como o bicarbonato de sódio e o vinagre reagem para liberar CO2, as células do
nosso corpo também quebram moléculas de alimentos para liberar energia.
− Descreva como a respiração celular ocorre em três etapas principais: glicólise, ciclo de Krebs e
cadeia de transporte de elétrons. Mostre aos estudantes um modelo esquemático dessas etapas
para ajudá-los a entender o processo.
− Conclua a atividade enfatizando a importância da respiração celular para a vida e como ela é
fundamental para fornecer energia para nossos corpos. Encoraje os estudantes a explorarem
mais sobre o tema por conta própria e descobrirem como os diferentes tipos de alimentos
afetam o metabolismo energético.

Ao final das aulas práticas, faça conexões da respiração celular, fotossíntese e quimiossíntese, caso
julgue necessário segue sugestão de leitura.

Sugestão de leitura!
As conexões entre a respiração celular, fotossíntese e quimiossíntese estão relacionadas ao
fluxo de energia e matéria nos ecossistemas.
A fotossíntese converte a energia solar em energia química, que é armazenada em moléculas
orgânicas, como glicose. A respiração celular converte a energia armazenada nessas
moléculas orgânicas em energia utilizável pelas células, na forma de ATP. Esse processo é
fundamental para a vida, pois todas as células precisam de energia para realizar suas funções
vitais.
Além disso, a fotossíntese e a respiração celular estão interconectadas. O oxigênio produzido
pela fotossíntese é utilizado na respiração celular, enquanto o dióxido de carbono produzido
pela respiração celular é utilizado na fotossíntese. Dessa forma, esses processos são ciclos
interligados que permitem a troca de gases e energia entre os seres vivos e o ambiente.
Já a quimiossíntese é um processo diferente, que ocorre em ambientes sem luz, como o
fundo do oceano, onde os organismos utilizam a energia liberada pela oxidação de compostos
inorgânicos, como sulfeto de hidrogênio (H2S), para produzir ATP e sintetizar compostos
orgânicos. A quimiossíntese é uma forma alternativa de produzir energia para a sobrevivência
dos organismos em ambientes com pouco ou nenhum acesso à luz solar.
Em resumo, a fotossíntese e respiração celular estão conectadas pelo fluxo de energia e
matéria, enquanto a quimiossíntese é uma forma alternativa de produzir energia em
ambientes sem luz. Juntas, essas três vias metabólicas formam a base da vida nos
ecossistemas e permitem a sobrevivência dos seres vivos em diferentes ambientes e
condições.

RECURSOS:
Imagens, Livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, Quadro branco e
marcadores, Projetor de multimídia e computador (opcional).

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
O sistema avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
1 − (ENEM 2009) A fotossíntese é importante para a vida na Terra. Nos cloroplastos dos organismos
fotossintetizantes, a energia solar é convertida em energia química que, juntamente com água e gás
carbônico (CO2), é utilizada para a síntese de compostos orgânicos (carboidratos). A fotossíntese é o
único processo de importância biológica capaz de realizar essa conversão. Todos os organismos,
incluindo os fotossintetizantes, aproveitam a energia armazenada nos carboidratos para impulsionar os
processos celulares, liberando CO2 para a atmosfera e água para a célula por meio da respiração
celular. Além disso, grande fração dos recursos energéticos do planeta, produzidos tanto no presente
(biomassa) como em tempos remotos (combustível fóssil), é resultante da atividade fotossintética. As
informações sobre obtenção e transformação dos recursos naturais por meio dos processos vitais de
fotossíntese e respiração, descritas no texto, permitem concluir que

a) o CO2 e a água são moléculas de alto teor energético.


b) os carboidratos convertem energia solar em energia química.
c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia proveniente do Sol.
d) o processo respiratório é responsável pela retirada de carbono da atmosfera.
e) a produção de biomassa e de combustível fóssil, por si, é responsável pelo aumento de CO2
atmosférico.

2 − (ENEM 2007) Ao beber uma solução de glicose (C6 H12O6), um corta-cana ingere uma substância

a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o
corpo.
b) inflamável que, queimada pelo organismo, produz água para manter a hidratação das células.
c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o teor de
oxigênio no organismo.
d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo.
e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter estável a taxa
de carbono na atmosfera.

3 − Assinale Verdadeiro ou Falso para as alternativas abaixo:

( ) Os cloroplastos são organelas que produzem energia para a planta realizar suas atividades
celulares.
( ) Durante o processo de fotossíntese, moléculas de água e gás carbônico são utilizadas para
produzir glicose e gás oxigênio.
( ) Algumas das etapas da fotossíntese são chamadas: glicólise e ciclo de Calvin.
( ) A fotossíntese pode ser dividida em duas fases: uma dependente da luz e outra que
independe desta.
( ) Todos os seres fotossintetizantes são vegetais.

19
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
ARAÚJO, E J A. ANDRADE, F G. MELO NETO, J. Atlas de Microscopia para a educação básica /
organização:. – Londrina: Kan, 2014. 110 p.: il. Disponível em:
http://www.uel.br/ccb/histologia/portal/pages/arquivos/ATLAS.pdf. Acesso em: 04 maio 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Ciclo de Krebs; Brasil Escola. [s. l.], 2022. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ciclo-krebs.htm. Acesso em: 04 maio 2023.
THOMPSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.

20
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Divisão celular. (EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em


seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais
favoráveis e os fatores limitantes a elas, tanto na Terra quanto em outros
planetas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpreta modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como
em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a
aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Divisão celular.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá, Professor(a),
Elaboramos este material, para que você possa utilizá-lo em sala de aula. Neste instrumento,
oferecemos propostas pedagógicas para ser abordada as habilidades acima listadas. Sugerimos que
revise a diferença entre a eucromatina de heterocromatina e abordando a constituição do cariótipo

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humano, trazendo uma revisão da estrutura do DNA (ácidos nucléicos que o compõem) e a estrutura
dos cromossomos no momento da divisão celular. Nesse ponto, professor(a) deverá ser contemplada
as fases do ciclo celular permitindo que o estudante compreenda que os cromossomos homólogos,
antes da replicação do DNA, não apresentarão as cromátides irmãs, já que elas são a cópia do material
genético do processo de mitose. As fases da mitose e meiose devem ser identificadas e as diferenças
de mitose e meiose precisam ser trabalhadas com foco em suas funções para os organismos vivos,
com foco na metáfase e anáfase e esclarecendo o crossing over e sua importância para a variabilidade
genética.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA
Inicie a aula levando os estudantes para o exterior da sala e mostrando os movimentos do sol, peça
que observem a natureza e faça relações das plantas nas diferentes estações do ano, o nascimento e
desenvolvimento de uma planta. Em seguida explique que a natureza possui ciclos naturais diferentes,
assim como o ciclo celular é uma parte essencial da vida na Terra. Compreender o ciclo celular e os
processos que o regulam é fundamental para entender como os organismos crescem, se desenvolvem
e se reproduzem. Após retornar para sala de aula, com o auxílio da lousa e pincel, liste os pontos
principais do ciclo celular conforme texto abaixo:

Sugestão de leitura!

O ciclo celular é dividido em duas fases principais: a interfase e a fase mitótica. A interfase
é uma fase de crescimento e preparação para a divisão celular, enquanto a fase mitótica é
responsável pela divisão propriamente dita.
− Interfase:
A interfase é a fase mais longa do ciclo celular e é dividida em três etapas: G1, S e G2.
Durante a fase G1, a célula cresce e sintetiza proteínas necessárias para a síntese de DNA.
Na fase S, ocorre a replicação do DNA, o que resulta na duplicação do material genético
da célula. Na fase G2, a célula continua a crescer e se prepara para a divisão celular.
− Fase mitótica:
A fase mitótica é dividida em quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Durante a prófase, os cromossomos se condensam e se tornam visíveis, e os
centrossomos se movem para os polos opostos da célula. Na metáfase, os cromossomos
se alinham no plano equatorial da célula. Na anáfase, os cromossomos se separam e se
movem para os polos opostos da célula. E na telófase, a célula se divide em duas novas
células, chamadas de células filhas.
− Regulação do ciclo celular:
O ciclo celular é regulado por um complexo sistema de controle que garante que a célula
se divida corretamente e evita erros que podem levar ao câncer. Esse sistema é regulado
por proteínas chamadas ciclinas e quinases dependente de ciclina, que controlam a
progressão do ciclo celular.
O ciclo celular é um processo fundamental para a divisão e crescimento celular, que é
regulado por um complexo sistema de controle. Compreender o ciclo celular é importante
para entender o desenvolvimento de doenças, como o câncer, que ocorrem quando há
uma desregulação do ciclo celular.

22
Super dica!!! Imagem 1 - (QR Code) – Video Imagem 2 - (QR Code) –
aula Divisão celular I. Video aula Divisão celular II.
Professor(a), para este momento sugerimos
que assista e transmita as aulas do programa
Se Liga na Educação, desenvolvido pelos
Professores Formadores da Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores e transmitido pelo canal YouTube
da Rede Minas em parceria com a Secretaria
Fonte: (VAN HAM, 2022) Fonte: (VAN HAM, 2022)
da Educação de Minas Gerais. Os vídeos
abordam o tema divisão celular. Acesse o
material, disponível no QR Code ao lado.

2ª e 3ª AULA: PRÁTICA SOBRE A DIVISÃO CELULAR


Essa aula prática pode ser realizada utilizando microscópios e células de cebola. Siga os passos abaixo:

Materiais necessários:
− cebola;
− água destilada;
− lâminas de microscópio;
− lamínulas;
− pinças;
− corante (opcional).

Procedimento:
− Corte uma fatia fina de cebola e coloque-a em um recipiente com água destilada por alguns
minutos. Isso ajuda a amolecer as células da cebola e torna mais fácil a visualização ao
microscópio.
− Use as pinças para remover a fatia de cebola da água e coloque-a na lâmina de microscópio.
− Coloque uma gota de água destilada sobre a fatia de cebola e cubra com uma lamínula,
tomando cuidado para não formar bolhas de ar.
− Coloque a lâmina no microscópio e ajuste a ampliação para visualizar as células.
− Procure por células em divisão, que geralmente aparecem como células em forma de "X" ou
"V". Se necessário, adicione um corante para tornar as células mais visíveis.
− Observe as diferentes fases da divisão celular, como prófase, metáfase, anáfase e telófase.
− Durante a aula prática, é importante enfatizar a importância da divisão celular para o
crescimento e desenvolvimento dos organismos. Explique aos estudantes que, assim como as
células da cebola, as células do corpo humano também passam por um ciclo de divisão celular
regulado por sinais e controles celulares.
Além disso, é importante ressaltar que a divisão celular pode ser afetada por fatores externos, como
mutações genéticas ou exposição a substâncias químicas nocivas. Esses fatores podem levar a erros na
divisão celular e, em casos graves, podem resultar em doenças como o câncer.
Ao final da aula prática, peça aos estudantes que façam um relatório descrevendo o processo de
divisão celular observado, incluindo as diferentes fases e a importância da divisão celular para a vida
dos organismos.
Professor(a), caso não seja possível utilizar um microscópio, trabalhe com imagens conforme sugerido
no planejamento 1 deste MAPA (Material de Apoio Pedagógico), utilizando o atlas de microscopia para
educação básica.

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Para finalizar propomos que leve reportagens com o tema de divisão celular em um aspecto prático,
como na medicina e na engenharia genética, como: tumores, metástase, cultivo de células em
laboratório, células-tronco, entre outros. Com as reportagens em mãos faça grupos e levante
discussões a respeito destes temas.

RECURSOS:
Imagens, livro didático ou material complementar a ser fornecido pelo professor, quadro branco e
marcadores, projetor de multimídia e computador (opcional).

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:
O sistema avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

24
ATIVIDADES
1 − Quais são as duas etapas do ciclo celular?

2 − Qual a principal diferença entre mitose e meiose?

3 − Cite pelo menos uma finalidade da mitose e da meiose.

4 − (FAMERP SP/2021) Analise o gráfico, que ilustra a variação na quantidade de DNA que ocorre no
núcleo de uma célula germinativa. Suponha que, no tempo inicial, essa célula receba a substância
colchicina, que se liga aos microtúbulos, prejudicando a sua formação.
Por causa desse efeito, é muito provável que essa célula consiga atingir o período indicado por

a) 4, no máximo.
b) 5.
c) 2, no máximo.
d) 3, no máximo.
e) 1, no máximo.

5 − (UEFS BA/2018/Janeiro) Cada célula a seguir está em uma fase da divisão celular. A célula que
está se dividindo por mitose e que se originou de uma célula-mãe cuja ploidia era 2n = 4 está indicada
em

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

25
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna,
2020. 160 p. v. 6 volumes.
ARAÚJO, E J A. ANDRADE, F G. MELO NETO, J. Atlas de Microscopia para a educação básica /
organização:. – Londrina : Kan, 2014. 110 p. : il. Disponível em:
http://www.uel.br/ccb/histologia/portal/pages/arquivos/ATLAS.pdf. Acesso em: 28 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.
THOMSON, Miguel. Conexões com a Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016. v. 3.
VAN HAM, Izabela. Divisão celular I. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De
Educação De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1l6I8Wjpz6f4K7m1g173tvpuqxWEBIMIh/view. Acesso em: 28 abr.
2023.
VAN HAM, Izabela. Divisão celular II. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De
Educação De Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1lGUzFF3FzzYKmZO6XgU72r33cBpK_CMf/view. Acesso em: 28 abr.
2023.

26
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações
entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas
descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Trabalho de uma força. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de
aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas
que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para
realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas e em
processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso
consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas
formas.
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos em
diferentes épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o
surgimento e a evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias
científicas aceitas atualmente.
(EM13CNT204X) Elaborar explicações, previsões e realizar cálculos a respeito
dos movimentos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no Universo com
base na análise das interações gravitacionais, com ou sem o uso de
dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Trabalho de uma força.
DURAÇÃO: 1 aula.

27
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O termo “energia” começa a ser apresentado nos livros didáticos por meio da definição de “trabalho de
uma força”. Neste momento, você precisa ser muito cuidadoso(a) ao introduzir o tema, devido à sua
abstração e complexidade. Energia é um dos temas mais importantes estudados na física, e é estudado
em todos os seus ramos (mecânica, termologia, eletromagnetismo e etc). O trabalho,
matematicamente, é definido como o produto da força pelo deslocamento, no entanto, é necessário
dar ao estudante uma definição lúdica, ou seja, mais concreta. Nesse contexto, o estudante precisa
entender que trabalho é a troca de energia entre dois corpos que interagem entre si. Se ater apenas
às expressões matemáticas desenvolvem apenas habilidades de cálculos algébricos, não sendo este, o
único objetivo.
Jornandes e Wagner (2011) propõem uma abordagem para a conceituação de trabalho de uma força e
energia. O trabalho é uma troca de energia entre dois corpos que interagem entre si. Se um corpo A,
exerce em B uma força e está provocando neste um deslocamento, então A precisou “gastar” energia
para que B se deslocasse. Assim, o corpo B, que sofreu a força e foi deslocado, recebeu essa energia
de A. Essa energia trocada entre os dois corpos é calculada como sendo o produto da força pelo
deslocamento.
Um ponto importante para o estudo da energia é o princípio de Lavoisier, que diz que a energia não
pode ser criada do nada ou destruída, mas sim transformada.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: TRABALHO DE UMA FORÇA
Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Para desenvolver o tema, é interessante iniciar a aula com um debate. Como sugestão, coloque a sua
mesa no meio da sala e fazer o seguinte questionamento:

• Qual é a relação entre o café da manhã que tomamos todos os dias e essa mesa colocada ao
centro desta sala?

Espera-se que os estudantes respondam que o café da manhã fornece energia ao corpo de modo que
este consiga arrastar a mesa. Caso os estudantes ainda não cheguem a esta conclusão, deve-se
continuar a provocação para a reflexão com o seguinte questionamento:

• Para que servem os alimentos que comemos no nosso café da manhã?

Espera-se para este questionamento, que os estudantes respondam que ao ingerir os alimentos,
ganhamos energia para o corpo. Ressalte a importância da energia para a manutenção da vida, mas
sem se ater aos tipos de energia, pois será abordado mais à frente. Continuando com as reflexões,
provoque o pensamento com a seguinte indagação:

• O que foi gasto do meu corpo para poder deslocar a mesa até o centro desta sala?

Espera-se que os estudantes respondam que foi necessário o gasto de energia. E neste momento,
defina junto com os estudantes o conceito de trabalho de uma força e a sua fórmula matemática para
poder definir quantitativamente essa grandeza.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.

28
− Definição formal de trabalho de uma força.
− Definição matemática de trabalho de uma força.
− Unidades de trabalho.
− Situações em que a aplicação da força não gera trabalho.
− Influência do ângulo entre a força aplicada e o deslocamento realizado.
− Definição de potência.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Neste momento, os estudantes vão aplicar o conhecimento adquirido sobre potência por meio de uma
brincadeira. Com cuidado, os estudantes devem formar duplas. Um sentará numa cadeira e outro
empurrará de um lado da sala para o outro. Uma observação a ser realizada é que as pessoas que
serão empurradas devem ter aproximadamente a mesma massa, de modo a tornar a brincadeira mais
precisa ao se fazer as comparações. Antes de iniciar a brincadeira, deve-se observar se no percurso
não existe algum objeto, ou desnível que possa provocar desequilíbrio/acidente. As duplas deverão
ficar alinhadas e ao seu comando iniciar a travessia.
Considerando que os conjuntos estudante-cadeira possuem massas aproximadamente iguais, a força
necessária para vencer o atrito estático máximo é aproximadamente igual para todos. Considerando
ainda que todos mantiveram, após o início do movimento, uma velocidade constante (equilíbrio), a
força aplicada foi igual a força de atrito cinético (F R = 0). Logo, a dupla vencedora é a dupla que
aplicou uma maior potência na brincadeira.
Neste momento, analise com a turma, de maneira qualitativa, já que não haviam instrumentos de
medidas para quantificar as grandezas envolvidas, as grandezas que permitiram que a dupla vencedora
desenvolvesse uma maior potência.

ATENÇÃO!
Professor(a), programe essa aula e comunique as suas chefias imediatas sobre a atividade
a ser proposta para evitar a geração de conflitos internos. A brincadeira em questão
provoca uma certa agitação entre os estudantes, e como existem outras turmas tento aula
concomitantemente, é importante que a escola, num contexto geral, crie previamente, uma
logística para que as demais turmas não sejam prejudicadas com a descontração.

RECURSOS:
Mesa do professor para desenvolvimento do debate, quadro e pincel para a formalização do conteúdo
e cadeiras para o desenvolvimento da brincadeira.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Neste momento, deve-se priorizar a avaliação formativa. Verifique a participação dos estudantes no
debate inicial, durante a realização de exemplos a serem propostos por você e também durante a
discussão final sobre a potência desenvolvida durante a brincadeira de empurrar as cadeiras, e assim,
verificar se o processo de ensino-aprendizagem foi concluído de maneira satisfatória.

29
ATIVIDADES
1 – (PUC-MG) Não realiza trabalho:
a) a força de resistência do ar.
b) a força peso de um corpo em queda livre.
c) a força centrípeta em um movimento circular uniforme.
d) a força de atrito durante a frenagem de um veículo.
e) a tensão no cabo que mantém um elevador em movimento uniforme.

2 – (Unicamp-2002) “Era uma vez um povo que morava numa montanha onde havia muitas quedas
d’água. O trabalho era árduo e o grão era moído em pilões. [...] Um dia, quando um jovem suava ao
pilão, seus olhos bateram na queda-d’água onde se banhava diariamente. [...] Conhecia a força da
água, mais poderosa que o braço de muitos homens. [...] Uma faísca lhe iluminou a mente: não seria
possível domesticá-la, ligando-a ao pilão?”
(Rubem Alves, Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e suas Regras, São Paulo, Brasiliense, 1987.)

Essa história ilustra a invenção do pilão d’água (monjolo). Podemos comparar o trabalho realizado por
um monjolo de massa igual a 30 kg com aquele realizado por um pilão manual de massa igual a 5,0
kg. Nessa comparação desconsidere as perdas e considere g =10 m/s² .
a) Um trabalhador ergue o pilão manual e deixa-o cair de uma altura de 60 cm. Qual o trabalho
realizado em cada batida?
b) O monjolo cai sobre grãos de uma altura de 2 m. O pilão manual é batido a cada 2,0 s, e o
monjolo, a cada 4,0 s. Quantas pessoas seriam necessárias para realizar com o pilão manual o
mesmo trabalho que o monjolo, no mesmo intervalo de tempo?

3 – Um bloco de 2 Kg é puxado com velocidade constante por uma distância de 4 m em um piso


horizontal por uma corda que exerce uma força de 7 N fazendo um ângulo de 60° acima da horizontal.
Sabendo que Cos(60°) = 0,5 e Sen(60°) = 0,86, o trabalho executado pela corda sobre o bloco é de:
a) 14,0 J.
b) 24,0 J.
c) 28,0 J.
d) 48,1 J.
e) 56,0 J.

4 – Um garoto gasta 75 J de energia para empurrar uma caixa por três metros. Sabendo que a direção
de aplicação da força do garoto forma um ângulo de 60° com a direção do deslocamento da caixa,
determine o valor da força feita pelo garoto.
a) 50 N.
b) 40 N.
c) 25 N.
d) 30 N.
e) 15N.

30
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS ,José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
CORREIA, Jornandes Jesús; DUARTE JOSÉ, Wagner. O conceito de trabalho de uma força em livros
didáticos. Colóquio do Museu Pedagógico-ISSN 2175-5493, v. 9, n. 1, p. 2123-2136, 2014.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução,
Tempo e Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.

31
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem
processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em
âmbito local, regional e/ou global.
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Energia cinética. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos


e de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
Energia potencial gravita- sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de
cional. movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em
Energia potencial elástica. situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o
desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a
Conservação da energia
preservação da vida em todas as suas formas.
mecânica.
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente,
considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes
materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles,
posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou
coletivas para seus usos e descartes responsáveis.
(EM13CNT106) Avaliar, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais, tecnologias e possíveis soluções para as demandas que envolvem
a geração, o transporte, a distribuição e o consumo de energia elétrica,
considerando a disponibilidade de recursos, a eficiência energética, a
relação custo/benefício, as características geográficas e ambientais, a
produção de resíduos e os impactos socioambientais e culturais.
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos em
diferentes épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o
surgimento e a evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias
científicas aceitas atualmente.
(EM13CNT204X) Elaborar explicações, previsões e realizar cálculos a
respeito dos movimentos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no
Universo com base na análise das interações gravitacionais, com ou sem
o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre
atividades experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos,
com base nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os
limites explicativos das ciências.
(EM13CNT210MG) Reconhecer as leis da natureza, identificar suas
ocorrências, avaliar suas aplicações em processos tecnológicos e elaborar
hipóteses de procedimentos para a exploração do Cosmos e do planeta
Terra.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.

32
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como
em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a
aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células-tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso
de equipamentos e recursos, bem como comportamentos de segurança,
visando à integridade física, individual e coletiva, e socioambiental,
podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos digitais que viabilizem a
estruturação de simulações de tais riscos, conhecer as normas de
segurança, o tratamento de resíduos e reconhecer os equipamentos de
proteção individual e coletivo, inclusive a tecnologia aplicada nos
mesmos.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas,
arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor soluções seguras
e sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.
(EM13CNT310X) Investigar e analisar os efeitos de programas de
infraestrutura e demais serviços básicos (saneamento, energia elétrica,
transporte, telecomunicações, cobertura vacinal, atendimento primário à
saúde e produção de alimentos, entre outros) e identificar necessidades
locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de avaliar e/ou
promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida no
âmbito social, familiar, cultural e econômico.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Energia mecânica e conservação de energia.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O termo energia é tão importante, que está sempre presente no nosso cotidiano. Ao acordar, estamos
cheios de energia para enfrentar as atividades e tarefas do dia. Não é raro vermos campanhas de
conscientização para as pessoas reduzirem o consumo de energia elétrica. Nos noticiários, é muito
comum ouvirmos sobre as fontes de energia. O fato é que a noção de energia se encaixa para
diferentes contextos.
Para as próximas aulas, será necessário considerar todo o conhecimento prévio dos estudantes sobre o
termo energia para que se possa detalhar e aprofundar ainda mais no tema. Aqui, podemos partir do
pressuposto que eles já possuem uma definição do termo, e que ela é transformada, como foi

33
estudado na aula sobre Trabalho de uma Força. Mas partindo do princípio de conservação de energia,
é importante, durante as aulas, provocar o seguinte debate: existe uma quantidade exata de energia
no universo? Ou essa quantidade de energia no universo seria infinita?
Provoque também a reflexão sobre a importância da energia e na preservação da energia, pois graças
a ela é possível tomar um banho quente durante o inverno e até salvar vidas de pessoas em hospitais
por meio de aparelhos sofisticados. Graças a energia é possível ter ventos, ou um carrinho de
montanha russa percorrer toda sua trajetória até parar.
Não podemos esquecer da importância do Sol nas nossas vidas. O astro em questão é a nossa
principal fonte de energia. Essa energia, ao chegar na Terra, é transformada em diversas formas de
energia. Podemos concluir que este material foi produzido graças ao Sol, um carro se move graças ao
Sol, conversamos um com o outro graças ao Sol. O estudo sobre energia é uma viagem muito
prazerosa, pois é estudando tal conceito que o estudante consegue compreender diversos fenômenos
que acontecem no cotidiano. Portanto, desejamos uma boa viagem!

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: ENERGIA CINÉTICA
Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Para começar a aula sobre o termo, é interessante provocar um pequeno debate fazendo o seguinte
questionamento:

• Hoje cedo comi uma banana e logo saí de casa, e o Sol estava muito bonito. Mas afinal de
contas, qual é a relação entre a banana que eu comi e o Sol?

A princípio, como os estudantes já possuem um conhecimento prévio, espera-se que eles respondam
que a banana contém energia que usamos para nos movimentar e trabalhar, porém essa energia veio
do Sol, por meio da radiação luminosa, provocando a fotossíntese na bananeira, que permitiu seu
desenvolvimento e geração de frutos.
Em seguida, para aprofundar no tema energia cinética, é interessante provocar uma reflexão com
outro questionamento:

• Imaginem dois caminhões, lotados de carga, sendo um a 120 km/h e outro a 100 km/h. Qual
situação provocaria maiores danos: uma colisão frontal, em que os caminhões deslocam-se em
sentidos opostos, ou uma colisão traseira, em que os caminhões deslocam-se no mesmo
sentido?

Após os estudantes responderem, peça-os para justificar a resposta. É esperado que eles justifiquem
por meio do conceito de velocidade relativa, pois uma batida de frente a velocidade relativa é maior.
No entanto, é importante completar que a energia envolvida na colisão é proporcional ao quadrado da
velocidade, e a energia em questão é a chamada energia cinética.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definir o Sol como a principal fonte de energia.
− Os tipos de energia.
− O que é a energia mecânica.
− Definição qualitativa e quantitativa da energia cinética.
− Relação entre trabalho e energia cinética.
34
3º Momento: Interação com o conteúdo.
Uma atividade prática simples é proposta para este momento, que consiste numa análise qualitativa da
energia cinética. Para isso, serão necessários:
− dois estudante voluntários;
− dois livros ou cadernos.
Para realizar a atividade, é necessário que se crie um espaço dentro da sala de aula para que os
estudantes voluntários possam se movimentar. Em seguida, os estudantes devem se posicionar em
lados opostos da sala, mas na mesma direção, segurando o livro à sua frente. No primeiro momento,
os estudantes se deslocarão a passos lentos e devem chocar um livro com o outro. No segundo
momento, os estudantes devem repetir o deslocamento, porém, aumentando a velocidade de seus
passos, e chocando os livros um com o outro. Em seguida, os estudantes devem correr um em direção
ao outro, chocando os livros novamente. Após isso, deve-se realizar uma reflexão sobre o nível sonoro
produzido pelo choque dos livros, e concluir que esse nível sonoro foi aumentando à medida que a
velocidade dos voluntários aumentava, uma vez que, houve maior transformação de energia cinética
em energia sonora. E essa energia cinética transformada se relaciona com a velocidade.
Uma outra atividade prática pode ser realizada com todos os estudantes concomitantemente. Para
isso, é necessário que os estudantes atritem uma mão com outra vagarosamente no início, e
gradativamente, os estudantes devem aumentar a velocidade das mãos. Eles vão perceber que a
medida que aumentam a velocidade, aumenta também a temperatura das mãos, pois há uma maior
quantidade de energia cinética se transformando em energia térmica.

AULA 2: ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL


Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão
Professor(a), inicie sua aula instigando os estudantes a pensarem provocando um debate com um
simples questionamento.

• Sabemos que um carro tem maior energia cinética quanto maior for sua velocidade. Esse
mesmo carro, ao ficar parado, possui energia?

Os estudantes tendem a falar que não. Neste momento, provoque os estudantes iniciando uma
reflexão e deixando eles concluírem. Para isso, levante um livro o mais alto que puder e em seguida
solte-o. Após isso, inicie a reflexão com o seguinte questionamento:

• Estamos vendo até aqui que a energia é transformada. Nesse caso, a energia cinética, devido a
velocidade do livro adquirida ao cair, foi transformada em energia sonora, a qual vocês
perceberam com o barulho provocado pelo livro ao atingir o chão da sala. Mas para adquirir
essa energia cinética, foi necessário outra transformação. Nesse caso, de onde veio essa
energia que se transformou em energia cinética, que se transformou em energia sonora?

São esperadas duas situações. A primeira, o estudante pode falar que a energia que se transformou
em cinética foi a energia do corpo, ou podem ficar sem resposta. Muito pouco provável que saibam
que a energia cinética veio da energia potencial gravitacional.
Antes de formalizar o conteúdo, é interessante que os estudantes assistam ao vídeo a seguir:
→ Energia potencial gravitacional e cinética.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=V3rTgcI2jvI.
Os estudantes podem acessar o vídeo pelo celular apontando a câmera para o QRcode abaixo.

35
Energia potencial gravitacional e cinética.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de energia potencial (energia armazenada e associada à posição em relação a um
referencial).
− Definição qualitativa e quantitativa de energia potencial gravitacional.
− Relação entre trabalho e energia potencial gravitacional.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Professor, neste momento, é importante que os estudantes compreendam o conceito na prática. Neste
momento, é importante fazer a observação qualitativa da energia potencial gravitacional. Para isso,
serão necessários:
− uma cadeira;
− uma mesa;
− livros.
Para iniciar, do chão, levante o livro o máximo possível e solte-o. Os estudantes perceberão um
barulho quando o objeto atingir o chão. Em seguida, suba na cadeira e repita o procedimento. Por fim,
repita o procedimento subindo na mesa.
Reflita com os estudantes que o barulho percebido pela queda dos livros foi maior quando foi lançado
de cima da mesa, pois possuía maior altura, e consequentemente, maior energia potencial
gravitacional, que foi logo em seguida, transformada em energia cinética, e então, em energia sonora.

AULA 3: ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA


Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Professor(a), inicie sua aula conversando com os estudantes sobre o bungee jumping, um esporte de
aventura em que o atleta salta de uma altura num vazio, com uma corda elástica presa nos tornozelos
ou cintura. Mostre um vídeo para os estudantes sobre o esporte:
→ Extreme Bungy Jumping with Cliff Jump Shenanigans! Play On in New Zealand! 4K!
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l9m4cW2yxy0.

Extreme Bungy Jumping with Cliff Jump Shenanigans! Play On in New Zealand! 4K!

36
Comece o debate questionando se todos teriam ou tem coragem de participar desse esporte. Após
isso, reflita com os estudantes os riscos envolvidos.
Após o primeiro debate, questione com os estudantes sobre os tipos de energia mecânica envolvidas
no bungee jumping. É esperado que eles mencionem a energia potencial gravitacional e a energia
cinética, uma vez que tais conceitos já foram trabalhados anteriormente. Nesse caso, complete
mencionando outra forma de energia que é a energia potencial elástica.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de energia potencial (energia armazenada e associada à posição em relação a um
referencial).
− Deformação de uma mola.
− Constante elástica de uma mola.
− Definição qualitativa e quantitativa de energia potencial elástica.
− Relação entre trabalho e energia potencial elástica.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Professor, neste momento, é importante que os estudantes compreendam o conceito na prática. Neste
momento, é importante fazer a observação qualitativa da energia potencial elástica. Para isso, serão
necessários:
− uma garrafa pet;
− um balão;
− pedaço de uma borracha.
Será necessário retirar o bico da garrafa, e prender o balão em sua boca. Coloque o pedaço de
borracha dentro do balão, e em seguida, estique-o para fazer o lançamento. Provoque uma reflexão
nos estudantes fazendo o seguinte questionamento:

• O pedaço de borracha ganhou velocidade, ou seja, energia cinética. Mas que tipo de energia se
transformou em energia cinética?

Neste momento, espera-se que os estudantes respondam que a energia potencial elástica foi
transformada em energia cinética.

AULA 4: CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA


Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
A conservação da energia está presente no nosso cotidiano, e, na maior parte do tempo, passa
despercebida por todos nós. A Lei de Lavoisier, sobre a conservação das massas, pode ser aplicada à
energia. A energia se transforma. É muito importante que os estudantes tenham fixado esse
conhecimento, pois ele é primordial para o entendimento de conteúdos posteriores, também
relacionados à energia. De modo a tornar a aula mais dinâmica, é interessante, professor, dar uma
tapa forte na parede e indagar os s com o seguinte questionamento:

• Qual foi a transformação de energia envolvida neste processo?

Espera-se que os estudantes respondam que foi a transformação de energia cinética em energia
sonora (primordialmente, embora parte da energia se converteu em térmica). Depois disso, instigue o
pensamento dos estudantes perguntando as transformações envolvidas numa usina hidrelétrica, no
37
funcionamento de uma televisão, no funcionamento de um liquidificador dentre outros exemplos, a
depender da criatividade. O importante neste primeiro momento é frisar com os estudantes que a
energia não pode ser criada e tão pouco destruída.
Em seguida, é necessário dar o enfoque para a energia mecânica, citando o caso da montanha russa.
Explique que o carrinho da montanha russa não dispõe de motor elétrico. Em seguida, indague:

• Como é possível o carrinho chegar até o final sem um motor elétrico?

É esperado que os estudantes saibam que os engenheiros e físicos usam o princípio da conservação da
energia mecânica, mesmo havendo dissipação de energia.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de forças conservativas e forças dissipativas.
− Definição de energia mecânica (soma da energia cinética com a energia potencial gravitacional
e energia potencial elástica.
− Conservação da energia mecânica e exemplos.
− Princípio geral da conservação da energia.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Esta etapa tem o objetivo de mostrar aos estudantes, de forma gráfica, a conservação da energia
mecânica por meio de um simulador virtual, o PHET - Energia na Pista de Skate.

Imagem 1: Página inicial do Simulador Virtual Phet para a simulação de Energia na Pista de Skate.

Fonte: (PHET, 2023)

→ A simulação está disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-


park/latest/energy-skate-park_all.html?locale=pt_BR.

E também pode ser acessado pelo QRcode abaixo.

Phet - Energia na Pista de Skate.


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Neste simulador, os estudantes podem acessar pelo celular, mas é interessante exibir em um
equipamento de data show de modo que seja explorado todos os recursos. Neste simulador, você pode
optar por uma pista ideal sem atrito, no qual não há dissipação de energia, assim como optar por uma
pista com atrito. É possível exibir os gráficos instantâneos de energia cinética, energia potencial e
energia mecânica. Este último, se mantém constante caso a opção de pista sem atrito seja escolhida.

AULA 5: ATIVIDADE PRÁTICA


Metodologia
1º Momento: Revisão e reflexão.
Neste momento, os estudantes aprenderão na prática o conteúdo teórico já estudado em sala de aula,
no entanto, antes de iniciar, é importante relembrar alguns conceitos fundamentais. Neste momento,
discuta com os estudantes o conceito de energia, e que trabalho é uma forma de transferir energia
aplicando uma força. Relembre também que existem várias formas de energia e que ela é
transformada. Evoque com os estudantes as formas de energia mecânica (cinética, potencial
gravitacional e potencial elástica). Para fechar o momento de revisão, recorde que a energia total de
um sistema se conserva, e cite o exemplo da montanha russa.

2º Momento: Mão na massa - O quanto o estudante é potente?


Essa experiência permitirá ao estudante determinar a sua potência máxima que é capaz de
desenvolver ao subir uma escada. Para isso, o estudante deverá subir correndo, o mais rápido possível
a escada da escola. É necessário medir o tempo gasto para subir as escadas usando um relógio ou um
cronômetro. É necessário medir também a altura da escada, como exemplifica a figura 2.

Imagem 2: Estudante subindo escada que possui uma altura determinada.

Fonte: (SANTOS, 2023)

O estudante deve medir a sua massa para que possa ter dados suficientes para chegar a uma
conclusão. Após esse procedimento, peça os estudantes que respondam:
• Qual trabalho realizado ao subir as escadas?
• Qual é a potência desenvolvida ao realizar essa tarefa? Compare esse valor com o de seus
colegas.
• Em casa, verifique a potência de uma lâmpada em uso. Quantas lâmpadas poderiam ser
mantidas usando a potência desenvolvida ao subir as escadas?

RECURSOS:
Lousa e caneta para registro dos conceitos trabalhados. Livros ou cadernos, cadeira, mesa, garrafa
pet, balão, pedaço de borracha, data show, computador com acesso à internet, cronômetro que será
usado na atividade prática.

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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação é entendida como instrumento para verificar se os estudantes compreenderam de fato os
conceitos e definições trabalhados. Durante as aulas, é importante aplicar a avaliação formativa.
Verifique a participação dos estudantes na aula, os argumentos utilizados por eles nos debates e
reflexões provocados em sala, e também nos momentos de interação com o conteúdo.
Ao final das aulas, é importante desenvolver uma avaliação somativa, de modo a qualificar e
quantificar o conteúdo aprendido. Neste momento, é importante que elabore um pequeno teste a fim
de se fazer essa verificação.

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ATIVIDADES
1 – Uma pessoa arrasta uma geladeira sobre uma superfície horizontal exercendo, sobre ela, uma força
F = 10 N, deslocando-a por 4 m.
a) Considere que a força exercida seja paralela à superfície. Neste caso, qual o trabalho realizado?
b) Considere que a força foi aplicada em uma corda, que fazia com o chão, um ângulo de 30°.
Qual o valor do trabalho realizado?

2 – Um operário, em uma construção, eleva, com velocidade constante, um objeto de massa m = 20


kg até uma altura h = 3,0 m gastando um tempo t = 10 s para realizar essa operação.
a) Qual o valor da força F que o operário deve exercer para que o bloco suba com velocidade
constante? (considere g = 10 m/s²)
b) Qual o trabalho o operário realiza nessa operação?
c) Qual a potência desenvolvida pelo operário?

3 – Considere um bloco de 4,0 kg de massa que se desloca com velocidade de 2,0 m/s. Determine o
valor de sua energia cinética.

4 – Um bate-estaca está sendo usado para fincar uma estaca no solo. O peso do bate-estaca é
abandonado, sucessivamente, de duas alturas diferentes.
a) Em qual caso a estaca penetrará mais no solo ao ser atingida pelo peso? Justifique.
b) Considere que a altura 1 seja de 4 metros e a altura 2 seja de 7 metros. Sabendo que g = 10
m/s² e que a massa do bate estaca é de 30 kg, determine a energia potencial gravitacional em
cada caso.

5 – Uma mola elástica ideal, submetida à ação de uma força de intensidade F = 10 N, está deformada
em 2,0 cm. Qual o valor da energia potencial elástica de um objeto preso a essa mola?

6 – (ENEM 2011) Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um
dos saltos de um atleta estão representadas na figura:

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Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito), para que o salto atinja a maior altura
possível, ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessário que

a) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial


elástica representada na etapa IV.
b) a energia cinética, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa IV.
c) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa III.
d) a energia potencial gravitacional, representada na etapa II, seja totalmente convertida em
energia potencial elástica, representada na etapa IV.
e) a energia potencial gravitacional, representada na etapa I, seja totalmente convertida em
energia potencial elástica, representada na etapa III.

7 – Em um experimento que valida a conservação da energia mecânica, um objeto de 4,0 kg colide


horizontalmente com uma mola relaxada, de constante elástica de 100 N/m. Esse choque a comprime
1,6 cm. Qual é a velocidade, em m/s, desse objeto antes de se chocar com a mola?

9 – Considere um carrinho de montanha russa que fará o looping circular de raio r = 4 m. Qual é a
altura mínima que esse carrinho deve adquirir para que possa ser abandonado de modo a realizar o
looping com segurança? Considere g = 10 m/s².

10 – Pesquise sobre os tipos de transformação de energia que acontecem numa hidrelétrica, desde o
represamento da água até o funcionamento de um aparelho elétrico em sua residência.

11 – Em relação ao conceito de trabalho, é CORRETO afirmar que:

01. quando atuam somente forças conservativas em um corpo, a energia cinética deste não se
altera.
02. em relação à posição de equilíbrio de uma mola, o trabalho realizado para comprimi-la por uma
distância x é igual ao trabalho para distendê-la por x.
04. a força centrípeta realiza um trabalho positivo em um corpo em movimento circular uniforme,
pois a direção e o sentido da velocidade variam continuamente nesta trajetória.
08. se um operário arrasta um caixote em um plano horizontal entre dois pontos A e B, o trabalho
efetuado pela força de atrito que atua no caixote será o mesmo, quer o caixote seja arrastado
em uma trajetória em ziguezague ou ao longo da trajetória mais curta entre A e B.
16. quando uma pessoa sobe uma montanha, o trabalho efetuado sobre ela pela força gravitacional,
entre a base e o topo, é o mesmo, quer o caminho seguido seja íngreme e curto, quer seja
menos íngreme e mais longo.
32. o trabalho realizado sobre um corpo por uma força conservativa é nulo quando a trajetória
descrita pelo corpo é um percurso fechado.

Somando-se os números correspondentes às afirmações corretas, qual valor é encontrado?

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REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS,José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
ENERGIA potencial gravitacional e cinética. [s. l.: s. n.], 23 de fev. 2018. 1 vídeo (1,5 min). Publicado
pelo canal Física Fácil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V3rTgcI2jvI. Acesso em: 20
de abr. 2023.
EXTREME Bungy Jumping with Cliff Jump Shenanigans! Play On in New Zealand! 4K!. [s. l.: s. n.], 25
de mar. 2015. 1 vídeo (2,5 min). Publicado pelo canal Descinsupertrump. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=l9m4cW2yxy0. Acesso em: 24 de abr. 2023.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução, Tempo
e Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
JÚNIOR, Joab Silas da Silva. O que é energia?; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-energia.htm. Acesso em 20 de abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível
em:https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Ref
er%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PHET Interactive Simulations | Energia na Pista de Skate: Phet Colorado, 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/energy-skate-park. Acesso em 24 de abr. 2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência Específica 03: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios
das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por
meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Torque e Máquinas sim- (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre


ples. atividades experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos,
com base nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os
limites explicativos das ciências.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias,
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como
em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre a
aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como
tecnologias do DNA, tratamentos com células-tronco, neurotecnologias,
produção de tecnologias bélicas, estratégias de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, legais, éticos e
responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso
de equipamentos e recursos, bem como comportamentos de segurança,
visando à integridade física, individual e coletiva, e socioambiental,
podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos digitais que viabilizem a
estruturação de simulações de tais riscos, conhecer as normas de
segurança, o tratamento de resíduos e reconhecer os equipamentos de
proteção individual e coletivo, inclusive a tecnologia aplicada nos
mesmos.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas,
arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor soluções seguras
e sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano.

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(EM13CNT310X) Investigar e analisar os efeitos de programas de
infraestrutura e demais serviços básicos (saneamento, energia elétrica,
transporte, telecomunicações, cobertura vacinal, atendimento primário à
saúde e produção de alimentos, entre outros) e identificar necessidades
locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de avaliar e/ou
promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida no
âmbito social, familiar, cultural e econômico.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Máquinas simples e torque.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
“Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que moverei o mundo.” Essa é uma frase de Arquimedes
criada ao promover estudos sobre alavancas. Como já se sabe, o movimento está relacionado
diretamente com a manutenção da vida na Terra. Mas existem objetos que para serem colocados em
movimento, é necessário algum equipamento, pois o ser humano, usando sua própria força, não seria
capaz. Se for usada uma alavanca e o ponto de apoio adequado, colocar tal objeto em movimento
pode ser mais fácil. As alavancas são máquinas que facilitam o trabalho e o esforço humano.
Ressalta-se aqui o papel da ciência em geral. A promoção da qualidade de vida está diretamente ligada
ao estudo da natureza. Como seria realizar programas ligados à saúde se não conhecêssemos o
funcionamento do corpo humano? Como seria possível descobrir medicamentos se não conhecêssemos
sobre as reações químicas? Como seria possível facilitar o esforço do ser humano se não
conhecêssemos as máquinas simples? O papel da ciência é, além de entender a natureza, manipulá-la
para trazer qualidade de vida e bem estar.
Neste planejamento, será possível debater com os estudantes um dos conceitos que facilitam a vida
humana: as máquinas simples. Estas estão presentes no cotidiano e muitas vezes passam
despercebidas, mas graças ao conhecimento produzido por estudiosos, podemos desfrutar desses
equipamentos.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: TORQUE
Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Este momento é uma oportunidade para iniciar a aula de maneira interativa e divertida. Inicie a aula
com uma brincadeira. Será necessário convidar um estudante para participar. Proponha fazer uma
aposta com o estudante que aceitar participar, movimente a turma de modo que se crie uma torcida,
ou para você, professor(a), ou para o estudante que queira participar. Por exemplo: proponha que se o
estudante vencer a brincadeira, a turma toda ganha dois pontos extras, mas se perder, a turma toda
perde 2 pontos. Ainda que a aposta seja fictícia, é uma forma de toda a turma interagir com a
proposta inicial.
A brincadeira tem o seguinte propósito: professor e estudante empurram a porta, ambos em sentidos
contrários, no entanto, você deve fazer a força usando apenas o polegar, aplicando essa força em um
ponto mais próximo da extremidade do lado da maçaneta, enquanto o estudante aplicará toda a sua
força, podendo usar os dois braços. No entanto, deve aplicar a força em um ponto da porta mais
próximo da dobradiça. Vence aquele que empurrar mais a porta. A figura a seguir mostra como as
forças exercidas pelos participantes devem ser aplicadas.

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Imagem 1: Esquema de como as forças devem ser aplicadas na porta - vista superior.

Fonte: (SANTOS, 2023)

Imagem 2: Esquema de como as forças devem ser aplicadas na porta - vista lateral.

Fonte: (SANTOS, 2023)

Antes de iniciar, pergunte à turma quem eles acham que vencerá a aposta e peça uma explicação. Em
seguida, inicie a brincadeira. Espera-se que o professor vença. Repita a brincadeira com alguns outros
estudantes que queiram participar, e peça uma justificativa porque é mais difícil empurrar a porta
aplicando a força em um ponto mais próximo à dobradiça.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.

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− Definição de um objeto extenso.
− Rotação e translação.
− Definição de momento de uma força (torque).
− Aplicações do torque no cotidiano.
− Equilíbrio de rotação.
− Funcionamento da gangorra usando o conceito de torque.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Neste momento é hora de aprender praticando, por meio de um simulador virtual, o PHET -
Balançando. Esta plataforma virtual simula situações que se usam o princípio do momento de uma
força. Ele tem uma introdução, um laboratório que simula situações em que se deseja colocar a
gangorra em equilíbrio rotacional e ainda oferece um pequeno jogo para colocar em prática todo o
conhecimento.

Imagem 3: Página inicial do Simulador Virtual Phet – Balançando.

Fonte: (PHET, 2023)

→ A simulação está disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/balancing-act.


E também pode ser acessado pelo QRcode abaixo.

Phet – Balançando.

É importante que o professor use o celular dos estudantes como uma ferramenta didática. Para isso, é
importante que eles acessem o simulador diretamente pelos seus aparelhos. Caso algum estudante
não tenha um aparelho smartphone, permita que este se sente em dupla com um colega, deste modo,
será possível trabalhar em sala a solidariedade e cooperatividade.
Uma outra proposta experimental que pode ser usada em substituição ao simulador virtual. Para sua
realização, serão necessários:
− uma régua de madeira ou de plástico não flexível de 20 cm;
− um copinho de plástico de café contendo areia ou moedas;
− um lápis;
− fita adesiva.
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O lápis deve ser fixado em suas extremidades na mesa com a fita adesiva. Apoie a régua no lápis na
marca dos 5 cm. Na extremidade da régua mais próxima do apoio coloque o copinho. Exerça uma
força perpendicular à régua na marca dos 20 cm, equilibrando-a na posição horizontal.
Repita a experiência exercendo uma força perpendicular à régua nas marcas de 15 cm, 10 cm e 7 cm.
Em seguida, questione aos estudantes em qual delas ele exerceu uma força mais intensa. E menos
intensa. Peça que explique.

AULA 2: MÁQUINAS SIMPLES


Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Professor(a), neste momento, é interessante levar para aula objetos que precisem de uma alavanca
para poder abrir, por exemplo, uma garrafa com bebida cuja tampa necessita de um abridor, ou um
pedaço de madeira fincado por um prego. Caso seja possível levar a garrafa e a madeira, é necessário
também levar o abridor de garrafas para abrir a tampa e um martelo para a retirada do prego.
Inicie a aula desafiando os estudantes quem consegue tirar a tampa e o prego usando a própria mão.
Faça um desafio fictício, oferecendo pontos para quem conseguir. Espera-se que nenhum dos
estudantes consiga. Em seguida, mostre a eles as ferramentas utilizadas para facilitar o processo. O
abridor para abrir a tampa da garrafa e o martelo para retirar o prego da madeira. O objetivo deste
momento é mostrar aos estudantes que existem ferramentas que são capazes de minimizar o esforço
humano na realização de determinadas tarefas.
Converse com os estudantes sobre outras ferramentas que minimizem o esforço humano. Peça a eles
que citem alguma dessas ferramentas.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de máquinas simples.
− Definição de ponto de apoio, força potente e força resistente.
− Alavancas interfixas e exemplos.
− Alavancas interpotente e exemplos.
− Alavancas inter-resistentes e exemplos.
− As alavancas do corpo humano.

3º Momento: interação com o conteúdo.


O vídeo a seguir é uma aula sobre máquinas simples. Nesta aula, são exibidos diversos tipos de
alavancas usadas na construção civil e os cuidados que um operário deve ter ao manuseá-los. Você
pode projetar esse vídeo ou pedir aos estudantes que assistam do próprio celular. É importante
ressaltar que o professor deve usar o celular a seu favor, como uma ferramenta pedagógica. Caso
algum estudante não possua celular para acompanhar o vídeo, peça a ele que se sente ao lado de
outro, e assim, será possível exercer conceitos de cooperatividade e solidariedade dentro de sala de
aula.
→ O vídeo está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=q2JtYB-Tp-4.

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Vídeo: Máquinas Simples.

RECURSOS:
Lousa e caneta para registro dos conceitos trabalhados. Smartphone com acesso à internet, projetor
multimídia, computador com acesso à internet, régua, fita adesiva, copinho de plástico de café, mesa.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação não pode ser esquecida, pois ela é um instrumento de verificação da aprendizagem, e por
meio dela é possível refletir sobre pontos a melhorar nas nossas aulas. Durante as aulas, priorize a
avaliação formativa. Verifique a participação dos estudantes nos desafios, a capacidade de raciocínio, e
os argumentos utilizados nas reflexões e debates propostos.
Avalie os estudantes na participação da proposta experimental da aula 1. Nessa proposta, é importante
verificar se compreenderam que quanto maior for a distância do ponto de apoio, menor será o esforço
necessário para equilibrar a alavanca.
Na aula 2, ao final, avalie por meio de perguntas orais o conhecimento construído durante a aula.

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ATIVIDADES
1 – Para soltar um parafuso muito apertado, é necessário a utilização de uma chave, aplicando um
torque de 150 N.m. Calcule o valor da força aplicada, considerando que o ponto onde a força é
aplicada está a 15 cm de distância do ponto de giro.

2 – Duas pessoas estão sentadas em uma gangorra em equilíbrio. A massa da pessoa sentada à
esquerda é de 50 kg, e sua distância em relação ao ponto de apoio é de 2 m. A outra pessoa, sentada
à direita, tem massa igual a 62,5 kg. Desprezando a massa da gangorra, determine a distância que a
pessoa à direita deve se sentar em relação ao ponto de apoio para que a gangorra permaneça em
equilíbrio.

3 – (ENEM 2015) Em um experimento, um professor levou para a sala de aula um saco de arroz, um
pedaço de madeira triangular e uma barra de ferro cilíndrica e homogênea. Ele propôs que fizessem a
medição da massa da barra utilizando esses objetos. Para isso, os estudantes fizeram marcações na
barra, dividindo-a em oito partes iguais, e em seguida apoiaram-na sobre a base triangular, com o
saco de arroz pendurado em uma de suas extremidades, até atingir a situação de equilíbrio.

Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida pelos estudantes?


a) 3,00 kg.
b) 3,75 kg.
c) 5,00 kg.
d) 6,00 kg.
e) 15,00 kg.

4 – (ENEM 2013) Retirar a roda de um carro é uma tarefa facilitada por algumas características da
ferramenta utilizada, habitualmente denominada chave de roda. As figuras representam alguns
modelos de chaves de roda:

Em condições usuais, qual desses modelos permite a retirada da roda com mais facilidade?
a) 1, em função de o momento da força ser menor.
b) 1, em função da ação de um binário de forças.
c) 2, em função de o braço da força aplicada ser maior.
d) 3, em função de o braço da força aplicada poder variar.
e) 3, em função de o momento da força produzida ser maior.

50
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS,José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução, Tempo e
Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
Máquinas Simples - Física 1 col 11-08-2022 Programa "Se Liga na Educação". [s. l.: s. n.], 10 de set.
2022. 1 vídeo (20 min). Publicado por Simone Alves. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=q2JtYB-Tp-4&t=1s. Acesso em: 27 de abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível
em:https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Ref
er%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PHET Interactive Simulations | Balançando: Phet Colorado, 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/balancing-act. Acesso em 27 de abr. 2023.

51
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos
produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e/ou global.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Quantidade de movimen- (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e
to e impulso. de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento
para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações
cotidianas e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento
sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da
vida em todas as suas formas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Quantidade de movimento.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A conservação da quantidade de movimento pode ser observada em diversas situações simples. Um
exemplo disso é o pêndulo de Newton, vendido muitas vezes como enfeite de escritório. As grandezas
impulso e quantidade de movimento consegue explicar situações do dia a dia, como por exemplo,
dobramos o joelho ao tocarmos o chão rígido, depois de pularmos de uma determinada altura. Sua
aplicação também pode ser usada no esporte, quando o atleta chuta uma bola de futebol, ou como um
atleta deve se mover em uma luta de boxe. Pode ser usada para explicar a engenharia de materiais dos
automóveis.
Neste planejamento, serão trabalhadas as grandezas: impulso, quantidade de movimento e suas
aplicações em situações cotidianas. São muitas as aplicações no dia a dia. Cabe a você, professor(a),
selecionar algumas situações além das que são sugeridas neste planejamento, identificando a realidade
e os conhecimentos prévios dos estudantes.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Professor(a), neste momento, inicie exibindo um vídeo sobre o pêndulo de Newton, disponível no link
abaixo. Os estudantes podem assistir ao vídeo pelo celular acessando o QRcode disponível abaixo.
→ Pontociência - Brincando com o Pêndulo de Newton.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=tG65CGR1adU.
QRCode:

Vídeo: Pontociência - Brincando com o Pêndulo de Newton.


52
Após a exibição do vídeo, explique aos estudantes que o pêndulo, apesar de ser vendido como enfeite,
foi usado por Isaac Newton para explicar alguns fenômenos observados no dia-a-dia. Em seguida, inicie
um debate com o seguinte questionamento.

• Por que o movimento de ir e vir das esferas não é eterno?

Espera-se que os estudantes respondam que a energia mecânica vai se transformando em outras
formas de energia, como a sonora ou térmica, ou seja, a energia mecânica vai se dissipando, e por isso,
a amplitude do movimento vai diminuindo aos poucos. Em seguida, faça a seguinte pergunta:

• É possível levantar duas esferas de um lado e do outro lado, levantar apenas uma com maior
velocidade, alcançando maior altura?

Neste momento, grande parte dos estudantes terão dúvidas quanto à resposta, que é baseada no
princípio de conservação da quantidade de movimento. A partir deste momento deve-se iniciar a
formalização do conteúdo.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição matemática de quantidade de movimento e resolução de exemplos.
− Conservação da quantidade de movimento de um sistema e exemplos no dia a dia.
− Definição de colisões.
− Tipos de colisões.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Neste momento é hora de aprender praticando, por meio de um simulador virtual, o PHET - Laboratório
de colisões. Nesta plataforma é possível simular algumas colisões e fazer a análise de movimentos dos
corpos e da quantidade de movimento deles.
Imagem 1: Página inicial do Simulador Virtual Phet - Laboratório de colisões.

Fonte: (PHET, 2023)

Os estudantes podem acessar direto pelo celular por meio do link ou QRCode abaixo. Os estudantes que
não possuírem celular podem se sentar com outros colegas, e neste momento, é possível trabalhar a
cooperatividade, solidariedade e empatia ao próximo.
→ Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/collision-lab.

53
QRcode:

Phet - Laboratório de colisões.

AULA 2: IMPULSO
Metodologia
1º Momento: Problematização, debate e reflexão.
Os corpos podem cair em queda livre aumentando significativamente a sua velocidade, no entanto,
alguns materiais sofrem resistência do ar, o que faz a velocidade não aumentar tanto assim. É o que
acontece com os pingos de chuva. Se não fosse a atmosfera, sua velocidade seria enorme. Comece a
aula criando um debate com o seguinte questionamento:

• Se não houvesse atmosfera, as gotas de chuva poderiam machucar o ser humano. Por que?

Espera-se que os estudantes tenham a concepção de que a atmosfera oferece resistência, não deixando
que sua velocidade aumente tanto. Caso contrário, a velocidade da gota de chuva aumentaria
significativamente, o que aumentaria o impacto ao cair no corpo humano. Como ao tocar no corpo, a
gota de água reduziria sua velocidade para zero, o que provocaria uma enorme variação da sua
velocidade, o que consequentemente um forte impacto. Os estudantes ainda não sabem a relação entre
quantidade de movimento e impulso. Nesse caso, essa explicação deve ser feita após a formalização do
conteúdo.

2º Momento: Formalização do conteúdo.


Nesta etapa, é importante explanar o conteúdo por meio de exposição de conceitos e resolução de
exemplos. A seguir, algumas sugestões de tópicos sequenciais que podem ser trabalhados em sala de
aula.
− Definição de impulso.
− Relação entre impulso e quantidade de movimento.
− Resolução de exemplos.

3º Momento: Interação com o conteúdo.


Neste momento, professor(a), o conteúdo será relacionado com pequenas situações no dia a dia, no
esporte e no uso dos airbags nos automóveis. Primeiramente, peça aos estudantes que pulem da
cadeira mantendo as pernas rígidas (sem dobrar os joelhos) e depois pulem dobrando normalmente os
joelhos. Pergunte a eles em qual situação eles se sentiram mais confortáveis e peça para explicar o
motivo. Espera-se que os estudantes respondam que a variação da quantidade de movimento é a
mesma nas duas situações, ou seja, o impulso também é o mesmo, já que impulso é igual a variação da
quantidade de movimento. No entanto, quando se flexiona o joelho, o tempo de interação com o chão
aumenta, e para manter o mesmo impulso, é necessário que a força aplicada seja menor, ou seja, a
queda é amortecida.
Após essa explicação, peça aos estudantes que tentem explicar o motivo pelo qual o trapezista usa uma
rede de proteção, e como essa rede funciona para proteger fisicamente o trapezista em caso de um
acidente. A explicação é a mesma: a rede aumenta o tempo de interação, e para manter o mesmo
impulso, é necessário diminuir a força. A queda no chão rígido, teria um tempo de interação menor, e
por esse fato, para manter o mesmo impulso, seria necessário uma força maior.

54
Em seguida, relacione o teorema do impulso e da quantidade de movimento com a luta de boxe. Um
lutador, ao receber um golpe, não deve manter seu rosto imóvel, mas sim, movimentá-lo no mesmo
sentido do golpe recebido, aumentando assim o tempo de interação com a mão do adversário. Assim,
essa força é reduzida, e ele não sentirá tanto assim o soco. O mesmo vale para os airbags. Sua função é
justamente aumentar o tempo de interação do passageiro, em caso de acidente, reduzindo assim a
força que age sobre o seu corpo, evitando assim, lesões graves.

RECURSOS:
Lousa e caneta para registro dos conceitos trabalhados. Smartphone com acesso à internet, cadeira para
os estudantes subirem e pularem.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Neste planejamento, o instrumento mais eficaz para avaliar o processo de ensino-aprendizagem é a
avaliação formativa. Nas duas aulas, espera-se que os estudantes participem das aulas interagindo com
você, refletindo, e respondendo as questões levantadas em sala.

55
ATIVIDADES
1 – Em um objeto atua uma força resultante de 4,0 N durante 6,0 segundos. Determine:
a) o impulso recebido pelo objeto.
b) Se a quantidade de movimento do objeto era de 16 kg.m/s, qual será o valor no final do
intervalo de tempo considerado?

2 – Considere um objeto em movimento retilíneo uniforme.


a) A quantidade de movimento deste objeto está variando?
b) Tendo em vista a resposta anterior, o que você conclui sobre o impulso que atua no objeto?
c) Qual é o valor da resultante das forças que atuam neste objeto?

3 – Uma prancha, cuja massa é de 10 kg, está em repouso sobre uma superfície horizontal, sem atrito.
Um bloco, de 5,0 kg de massa, é arremessado horizontalmente sobre a prancha, com velocidade inicial
de 6,0 m/s. Devido ao atrito entre o bloco e a prancha, ela é arrastada e entra em movimento. Após
um certo tempo, o bloco e a prancha atingem uma velocidade final, passando a se mover juntos. Qual
o valor dessa velocidade final?

4 – (Ufsm-2006) Uma flecha de massa 100g, a uma velocidade de 24m/s encontra uma ave, com
massa de 900g, livre, em repouso sobre um galho. A ave ferida mais a flecha passam a ser um único
corpo, com velocidade final, em m/s, de
a) zero.
b) 0,6.
c) 1,2.
d) 2,4.
e) 6.

5 – (ENEM 2019) Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos de


proteção individual, tal como capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5 kg de
uma altura de 5 m, cujo impacto contra um capacete pode durar até 0,5 s, resulta em uma força
impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravitacional seja 10 m/s² e
que o efeito de resistência do ar seja desprezível.
A força impulsiva média gerada por esse impacto equivale ao peso de quantos tijolos iguais?

a) 2.
b) 5.
c) 10.
d) 20.
e) 50.

56
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Física: contexto & aplicações. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2014.
AMABIS,José Mariano et al. Moderna plus: Ciências da natureza e suas tecnologias: Universo e
evolução. São Paulo: Moderna, 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
FUKUI, Ana …et.al. Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução, Tempo e
Espaço: Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Edições SM, 2020.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível
em:https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Ref
er%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
PHET Interactive Simulations | Laboratório de Colisões : Phet Colorado, 2023. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/collision-lab. Acesso em 04 de mai. 2023.
PONTOCIÊNCIA - Brincando com o Pêndulo de Newton. [s. l.: s. n.], 23 de fev. 2018. 1 vídeo (2,0
min). Publicado pelo canal Pontociência. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=tG65CGR1adU. Acesso em: 04 de mai. 2023.

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações
entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou
global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Reações Químicas. (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de


aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas
Quantidade de Maté-
que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar
ria (MOL).
previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas e em processos
produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos
recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reações químicas e quantidade de matéria.
DURAÇÃO: 6 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Inicia-se agora a caminhada no estudo das reações químicas. Nas próximas aulas iremos analisar e
representar algumas transformações envolvendo quantidade de matéria. Sendo assim, sugerimos que no
momento inicial da aula sejam apresentadas algumas imagens nas quais seja possível avaliar situações em
que ocorreram reações químicas e outras transformações físicas de forma a facilitar a discussão sobre as
diferenças entre transformação química e física. Sugerimos também alguns experimentos para ajudar no
entendimento do reconhecimento das evidências de transformações químicas de forma que seja facilitada
a realização das previsões nos comportamentos dessas transformações em situações cotidianas.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01: REAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
O objetivo nesta aula é introduzir o assunto por meio da utilização de imagens que representam
transformações químicas e outras contendo transformações físicas e, na sequência os estudantes poderão
contribuir com exemplos de seu cotidiano.

58
Imagem 01: Carro enferrujado. Imagem 02: Queijo. Imagem 03: Calotas polares.

Fonte: (PIXABAY, 02 mai. 2018) Fonte: (PIXABAY, 03 mar. 2023) Fonte: (PIXABAY, 10 out. 2014)

Imagem 04: Solidificação. Imagem 05: Explosão. Imagem 06: Efervescência.

Fonte: (PIXABAY, 07 out. 2019) Fonte: (PIXABAY, 13 abr. 2016) Fonte: (PIXABAY, 02 mai. 2018)

AULAS 02 A 05: EXPERIMENTOS SOBRE TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS


A abordagem metodológica utilizada nessas aulas será o desenvolvimento de atividades experimentais
investigativas para que os estudantes façam experimentos para terem a oportunidade de aprender a
reconhecer processos químicos. Sugerimos fazer grupos de 4 ou 5 estudantes para que a atividade
seja mais proveitosa. O roteiro está detalhadamente descrito na atividade 01. Ao final da realização
dos experimentos, os exercícios sugeridos na atividade 02 ajudarão na discussão da representação
das reações realizadas. Como estratégia de avaliação, sugerimos que os estudantes discutam os
resultados obtidos em cada grupo, observem as diferenças experimentais, se houver, entre cada
grupo.

AULA 06: CONSERVAÇÃO DE MASSA


Aqui, a mesma abordagem metodológica investigativa será utilizada. Nessa aula, dois experimentos
para a investigação da conservação da massa serão realizados. Inicialmente a reação com ácido
clorídrico e bicarbonato de sódio será processada em sistema aberto e em seguida em sistema
fechado. O roteiro está detalhadamente descrito na atividade 03. Ao final do experimento, sugerimos
que os resultados de cada grupo de estudantes seja compartilhado para que seja possível realizar a
discussão sobre as possíveis causas (erros experimentais) das diferenças entre os resultados obtidos.
Essa é uma estratégia de avaliação importante em ciências porque nem sempre os resultados
alcançados saem conforme esperado, o que faz com que os estudantes se sintam frustrados. Quando a
discussão dos resultados é feita de forma honesta, ganha-se muito aprendizado especialmente porque
as fontes de erro são identificadas.

RECURSOS:
Aula 01: Projetor ou imagens impressas.
Aula 02 a 05: Os materiais necessários estão detalhados no roteiro da atividade 01.
Aula 06: Os materiais necessários estão detalhados no roteiro da atividade 03.

59
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja gradativa e formativa, ou seja, as estratégias
avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito de
contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

60
ATIVIDADES
Atividade 01 – Atividade experimental: estudo das evidências de reações químicas

• EXPERIMENTO 01: REAÇÃO ENTRE METAL E ÁCIDO


Materiais e Reagentes:
− Tubo de ensaio, conta-gotas, bombril e solução de ácido muriático.

O que fazer:
− Colocar aproximadamente 2 mL (40 gotas) da solução de HCl no tubo de ensaio e adicionar um
pedaço bem pequeno de lã de aço e observar o sistema.

Reflexões:
A: Descrever as características macroscópicas do sistema inicial (solução de ácido muriático e
pedaço de lã de aço separados) antes da imersão da lã de aço na solução.
B: Descrever as características macroscópicas do sistema quando a lã de aço foi adicionada à
solução.
C: Qual é a evidência de que ocorreu uma transformação?
D: Se a massa do sistema inicial (lã de aço e ácido) fosse comparada à massa do sistema final,
seria maior, igual ou menor?
E: Se a reação tivesse se passado em um sistema fechado, com um balão na boca do tubo de
ensaio, por exemplo, a massa final do sistema seria igual à inicial?

• EXPERIMENTO 02: QUEIMA DA LÃ DE AÇO


Materiais e Reagentes:
− Balança, Vela, um pedaço de lã de aço e um prendedor de roupa de madeira.

O que fazer:
− Pesar um pedaço de lã de aço e anotar a massa. Colocar o pedaço da lã de aço na ponta do
prendedor de roupas e aproximar da chama da vela. Ao final, pesar a lã de aço após o processo
de queima.

Reflexões:
A: Descrever as características do sistema antes da reação.
B: Descrever as características do sistema após a queima da lã de aço.
C: Qual é a evidência de que ocorreu uma transformação?
D: Se a massa do sistema fosse medida antes e depois da reação, ela seria igual ou diferente?

• EXPERIMENTO 03: REAÇÃO ENTRE HIDRÓXIDO DE SÓDIO E SULFATO DE COBRE


Materiais e Reagentes:
− Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L, solução de sulfato de cobre 0,1 mol/L, tubo de ensaio
e conta-gotas.

O que fazer:
− Colocar aproximadamente 2 mL (40 gotas) de solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L em um
tubo de ensaio. Em seguida, adicionar aproximadamente a mesma quantidade da solução de
sulfato de cobre 0,1 mol/L ao tubo.

Reflexões:

61
A: Descrever as características do sistema inicial (soluções de hidróxido de sódio e sulfato de
cobre).
B: Descrever as características do sistema após a adição da solução de sulfato de cobre à solução
de hidróxido de sódio.
C: Qual é a evidência de que ocorreu uma transformação?
D: Se a massa do sistema fosse medida antes e depois da reação, ela seria maior, igual ou menor?

• EXPERIMENTO 04: REAÇÃO ENTRE HIDRÓXIDO DE SÓDIO E ÁCIDO MURIÁTICO


Materiais e Reagentes:
− Solução de hidróxido de sódio 5 mol/L, solução de ácido muriático 5 mol/L, tubo de ensaio e
conta-gotas.

O que fazer:
− Colocar aproximadamente 2 mL (40 gotas) de solução de hidróxido de sódio 5 mol/L em um
tubo de ensaio. Em seguida, adicionar aproximadamente a mesma quantidade da solução de
ácido muriático 5 mol/L ao tubo.

Reflexões:
A: Descrever as características do sistema inicial (soluções de hidróxido de sódio e ácido
muriático).
B: Descrever as características do sistema após a adição da solução de hidróxido de sódio à
solução de ácido clorídrico.
C: Qual é a evidência de que ocorreu uma transformação?
D: Se a massa do sistema fosse medida antes e depois da reação, ela seria maior, igual ou menor?

• EXPERIMENTO 05: REAÇÃO ENTRE HIDRÓXIDO DE SÓDIO E ÁCIDO MURIÁTICO NA


PRESENÇA DE FENOLFTALEÍNA
Materiais e Reagentes:
− Solução de hidróxido de sódio 5 mol/L, solução de ácido muriático 5 mol/L, solução alcoólica de
fenolftaleína, tubo de ensaio e conta-gotas.

O que fazer:
− Colocar aproximadamente 2 mL (40 gotas) de solução de hidróxido de sódio 5 mol/L em um
tubo de ensaio. Em seguida, adicionar 2 gotas de fenolftaleína e agitar levemente o tubo. Logo
depois, adicione a mesma quantidade da solução de ácido muriático 5 mol/L ao tubo e observe.

Reflexões:
A: Descrever as características do sistema inicial (soluções de hidróxido de sódio, ácido muriático e
fenolftaleína).
B: Descrever as características do sistema após a adição da solução de fenolftaleína à solução de
hidróxido de sódio.
C: Descrever as características do sistema após a adição da solução de ácido clorídrico à solução
de hidróxido de sódio com fenolftaleína.
D: Qual é a evidência de que ocorreu uma transformação?
E: Se a massa do sistema fosse medida antes e depois da reação, ela seria maior, igual ou menor?

• EXPERIMENTO 06: EVIDÊNCIAS DE TRANSFORMAÇÃO


Materiais e Reagentes:
− Água, colher de chá, refrigerante, sal de cozinha, açúcar, meio comprimido efervescente, três
62
copos de vidro, proveta de 50 mL.

O que fazer:
− Vamos trabalhar com três sistemas: 1) sal de cozinha e água; 2) refrigerante e açúcar; 3) água
e comprimido efervescente.
− Construir um quadro com para todos os sistemas conforme o modelo abaixo:

Sal de cozinha e Refrigerante e Água e comprimido


água açúcar efervescente

Características
estado inicial

Observação das
evidências

Características
estado final

Identificar os copos com 1, 2, 3. Adicionar 20 ml de água nos copos 1 e 3 e 20 ml de refrigerante no


copo 2.
Adicionar uma colher de chá de sal ao copo 1, uma colher de açúcar ao copo 2 e meio comprimido
efervescente ao copo 3.

Reflexão:
A: Ao observar as transformações ocorridas, que diferenças podem ser reconhecidas entre os
sistemas 1, 2 e 3?
B: O gás liberado nos sistemas 2 e 3 já existia nos sistemas iniciais?
C: Nos sistemas observados, houve produção de novo material? Em caso afirmativo, como se pode
evidenciar esse fato?

Atividade 02 – Representando as reações químicas


Faça um quadro resumindo os experimentos de 1 a 5 realizados na atividade 1. Escreva as reações
químicas que representam cada experimento.

Atividade 03 – Atividade experimental: conservação de massa


Materiais e Reagentes:
− Quatro gramas de bicarbonato de sódio água, uma garrafa PET de 600 mL, ácido muriático 5
mol/L (10 mL), uma balança, um béquer ou copo de 50 mL, uma proveta de 50 mL, um tubo
de ensaio pequeno (ele deve passar pela abertura da garrafa) e uma espátula ou colher de
sobremesa.

O que fazer:
Reação em sistema aberto
− Transferir aproximadamente 2,0 g (duas colheres de sobremesa) de bicarbonato de sódio para
a garrafa PET de 600 mL; em seguida, adicionar 40 mL de água.
− Transferir, com cuidado, 5 mL do ácido muriático 5 mol/L para o béquer de 50 mL.
Pesar o béquer com a garrafa PET e anotem o valor da massa (m PET + mbéquer).
Transferir o ácido para a garrafa PET, fechar a garrafa com a tampa, agitar bastante, retirar a
tampa da garrafa e aguardar até a reação se completar.
63
− Pesar novamente todo o conjunto (mPET + mbéquer) e anotem o valor da massa encontrada.
Anotar também os valores obtidos pelos outros grupos.
− Construir um quadro com os dados obtidos por todos os grupos da classe, com massa (em g)
do sistema antes e depois da reação.

Reação em sistema aberto:


− Transferir aproximadamente 2,0 g (duas colheres de sobremesa) de bicarbonato de sódio para
a garrafa PET de 600 mL; em seguida, adicionar 40 mL de água.
− Transferir, com cuidado, 5 mL do ácido muriático 5 mol/L para o tubo de ensaio.
Introduzir o tubo na garrafa PET sem deixar que o ácido entre em contato com a água com
bicarbonato. Em seguida, tampar a garrafa firmemente.
− Pesar o conjunto e anotem o valor da massa inicial do sistema (mi).
− Inclinar a garrafa PET, de modo que o ácido escorra lentamente; após a reação ter se
processado, pesar novamente o conjunto e anotem o valor da massa final do sistema (mf).
− Construir um quadro com os dados obtidos por todos os grupos da classe, com a massa (em g)
do sistema antes e depois da reação.

Reflexão:
A: Que evidências permitem afirmar que ocorreram reações químicas?
B: Comparar os valores obtidos para as massas do sistema, antes e depois da reação nos dois
casos (sistemas aberto e fechado). O que se pode constatar?
C: A que se atribui a diferença observada?
D: Com os dados obtidos, é possível afirmar que a massa se conserva em uma reação química?

64
REFERÊNCIAS
CALOTAS polares. Pixabay, [s. l.], 10 out. 2014. Disponível em:
https://pixabay.com/photos/antarctica-ice-caps-mountains-482686/ . Acesso em: 04 mai. 2023.
CARRO enferrujado. Pixabay, [s. l.], 02 mai. 2018. Disponível em:
https://pixabay.com/photos/automobile-car-junkyard-scrap-metal-3368094/ . Acesso em: 04 mai.
2023.
EFERVESCÊNCIA. Pixabay, [s. l.], 04 ago. 2015. Disponível em: https://pixabay.com/photos/vitamin-
b-effervescent-tablet-871135/ . Acesso em: 04 mai. 2023.
EXPLOSÃO. Pixabay, [s. l.], 13 abr. 2016. Disponível em: https://pixabay.com/photos/explosion-
night-smoke-fireworks-1325471/ . Acesso em: 04 mai. 2023.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/. Acesso em: 17 fev. 2023
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: Planos de Curso
Ensino Médio 2023. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/. Acesso em: 10
mar. 2023.
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2017. 384 p. v. 1. ISBN
9788526299269.
QUEIJO. Pixabay, [s. l.], 03 mar. 2023. Disponível em: https://pixabay.com/photos/cheese-food-
rennet-handmade-dairy-7825569/. Acesso em: 04 mai. 2023.
SOLIDIFICAÇÃO. Pixabay, [s. l.], 07 out. 2019. Disponível em: https://pixabay.com/photos/hemlock-
plant-frost-frozen-4530921/ . Acesso em: 04 mai. 2023.

65
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e
do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Quantidade de Matéria (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre


(MOL). atividades experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos,
com base nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os
limites explicativos das ciências.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Quantidade de matéria.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Inicia-se agora a caminhada no estudo das quantidades de matéria. Sendo assim, sugerimos que
inicialmente sejam discutidos alguns aspectos históricos sobre o desenvolvimento do conceito
quantidade de matéria. Essa discussão poderá ser articulada com os resultados experimentais
realizados na sequência anterior, especificamente o Experimento 02 da Atividade 01. Em seguida,
sugerimos um experimento e finalmente uma exposição clássica dos conteúdos relacionados à
quantidade de matéria.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01: INTRODUÇÃO: UM POUCO DE HISTÓRIA
Para iniciar a discussão sobre a quantidade de matéria sugerimos a leitura de um texto disponível no
periódico Química Nova na Escola intitulado Massas e Massas Atômicas. Inicialmente, a leitura do
texto tratará do aspecto histórico no âmbito do trânsito interdisciplinar entre os domínios da teoria
atômica e das leis ponderais das reações químicas. Não é necessário aqui realizar o experimento
proposto, pois experimento semelhante foi realizado previamente na Atividade 01 do planejamento
anterior, Experimento 02: Queima da lã de aço.
→ Texto: De Massas e Massas Atômicas.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a03.pdf.

AULA 02: RELAÇÃO ENTRE MOL, MASSA MOLAR E CONSTANTE DE AVOGADRO


Aqui, a mesma abordagem metodológica investigativa será utilizada. Sugerimos realizar uma atividade
prática para melhor compreensão da relação entre essas grandezas químicas. O objetivo do
experimento é ajudar na compreensão de como a matéria é contada, uma vez que as entidades
químicas são muito pequenas e difíceis de contar como comumente se faz com os diversos materiais.
Para isso, serão usadas miçangas e uma balança, pois são materiais baratos e fáceis de acessar. O
roteiro está detalhadamente descrito na atividade 01. Como estratégia avaliativa, ao final do
experimento, sugerimos que os resultados obtidos entre os grupos sejam discutidos.

AULA 03 E 04: INTRODUÇÃO – CONTANDO MOLÉCULAS


Sugerimos finalizar a discussão com a abordagem clássica discutida no livro texto para o

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desenvolvimento das habilidades relacionadas com a temática abordada nesta sequência. Nesse
momento, o conteúdo clássico será abordado. Como material de apoio, sugerimos, além da utilização
do livro texto adotado em sala de aula, vídeo aulas do Se Liga na Educação ofertadas pela secretaria
de educação. O link a seguir contém vídeo aulas expositivas sobre os assuntos discutidos até aqui.
→ Quantidade de materia mol.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1ozktKNPVZC7sLPr8S_vuNrpf6VK4B1gg/view.
Ao final, sugerimos duas atividades, 02 e 03, para avaliação dos conceitos estudados.

RECURSOS:
Aula 01: papel, lápis.
Aula 02: miçangas, balança.
Aula 03 e 04: papel, lápis, livro didático.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja gradativa e formativa, ou seja, as estratégias
avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito de
contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

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ATIVIDADES
1 – Contando entidades pequenas.

Como saber o número de átomos ou entidades químicas presentes nessas quantidades de substâncias?
Ainda que conseguissem desenvolver uma máquina que contasse mil átomos por segundo, esta
gastaria, aproximadamente, 20 trilhões de anos para contar todos os átomos existentes em 12 g de
carbono-12!
Diante de tal impossibilidade, os químicos desenvolveram a grandeza numerosidade. Para
compreendê-la, vamos estabelecer a comparação com objetos pequenos manuseáveis, como as
miçangas empregadas na confecção de bijuterias (veja a foto acima). As unidades mais apropriadas na
comercialização de miçangas são aquelas que adotam padrões de medida próximos à quantidade de
miçangas, às quais serão comercializadas. Assim, o grama poderia ser uma boa unidade de medida na
venda direta de miçangas ao consumidor, o quilograma para vendas a comerciantes e a tonelada para
a venda do produto a grandes indústrias.
Vamos imaginar que uma pessoa muito meticulosa resolvesse comprar a quantidade exata de
miçangas para confeccionar, por exemplo, certo número de colares. Para essa pessoa, a grandeza mais
apropriada seria a unidade de medida que estivesse relacionada ao número de miçangas (número de
entidades) e não à massa. No entanto, é muito trabalhoso contar miçangas uma a uma. Mas, se não é
possível usar a unidade simples, que grandeza devemos usar nesse caso?
A forma adequada seria estabelecer um padrão de referência que contivesse a quantidade de fácil
manuseio. Como a balança é um instrumento de medida preciso e bastante comum, a pessoa poderia
escolher, como padrão, de medida uma quantidade de miçangas que pudesse ser determinada com
base em sua massa. Que tal escolher 150 g de miçangas de 6 mm de diâmetro como padrão de
referência? Essa miçanga não é muito grande, nem muito pequena. Além disso, 150 g correspondem a
uma quantidade razoável, fácil de ser medida.
Adotada essa convenção, poderiam ser determinadas quantas miçangas de 6 mm há em 150 g. De que
maneira? Contando uma a uma as miçangas em uma amostra de 150 g.
Ou, para facilitar, simplesmente medindo a massa de uma dessas miçangas.
Bastaria, depois, dividir 150 g pela massa de uma miçanga.
A partir desse resultado, pode-se determinar a quantidade de miçangas em qualquer massa de
miçangas. Essa grandeza poderia se chamar “quantidade de miçangas”. Ela poderia facilitar ainda
mais os cálculos inventando uma grandeza específica para contar a quantidade de miçangas. Que tal?
E, como toda grandeza tem de ter uma unidade, poderia ser batizada de “miçamol”.

2 – Em que amostra há maior quantidade de entidades: em 1 mol de grãos de milho ou em 1 mol de


átomos de carbono? Justifique a sua resposta.

3 – Por que os químicos adotaram a grandeza quantidade de matéria para contar as entidades
químicas, em vez de simplesmente contá-las numericamente?

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REFERÊNCIAS
CAMPOS, R. C.; SILVA, R. C. De massas e massas atômicas. Química Nova na Escola, [s. l.], ano
2004, ed. 19, p. 8-10, maio 2004.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 5 mar.
2023.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Quantidade de matéria – mol. Se
Liga na Educação, Belo Horizonte, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1ozktKNPVZC7sLPr8S_vuNrpf6VK4B1gg/view. Acesso em: 04 mai.
2023.
SANTOS, Wildson; MÓL, Gérson. Química Cidadã. 3. ed. São Paulo: Editora AJS Ltda, 2016. 368 p. v.
2. ISBN 978-85-8319-128-5.

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