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Guia Prático de Elaboração de Itens

Breves recomendações sobre como criar itens melhores para


suas provas

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Guia Prático de Elaboração de Itens

Índice

Introdução 3

O que é um item? 7

Como saber se um item é bom? 14

Estrutura do item de múltipla escolha 21

Matriz de Referência 33

Competências e Habilidades 36

Tópicos, Temas e Descritores 38

O que é o QEdu? 43

Referências bibliográficas 47
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Introdução

Introdução

A fim de avaliar o desempenho acadêmico


dos estudantes, os professores costumam
utilizar diversos instrumentos, como trabalhos
em grupo, elaboração de textos,
dramatizações, testes ou provas, com
questões de múltipla escolha ou questões
abertas.

Cada um desses instrumentos apresenta


características e concepções distintas, mas
dividem o fato de que, por meio deles, é
possível ter uma percepção sobre o que o
aluno aprendeu.

No que tange especificamente as avaliações,

3
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Introdução

elas podem ser úteis não somente para avaliar, mas também para
formar e construir, pois permitem aos atores da educação interpretar
as informações do próprio trabalho, guiar ações de aperfeiçoamento
baseadas em dados, orientar tomadas de decisão etc.

As avaliações utilizam itens (questões) como principal instrumento


para medir o conhecimento. Assim, o sucesso de uma avaliação
depende, dentre outros fatores, da qualidade do item e de sua
eficiência como bom instrumento de medição. Entretanto, existe um
grande desafio em elaborar itens que permitam avaliar o
desenvolvimento de certa habilidade e competência por meio dos
conhecimentos estudados em sala de aula. As dúvidas que surgem
variam desde como avaliar o desempenho dos alunos em situação de
ensino, até sobre o que avaliar. Geralmente, essas dúvidas advêm da
falta de clareza sobre os conceitos, propósitos, orientações e boas
práticas do processo avaliativo.

Elaboramos com carinho este e-book para presentear você com os


principais conceitos sobre elaboração de itens que seguem a
estrutura da Prova Brasil. Tratam-se de itens de múltipla escolha

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Introdução

aplicados no Ensino Fundamental, nas áreas de língua portuguesa e


matemática.

A Prova Brasil é uma avaliação diagnóstica que tem o objetivo de


avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional
brasileiro a partir de testes padronizados (com itens formais, testados
e criados a partir de métodos estatísticos e psicométricos) e
questionários socioeconômicos. Sendo assim, o objetivo da Prova
Brasil é bastante diferente do objetivo das provas que são aplicadas
dentro do contexto escolar, geralmente do tipo somativas ou
formativas.

Para saber mais


Apesar dessas diferenças entre os tipos de avaliação e também do
sobre os diferentes
contraste de formalidade do item, acreditamos que nossa compilação tipos de provas,
de boas práticas possa incrementar o seu trabalho. consulte Bloom
(1983), INEP
(2010), Freitas
Neste material, você poderá conhecer um resumo sobre algumas (2014).
técnicas e orientações. Porém, como se trata de um tema complexo e
de relevância cada vez maior, com algumas discordâncias conceituais
e nem sempre adaptado ao mundo contemporâneo

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Introdução

digital, convidamos você a se aprofundar um pouco mais,


consultando nossas referências bibliográficas, onde está a lista de
todo o material que examinamos e que nos serviu de suporte para
esta publicação.

Nosso objetivo é que você utilize este conteúdo como um ponto de


partida para aprimorar seus  instrumentos de avaliação, tendo em
vista que a prova é também um momento privilegiado de estudos e
pode ser utilizada como mediadora da aprendizagem.

Agradecemos a Professora Jaqueline Carvalho Silva pela grande ajuda


na revisão deste material.

Nós, da equipe da Associação QEdu, desejamos uma boa leitura!

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

O que é um item?

O item pode ser considerado sinônimo de


questão, termo mais popular e utilizado com
frequência nas escolas. Ele é a unidade básica
de um instrumento de coleta de dados; no
nosso caso, esse instrumento é a prova.

Um item de prova avalia um traço latente, ou


seja, um conhecimento não observável.
Podemos, por exemplo, avaliar se um aluno
sabe somar através de sua resposta ao item
adiante apresentado.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

Ada comprou um computador por R$ 1.000,00 e um celular por R$


200,00. Quanto Ada gastou no total de sua compra?

a) R$ 200,00
b) R$ 800,00
c) R$ 1.000,00
d) R$ 1.200,00

Antes de o aluno responder à questão, não temos como saber se ele


domina ou não o conteúdo relacionado à soma. Se ele marcar a
alternativa d, há indícios de que ele sabe somar, pois a resposta
correta é R$ 1.200,00.

Por outro lado, se ele marcou a alternativa c, temos indícios de que


ele não considerou o valor do celular no total da compra de Ada. Há
chances também de o aluno não conhecer nosso sistema monetário
ou não saber fazer cálculo com a moeda.

Perceba que um item pode ter várias finalidades. Podemos usá-lo

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

para testar um conhecimento específico que foi ensinado (por


exemplo, soma) ou para avaliar se um conjunto de habilidades foi
aprendido (por exemplo, localizar um objeto em um mapa) ou até
mesmo para levantar hipóteses sobre por que uma alternativa errada
foi escolhida, como fizemos no exemplo anterior.

Nosso objeto de estudo neste e-book são os itens de múltipla


escolha, também conhecidos como itens objetivos. Entretanto,
podemos classificar os itens de outras formas, segundo a maneira Para saber mais
oferecida para os alunos expressarem suas respostas. Apresentamos sobre os
diferentes tipos
adiante algumas delas: de itens,
consulte Rabelo
(2013).
• itens de múltipla escolha: o aluno escolhe apenas uma opção
dentre as alternativas apresentadas;

• certo ou errado: o aluno responde "certo" ou "errado", de acordo


com a afirmação que está sendo analisada;

• resposta curta aberta ou resposta construída: o aluno elabora uma


resposta para a qual pode haver várias possibilidades de opções

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

corretas;

• dissertativo (ou redação): mais elaborado que o anterior, este tipo


de item exige uma resposta mais extensa e elaborada, por
exemplo, redigir uma carta.

Não existe um tipo melhor ou pior de item; existem objetivos


distintos para cada avaliação. Os itens de múltipla escolha, por
exemplo, limitam as operações cognitivas que podem ser avaliadas. É
mais difícil avaliar uma dramatização, manipulação ou experimento
com um item de múltipla escolha. Este tipo de item é mais utilizado
para avaliar outras operações, como compreensão, localização ou
reconhecimento.

No caso da Prova Brasil, todos os itens são de múltipla escolha, isto Para conhecer
outras maneiras
é, o estudante seleciona uma única opção de resposta dentre as de classificar
quatro apresentadas. A opção correta, chamada de gabarito, precisa um item e
ser única e as três demais, chamadas de distratores, devem ser distratores,
consulte Rabelo
incorretas, porém plausíveis. (2013).

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

No caso do exemplo sobre a compra de Ada, uma alternativa não


plausível seria R$ 0,00, pois, neste caso, a compra sairia de graça e
isso não seria verossímil no contexto do item. Outro exemplo seria R$
1.000.000,00, pois seria um valor muito alto. O principal problema de
alternativas não plausíveis  é o prejuízo ao nosso instrumento de
medição, uma vez que o aluno não precisaria utilizar seus
conhecimentos sobre soma para descartar tais alternativas.

Além de classificar um item a partir de como ele é respondido pelos


alunos, como fizemos anteriormente, podemos classificar um item a
partir do tipo de prova que ele compõe. Os itens de provas
formativas buscam identificar, ao final de um ciclo de tempo curto, se
um aluno aprendeu determinado conteúdo. Suponha o seguinte
cenário:

Os alunos do 8ºA da turma do professor Fernando começaram a


semana aprendendo sobre tipos de discurso. No final da mesma
semana, depois de ensinar os alunos sobre os efeitos de sentido do
uso do discurso direto, indireto e indireto livre, o Prof. Fernando
elaborou uma prova simples que abordava exatamente o conteúdo

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

abordado na semana.

O objetivo do Prof. Fernando era conseguir atuar de forma mais


rápida e mais específica caso algum ponto do conteúdo não tivesse
sido aprendido como ele esperava. Após a aplicação da prova e com
os resultados em mãos, o Prof. Fernando consegue tomar uma
decisão em avançar no conteúdo ou fazer uma revisão, por exemplo.

Este guia foi pensado para oferecer insumo na construção de itens


mais formais e mais complexos do que os itens de prova formativa.

Os itens de provas somativas, por outro lado, também utilizam o


currículo como base, mas são mais focados em testar uma habilidade.
As provas bimestrais que acontecem nas escolas podem ser um
exemplo, pois avaliam um ciclo de conhecimento acumulado ao
longo de um período de tempo maior.

Para elaborar itens de uma prova somativa, o Prof. Fernando do nosso


exemplo poderia utilizar diversos conteúdos que foram estudados no
bimestre. Assim, os itens poderiam avaliar se o aluno tem a habilidade

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é um item?

de identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e


de outras notações ou distinguir um fato da opinião relativa a esse
fato, por exemplo.

Outro exemplo de item mais formal e com objetivo de testar


habilidades e competências são os itens da Prova Brasil. Como
dissemos, a Prova Brasil é um tipo de prova diagnóstica externa,
aplicada pelo INEP a cada dois anos em larga escala. O resultado
dessas avaliações é utilizado no cálculo do Ideb, o Índice de Clique aqui para
Desenvolvimento da Educação Básica.. navegar até o
portal do QEdu e
saber como o Ideb
Há diversos outros tipos de itens e de provas. Nosso objetivo foi é calculado.
apresentar alguns deles e mostrar para quais desses tipos este
material pode ser útil.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom?

Como saber se um
item é bom?
Agora que já conhecemos um pouco sobre o
universo teórico da elaboração de itens,
podemos nos questionar se os itens que
criamos de fato medem o que queremos.
Outras perguntas que podem ser feitas são:

• Será que é possível saber se um item é


bom?


• Será que um item é bom para todos ou


ele depende do perfil dos alunos?


• Se um aluno errou um item, posso


garantir que ele de fato não domina a
habilidade que o item mede?


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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom?

Essas são perguntas muito complexas e exigem grande repertório


para respondê-las. Levantamos aqui para que você possa refletir
sobre isso e tê-las em mente durante a leitura e também durante sua
prática pedagógica.

Nas próximas seções, abordaremos alguns cuidados que você pode


ter durante a elaboração de itens para torná-los cada vez melhores.
Discutiremos alguns conceitos, como contextualização e
discriminação de itens, e depois seguiremos com a estrutura do item
e como elaborar cada uma de suas partes.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom? ◦ Contextualização

Contextualização

A contextualização tem sido cada vez mais utilizada desde que entrou
como um tópico importante das Diretrizes Curriculares Nacionais.
Além de considerar a relevância do conteúdo, é essencial considerar
também a pertinência do que é abordado em face à diversidade dos
estudantes.

Do ponto de vista do item, portanto, a inclusão de textos


desnecessários, acessórios ou ilustrativos, comprometem
negativamente a qualidade do item, pois podem acabar confundindo
o aluno. A contextualização do item deve estar comprometida em
fornecer ao aluno apenas os elementos essenciais para a resolução da
situação-problema proposta.

Um mau exemplo de item do ponto de vista da contextualização


segue adiante. Você saberia reconhecer por que ele é considerado

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom? ◦ Contextualização

um item ruim?

Rafael pretende costurar uma toalha de mesa e vai até a


loja de tecido para comprar o material. A toalha tem o
formato de um retângulo com medidas de 50 cm de
comprimento e 20 cm de largura. Quanto tecido Rafael
precisa comprar?

a) 50 cm²
b) 70 cm²
c) 1000 cm²
d) 1500 cm²

O item procura avaliar se o aluno consegue calcular a área de um


retângulo a partir de uma contextualização sobre a confecção de uma
toalha. É possível que o elaborador deste item tivesse em mente que
o aluno deveria fazer a multiplicação de 50 cm por 20 cm e marcar a
alternativa c, 1000 cm², como resposta certa.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom? ◦ Contextualização

Entretanto, na prática, quando pretendemos costurar uma toalha,


compramos um pouco mais de material para que seja possível fazer a
bainha. Portanto, não estaria incorreta a alternativa d, 1500 cm², que
considera um excedente no material. Temos, assim, um grande
problema: duas respostas podem ser consideradas corretas por conta
de uma ingenuidade na contextualização do item.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom? ◦ Discriminação

Discriminação

Outro conceito valoroso para elaboração de um item é sua


discriminação, ou seja, a capacidade que um item tem de separar os
alunos que conhecem dos alunos que não conhecem determinado
assunto, conceito ou habilidade. Imaginemos o seguinte cenário:

A turma do 9º ano da professora Jaqueline obteve resultados muito


bons na última avaliação. Todos os alunos da turma tiraram nota 10.

Será que é verdade afirmar que os todos os alunos da Prof. Jaqueline


dominam a habilidade medida na última prova ou será que existe a
possibilidade de a prova ter sido mal formulada com questões muito
fáceis?

Devemos ser bastante cautelosos quando recebemos resultados de


desempenho muito altos ou muito baixos. Existe a possibilidade de o

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Como saber se um item é bom? ◦ Discriminação

item estar fácil demais ou difícil demais, respectivamente. As provas


diagnósticas aplicadas pelo INEP utilizam análises estatísticas que pré-
testam os itens, a fim de conseguir evitar esse tipo de problema. Não
é necessário que você utilize conceitos estatísticos e psicométricos
minuciosos para as provas escolares, mas é importante ficar atento
para resultados que não considerem uma variabilidade mínima no Para saber mais
desempenho. sobre dificuldades
de itens, acesso o
Portal Devolutivas
Pedagógicas do
INEP.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha

Estrutura do item de
múltipla escolha
O item de múltipla escolha geralmente se
divide em três partes:
1. texto-base;
2. comando (ou enunciado);
3. alternativas (ou opções). 


Cada uma dessas partes deve manter relação


com as demais e formar um todo organizado,
isto é, uma unidade de proposição. Para isso,
devemos observar a coerência e coesão entre
suas partes, apresentando uma articulação
entre elas, explicitando uma única situação-
problema e uma abordagem homogênea do
conteúdo selecionado; analisaremos isso com

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha

mais cuidado na sequência.

Para analisar cada parte da estrutura do item de múltipla escolha,


utilizaremos o seguinte exemplo, extraído do Simulado Prova Brasil 4ª
série / 5º ano de 2011. Você é capaz de localizar as três partes do
item que mencionamos anteriormente?

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Texto-base

Texto-base

A tirinha da Mafalda e sua fonte compõem o texto-base. De maneira


geral, o texto-base pode ser um texto, gráfico, figura, esquema,
simulacro ou estudo de caso para construir uma situação hipotética.

O uso de publicações implica a citação da respectiva fonte, conforme


as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Texto-base

Devemos evitar fazer modificações ou adaptações no texto, a fim de


garantir sua expressão original. Nos casos em que isso não for
possível, é importante que a adaptação mantenha o sentido global da
fonte primária.

A escolha dos textos-base costuma gerar muitas dúvidas e, de fato,


encontrar algum que se adeque ao item é um trabalho difícil. É
possível tornar este trabalho mais simples se você consultar uma
bibliografia adequada para a faixa etária dos estudantes. Ruth Rocha,
Lygia Bojunga e Marina Colasanti são exemplos de escritoras
brasileiras cujos textos podem ser adequados para alunos do Ensino
Fundamental I. Para o Ensino Fundamental II, você pode consultar
Clarice Lispector, Mia Couto e Rubem Braga.

Esses são apenas exemplos de autores consagrados que podem


ajudar no passo inicial para a construção dos seus primeiros itens.
Você mesmo pode criar seu repositório de textos e autores, de
acordo com sua própria percepção sobre os seus alunos. Este
também pode ser um momento interessante para conversar com
outros professores e conhecer os textos, imagens, mídias etc. que

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Texto-base

estão sendo utilizados em outras disciplinas e que podem ajudar no


trabalho de elaboração de itens interdisciplinares.

Dependendo do emprego do item, se ele for utilizado para fins


comerciais, por exemplo, é importante considerar textos de domínio
público. Ademais, você pode adotar uma boa prática de escolher
textos curtos e integrais, com menos de dez linhas, para não tornar o
item extenso e complexo, e explorar textos atuais relevantes - mas
trate isso apenas como dicas.
No portal Domínio
Público é possível
encontrar textos para
uso comercial

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Comando

Comando

O comando é a parte do item onde é explicitado o desafio. Na


redação do comando, podemos utilizar uma afirmação incompleta, a
ser continuada por uma das opções, ou pode ser formulado por uma
pergunta direta.

No caso da tirinha da Mafalda, o comando


é uma afirmação incompleta cujo sentido
é completado corretamente pelo gabarito
do item:
A menina do texto está trocando seus
dentes de leite e não gosta disso.

Um exemplo de comando dado por uma pergunta direta poderia ser


conforme abaixo, sendo que as alternativas devem ser adaptadas

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Comando

para responder ao comando. Segue um exemplo:

Por que a menina do texto está chorando?


a) Porque está triste.
b) Porque não gosta de trocar de dentes.
c) Porque sente muita dor ao trocar os dentes.
d) Porque observa em um espelho a beleza de seus dentes.

Prefira redigir os comandos na forma afirmativa, isto é, evite


construções que peçam para os estudantes apontar a alternativa
incorreta ou a exceção, pois o aluno pode se confundir.

Frases curtas e objetivas, com vocabulário adequado ao aluno, trazem


impacto positivo na elaboração de itens. Apresente apenas as
informações necessárias e seja explícito no desafio proposto. Para
isso, você pode utilizar verbos que ajudam a medir determinado
processo cognitivo:

• Conhecimento: apontar, definir, marcar

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Comando

• Compreensão: expressar, identificar, localizar


• Aplicação: interpretar, empregar, traçar
• Análise: calcular, classificar, diferenciar
• Síntese: reunir, organizar, organizar
• Avaliação: escolher, ordenar, selecionar

Ainda na mesma proposta de manter a clareza e objetividade do item,


utilize comandos sempre na forma impessoal, isto é, não utilize a
primeira pessoa. Por exemplo, ao invés de "Vamos calcular quanto
Ada gastou na sua compra?", opte por "Quanto Ada gastou no total
de sua compra?".

Cada item deve medir apenas um parâmetro. Sendo assim, apenas


um comando deve estar presente em cada item. No exemplo da Para se aprofundar
Mafalda, o comando solicita que o aluno identifique o sentimento e sobre os diferentes
níveis de habilidades e
motivações da personagem. Não caberia solicitar, no mesmo item,
organização dos
que o aluno indicasse também o tema da tirinha. processos cognitivos,
consulte Bloom (1973)

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Alternativas

Alternativas

A elaboração das alternativas é um momento igualmente importante


na elaboração do item, pois, como já vimos, a resposta do aluno, seja
ela correta ou incorreta, pode indicar caminhos para aprimorar a
prática pedagógica. No exemplo do item da tirinha da Mafalda,
temos quatro opções de alternativas:

Chamamos a alternativa correta de gabarito e as alternativas


incorretas de distratores. Muitas vezes os distratores podem nos
oferecer boas sugestões de conteúdos que os alunos não aprenderam
ou que ainda não estão muito claros e merecem ser revisitados.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Alternativas

Vejamos o seguinte exemplo de um item do QEdu.

Bia precisa cercar o seu sítio e, por isso, representou o terreno em


cinza na malha quadriculada abaixo. Qual é o perímetro do terreno
da Bia?

(A) 28 m
(B) 38 m
(C) 280 m
(D) 3800 m

Você conseguiria formular uma explicação sobre qual possa ser o


raciocínio que levaria o aluno a escolher uma alternativa incorreta?

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Alternativas

O gabarito do item é a alternativa c, ou seja, 280 metros. Para cada


um dos distratores, fizemos o exercício de propor um possível
caminho de raciocínio. Caso tenha sido escolhida a
• alternativa a, tal opção sugere que os alunos calculam
corretamente o perímetro, porém consideram que cada lado
representa 1 ao invés de 10 unidades de medida;
• alternativa b, tal opção sugere que os alunos calculam o número
de quadradinhos, ou seja, calculam a área ao invés do perímetro.
Também não consideram que cada lado representa 1 ao invés de
10 unidades de medida;
• alternativa d, tal opção sugere que os alunos calculam a área ao
invés do perímetro.


As justificativas que sugerimos acima não são uma análise exaustiva,


mas podem dar bons insumos para planos de aula, tópico de revisão
ou reforço. Esse é um dos bons motivos de elaborar boas alternativas.

Um ponto importante é que devemos atentar para nenhuma


alternativa ser uma "pegadinha", isto é, o bom estudante não pode
ser atraído por ela. Para não causar outros tipos de atrações

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Estrutura do item de múltipla escolha ◦ Alternativas

indevidas, sugerimos que você:


• disponha as alternativas em uma ordem lógica, por exemplo, se as
opções forem todas numéricas, coloque todas em ordem
crescente;
• elabore alternativas independentes umas das outras, ou seja, as
opções não devem fazer referência a alternativas anteriores;
• escolha uma formatação específica para apresentação de
numerais, isto é, se todas as opções forem números decimais,
utilize o mesmo número de casas decimais em todas as
alternativas;
• construa alternativas com paralelismo sintático e semântico, por
exemplo, todas as opções no mesmo tempo verbal.


Para saber mais


sobre paralelismo
sintático-semântico,
consulte Duarte
(2018)

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Matriz de Referência

Matriz de Referência

Depois de percorrermos juntos alguns dos


principais tópicos sobre elaboração de itens,
dedicaremos um tempo para apresentar
alguns conceitos importantes no processo de
provas diagnósticas ou somativas. Os
exemplos que utilizaremos estarão focados na
Prova Brasil, mas não se restringem somente
a ela.

Um dos conceitos mais importantes é a


matriz de referência, o instrumento
norteador para a construção de itens, pois é
nela que estão contempladas as habilidades
consideradas essenciais em cada etapa
avaliada. As matrizes de referência

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Matriz de Referência

desenvolvidas pelo Inep, por exemplo, são estruturadas a partir de


competências e habilidades que se espera que os alunos tenham
desenvolvido em uma determinada etapa da educação. A matriz de
referência da Prova Brasil é diferente entre o Fundamental I e II e
também é distinta da matriz do Enem.

Quando estudamos as matrizes de referência da Prova Brasil, vemos


que o foco de matemática é a resolução de problemas e que o foco
de língua portuguesa é a leitura. No caso de matemática, a matriz de
referência inclui a proposição de tarefas simples com o objetivo de
avaliar se o aluno tem o domínio de padrões e técnicas escolares e
consegue associá-los a problemas rotineiros do cotidiano. Por outro
lado, no caso de língua portuguesa, a matriz busca avaliar a
capacidade de aprender o texto como construção de conhecimento
em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação.

É importante destacar que a matriz de referência não pode ser


confundida com a matriz curricular (também chamada de currículo). A
matriz curricular é muito mais ampla, norteia as estratégias de ensino
nas escolas e leva em consideração as realidades locais inseridas em

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Matriz de Referência

contexto escolar.

A matriz de referência é utilizada para subsidiar a elaboração de uma


avaliação específica, contemplando apenas as habilidades
consideradas fundamentais para a construção do teste. Ela serve
como referência não somente para quem está criando os itens, mas
também para quem está participando dos testes, pois garante
transparência no processo, de forma que o aluno consiga se preparar
adequadamente.

A matriz de referência também auxilia o processo de análise de


resultados do teste aplicado. As devolutivas que recebemos da Prova
Brasil, por exemplo, utilizam a matriz de referência como suporte.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Competências e Habilidades

Competências e
Habilidades
Você já sabe que uma matriz de referência é
estruturada a partir de competências e
habilidades, mas o que esses termos
significam?

A competência é entendida como a


capacidade de agir eficazmente em um
determinado tipo de situação, apoiando-se
em conhecimentos, mas sem se limitar a eles.
Para a elaboração da Prova Brasil, por
exemplo, busca-se uma associação entre os
conteúdos da aprendizagem e as
competências utilizadas no processo de
construção do conhecimento. Para enfrentar
uma situação, geralmente colocam-se em

36
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Competências e Habilidades

ação vários recursos cognitivos, sejam eles elementares e esparsos, ou


mais complexos e organizados em rede.

Assim, as competências cognitivas podem ser entendidas como as


diferentes modalidades estruturais da inteligência que compreendem
determinadas operações que o sujeito utiliza para estabelecer
relações com e entre os objetos físicos, conceitos, situações,
fenômenos e pessoas.

As habilidades referem-se, especificamente, ao plano objetivo e


prático do saber fazer e decorrem, diretamente, das competências já
adquiridas e que se transformam em habilidades.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Tópicos, Temas e Descritores

Tópicos, Temas e
Descritores
Cada matriz de referência apresenta tópicos
ou temas com descritores que indicam as
habilidades a serem avaliadas. Os tópicos são
grandes conteúdos que constituem a
formação no ensino básico, no caso da Prova
Brasil.

Dentro de um tópico estão associados


descritores. O descritor é uma associação
entre conteúdos curriculares e operações
mentais desenvolvidas pelo aluno, que
traduzem certas competências e habilidades.
Os descritores cumprem com algumas
funções principais, como indicar habilidades
gerais que se esperam dos alunos e oferecer

38
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Tópicos, Temas e Descritores

a referência para seleção dos itens que devem compor uma prova de
avaliação.

Na imagem abaixo, observe os descritores associados ao Tópico I.


Procedimentos de Leitura.

A ordem de apresentação dos descritores importa, pois indica uma


ordem crescente de complexidade. Por exemplo: o descritor D1,
Localizar informações explícitas em um texto, é teoricamente menos
complexo do que o descritor D3, Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão. A operação mental relacionada ao descritor D3 é mais
complexa, mas isso não significa que obrigatoriamente um item D1
seja mais fácil do que um item D3. Podemos modificar a dificuldade

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Tópicos, Temas e Descritores

de um item, dentre outras formas, quando trocamos o gênero literário


de um texto-base: um bilhete habitualmente é um gênero menos
complexo do que uma poesia.

Esse nível de complexidade dos descritores se expressa pelo uso dos


verbos da taxonomia de Bloom, citados anteriormente na seção sobre
comandos, a qual sugere que localizar é uma tarefa mais simples do
que inferir.

40
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Comentários Finais

Comentários Finais

Essas breves recomendações são o primeiro


passo para que os seus itens, avaliações e
resultados possam ser mais bem utilizados,
mas ainda existem outros aspectos
importantes que devem ser levados em
consideração para garantir a validade do
instrumento.

Reforçamos que todo o material deste e-book


é uma reunião do conhecimento que
aprendemos com a experiência do QEdu
Provas, através de ricos materiais sobre o
assunto disponíveis na referência bibliográfica
e também da experiência com nossos
parceiros, secretários, professores,

41
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Comentários Finais

coordenadores e diretores, que nos ensinam sobre as práticas


escolares que vivenciam diariamente.

Sendo assim, convidamos você para uma colaboração: estamos


abertos para receber comentários sobre este e-book e sugestões
sobre pautas para próximos materiais. Se quiser nos ajudar a explorar
melhor algum assunto, fique à vontade para nos escrever. Esperamos
que este guia ajude você a colocar a avaliação a serviço da
aprendizagem, adaptando nosso conteúdo para a sua própria prática
docente. Nas palavras de Paulo Freire, "a educação, qualquer que
seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática".

Um abraço,
Equipe da Associação QEdu

42
Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ O que é o QEdu?

O que é o QEdu?

O QEdu é uma startup de tecnologia que


tem como missão ajudar a melhorar a
educação brasileira por meio do uso de
tecnologia e dados.

Nós acreditamos que, se queremos de fato


transformar a educação do nosso país, temos
que focar onde estão a maioria dos
estudantes: a rede pública! Por isso, nossos
produtos são construídos para servir as
secretarias de educação e suas respectivas
escolas.

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Para atingir nossa missão, temos duas famílias de produtos:

Portal QEdu
www.qedu.org.br

Lançado em novembro de 2012, o Portal QEdu é hoje a maior


plataforma de dados educacionais do Brasil. Ao indexar os principais
indicadores da educação brasileira, o Portal oferece visualizações
claras e rápidas para que qualquer cidadão possa entender, em
poucos cliques, como está a situação de uma determinada escola,
cidade ou estado.

Além disso, nós oferecemos conteúdos sobre educação por meio do


nosso Blog e também da Academia QEdu, além de um painel de
dados exclusivo para os gestores públicos, o QEdu Redes.

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QEdu Provas
provas.qedu.org.br

Atualmente, as avaliações de rede (aquelas comuns a todas as


escolas, feitas a cada 3-4 meses) são extremamente caras, complexas
e consomem muito tempo para serem executadas.
Consequentemente, muitas cidades acabam por deixar de aplicar
esse importante instrumento ou então arcam com toda a dificuldade e
custos de realizar essas avaliações.

Para resolver esse problema, criamos no início de 2017 o QEdu


Provas, uma ferramenta online para aplicar avaliações de rede nas
escolas públicas brasileiras. Mais do que aplicar provas, a ferramenta
ajuda os gestores ao apoiar o processo de elaboração das provas e
fornecer relatórios de devolutivas pedagógicas claros, específicos, e
que ajudem a tomada de decisão da rede.

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Para nós no QEdu, sucesso acontece quando mais estudantes


aprendem aquilo a que têm direito. Isso pode parecer algo banal,
mas, de acordo com dados da Prova Brasil de 2015, menos de 15%
das crianças deixam o Ensino Fundamental aprendendo aquilo que
deveriam em matemática.

Nós acreditamos que é possível mudar essa realidade e, por isso,


trabalhamos com um time jovem, sonhador, comprometido e
dedicado em prol da nossa missão!

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas

Ana Maria Morais Rosa. Currículo com orientações para o Ensino


Fundamental: Anos iniciais. Recife, 2015. Disponível em: <http://
www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/4171/Currículo com
orientações para o Ensino fundamental anos iniciais 2015 - Currículo
de Língua Portuguesa-2015.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017.

ANDERSON, Lorin W. et al. A Taxonomy for Learning,Teaching, and


Assessing: A Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational
Objectives. Pennsylvania: Pearson, 200.

BLOOM, Benjamim S. et. al. Manual de avaliação formativa e


somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Livraria Pioneira
Editora, 1983.

BLOOM, B.S. et al.Taxionomia de objetivos educacionais - domínio

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Referências Bibliográficas

cognitivo. Porto Alegre, Globo, 1973.

D’AGNOLUZZO, Elisa Amaral de Macedo Molli. Critérios e


instrumentos avaliativos: reflexo de uma aprendizagem significativa.
2007. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/
pde/arquivos/142-4.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2018.

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Paralelismo Sintático e


Paralelismo Semântico: Recursos que compõem o estilo textual.
Disponível em: <http://portugues.uol.com.br/redacao/paralelismo-
sintatico-paralelismo-semantico---recursos-que-compoem-estilo-
textual--.html>. Acesso em: 04 jan. 2018.

ESTEBAN, Maria Teresa. (org.). Avaliação: uma prática em busca de


novos sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

FREITAS, Sirley Leite et al. Avaliação Educacional: formas de uso na


prática pedagógica. 2014. Disponível em: <http://
revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/viewFile/
217/pdf>. Acesso em: 13 jan. 2018.

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Referências Bibliográficas

Governo de Estado de Minas Gerais. Guia de Elaboração e Revisão


de Questões e Itens de Múltipla Escolha. Disponível em: <http://
www.adventista.edu.br/_imagens/area_academica/files/guia-de-
elaboracao-de-itens-120804112623-phpapp01(3).pdf>. Acesso em:
22 dez. 2017.

INEP. Guia de elaboração e revisão de itens. Brasília, 2010.

INEP. Portal Devolutivas Pedagógicas. Disponível em: <http://


devolutivas.inep.gov.br>. Acesso em: 28 dez. 2017.

LUCHESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São


Paulo, Cortez, 1995.

LUCHESI, Cipriano C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a


escola? A construção do projeto de ensino e avaliação, nº 8, São
Paulo FDE. 1990.

Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação


é a base. 2017. Disponível em: <http://

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Referências Bibliográficas

basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>.
Acesso em: 10 jan. 2018.

Ministério da Educação (Org.). Diretrizes Curriculares Nacionais para


Educação Básica. 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/
file>. Acesso em: 05 jan. 2018.

Ministério da Educação. Modelo Teste Prova Brasil. Disponível em:


<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=7997-
provamodelo-5ano&category_slug=maio-2011-pdf&Itemid=30192>.
Acesso em: 20 jan. 2018.

OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita. Guia de Elaboração de Itens: Língua


Portuguesa. Juiz de Fora: Centro de Políticas Públicas e Avaliação da
Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2008.

QEDU ACADEMIA (São Paulo). Matriz de Referência – Língua


Portuguesa. 2017. Disponível em: <http://academia.qedu.org.br/

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Guia Prático de Elaboração de Itens ◦ Referências Bibliográficas

prova-brasil/matriz-de-referencia-lingua-portuguesa/>. Acesso em: 27


out. 2017.

QEDU ACADEMIA (São Paulo). Matriz de Referência – Matemática.


2017. Disponível em: <http://academia.qedu.org.br/prova-brasil/
matriz-de-referencia-matematica/>. Acesso em: 27 out. 2017.

RABELO, Mauro. Avaliação Educacional: fundamentos, metodologia


e aplicações no contexto brasileiro. Rio de Janeiro: Coleção Profmat
Sociedade Brasileira de Matemática, 2013.

Todos Pela Educação. Ministério da Educação (Org.). Matemática:


orientações para o professor, Saeb/Prova Brasil, 4ª série/5º.
Disponível em: <https://www.todospelaeducacao.org.br/biblioteca/
1190/matematica-orientacoes-para-o-professor-saebprova-brasil-4-
serie5-ano-ensino-fundamental/>. Acesso em: 04 jan. 2018.

VASCONCELOS, Celso. Avaliação: concepção dialética libertadora


do processo de avaliação escolar. 7.ed. São Paulo, Libertad, 1995.

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