Você está na página 1de 31

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA


INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

“REFORMA EDUCATIVA”

MANUAL DE APOIO AO SISTEMA

DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS PARA O I.0 CICLO

Ph.D. Manuel Afonso


FICHA TÉCNICA

TITULO : MANUAL DE APOIO AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


PARA O I.0 CICLO

ELABORAÇÃO : Ph. D. Manuel Afonso

DIRECÇÃO GERAL : Dr. David Leonardo Chivela


(componente INIDE) Dr. Pedro Nsiangengo

EDITOR :

IMPRESSÃO :

TIRAGEM : 000 exemplares

1ª EDICÇÃO ------- /2005

INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

2
Caro(a) Professor(a)

Este Manual de Apoio ao Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o


I. Ciclo do Ensino Secundário foi concebido para facilitar a aplicação prática das
0

normas contidas no sistema de avaliação das aprendizagens elaborado no âmbito


da Reforma Educativa.

Constam deste Manual aspectos gerais relativos a todo o nível de ensino e,


aspectos específicos que têm a ver com cada uma das classes; por isso, devem
ser de domínio de todos(as) os (as) professores(as). Este facto por si só, torna
importantíssimo o estudo pormenorizado do seu conteúdo para que não hajam
dificuldades no cumprimento obrigatório e rigoroso do sistema de avaliação das
aprendizagens, durante a efectivação do processo de ensino e aprendizagem.

Assim sendo, estamos convencidos que com este manual o seu trabalho na
aplicação do novo sistema de avaliação está mais facilitado e poderá, certamente,
realizar uma avaliação mais objectiva e justa, cuja meta é a melhoria permanente
da qualidade do ensino.

Contudo, esperamos que nos faça chegar as suas contribuições, com o intuito
de melhorarmos este documento tanto na forma como no conteúdo.

O autor

3
ÍNDICE

I. Introdução----------------------------------------------------------------------------5

II. O conceito de avaliação-------------------------------------------------------------6

III. Modalidades de avaliação ----------------------------------------------------------7

IV. Instrumentos e Técnicas de avaliação -------------------------------------------9

V. Alguns procedimentos práticos para a avaliação contínua -------------------10

VI. Escala de avaliação -----------------------------------------------------------------15

VII. Classificação --------------------------------------------------------------------------


17

VIII. As fórmulas do Sistema de Avaliação das aprendizagens e sua aplicação—17

VIII.1. Na classificação correspondente ao I.0 Trimestre -----------------------------


18

VIII.2. Na classificação correspondente ao II.0 Trimestre-----------------------------


20

VIII.3. Na classificação correspondente ao III.0 Trimestre----------------------------


21

VIII.4. Na determinação da CAP----------------------------------------------- -----------


23

VIII.5 Na determinação da classificação final ------------------------------------------24

IX. Condições de transição--------------------------------------------------------------


27

X. Condições de reprovação ----------------------------------------------------------28

Referências bibliográficas------------------------------------------------------------------30

4
I. INTRODUÇÃO

Devido as insuficiências de ordem administrativa e pedagógica


fundamentalmente, detectadas no actual Sistema de Educação que vigora desde
1978, conceberam-se a luz da Lei de Bases do Sistema de Educação aprovado
pela Assembleia Nacional aos 31 de Dezembro de 2001, novos materiais
pedagógicos incluindo os Sistemas de Avaliação das Aprendizagens que visam a
substituição gradual dos actuais.
Considerando que o novo Sistema de Avaliação das Aprendizagens difere
bastante do sistema de avaliação em substituição, o que até um certo ponto pode
criar dificuldades na efectivação do processo de avaliação das aprendizagens no
dia-a-dia escolar, considerou-se oportuno a elaboração de um material de apoio
que funcionará como um guia metodológico.
Como verá, nesse manual, se encontra todo o fundamento teórico conceptual
sobre o que consta no Sistema de Avaliação das Aprendizagens, o que fazer e
como fazê-lo para que a avaliação das aprendizagens rumo a melhoria da
qualidade do processo de ensino e aprendizagem no nosso País, seja cada vez
mais objectiva.
Para o efeito, vamos aqui recordar que, actualmente, o sentido da
avaliação das aprendizagens consiste num processo sistemático e
contínuo, cuja essência alicerça-se na recolha de informações, pelo(a) professor
(a), aferidas aos diversos componentes dos níveis de aprendizagem que vão
caracterizando os conhecimentos, as competências, as capacidades e atitudes que
os(as) alunos(as) devem necessariamente adquirir e desenvolver em função dos
currículos escolares.
A avaliação das aprendizagens não deve e nem pode ser entendida como um
simples acto de atribuição de notas para fins de seleccionar, classificar e certificar
os(as) alunos(as) mas sim, um processo fundamentado, sobretudo, nos objectivos
programáticos, nas modalidades de avaliação, nos instrumentos de avaliação e
nos meios e métodos de ensino utilizados, com a finalidade de contribuir para a
melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem..
A razão de ser do acima referenciado baseia-se no valor pedagógico que a
avaliação das aprendizagens reveste, pois, permite adequar o processo de ensino
e aprendizagem a favor do(a) aluno(a) em função das informações que ela
proporciona.

5
Com a análise e a interpretação adequada das informações obtidas através da
avaliação das aprendizagens, os(as) professores(as) devem tomar decisões
apropriadas que possam levar o(a) aluno(a) ao sucesso escolar.

De um modo geral, o novo sistema da avaliação das aprendizagens destina-


se a:
a) Ferramentar adequadamente os(as) professores(as) para a realização
de uma avaliação cada vez mais objectiva;
b) motivar os(as) alunos(as) a fazerem a auto-avaliação para aprenderem
a aprender;
c) verificar e optimizar os processos e resultados do processo de ensino e
aprendizagem;
d) seleccionar, classificar, clarificar e certificar as competências
adquiridas, as capacidades e atitudes desenvolvidas pelo aluno ao
longo do ano lectivo.

II. O CONCEITO DE AVALIAÇÃO

Em muitos casos a avaliação tem-se confundido com a medição. Por


exemplo, os(as) alunos(as) no fim de um trimestre realizam uma prova de
frequência o(a) professor(a) faz a classificação e pública os resultados. Isso será
avaliação ou medição?
Em primeiro lugar convenhamos que qualquer prova que seja constitui um
instrumento de medida. Em segundo lugar, a medição é parte integrante da
avaliação caso sirva de base para formular juízos de valor com vista a tomada de
decisões.
Então, qual afinal a diferença entre a medição e a avaliação?
Quando se aplicam provas com os objectivos de classificar, seleccionar ou
certificar os(as) alunos(as), como tem sido prática no sistema vigente, é evidente
que não estamos a avaliar. Avaliamos quando para além desses objectivos
acrescenta-se outro de extrema importância para o processo de ensino e
aprendizagem que é o de orientá-lo mediante formulação de juízos de valor que
levem a tomada de decisões.
Por isso, todas as definições actuais sobre o conceito de avaliação,
independentemente dos seus autores, são convergentes no seguinte: formulação
de juízos de valor e tomada de decisões na base de informações recolhidas
sistematicamente.

6
Por exemplo, segundo Beeby, a avaliação define-se como um processo de
recolha e interpretação sistemática de informações que implicam juízos de
valor, com vista a tomada de decisões.
Essas decisões têm a ver com o aluno, professor, materiais pedagógicos,
gestão escolar, enfim, com o processo todo e não só com alguns componentes
do mesmo.
Foi nesta base que se elaborou o novo sistema de avaliação das
aprendizagens para o I.0 Ciclo; quer dizer, permitir a realização de uma avaliação
que visa contribuir na melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.

III. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

As modalidades de avaliação respondem à pergunta “quando avaliar?”.


Tratando-se da avaliação das aprendizagens dos alunos, que permite
conhecer os níveis de aprendizagem, a eficácia dos métodos e meios utilizados no
ensino, o cumprimento dos objectivos programáticos, pelo(a) professor(a) e
outros elementos inerentes ao processo de ensino e aprendizagem, é consenso
dos especialistas em matéria de avaliação que ela deve ser feita, entre outros
momentos, a saber:

a) Antes do ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Diagnóstica ou


Inicial);
b) Durante o ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Formativa, também
conhecida por Contínua ou Sistemática) e
c) No fim do ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Sumativa).

a) Avaliação Diagnóstica ou Inicial

Esta modalidade realiza-se no início de novas aprendizagens( de um tema, de


um sub tema, de um trimestre, do ano lectivo) com a intenção de se constatar o
domínio de pré requisitos pelos(as) alunos(as); isto é, os níveis de conhecimentos
ou aptidões indispensáveis à aquisição de outros que deles dependem. Em suma,
trata-se de conhecer o nível inicial de conhecimentos e ou de aptidões dos(as)
alunos(as) que permitirão estabelecer a ponte com os novos conhecimentos a
adquirir no tema, no sub tema, no trimestre ou classe que começam a frequentar.

b) Avaliação Formativa (Contínua ou Sistemática)

Nos dias de hoje, esta é a modalidade que acompanha o processo de ensino


e aprendizagem, em outras palavras, avalia o processo na medida em que tem
lugar durante a realização das actividades docente e educativas.

7
É uma actividade de controlo permanente que fornece ao(a) aluno, ao(a)
professor(a) e ao(a) encarregado(a) da educação, os resultados imediatos da
acção pedagógica, já que, é feita durante as aulas.
Os resultados desta avaliação permitem ao(a) aluno(a) fazer a auto-avaliação
das suas aprendizagens e ao(a) professor(a) a conhecer os pontos fracos e fortes
de cada um(a) dos(as) seus(suas) alunos(as). Podemos também dizer que, os
resultados dessa avaliação permitem ainda aos(as) encarregados(as) da educação
a terem conhecimentos em tempo útil sobre o desempenho escolar dos seus
(suas) educandos(as) em termos de aprendizagens, o que, em grande medida,
contribui no fortalecimento das relações da escola com a comunidade.
Há muitos especialistas em matéria de avaliação que afirmam que a avaliação
contínua serve de conselheiro na tomada de decisões sobre possíveis
ajustamentos a introduzir no currículo, nas metodologias de ensino, na relação
professor(a)/ aluno(a), na maneira do(a) aluno(a) fazer o seu auto-estudo, etc.
Por isso, ela é de realização obrigatória em todas as nossas aulas.
Para que tudo o exposto acima se efective é necessário que todos os
resultados da avaliação contínua das aprendizagens dos(as) alunos(as) sejam
registados na sua caderneta de avaliações.
O registo dos resultados, para além de dar as informações imediatas para fins
de melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, permitem ainda
que, no fim de cada trimestre, o(a) professor(a) tenha os dados indispensáveis
para a determinação da média das avaliações contínuas. Lembre-se sempre de
que, para as classes de transição(7a e 8a) e a classe de exames(9a), a MAC entra
na fórmula para a determinação da classificação do trimestre para cada um(a) dos
(as) alunos(as).
Na página 10 deste manual, encontrará o capitulo denominado “ Alguns
procedimentos práticos para a avaliação contínua” que ajudá-lo(a)-ão na
efectivação desta modalidade de avaliação no dia-a-dia escolar.

c) Avaliação Sumativa

Ao contrário da avaliação contínua que avalia o processo, a avaliação


sumativa é uma modalidade direccionada para avaliação dos resultados do
processo de ensino e aprendizagem com vista a classificação e a certificação de
conhecimentos e competências adquiridas, capacidades e atitudes desenvolvidas
pelo(a) aluno(a) durante a efectivação do currículo; por isso, realiza-se no fim do
ciclo de aprendizagem, no fim de cada trimestre e no fim de cada ano lectivo.
No caso concreto do Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I.0 Ciclo
do Ensino Secundário, a avaliação sumativa refere-se as provas do(a) professor
(a), as provas de escola e aos exames finais.
As provas do(a) professor(a) juntamente com as médias das avaliações
contínuas, ditam os resultados finais do(a) aluno(a) em cada trimestre, enquanto

8
que, as provas de escola e os exames finais com as classificações atribuídas pelo
(a) professor(a) no fim do ano lectivo, determinam a classificação do(a) aluno(a).
Na base dos resultados da efectivação da avaliação inicial, contínua e
sumativa, acima referenciadas, poderá de uma ou outra forma, permitir que tanto
o(a) aluno(a) quanto o (a) professor(a), assim como os(as) encarregados(as) da
Educação e a sociedade em geral, sejam capazes de formular juízos de valor
fundamentados sobre o processo de ensino e aprendizagem realizado nas nossas
escolas.

IV. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO

Para a avaliação das aprendizagens dos alunos, o professor deve utilizar um


conjunto de instrumentos e técnicas de avaliação de entre os quais se destacam:
as Provas(perguntas) Orais, as Provas(perguntas) Escritas, as Provas Práticas,
Trabalhos em Grupo, Tarefas para Casa e a observação individualizada.

a) Provas(perguntas) Orais

Consistem em estabelecer um diálogo directo entre professor e aluno,


servindo para:
 comprovar o domínio de conhecimentos já adquiridos;
 medir o grau de cumprimento dos objectivos ao longo ou no fim de
uma aula, de um ciclo de aprendizagens, etc;
 facilitar a ligação entre sub temas de um mesmo tema e temas de
um mesmo ciclo ou de diferentes ciclos de aprendizagem.
 comprovar o domínio da linguagem científica utilizada na disciplina,
isto é, os termos técnicos
 certificar os conhecimentos do aluno em dependência do subsistema

b) Provas(perguntas) Escritas:

Consistem em exercício(s) para o aluno responder por escrito, podendo ser


usadas no início ou no fim de uma aula e fundamentalmente no fim de um ciclo
de aprendizagem, no fim do trimestre e no fim do ano lectivo.

c) Provas Práticas

Servem para avaliar as habilidades dos alunos quanto à aplicação prática dos
conhecimentos adquiridos numa situação por eles já conhecida ou não e
comprovar o domínio na manipulação de objectos, meios de ensino e outros.

d) Trabalhos em Grupo

9
Consistem em organizar os alunos em grupos de trabalho para a realização
de actividades teóricas ou experimentais que podem ter lugar na sala de aulas ou
não, servindo ademais para observar as atitudes e comportamentos de integração
dos alunos no grupo. Este instrumento de avaliação contribui para a socialização
dos alunos.

e) Tarefas de Casa

Consistem em exercícios ou actividades que os alunos devem realizar em


casa, sendo posteriormente revisados, em muitos casos, no início da aula
seguinte. Porém, há tarefas que são revisadas nas aulas posteriores à seguinte
em dependência do tipo e carácter de exercícios ou actividades.
Servem essencialmente para a retro alimentação daquilo que o aluno
aprendeu na aula do dia e ajudam-no a estudar, permitindo também ao professor
conhecer a dedicação e o interesse do aluno em aprender a aprender fora da sala
de aulas.

f) Observação individualizada

É a forma de acompanhamento directo do desempenho de cada um(a) dos


(as) alunos(as) da turma que pode ser feita na sala de aulas ou fora dela. Através
da observação conseguimos recolher um conjunto de informações que têm a ver
não só com talentos mas também com comportamentos, atitudes e valores dos
(as) alunos(as).

A utilização dos instrumentos e técnicas de avaliação deve ser diversificada,


sem limitar-se em dar perguntas ou exercícios meramente reprodutivos( fáceis ou
difíceis). O(A) professor(a) deve fazer perguntas ou exercícios desde os de
carácter reprodutivo(fáceis e difíceis) aos de carácter aplicativo (fáceis e difíceis),
tendo em atenção o nível de desenvolvimento dos(as) seus(as) alunos(as).
Na formulação de perguntas ou exercícios avaliativos, aconselha-se não
utilizar expressões gramaticais ou palavras que não sejam do conhecimento dos
(as) seus(suas) alunos(as) assim como seleccionar conteúdos para a avaliação
que não tenham sido ainda tratados nas aulas, porque se assim o fizer, acredite
que, estará criando as condições propícias para o insucesso da avaliação e,
consequentemente, do processo de ensino e aprendizagem.

V. ALGUNS PROCEDIMENTOS PÁTICOS PARA A AVALIAÇÃO CONTÍNUA

10
Tal como viu no capítulo sobre Quando Avaliar as aprendizagens, a avaliação
contínua é de capital importância para o processo de ensino e aprendizagem;
porém, o êxito dessa modalidade de avaliação das aprendizagens depende, de
entre outros elementos, do uso correcto dos instrumentos da avaliação, da
formulação correcta das questões e da classificação mais justa das respostas dos
(as) alunos(as).
E, no capítulo anterior, sugeriu-se o uso diversificado dos instrumentos e
técnicas de avaliação; mas, para uma efectiva utilização da avaliação contínua, é
preferível o uso de perguntas escritas no início ou no fim da aula, de perguntas
orais no início da aula, durante a aula ou fim da aula, a orientação e correcção
dos trabalhos de casa, a realização dos trabalhos em grupos e a observação
individualizada do desempenho de cada um(a) dos(as) alunos(as) ou grupo de
alunos.
Para se evitarem subjectividades e injustiças na classificação dos
conhecimentos dos(as) alunos(as), de um lado e perca de tempo do outro,
sugere-se que não faça um número elevado de perguntas escritas. Nesta base,
para a avaliação contínua no início ou no fim da aula, o(a) professor(a) deve fazer
quanto mais duas perguntas escritas para todos os alunos.
Todas as perguntas escritas feitas pelos(as) alunos(as) devem ser,
necessariamente, corrigidas na sala de aulas para que cada aluno(a) tenha a
oportunidade de conhecer a resposta certa e, consequentemente, os seus pontos
fortes e fracos conforme o caso.
Para as perguntas orais, em função do tempo, o(a) professor(a) pode com
uma mesma pergunta avaliar os conhecimentos de mais de um aluno desde que
opte pela seguinte metodologia, por exemplo, em matemática:
 António, qual é o antecessor do número 15?
A resposta do António estando certa ou não, o(a) professor(a) deve dirigir a
pergunta a outro aluno para explorar os conhecimentos deste da seguinte
maneira:
 Por exemplo, Pedro, concorda com a resposta do António? Porque?
E deste modo pode-se ver o quanto outros alunos possuem domínio dos
números naturais pois, a pergunta exige que confirme ou não com argumentos a
resposta do colega, podendo cada um merecer a classificação correspondente ao
nível dos seus conhecimentos e, consegue-se avaliar as aprendizagens de mais de
um(a) aluno(a) com uma só pergunta oral.
Porém, lembre-se sempre que o tempo de cada aula é limitado, por isso,
para não prejudicar o cumprimento integral do plano da aula correspondente a
esse dia com a avaliação contínua, deve geri-lo bem.
Uma outra maneira mais prática de avaliar as aprendizagens de um
elevado número de alunos(as) tem a ver com a observação individualizada. Esta
técnica permite que durante a avaliação de trabalhos de casa, por exemplo,
acerto de equações químicas em Química ou resolução de equações em

11
Matemática, se possa avaliar as aprendizagens de muitos(as) alunos(as) usando
a seguinte metodologia: enquanto um(a) aluno(a) está no quadro a resolver o
exercício deixado para casa, o(a) professor(a) deve passar de carteira em carteira
observando o que cada aluno(a) fez e, conforme as respostas, vai atribuindo as
respectivas classificações.
A técnica referida no ponto anterior, torna-se ainda mais rentável para as
aulas de consolidação ou exercitação da matéria sumariada.
Para que a classificação dessas perguntas orais ou escritas da avaliação
contínua seja feita com maior objectividade, o(a) professor(a) deverá utilizar uma
escala de avaliação inferior ou muito inferior à recomendada para o nível de
ensino em que trabalha. A sugestão aqui é a de usar uma escala que vai de zero
(0) a cinco(5) valores por cada pergunta, sendo a nota do aluno nesta escala
multiplicada depois por; quatro(4).
O objectivo dessa escala(de zero a cinco) é de minimizar os efeitos
subjectivos de avaliação que se fazem notar acentuadamente quando a escala
utilizada é maior; levando muita das vezes, a atribuição de notas que não
correspondem ao nível de conhecimentos do(a) aluno(a) no conteúdo avaliado.
A multiplicação por quatro permite a conversão da nota do(a) aluno(a) para
a escala de avaliação estipulada no Sistema de Avaliação das Aprendizagens para
o I.0 Ciclo.

Vejamos o seguinte exemplo:

Suponhamos que o(a) aluno(a) respondeu de forma meio certa a uma


pergunta oral no inicio de uma aula e o(a) professor(a) atribuiu-lhe; por isso, 2,5
valores na escala acima sugerida.
Para a conversão dessa nota (2,5 valores) na escala de zero(0) a vinte(20),
procede-se:

2,5valores X4=10 valores

Na caderneta das avaliações diárias deste(a) aluno(a), o(a) professor(a)


registará 10 valores e não 2,5 valores.
O procedimento da conversão de notas da escala da avaliação contínua para
a escala do nível de ensino deve ser feito no fim da aula o que permite evitar
percas de tempo útil da aula. E convindo facilitar o processo de conversão, a
seguir coloca-se o respectivo mapa:

12
MAPA DE CONVERSÃO DOS VALORES

Escala de Escala de Notas Conversão Classificação


avaliação das avaliação mais Factor de das notas do dia
aprendizagens contínua prováveis conversã
para o ensino (a) o a x4
primário
0 0 x 4 0
0,5 0,5 x 4 2
1 1 x 4 4
1,5 1,5 x 4 6
2 2 x 4 8
0-20 0-5 2,5 4 2,5 x 4 10
3 3x 4 12
3,5 3,5 x 4 14
4 4x 4 16
4,5 4,5 x 4 18
5 5x 4 20

É possível que durante o percurso das aulas e com ele a realização da


avaliação contínua, o(a) professor(a) atribua notas na escala desta modalidade
que não constem do quadro acima(coluna com notas prováveis), exemplo: 0,75
valores. Para este caso, bastará multiplicar o 0,75valores por 4 (0,75x4=3
valores) para se obter a classificação do(a) aluno(a) a registar na caderneta.
Como vê a nota a registar será 3 valores e não 0,75.
No caso de que as aprendizagens de um(a) mesmo(a) aluno(a) sejam
avaliadas mais de uma vez durante a aula, na mesma disciplina, é necessário que
se determine a média da avaliação contínua para este(a) aluno(a) mediante a
seguinte fórmula:

Σ das notas das avaliações do dia


MAC/dia = -------------------------------------------

13
n.0 total de avaliações nesse dia

Σ= somatória

MAC/dia = média de avaliações contínuas do dia.

Exemplo: Suponhamos que uma determinada aluna participou 5 vezes durante


a mesma aula e obteve as seguintes notas:

n.0 total de avaliações nesse dia 1 2 3 4 5


Notas que obteve 5 2,5 3 4
4

Em casos como este, convindo evitar a realização de muitos cálculos, antes


de converter a nota da aluna para a escala correspondente ao I.0 Ciclo do Ensino
Secundário, aconselha-se determinar primeiro a média da avaliação contínua do
dia na disciplina em causa.

Assim será:
(5+ 2,5+3+4+4) valores
MAC/dia = ---------------------------
5

18,5 valores
MAC/ dia = -------------
5

MAC/dia =3,7 valores

Depois de determinada a média do dia, faz-se a conversão; logo, a aluna


nesse dia e na disciplina em causa terá:

MAC/dia =3,7 valores x4

MAC=14,8 valores

O valor convertido é o que fica registado na caderneta das avaliações.


Para aqueles(as) alunos(as) que tiverem uma única participação durante a
aula, converte-se a nota obtida e regista-se, já que não há necessidade de
determinar média alguma.

14
Exemplo; o António participou uma vez e obteve 5 valores na escala de
avaliação contínua. Nesse dia, sua nota será:
5x4= 20 valores

Porém, importa recordar que o(a) professor(a) deve procurar que haja maior
número de alunos(as) a participarem na avaliação contínua durante a aula tendo
em conta o seu papel no processo de ensino e aprendizagem.

VI. ESCALA DE AVALIAÇÃO

A escala de avaliação das aprendizagens para o I.0 Ciclo varia desde zero(0)
a vinte(20) valores.
Como vê em comparação com o sistema de avaliação em substituição, a
actual escala de avaliação não mudou em nada.
Para poder perceber o significado de cada um dos valores dessa escala em
termos de aprendizagens, existe uma subdivisão por níveis de cumprimento dos
objectivos, de acordo com o perfil e em relação ao saber, saber fazer e saber ser
que a seguir se apresentam:

a) de 0 a 4 – Mau, progride pouco.

- Atinge até 20% dos objectivos/conteúdos essenciais,


nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise,
comparação, interpretação, aplicação, etc .
- Quase nunca faz os trabalhos de casa e quando os faz,
faz mal.
- Colabora muito pouco na aula e no trabalho de grupo
ou não intervém.
- Exprime-se oralmente com muita dificuldade e sem
precisão, escreve mal e com muitos erros ortográficos.
- Revela, com muita frequência, comportamentos e
atitudes inadequados.

b) de 5 a 9 – Medíocre, progride insuficientemente.

- Atinge entre 30-40% dos objectivos/conteúdos


essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo,
análise, comparação, interpretação, aplicação, etc.
- Colabora e intervém pouco na aula e no trabalho de
grupo.

15
- Faz poucas vezes os trabalhos de casa e nem sempre os
faz bem.
- Exprime-se oralmente com dificuldade e pouca precisão.
- Revela, com alguma frequência, comportamentos e
atitudes inadequados.

b) de 10 a 13 – Suficiente, progride suficientemente.

- Atinge entre 50- 60% dos objectivos/ conteúdos


essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo,
análise, comparação, interpretação, aplicação, etc.
- Colabora e intervém quase com alguma frequência na
aula e no trabalho de grupo.
- Faz frequentemente os trabalhos de casa e quase sempre
bem.
- Exprime-se oralmente com algumas dificuldades.
- Revela, quase com frequência, comportamentos e
atitudes adequadas.

d) de 14 a 17 – Bom, progride rápido e seguramente.

- Atinge entre 70-80% dos objectivos/ conteúdos


essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo,
análise, comparação, interpretação, aplicação, etc.
- Colabora e intervém adequadamente com frequência
na aula e no trabalho de grupo.
- Faz frequentemente os trabalhos de casa e sempre
bem.
- Exprime-se oralmente bem e com fluência.
- Revela, quase sempre, comportamentos e atitudes
adequados.

d) de 18 a 20 – Muito bom, progride rapidamente e com segurança.

16
- Atinge entre 90-100% dos objectivos/ conteúdos essenciais,
nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação,
interpretação, aplicação, etc.
- Colabora e intervém muito e sempre adequadamente na
aula e no trabalho de grupo, onde também ajuda os
colegas a ultrapassarem dificuldades.
- Faz sempre e muito bem os trabalhos de casa, e é
muito criativo.
- Exprime-se oralmente muito bem e com muita fluência.
- Revela sempre comportamentos e atitudes adequados e
influencia os colegas no mesmo sentido.

VII. CLASSIFICAÇÃO

Na filosofia da avaliação em educação, a classificação é a expressão


objectiva ou subjectiva, qualitativa ou quantitativa da avaliação das
aprendizagens.
Neste caso particular, a classificação constitui a expressão que informa o
lugar que o(a) aluno(a) ocupa no percurso escolar, significando o grau atingido no
cumprimento dos objectivos.
Para a determinação da classificação do(a) aluno(a) no fim de um
trimestre ou ano lectivo, o professor utilizará as fórmulas constantes do Sistema
de Avaliação das Aprendizagens.
Torna-se necessário fazer um parênteses para destacar que, a fórmula
para a determinação da classificação final, tem pesos diferentes para diferentes
avaliações a realizar durante o processo de ensino e aprendizagem; isto porque
tomou-se em consideração a evolução e o grau de complexidade dos conteúdos,
em função do desenvolvimento dos programas curriculares.
As avaliações contínuas do professor por exemplo, inserem um número
reduzido de objectivos programáticos enquanto que a prova de Escola insere um
conjunto de objectivos programáticos( do ano lectivo) de uma só vez. Daí a
diferenciação de pesos expressa através dos coeficientes decimais que
acompanham cada um dos símbolos do tipo de avaliação.
Assim, na expressão CF =0,3xCAP +0,7xCPE por exemplo; o coeficiente
0,3 lê-se “três décimas” e pode escrever-se sob forma de fracção 30/100 ou
3/10. Noutros termos, esse mesmo número representa 30% do valor total da
avaliação das aprendizagens do(a) aluno(a) durante o Trimestre. O coeficiente 0,7
(sete decimas) o que equivale 70/100 ou 7/10 e representa 70% do valor total
das avaliações do(a) aluno(a) durante o trimestre.

17
VIII. AS FÓRMULAS DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO E A SUA APLICAÇÃO.

Antes de passarmos aos exemplos sobre como aplicar as fórmulas do


sistema de avaliação, gostaríamos de lembrar que no I.0 Ciclo do Ensino
Secundário existem Classes de Transição( 7.a e 8.a) nas quais fazem-se provas de
escola no fim do ano lectivo e Classe de Exame(9a) onde são feitos no fim do ano
lectivo, os exames finais.
Vejamos os exemplos de como determinar as classificações de um(a) aluno
(a) em Matemática que pode ser das classes de transição ou da classe de exame.

VIII.1. Classificação correspondente ao I.0 Trimestre

Para a determinação da classificação de qualquer(a) aluno(a) correspondente


a este trimestre, o procedimento a seguir consiste em determinar primeiro a
média das avaliações contínuas das notas obtidas pelo(a) aluno(a) ao longo do
trimestre.
Seguidamente, com a média das avaliações contínuas e a nota que obtiver na
prova do(a) professor(a) determina-se a classificação do(a) aluno(a)
correspondente ao trimestre1.
Assim sendo teremos:

a) Primeiro passo

Suponhamos que esse(a) aluno(a) no I.0 Trimestre durante as 12 semanas de


aulas suas aprendizagens foram avaliadas e obteve, conforme mostra o quadro
abaixo, as seguintes médias mensais em Matemática:

meses Fevereiro Março Abril Maio


MAC/mê 11 14,5 20 16
s

Com essas notas, o professor determinará a média das avaliações contínuas


do(a) aluno(a) para o Trimestre em causa na disciplina de Matemática; através da
soma de todas as médias mensais a dividir pelo número de médias.

1
recorde-se que as cadernetas estão feitas para o registo das avaliações contínuas mensais e no fim de
cada mês calcula-se a MAC. Neste caso, subentenda que as MAC mensais foram extraídas da caderneta
das avaliações contínuas.
18
Neste caso, o número total de médias de avaliações contínuas é igual ao
número de notas que corresponde, necessariamente, ao número de meses em
que o(a) aluno(a) foi submetido(a) à avaliação contínua; isto é, n.0 total de
médias de avaliações é igual a quatro(4).

∑ das médias de avaliação contínua durante o Trimestre


1) MAC= ------------------------------------------------------------------
número total de médias de avaliações

Substituindo os dados na fórmula(1) teremos:

(11+14,5+20+16) valores
2) MAC= -----------------------------------
4

61 valores
3) MAC= -----------------------
4

4) MAC= 15,375 valores

Assim, a média de avaliações contínuas (MAC) do(a) aluno(a) durante o I.0


Trimestre é de 15,375 valores.

b) Segundo passo

Este passo corresponde a fórmula para a determinação da classificação


correspondente ao trimestre após a realização da prova do(a) professor(a).
Suponhamos que nessa prova, a do(a) Professor(a), de realização obrigatória o
(a) aluno(a) teve 15,375 valores; a sua nota nesse Trimestre será:

MAC+ CPP
1) CT1 = -------------
2
substituindo as notas na fórmula, teremos :

19
( 15,375+7,5) valores
2) CT1 =------------------------
2

22,875 valores
3) CT1 = -----------------
2

4) CT1= 11,4375 valores

Veja que, conforme recomenda o ponto 7 do capítulo I.2 sobre a


classificação do sistema de avaliação, não tendo arredondado o 15,375 valores
para 15 e o 7,5 valores para 8, a nota do(a) aluno(a) é igual a 11,4375 valores e
se tivesse feito o arredondamento antes de determinar a Classificação do
Trimestre, a sua nota seria 11,5 valores; o que quer dizer que, já no I.0 Trimestre
estaria oferecendo valores ao(à) aluno(a).
Lembre-se que o sistema de avaliação dispensa a oferta de notas e exige
que o(a) professor(a) cumpra com o seu dever de ensinar melhor para que o(a)
aluno(a) possa aprender também melhor e obter suas notas sem ajuda de quem
quer que seja; em outras palavras, as notas do(a) aluno(a) devem resultar do seu
esforço individual. Se isto acontecer na sua prática docente, então, pode afirmar
com orgulho que, as notas dos(as) seus(suas) alunos(as) são o resultado do seu
bom desempenho profissional.

VIII.2. classificação correspondente ao II.º Trimestre.

No II.0 Trimestre o procedimento é igualzinho ao do I.0 Trimestre.

a) Primeiro passo

Suponhamos que neste Trimestre, nas avaliações continuas, o(a) aluno(a) em


causa teve os seguintes resultados:

meses Junho Julho Agosto Setembro


MAC/mê 5 12,5 15 18
s

Neste trimestre, o número de médias de avaliações também será igual a 4, já


que, o(a) aluno(a) foi submetido a avaliação contínua durante os quatro meses.

∑ das médias de avaliação contínua durante o Trimestre


1) MAC= ------------------------------------------------------------------

20
número total de médias de avaliações do Trimestre

Substituindo as notas na fórmula, temos:

(5+12,5+15+18) valores
2) MAC= -------------------------------
4

50,5 valores
3) MAC= ----------------------
4

5) MAC= 12,625 valores

A média das avaliações contínuas correspondentes a esse trimestre é igual a


12,625 valores.

b) Segundo passo

Suponhamos que na Prova do Professor, de realização obrigatória, esse(a)


aluno(a) teve 15,5 valores. A sua nota nesse Trimestre será:

MAC+ CPP
1) CT2 = -------------
2

Substituindo as notas, teremos :

( 12,625+15,5) valores
2) CT2 =------------------------
2

28,125 valores
3) CT2 = -----------------
2

4) CT2= 14,0625 valores

21
A classificação do(a) aluno(a) correspondente ao II.0 Trimestre é igual a
14,0625 valores. Essa nota, também, não se arredonda.

VIII.3. Classificação correspondente ao III.º Trimestre.

Tal como no I.0 e II.0 trimestres, o procedimento mantém-se o mesmo.

a) Primeiro passo

Suponhamos que neste Trimestre, nas avaliações continuas, o(a) aluno(a) em


causa teve os seguintes resultados:

meses Setembro Outubro Novembro Dezembro


MAC/mê 16 14,5 16 8
s

Neste trimestre, tal com nos anteriores o número total médias de avaliações
contínuas, é igual a 4, o que significa que o(a) aluno(a) tem em cada mês uma
média de avaliações contínuas.

∑ das médias de avaliações contínua durante o


Trimestre
1) MAC=
----------------------------------------------------------------------
número total de médias de avaliações

Substituindo as notas, teremos:

(16+14,5+16+8) valores
2) MAC= --------------------------------
4

45 valores
3) MAC= ----------------------
4

4) MAC= 13,625 valores

22
A MAC do(a) aluno(a) nesse trimestre é 13,625 valores

b) Segundo passo: Suponhamos que na Prova do Professor, de realização


obrigatória, esse(a) aluno(a) teve 6,7 valores. A sua nota nesse Trimestre será:

MAC+ CPP
1) CT3 = -------------
2

Substituindo as notas na fórmula, temos :

( 13,625+6,7) valores
2) CT3 =------------------------
2

20,325 valores
3) CT3 = -----------------
2

4) CT3 = 10,1625 valores

Neste caso, a nota do(a) aluno(a) é igual a 10,1625 valores

VIII.4. Determinação da classificação atribuída pelo(a) professor


(a) no III.0 Trimestre (CAP)

Com as classificações do(a) aluno(a) obtidas durante os três trimestres, o(a)


professor(a) determinará a CAP através da fórmula seguinte:

CT1 + CT2 +CT3


CAP = ---------------------------
3

Logo, substituindo os dados obtidos nos três trimestres na fórmula, a


classificação atribuída pelo(a) Professor(a) ao(à) aluno(a) correspondente ao
aluno do ano lectivo será :

(11,4375+14,0625+10,1625) valores
CAP = -------------------------------------------
3

35,6625 valores

23
CAP= ----------------------
3

CAP=11,8875 valores

Deste modo, a classificação atribuída pelo o(a) professor(a), ao(à) aluno(a)


em referência é de 11,8875 valores correspondentes ao ano lectivo.
Com a determinação da CAP termina a responsabilidade do(a) professor(a)
sobre o(a) aluno(a) no que toca as classificações, já que, de acordo ao que está
previsto no Regulamento das Provas de Escola e dos Exames, a determinação da
Classificação Final(CF) é da responsabilidade da Comissão de Classificação das
Provas por disciplina que será superiormente indicado para o efeito.
Assim sendo, o passo seguinte será efectuado pela comissão de classificação
das provas.

VIII.5. A determinação da classificação final do(a) aluno(a).

Lembrando uma vez mais o que está definido nos regulamentos da prova de
escola e dos exames respectivamente, a determinação da CAP de cada um(a) dos
(as) alunos(as) é tarefa exclusiva da Comissão de Classificação das provas ou
exames. Porém, este facto, não impede, de modo algum, que todos(as) os(as)
professores(as) tenham pleno domínio dos procedimentos para a determinação da
CF pois, a comissão de classificação das provas, será formada por professores(as)
deste mesmo nível de ensino e cada um(a) dos(as) professores(as) será indicado
(a) para o efeito.
Para facilitar a compreensão dos procedimentos a ter em conta na
determinação da Classificação Final dos(as) alunos(as) num dado ano lectivo,
dividiu-se em; (1) para os(as) alunos(as) das classes de transição(7.a e 8.a) e (2)
para os(as) alunos(as) da classe terminal(9.a).

1) Para o (a) aluno(a) das classes de transição(7a e 8a).

De acordo com o sistema de avaliação das aprendizagens, os(as) alunos(as)


das classes de transição, fazem, no fim do ano lectivo, a prova de escola de
carácter obrigatório.

24
E suponhamos que na Prova de Escola o(a) aluno(a) em causa obteve 16
valores; a sua nota Final no ano lectivo em epígrafe será determinada consoante
a fórmula:

a) CF= 0,3xCAP+0,7XCPE

Substituindo as notas na fórmula, temos:

b) CF=(0,3x11,8875)+(0,7x16)

c) CF= 3,56625 + 11,2

d) CF=14,76625 valores

Também pode-se utilizar a fórmula equivalente com números fraccionários:

3xCAP+7xCPE
a) CF=----------------------
10

Substituindo as notas

(3x11,8875) + (7x16)
b) CF=----------------------------
10

35,6625 + 112
c) CF= --------------------
10

147,6625
d) CF=-----------------
10

d) CF= 14,76625 valores

Tratando-se da classificação final, a nota do aluno deve ser expressa em


número inteiro. E, quando a parte decimal é igual ou maior que 0,5, o

25
arredondamento faz-se para o número imediatamente superior, assim sendo, a
classificação final desse(a) aluno(a) é:
CF= 15 valores

Resumindo

Avaliações I.0 II.0 III.0


Trimestres trimestre trimestre trimestre
Média de avaliações contínuas(MAC) 15,375 12,625 13,625
valores valores valores
Classificação da prova do(a) Professor(a)(CPP) 7,5 15,5 6,7
valores valores valores
Classificação do trimestre(CT) 11,4375 14,0625 10.1625
valores valores valores
Classificação atribuída pelo(a) professor(a) no III.0
Trimestre(CAP) 11,8875 valores
Classificação da prova de escola(CPE)
16 valores
Classificação final(CF) 15 valores

2) Para o(a) aluno(a) da classe terminal (9.ª)

De acordo com o Sistema de avaliação das aprendizagens, os(as) alunos(as)


da 9.ª classe realizam exames finais. E supondo-se que este(a) aluno(a) em
referência obteve 15,5 valores no exame, a sua nota final será determinada
mediante a seguinte fórmula:

a) CF= 0,3xCAP+0,7XCE

Substituindo as notas na fórmula:

b) CF=(0,3x11,8875)+(0,7x15,5)
c) CF= 3,56625+10,85
d) CF= 14,41625

Também pode-se utilizar a fórmula equivalente:

3xCAP+7xCE
a) CF=------------------
10

26
(3x11,8875)+(7x15,5)
b) CF=-----------------------
10

35,6625+108,5
c) CF=-------------------------
10

d) CF= 14,41625

Tal como no caso anterior, a nota final deve ser arredondada, porém, para
este caso, sendo a parte decimal menor que 0,5, o arredondamento será feito
para o número imediatamente inferior. Logo a nota é:

CF=14 valores

Resumindo

Avaliações I.0 II.0 III.0


Trimestres trimestre trimestre trimestre
Média de avaliações contínuas(MAC) 15,375 12,625 13,625
valores valores valores
Classificação da prova do(a) Professor(a)(CPP) 7,5 15,5 6,7
valores valores valores
Classificação do trimestre(CT) 11,4375 14,0625 10.1625
valores valores valores
Classificação atribuída pelo(a) professor(a) no III.0
Trimestre(CAP) 11,8875 valores
Classificação do exame(CE) 15,5 valores
Classificação final(CF) 14 valores

IX. CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO

As condições de transição são um conjunto de normas que definem os


requisitos relativos aos resultados da avaliação das aprendizagens que o(a) aluno
(a) deve possuir para transitar de classe.
27
Analisando o conteúdo do Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I.0
Ciclo do Ensino Secundário, capítulo I.2 sobre a classificação, pontos7 e 8 da
página 3, percebe-se da existência de (a) classes de transição e (b) classes de
classe de exame. Este facto obriga a que seja feito um tratamento diferenciado
em função das categorias das classes aqui definidas.
Deste modo temos:

a) classe de transição

As classes transição para esse nível de ensino, de acordo com o sistema de


avaliação das aprendizagens, são a 7.a e 8.a .
Nessas classes de transição, todos(as) alunos(as) independentemente dos
resultados da avaliação contínua, desde que não desistam ou tenham faltas em
excesso devem ser admitidos às provas de Escola e decidirão a sua transição.
Esses(as) alunos(as), transitam para a classe imediatamente superior caso
tenham apenas duas negativas2 desde que não sejam simultaneamente a Língua
Portuguesa e a Matemática.
Os(as) alunos(as) com duas negativas simultaneamente a Língua Portuguesa
e a Matemática, caso uma delas for igual ou superior a oito(8) valores, o conselho
de notas, de acordo com o regulamento das provas de escola tem prerrogativas
de votar ou não tal negativa.
Caso tenha de votá-la, esta votação deve basear-se nas informações sobre o
desempenho escolar do(a) aluno(a) registadas na sua caderneta. Um
procedimento idêntico poderá ser seguido ou não pelo conselho de notas em
situações em que um(a) aluno(a) tenha três negativas, das quais, uma é igual ou
superior a oito(8) valores.
O procedimento de votação de notas não é uma norma, mas, o conselho de
notas, ponderando todas as situações e na base das informações registadas na
caderneta do(a) aluno(a) pode agir desta maneira.

b) classe terminal do I.0 Ciclo Ensino Secundário.

Tal como nas classes de transição, os(as) alunos(as) da classe terminal,


independentemente dos resultados da avaliação do(a) professor(a), caso
cheguem sem excesso de faltas as aulas no fim do ano lectivo, deverão ser
admitidos(as) as aos exames finais.
Depois de feitos todos os cálculos conducentes a determinação das
classificações finais de acordo com a fórmula do ponto 8, capítulo da classificação
do sistema de avaliação, transita de classe imediatamente, aquele(a) aluno(a) que
tiver notas iguais ou superiores a dez(10) valores em todas as disciplinas.

2
Considera-se negativa, a nota do(a) aluno(a) resultante da classificação final inferior a 10 valores
28
Os(as) alunos(as) que tiverem duas negativas desde que não sejam
simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática, terão acesso aos exames
de recurso.
Assim como no ponto a) deste capítulo, o conselho de notas usará das suas
prerrogativas para poder deliberar ou não os casos críticos.

X. CONDIÇOES DE REPROVAÇÃO

As condições de reprovação são em outras palavras, a falta de requisitos que


determinam a passagem de classe ; quer dizer, o(a) aluno(a) não transita de
classe caso se encontre dentro daquelas normas que estabelecem a falta de
requisitos para frequentar a classe seguinte.
Fazendo a interpretação do sistema de avaliação das aprendizagens para este
nível de ensino, pode-se dizer que, os(as) alunos(as) do I.0 Ciclo do ensino
secundário estão agrupados em duas categorias;(a) classes de transição e (b)
classe de exame.
A cada uma dessas categorias corresponde um conjunto de normas que
definem os requisitos para que um(a) aluno(a) não possa transitar para a classe
ou nível de ensino imediatamente seguinte.
Vejamos o que se considera falta de requisitos para a frequência da classe ou
nível de ensino seguinte conforme ao caso.

a) classes de transição(7.a e 8.a)

Os(as) alunos(as) dessas classes não transitam para as classes


imediatamente superiores caso;(1) desistam das aulas, (2) tenham excesso de
faltas de acordo com o estabelecido no capítulo I.7 sobre condições de
reprovação, ponto 3 do Sistema de Avaliação das Aprendizagens, (3) tenham duas
negativas simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática e (4) possuam
mais de duas negativas.
Qualquer uma dessas normas obriga a que um(a) aluno(a) não transite para
a classe seguinte.

b) Classe de exame(9.a):

Os(as) alunos(as) nessa classe não transitam para o II.0 Ciclo do ensino
secundário em caso de ; (1) desistência das aulas, (2) terem um excesso de faltas
de acordo com o estabelecido no capítulo I.7 sobre condições de reprovação,
ponto 3 do Sistema de Avaliação das Aprendizagens, (3) possuírem duas
negativas simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática, o que tira direito

29
a realização dos exames de recurso e (4) não conseguirem eliminar as duas
negativas que dão direito aos exames de recurso depois da realização destes.
Os(as) alunos(as) dessa classe não devem transitar com negativa, quer dizer
que, têm a obrigação de obterem classificações finais iguais ou superiores a cinco
(5) valores em todas as disciplinas do plano curricular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BERTRAND, Yves e VALOIS, Paul.(1994). Paradigmas Educacionais.


Instituto Piaget. Divisão Editorial. Lisboa.
2. FERNANDES, Domingos. O tempo da avaliação. IN NOESIS. – A
Educação em revista. Número 23 (1992). Lisboa, Instituto de
Inovação Educacional..
3. HAYDI, Regina Cazaux (1994). Avaliação do processo ensino –
aprendizagem. São Paulo, Editora Ática.
4. MED, Angola, (Janeiro de 2005). Sistema de Avaliação das
Aprendizagens para o I.0 Ciclo do Ensino Secundário.
5. AFONSO, Manuel E MFUAMSUAKA, José Kiala. INIDE 2004. Guia
metodológico para a avaliação das aprendizagens.
6. MARTINS, MARGARIDA ALVES e al. . ( Junho 1992) O conceito de
avaliação. IN NOESIS- A Educação em revista. Número 23 Lisboa.
Instituto de Inovação Educacional.

30
7. MATOS VILAR, A. (1993). A avaliação dos alunos no Ensino Básico.
Porto, Edições ASA.
8. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Informações aos pais e encarregados de
educação. Lisboa.
9. NÉRICI, Imidio Giuseppe. Introdução à Didáctica Geral. Volume 2.
Editora Científica. Rio de Janeiro.
10.PAULO ABRANTES e al. . ( Março 2002 ) Avaliação das aprendizagens
– Das concepções às práticas – Ministério da Educação –
Departamento da Educação Básica. Lisboa .
11.VALADARES, Jorge e GRAÇA, Margarida.(Dezembro 1998).
Avaliando.... para melhorar a aprendizagem. Plátano Edições Técnicas,
Lda. Lisboa.
12.RIBEIRO, Lucie Carrilho (1993). Avaliação da aprendizagem. Lisboa.
Texto Editora.
13. STUFFLEBEAM, Daniel e SHINKFIELD, Anthony (1993) . Evaluación
Sistemática guia teórica y prática. Barcelona, Ed. Paidós/MEC.
14. ZABALZA, Miguel ( 1992). Planificação e Desenvolvimento Curricular.
Porto, Edições ASA.

31

Você também pode gostar