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Estratégia da Avaliação

PIREP

Moçambique

Outubro, 2011
Índice

1.0 Finalidade ............................................................................................................................. 3


2.0 Introdução ............................................................................................................................ 3
3.0 Quadro Nacional de Qualificações Profissionais ................................................................. 4
4.0 Avaliação ............................................................................................................................. 4
4.1 Desenvolvimento da Avaliação ....................................................................................... 6
4.2 Plano de Avaliação .......................................................................................................... 7
4.3 Instrumentos de Avaliação ............................................................................................... 8
4.4 Reavaliação ...................................................................................................................... 9
4.5 Validade, Credibilidade, Praticabilidade ....................................................................... 10
4.6 Avaliação Integrada ....................................................................................................... 11
4.7 Módulo de Experiência de Trabalho .............................................................................. 12
5.0 Observação da Avaliação ................................................................................................... 12
6.0 Gestão da Avaliação .......................................................................................................... 12
7.0 Processo de Implementação da Avaliação ......................................................................... 13
7.1 Registo das Realizações ................................................................................................. 14
7.2 Verificação ..................................................................................................................... 14
7.3 Apresentação dos Resultados de Avaliação ................................................................... 14
8.0 Atribuição de Certificados e de Qualificações ................................................................... 14
9.0 Formação............................................................................................................................ 14
10.0 Implicações dos Sistemas ................................................................................................ 15
11.0 Avaliadores e Verificadores ............................................................................................. 15
Anexo 1. Exemplo de um instrumento de Avaliação .......................................................... 17
Anexo 2. Exemplo de um instrumento de Verificação de Competência ............................. 19
Anexo 3. Proposta da Política de Avaliação ........................................................................ 21
Glossário de Terminologia ................................................................................................... 23

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1.0 Finalidade

A Estratégia de Avaliação apresenta propostas para a política de Avaliação (Anexo 3) e o


desenvolvimento de um processo e respectivos sistemas de avaliação, para as novas
Qualificações da Educação Profissional (EP). Esta Estratégia de Avaliação deve ser lida
tendo como referência o Quadro Nacional de Qualificações Profissionais (QNQP). A
Estratégia de Avaliação é extensiva à avaliação nas escolas, nos institutos de formação
profissional e nos locais de trabalho. Esta é uma versão elaborada para consulta, com vista
a assegurar que os futuros desenvolvimentos do processo de avaliação estejam de acordo
com o contexto moçambicano e com a capacidade de oferecer formação no país.

Por definição, a avaliação é vista como sendo o processo de recolher e apreciar


evidências/provas para decidir se um indivíduo atingiu os resultados do processo de
aprendizagem.

Neste documento, usa-se o termo “candidato”, que se refere a qualquer pessoa que será
avaliada através de resultados da aprendizagem, sendo a referida avaliação baseada nos
padrões definidos nas Unidades de Competência que determinam as Qualificações, seja ele
estudante ou, de futuro, quem já esteja inserido no mercado de trabalho ou procure
reconhecimento pela sua aprendizagem prévia (RPL).

2.0 Introdução

A falta de técnicos qualificados com habilidades/competências específicas capazes de dar


resposta às exigências do mercado de trabalho, tem sido identificada como causadora de
constrangimentos ao crescimento económico do país e, por isso, é necessário reformar o
sistema de Educação Profissional (EP) seguindo um modelo baseado nas necessidades do
sector. O Quadro Nacional de Qualificações Profissionais para a educação profissional,
descreve o desenvolvimento de um currículo baseado em padrões de competência
profissional e apresentado em termos de resultados da aprendizagem (ou elementos de
competência). Os resultados da aprendizagem são agrupados de forma a constituírem
unidades que possam ser avaliadas individualmente, em grupos de unidades ocupacionais
ou em programas escolares a tempo inteiro, oferecidos através de Módulos.

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Qualquer sistema nacional de avaliação deverá, por um lado, ser flexível e, por outro, ter em
conta o actual processo de educação profissional, a escola, a instituição de formação e a
capacidade da indústria.

Um dos factores que mais contribui para a credibilidade pública nas Qualificações é a
qualidade da avaliação a que os candidatos são submetidos. O processo de avaliação
deve, portanto, ser rigoroso e justo e, ainda, deve-se assegurar que as avaliações sejam
adequadas aos padrões nacionais definidos para cada Qualificação.

3.0 Quadro Nacional de Qualificações Profissionais

O documento “Relatório do desenho e garantia de Qualidade do Quadro Nacional de


Qualificações Profissionais” descreve como se deve elaborar uma Qualificação. Um outro
documento “Orientações Metodológicas e Instrumentos para Elaboração de Qualificações”
descreve as competências/habilidades que compõe a Qualificação e os respectivos
créditos. Este documento também chama a atenção para a necessidade de uma Avaliação
Integrada e para o reconhecimento das competências adquiridas anteriormente. Todos
estes elementos deverão ser avaliados e são considerados nesta Estratégia de Avaliação.

4.0 Avaliação

O resultado desejável, para as novas Qualificações da educação profissional, é o de


reconhecer e creditar indivíduos pelo seu conhecimento, habilidades e independência, pelos
atributos requeridos pela indústria. Torna-se, portanto, essencial que qualquer sistema de
avaliação a ser desenvolvido, forneça uma medida de sucesso equiparável aos elementos
de competência definidos por cada Unidade padrão. Esse sistema de avaliação, poderá ser
aplicado no processo de recrutamento pelo mercado de trabalho e, também, deve ser
acessível aos candidatos empregues como estagiários/aprendizes na indústria e no
comércio, funcionários ou por todos aqueles que pretendam o reconhecimento das
competências adquiridas anteriormente (RCA).

Existem dois tipos de avaliação, a saber, formativa e sumativa. A formativa é feita ao longo
do programa de aprendizagem, com o objectivo de proporcionar feedback sobre o
progresso do estudante. Esta avaliação não é tomada em consideração na decisão final em
que se irá indicar se o candidato alcançou ou não o resultado de aprendizagem requerido. A

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avaliação sumativa é a que se realiza durante ou após a conclusão de uma unidade/módulo
ou programa, fornecendo evidências para propósitos de certificação.

Uma boa avaliação formativa é essencial para um processo efectivo de ensino-


aprendizagem: os candidatos e os formadores têm necessidade de saber que progresso foi
feito em direcção aos padrões de desempenho definidos.
A avaliação sumativa é igualmente importante por oferecer provas dos resultados dos
candidatos, aos próprios, empregadores e às instituições educacionais. Existe, portanto,
uma boa razão para assegurar que os procedimentos da avaliação sumativa sejam
baseados em padrões claramente definidos e publicamente credíveis.

De forma a garantir credibilidade a este processo, estão definidos três patamares de


avaliação e verificação: a avaliação propriamente dita, levada cabo pelo avaliador (que pode
ser o próprio formador), a verificação interna e a verificação externa. Tanto a verificação
interna, como a externa são eficazes no que concerne à validação e credibilidade. A
verificação externa dá maior garantia de qualidade no que diz respeito à validação e
credibilidade. Ela, em geral, é mais fiável do que a verificação interna por envolver menos
verificadores e, por isso, ser mais fácil assegurar a sua consistência.

Na avaliação, usa-se um conjunto maior de instrumentos de avaliação e uma avaliação


válida pode ser aplicável a todos os resultados. Os instrumentos de avaliação constituem,
essencialmente, um elemento natural e positivo do processo de aprendizagem. Como a
credibilidade depende do número e âmbito das avaliações feitas, um sistema de avaliação
que usa tanto a avaliação, como a verificação, é mais facilmente considerado fiável do que
um sistema totalmente baseado na avaliação ou na verificação externa.

Nos módulos de projecto integrado prevê-se a possibilidade de se realizar uma avaliação


externa. Quando tal aconteça, não se realizará a verificação externa,

Tendencialmente, a avaliação externa atrai mais credibilidade do público do que a avaliação


interna. O requisito de que os candidatos sejam bem-sucedidos na avaliação externa antes
de adquirirem a Qualificação é, assim, um importante factor a considerar, no sentido de
assegurar a credibilidade da avaliação e a certificação. Contudo, a avaliação interna é
inerentemente mais flexível, porque é mais fácil de adaptar o período de avaliação às
necessidades dos candidatos. As avaliações internas devem ser concebidas como
elementos positivos e naturais do processo de aprendizagem, para que o resultado possa
ser imediatamente informado ao candidato em avaliação.

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Por todas estas razões, se propõe que a maior parte da avaliação tenha lugar na
escola/centro de formação ou no local de trabalho. Todavia, possivelmente, haverá também
uma componente de avaliação a ser realizada fora daquelas instituições, como por exemplo
uma Avaliação Integrada que permite avaliar o desempenho e medir o conhecimento e a
compreensão num certo número de Unidades/Módulos. Esta possibilidade, será efectivada
quando o grau de integração do sector privado nas actividades o permitir.

4.1 Desenvolvimento da Avaliação

A avaliação é o processo através do qual confirmamos que o candidato atingiu os padrões


de competência reflectidos nos resultados da aprendizagem. É um processo de recolha de
provas/evidências que comprovem que se atingiu os requisitos de desempenho no processo
de aprendizagem, consensualmente esperados a nível nacional, em todo um conjunto de
situações nos quais estes critérios devem ser aplicados (Ver Figura 1).

Resultado de
aprendizagem 1 Critério de Âmbito de
desempenho aplicação
Unidade 1 Resultado 2

Qualificação Resultado (n)


Unidade 2

Avaliação baseada no guia


Unidade (n) de evidências

Figura 1

O método de avaliação usado para as Qualificações baseadas em padrões será baseado


em critérios. Este método é preferido pelo pelos empregadores, uma vez que todos os
resultados da aprendizagem são avaliados em termos de capacidades de execução. Os
candidatos devem acumular evidências suficientes para demonstrar as suas
capacidades/habilidades. Assim, a aprovação deve indicar que todas as competências
foram adquiridas. No fim de cada Módulo de estudo, caso tenha demonstrado ter alcançado
todas as competências previstas, o candidato recebe o comprovativo da respectiva
aprovação.

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4.2 Plano de Avaliação

Cada um dos módulos deve conter um plano de avaliação, que indicará o tipo de evidência
de desempenho requerida para se considerar ter alcançado os resultados de aprendizagem
(critérios de desempenho e âmbito de aplicação definidos) e ainda, de que modo deve ser
conduzida a avaliação do referido Módulo (Ver Figura 2).

Nos casos em que os resultados de aprendizagem estão integrados para efeitos de


leccionação, a avaliação também deve ser feita ao nível dos resultados.. Porém, poderá
acontecer que em algumas áreas profissionais seja possível, e talvez desejável, que alguns
Módulos sejam integrados para efeitos de leccionação. Nesses casos, a avaliação interna
pode tomar também uma forma integrada, embora, nestas situações, seja necessário
prestar séria atenção às situações em que o candidato não consegue atingir nenhum dos
resultados nos Módulos integrados.

Figura 2

A Figura 2 mostra que a avaliação pode ser largamente dividida em evidências de


desempenho, que podem ser o resultado do trabalho directo ou da observação de exemplos
de trabalho, artefactos, projectos, atribuição de trabalho, etc. Independentemente da forma
como é produzida a evidência, ela deve corresponder ao que é normalmente requerido no
local de trabalho. Quando a formação para os padrões tem lugar numa etapa anterior ao
emprego, a evidência deverá ser recolhida a partir de simulações de trabalho, artefactos,
projectos ou relatórios que reflictam o que se pode esperar de uma situação profissional ou
do que é considerado normal numa determinada área de trabalho. Evidências de

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conhecimento e compreensão deverão sustentar a evidência de desempenho e podem ser
usadas para alargar o espectro de aplicação, i.e. o desempenho poderá demonstrar
competência numa área específica; técnicas de questionário poderão ser aplicadas para
determinar se o desempenho pode ser aplicado noutras áreas/situações inseridas no
mesmo âmbito de aplicação.

Tanto para as evidências de desempenho como de conhecimento, ou de compreensão,


será importante estabelecer uma medida de suficiência, que expressa a evidência suficiente
para demonstrar, para além das dúvidas razoáveis, que um candidato atingiu o resultado da
aprendizagem previsto nos critérios de desempenho e âmbito de aplicação. Para assegurar
que não haja situações de evidência insuficiente ou demasiada avaliação, é aconselhável
ter um plano de avaliação.

4.3 Instrumentos de Avaliação

Um plano de avaliação também serve de guia no desenvolvimento de instrumentos de


avaliação. Um instrumento de avaliação é uma ferramenta para avaliar os resultados de
aprendizagem, os critérios de desempenho e o âmbito de aplicação. É possível utilizar
apenas um instrumento de avaliação, especialmente quando este se relaciona com o
desempenho mas, geralmente, ter vários instrumentos de avaliação é mais adequado para
cobrir uma gama de desempenhos. Por exemplo, quando os resultados se relacionam com
o desempenho prático do candidato, o meio mais válido para a avaliação é a observação
directa por um especialista nas habilidades práticas (competências).
Uma recomendação geral pode ser a realizar uma avaliação sumativa por cada 10 a 20
horas normativas de modo a que se possa cobrir todos os resultados de aprendizagem de
cada módulo. Adicionalmente, sempre que possível, cada avaliação deve cobrir
completamente um ou mais resultados de aprendizagem

Os instrumentos de avaliação podem prever:


estudos de caso
exercícios práticos
desempenho no trabalho
jogos de papéis e outras actividades de grupo dirigidas
processos orais, auditivos, visuais e apresentações
questões destinadas a produzir respostas longas (relatórios, propostas de acção,
artigos especializados)

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questões destinadas a produzir respostas breves/curtas e questões estruturais
itens com respostas seleccionadas (múltipla escolha, etc.)

Para assegurar que são seleccionados e desenvolvidos instrumentos de avaliação


efectivos, podem ser usados, como indicadores, os seguintes critérios:
As instruções ou as questões são claras, concisas e gramaticalmente correctas;
O nível vocabular das instruções ou das questões é adequado à capacidade de
leitura do candidato;
As respostas irão fornecer evidência essencial de que o resultado foi atingido;
O instrumento de avaliação é livre de preconceitos culturais ou de género;
O instrumento de avaliação é consistente na forma, conteúdo e contexto com as
actividades da aprendizagem usadas no Módulo.

4.4 Reavaliação

No âmbito de um programa, deve ser dada oportunidade para a reavaliação dos candidatos
que não conseguem atingir o(s) resultado(s) de um Módulo. Contudo, não é prático (devido
aos constrangimentos de custos e de tempo) permitir aos candidatos oportunidades
ilimitadas de reavaliação. Para cada resultado, em cada módulo, um máximo de duas
oportunidades de reavaliação devem estar disponíveis (seguidas das correcções
adequadas). Recomenda-se que, se o insucesso continuar a persistir após a terceira
oportunidade de avaliação, o candidato seja aconselhado a repetir o Módulo completo
quando este voltar a estar disponível.

Algumas vezes é importante para os formadores gerir as reavaliações da forma menos


onerosa possível. Esta, pode variar de acordo com o Centro, mas uma alternativa é repetir
no período nocturno ou durante as interrupções semestrais, de forma a evitar interromper o
processo de aprendizagem.

Permitir ao candidato uma repetição irá requerer que cada Módulo tenha um mínimo de três
instrumentos de avaliação. Quando é o desempenho que está a ser avaliado, não é
necessário que se faça alguma mudança no instrumento de avaliação usado na segunda e
na terceira avaliação; porém, quando é o conhecimento e a compreensão que estão a ser
avaliados, então isto irá requerer, para as reavaliações, diferentes variantes dos
instrumentos de avaliação usados para a avaliação dos mesmos resultados da

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aprendizagem no Módulo, a fim de se evitar respostas baseadas numa pura memorização
de resultados já obtidos na primeira oportunidade de avaliação.

4.5 Validade, Credibilidade, Praticabilidade

A avaliação deve ser válida, credível e prática. Para manter os padrões nacionais rigorosos
e credíveis, todas as avaliações devem ser válidas (o que significa que estas avaliam de
facto as habilidades/competências e/ou o conhecimento que se propõem avaliar); as
decisões da avaliação devem ser credíveis (o que significa que o candidato pode ter a
certeza de que as decisões tomadas na avaliação são consistentes). As
escolas/centros/indústria precisam de se assegurar de que a aplicação das tarefas de
avaliação é praticável, ou seja, que eles fazem o melhor uso possível dos recursos
humanos e físicos e do tempo disponível.

Validade: Um instrumento de avaliação é válido quando:


é apropriado à finalidade pretendida
permite a produção de evidências/provas do desempenho dos candidatos e que este
possa ser medido em função dos padrões definidos nas especificações da Unidade
permite aos candidatos que demonstrem evidências/provas suficientes de todas as
suas habilidades/competências, conhecimento e compreensão.

As avaliações devem, sempre que possível, ser concebidas e operacionalizadas de forma a


apresentar resultados semelhantes quando feitas a candidatos com habilidades
semelhantes, em condições semelhantes. Contudo, uma avaliação totalmente credível é
impossível: a ausência de credibilidade pode ser causada pelas diferenças nas condições
para a avaliação ou pelo contexto da mesma, na apreciação dos avaliadores, etc.

A utilidade ou praticabilidade de uma avaliação está ligada à sua conveniência, flexibilidade


e adequação do seu custo. Esta é uma premissa importante, porque aqueles que avaliam
têm de o fazer dentro do tempo e dos recursos disponíveis.

A avaliação baseia-se no julgamento da evidência para decidir se o candidato satisfaz ou


não todos os requisitos. Isto torna necessário que se providencie, em cada Módulo,
respostas-modelo para todos os instrumentos de avaliação desenhados.

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4.6 Avaliação Integrada

Em geral, em cada nível, cada Módulo conducente à Qualificação deverá conter uma
Avaliação Integrada, de acordo com o documento de Orientações Metodológicas e
Instrumentos para a elaboração de Qualificações. Tal irá permitir a atribuição e acumulação
de créditos até à Qualificação total. Propõe-se que o projecto integrado permita aos
candidatos a possibilidade de combinar aquisições em termos de aprendizagem a partir de
um certo número de módulos de habilidades essenciais, módulos vocacionais obrigatórios
e/ou módulos opcionais numa apresentação coesa de evidências/provas. Esta
apresentação poderá ser alvo de avaliação externa e ser classificada como “aprovação”,
“crédito” ou “mérito”.

Três factores devem ser considerados cruciais em cada avaliação integrada:


desempenho nas habilidades essenciais
desempenho nas habilidades profissionais
desempenho nas actividades de projecto

Para cada uma das classificações – aprovação, mérito e distinção - o candidato deve
demonstrar ter conseguido chegar à resolução do problema, estudo de caso ou
investigação.:

Aprovação – cada candidato deve satisfazer os padrões definidos em cada um dos


três factores acima apresentados.
Mérito – cada candidato deve demonstrar habilidades para usar as competências e
conhecimentos identificados pela avaliação integrada num padrão superior ao
requerido, sendo aprovado na avaliação (externa) em dois dos factores acima
indicados.
Distinção – cada candidato deve demonstrar habilidades para usar as
competências e conhecimentos identificados pela avaliação integrada num padrão
superior ao requerido, sendo aprovado na avaliação (externa) nos três factores
acima indicados

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4.7 Módulo de Experiência de Trabalho

Cada programa conducente à Qualificação, precedido por uma situação de emprego,


incluirá um Módulo de Experiência de Trabalho. Isto é particularmente importante nas
situações em que o programa é precedido de emprego, uma vez que este proporciona aos
candidatos experiência e o contexto onde utilizar a aprendizagem. Detalhes sobre o uso da
Experiência de Trabalho serão fornecidos no “Directrizes e Regulamentos para a
Avaliação”, um documento apresentado em separado.

5.0 Observação da Avaliação

Ao desenvolver qualquer processo de avaliação, é importante que os padrões nacionais


sejam mantidos. Por esta razão, é recomendável que todas as avaliações sejam
inspeccionadas pela Unidade de Administração de Qualificações (UAQ). Esta informação
será mantida/preservada num Banco Nacional de Dados de Avaliação (NAB) que poderá
ser usado pelas IEPs acreditados. Um processo de observação será desenvolvido no
sentido de fornecer critérios claros, em função dos quais todas as avaliações serão
medidas, assegurando assim que estas satisfaçam os propósitos para os quais foram
definidas e, ainda, que estejam redigidas em termos não ambíguos e livres de qualquer
preconceito cultural e/ou de género.

6.0 Gestão da Avaliação

A gestão da avaliação será da responsabilidade do Órgão Regulador das Qualificações tal


como se demonstra na Figura 3. Os processos de avaliação serão desenvolvidos pelas
IEPs de acordo com os padrões definidos nas Unidades de Competências Padrão e com as
Linhas Orientadoras para o Desenvolvimento da Avaliação estabelecidas pela Unidade de
Administração de Qualificações (UAQ). Terão de ser aprovados pelos Verificadores
Externos em função dos critérios estabelecidos de validação, credibilidade e praticabilidade.
No caso dos programas - piloto nas instituições públicas de ensino profissional, os
processos de avaliação serão desenvolvidos em parceria com o PIREP de forma que um
banco de instrumentos de avaliação sancionados possa ser gerido pela Unidade de
Administração de Qualificações (UAQ). Este banco irá conter, normalmente, três
instrumentos de avaliação por módulo, de forma a cobrir todos os resultados da
aprendizagem e facultar aos candidatos a possibilidade de repetir as avaliações, caso

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sejam mal sucedidos na primeira tentativa. Todavia, quando se trate de avaliar a evidência
de desempenho, não deverão ser requeridas avaliações adicionais.

Qualificações Profissionais
Nacionais Centros de Avaliação,
p.e. Escolas, Centros de Formação
(incluindo Centros Privados de
Centros
Formação)
Unidades de Unidade de Acreditados
Competência Administração
de Selecciona
Qualificações
(UAQ) Verifcador Interno (para gerir o
Centro de Avaliação/ lidar com
A UAQ e com o staff de apoio
Verificador Verifica os
Externos Padrões

Selecciona

Avaliadores e /ou Avaliadores


no Local de Trabalho e, se
necessário, Conselheiros

Avalia

Candidatos/Estudantes

7.0 Processo de Implementação da Avaliação

O processo de avaliação envolve a recolha e apreciação das evidências obtidas de acordo


com os padrões, como se indica na Figura 4:

Identificar as Unidades de Competência Padrão

Decidir que evidências recolher

Recolher evidências

Acumular evidências suficientes que demonstrem


competência em função dos critérios estabelecidos

Registar formalmente o que se realizou

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7.1 Registo das Realizações

O Órgão Regulador das Qualificações irá fornecer os guiões para o registo das realizações
dos candidatos, que deve ser mantido em segurança em cada IEP. As directrizes de
Avaliação fornecerão mais detalhes sobre o registo das realizações.

7.2 Verificação

Toda a avaliação interna é conferida através de um processo de verificação interna e


conferida por um verificador externo que deverá também monitorar os processos e sistemas
do Centro.

7.3 Apresentação dos Resultados de Avaliação

O Órgão Regulador das Qualificações fornecerá orientação para a publicação de


informação sobre as realizações do candidato. A publicação das decisões da avaliação feita
a cada candidato só pode ser feita após a aprovação do Verificador Externo. O avaliador
fornece ao candidato o feedback sobre as evidências demonstradas por ele em relação aos
resultados de aprendizagem, mas esta informação não tem um valor oficial, até que o
Verificador Externo a aprove.

8.0 Atribuição de Certificados e de Qualificações

A Unidade de Administração de Qualificações (UAQ) atribuirá um Certificado de


Qualificação quando o candidato atingir todos os resultados da aprendizagem no âmbito de
uma Qualificação aprovada. Quando os candidatos completam apenas um Módulo ou
Unidade, como um curso de curta duração, serão elegíveis para um registo de realização.
Este registo irá fornecer ao candidato créditos direccionados para a sua Qualificação total.
Mais detalhes relativos às atribuições de créditos serão fornecidos num documento em
separado.

9.0 Formação

É essencial que se forneça formação a todos os envolvidos no lançamento de novas


Qualificações, já que eles terão a seu cargo a coordenação da IEP o ensino em programas
conducentes às Qualificações, a avaliação e também estarão envolvidos no processo de

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verificação. Propõe-se que esta formação seja feita através de acções de curta duração e
que sejam elaborados materiais para estes cursos, o que permitirá que acções de formação
sejam realizadas pelas IEPs, quando necessário.

10.0 Implicações dos Sistemas

A fim de coordenar a validação das novas Qualificações e de assegurara qualidade do


sistema, foram estabelecidos procedimentos, extensivos à avaliação, acumulação de
créditos e acreditação dos processos, que constam de:
o registo das IEPs de avaliação (escolas e centros de formação)
o registo dos candidatos para a Qualificação ou Unidade
a gestão de um banco nacional de dados de avaliação (BNA)
a manutenção dos registos dos candidatos
a atribuição de certificados.

As modalidades de regulamentação e gestão do sistema de Qualificação serão


apresentadas em documento separado.

11.0 Avaliadores e Verificadores

O formador que está a facilitar a aprendizagem do candidato, é a pessoa que está em


melhor posição para decidir quando é que os requisitos de desempenho de cada realização
foram alcançados. Tal deve ser feito a partir de evidências credíveis e suficientes que serão
recolhidas durante o processo de aprendizagem e a partir de um conjunto de instrumentos
de avaliação.

Para que os formadores se tornem Avaliadores, necessitarão de ser formados e,


eventualmente, avaliados de acordo com a respectiva UCP.

Como mais um elemento de garantia de qualidade, está previsto um sistema de verificação


da validade da avaliação dos candidatos por um verificador Interno. Os Verificadores
Internos, são professores da mesma instituição, normalmente da mesma área profissional
ou área de competências genéricas, mas que não leccionam o módulo avaliado. Os
verificadores Internos verificam amostras das avaliações dos estudantes, para se assegurar
de que estas cumprem com os requisitos dos padrões definidos pela qualificação. Para

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exercerem esta actividade, os formadores devem ser formados como Verificadores Internos
e de serem acreditados nessa qualidade.

Para assegurar que as avaliações institucionais sejam levadas a cabo em concordância


com os padrões nacionais e que estes sejam equiparáveis aos de outros provedores para
uma mesma Qualificação, o sistema prevê a existência de Verificadores Externos.. Estes
visitam IEPs para monitorar os processos e as avaliações dos candidatos, assegurando
assim a validação e a credibilidade das realizações do candidato . Todos os Verificadores
Externos serão formados em função do padrão nacional estebelecido para esta função.

Um modelo do sistema proposto é apresentado a seguir na Figura 6.

Figura 6

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Anexo 1. Exemplo de uma UCP sobre a Avaliação

Registo de Unidade de Competência Padrão

Código: QNQP Título da Avaliação do Desempenho do Candidato


Unidade:
Campo: Formação Sub Formação Profissional
Campo:
Nível QNQP:
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:
Descrição da Unidade de Competência:
O candidato será capaz de ......
Resultado Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
1. Obtenção de 1.1 As oportunidades identificadas são relevantes
concordância para os elementos a avaliar.
sobre o plano 1.2 É feito o melhor uso da evidência que ocorre
para a avaliação naturalmente e do questionamento com ela relacionado
do desempenho antes de serem consideradas alternativas
1.3 As oportunidades são seleccionadas no sentido
de minimizar distúrbios da actividade normal
1.4 São seleccionadas oportunidades que
proporcionam acesso a um plano de avaliação justo e
fiável
1.5 Quando são propostas simulações, é fornecida
informação precisa e aconselhamento sobre a sua
validade e administração
1.6 O plano de avaliação proposto é discutido e
acordado com o candidato e com outros que poderão ser
afectados
1.7 Se existe discordância com o plano de avaliação
proposto, as opções disponíveis para o candidato são
explicadas abertamente , de forma clara e construtiva
1.8 O plano de avaliação indica os elementos-alvo de
competência,

Evidências Requeridas

2. Recolha e 2.1
apreciação da
evidência de
desempenho em
função dos
Evidências Requeridas
critérios

3. Recolha e 3.1
apreciação da
evidência de
conhecimento Evidências Requeridas

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Resultado Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
4. Tomada de 4.1 4.1
decisão de
avaliação e
fornecimento de
feedback
Evidências Requeridas

Estratégia da Avaliação 18
Anexo 2. Exemplo de uma UCP sobre a Verificação Interna

Código: QNQP Título da Processo de Verificação Interna da Avaliação


Unidade:
Campo: Formação Sub Formação Profissional
Campo:
Nível QNQP:
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:
Descrição da Unidade de Competência:
O candidato será capaz de
Resultado Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
1. Avaliadores de 1.1 os avaliadores recebem documentação
Aconselhamento actualizada relativa ao Órgão Administrativo de
e Apoio Qualificação, registos e linhas orientadoras

1.2 os avaliadores são aconselhados e apoiados na


identificação e satisfação das suas necessidades de
formação e desenvolvimento

1.3 fornece-se aconselhamento preciso sobre o uso


adequado e eficiente dos diferentes tipos de evidências

1.4 os avaliadores são assistidos na relação com os


candidatos com requisitos de avaliação especiais

1.5 atribuição clara de responsabilidades dos


avaliadores de acordo com as suas necessidades e com
as dos candidatos

1.6 é fornecido apoio preciso, relevante e actualizado


para atingir consistência nas avaliações.

Evidências Requeridas

2. Manutenção e 2.1 mecanismos para a monitoria dos registos dos


monitoria de candidatos e processamento dai formação deacordo co os
mecanismos de requisitos do Órgão Administrativo de Qualificação e
processamento da suficientes para garantir qualidade
informação da
avaliação 2.2 os registos dos candidatos são completos, legíveis e
precisos

2.3 os registos dos candidatos fornecem informação


precisa e actualizada sobre a monitoria do seu progresso
na Qualificação e sobre as apreciações e decisões de
avaliação tomadas

2.4 a informação é preservada de forma segura e apenas


disponibilizada para aqueles que têm direito à mesma.

Evidências Requeridas

Estratégia da Avaliação 19
3. Verificação da 3.1 a elegibilidade de indivíduos como avaliadores é
prática d avaliação conferida em função dos critérios do Órgão Administrativo
de Qualificação

3.2 mecanismos de prática de avaliação e garantia da sua


qualidade são monitorados na proporção adequada para
verificar se estão de acordo com os requisitos do Órgão
Administrativo de Qualificação.

3.3 os avaliadores recebem feedback claro e construtivo

3.4 amostras de julgamentos de evidencias e de decisões


de avaliação são recolhidas regularmente de acordo com
os padrões nacionais para verificar a sua justeza e
precisão

3.5 a documentação é completa, precisa e actualizada

3.6 os decisores recebem explicações claras sobre a


necessidade de melhorar a prática de avaliação

3.7 disputas e recursos são encaminhados à autoridade


apropriada

3.8 as recomendações para o Órgão Administrativo de


Qualificação manter a qualidade da avaliação são
apresentadas ao conferente externo.

Evidências Requeridas

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Anexo 3. Proposta da Política de Avaliação

A política para a Unidade de Administração das Qualificações (UAQ), apresentada a seguir,


foi elaborada com base no modelo criado por Caldwell & Spinks (1988).

1. Âmbito/Finalidade:
Reconhecendo a sua responsabilidade nacional, a Unidade de Administração de
Qualificações (UAQ) compromete-se a:
desenvolver e manter avaliações e sistemas de avaliação que reflictam os padrões
de competências do mercado de trabalho contidos nas Qualificações Profissionais
satisfazer e exceder as expectativas de todos os envolvidos.

2. Linhas Orientadoras:
A Unidade de Administração de Qualificações (UAQ) compromete-se a assegurar que:
1. Todas as avaliações conducentes às Qualificações Profissionais Nacionais estejam
directamente relacionadas com as Unidades de Competência Padrão, os Elementos
de Competência, os Critérios de Desempenho, o Âmbito de Aplicação e as
Evidências Requeridas naquelas Unidades.
2. As avaliações avaliem independentemente cada Unidade de Competência Padrão,
(os Elementos de Competência relacionados, os Critérios de Desempenho
associados e o Âmbito de Aplicação definido)
3. Todas as avaliações sejam monitoradas e validadas de acordo com a sua
legitimidade, praticabilidade, realização, credibilidade e suficiência
4. Todos os candidatos mantenham um portfólio de evidências das suas realizações
nas várias Unidades de Competência (módulos), a fim de serem avaliadas e
verificadas.
5. todos os Centros que avaliam os candidatos em busca de Qualificações
Profissionais sejam registados na UAQ, satisfaçam e cumpram os Regulamentos de
Avaliação
6. todos os Centros registem os candidatos que pretendam frequentar módulos para
obterem uma Qualificação Profissional Nacional, e mantenham o registo das
realizações desses candidatos.
7. Todos aqueles que estejam envolvidos na avaliação de candidatos com vista à
aquisição de Qualificações Profissionais, sejam formados e certificados como
Avaliadores

Estratégia da Avaliação 21
8. todos aqueles que sejam envolvidos na verificação das avaliações e nos processos
e sistemas de avaliação das IEPs , sejam formados e certificados como
Verificadores
9. a todos os candidatos que tiverem alcançado todos os requisitos de uma
Qualificação aprovada seja conferida uma Qualificação Profissional que indicará o
nível, a ocupação profissional e as Unidades realizadas.

Estratégia da Avaliação 22
Glossário de Terminologia

Acreditação - declaração formal de que uma IEP está autorizada, no âmbito do QNQP,
a ministrar os cursos/programas de formação técnico profissional baseada em
padrões de competência, uma vez que satisfaz os requisitos e possui as condições
adequadas para realizar aquela actividade com os níveis de exigência estabelecidos
naquele quadro nacional; processo através do qual se faz o reconhecimento de
competências adquiridas quer a nível individual quer a nível institucional; registo de
que um indivíduo ou uma instituição alcançou uma dada competência ou de que lhe
foi atribuído um certificado que confirme as suas aquisições em termos de
competências.
Admissão especial (alternative entry) - admissão a um curso ou programa através
de um procedimento especial quando o candidato não reúne os requisitos padrão de
admissão.
Aprendizagem (learning) - o processo de aquisição de conhecimentos, atitudes, ou
habilidades a partir do estudo, instrução ou experiência.
Articulação (articulation) - os mecanismos que facilitam o movimento ou progressão
dos candidatos de um curso para outro, ou de um sub-sistema de educação e
formação para outro.
Atribuição de grau ou certificação (award) - a confirmação de ter obtido com
sucesso uma qualificação ou unidade de competência padrão (ver certificação).
Auditoria (audit) - refere-se a um processo sistemático, independente e documentado
para obtenção de evidências referentes à conformação das actividades e resultados
da organização provedora da formação com a legislação e regulamentos em vigor.
Avaliação (evaluation) - o processo de julgamento de evidências em relação aos
objectivos, padrões ou critérios. Na educação ou formação profissional ou vocacional
pode ser aplicada a organizações, programas, politicas, cursos, etc.
Avaliação baseada em competências (competency-based assessment) - o
1
agrupamento e julgamento de evidências por forma a decidir se a pessoa atingiu o
estipulado nas unidades de competência padrão
Avaliação no local de trabalho (workplace assessment) - a recolha e julgamento
de evidências durante as actividades do trabalho normal por forma a determinar se
uma determinada competência foi alcançada. A avaliação no local de trabalho
geralmente envolve observação do trabalho em curso, verificando o(s) produto(s) da
actividade do trabalho e as respostas orais a perguntas feitas no decurso do trabalho.
Avaliador (assessor) - uma pessoa qualificada para levar a cabo o processo da
avaliação.
Campo ou família profissional (field) - um grupo homogéneo de actividades
económicas produtivas; agrupamento de qualificações/saídas profissionais, de uma
mesma área de formação ou de áreas afins, que mobilizam saberes científicos e
tecnológicos similares e/ou cujas competências são exercidas num mesmo sector ou
área de actividade. Os campos podem subdividir-se em sub-campos.
Candidatos (candidates) - uma pessoa inscrita para frequentar uma qualificação, um
módulo ou conjunto de módulos (ver formando)
Capacidade - saber, saber fazer, ser e estar

1
assentes em critérios de desempenho e elementos de competências

Estratégia da Avaliação 23
Carreira (career) - a sucessão de ocupações na ordem ascendente de responsabilidade
e autonomia, num determinado ramo de actividade; o progresso e actividades
realizadas por uma pessoa ao longo da sua vida, relacionadas com as suas
ocupações.
Certificação de formação profissional (certification) – processo que se refere à
comprovação da formação, experiência ou qualificações profissionais, bem como,
eventualmente, da verificação de outras condições requeridas para o exercício de
uma actividade profissional; o reconhecimento formal de ter produzido evidências
suficientes para comprovar ter alcançado um conjunto definido de resultados de
aprendizagem.
Certificação de uma qualificação (qualification certification) - concedida a um
candidato que conclui com êxito um conjunto definido de resultados de aprendizagem
em reconhecimento por ter alcançado um determinado conhecimento, habilidades ou
competências.
Certificado de formação profissional (certificate) – título ou outro documento
equiparado, comprovativo que o seu titular atingiu os objectivos definidos nos
módulos, programas do curso que frequentou, sendo-lhe conferido um determinado
nível de qualificação.
Certificado (certificate) - titulo ou outro documento equiparado, comprovativo que o
seu titular atingiu os objectivos definidos nos programas do curso que frequentou; em
Moçambique, é também uma qualificação conferida no sector de ensino superior e
relativa à conclusão com êxito de um curso ou programa.
CIREP - Comissão Inter-Ministerial da Reforma da Educação Profissional
Competência (competence) - capacidade de mobilizar, de forma apropriada, os
conhecimentos e experiências adquiridas, necessários à resolução dos problemas
colocados pela actividade profissional e social num determinado contexto; a
habilidade de executar tarefas e deveres no padrão esperado no posto de trabalho
ou emprego; termo que se refere a um grupo (cluster) de conhecimentos,
habilidades, atitudes e grau de autonomia relacionadas entre si, que se
correlaciona com o desempenho no trabalho, que pode ser medido e comparado
com padrões bem aceites, e que pode ser melhorado por via da formação e
desenvolvimento.
Competências nucleares (core competencies) – as unidades de competência padrão
que o sector produtivo/empregador/posto de trabalho estabelece como essenciais
para que o graduado possa ser competente num dado nível. Numa qualificação todas
as unidades podem ser nucleares (obrigatórias), mas outras podem ser opcionais ou
de especialização. As competências nucleares são normalmente as centrais para o
trabalho numa área de emprego particular.
Contexto de aplicação (range statement) – define os parâmetros nos quais os
candidatos devem ser capazes de desempenhar as suas actividades; relaciona-se
com um único resultado de aprendizagem e respectivos critérios de desempenho;
define o foco e indica a gama de realizações para aquele resultado de aprendizagem;
fornece informação sobre as diferentes situações e circunstâncias nas quais o
desempenho dos candidatos e a avaliação devem ser realizados.
COREP - Comissão Executiva da Reforma da Educação Profissional, em Moçambique
Crédito (credit) - o valor numérico que o candidato obtém, na sequência do trabalho
realizado para alcançar os resultados de aprendizagem previstos numa disciplina ou
módulo. O volume de trabalho realizado é expresso em termos de número de horas
de contacto directo com o professor e de horas de trabalho independente. O
candidato ganha ou acumula créditos apenas se concluir, com sucesso, uma
determinada disciplina ou módulo.

Estratégia da Avaliação 24
Critérios de admissão (admission criteria) - requisitos, tais como qualificações
académicas, conhecimento, habilidades ou experiência para admissão num
determinado curso ou programa.
Critérios de avaliação (assessment criteria) - afirmações sobre aquilo que os
candidatos devem fazer para provar que os resultados de aprendizagem foram
ralcançados.
Critérios de desempenho (performance criteria) – afirmações que estipulam os
requisitos dos resultados a atingir no desempenho das actividades e o que o
candidato deve fazer para atingir o correspondente resultado de aprendizagem.
Os critérios de desempenho descrevem ou a forma como o candidato deve realizar
a actividade expressa no resultado de aprendizagem (processo) ou o que deve ser
produzido como resultado da actividade (produto).
Currículo (curriculum) - é constituído pelo que é aprendido e ensinado (contexto),
como é oferecido (métodos de ensino e aprendizagem), como é avaliado
(instrumentos de avaliação, por exemplo) e os recursos usados (ex. meios para o
processo ensino-aprendizagem); o processo de definição, organização, combinação e
coordenação de várias disciplinas ou módulos que conduzem a diferentes níveis de
competências e qualificação. O currículo formal baseia-se em um conjunto de
objectivos e resultados previstos, o informal ou currículo oculto diz respeito à
aprendizagem não planejada que ocorre nas salas de aula, nos espaços formativos ou
quando os candidatos interagem com ou sem a presença do formador.
Curso modular (modular course) - um curso composto por módulos.
Curso de curta duração (short course) - um curso de educação e/ou formação
profissional, independente, com duração igual ou inferior a 6 meses, constituído por
alguns módulos de uma dada qualificação e que conduz, geralmente, a uma
qualificação parcial (não completa). Pode ser emitido um certificado de frequência ou
participação após a conclusão, com êxito, do curso.
Desempenho (performance) – resultado da actividade de um indivíduo numa
determinada situação. Constitui uma “realização” no âmbito de uma dada
competência. Os desempenhos dependem, entre outros factores, dos conhecimentos,
habilidades, atitudes, grau de autonomia, meios disponíveis, métodos utilizados e
ambiente de trabalho, e demonstram a capacidade para resolver os problemas
surgidos numa situação concreta.
Educação ou formação baseada em competências (competency-based education
or training) - um sistema de educação ou formação que desenvolve as habilidades,
conhecimentos, autonomia e atitudes necessárias para alcançar determinadas
competências.
Educação baseada em resultados (outcomes-based education) - um sistema de
educação centrado e organizado à volta de resultados claramente definidos que se
espera que os alunos atinjam e demonstrem.
Educação básica de adultos ou alfabetização (adult basic education) - ensino
remedial ou nível de ensino para adultos, geralmente com ênfase na literacia,
numeracia, habilidade sociais necessárias para funcionar na comunidade ou para
conseguir emprego.
Educação e formação profissional ou vocacional (vocational education and
training) - educação e formação, excluindo a licenciatura e programas de nível
superior oferecidos por instituições de ensino superior, que fornecem às pessoas
conhecimentos ou habilidades profissionais ou relacionadas com o trabalho. Os
termos alternativos usados internacionalmente incluem: technical and vocational
education and training (TVET), vocational and technical education and training
(VTET), technical and vocational education (TVE), vocational and technical
education (VTE), e further education and training (FET).

Estratégia da Avaliação 25
Educação formal (formal education) - formação providenciada por instituições
educacionais tais como escolas, institutos, centros, universidades, colégios, etc., ou
fora do posto de trabalho, geralmente envolvendo a direcção de um formador ou
instrutor.
Educação informal (informal education) - a aquisição de conhecimento e habilidades
através de experiência, leitura, contacto social, etc.
Educação não formal (non-formal education) - educação e formação organizada
fora do sistema formal de educação.
Educação pós secundária, terciária ou superior (post-secundary, Higher,
Terceary education) - toda a educação que ocorre depois do nível secundário,
incluindo a ministrada por universidades, provedores comunitários (community
colleges), institutos superiores, escolas superiores (colleges), politécnicos, etc.
Educaação profissional (professional education) – a educação profissional integra o
ensino técnico-profissional, a formação profissional, a formação extra-institucional e
o ensino superior profissional
Elemento de competência (element of competency) – um dos blocos básicos de
uma unidade de competência padrão, que descreve as actividades chave ou
elementos da função referida na unidade de competência.
Empregabilidade (employability) – a adequação às necessidas e dinâmica do
mercado de trabalho de modo a fazer-se reconhecer como profissional numa dada
área de actividade.
Empregador (employer) – instituição (pública ou privada) que emprega outrém,
uma pessoa que opera a sua própria empresa ou se engaja independentemente
numa profissão ou negócio e emprega um ou mais assalariados.
Emprego (job) - qualquer ocupação remunerada, a tempo inteiro ou parcial, durando
duas ou mais semanas; contrato de trabalho para um dado serviço ou período.
Estágio ou experiência de trabalho (internship or work experience) – período de
formação realizado num contexto profissional real, em que o formando executa
tarefas inerentes ao posto que ocupa, com um grau de responsabilidade e autonomia
adequados ao seu estatuto, geralmente acompanhado por um tutor ou monitor.
Evidências requeridas (evidence requirements) – o que os candidatos devem
produzir para demonstrar que atingiram a competência requerida (resultado de
aprendizagem) e o que deve ser produzido e evidenciado para o provar que atingiram
tal competência.
Facilitador (facilitator) - uma pessoa que ajuda os candidatos a aprenderem
descobrindo coisas por si próprios.
Flexibilidade (flexibility) - o grau de liberdade que os candidatos têm para escolher
as disciplinas ou módulos integrantes do curso/programa que pretendem seguir e
onde desejam frequentá-los (ver mobilidade)
Formação em contexto de trabalho - um conjunto de actividades profissionais
desenvolvidas sob coordenação e acompanhamento da Instituição de educação
profissional, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas,
relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do
curso. Pressupõe a realização de actividades curriculares inseridas nos contextos
reais do mundo do trabalho por períodos de duração variável ao longo do curso ou
sob a forma de estágios – em etapas intermédias ou na fase final do curso. Realiza-
se em posto de trabalho, em empresas ou noutras organizações sendo parte
integrante do plano de estudos de todas as qualificações profissionais.
Formação enquanto aprendiz (apprenticeship) - um sistema de formação regulado
por lei ou costume que combine a formação no posto de trabalho e a experiência de

Estratégia da Avaliação 26
trabalho. O aprendiz estabelece um contrato de formação ou acordo de formação
com um empregador que impõe obrigações mútuas para ambas as partes.
Formação no local de trabalho (on-site training) - formação ministrada no local de
trabalho (ex: numa sala de formação) mas não num posto de trabalho.
Formação no posto de trabalho (on-the-job training) - formação que ocorre no
posto de trabalho (empresa ou entidade empregadora) como parte do trabalho
produtivo do formando.
Formação (training) - a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências em
resultado do ensino de habilidades profissionais ou práticas relacionadas com
habilidades específicas úteis.
Formando (trainee) – um individuo que frequenta um curso, programa de educação e
formação profissional ou vocacional com o objectivo de atingir uma qualificação
profissional (parcial ou completa).
Garantia de qualidade (quality assurance) - os sistemas e procedimentos
concebidos e implementados por uma organização para assegurar que seus produtos
e serviços são de um padrão consistente e que estão a ser continuamente
melhorados.
Gestão da qualidade (quality management) - envolve todas as actividades que
determinam os objectivos e responsabilidades da política de qualidade, implementada
através de meios tais como planificação da qualidade, controlo de qualidade, garantia
de qualidade e melhoria de qualidade dentro de um sistema de qualidade.
Directrizes de avaliação (assessment guidelines) - uma componente de um pacote
de formação que norteia a avaliação dos candidatos e que apresenta a abordagem
dos empregadores para uma avaliação valida, fiável, flexível e justa. As directrizes de
avaliação incluem informações sobre sistemas de avaliação em geral, requisitos do
avaliador, recursos e desenho dos instrumentos de avaliação, como conduzir a
avaliação, fontes de informação sobre avaliação, entre outras.
Habilidade (skill) - uma capacidade de desenvolver uma determinada actividade
mental ou física que pode ser desenvolvida através da formação ou da prática.
Habilidades essenciais (essencial skills) (também conhecidas com habilidades de
empregabilidade ou habilidades chave) - habilidades que não são específicas para
uma determinada profissão, mas são importantes para o trabalho, educação e vida
em geral, tais como habilidades de comunicação, numeracia, habilidades para a vida,
capacidade de organização, habilidades de uso de tecnologias de comunicação e
comunicação, habilidades interpessoais e habilidades analíticas.
Horas Normativas - tempo médio previsto que um candidato necessita para alcançar
um conjunto definido de resultados de aprendizagem. Este tempo inclui as horas de
contacto directo do candidato com o formador, horas destinadas a trabalho
independente do candidato e horas destinadas a avaliação.
Instituição de Educação Profissional (IEP) – instituto, escola, centro de formação
público e privado, provedor de formação profissional.
Instrumento de avaliação (assessment tool) - um método de recolha de evidências
para avaliação, como por exemplo um teste de conhecimento ou uma lista de
verificação do desempenho prático.
Métodos de ensino-aprendizagem (teaching and learning methods) -
procedimentos e estilos de interacção e comunicação entre formadores e formandos,
e entre os próprios formandos, tendo em vista o alcance de determinados resultados
de aprendizagem. Os procedimentos e os estilos mais frequentemente utilizadas
incluem palestras, seminários, aulas expositivas, aulas laboratoriais, trabalhos
práticos, trabalhos em grupo, simulações, trabalhos de campo, estágios, estudo

Estratégia da Avaliação 27
individual, ou uma combinação de dois ou mais destes estilos e procedimentos de
interacção e comunicação.
Mobilidade (mobility) - possibilidade de movimentação dos formandos/candidatos
entre programas/cursos ou de frequência de disciplinas ou módulos relevantes de
outros programas/cursos, dentro da mesma instituição de ensino ou de outras
(nacionais e internacionais).
Módulo (module) - uma unidade de educação ou formação que pode ser concluída
individualmente ou como parte de um curso/programa. Uma Unidade de
Competência Padrão (UCP) pode estar ligada a um ou mais módulos.
Nível (level) - um indicador da exigência imposta ao formando/candidato em termos de
rigor intelectual, complexidade e ou grau de autonomia. Espera-se que essa
exigência aumente, progressivamente, dentro de uma qualificação e entre
qualificações de níveis crescentes.
Ocupação (occupation) - o emprego (job) de um individuo no mercado laboral; a
actividade principal da vida de um individuo no posto de trabalho. Ocupação é aquilo
com que a pessoa se ocupa no seu dia-a-dia de trabalho. Por exemplo: uma pessoa
pode ter a profissão de psicólogo e a ocupação de psicoterapeuta clínico (atender em
um consultório particular) ou mesmo professor universitário (ministrando aulas em
alguma faculdade). Da mesma forma, um médico (profissão) pode ter a ocupação de
dermatologista (responsável por curar doenças de pele) ou, ainda, ter a ocupação de
pesquisador (aquele que busca curas e vacinas para doenças, analisa casos inéditos
etc). Ocupação diz respeito ao tipo de trabalho que o individuo desenvolve, podendo
estar ou não relacionada à sua profissão.
Pacote de formação (training package) - um conjunto integrado de padrões,
directrizes e qualificações endossadas para formação, avaliação e reconhecimento
das habilidades candidatos, desenvolvidas pela indústria para responder as
necessidades de formação de uma industria ou grupo de indústrias. Os pacotes de
formação consistem de componentes nucleares endossadas de unidades de
competência padrão, directrizes de avaliação e qualificações, e componentes
opcionais não endossadas de materiais de apoio tais como estratégias de
aprendizagem, manuais, recursos de avaliação e materiais de desenvolvimento
profissional.
Classificação padrão de profissões (standard classification of occupations) -
uma classificação hierárquica, que categoriza todas as profissões no local de trabalho,
e é estabelecida por uma autoridade nacional. Em Moçambique: Classificação
Nacional de Profissões aprovada pelo Ministério do Trabalho.
Padrões ocupacionais (occupational standards) - são as obrigações e tarefas que
devem sem desempenhadas por uma pessoa para funcionar com êxito numa
ocupação profissional.
PIREP em Moçambique - Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional.
Politécnico (polytechnic) - uma instituição que oferece cursos de educação
profissional de nível superior (ensino superior) em áreas técnicas.
Posição avançada (advanced standing) - reconhecimento concedido a um candidato
com base em estudos anteriores (transferência de créditos) e/ou experiência
(reconhecimento de competências adquiridas), isentando-o de um determinado
curso, disciplina ou modulo. Ver sistema de reconhecimento de competencias
aquiridas, crédito, acumulação e transferência de crédito.
Prática simulada ou simulação (simulation) – conjunto de actividades de natureza
profissional, características de um dado sector ou área de actividade, executadas
num contexto de formação – escola ou centro de formação, que reproduzem, total ou
parcialmente, as situações reais de trabalho.

Estratégia da Avaliação 28
Pré requisitos (requeriments) - um requisito necessário que deve ser obtido antes da
inscrição num módulo/curso/programa.
Profissão (profession) – o que uma pessoa estudou e é qualificado para fazer.
Programas profissionais ou vocacionais (vocational programs) - aqueles
módulos/cursos/qualificações que têm como objectivo desenvolver nos
formandos/candidatos competências relevantes para uma actividade profissional ou
emprego.
Provedor (provider) de educação - um órgão de educação ou formação, tal como
instituição, organização, empresa, centro, parceria ou consultoria, que implementa,
providencia ou ministra programas de aprendizagem que culminam na aquisição de
competências padrão ou qualificações.
Sistema de créditos - quadro geral padronizado, aplicável a todos os programas de
ensino, subdivididos em unidades discretas mas interligadas (disciplinas ou módulos)
que podem ser descritas em termos de volume de trabalho (horas normativas),
conteúdos, nível, resultados de aprendizagem, métodos de ensino e métodos e
critérios de avaliação.
Quadro nacional de qualificações profissionais (national vocational qualifications
framework) - um contrato social pelo qual os candidatos adquirem conhecimentos,
habilidades e atitudes e concluem realizações, quer por meios formais e não formais,
os quais são registados e reconhecidos; um quadro de referência descritivo,
composto por níveis e uma linha de progressão que engloba todas as qualificações de
educação profissional; representa o modo como as competências e realizações de um
candidato, em termos de conhecimentos adquiridos e habilidades demonstradas por
meios formais e não formais, se podem registar enquanto qualificações reconhecidas
a nível nacional e internacional. Determina os princípios, linhas orientadoras e
estrutura organizacional para a construção, manutenção e desenvolvimento de um
sistema nacional de qualificações profissional.
Qualidade (quality) - o nível de satisfação e eficiência das instituições de educação e
formação profissional (IEP´s), seus produtos e serviços, estabelecidos em
conformidade com os requisitos definidos pelos clientes e intervenientes.
Qualificação (qualification) - conjunto de unidades de competência padrão relevantes
para uma dada saída profissional ou ocupacional, que podem ser adquiridas mediante
formação modular ou outro tipo de formação e/ou experiência laboral.
Reconhecimento de competências adquiridas – RCA (recognition of prior
learning - RPL) - o reconhecimento de competências actualmente demostradas por
alguém, adquiridas através de formação, trabalho ou experiência de vida, que podem
ser usados para reconhecer formalmente unidades de competências padrão,
módulo(s), curso ou programa.
Requisitos de admissão (entry requirements) - os conhecimentos, habilidades ou
experiência necessária para admissão a uma qualificação, curso ou programa de
formação.
Resultado (outcome) - na educação ou formação, um resultado ou conclusão de um
programa de educação ou formação.
Resultado (achievement) - o alcance de um padrão de desempenho determinado.
Resultado (attainment) – alcance de um determinado nível ou meta; na formação e
educação profissional conclusão com sucesso dos requisitos de um módulo ou curso.
Resultados de aprendizagem (learning outcomes) - as competências que se
espera que os candidatos adquiram ao concluírem, com sucesso, uma disciplina ou
módulo. Indicam o que os candidatos irão saber ou ser capazes de fazer como
resultado de uma actividade de aprendizagem. Resultados de aprendizagem são
geralmente expressos em forma de conhecimento, habilidades ou atitudes.

Estratégia da Avaliação 29
Sistema de garantia de qualidade (quality system) - um sistema de gestão
concebido para assegurar que os produtos e serviços de uma organização satisfazem
e excedem os padrões de qualidade definidos e estão sujeitos a continuo
melhoramento.
Supervisor (no local de trabalho) (tutor)– aquele que, fazendo parte da
empresa/entidade enquadradora, acompanha os formandos no posto de trabalho
durante um curso de formação profissional, favorecendo a aquisição de
competências e o desenvolvimento de atitudes e comportamentos procedendo à
sua avaliação.
Trabalhador assalariado (employee) – uma pessoa que trabalha para um
empregador e recebe uma remuneração ou uma pessoa que opera a sua própria
empresa com ou sem empregar outros.
Transferência de créditos (credit transfer) – o conferimento de créditos por uma
instituição ou provedor de formação aos candidates/formandos pelos módulos ou
unidades de competências concluidas na mesma ou em várias IEP´s.
Tutor (tutor) – formador que acompanha os candidatos no Projecto Integrado.
Unidade de competência padrão (UCP) (unit standard ou competency
standard) – é uma unidade de competência que é determinada/validada pelo
sector produtivo/empregadores/posto de trabalho e que estabelece as habilidades,
conhecimentos e atitudes requeridas para operar efectivamente no local de
trabalho/emprego. Unidades de competência padrão são compostas por elementos
de competência, que por sua vez incluem critérios de desempenho, contextos de
aplicação e evidências requeridas. As unidades de competência padrão são a base
para definição dos módulos curriculares.
Unidade de estudo (unit of study) - uma sub divisão de um curso, disciplina, ou
programa de estudo ou formação.
Universidade (university) - uma instituição de educação superior, geralmente
oferecendo graus e cursos de nível superior. Algumas universidades também
oferecem cursos de educação e formação profissional.
Validação (validation) - na pesquisa, um processo para confirmação da exactidão e
solidez da informação ou constatações; na garantia de qualidade, um processo
externo de verificação de que uma organização satisfaz os critérios para endosso da
qualidade ou que uma qualificação satisfaz a qualidade para sua aprovação pelo
órgão regulador
Validade da avaliação (validity) - a solidez da interpretação e uso dos resultados de
uma avaliação.
Volume de trabalho (work load) - estimativa do tempo ideal que, em média, se
espera que os formandos/candidatos necessitem para alcançarem determinados
resultados de aprendizagem.

Estratégia da Avaliação 30

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