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Manual de Formação do Avaliador

ANEP
Moçambique

Outubro, 2017
Índice

1 Programa proposto para Formação do Avaliador .............................................................. 4


2 Introdução e propósito da Formação.................................................................................. 6
3 Características das Qualificações baseadas em competências/resultados ......................... 7
3.1 Fundamentação e propósito......................................................................................... 7
3.2 Papel do Sector Produtivo ........................................................................................... 7
3.3 Unidades de Competência ........................................................................................... 8
3.4 Módulos de Aprendizagem rumo a Unidades de Competência Padrão .................... 11
3.4.1 Condições de Acesso ......................................................................................... 14
3.4.2 Progressão .......................................................................................................... 14
3.4.3 Introdução ao Módulo ........................................................................................ 15
3.4.4 Resumo dos Resultados de Aprendizagem ........................................................ 15
3.4.5 Resultados de Aprendizagem ............................................................................. 15
3.4.6 Critérios de Desempenho ................................................................................... 15
3.4.7 Âmbito de Aplicação ......................................................................................... 15
3.4.8 Evidências Requeridas ....................................................................................... 16
3.4.9 Notas de Suporte ................................................................................................ 16
4 Qualificações Nacionais................................................................................................... 19
5 Planificação da Aprendizagem e Avaliação .................................................................... 20
6 Papel da Pessoa de Contacto no Centro ........................................................................... 21
7 Papel do formador Avaliador ........................................................................................... 21
8 Papel do Candidato .......................................................................................................... 22
9 Papel do Verificador Interno e Externo ........................................................................... 22
10 Métodos de Avaliação...................................................................................................... 22
11 Avaliação de Qualificações baseadas em competências/resultados ................................ 23
12 Requisitos Especiais de Avaliação................................................................................... 27
13 Simulações ....................................................................................................................... 28
14 Reconhecimento das Competências Adquiridas (RCA) .................................................. 28
15 Fornecimento de feedback aos candidatos ....................................................................... 29
16 Processo de Revisão da Avaliação do Candidato ............................................................ 30
17 Sistema de Avaliação e Verificação ................................................................................ 31
Anexo 1: Registo da Unidade de Competência ....................................................................... 34
Anexo 2: Informação Geral do Módulo .................................................................................. 39
Anexo 3: Informação para Registo da Qualificação ................................................................ 53
Anexo 4: Tabela de verificação do Módulo ............................................................................. 60

Manual de Formação do Avaliador 2


Anexo 5: Plano de Avaliação, Ensino e Aprendizagem (Exemplo) ....................................... 61
Anexo 6 : Plano de Avaliação de Ensino e Aprendizagem ..................................................... 63
Anexo 7: Exemplo de Formato de Avaliação .......................................................................... 64
Anexo 8: Processo de Pedido de Revisão de Avaliação pelo Candidato ................................ 66
Anexo 9: Formulário de Pedido de Revisão de Avaliação pelo Candidato ............................. 67
Anexo 10: Ficha Individual de Rastreio de Avaliação (Amostra) ........................................... 68
Anexo 11: Padrões de Competência do Avaliador .................................................................. 69
Anexo 12: Portefólio do Avaliador .......................................................................................... 73
Glossário de Terminologia ....................................................................................................... 80

Manual de Formação do Avaliador 3


1 Programa proposto para Formação do Avaliador

1º Dia Planificação da Aprendizagem e Avaliação

Tema Horas
Introdução e propósito do Seminário 8.00
Características das Novas Qualificações Baseadas em 8.15
Competências
Fundamentação e propósito
Papel do Sector Produtivo
Unidades de Competência Padrão
Módulos de Aprendizagem conducentes aos Padrões de
Competências
Resultados de Aprendizagem
Critérios de Desempenho
Âmbito de Aplicação
Evidências Requeridas
Notas de Suporte
Tarefa: Familiarização com o novo Certificado Profissional 9.15
Intervalo 10.00
Planificação da Aprendizagem e Avaliação 10.15
Papel da Pessoa de Contacto no Centro
Papel do Professor/Formador
Papel do Candidato
Papel do Verificador Interno e Externo
Tarefa: Planificação da Aprendizagem e Avaliação 11.00
Intervalo 12.30
Métodos de Ensino 13.45
Necessidade de Planificação
Abordagem de Aprendizagem Centrada no Candidato
Técnicas de Sessões Práticas
Informação Preliminar
Introdução
Métodos
Avaliação
Tarefa: Planificação das Sessões 15.00

2º Dia - Geração de Evidência

Tema Horas
Revisão do 1º Dia de Aprendizagem 8.00
Métodos de Avaliação 8.15
Comparação entre os métodos tradicionais de Avaliação e os
métodos de “Avaliação por Critério” propostos; as etapas de
Avaliação

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Conhecer o Módulo
Instrumentos de Avaliação
Planificação da Avaliação
Candidatos com necessidades especiais de Avaliação
Selecção dos instrumentos de Avaliação apropriados
Recolha de evidência
Suficiência
Moeda
Adequabilidade
Intervalo 10.00
Tarefa: Recolha de evidência 10.15
Intervalo 12.30
Tipos de evidência 13.30
Codificação da evidência
Julgamento da evidência
Tarefa: Julgamento da evidência 14.30
Revisão da Tarefa 16.00

3º Dia- Avaliação da Evidência

Tema Time
Revisão do 2º dia 8.00
Avaliação da Evidência Colhida 8.15
Intervalo 10.00
Decidir o Aproveitamento 10.15
Alcançou/não Alcançou
Registo da decisão
Feedback ao candidato
Reavaliação
Tarefa: Avaliar e dar feedback 11.00
Intervalo 12.30
Padrões do Avaliador 13.30
Elementos
Critérios de Desempenho
Âmbito
Evidências Requeridas
Recolha de Evidência
Desenvolvimento de Portefólio
Avaliação
Planificação para Certificação do Avaliador 15.00
Revisão da Formação 15.45
Fim 16.30

Manual de Formação do Avaliador 5


2 Introdução e propósito da Formação

O propósito deste manual de formação é o de preparar as pessoas que irão avaliar


os candidatos, ou as pessoas que estarão envolvidas no processo de Avaliação
com base nos padrões definidos pelo sector produtivo, descritos em unidades de
competência. Em muitos casos, estes padrões são leccionados através de Módulos
de aprendizagem, mas estes devem sempre corresponder aos Padrões Nacionais
de Competência. As pessoas envolvidas no ensino/formação e instrução, serão por
vezes as mesmas pessoas que irão avaliar os candidatos1 com base nestes
Padrões Nacionais definidos. Para tal e para assegurar que toda a Avaliação seja
levada a cabo de forma consistente em todo o país, todos aqueles que irão avaliar
os candidatos, devem frequentar um programa de formação e ser avaliados com
base nos Padrões Nacionais do Avaliador (vide Anexo 7). Esse programa de
formação, irá fornecer aos participantes conhecimentos suficientes relativos aos
Padrões Nacionais do Avaliador.

Quando o Avaliador começar a avaliar os candidatos, deverá desenvolver um


portefólio de evidências das suas próprias actividades relacionadas com a
Avaliação. Assim que tiver acumulado evidência suficiente, o Avaliador, por sua vez,
será também avaliado e logo que haja evidência suficiente para demonstrar a sua
competência, ser-lhe-á conferida a Qualificação de “Avaliador”, tornando-se assim
um Avaliador Nacional reconhecido.

Poderá ser útil aos utentes deste Manual do Avaliador consultarem outros
documentos curriculares tais como:
 Orientações Metodológicas e Instrumentos para Elaboração de Qualificações
 Estratégia de Avaliação
 Directrizes e Regulamentos para Avaliação

Exemplos provenientes destes documentos, são usados nos manuais de formação.

1
Candidato: este termo é usado em todo este documento e refere-se a qualquer estudante/formando/funcionário
que possa ser avaliado nas novas qualificações profissionais.

Manual de Formação do Avaliador 6


3 Características das Qualificações baseadas em competências/resultados

3.1 Fundamentação e propósito

Tal como muitas outras Nações, Moçambique reconheceu que vivemos num mundo
de rápidas mudanças tecnológicas, onde a globalização da actividade económica
põe em questão o futuro papel do Estado e a forma como este pode assegurar o
crescimento económico e a prosperidade partilhada. Foi identificada a actual
escassez de especialização em Moçambique, como um constrangimento ao
crescimento económico, sendo pois necessário reformar o actual sistema de
Educação Profissional, no sentido de o tornar um modelo orientado pela demanda
do Sector Produtivo. Moçambique reconhece que a capacidade humana de uma
Nação é o seu bem mais valioso e sustentável e, como tal, este precisa de ser
cuidado e desenvolvido ao seu máximo potencial, se se pretende que o país seja
bem sucedido no século XXI.

Um dos factores que mais contribui para a confiança pública nas Qualificações, é a
qualidade da Avaliação a que os candidatos são submetidos para as atingirem. O
processo de Avaliação deve ser pois, tanto rigoroso como justo, e assegurar que as
Avaliações são adequadas às unidades de competência nacionais, definidas dentro
de cada Qualificação.

As Orientações Metodológicas e Instrumentos de Elaboração de Qualificações da


Educação Profissional, descrevem o desenvolvimento de um currículo baseado em
padrões profissionais de competência, traduzidos em elementos de competência.
Os elementos de competência, por sua vez, são agrupados para formarem unidades
que podem ser avaliadas individualmente, em conjuntos de unidades ocupacionais
ou em programas de Módulos de formação pré-emprego a tempo inteiro.

3.2 Papel do Sector Produtivo


O Sector Produtivo e empregadores têm um papel fundamental no apoio ao
desenvolvimento das unidades de competência. De facto, todas as unidades de
padrões de competências devem ser endossadas pelo Sector Produtivo. Às
unidades é dado um tempo de vida de 3 a 5 anos antes de serem revistas, para
assegurar que continuam a satisfazer os requisitos do Sector Produtivo. A quando
da revisão, os padrões são ajustados às novas tecnologias ou processos
introduzidos no sector produtivo ou sofrem alterações específicas, caso alguns
processos anteriormente utilizados se tenham tornado redundantes. Nestes casos,
alguma formação adicional se tornará necessária para se ajustar aos novos padrões
aprovados. Para além de definir e aprovar os padrões de competência, o Sector
Produtivo estará envolvido noutras actividades, tais como apoiar o módulo de
experiência de trabalho e assistir na Verificação Externa do processo de Avaliação a
nível dos Centros e IEPs.

3.3 Unidades de Competência

Uma Qualificação, é formada por uma série de Unidades de Competência e cada


uma destas unidades é composta por Elementos de Competência (com os
respectivos Critérios de Desempenho e Âmbitos de Aplicação). Os Critérios de
Desempenho indicam os padrões requeridos e o Âmbito de Aplicação é usado para
indicar em que situação e circunstâncias a Competência deve ser aplicada. A Figura
1 mostra o arranjo geral.

Figura 1.

Elemento de Competência 1 Critérios de Âmbito de


Desempenho Aplicação

Unidade 1 Elemento 2

Elemento (n)
Qualificação Unidade 2

Unidade (n)
Avaliação baseada no guião
de evidência da Unidade

Os títulos das Unidades de Competência Padrão devem começar sempre por um


verbo, conforme demonstram os seguintes exemplos:

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 Estabelecer limites ornamentais (Horticultura)
 Construir vedações (Agricultura)
 Operar fresadoras (Engenharia)
 Gerir o fluxo de documentos (Gestão e Administração
 Avaliar candidatos (Formação)

Os elementos de Competência são uma descrição das acções/actividades que um


candidato deve ser capaz de executar, como uma parte necessária de uma
Unidade. Por exemplo, na ilustração acima, para “Estabelecer limites ornamentais”,
os elementos de competência podem provavelmente ser os seguintes:

 Desenhar o limite com desenhos geométricos


 Criar esquemas de correspondência de cores
 Seleccionar plantas que garantam uma floração sucessiva.

Para cada um dos elementos de competência, são estabelecidos critérios de


desempenho. Estes. fornecem os padrões requeridos. Por exemplo, para a
competência em administração “Promover a venda de produtos a potenciais
clientes”, os critérios de desempenho podem os abaixo indicados:

Critérios de Desempenho

 Oferece informação apropriada e exacta sobre o produto/serviço;


 Identifica com exactidão e educação a situação do cliente e suas potenciais
necessidades;
 Oferece opções e alternativas quando os produtos e serviços não satisfazem
directamente as potenciais necessidades dos clientes;
 Oferece aos clientes oportunidade de fazer compras;
 Trata os potenciais clientes de maneira que promove a benevolência.

Os Âmbitos de Aplicação são uma descrição das circunstâncias e situações em que


o elemento e os critérios de desempenho devem ser aplicados. Por exemplo:

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Exemplo: Conduzir um Carro:

A Competência poderia ser “Conduzir um veículo motorizado”.

Porém, se fosse descrito apenas desta forma genérica, poderia dar origem a
perguntas como: aplica-se somente a carros ou também a camionetas? Será
aplicável apenas em Moçambique, aos países vizinhos, ou a toda a África Austral?
Por isso, um âmbito de aplicação deve especificar o mais possível todos os aspectos
que possam suscitar dúvidas. Para o nosso exemplo, o Ambito de Aplicação seria
pois:

 Todos os veículos até 3 toneladas


 Todas as condições das estradas (iluminada, escura, molhada, seca)
 Todas as estradas incluindo auto-estradas e estradas com portagem
 Todos os países da África Austral.

Qualquer Avaliador, teria pois de ajuizar se um teste de condução de 30 minutos


numa viatura, constituiria evidência suficiente da competência requerida.
Geralmente, este teste prático seria acompanhado por um questionário oral e
possivelmente por um teste escrito, onde se colheria evidência de conhecimento e
compreensão de condução em diferentes condições e circunstâncias, sobre os
sinais de estrada, código de viação, etc.

No Anexo 1 é fornecido um exemplo de uma Unidade de Competência Padrão:


“Aplicar Habilidades de Uniões a Quente”.

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3.4 Módulos de Aprendizagem rumo a Unidades de Competência Padrão

Os Módulos são baseados em unidades de competência, mas visto que estes se


referem à aprendizagem, usaremos o termo “resultado de aprendizagem” em vez de
“elemento de competência”. Toda a restante terminologia é a mesma: critérios de
desempenho, âmbito de aplicação e evidências requeridas. Contudo, uma vez que
os módulos se referem à aprendizagem, poderão conter adicionais resultados de
aprendizagem, critérios de desempenho, âmbitos de aplicação e evidências
requeridas, destinados a apoiar o processo de aprendizagem e conduzir ao alcance
das Unidades de Competência Nacionais. É também possível que as Unidades de
Competência sejam combinadas dentro de um módulo de forma a resultar num
pacote coerente de aprendizagem, aumentando a oportunidade de emprego. É de
salientar que os Módulos usam um formato diferente do das Unidades de
Competência, o que se deve ao facto de o Módulo se destinar a ser usado tanto
pelo professor/formador, como pelo avaliador, ou mesmo pelo candidato, permitindo
este formato mais aberto uma maior clareza, leitura, possibilidade de produção de
notas, etc.

Todos os Módulos são blocos independentes de aprendizagem que permitem que


um candidato desenvolva e alcance um desempenho holístico correspondente aos
requisitos do Sector Produtivo. Quando este for capaz de executar o que é exigido
pelo módulo, alcançará crédito por isso. Estes créditos, vão formando um registo
cumulativo do aproveitamento, contribuindo para o alcance de uma Qualificação
Nacional.

No Anexo 2 é apresentado um exemplo de Módulo: “Aplicar Habilidades de Uniões


Soldadas”. Comparando os Anexos 1 e 2, é relativamente fácil ver as semelhanças
e as diferenças entre uma Unidade de Competência Padrão e um Módulo, que
serão explicadas mais tarde.

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A configuração de um Módulo, tal como foi dito anteriormente, é semelhante à da
Unidade de Competência no que respeita à indicação do nível e à qualidade e
extensão do desempenho que deve ser alcançado pelo candidato.

Cada Módulo inclui duas secções principais e componentes chave:


1) Informação Geral
 Título do Módulo
 Número do Módulo
 Data de Validação
 Nível no QNQP
 Valor de Crédito
 Condições de Acesso
 Introdução do Módulo
 Sumário dos Resultados de Aprendizagem
 Resultado de Aprendizagem
 Critérios de Desempenho
 Âmbito de Aplicação
 Evidências Requeridas

2) Notas de Suporte
 Horas Normativas de Aprendizagem
 Propósito
 Orientação sobre o Conteúdo e Contexto
 Abordagens para a Geração de Evidência
 Procedimentos de Avaliação
 Progressão
 Referências
 Direitos Autorais

Informação Geral
Esta secção do Manual, cobre toda a informação geral ou administrativa que será
necessária para registar o Módulo na Unidade de Administração de Qualificações
(UAQ).

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Título do Módulo

Pode acontecer que o título do Módulo seja idêntico ao título constante no formulário
de registo da Unidade de Competência. Isto é apropriado se o módulo a ser
desenvolvido for similar à Unidade correspondente. Porém, nos casos em que as
unidades são combinadas para fins de leccionação ou em que o Módulo fornece
uma contribuição para uma determinada Unidade (i.e. Habilidades Genéricas ou
projecto integrado), será solicitado aos elaboradores que esbocem um título que
comece pelo verbo que indica o que o candidato deve ser capaz de realizar
aquando da conclusão do Módulo.

Exemplo 1: a um Módulo de engenharia sobre “Habilidades de Uniões a Quente”,


seria dado, por exemplo, o título “Aplicar Habilidades de Uniões
Soldadas”.

Exemplo 2: a um Módulo de Agricultura sobre “ Construção e manutenção de


vedações” seria dado, por exemplo, o título, “Construir e Fazer a
Manutenção de Vedações”.

Número do Módulo

A página 8 indica que a cada Módulo é atribuído um número de registo, assim que
tiver sido validado para leccionação. É importante que o Avaliador assegure que os
candidatos estejam a usar os Módulos e instrumentos de Avaliação apropriados e
actualizados. Note-se que se um módulo for revalidado, então o seu número do
módulo também mudará. Isto quer dizer que cada vez que um Módulo é
revisto/actualizado é-lhe atribuído um novo número, ou seja, um novo código.

Data de Validação

É a data em que o Módulo é validado pelo Sector Produtivo. A validação de um


módulo é geralmente feita no quadro da revalidação de uma Qualificação completa,
mas determinados Módulos individuais poderão necessitar de ser actualizados mais
cedo, em algumas áreas profissionais (por exemplo Tecnologias de Comunicação e
Informação, onde as mudanças tecnológicas são rápidas). Ao longo da revalidação,

Manual de Formação do Avaliador 13


a Qualificação e todos os módulos serão actualizados com novos números de
código. É essencial que todas as Avaliações reflictam os códigos e números
actualizados das Qualificações, para assegurar a sua validade.

Nível no QNQP

A cada Módulo, será alocado um nível no QNQP. Este, normalmente será o mesmo
nível da qualificação para a qual aquele módulo contribui. Durante a Validação, para
avaliar em que nível se insere o Módulo, serão usados os descritores de níves do
QNQP.

Valor de Crédito

O valor em crédito de um Módulo, é atribuído de acordo com o estabelecido nas


Orientações Metodológicas e Instrumentos para Elaboração de Qualificações: 1
(um) crédito para cada 10 (dez) horas normativas de aprendizagem. O elaborador
de Módulos, terá de estimar o tempo médio que será dispendido por um candidato
que satisfez as condições de admissão ao Módulo, para o concluir. Esta estimativa
deve ter em conta todo o tempo de aprendizagem (incluindo as avaliações),
considerando o Módulo como independente.

3.4.1 Condições de Acesso

Estas normas, indicam quem pode aceder ao Módulo. É importante que aqueles que
tenham acesso a um Módulo de aprendizagem o terminem com êxito e, por isso, as
Condições de Acesso indicam o que lhes é exigido antes da entrada. Em última
instância, o centro/escola é considerado o melhor juíz sobre quem tem capacidade
de aceder e completar um determinado Módulo. Por vezes, pode ser necessário
requerer, antes do acesso, um Módulo introdutório ou transitório, o que nesse caso
será estabelecido formalmente.

3.4.2 Progressão

Esta é a indicação do que o candidato deve ser capaz de fazer ou ultrapassar,


depois de ter completado com sucesso o módulo em questão. A “progressão” pode

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ser definida sob a forma de um módulo subsequente, um determinado trabalho ou
de um certo tipo de emprego.

3.4.3 Introdução ao Módulo

Tal como o nome indica, trata-se de uma breve introdução ao Módulo e deve
descrever o que será coberto durante a aprendizagem e Avaliação; deve também
incluir a descrição da competência alcançada aquando da conclusão com êxito,
deste módulo.

3.4.4 Resumo dos Resultados de Aprendizagem

Esta área contém uma lista de todos os Resultados de Aprendizagem que estão
contidos no Módulo.

3.4.5 Resultados de Aprendizagem

Os Resultados de Aprendizagem estão baseados nos Elementos de Competência


das Unidades de Competência Padrão e não necessitam de ser alterados. Pode ter
sido necessário, para fins de aprendizagem, acrescentar resultados de
aprendizagem adicionais aos Elementos de competência. Porém, isso não irá
acrescentar a competência necessária para o local de trabalho, apenas irá ajudar na
aquisição da competência. Caso sejam adicionados Resultados de Aprendizagem,
cada um deles terá também critérios de desempenho, âmbitos de aplicação e
evidências requeridas adicionais.

3.4.6 Critérios de Desempenho

Os critérios de desempenho foram extraídos das Unidades de Competência Padrão


e não necessitam pois de ser alterados. Caso tenham sido incluídos resultados de
aprendizagem adicionais no Módulo, será também necessário, para fins de
aprendizagem, adicionar os respectivos critérios de desempenho.

3.4.7 Âmbito de Aplicação

Os âmbitos de aplicação foram extraídos das Unidades de Competência Padrão e


não necessitam de ser alterados. Caso tenham sido incluídos resultados de

Manual de Formação do Avaliador 15


aprendizagem adicionais no Módulo, será necessário, para fins de aprendizagem,
adicionar os respectivos âmbitos de aplicação.

3.4.8 Evidências Requeridas

As evidências requeridas foram extraídos das Unidades nacionais e não necessitam


de ser alteradas. Caso tenham sido incluídos resultados de aprendizagem
adicionais no Módulo, serão estabelecidas as respectivas evidências requeridas
adicionais.

3.4.9 Notas de Suporte

Todos os Módulos incluem uma secção intitulada “Notas de Suporte”. A quantidade


de informação contida nesta secção pode variar consideravelmente. As Notas de
Suporte fornecem informação útil aos envolvidos na leccionação e avaliação do
Módulo, nomeadamente:

 Horas Normativas de Aprendizagem

As Horas Normativas de Aprendizagem, descrevem o período médio de estudo que


seria necessário para qualquer candidato que satisfaça as condições de admissão,
concluir o Módulo e a sua respectiva Avaliação.

 Propósito

Esta secção descreve, de forma breve, o propósito do Módulo e o que se espera


que um candidato que aceda a este, cubra e alcance.

 Orientações sobre o conteúdo e o contexto

Esta secção fornece informação que ajuda a contextualizar e expandir as indicações


contidas nas Unidades de Competência Padrão. Esta informação pode incluir o
propósito do Módulo, mais detalhes relacionados com cada um dos resultados de
aprendizagem e outra informação que possa ser útil a alguém que use o Módulo
pela primeira vez.
Sob este título, pode ser também incluída informação sobre conhecimentos e/ou
habilidades anteriores que um candidato deve possuir e qualquer outra informação

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geral (por ex. uma qualificação para a qual Módulo contribua). Pode também incluir
orientação sobre:
 As habilidades, conhecimento e compreensão que devem corresponder aos
resultados
 Possíveis temas a serem cobertos
 Informação sobre saúde e questões de segurança
 Informação sobre legislação
 Definições/explicações de termos
 Contextos em que a aprendizagem pode ter lugar
 Recursos de aprendizagem propostos, incluindo referências a textos e
materias de aprendizagem dos candidatos.

Embora possa conter informações de carácter geral (sobre o Módulo como um


todo), é importante reconhecer que esta secção se relaciona claramente com os
Resultados de Aprendizagem e Critérios de Desempenho. Poderá incluir
informações relacionadas com resultados específicos ou grupos de resultados.

 Abordagens para avaliação

Esta secção dá informação sobre como os Resultados serão avaliados, tendo em


conta as Evidências Requeridas. As abordagens para a Avaliação podem cobrir o
Módulo inteiro, ser integradas em vários Resultados de Aprendizagem, ou, mais
raramente, relacionarem-se com um resultado individual. Podem ser referidos
instrumentos específicos de Avaliação e, onde for apropriado, podem ser fornecidos
esboços exemplificativos destes instrumentos. São recomendados procedimentos
adequados de Avaliação, que podem incluir orientações sobre:

 Se os resultados são baseados em competências práticas ou cognitivas.

 Se a evidência pode ser gerada através do trabalho contínuo ao longo da


leccionação do Módulo, ou se é necessária uma Avaliação/teste
especialmente concebida para o efeito.

 Se o resultado está relacionado com a competência cognitiva, deverão ser


dadas indicações sobre como os candidatos podem fornecer evidência oral
e/ou escrita e como esta pode ser registada.

Manual de Formação do Avaliador 17


 Se a Evidência para o Módulo pode ser fornecida por meio de um teste
escrito e/ou oral, ou exige um desempenho prático ou um produto.

 Caso a evidência exija um desempenho prático, se a Avaliação deve ser


baseada em processos de julgamento ou em julgamentos e produtos, e de
que forma isto pode ter ocorrer.

 Caso a evidência tenha de ser colhida usando perguntas, que forma estas
devem tomar. (Resposta breve? Resposta longa? Para completar?).

Em alguns casos, são fornecidas sugestões para integração da Avaliação, o que é


particularmente apropriado para candidatos que frequentem uma Qualificação
completa, já que isto ajuda a tornar a Avaliação manejável. Além disso, em Módulos
mais baseados em conhecimento, poderá ser indicada uma pontuação limite mínima
que permite fazer uma inferência razoável de que todos os critérios de desempenho
para um determinado Módulo foram satisfeitos. Nestes casos, os instrumentos de
avaliação serão desenhados e a pontuação limite mínima estabelecida de tal forma
que a inferência de competência seja razoável.

Durante a fase piloto das novas Qualificações será usado um banco de dados para
Avaliação dos candidatos.

 Procedimentos de Avaliação

Os procedimentos de Avaliação são discutidos com mais pormenor na estratégia e


directrizes de Avaliação das Qualificações. Porém, este é um processo de recolha
de evidência de que o candidato satisfez todos os resultados de aprendizagem, os
critérios de desempenho e âmbitos de aplicação correspondentes a um determinado
Módulo.

 Progressão

É uma declaração daquilo que o candidato deve ser capaz de fazer ou a que pode
aceder, após a conclusão com êxito de um determinado Módulo. Este pode ser um
Módulo subsequente, um trabalho ou um tipo possível de emprego.

Manual de Formação do Avaliador 18


 Referências

Todas as referências são indicadas, nos casos em que tenha sido usada informação
ou material de outras fontes. Adicionalmente, poderá haver referências a outros
recursos úteis, que possam ajudar o professor/formador na leccionação do Módulo.

 Direitos Autorais

É uma declaração em como o material contido no Módulo é propriedade do PIREP e


de que nada do que está nele, deve ser usado ou alterado sem a devida
autorização.

4 Qualificações Nacionais

As Orientações Metodológicas e os Instrumentos de Elaboração de Qualificações,


definem o menor Módulo como valendo um crédito, que corresponde a dez (10)
horas normativas2 de aprendizagem. Os Módulos, portanto, podem ser de diferentes
tamanhos, dependendo dos requisitos de desempenho, de acordo com os quais
lhes serão atribuídos valores de crédito adequados. (Um Módulo de vinte (20) horas
normativas de aprendizagem corresponde a dois (2) créditos; e um Módulo de
quarenta (40) horas corresponde a quatro (4) créditos etc.) É improvável que os
Módulos tenham mais de oitenta (80) horas normativas, ou seja, oito (8) créditos. As
Orientações Metodológicas e Instrumentos de Elaboração de Qualificações,
estabelecem que para atingir uma Qualificação, são necessários cento e vinte (120)
créditos, sendo esta composta por Módulos Genéricos, Obrigatórios e Opcionais.
(Vide Orientações Metodológicas e Instrumentos de Elaboração de Qualificações.)

Uma Qualificação Nacional é portanto constituída pelo número de Módulos


suficientes para perfazer cento e vinte (120) créditos. De acordo com as
“Orientações Metodológicas e Instrumentos de Elaboração de Qualificações”, a

2
Horas Normativas: são horas estimadas que um candidato comum poderá levar para completar o Módulo
Individual de aprendizagem (tempo de aprendizagem e avaliação incluído) desde que tenha satisfeito as
Condições de Admissão ao Módulo de Aprendizagem.

Manual de Formação do Avaliador 19


composição dos Módulos é baseada nas Unidades de Competência Padrão. Estas,
são estabelecidas por consulta feita ao sector produtivo, após o que são aprovadas
e registadas, como sendo as Unidades de Competência Padrão conducentes a
determinada ocupação de um dado nível. A cada Qualificação é atribuído um nível
no Quadro Nacional de Qualificações Profissionais. Um exemplo de um formulário
de registo da Qualificação, é providenciado no Anexo 3: “Horticultura”

Tarefa: Familiarização com os Certificados Profissionais de Moçambique

Em pequenos grupos (de dois ou três) refira-se a uma Qualificação dentro da


sua área profissional. Seleccione um módulo e reveja-o, de forma a para
completar a lista de Verificação fornecida no Anexo 4

5 Planificação da Aprendizagem e Avaliação

Durante a Planificação da leccionação e a Avaliação de um Módulo é importante em


primeiro lugar ler as notas de suporte contidas no Módulo. Em geral, não é a
primeira vez que alguém lecciona ou avalia os resultados de aprendizagem que
você tem que leccionar e avaliar, e é possível que os materiais de aprendizagem
correspondentes lhe tenham sido fornecidos, mas caso não, será útil que siga os
seguintes procedimentos:

Identifique os materiais que já tem (por ex. materiais de aprendizagem, materiais de


ensino, actividades, planos de lição, tarefas e avaliações etc).

Em seguida, esboce um Plano de Aprendizagem e Avaliação. Deve lembrar-se de


que o número de horas normativas de aprendizagem disponíveis para a leccionação
do módulo inclui também a Avaliação e o tempo de trabalho independente do
candidato. A contagem de horas normativas poderá ser um pouco diferente no caso
de se combinar módulos ou integrar um módulo num outro. Isto pode ocorrer por
exemplo, durante a leccionação do Módulo de Saúde e Segurança, que pode estar
incluído num módulo prático.

Manual de Formação do Avaliador 20


O Anexo 5 fornece um exemplo de Plano de Ensino/ Aprendizagem e Avaliação,
para um Módulo de Engenharia. O Anexo 6, fornece uma folha em branco
destinada à Planificação que deve ser usada para esboçar um Plano de
Ensino/Aprendizagem e Avaliação para o módulo profissional que seleccionou
anteriormente.

Tarefa: Planificação da Aprendizagem, Ensino e Avaliação.

Em grupos de dois ou três, usando o Módulo Profissional anteriormente


seleccionado, esboce um Plano de Ensino/Aprendizagem e Avaliação usando
o modelo fornecido no Anexo 6.

6 Papel da Pessoa de Contacto no Centro

Em todas IEPs, Centros ou locais de trabalho onde for levada a cabo a Avaliação de
acordo com os Padrões Nacionais, deverá ser nomeada uma pessoa de Contacto
no Centro. Esta pessoa, será responsável perante a Unidade de Administração de
Qualificações, por toda a comunicação de e para o Centro/IEP/local de trabalho. Ela
será também responsável pela manutenção dos Registos e Avaliações dentro do
Centro. A pessoa de Contacto no Centro deve ser um membro sénior do quadro,
que possa assegurar que todo o pessoal, departamentos/secções sejam mantidos
informados sobre os regulamentos e procedimentos de Avaliação.

7 Papel do formador Avaliador

É provável que o formador responsável pela leccionação de um módulo particular,


seja quem provavelmente fará também a Avaliação. Ele deve pois assegurar que
aos candidatos sob sua responsabilidade, seja facultada a integração apropriada no
módulo e deve estar ciente de que pode ter que prever necessidades especiais, em
termos de instrumentos de avaliação ou outros aspectos afins, para certos
candidatos com características específicas diferentes da maioria. O formador
necessitará também de gerir o registo de evidência de Avaliação que cada
candidato irá acumular ao longo da sua formação. Este portefólio de Evidências de
Avaliação, deverá conter todas as provas ou outros registos de avaliação que o

Manual de Formação do Avaliador 21


candidato tiver realizado e deve ser mantido em segurança e mais tarde
disponibilizado aos Verificadores Internos e a qualquer Verificador Externo que
venha a visitar o Centro/IEP e deseje, por exemplo, tirar uma amostra dos padrões.

8 Papel do Candidato

O candidato precisa de reconhecer que na aprendizagem ou ao ser avaliado num


determinado módulo ou Qualificação, ele mesmo tem de assumir certas
responsabilidades. É portanto recomendável que lhe seja fornecida uma cópia do
módulo que está a frequentar, para que possa ver claramente o que vai aprender e
sobre o que vai ser avaliado, no final do tempo de estudo/formação. O candidato
poderá assim mapear o seu progresso e ver claramente que evidência adicional
poderá precisar de colher, para cumprir o módulo em questão.

9 Papel do Verificador Interno e Externo

É da responsabilidade do Verificador Interno assegurar a exactidão e fiabilidade das


Avaliações e dos julgamentos de Avaliação, entre os avaliadores e dentro da
IEP/Centro. A Verificação Interna é uma parte crucial do processo de controlo de
Qualidade que é gerido pelas IEPs/Centros.

A Verificação Externa, é a medida de Controlo de Qualidade usada para confirmar


que cada IEP/Centro, está a avaliar internamente os Módulos que lecciona, em
conformidade com os padrões nacionais. Assim, o Verificador Externo confirma se
as decisões de Avaliação são consistentes e conformes aos padrões nacionais,
tanto dentro de um Centro como entre os vários Centros.

10 Métodos de Avaliação

A base da Avaliação, é a geração, por parte do candidato, de Evidência suficiente


para mostrar que ele/a está a cumprir os critérios de Avaliação associados às
unidades e elementos de competência definidos para o módulo que se encontra a
frequentar. Esta Evidência é sujeita a julgamento e verificação por parte de

Manual de Formação do Avaliador 22


Avaliadores, para determinar se ela é suficiente para o candidato merecer
aproveitamento. Qualificações/Certificados Nacionais, são atribuídas aos candidatos
com base no alcance verificado das competências estabelecidas, conforme indicado
no diagrama constante na Figura 3 (abaixo).

Figura 3

Pelo Órgão de Administração


Certificação

Verificação Pelo Verificador

Julgamento de Evidência Pelo Avaliador

Recolha de Evidência

Geração de Evidência, (Histórica, no trabalho, nas


Pelo Candidato
tarefas estabelecidas, e ou enunciado)

11 Avaliação de Qualificações baseadas em competências/resultados

Nas etapas iniciais, é importante que os avaliadores se familiarizem com o(s)


módulo(s) a serem avaliado(s). Visto que o avaliador é normalmente também o
formador, ele será também responsável por orientar e tutorar o candidato para a
Avaliação. Este processo, é demonstrado resumidamente, na Figura 4.

Manual de Formação do Avaliador 23


Figura 4.
Conhecer o Módulo

Seleccionar os instrumentos de
Avaliação

Planificar a Avaliação

Recolher a Evidência

Avaliar a Evidência Fornecer


feedback ao
candidato sobre
a decisão
Registar a decisão relativa à
Avaliação

A Avaliação, pode ser genericamente dividida em: evidência de desempenho e de


conhecimento e compreensão, que pode ser resultado de uma observação directa
do trabalho ou de exemplos de trabalho, peças, projectos, etc. Tudo o que for
produzido neste contexto, deve corresponder ao que é normalmente exigido ou
encontrado no local de trabalho. Nos casos em que a formação para atingir estes
padrões tiver lugar antes do emprego, a evidência deve ser obtida através da
simulação do trabalho, peças, projectos ou relatórios que reflictam o que se pode
esperar numa situação normal de trabalho, numa determinada área profissional. A
evidência de conhecimento e compreensão, deve nortear a evidência de
desempenho e pode ser usada para apoiar o âmbito de aplicação (i.e. o
desempenho pode demonstrar a competência numa determinada área do âmbito de
aplicação e as técnicas de enunciado podem determinar se este desempenho pode
ser aplicado a outras áreas/situações, dentro do mesmo âmbito de aplicação.

Manual de Formação do Avaliador 24


Tanto para a Evidência de desempenho, como para a de conhecimento e
compreensão, será importante estabelecer suficiência, o que significa assegurar que
haja Evidência suficiente para afastar qualquer dúvida sobre se o candidato
respondeu aos critérios de desempenho relativos à competência e respectivo âmbito
de aplicação. Para evitar a insuficiência de Evidência ou demasiadas Avaliações, é
aconselhável ter um Plano de Avaliação.

Um Plano de Avaliação, ajuda a deteminar quando é que os instrumentos de


Avaliação deverão ser aplicados e a assegurar que seja obtida Evidência suficiente
para permitir que o candidato seja avaliado como tendo alcançado os resultados
esperados. Um Plano de Avaliação, assegura também que os candidatos não sejam
avaliados mais do que o necessário.

Um instrumento de Avaliação, é uma ferramenta destinada a avaliar a competência,


critérios de desempenho e âmbito de aplicação. É possível ter-se um único
instrumento de Avaliação, particularmente se este for relativo ao desempenho, mas
geralmente é adequado utilizar uma série de instrumentos de Avaliação, para cobrir
um determinado âmbito de desempenho. Por exemplo, onde os resultados estão
relacionados com o desempenho prático do candidato, o meio mais válido de

Manual de Formação do Avaliador 25


Avaliação é a observação directa (por um especialista da área a ser avaliada), das
capacidades (habilidades) práticas do candidato. Um exemplo de uma avaliação
largamente baseada no desempenho, é mostrado no Anexo 7.

O Anexo 7 , mostra um exemplo de Avaliação para o Módulo: Implementar Prática Básica de


Engenharia de Manutenção.
Ao examinar este exemplo, verá que a Avaliação é largamente baseada no desempenho e que se
recolhe Evidência de observação do candidato, realizando as actividades adequadas, numa
oficina. O pacote de Avaliação contém:
1. GUIA DO AVALIADOR (Não deve ser distribuído aos candidatos)
2. Resultado de Aprendizagem 1: Realizar procedimentos rotineiros de limpeza das
máquinas.
3. Resultado de Aprendizagem 2: Realizar manutenção de rotina numa variedade de
máquinas.
4. Resultado de Aprendizagem 3: Realizar pequenos ajustamentos de rotina nas máquinas.
5. Resultado de Aprendizagem 4: Trabalhar de forma segura e fiável.

As Avaliações são concebidas como elementos naturais e positivos no processo de


aprendizagem, possibilitando que seja dado de imediato ao candidato que está a ser
avaliado, o feedback necessário ao prosseguimento do seu processo de
aprendizagem.

Para assegurar que sejam seleccionados e aplicados3 instrumentos de Avaliação


eficazes, é importante verificar as Avaliações usando os seguintes critérios:
 As instruções ou perguntas são concisas, claras e gramaticalmente correctas.
 A linguagem das instruções ou perguntas é adequada ao nível de leitura do
candidato.
 As respostas a estas perguntas irão fornecer evidência essencial de que o
resultado foi alcançado.
 O Instrumento de Avaliação é isento de influência cultural ou de género.
 O Instrumento de Avaliação é consistente em estilo, conteúdo e contexto,
com as actividades de aprendizagem típicas usadas no módulo.
 O guia de respostas está correcto e corresponde aos requisitos do
Instrumento de Avaliação.

3
Os instrumentos de Avaliação a serem utilizados, deverão ser retirados de um Banco National de Avaliações,
mas podem ser melhorados pelo feed-back do Avaliador depois de os aplicar aos candadatos. Quaisquer
problemas de compreensão ou respostas incorrectas por parte dos candidatos, notificadas à UAQ, ajudarão a
actualizar as Avaliações aprovadas a nível nacional.

Manual de Formação do Avaliador 26


12 Requisitos Especiais de Avaliação

Em algumas ocasiões, os Avaliadores poderão ter de avaliar candidatos que exijam


requisitos especiais de avaliação, tais como:
 Candidatos que tenham, genuinamente, de sair a uma determinada altura
(por doença/maternidade etc.)
 Candidatos com diferenças culturais
 Candidatos com dificuldades físicas
 Candidatos com dificuldades linguísticas
 Candidatos com dificuldades de aprendizagem
 Candidatos que trabalhem por turnos que os impeçam de fazer determinadas
Avaliações ao mesmo tempo que os outros candidatos.

A primeira atenção a ter com todos os candidatos é identificar quaisquer requisitos


especiais que devem ser tomados em consideração durante a fase de Planificação
da Avaliação.

Por exemplo:
 Se um candidato tiver dificuldades visuais, isto pode exigir que qualquer
Avaliação escrita seja ampliada para que a Avaliação seja justa e razoável,
mas que não dê vantagem indevida ao candidato.
 Se um candidato tiver dificuldades na escrita, de tal forma que seja
necessário registar verbalmente as respostas para lhe dar mais tempo para
preenchimento de um teste escrito, assim pode ser acordado.
 Se um candidato tiver dificuldades de audição e forem necessárias instruções
verbais como parte da Avaliação, pode ser apropriado arranjar alguém que
possa comunicar com ele em linguagem gestual.
 Se um candidato for canhoto e tiver dificuldades em operar uma máquina ou
equipamento que tenha todos os seus comandos do lado direito, pode ser
necessário fazer concessões. Isto é também aplicável a certos candidatos de
estatura demasiado alta ou baixa.

É importante ter em atenção que os requisitos especiais de Avaliação podem


assumir variadas formas, para além das deficiências físicas ou outras. Porém, onde

Manual de Formação do Avaliador 27


forem identificadas necessidades especiais, estas devem ser discutidas e quaisquer
alterações na Avaliação acordadas com o Verificador Interno e Externo. Será
necessário assegurar que qualquer alteração à Avaliação, não reduz o nível de
competência a ser medido.

13 Simulações

É importante que os Avaliadores reconheçam que nem sempre é possível para o


candidato ser avaliado no local de trabalho, desempenhando tarefas e actividades
reais. Nestes casos, as Avaliações deverão usar simulações, como meio de
verificação da competência. A principal consideração antes da recolha de Evidência
de desempenho e produto de uma simulação, é a criação do próprio ambiente de
simulação.

Os principais pontos que devem ser satisfeitos são:


 O equipamento e as instalações usadas devem ser apropriadas e “reais” e
corresponderem ao ambiente normal de produção ou trabalho.
 Os materiais devem ser similares aos que seriam usados no local de
trabalho.
 O trabalho produzido deve tentar ter uma aplicação real e não ser um produto
irrelevante, apenas resultado de um exercício.
 O ambiente e as pressões a ele associadas, correspondem ao que se pode
esperar num local normal de trabalho (i.e. velocidade, procedimentos de
qualidade, tamanhos dos conjuntos etc).

14 Reconhecimento das Competências Adquiridas (RCA)

O reconhecimento das competências adquiridas anteriormente (RCA) dá ao


candidato a possibilidade de obter crédito para uma competência pré-existente,
adquirida através de aprendizagem, experiência e emprego anterior. Isto significa
que ele não precisa de frequentar formação adicional em áreas em que já seja
competente e é encorajado a procurar aprendizagem e Avaliação adicionais,
conducentes a Qualificações completas.

Manual de Formação do Avaliador 28


A Evidência de aprendizagem anterior pode provir de:
 Emprego e experiência no local de trabalho
 Estudo independente e auto-direccionado, através de vários meios
 Cursos por correspondência, aulas informais, cursos de curta duração,
ensino à distância etc.
 Experiência em outras actividades diferentes para além do emprego
(hobbies, etc).

Quando um candidato deseja reivindicar o reconhecimento da aprendizagem


anterior, deve preparar um portefólio de Evidências que sustente a sua
reivindicação. Este pode incluir certificados, testemunhos, referências do
empregador, objectos fabricados, entre outras evidências.

Frequentemente, durante o processo de Avaliação dos candidatos que reivindicam o


reconhecimento de aprendizagem anterior, constata-se que há alguns elementos de
competência, critérios de desempenho ou áreas do âmbito de aplicação, que não
foram cobertos. Nestes casos o Avaliador, pode ajudar o candidato na identificação
de Evidências e onde forem identificadas lacunas de Evidência, ele pode fornecer
ao candidato:
 Avaliação acelerada, para confirmar a competência.
 Programa de formação de curta duração, para completar as áreas de
competência em falta (por ex. conhecimento, habilidades, etc).

Qualquer que seja o caso, é importante ter em conta que, para não comprometer os
padrões de Qualidade definidos, o Avaliador só deve acreditar por completo na
competência do candidato, caso esteja disponível Evidência suficiente e actual que
a comprove.

15 Fornecimento de feedback aos candidatos

A qualquer momento o formador/avaliador pode ser convidado a fornecer o seu


feed-back a um candidato sobre a sua aprendizagem e Avaliações. Durante a
formação, a maior parte do feed-back será verbal, e deve ser construtivo, no sentido

Manual de Formação do Avaliador 29


de apoiar o progresso do candidato. Quando uma avaliação estiver concluída, deve
ser usada uma ficha individual de rastreio (Anexo 10) que providenciará Evidência
de que o candidato alcançou o resultado de aprendizagem requerido e deve ser
fornecido o respectivo feedback, por escrito, aos candidatos. Isto é um processo
simples se um candidato tiver alcançado o resultado de aprendizagem. Se ainda
não o tiver alcançado, então é importante indicar o que o candidato ainda deve fazer
para alcançar o padrão exigido e completar o módulo. Por exemplo, pode acontecer
que o candidato precise de praticar uma actividade para alcançar a velocidade
exigida, ou concluir uma tarefa que não está totalmente executada de acordo com o
padrão exigido, etc.

Se o Avaliador encontrar um erro numa prova escrita, mas estiver convicto de que o
candidato conhece a resposta, é perfeitamente permissível que ele convide o
candidato para uma breve entrevista oral, que deverá ser sempre registada na ficha
do processo individual. Se o candidato convencer o Avaliador de que domina
totalmente a resposta, o Avaliador deverá fazer uma anotação, explicando a forma
de evidência usada e deve, a seguir, corrigir a Avaliação, indicando o que foi
alcançado pelo candidato. Isto irá evitar a realização, novamente, de uma Avaliação
completa.

16 Processo de Revisão da Avaliação do Candidato

É importante que todos os candidatos, uma vez avaliados, sejam informados sobre
qualquer processo de revisão dos resultados que se venha eventualmente a
realizar. Os pedidos de revisão por parte dos candidatos não serão frequentes, visto
que estes geralmente estão bem cientes de onde é que têm evidência insuficiente
para justificar um aproveitamento. Porém, pode acontecer que, após uma avaliação,
o avaliador tenha fornecido feedback inadequado a um candidato e este sinta que a
decisão relativa a esta Avaliação não é justificada ou que ela é injusta. Neste caso,
deve-se seguir o procedimento indicado no Anexo 8 e o candidato deve preencher
o formulário de pedido de revisão constante do Anexo 9.

Manual de Formação do Avaliador 30


17 Sistema de Avaliação e Verificação

Os dois diagramas abaixo (Figuras 5 e 6), mostram como as Avaliações são


examinadas, verificadas e notificadas para Certificação.

Em primeiro lugar, exige-se que todas as Avaliações concluídas sejam verificadas


por um Verificador Interno (V.I.). Os Verificadores Internos podem também ser
avaliadores, mas avaliando candidatos diferentes dentro da mesma IEP ou Centro.
O papel do Verificador Interno é verificar se as avaliações são conduzidas
correctamente, de acordo com os regulamentos e directrizes nacionais. Os
Verificadores Internos serão formados de acordo com um padrão nacional de
competência.

Será levado a cabo um processo adicional de verificação, por um verificador externo


nomeado pela UAQ. Este será responsável pela monitoria dos sistemas e processos
da IEP/Centro, bem como das amostras das Avaliações dos candidatos. Caberá ao
Verificador Externo (V.E.), em nome da UAQ, confirmar ou rejeitar as decisões das
Avaliações levadas a cabo pelos Centros. Caso confirme as decisões do Centro, o
Verificador Externo deverá ter toda a documentação de Avaliação registada, que
será posteriormente submetida à UAQ para aprovação. A UAQ, tomará então as
acções necessárias relativas à certificação. Se o Verificador Externo encontrar
qualquer inconsistência nas decisões e processos do Centro relativos às
Avaliações, deverá fornecer resposta escrita ao Centro, indicando onde existem
problemas e que medidas ou acções o Centro deve levar a cabo para satisfazer os
padrões nacionais.

Manual de Formação do Avaliador 31


Figura 5.
Qualificações
Profissionais Nacionais Centros de Avaliação,
ex. IEP’s, Centros de Formação,

Aprovar (Provedores Privados de Fornmação?)


Centros
Unidade de Órgão de
Competênci
ca Padrão Administração
de Seleccionar
Qualificação

Coordenador/ Verificador
Interno (para gerir o Centro de
Avaliação/ Fazer a ligação
com o OAQ e apoiar o
Verificadores Externos Manter os pessoal
Padrões Seleccionar

Avaliadores e /ou local de trabalho


Avaliadores e, se apropriado,
Conselheiros.

Avaliar

Candidats/Candidatas

Figura 6.

Manual de Formação do Avaliador 32


ANEXOS

Manual de Formação do Avaliador 33


Anexo 1: Registo da Unidade de Competência

Título da Unidade Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças nas culturas usando
de Competência pesticidas e pulverizadores manuais
Descrição da Unidade de Competência:
Após a conclusão desta unidade, os candidatos deverão ser capazes de identificar as principais pragas e
doenças que danificam as culturas em Moçambique, os sintomas e danos que causam às culturas e as
formas de monitorar e relatar a sua ocorrência. Os candidatos, deverão ainda ser capazes de realizar a
aplicação de pesticidas para o controlo de pragas, doenças e infestantes, usando pulverizadores
manuais, de forma adequada e segura.
Código: UC AGR013009 Nível do 3
QNQP:
Campo: Agricultura e Conservação da Sub Campo: Produção Agrícola e Pecuária
Natureza
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:

Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação


Competência
1. Demonstrar a) Diferencia os grupos principais de Os principais grupos de pragas
compreensão sobre pragas, através da observação das associados às as culturas
as características e suas características morfológicas. incluem: insectos mastigadores
biologia dos principais b) Explica o ciclo de vida geral das (gafanhotos, lagartas, gorgulhos
grupos de pragas e principais pragas e a sua relação com e escaravelhos, moscas,
doenças das culturas as estações do ano e as fases de térmites), insectos sugadores,
desenvolvimento das plantas. ácaros, ratos e pássaros.
c) Diferencia os principais grupos de
doenças. As características morfológicas
das pragas incluem: divisão do
corpo, número e tipo de patas,
d) Explica o ciclo da doença e a sua tipos de peças bucais e antenas
relação com as estacões do ano e as , tipos de asas.
fases de desenvolvimento das plantas.
e) Demonstra compreensão sobre os
efeitos dos factores ambientais no Os principais grupos de doenças
desenvolvimento de pragas e incluem: bactérias, fungos, vírus,
doenças. nematodos, doenças fisiológicas.
f) Explica as diferenças entre pragas e
inimigos naturais e discute o efeito dos Os métodos de observação de
inimigos naturais. pragas e doenças incluem mas
Evidências Requeridas não estão limitados a:
Evidência por escrito/oral macroscocópicos, lupa manual.
Evidencia escrita de que o candidato:
a) lista os principais grupos de pragas e Os principais inimigos naturais
descreve as suas principais incluem: predadores (joaninhas,
características morfológicas. lagartas, aranhas, crisopas,
b) descreve os principais grupos de libélulas), parasitas (vespas) e
doenças, principais características e fungos
sintomas relacionados.
c) descreve gráficamente os ciclos de vida As estações do ano incluem:
dos principais grupos de pragas e época das chuvas e época seca.
doenças, relacionando-os com as
estacões climáticas e os estágios de As fases de desenvolvimento
desenvolvimento da planta. das plantas incluem: vegetativa,
d) discute os efeitos ambientais no floração frutificação e maturação.

Manual de Formação do Avaliador 34


Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
desenvolvimento de pragas e doenças.
e) explica as diferenças entre inimigos
naturais e pragas.

Os factores ambientais incluem:


temperatura, precipitação,
humidade, inimigos naturais,
disponibilidade e qualidade do
alimento.

As culturas incluem mas não


estão limitadas a:
5 culturas principais na região,
quer na agricultura familiar quer
na empresarial.
2. Identificar e a) Descreve os principais sintomas e Os sintomas causados por
descrever as pragas e danos causados pelas pragas e pragas incluem mas não estão
doenças e sintomas que doenças e associa-os com os limitados a: roeduras, tuneis,
causam, nas culturas principais grupos de pragas e descolorações, perfurações,
principais da região doenças. galhas, deformações nas folhas,
b) Identifica as principais pragas e nos caules, nas raízes, flores e
doenças das culturas da região. frutos.
c) Reconhece pelo nome vulgar as
pragas e doenças mais comuns nas Os sintomas causados por
culturas da região. doenças incluem mas não estão
Evidências Requeridas limitados a: pontuações, murcha,
Produto descoloração, morte apical,
O candidato produz uma colecção de, formação de resina, nas folhas,
pelo menos 10 plantas doentes, 10 pragas nos caules, nas raízes, flores e
e 5 inimigos naturais, em 5 diferentes frutos.
culturas, identificadas pelo nome vulgar,
sintoma e danos causados à planta e As culturas incluem mas não
principal grupo de praga ou doença a que estão limitadas a:
pertence. 5 culturas principais na região,
quer na agricultura familiar quer
na empresarial.
3. Monitorar, registar e a) Explica a importância e significado de A monitoria inclui mas não está
reportar as pragas e monitoria e registo das pragas e limitada a: culturas (plantas),
doenças num campo doenças. armadilhas, solo, plantas
agrícola específico b) Explica o processo de monitoria de infestantes.
pragas e doenças num campo
agrícola. O processo de monitoria inclui:
c) Observa plantas e distingue uma selecção da amostra,
planta sã de uma doente e um dano observação da amostra,
antigo de um recente. identificação de sintomas e
d) Reconhece os sintomas ou organismos presentes, contagem
organismos que estão a causar danos e registo.
significativos à cultura.
e) Regista a ocorrência de pragas e Os registos de ocorrência
doenças, na ficha de observação. incluem: contagem de indivíduos
f) Colecta pragas e plantas doentes e presentes por planta, contagem
reporta sintomas não familiares. visual de indivíduos presentes
g) Calcula a ocorrência média numa em diferentes tipos de
cultura, de pragas e doenças. armadilhas (à base de
Evidências Requeridas ferromonas e outras ), contagem

Manual de Formação do Avaliador 35


Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
Evidencia por escrito/oral de plantas infestantes e
Evidência escrita de que o candidato definição do nível de severidade
explica a importância e significado da dos sintomas presentes.
monitoria. Deve ainda explicar o processo
de monitoria de pragas e doenças. Reporte de pragas: verbal e
escrito.
Demonstração
O candidato realiza correctamente um As culturas incluem mas não
processo de monitoria num campo do estão limitadas a:
sector familiar e num campo agrícola de 5 culturas principais na região,
uma empresa, para uma determinada quer na agricultura familiar quer
praga e uma doença, incluindo um na empresarial.
relatório sobre como foi feita a selecção
das plantas, a ficha de observação
correctamente preenchida e os cálculos
da ocorrência média no campo.
4. Demonstrar a) Descreve os principais grupos de Os grupos de pesticidas incluem:
compreensão sobre os pesticidas e suas características. insecticidas, acaricidas,
principais grupos de b) Demonstra compreensão sobre a herbicidas, fungicidas, raticidas,
pesticidas e respectivos classificação dos pesticidas de acordo nematicidas, moluscicidas,
usos com a sua toxicidade em relação à pesticidas orgânicos.
substância activa.
c) Demonstra compreensão sobre os Os pesticidas incluem aqueles
efeitos que os diferentes tipos de que estão disponíveis
pesticidas têm sobre as pragas, saúde comercialmente em
humana e meio ambiente. Moçambique, para uso
d) Descreve os tipos de formulações de doméstico e empresarial agrícola
pesticidas, os seus usos e os riscos
associados com cada um deles. A classificação de acordo com a
e) Demonstra compreensão sobre os toxicidade inclui: não – tóxico
riscos no uso dos pesticidas. (classe IV, rótulo verde), pouco
f) Selecciona as medidas de protecção e tóxico (classe III, rótulo azul),
segurança adequadas. medianamente tóxico (classe II,
Evidências Requeridas rótulo amarelo) e muito tóxico
Evidência por escrito/oral (classe I – rótulo vermelho).
Evidência escrita de que o candidato: a)
descreve os principais grupos de Toxicidade refere-se à dose letal
pesticidas e grupos de pragas que cada da substância activa presente no
um controla, pesticida.
b) define correctamente os termos
pesticida, toxicidade e substância activa. As formulações incluem mas não
c) descreve as várias classes de estão limitados a: pós, emulsões,
toxicidade dos pesticidas e discute os granulos, iscos e fumigantes.
efeitos que podem ter nas pragas, na
saúde humana e no ambiente. Os riscos associados incluem:
d) descreve os vários tipos de formulação saúde humana, contaminação do
dos pesticidas e discute os efeitos que meio ambiente.
cada um deles tem sobre as pragas,
saúde humana e ambiente. As medidas de segurança
e) descreve os riscos associados ao uso incluem: armazenamento,
dos pesticidas em função do seu tipo e as transporte e manuseamento
consequências do uso não seguro dos seguro dos pesticidas, remoção
pesticidas para a saúde humana e para o de animais domésticos do local
ambiente. de preparação e aplicação; evitar
f) enumera os procedimentos para a contaminação da água e do
armazenar e transportar em segurança solo, evitar drift de pesticidas
pesticidas. para zonas não objecto de
controlo.

Manual de Formação do Avaliador 36


Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
Demonstração
O candidato selecciona as medidas de As medidas de protecção
segurança e de protecção pessoal a usar pessoal incluem: uso de roupa
para 5 casos concretos de diferentes tipos protectora (corpo cabeça, face,
de pesticidas e formulações. mãos e pés), lavagem das mãos,
Em grupo, os candidatos dramatizam uma lavagem e substituição de roupa
situação de emergência e as acções protectora contaminada, não
adequadas, de acordo com os comer, beber e fumar durante
procedimentos. manuseamento dos pesticidas.

As emergências incluem mas


não estão limitadas: intoxicação
acidental, incêndios, derrames
acidentais de pesticidas.
5. Preparar a aplicação a) Identifica informação importante nos A informação a identificar nos
de pesticidas usando rótulos dos pesticidas e interpreta o rótulos deve incluir: toxicidade,
pulverizadores manuais significado da mesma. formulação, organismos que
b) Descreve os tipos de pulverizadores controla e dose.
manuais e os seus diferentes usos.
c) Selecciona o local de preparação do Os pulverizadores manuais
pulverizador e da calda de acordo com incluem: pulverizador a pressão
os procedimentos de segurança com jacto lançado (pulverizador
estabelecidos. costal manual), pulverizadores a
d) Selecciona o pulverizador adequado pilhas com discos rotativos
ao tipo de organismo a controlar e à manual e costal (micron ulva e
formulação. micron ulva plus), polvilhadora
e) Prepara e calibra o pulverizador costal manual.
manual.
f) Calcula a quantidade de pesticida e Preparar e calibrar o
água a misturar com base nas pulverizador inclui: confirmar
recomendações dos rótulos e a correcto funcionamento dos
capacidade do pulverizador. bicos, confirmar inexistência de
g) Prepara a calda usando as medidas de perdas de produto, medir
protecção pessoal e de segurança quantidade de calda que o
estabelecidas. pulverizador descarrega por
Evidências Requeridas unidade de área, a uma pressão
e deslocação constante.
Evidencia por escrito/oral
Evidência escrita de que o candidato
descreve os tipos de pulverizadores
manuais e respectivos usos.

Demonstração:
O candidato, perante uma determinada
área, cultura e praga, doença e infestante,
e um grupo de pesticidas e pulverizadores
disponíveis:
a) lê o rótulo dos pesticidas, b) escolhe o
pesticida adequado à situação;
c) identifica os riscos de aplicação do
pesticida para o ambiente, e a saúde
humana; d) escolhe o pulverizador
adequado;
e) calibra o pulverizador;
f) calcula quantidade do pesticida a
aplicar;
g) usa o equipamento de protecção
individual adequado;

Manual de Formação do Avaliador 37


Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
h) simula a mistura do pesticida e água no
tanque do pulverizador.
5. Aplicar pesticidas a) Aplica o pesticida eficientemente, As técnicas de aplicação
usando pulverizadores usando as técnicas e critérios de incluem: aplicação localizada,
manuais aplicação e as normas de segurança aplicação de cobertura total,
adequadas para o controlo de pragas aplicação pré-emergência e pós-
e doenças. emergência.
b) Selecciona e usa medidas de
segurança e o material de protecção Os critérios de aplicação
adequados. incluem: velocidade de
c) Identifica problemas e ocorrências fora deslocação do operador, altura
do normal e reporta sobre o processo do bico, ritmo de bombagem,
e os resultados ao supervisor. direcção do movimento do
d) Elimina embalagens vazias e restos operador.
de produtos de acordo com os
procedimentos de segurança Os pulverizadores manuais
estabelecidos no local de trabalho. incluem: pulverizador a pressão
e) Limpa os pulverizadores manuais e o com jacto lançado (pulverizador
material de protecção após o seu uso costal manual), pulverizadores a
e guarda-o de acordo com pilhas com discos rotativos
procedimentos de segurança manual e costal (micron ulva e
estabelecidos no local de trabalho. micron ulva plus), polvilhadora
f) Armazena os pesticidas de acordo costal manual
com as normas de segurança.
g) Reporta avarias nos pulverizadores
manuais ao supervisor. As medidas de higiene pessoal
h) Segue medidas de higiene pessoal incluem: uso de roupa protectora
durante e após a aplicação dos (corpo cabeça, face, mãos e
pesticidas. pés), lavagem das mãos,
Evidências Requeridas lavagem e substituição de roupa
protectora contaminada, não
Evidência por escrito/oral
comer, beber e fumar durante a
Evidência escrita de que o candidato:
limpeza, eliminação e
a) descreve o processo de aplicação de
armazenamento do
um pesticida e discute as consequências
equipamento, material e
de não usar medidas de segurança e de
pesticidas.
protecção.
b) descreve os processos de eliminação
adeuqada de restos de produtos
c) descreve o processo de limpeza e
armazenamento dos pulverizadores e
material de protecção
d) descreve as medidas de higiene
pessoal que deve seguir durante e após
a aplicação de pesticidas.

Demonstração
O candidato simula a aplicação de 1
insecticida e um fungicida numa cultura,
para 1 tipo de pulverizador, usando as
técnicas e critérios adequados.

Manual de Formação do Avaliador 38


Anexo 2: Informação Geral do Módulo

Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das


culturas usando pesticidas e pulverizadores manuais
Código do módulo: MO AGR013009

Data da validação:

Nível do QNQP: 3

Número de créditos: 6

a
Requisitos de inscrição no Conclusão com êxito da 10 classe ou certificado profissional 2
módulo: em Agricultura

Progressão: A conclusão com êxito deste módulo, é necessária para a


inscrição em todos os módulos do certificado profissional 4 em
Agro-Pecuária.

Introdução ao módulo: Após a conclusão deste módulo, os estudantes deverão ser


capazes de identificar as principais pragas e doenças que
danificam as culturas no campo, os sintomas e danos que
causam às culturas e as formas de as monitorar e relatar a sua
ocorrência. Deverão ainda capazes de realizar a aplicação de
pesticidas para o controlo de pragas, doenças e infestantes,
usando pulverizadores manuais, de uma forma adequada e
segura .
Resumo dos resultados:
deaprendizagem:

1. Demonstrar compreensão sobre as características e


biologia dos principais grupos de pragas e doenças das
culturas
2. Identificar e descrever as pragas e doenças e sintomas
que estas causam nas culturas principais da região
3. Monitorar, registar e reportar as pragas e doenças
predominantes, num campo agrícola específico.
4. Demonstrar compreensão sobre os principais grupos de
pesticidas e seus usos.
5. Preparar a aplicação de pesticidas usando pulverizadores
manuais.
6. Aplicar pesticidas usando pulverizadores manuais.

Manual de Formação do Avaliador 39


Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das culturas,
usando pesticidas e pulverizadores manuais.

Resultado de aprendizagem Demonstrar compreensão sobre as características e


1: biologia dos principais grupos de pragas e doenças das
culturas.
Critérios de desempenho:

(a) Diferencia os principais grupos de pragas através da


observação das suas características morfológicas.

(b) Explica o ciclo de vida geral das principais pragas e a sua


relação com as estações do ano e as fases de desenvolvimento
das plantas.
(c) Diferencia os principais grupos de doenças.
(d) Explica o ciclo da doença e a sua relação com as estações do
ano e as fases de desenvolvimento das plantas.
(e) Demonstra compreensão sobre os efeitos dos factores
ambientais no desenvolvimento de pragas e doenças.
(f) Explica as diferenças entre pragas e inimigos naturais e discute
o efeito dos inimigos naturais.
Contextos de aplicação:

Os principais grupos de pragas associados às culturas incluem:


insectos mastigadores (gafanhotos, lagartas, gorgulhos e
escaravelhos, moscas, térmites), insectos sugadores, ácaros,
ratos e pássaros.
Características morfológicas das pragas incluem: divisão do
corpo, número e tipo de patas, tipos de peças bucais e antenas,
tipos de asas
Principais grupos de doenças incluem: bactérias, fungos, vírus,
nematodos, doenças fisiológicas.
Métodos de observação de pragas e doenças incluem mas não
estão limitados a: macroscocópicos, lupa manual.
Principais inimigos naturais incluem mas não estão limitados a:
predadores (joaninhas, lagartas, aranhas, crisopas e libélulas),
parasitas (vespas) e fungos.
Estações do ano incluem: época das chuvas e época seca.
Fases de desenvolvimento das plantas incluem: vegetativa,
floração, frutificação e maturação.
Factores ambientais incluem: temperatura, precipitação,
humidade, inimigos naturais, disponibilidade e qualidade do
alimento.
Culturas incluem mas não estão limitadas a: 5 culturas
principais na região quer na agricultura familiar quer na
empresarial.

Evidências requeridas:

Manual de Formação do Avaliador 40


Evidência escrita que o candidato:
a) lista os principais grupos de pragas e descreve as suas
principais características morfológicas.
b) descreve os principais grupos de doenças, principais
características e sintomas relacionados
c) descreve graficamente os ciclos de vida dos principais
grupos de pragas e doenças em relação com as estacões
climáticas e os estágios de desenvolvimento da planta
d) discute os efeitos ambientais no desenvolvimento de pragas
e doenças
e) explica as diferenças entre inimigos naturais e pragas.

Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das


culturas usando pesticidas e pulverizadores manuais

Resultado de aprendizagem Identificar e descrever as pragas e doenças e sintomas que


2: causam nas culturas principais da região

Critérios de desempenho:

(a) Descreve os principais sintomas e danos causados por cada


grupo de pragas e doenças e associa-os aos respectivos
grupos.
(b) Identifica as principais pragas e doenças das culturas da região
(d) Reconhece pelo nome vulgar as doenças mais comuns nas
culturas da região.
Contextos de aplicação:
Sintomas causados por pragas incluem, mas não estão
limitados a: roeduras, túneis, descolorações, perfurações,
galhas, deformações nas folhas, caules, raízes, flores e frutos.
Sintomas causados por doenças incluem mas não estão
limitados a: pontuações, murcha, descoloração, morte apical,
formação de resina nas folhas, caules, raízes, flores e frutos.
Culturas incluem mas não estão limitadas a: 5 culturas
principais na região, quer na agricultura familiar, quer na
empresarial

Evidências requeridas:
Produto
O candidato produz uma colecção de pelo menos 10 plantas
doentes, 10 pragas e 5 inimigos naturais, em 5 diferentes
culturas, identificadas pelo nome vulgar, sintoma e danos
causados à planta e principal grupo de praga ou doença a que
pertence

Manual de Formação do Avaliador 41


Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das
culturas usando pesticidas e pulverizadores manuais

Resultado de aprendizagem Monitorar, registar e reportar as pragas e doenças


3: predominantes num campo agrícola específico

Critérios de desempenho:

(a) Explica a importância e significado da monitoria e registo das


pragas e doenças.
(b) Explica o processo de monitoria de pragas e doenças num
campo agrícola.
(c) Observa plantas e distingue uma planta sã de uma doente e um
dano antigo de um recente
(d) Reconhece os sintomas ou organismos que estão a causar
danos significativos à cultura.
(e) Regista a ocorrência de pragas e doenças na ficha de
observação.
(f) Colecta pragas e plantas doentes e reporta sintomas não
familiares.
(g) Calcula a ocorrência média numa cultura, de pragas, e
doenças.
Contextos de aplicação:
Monitoria inclui mas não está limitada a: culturas (plantas),
armadilhas, solo, plantas infestantes.
Processo de monitoria inclui: selecção da amostra, observação
da amostra, identificação de sintomas e organismos presentes,
contagem e registo
Registos de ocorrência incluem: contagem de indivíduos
presentes por planta, contagem visual de indivíduos presentes
em diferentes tipos de armadilhas (à base de ferromonas, e
outras), contagem de plantas infestantes e definição do nível de
severidade dos sintomas presentes.
Reporte de pragas: verbal e escrito
Culturas incluem mas não estão limitadas a: 5 culturas
principais na região, quer na agricultura familiar, quer na
empresarial
Evidências requeridas:
Evidencia escrita/oral
Evidência escrita que o candidato explica a importância e
significado da monitoria. Deve ainda explicar o processo de
monitoria de pragas e doenças.
Demonstração
O candidato realiza um processo de monitoria correctamente,
num campo do sector familiar e num campo agrícola de uma
empresa, para uma determinada praga e uma doença, incluindo
um relatório sobre como foi feita a selecção das plantas, a ficha
de observação correctamente preenchida e os cálculos da
ocorrência média no campo.

Manual de Formação do Avaliador 42


Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das
culturas usando pesticidas e pulverizadores manuais.

Resultado de aprendizagem Demonstrar compreensão sobre os principais grupos de


4: pesticidas e respectivos usos.

Critérios de desempenho:

(a) Descreve os principais grupos de pesticidas e suas


características.
(b) Demonstra compreensão sobre a classificação dos pesticidas,
de acordo com a sua toxicidade em relação à substância
activa.
(c) Demonstra compreensão sobre os efeitos dos diferentes tipos
de pesticidas sobre as pragas, saúde humana e meio ambiente.
(d) Descreve os tipos de formulações de pesticidas, os seus usos e
os riscos associados a cada um deles.
(e) Demonstra compreensão sobre os riscos no uso dos pesticidas.
(f) Selecciona as medidas de protecção e segurança adequadas.
Contextos de aplicação:
Grupos de pesticidas incluem mas não estão limitados a:
insecticidas, acaricidas, herbicidas, fungicidas, raticidas,
nematicidas, moluscicidas, pesticidas orgânicos
Pesticidas, incluem aqueles que estão disponíveis
comercialmente em Moçambique para uso doméstico e
empresarial agrícola
Classificação de acordo com a toxicidade inclui: não – tóxico
(classe IV, rótulo verde), pouco toxicos (classe III, rótulo azul),
medianamente tóxico (classe II, rótulo amarelo) e muito tóxico
(classe I – rótulo vermelho).
Toxicidade refere-se à dose letal da substância activa presente
no pesticida.
Formulações incluem mas não estão limitadas a: pós,
emulsões, grânulos, iscos e fumigantes.
Riscos associados incluem: saúde humana, contaminação do
meio ambiente.
Medidas de segurança incluem: armazenamento, transporte e
manuseamento seguro dos pesticidas; remoção de animais
domésticos do local de preparação e aplicação; evitar a
contaminação da água e do solo; evitar drift de pesticidas para
zonas não objecto de controlo.
Medidas de protecção pessoal incluem: uso de roupa protectora
(corpo cabeça, face, mãos e pés), lavagem das mãos, lavagem
e substituição de roupa protectora contaminada, não comer,
beber e fumar durante manuseamento dos pesticidas.
Emergências incluem mas não estão limitadas a: intoxicação
acidental, incêndios, derrames acidentais de pesticidas.

Evidências requeridas:

Manual de Formação do Avaliador 43


Evidência por escrito/oral
Evidência escrita que o candidato:
a) Descreve os principais grupos de pesticidas, e grupos de
pragas que cada um dos pesticidas controla.
b) Define correctamente os termos pesticida, toxicidade e
substância activa
c) Descreve as várias classes de toxicidade dos pesticidas e
discute os efeitos que estes podem ter nas pragas, na saúde
humana e no ambiente.
d) Descreve os vários tipos de formulação dos pesticidas e
discute os efeitos que cada um deles tem sobre as pragas, a
saúde humana e o ambiente.
e) Descreve os riscos associados ao uso dos pesticidas, em
função dos seus tipos e as consequências do uso não seguro
destes para a saúde humana e para o ambiente
f) Enumera os procedimentos para armazenar e transportar em
segurança pesticidas.

Demonstração:
O candidato selecciona as medidas de segurança e de
protecção pessoal a usar nos 5 casos concretos de diferentes
tipos de pesticidas e formulações.
Em grupo, os candidatos dramatizam uma situação de
emergência e as acções adequadas, de acordo com os
procedimentos.

Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das culturas


usando pesticidas e pulverizadores manuais.

Resultado de aprendizagem Preparar a aplicação de pesticidas usando pulverizadores


5: manuais.

Critérios de desempenho:

(a) Identifica informação importante nos rótulos dos pesticidas e


interpreta o significado da mesma.
(b) Descreve os tipos de pulverizadores manuais e os seus
diferentes usos.
(c) Selecciona o local de preparação do pulverizador e da calda, de
acordo com os procedimentos de segurança estabelecidos.
(d) Selecciona o pulverizador adequado ao tipo de organismo a
controlar e à formulação.
(e) Prepara e calibra o pulverizador manual.
(f) Calcula a quantidade de pesticida e água a misturar, com base
nas recomendações dos rótulos e na capacidade do
pulverizador.
(g) Prepara a calda usando as medidas de protecção pessoal e de
segurança estabelecidas.
Contextos de aplicação:
A informação a identificar nos rótulos deve incluir: toxicidade,
formulação, organismos que controla e dose
Pulverizadores manuais incluem: pulverizador a pressão com
jacto lançado (pulverizador costal manual), pulverizadores a
pilhas com discos rotativos manual e costal (micron ulva e
micron ulva plus), polvilhadora costal manual.

Manual de Formação do Avaliador 44


Preparar e calibrar o pulverizador inclui: confirmar correcto
funcionamento dos bicos, confimar inexistência de perdas de
produto, medir quantidade de calda que pulverizador
descarrega por unidade de área, a uma pressão e deslocação
constante
Evidências requeridas:
Evidência por escrito/oral
Evidência escrita que o candidato descreve os tipos de
pulverizadores manuais e respectivos usos.
Demonstração
O candidato, perante uma dada área, cultura/ praga, doença/
infestante e um determinado grupo de pesticidas/
pulverizadores disponíveis:
a) Lê o rótulo dos pesticidas.
b) Escolhe o pesticida adequado à situação; c) identifica os
riscos de aplicação do pesticida para o ambiente, e a saúde
humana.
d) Escolhe o pulverizador adequado
e) Calibra o pulverizador
f) Calcula quantidade do pesticida a aplicar; g) Usa o
equipamento de protecção individual adequado.
h) Simula a mistura do pesticida e água no tanque do
pulverizador.

Título do módulo: Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das


culturas usando pesticidas e pulverizadores manuais

Resultado de aprendizagem Aplicar o pesticida usando pulverizadores manuais


6:
Critérios de desempenho:

(a) Aplica o pesticida eficientemente, usando as técnicas e critérios


de aplicação, bem como as normas de segurança adequadas,
para o controlo de pragas, doenças e infestantes.
(b) Selecciona e usa medidas de segurança e material de
protecção adequados.
(c) Identifica problemas e ocorrências fora do comum e reporta
sobre o processo e os resultados ao supervisor.
(d) Elimina embalagens vazias e restos de produtos, de acordo
com procedimentos de segurança estabelecidos no local de
trabalho.
(e) Limpa os pulverizadores manuais e o material de protecção,
após o seu uso, e guarda-os de acordo com procedimentos de
segurança estabelecidos no local de trabalho.
(f) Armazena os pesticidas de acordo com as normas de
segurança.
(g) Reporta avarias nos pulverizadores manuais ao supervisor.

(h) Segue as medidas de higiene pessoal, durante e após a


aplicação dos pesticidas
Contextos de aplicação:
Técnicas de aplicação incluem: aplicação localizada; aplicação
de cobertura total; aplicação pré-emergência e pós-emergência.
Critérios de aplicação incluem: velocidade de deslocação do
operador, altura do bico, ritmo de bombagem, direcção do
movimento do operador.

Manual de Formação do Avaliador 45


Pulverizadores manuais incluem: pulverizador a pressão com
jacto lançado (pulverizador costal manual); pulverizadores a
pilhas com discos rotativos (manual e costal -micron ulva e
micron ulva plus); polvilhadora costal manual.
Medidas de higiene pessoal incluem: o uso de roupa protectora
(corpo, cabeça, face, mãos e pés); lavagem das mãos; lavagem
e substituição de roupa protectora contaminada; não comer,
beber e fumar durante a limpeza; eliminação e armazenamento
do equipamento, material e pesticidas.
Evidências requeridas:
Evidência por escrito/oral
Evidência escrita que o candidato:
a) Descreve o processo de aplicação de um pesticida e discute
as consequências de não usar medidas de segurança e de
protecção. b) Descreve os processos de eliminação adequada
de restos de produtos.
c) Descreve o processo de limpeza e armazenamento dos
pulverizadores e material de protecção.
d) Descreve as medidas de higiene pessoal que deve seguir
durante e após a aplicação de pesticidas.
Demonstração:
O candidato simula a aplicação de 1 insecticida e 1 fungicida,
numa cultura, para 1 tipo de pulverizador, usando as técnicas e
os critérios adequados.

Manual de Formação do Avaliador 46


INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de


apoio e como tal, nenhuma das suas secções é obrigatória.

Número de horas normativas: 60 horas


O tamanho deste módulo, é baseado no tempo estimado como necessário para
atingir os objectivos estabelecidos por um candidato que está a iniciar os primeiros
contactos com a agricultura. O tempo total estimado para este módulo, é de 60
horas, incluindo horas de contacto e horas de trabalho individual.

Objectivo:
Este módulo tem como objectivo desenvolver conhecimentos e habilidades que
permitam aos estudantes identificar as principais pragas e doenças numa dada
cultura em campo, monitorar e registar a sua ocorrência, decidir quando e que tipo
de pesticidas aplicar (de entre um grupo de pesticidas disponíveis), garantindo a
segurança e eficácia máximas.

Orientações sobre o conteúdo e contexto de aprendizagem

Resultado de aprendizagem 1 (Nº de horas estimado: 16 horas)


Os estudantes são capazes de diferenciar os diferentes grupos de pragas e
doenças das culturas, de observar as suas características morfológicas e de
compreender a sua biologia. Para isso os seguintes conceitos devem ser
explorados:
- grupos de pragas (insectos, ácaros, pássaros, ratos e moluscos); características
morfológicas que distinguem os vários grupos (forma do corpo, número e forma de
patas, antenas, asas); principais adaptações destes grupos ao ambiente (em
relação ao movimento, crescimento e manutenção da vida, reprodução, ciclo de vida
e escape aos inimigos naturais); tipos de insectos (fitófagos mastigadores, fitófagos
sugadores, predadores e parasitoides); ciclos de vida dos insectos (metamorfoses)
e sua relação com as estações do ano. Para tal, os seguintes conceitos devem ser
explorados:
- grupos de agentes causadores de doenças (vírus, bactérias, fungos);
características morfológicas que distinguem os vários grupos; principais adaptações
destes grupos ao ambiente (em relação ao movimento, crescimento e manutenção
da vida, reprodução),
Os estudantes aprendem a observar as características principais que permitem
distinguir o tipo de doenças.
Os estudantes aprendem a observar as características principais que permite
distinguir os diferentes grupos de pragas e doenças.
Os estudantes compreendem qual o efeito de factores ambientais como a
temperatura, humidade, precipitação, presença de inimigos naturais, disponibilidade
e qualidade do alimento, que podem afectar o desenvolvimento e a ocorrência de
pragas e doenças.

Resultado de aprendizagem 2. (Nº de horas estimado: 8 horas)

Manual de Formação do Avaliador 47


Os estudantes são capazes de identificar e descrever as pragas e doenças que
ocorrem nas culturas principais da região. Cada grupo de pragas e doenças, deverá
ser associado ao tipo de dano que provoca nas plantas.
Os estudantes devem ser expostos a uma situação de produção de várias culturas
no campo,observar as plantas, os sintomas e identificar os agentes presentes ou
causadores destes sintomas.
Os estudantes devem colectar as plantas doentes e organismos presentes,
preservá-las e apresentá-las ao professor.
É importante que os estudantes estejam familiarizados com as principais pragas e
doenças da região e que sejam capazes de as identificar facilmente quando as
encontrarem no campo.

Resultado de aprendizagem 3. (Nº de horas estimado: 10 horas)


Os estudantes são capazes de monitorar, registar e reportar as pragas e doenças
predominantes, num campo agrícola específico. Para isso os seguintes conceitos
devem ser explorados: como seleccionar as plantas no campo, como observá-las, o
que registar (número de indivíduos, sintomas por classe, presença/ausência), e
folhas de registo, cálculo das médias por campo dos valores registados.

Resultado de aprendizagem 4. (Nº de horas estimado: 8 horas)


Os estudantes devem aprender quais os principais grupos de pesticidas e
respectivas características, para que possam escolher o pesticida mais adequado e
aplicá-lo correctamente, de uma forma segura para o aplicador, para o consumidor e
para o meio ambiente. Os seguintes conceitos devem ser explorados: pesticida
comercial e substância activa; classificação dos pesticidas de acordo com o seu uso
(insecticidas, acaricidas, herbicidas, fungicidas, raticidas, nematicidas,
moluscicidas); substância activa (organofosforados, carbamatos, clorados,
piretroides, orgânicos), forma de actuação (contacto, ingestão e sistémicos) e
toxicidade (não – tóxico (classe IV, rótulo verde), pouco tóxico (classe III, rótulo
azul), medianamente tóxico (classe II, rótulo amarelo) e muito tóxico (classe I –
rótulo vermelho); toxicidade e dose letal da substância activa; efeitos que os
diferentes tipos de pesticidas têm sobre as pragas, a saúde humana e o meio
ambiente; formulações de pesticidas (pós, emulsões, grânulos, iscos e fumigantes),
seus usos e riscos associados a cada um deles; riscos no uso dos pesticidas (para
a saúde humana, de contaminação do meio ambiente) e medidas de protecção e
segurança adequadas (armazenamento, transporte e manuseamento seguro dos
pesticidas, remoção de animais domésticos do local de preparação, aplicação, evitar
contaminação da água e do solo, evitar drift de pesticidas para zonas não objecto de
controlo; uso de roupa protectora (corpo cabeça, face, mãos e pés), lavagem das
mãos, lavagem e substituição de roupa protectora contaminada, não comer, beber e
fumar durante manuseamento dos pesticidas); como lidar com situações de
emergência tais como intoxicação acidental, incêndios, derrames acidentais de
pesticidas.

Resultado de aprendizagem 5. (Nº de horas estimado: 8 horas)


Os estudantes devem adquirir conhecimento e habilidades que lhes permitam
preparar todo o material necessário para conduzir uma aplicação de um pesticida,
de forma eficaz e segura. Devem saber pois identificar informação importante nos
rótulos dos pesticidas e interpretar o seu significado. Devem conhecer os tipos de
pulverizadores manuais (pulverizador a pressão com jacto lançado-pulverizador

Manual de Formação do Avaliador 48


costal manual), pulverizadores a pilhas com discos rotativos (manual e costal-micron
ulva e micron ulva plus), polvilhadora costal manual), os seus diferentes usos e
seleccioná-los.
Os estudantes devem aprender a calibrar um pulverizador manual e a preparar a
calda. Devem conhecer e reconhecer os principais problemas de funcionamento que
podem ocorrer num pulverizador e como resolvê-los. Devem ser capazes de
calcular as quantidades de água e de pesticidas a usar, com base nas
recomendações dos rótulos, de uma forma segura.

Resultado de aprendizagem 6. (Nº de horas estimado: 10 horas)


Os estudantes devem aprender a aplicar o pesticida eficientemente, usando as
técnicas e critérios de aplicação e as normas de segurança adequadas, para o
controlo de pragas e doenças. Devem aprender a identificar problemas e
ocorrências fora do comum e reportar sobre o processo e os resultados ao
supervisor. Devem aprender a seleccionar e usas medidas de segurança e material
de protecção adequados. Os conceitos a ser explorados incluem: factores que
influenciam uma boa aplicação (velocidade de deslocação do operador, altura do
bico, ritmo de bombagem, direcção do movimento do operador, condições climáticas
como por exemplo direcção do vento); medidas de segurança e protecção
(eliminação de embalagens vazias e restos de produtos); cuidados a ter na
utilização dos pulverizadores (lavagem, limpeza, como guardar); armazenamento
dos pesticidas; medidas de higiene pessoal durante e após a aplicação dos
pesticidas tais como uso de roupa protectora (corpo cabeça, face, mãos e pés),
lavagem das mãos, lavagem e substituição de roupa protectora contaminada, não
comer, beber e fumar durante a limpeza, eliminação e armazenamento do
equipamento, material e pesticidas.

Abordagem na geração das evidências de Avaliação:

O processo de ensino-aprendizagem deste módulo, deve ser activo e centrado no


estudante. Os estudantes, terão de levar a cabo uma gama de actividades contendo
elementos relativos a habilidades pessoais de observação, comparação,
interpretação e cálculo matemático, como parte integrante das habilidades- chave
requeridas no módulo. Uma introdução, explicando as actividades necessárias, será
útil para assegurar que o estudante compreende a natureza e o objectivo do
trabalho que vai realizar.

Os grupos de trabalho devem ser pequenos, para facilitar as actividades práticas; a


participação individual deverá ser encorajada durante as aulas práticas, para dar ao
estudante a oportunidade de usar e se familiarizar com os métodos de observação
das plantas, das pragas e doenças e de cálculo de médias, ajudando assim a
desenvolver uma atitude positiva e proactiva em relação ao trabalho.

Métodos e instrumentos de Avaliação

Resultado de aprendizagem 1;
Teste escrito com perguntas de resposta breve e escolha múltipla, sobre
características dos principais grupos de pragas e doenças; perguntas de associação
entre grupos de pragas e sintomas a estas relacionadas; desenhos e esquemas
para legendar; perguntas de resposta breve sobre o ciclo de vida dos principais

Manual de Formação do Avaliador 49


grupos de pragas e sua relação com as estações climáticas, factores ambientais e
estágios de desenvolvimento da planta.
Teste prático em que os estudantes colectam várias pragas presentes nas culturas
constantes na unidade de produção da escola ou em campos em torno da escola;
observam e identificam as diferentes características morfológicas das pragas,
descrevem os sintomas e classificam os seus agentes causadores.

Resultado de aprendizagem 2.
Este resultado de aprendizagem, é avaliado através de um produto, isto é, cada
estudante recolhe e apresenta uma colecção de pelo menos 10 plantas doentes, 10
pragas e 5 inimigos naturais, em 5 diferentes culturas, identificadam cada doença
(pelo seu nome vulgar), sintoma causado e principal grupo a que pertence. O
professor, deve elaborar uma lista de verificação, como instrumento de Avaliação.
Este resultado de aprendizagem, pode ser avaliado também durante o desempenho
no local de trabalho no módulo “Levar a cabo uma experiência de trabalho, numa
unidade de produção agro-pecuária”.

Resultado de aprendizagem 3.
Teste escrito com perguntas de resposta breve sobre a importância, significado da
monitoria e processo de monitoria de pragas e doenças.
Demonstração avaliada através de uma lista de verificação e um relatório
apresentado pelo estudante, sobre um processo de monitoria correctamente
realizado num campo do sector familiar e num campo agrícola de uma empresa,
para uma determinada praga e uma doença, incluindo um relatório sobre como foi
feita a selecção das plantas, a ficha de observação correctamente preenchida e os
cálculos da ocorrência média no campo.
Este resultado de aprendizagem, pode ser também avaliado durante o desempenho
no local de trabalho, no módulo “Levar a cabo uma experiência de trabalho, numa
unidade de produção agro-pecuária”.

Resultado de aprendizagem 4.
Teste escrito com perguntas de resposta breve, sobre os principais grupos de
pesticidas e grupos de pragas que cada um destes controla; definição dos termos
pesticida, toxicidade e substância activa, das várias classes de toxicidade dos
pesticidas e dos efeitos que estes podem ter nas pragas, na saúde humana e no
ambiente; tipos de formulação dos pesticidas e seus usos; o candidato deve
descrever os riscos associados ao uso dos pesticidas, em função dos seus tipos; e,
os procedimentos para os armazenar e transportar em segurança.

Demonstração avaliada através de uma lista de verificação. Durante a


demonstração, o estudante selecciona e simula o uso das medidas de segurança e
de protecção pessoal a utilizar em 5 casos concretos, de diferentes tipos de
pesticidas e formulações que se lhe apresentam. Este resultado de aprendizagem,
pode ser avaliado também durante o desempenho no local de trabalho, no módulo
“Levar a cabo uma experiência de trabalho numa unidade de produção agro-
pecuária”.

Em grupo, os estudantes listam os riscos e perigos dos pesticidas, as


consequências do seu uso não seguro, para a saúde humana e para o ambiente;
dramatizam uma situação de emergência e as acções adequadas, de acordo com

Manual de Formação do Avaliador 50


os procedimentos. Este resultado de aprendizagem, é avaliado através de uma ficha
de verificação/observação.

Resultado de aprendizagem 5.
Teste escrito com perguntas de resposta breve sobre os tipos de pulverizadores
manuais e respectivos usos.
Demonstração, avaliada através de uma lista de verificação, na qual o estudante
deve, correctamente, perante uma determinada área, cultura/ praga, doença/
infestante, e um determinado grupo de pesticidas e pulverizadores disponíveis:
a) Ler o rótulo dos pesticidas
b) Escolher o pesticida adequado à situação.
c) Identificar os riscos de aplicação do pesticida para o ambiente, e a saúde
humana.
d) Escolher o pulverizador adequado.
e) Calibrar o pulverizador.
f) Calcular quantidade do pesticida a aplicar.
g) Usar o equipamento de protecção individual adequado.
h) Simular a mistura do pesticida e água no tanque.
Este resultado de aprendizagem, pode também ser avaliado durante o desempenho
no local de trabalho no módulo “Levar a cabo uma experiência de trabalho, numa
unidade de produção agro-pecuária”.

Resultado de aprendizagem 6.
Teste escrito com perguntas de resposta breve, sobre o processo de aplicação de
um pesticida e as consequências de não observar as medidas de segurança e de
protecção; os processos de eliminação de restos de produtos adequado; o processo
de limpeza e armazenamento dos pulverizadores e material de protecção; as
medidas de higiene pessoal que se devem seguir, durante e após a aplicação de
pesticidas.

Demonstração, avaliada através de uma lista de verificação, na qual o estudante


simula a aplicação de 1 insecticida e 1 fungicida, numa determinada cultura, para 1
tipo de pulverizador, usando as técnicas e os critérios adequados.

Referências
Alford, D. 1984. A colour atlas of fruit pests.
Annecke, D. e V.C. Moran. 1982. Insects and mites of cultivated plants in South
Africa.
Hahn, S.K. e Caveness (Ed). 1987. Integrated pest management of tropical root and
tuber crops.
Hill, D. 1983. Insect pests of tropical crops and their control.
Krause,M. et al. 1996. A Guide to the use of pesticides and fungicides in the
Republic of South Africa.
Muiambo, J. e L. Kjaer. 1994. Guia prático dos pesticidas registados em
Moçambique.
Pury, J.M.S. de. 1985. Crop pests of East Africa.
Segeren, P. 1996. Os princípios básicos da protecção das plantas. DSV

Manual de Formação do Avaliador 51


Segeren et al. 1994. Pragas doenças e ervas daninhas nas culturas alimentares em
Moçambique. INIA
Singh. S.R. (Ed.) 1990. Insect pests of tropical food legumes

© Copyright PIREP 2008

Este módulo, é um esboço concebido apenas para utlização pelo PIREP, durante a
fase-piloto de desenvolvimento do programa em Moçambique.
Não deve ser usado com outros fins ou motivos, sem a autorização expressa do
Director do PIREP.

Manual de Formação do Avaliador 52


Anexo 3: Informação para Registo da Qualificação

Título da
Certificado Vocacional (3) em Agro-pecuária
Qualificação:

Código Nacional: Q AGR013001

Campo Agricultura e Conservação da Sub


Produção Agrícola e Pecuária
: Natureza campo:
Nível do Créditos
Certificado Vocacional 3 120
QNQP: totais:
Data da revisão do
Data do registo:
registo:
Progressão: Graduados com esta qualificação, poderão trabalhar numa empresa agro-pecuária,
agrícola ou pecuária, como operadores agrícolas, pecuários ou agro-pecuários; iniciar
por conta própria uma pequena unidade de produção agro-pecuária, ou ingressar num
curso correspondente ao Certificado Profissional 4, do Campo Agricultura.
Regras de combinação de módulos
Módulos de habilidades genéricas: O candidato deve completar um mínimo de 24 créditos.
Módulos obrigatórios de habilidades profissionais : O candidato deve completar um mínimo de 84 créditos.
Módulos opcionais de habilidades profissionais : O candidato não tem que completar créditos de modulos
opcionais nesta qualificação.
Experiência de trabalho: O candidato deve completar um mínimo de 12 créditos.
Conteúdo da Qualificação:
Módulos constantes nesta Qualificação:
Código da Número
Número
Código do Unidade de de Horas
Título do Módulo de
Módulo Competência Normativa
Créditos
relacionada s
Módulos de Habilidades Genéricas

MO HG013001 UC HG013001 Relacionar-se socialmente de forma eficaz 2 20

MO HG013002 UC HG013002 Preparar-se para o emprego 2 20


Usar a língua Inglesa em situações sociais,
MO HG023001 UC HG023001 2 20
pessoais e profissionais
Comunicar informação relacionada com o
MO HG023002 UC HG023002 2 20
trabalho, em língua Inglesa
Ler materiais e responder a comunicações
MO HG023003 UC HG023003 2 20
escritas em língua Inglesa
MO HG023004 UC HG023004 Produzir materiais escritos em língua Inglesa 2 20

MO HG033001 UC HG033001 Interpretar o espaço físico em 2-D 2 20


Resolver problemas e situações quotidianas,
MO HG033002 UC HG033002 2 20
utilizando números racionais.
Interpretar e produzir enunciados orais de
MO HG043001 UC HG043001 2 20
carácter informativo-funcional.
Interpretar e produzir textos escritos simples
MO HG043002 UC HG043002 informativo-funcionais, de interesse quotidiano, 2 20
incluindo linguagens icónicas.
Utilizar o computador pessoal para acesso a
MO HG053001 UC HG053001 2 20
informação e comunicação.

Manual de Formação do Avaliador 53


Utilizar aplicações de interface gráfico (GUI)
MO HG053002 UC HG053002 para produção de documentos, apresentações 2 20
e folhas de cálculo simples.
Total 24 240

Módulos Obrigatórios de Habilidades Profissionais.


MO UC Trabalhar com eficiência numa unidade de
2 20
AGR013001 AGR013001 produção agro-pecuária.
Cumprir com as medidas de higiene e
MO UC segurança no trabalho (HST) e de protecção
2 20
AGR013002 AGR013002 ambiental, numa unidade de produção agro-
pecuária.
MO UC Interpretar a influência do clima na agricultura
2 20
AGR013003 AGR013003 e pecuária.
Identificar e seleccionar culturas, animais e
MO UC
sistemas de produção para um local 4 40
AGR013004 AGR013004
determinado.
MO UC
Identificar e fertilizar os solos. 6 60
AGR013005 AGR013005
MO UC Interpretar e usar mapas e realizar
3 30
AGR013006 AGR013006 levantamentos topográficos simples.
MO UC
Identificar, propagar e manipular as plantas. 6 60
AGR013007 AGR013007
MO UC
Estabelecer e conduzir uma cultura. 7 70
AGR013008 AGR013008
Identificar, monitorar e controlar pragas e
MO UC
doenças nas culturas usando pesticidas e 6 60
AGR013009 AGR013009
pulverizadores manuais.
MO UC Operar e realizar manutenção básica, nos
5 50
AGR013010 AGR013010 sistemas de rega e drenagem.
MO UC Colher e manusear produtos agrícolas após a
3 30
AGR013011 AGR013011 colheita.
MO UC Conduzir e realizar a manutenção diária do
4 40
AGR013012 AGR013012 tractor.
MO UC Utilizar e realizar a manutenção de ferramentas
4 40
AGR013013 AGR013013 manuais e equipamento básico.
MO UC Construir e realizar a manutenção de
4 40
AGR013014 AGR013014 instalações agro-pecuárias simples.
MO UC Identificar, observar e manusear os animais
4 40
AGR013015 AGR013015 pecuários.
Identificar as principais pastagens de
MO UC
Moçambique e aplicar princípios de maneio 2 20
AGR013016 AGR013016
das pastagens.
MO UC Aplicar procedimentos padronizados de
4 40
AGR013017 AGR013017 alimentação animal.
MO UC Aplicar procedimentos de controlo de doenças
6 60
AGR013018 AGR013018 e parasitas dos animais.
MO UC Identificar ideias de negócios agrícolas,
2 20
AGR013019 AGR013019 pecuários ou agro-pecuários
MO UC Recolher, registar e organizar dados, numa
4 40
AGR013020 AGR013020 unidade de produção agro-pecuária.
MO UC Manusear insumos e stocks, numa unidade de
4 40
AGR013021 AGR013021 produção agro-pecuária.
Total 84 840
Módulos Opcionais de Habilidades Profissionais
Total 0 0
Experiência de Trabalho
MO UC Levar a cabo uma experiência de trabalho, 12 120

Manual de Formação do Avaliador 54


AGR013022 AGR013022 numa unidade de produção agro-pecuária.
Total 12 120
TOTAL 120 1200

Grupo (s) alvo Pontos de saída


Graduados dos cursos de Desenvolvimento de habilidades para realizar actividades várias de
agricultura das escolas produção agrícola, pecuária ou agro-pecuária, em rotinas conhecidas,
profissionais ou básicas situações previsíveis e de raciocínio limitado na selecção de
equipamentos e métodos, com um mínimo de supervisão.
Graduados da 10ª classe do Desenvolvimento de habilidades para realizar actividades várias de
ensino geral produção agrícola, pecuária ou agro-pecuária, em rotinas conhecidas e
situações previsíveis, de raciocínio limitado na selecção de
equipamentos e métodos, com um mínimo de supervisão.

Formas de instrução:
- Actividades práticas na unidade de produção da escola, associadas a aulas teóricas em sala de aula. Esta
Qualificação, pode ser oferecida apenas a tempo inteiro, mas deve permitir que os estudantes se inscrevam
em módulos individuais, se assim o desejarem.
- Experiência de trabalho na unidade de produção da escola.
- O reconhecimento de aprendizagem anterior, deve ser considerado para os candidatos que já trabalharam
numa empresa agro-pecuária anteriormente.
- O ensino à distancia, deve ser também considerado como uma forma importante de instrução da
Qualificação, em futuros desenvolvimentos.

Requisitos de instrução:

- Unidade de produção agrícola equipada com sistema de rega preferencialmente


por aspersão,
- Viveiro e estufa
- Unidade de produção pecuária de galinhas, coelhos, suinos e pequenos
ruminantes.
- Parque de máquinas e oficina de manutenção equipado com tractor, equipamentos
Instalações e simples para tratos culturais (pulverizador de dorso, etc.) e ferramentas agrícolas.
Equipamento Armazéns para armazenamento de produtos agrícolas e para insumos.
- Laboratório de biologia equipado para observação morfológica e classificação de
plantas e animais.
- Estação agro-metereológica
- Laboratório de solos equipado para classificação e análises rápidas de solos e de
água.
- Sala de computadores
- Biblioteca
- Conjunto de ferramentas básicas de produção agrícola e pecuária (enxadas,
catanas, pás, baldes, etc.).
- Consumíveis para manutenção rotineira da motobomba e sistema de rega.
- Consumíveis para produção agrícola e pecuária (sementes, adubos e pesticidas,
Recursos
composto, medicamentos animais, ração, etc.).
- Kits para análises rápidas de solos.
- Botas.
- Capas, luvas e máscaras para aplicação de pesticidas.
- Equipamento de segurança e protecção contra incêndios
Um ano de instrução ( 38 semanas divididas em dois semestres e, em média, 32
Duração horas por semana)
Outras calendarizações possíveis de instrução, são negociáveis com os
empregadores ou estudantes individualmente.

Estratégias de avaliação dos candidatos

Manual de Formação do Avaliador 55


Lista de
Ficha de verificaçã
Lista de
avaliação o / Ficha Estudos
verificaç
/ de Diário / de caso /
ão /
Instrumentos Entrevist entrevista Livro de Lista de
Diário /
a estruturad registos verificaçã
Livro de
estrutura a/ o
registos
da Apresenta
ção
Correcçã
oe Avaliaçã
classifica Observaç o/ Verificaç Escrito /
Métodos
ção ão Verificaç ão Oral
Entrevist ão
a
Trabalho
em grupo
Desemp (Estudos
Escrita/O Demonstr enho no de caso,
Actividade Produto
ral ação local de Discussã
trabalho o,
Dramatiz
ação)
Crédito
Tipo Titulo do Módulo
s
Relacionar-se socialmente de
G 2   
forma eficaz
G Preparar-se para o emprego 2   
Usar a língua inglesa em
G situações sociais, pessoais e 2   
profissionais
Comunicar informação
G relacionada com o trabalho, 2   
em língua inglesa
Ler e responder a materiais
G 2  
escritos em língua inglesa
Produzir materiais escritos
G 2 
em língua inglesa
Interpretar o espaço físico em
G 2 
2-D
Resolver problemas e
G situações do quotidiano 2 
utilizando números racionais
Interpretar e produzir
G enunciados orais de carácter 2   
informativo-funcional
Interpretar e produzir textos
escritos simples informativo-
G funcionais de interesse 2   
quotidiano, incluindo
linguagens icónicas
Utilizar o computador pessoal
G para acesso a informação e 2 
comunicação
Utilizar aplicações de
interface gráfico (GUI) para
G produção de documentos, 2 
apresentações e folhas de
cálculo simples

Manual de Formação do Avaliador 56


Trabalhar com eficiência
VO numa unidade de produção 2   
agro-pecuária
Cumprir com as medidas de
higiene e segurança no
trabalho (HST) e de
VO 2     
protecção ambiental, numa
unidade de produção agro-
pecuária
Interpretar a influência do
VO clima na agricultura e 2  
pecuária
Identificar e seleccionar
culturas, animais e sistemas
VO 4  
de produção, para um dado
local
VO Identificar e fertilizar solos 6  
Interpretar, usar mapas e
VO realizar levantamentos 3  
topográficos simples
Identificar, propagar e
VO 6    
manipular as plantas
Estabelecer e conduzir uma
VO 7   
cultura
Identificar, monitorar e
controlar pragas e doenças
VO nas culturas usando 6   
pesticidas e pulverizadores
manuais
Operar e realizar a
VO manutenção básica dos 5  
sistemas de rega e drenagem
Colher e manusear produtos
VO 3  
agrícolas após a colheita
Conduzir e realizar
VO 4  
manutenção diária do tractor
Usar e realizar a manutenção
VO de ferramentas manuais e 4  
equipamento básico
Construir e realizar a
VO manutenção de instalações 4  
agro-pecuárias simples
Identificar, observar e
VO 4  
manusear animais pecuários
Identificar as principais
pastagens de Moçambique e
VO 2  
aplicar princípios de maneio
de pastagens
Aplicar procedimentos
VO padronizados de alimentação 4  
animal
Aplicar procedimentos de
VO controlo de doenças e 6  
parasitas nos animais
Identificar ideias de negócios
VO agrícolas, pecuários ou agro- 2  
pecuários
Recolher, registar e organizar
VO 4 
dados, numa unidade de

Manual de Formação do Avaliador 57


produção agro-pecuária
Manusear insumos e stocks,
VO numa unidade de produção 4  
agro-pecuária
Levar a cabo uma
experiência de trabalho,
VO numa unidade de produção 12  
agrícola, pecuária ou agro-
pecuária

Semestre Título do Módulo:


Módulos de habilidades genéricas:
1 Relacionar-se socialmente de forma eficaz
2 Preparar-se para o emprego
1 Usar a língua inglesa em situações sociais, pessoais e profissionais
1 Comunicar informação relacionada com o trabalho, em língua Inglesa
2 Ler e responder a materiais escritos em língua inglesa
2 Produzir materiais escritos em língua inglesa
1 Interpretar o espaço físico em 2-D
2 Resolver problemas e situações quotidianas utilizando números racionais
1 Interpretar e produzir enunciados orais de carácter informativo-funcional
Interpretar e produzir textos escritos informativo-funcionais simples, de interesse quotidiano,
2
incluindo linguagens icónicas.
1 Utilizar o computador pessoal para acesso a informação e comunicação
Utilizar aplicações de interface gráfico (GUI) para produção de documentos, apresentações e
2
folhas de cálculo simples
Módulos Obrigatórios de Habilidades Profissionais:
1/2 Trabalhar com eficiência numa unidade de produção agro-pecuária
Cumprir com as medidas de higiene, segurança no trabalho (HST) e protecção ambiental, numa
1/2
unidade de produção agro-pecuária
1 Interpretar a influência do clima na agricultura e pecuária
2 Identificar e seleccionar culturas, animais e sistemas de produção, para um determinado local
1 Identificar e fertilizar solos
2 Interpretar,usar mapas e realizar levantamentos topográficos simples
1 Identificar, propagar e manipular plantas
1 Estabelecer e conduzir uma cultura
Identificar, monitorar, controlar pragas e doenças nas culturas, usando pesticidas e
1
pulverizadores manuais
2 Operar e realizar manutenção básica, nos sistemas de rega e drenagem
1 Colher e manusear produtos agrícolas após a colheita
1 Conduzir e realizar a manutenção diária de um tractor
1 Usar e realizar a manutenção de ferramentas manuais e equipamento básico
2 Construir e realizar a manutenção de instalações agro-pecuárias simples
2 Identificar, observar e manusear os animais pecuários
Identificar as principais pastagens de Moçambique e aplicar os princípios de maneio de
2
pastagens
2 Aplicar procedimentos padronizados de alimentação animal
2 Aplicar procedimentos de controlo de doenças e parasitas dos animais
2 Identificar ideias de negócios agrícolas, pecuários ou agro-pecuários
2 Recolher, registar e organizar dados, numa unidade de produção agro-pecuária
2 Manusear insumos e stocks numa unidade de produção agro-pecuária
Módulos Opcionais de Habilidades Profissionais:

Experiência de Trabalho:

Manual de Formação do Avaliador 58


Levar a cabo uma experiência de trabalho, numa unidade de produção agrícola, pecuária ou
1/2
agro-pecuária

Manual de Formação do Avaliador 59


Anexo 4: Tabela de verificação do Módulo

Qualificação:
Título do Módulo
Nível : Valor em créditos: Requisitos de acesso do Candidato

Resultado de Ocorrências Ocorrências Material de


Aprendizagem previsíveis imprevisíveis Aprendizagem
/Critérios de
Desempenho
RA1 (a)

RA1 (b)

RA1 (c)

Manual de Formação do Avaliador 60


Anexo 5: Plano de Avaliação, Ensino e Aprendizagem (Exemplo)

Título do Prática de Engenharia Créditos do Duração: 40 hrs


módulo Mecânica: Introdução módulo: 4
Perio Duraçã RA/CD Tópico Recursos Comentários
do o

1 1 hr RA1 Identificar as Aprendizagem de Utilização do Serra


CD a) componentes de uma manuseamento eléctrica saw para
serra eléctrica Manual de uma demonstração
Instruções Lo1
2 1 hr Prática de
manuseamento
3 1 hr Revisao
4 2 hr RA1 Utilização de uma Aprendizagem de Workshop, Serra
b,c,d,e serra eléctrica manuseamento eléctrica e metais
Manual de de corte.
Instruções para
fabricantes Lo1
5 2hrs Prática
6 1 hr Revisão
7 1 hr Avaliação formativa
8 1 hr Revisão da Avaliação
9 2 hr Avaliação Somativa
10 1 hr RA 2 Aplicar procedimento Aprendizagem de Workshop – broca
de brocagem manuseamento
Lo2, Manual de
Instruções para
fabricantes
11 3 hr Prática
12 1 hr Revisão
13 1 hr Avaliação Formativa
14 1 hr Revisão da Avaliação
15 2 hr Avaliação Somativa
16 1 hr RA 3 Identificar as Aprendizagem de Utilização do torno
CD a) compomentes de um manuseamento mecânico para
torno mecânico RA 3 demonstração
17 1 hr Prática e revisão do
manuseamento
18 1 hr Utilização do torno Aprendizagem de Workshop - torno
mecânico manuseamento mecânico e metais
Lo3, manual de ferrosos
Instruções para
fabricantes
19 1hr Prática
20 2hr Prática
21 1 hr Avaliação formativa
22 1 hr Revisão da Avaliação
23 1 hr Avaliação Somativa
24 2 hr
25 1 hr RA 4 Ângulos de polimento Aprendizagem de Workshop -
manuseamento ângulos de
Lo4, Manual de polimento, pontas
instruções para de broca
fabricantes
26 2 hr Prática
27 1 hr Revisão
28 1 hr Avaliação Formativa
29 1 hr Revisão da Avaliação
30 2 hr Avaliação Sumativa

Total 40 hrs

Manual de Formação do Avaliador 62


Anexo 6 : Plano de Avaliação de Ensino e Aprendizagem

Título do Créditos do Duração:


Módulo: Módulo:
Perío Duraçã RA/CD Tópico: Recursos: Comentários:
do o:

Total
Anexo 7: Exemplo de Formato de Avaliação

Identificar, monitorar e controlar pragas e doenças das culturas, Código do


Titulo do Módulo: MO AGR013009
usando pesticidas e pulverizadores manuais Módulo:
Nível do QNQP: 3 Créditos: 6 Semestre: 1

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO No. 3


Resultado de Monitorar, registar e reportar as pragas e doenças predominantes num campo agrícola específico
aprendizagem associado:
Tipo de instrumento de Demonstração/Lista de verificação
Avaliação:
Instruções para o estudante:
O candidato deve cumprir com todos os passos necessários, até chegar a uma conclusão sobre o nível de infestação ou infecção de
uma praga ou doença em particular. O candidato deve levar consigo fichas de registo de observações no campo, frascos,sacos de
papel para colecta de amostras e lupas manuais para observação de insectos de pequena dimensão.
O candidato deve observar cuidadosamente as plantas e realizar as suas contagens, classificação de sintomas e respectivos registos,
com precisão.
Instruções para o avaliador:
O formador deve seleccionar uma cultura que esteja atacada por uma praga e uma doença amplamente conhecidas e importantes na
região. O formador deve dar ao candidato uma ficha de registo de observação no início da Avaliação. O candidato deve observar no
mínimo 10 plantas e concluir a sua avaliação no máximo de 30 minutos. Depois de feitos os cálculos do nível de infestação, o
candidato deve, oralmente, apresentar as suas conclusões. O formador deve fornecer feedback ao candidato imediatamente, após ele
ter terminado. Se não cumprir correctamente com 100% das actividades listadas na lista de verificação, o estudante deve repetir a
Avaliação no período estabelecido para as recorrências do módulo.
LISTA DE VERIFICAÇÃO
Cumprimento da actividade
Critério de Actividade Fez Fez Feed-back/Observações
Desempenho correctamente incorrectamente
ou não fez
(b) Decide quantas plantas vai observar
(b) Decide como vai escolher as plantas a observar.
(c) Escolhe a primeira planta.
(c) Observa a parte da planta correcta para a praga ou
doença que está a monitorar.
(d) Reconhece a praga, doença e sintoma que está a
monitorar.
(e) Conta o número de indivíduos da praga presente, ou
estima o nível de sintomas.
(e) Regista a ocorrência de pragas e doenças, na ficha de
observação
(e) Regista a ocorrência de outras. pragas/sintomas.
(f) Colecta pragas e plantas doentes.
(g) Calcula a ocorrência média de pragas, e doenças.
(f) Informa/reporta ao supervisor a situação da cultura
encontrada no campo.

Manual de Formação do Avaliador 65


Anexo 8: Processo de Pedido de Revisão de Avaliação pelo Candidato

Avaliador julga/avalia a inscrição /


Avaliaçao do candidato e fornece
feed-back apropriado

O Candidato discorda do O Candidato concorda com o


julgamento/Avaliação julgamento/Avaliação

Discute as preocupações Julgamento/ Avaliação registada e o


com o Avaliador resultado arquivado no processo do
candidato para VE

O Avaliador explica a decisão do


julgamento/Avaliação ao candidato

Se for aceite
pelo candidato

Se o julgamento/decisão de Avaliação continuar


a não ser aceitável para o candidato, deve ser
feito um registo sobre a natureza do pedido de
revisão, usando o formulário AP1

Se o candidato continuar não


satisfeito, a pessoa de Contacto do
Qualquer evidência relevante deve Centro deve criar condições para que
ser passada ao Verificador Interno a evidência e toda a documentação
para consideração, no prazo de 5 relevante seja passada ao Verificador
dias úteis Externo. A decisão tomada pelo
Verificador Externo será a decisão final

O Verificador Interno (VI) examina a


evidência, para verificar o julgamento feito
pelo Avaliador. O VI discute as conclusões
com o Avaliador, para acordarem na acção a A decisão do VI será registada no
ser tomada. O VI e o Avaliador reúnem-se AP1 e comunicada ao candidato,
com o candidato, para o informar sobre a no prazo de 5 dias úteis.
decisão final e para dar notificação escrita
da decisão.
Anexo 9: Formulário de Pedido de Revisão de Avaliação pelo Candidato

Formulário de Pedido de Revisão de Avaliação pelo Candidato

Nome do Nº de Registo:
Candidato:
Nome do Módulo: Número:

Avaliação:

Declaração do pedido de revisão:

Assinatura do Data:
Candidato
Nome do Avaliador Data: Assinatura:

Resposta do avaliador ao candidato:

Resposta do candidato à revisão:

Nome do Data:
Verificador:
Decisão do Verificador:

Resposta do candidato à revisão:

Registo da revisão para o Verificador Externo:

Nome do Data:
Verificador
Externo:

Manual de Formação do Avaliador 67


Anexo 10: Ficha Individual de Rastreio de Avaliação (Amostra)

CALENDÁRIO DE AMOSTRA DA VERIFICAÇÃO INTERNA VI6


Nível e Título da Qualificação:

Turma: Líder da Data de conclusão:


Equipa:
MÓDULO E AVALIADOR

Data:
Nome do
candidato: Avaliador:

Módulo:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
Anexo 11: Padrões de Competência do Avaliador

Título da Unidade de Avaliar o Desempenho do Candidato


Competência:
Descrição da Unidade de Competência:
Esta Unidade especifica o que deve ser alcançado por alguém que leve a cabo a Avaliação de
desempenho do candidato, em condições realistas no local de trabalho, Centro de formação ou IEP

Código: MUC A1 Nível do


QNQP:
Campo: Sub campo:
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:

Elemento de Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação


Competência
1 Acordar um 1.1 As oportunidades identificadas são Fontes de Evidência:
plano para relevantes para os elementos de Desempenho natural:
Avaliação de competência a serem avaliados. Teste oral; teste escrito
desempenho 1.2 É feito o melhor uso possível da ocorrência
natural de evidência e questionários a ela Contexto: Trabalho
relativos, antes de serem consideradas normal; dentro de um
alternativas. programa de formação
1.3 As oportunidades são seleccionadas de
forma a minimizar a perturbação das
actividades normais.
1.4 São seleccionadas oportunidades que
proponham um plano justo e fiável de
Avaliação.
1.5 Quando são propostas simulações, é
procurada informação exacta e conselho
sobre a sua validade e administração.
1.6 O plano de Avaliação proposto, é discutido
e acordado com os candidatos e outros
que por tal possam ser afectados.
1.7 Caso haja qualquer discordância em
relação ao plano de Avaliação proposto ,
são fornecidas aos cadidatos opções
abertas, claras, e construtivamente
explicadas.
1.8 O plano de Avaliação, especifica os
elementos de competência alvo, o tipo de
evidência a ser colhida, os métodos de
Avaliação a serem usados, a duração das
Avaliações e os arranjos para o processo
de revisão com base no plano.
1.9 Os planos são revistos e actualizados no
tempo acordado, de forma a reflectirem o
progresso dos candidatos em direcção à
Qualificação em questão.
Evidências Requeridas
Evidência escrita e/ou oral:
Um plano para Avaliação de pelo menos um
contexto (i.e. trabalho normal ou dentro de um
programa de formação) de desempenho do
candidato, relativo a vários elementos de
competência.
Elemento de Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
Competência

Evidência oral ou escrita de que o Plano de


Avaliação satisfaz todos os critérios de
desempenho.
Evidência oral ou escrita resultante dos
questionários, assegurarando a cobertura total do
âmbito de aplicação.

Demonstração /Avaliação do produto:

2 Julgar Evidência 2.1 O conselho e encorajamento à recolha Fonte de Evidência:


de desempenho eficiente de evidência, é apropriado às Desempenho natural;
com base em necessidades do candidato. simulações
critérios 2.2 O acesso à Avaliação, é apropriado às Tipos de envidência:
necessidades do candidato Observação; exames de
2.3 No julgamento da evidência, são usados produto.
apenas os critérios de desempenho
especificados para o elemento em
questão.
2.4 A evidência é julgada correctamente, com
base em todos os critérios de desempenho
relevantes.
2.5 A evidência é válida e pode ser atribuída
ao candidato.
2.6 Quaisquer simulações e testes pré-
concebidos, são correctamente
administrados.
2.7 O avaliador é tão discreto quanto possível,
durante a observação do candidato.
2.8 A evidência é julgada de forma justa e
fiável.
2.9 As dificuldades em julgar a evidência de
forma justa e fiável, são pronta e
correctamente referidas a uma autoridade
apropriada.
2.10. É fornecido ao candidato feed-back e
conselho claro e construtivo, após o
julgamento.
Evidências Requeridas
Evidência escrita e/ou oral:
A realização (real ou registada) de uma Avaliação
de desempenho natural ou de uma simulação.
Um julgamento de desempenho do candidato,
relativo a vários elementos de competência.
Evidência oral ou escrita de que a realização da
Avaliação e dos julgamentos, satisfaz todos os
critérios de desempenho.
Evidência oral ou escrita resultante de
questionários , assegurarando a cobertura total
do âmbito de aplicação.

Demonstração /Avaliação do produto:

3 Julgar evidência 3.1 Perguntas relevantes de conhecimento, Fontes de Evidência:


de conhecimento são seleccionadas para garantir que o Perguntas Orais ;
elemento é correctamente identificado,a perguntas escritas;
partir dos critérios de desempenho pré- perguntas pré-

Manual de Formação do Avaliador 70


Elemento de Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
Competência
estabelecidos. estabelecidas;
3.2 Evidência de conhecimento é colhida, perguntas planificadas
quando a evidência de desempenho não pelo avaliador.
cobre completamente o leque
especificado de contingências.
3.3 São usados métodos válidos para a
recolha de evidência de conhecimento.
3.4 Quando são usadas perguntas, estas são
claras e não induzem as respostas dos
candidatos.
3.5 O acesso a Avaliação, é apropriado às
necessidades dos candidatos.
3.6 A evidência de conhecimento requerida,
está conforme ao conteúdo da
especificação do conhecimento e é
correctamente julgada, com base em todos
os critérios de desempenho.
3.7 A evidência continua sendo julgada de
forma justa e fiável.
3.8 As dificuldades em julgar a evidência de
forma justa e fiável, são pronta e
correctamente referidas a uma autoridade
apropriada.
3.9 É fornecido ao candidato feed-back e
conselho claro e construtivo, após o
julgamento

Evidências Requeridas
Evidência escrita e/ou oral:

- Condução (real ou registada) de uma Avaliação


de desempenho natural ou de uma simulação.

- Um julgamento de desempenho do candidato,


relativo a vários elementos de compentência.

- Evidência oral ou escrita de que a realização da


Avaliação e dos julgamentos, satisfaz todos os
critérios de desempenho.

- Evidência oral ou escrita resultante de


questionários, assegurando a cobertura de todo
o âmbito de aplicação.

Demonstração Avaliação do produto:

Manual de Formação do Avaliador 71


Elemento de Critérios de Desempenho Âmbito de Aplicação
Competência
4 Tomar decisões 4.1 A decisão tomada é baseada em toda a Registo de:
de Avaliação e evidência relevante disponível, de Decisões da avaliação;
fornecer o desempenho e conhecimento. evidência
respectivo feed- 4.2 Quando a evidência combinada é
back suficiente para cobrir o âmbito de Características do
aplicação, os critérios de desempenho e a Candidato:
especificação da evidência, o candidato é Confiança – falta de
informado do seu aproveitamento. confiança
4.3 Quando a evidência é insuficiente, é dada Necessidades especiais
ao candidato uma explicação clara e um
conselho adequado.
4.4 O feed-back seguinte à decisão é claro,
construtivo, vai de encontro às
necessidades do candidato e é adequado
ao seu nível de confiança.
4.5 O candidato é encorajado a procurar
esclarecimento e conselho.
4.6 A evidência e as decisões da Avaliação
são registadas de forma a satisfazer os
requisitos de Verificação.
4.7 Os registos são legíveis e correctos,
guardados em segurança e passados
prontamente para a fase seguinte do
processo de registo/certificação.

Manual de Formação do Avaliador 72


Anexo 12: Portefólio do Avaliador

Avaliação A1

Nome do Candidato: Número da UAQ:

Código do Grupo: Nome do Avaliador:

Data de Início: Data de Conclusão:

Título do Módulo: RA Resultado Feed-back Data Assinatura Assinatura


Avaliar o do do
Desempenho do Avaliador Verificador
Candidato Interno
Acordar e rever 1
um plano para
Avaliação de
desempenho
Colher e julgar a 2
Evidência de
desempenho, com
base nos critérios
estabelecidos
Colher e julgar 3
Evidência de
conhecimento
Tomar decisões 4
de Avaliação e
fornecer feed-
back

Resultado Geral:

Feed-back Geral:

Manual de Formação do Avaliador 73


Avaliação A2

Nome do Candidato: Número da UAQ:

Código do Grupo: Nome do Avaliador:

Data de Início: Data de Conclusão:

Título do Módulo: RA Resultado Feedback Data Assinatura Assinatura


Avaliar o do do
candidato usando Avaliador Verificador
diferentes Fontes Interno
de Evidência
Acordar e rever 1
um plano de
Avaliação
Julgar a evidência 2
e fornecer feed-
back
Tomar decisões 3
de Avaliação,
usando diferentes
Fontes de
Evidência
Tomar decisões 4
de Avaliação e
fornecer feed-
back

Resultado Geral:

Feed-back Geral:

Manual de Formação do Avaliador 74


Registo 1 de Evidência do Portefólio Avaliar o desempenho do candidato
CD1: Chegar a acordo e rever um Plano de Avaliação de desempenho

Critérios de desempenho Tipo de evidência – referir o(s) Nº(s) de índice da Data


evidência
1.1 As oportunidades
identificadas são
relevantes para o
elemento de
competência a ser
avaliado.

1.2 É feito o melhor uso


possível da Evidência e
dos questionários
relativos a esta, antes
de serem consideradas
alternativas.

1.3 As oportunidades são


seleccionadas de forma
a minimizar a
perturbação das
actividades normais.

1.4 São seleccionadas


oportunidades que
proponham um plano
justo e fiável de
Avaliação.
1.5 Quando são propostas
simulações, é procurada
informação exacta e
conselho sobre a sua
validade e
administração.
1.6 O plano de Avaliação
proposto é discutido e
acordado com os
candidatos e outros que
possam ser por tal
afectados.
1.7 Caso haja qualquer
discórdia em relação ao
plano de Avaliação
proposto, são fornecidas
aos candidatos opções
abertas, claras, e
construtivamente
explicadas.
1.8 O plano de Avaliação
especifica os elementos
de competência alvo; os
tipos de evidência a ser
colhida; os métodos de
Avaliação a serem
usados; a duração das
Avaliações e os arranjos
para o processo de

Manual de Formação do Avaliador 75


revisão com base no
Plano estabelecido.
1.9 Os Planos são revistos
e actualizados no tempo
acordado, para reflectir o
progresso dos candidatos
em direcção à
Qualificação.

Nota sobre o Elemento – Evidência de desempenho requerida:

Registos das perguntas orais ou escritas planificadas pelo avaliador- candidato, para pelo
menos um candidato, cobrindo a evidência de conhecimento em relação a pelo menos três
elementos de competência e de como a validade de fiabilidade das perguntas foi verificada.

Manual de Formação do Avaliador 76


Registo 1 de Evidência do Portefólio Avaliar o desempenho do candidato
CD1: Chegar a acordo e rever um plano para Avaliação de desempenho

Âmbito de aplicação: Tipo de evidência – referir o(s) Nº(s) de índice da Data


evidência
1. Evidência de:
a. Evidência de
desempenho
b. Evidência de
conhecimento
2. Evidência deriva de de
a. Procedimentos de exame
b. Observações ao
processo
c. Respostas a perguntas
3. Oportunidades para recolha
de evidência
a. Ocorrência natural
b. Simulações e testes pré-
concebidos
c. Candidatos com
requisitos especiais de
Avaliação

Notas sobre o Âmbito – Evidência de desempenho requerida:

Se, por exemplo, o Avaliador- candidato, não tiver candidatos com requisitos especiais de
Avaliação, o seu próprio conhecimento e compreensão deve ser verificado.

CD2: Colher e julgar evidência de desempenho com base em critérios

Critérios de Desempenho Tipo de evidência – referir o(s) Nº(s) de índice da Data


evidência
1.1 Aconselhar e encorajar a
colher Evidência de forma
eficiente e apropriada às
necessidades do
candidato.

1.2 O acesso à Avaliação é


apropriado às
necessidades do
candidato.

1.3 Somente os critérios de


desempenho
especificados para o
elemento em questão, são
usados para julgar a
Evidência.

1.4 A Evidência é julgada


correctamente, com base
em todos os critérios de
desempenho relevantes.

A Evidência é válida e pode

Manual de Formação do Avaliador 77


ser atribuída ao candidato.
Todas as simulações e testes
pré- concebidos, são
correctamente administrados.
1.5 O avaliador é tão discreto
quanto possível, durante a
observação do candidato

1.6 A Evidência é julgada de


forma justa e fiável.

1.7 As dificuldades em julgar a


evidência de forma justa e
fiável, são pronta e
correctamente referidas a
uma autoridade
apropriada.
1.8 Ë fornecido ao candidato
feed-back apropriado e
conselho claro e
construtivo, após o
julgamento

Nota sobre Elemento – Evidência de desempenho requerida:

O Julgamento de desempenho deve ter por base pelo menos três elementos. Cada
julgamento deve ser feito com base em todos os critérios de desempenho relativos ao
elemento em questão. As formas como o avaliador-candidato recolhe evidência, faz o
julgamento e dá o feed- back (formal e informal) devem ser observadas.

Registo 1 de Evidência do Portefólio Avaliar o desempenho do candidato


CD2: Colher e julgar evidência de desempenho com base em critérios:

Âmbito de Aplicação Tipo de Evidência – referir o(s) Nº(s) de índice da Data


evidência
1. Evidência de desempenho
avaliada por:
a. Exame do produto:
b. Observação do processo:
2. Candidatos:
a. Experiente em
apresentação de
Evidência:
b. Inexperiente em
apresentação de
Evidência:
c. Candidato com requisitos
especiais de Avaliação:

Manual de Formação do Avaliador 78


Registo 1 de Evidência do Portefólio : Avaliar o desempenho do candidato
CD3: Colher e julgar evidência de conhecimento

Critérios de Desempenho Tipos de evidência – referir o(s) Nº(s) de índice da Data


evidência
1.1 Perguntas relevantes de
conhecimento são
seleccionadas para
providenciar os elementos
adequados,
correctamente
identificados a partir dos
critérios de desempenho.
1.1 Evidência de
conhecimento é colhida,
quando a Evidência de
desempenho não cobre
completamente o leque
especificado de
contingências.
1.2 São usados métodos
válidos para colher
Evidência de
conhecimento.
1.3 Quando são usadas
perguntas, estas são
claras e não induzem as
respostas dos candidatos.
1.4 O acesso a Avaliação é
apropriado às
necessidades dos
candidatos.
1.5 A Evidência de
conhecimento, é conforme
ao conteúdo da
especificação do
conhecimento e é julgada
correctamente, com base
em todos os critérios de
desempenho.
1.6 A Evidência é julgada de
forma justa e fiável.
1.7 As dificuldades no
julgamento justo e fiável
da Evidência, são pronta
e correctamente referidas
a uma autoridade
apropriada.
1.8 É fornecido feed-back
claro e construtivo ao
candidato, após o
julgamento.

Manual de Formação do Avaliador 79


Glossário de Terminologia

Acreditação - declaração formal de que uma IEP está autorizada, no âmbito do QNQP,
a ministrar os cursos/programas de formação técnico profissional baseada em
padrões de competência, uma vez que satisfaz os requisitos e possui as condições
adequadas para realizar aquela actividade com os níveis de exigência estabelecidos
naquele quadro nacional; processo através do qual se faz o reconhecimento de
competências adquiridas quer a nível individual quer a nível institucional; registo de
que um indivíduo ou uma instituição alcançou uma dada competência ou de que lhe
foi atribuído um certificado que confirme as suas aquisições em termos de
competências.
Admissão especial (alternative entry) - admissão a um curso ou programa através
de um procedimento especial quando o candidato não reúne os requisitos padrão de
admissão.
Aprendizagem (learning) - o processo de aquisição de conhecimentos, atitudes, ou
habilidades a partir do estudo, instrução ou experiência.
Articulação (articulation) - os mecanismos que facilitam o movimento ou progressão
dos candidatos de um curso para outro, ou de um sub-sistema de educação e
formação para outro.
Atribuição de grau ou certificação (award) - a confirmação de ter obtido com
sucesso uma qualificação ou unidade de competência padrão (ver certificação).
Auditoria (audit) - refere-se a um processo sistemático, independente e documentado
para obtenção de evidências referentes à conformação das actividades e resultados
da organização provedora da formação com a legislação e regulamentos em vigor.
Avaliação (evaluation) - o processo de julgamento de evidências em relação aos
objectivos, padrões ou critérios. Na educação ou formação profissional ou vocacional
pode ser aplicada a organizações, programas, politicas, cursos, etc.
Avaliação baseada em competências (competency-based assessment) - o
agrupamento e julgamento de evidências4 por forma a decidir se a pessoa atingiu o
estipulado nas unidades de competência padrão
Avaliação no local de trabalho (workplace assessment) - a recolha e julgamento
de evidências durante as actividades do trabalho normal por forma a determinar se
uma determinada competência foi alcançada. A avaliação no local de trabalho
geralmente envolve observação do trabalho em curso, verificando o(s) produto(s) da
actividade do trabalho e as respostas orais a perguntas feitas no decurso do trabalho.
Avaliador (assessor) - uma pessoa qualificada para levar a cabo o processo da
avaliação.
Campo ou família profissional (field) - um grupo homogéneo de actividades
económicas produtivas; agrupamento de qualificações/saídas profissionais, de uma
mesma área de formação ou de áreas afins, que mobilizam saberes científicos e
tecnológicos similares e/ou cujas competências são exercidas num mesmo sector ou
área de actividade. Os campos podem subdividir-se em sub-campos.
Candidatos (candidates) - uma pessoa inscrita para frequentar uma qualificação, um
módulo ou conjunto de módulos (ver formando)

4
Assentes em critérios de desempenho e elementos de competências

Manual de Formação do Avaliador 80


Capacidade - saber, saber fazer, ser e estar
Carreira (career) - a sucessão de ocupações na ordem ascendente de responsabilidade
e autonomia, num determinado ramo de actividade; o progresso e actividades
realizadas por uma pessoa ao longo da sua vida, relacionadas com as suas
ocupações.
Certificação de formação profissional (certification) – processo que se refere à
comprovação da formação, experiência ou qualificações profissionais, bem como,
eventualmente, da verificação de outras condições requeridas para o exercício de
uma actividade profissional; o reconhecimento formal de ter produzido evidências
suficientes para comprovar ter alcançado um conjunto definido de resultados de
aprendizagem.
Certificação de uma qualificação (qualification certification) - concedida a um
candidato que conclui com êxito um conjunto definido de resultados de aprendizagem
em reconhecimento por ter alcançado um determinado conhecimento, habilidades ou
competências.
Certificado de formação profissional (certificate) – título ou outro documento
equiparado, comprovativo que o seu titular atingiu os objectivos definidos nos
módulos, programas do curso que frequentou, sendo-lhe conferido um determinado
nível de qualificação.
Certificado (certificate) - título ou outro documento equiparado, comprovativo que o
seu titular atingiu os objectivos definidos nos programas do curso que frequentou; em
Moçambique, é também uma qualificação conferida no sector de ensino superior e
relativa à conclusão com êxito de um curso ou programa.
CIREP - Comissão Inter-Ministerial da Reforma da Educação Profissional
Competência (competence) - capacidade de mobilizar, de forma apropriada, os
conhecimentos e experiências adquiridas, necessários à resolução dos problemas
colocados pela actividade profissional e social num determinado contexto; a
habilidade de executar tarefas e deveres no padrão esperado no posto de trabalho
ou emprego; termo que se refere a um grupo (cluster) de conhecimentos,
habilidades, atitudes e grau de autonomia relacionadas entre si, que se
correlaciona com o desempenho no trabalho, que pode ser medido e comparado
com padrões bem aceites, e que pode ser melhorado por via da formação e
desenvolvimento.
Competências nucleares (core competencies) – as unidades de competência padrão
que o sector produtivo/empregador/posto de trabalho estabelece como essenciais
para que o graduado possa ser competente num dado nível. Numa qualificação todas
as unidades podem ser nucleares (obrigatórias), mas outras podem ser opcionais ou
de especialização. As competências nucleares são normalmente as centrais para o
trabalho numa área de emprego particular.
Contexto de aplicação (range statement) – define os parâmetros nos quais os
candidatos devem ser capazes de desempenhar as suas actividades; relaciona-se
com um único resultado de aprendizagem e respectivos critérios de desempenho;
define o foco e indica a gama de realizações para aquele resultado de aprendizagem;
fornece informação sobre as diferentes situações e circunstâncias nas quais o
desempenho dos candidatos e a avaliação devem ser realizados.
COREP - Comissão Executiva da Reforma da Educação Profissional, em Moçambique
Crédito (credit) - o valor numérico que o candidato obtém, na sequência do trabalho
realizado para alcançar os resultados de aprendizagem previstos numa disciplina ou
módulo. O volume de trabalho realizado é expresso em termos de número de horas
de contacto directo com o professor e de horas de trabalho independente. O

Manual de Formação do Avaliador 81


candidato ganha ou acumula créditos apenas se concluir, com sucesso, uma
determinada disciplina ou módulo.
Critérios de admissão (admission criteria) - requisitos, tais como qualificações
académicas, conhecimento, habilidades ou experiência para admissão num
determinado curso ou programa.
Critérios de avaliação (assessment criteria) - afirmações sobre aquilo que os
candidatos devem fazer para provar que os resultados de aprendizagem foram
ralcançados.
Critérios de desempenho (performance criteria) – afirmações que estipulam os
requisitos dos resultados a atingir no desempenho das actividades e o que o
candidato deve fazer para atingir o correspondente resultado de aprendizagem.
Os critérios de desempenho descrevem ou a forma como o candidato deve realizar
a actividade expressa no resultado de aprendizagem (processo) ou o que deve ser
produzido como resultado da actividade (produto).
Currículo (curriculum) - é constituído pelo que é aprendido e ensinado (contexto),
como é oferecido (métodos de ensino e aprendizagem), como é avaliado
(instrumentos de avaliação, por exemplo) e os recursos usados (ex. meios para o
processo ensino-aprendizagem); o processo de definição, organização, combinação e
coordenação de várias disciplinas ou módulos que conduzem a diferentes níveis de
competências e qualificação. O currículo formal baseia-se em um conjunto de
objectivos e resultados previstos, o informal ou currículo oculto diz respeito à
aprendizagem não planejada que ocorre nas salas de aula, nos espaços formativos ou
quando os candidatos interagem com ou sem a presença do formador.
Curso modular (modular course) - um curso composto por módulos.
Curso de curta duração (short course) - um curso de educação e/ou formação
profissional, independente, com duração igual ou inferior a 6 meses, constituído por
alguns módulos de uma dada qualificação e que conduz, geralmente, a uma
qualificação parcial (não completa). Pode ser emitido um certificado de frequência ou
participação após a conclusão, com êxito, do curso.
Desempenho (performance) – resultado da actividade de um indivíduo numa
determinada situação. Constitui uma “realização” no âmbito de uma dada
competência. Os desempenhos dependem, entre outros factores, dos conhecimentos,
habilidades, atitudes, grau de autonomia, meios disponíveis, métodos utilizados e
ambiente de trabalho, e demonstram a capacidade para resolver os problemas
surgidos numa situação concreta.
Educação ou formação baseada em competências (competency-based education
or training) - um sistema de educação ou formação que desenvolve as habilidades,
conhecimentos, autonomia e atitudes necessárias para alcançar determinadas
competências.
Educação baseada em resultados (outcomes-based education) - um sistema de
educação centrado e organizado à volta de resultados claramente definidos que se
espera que os alunos atinjam e demonstrem.
Educação básica de adultos ou alfabetização (adult basic education) - ensino
remedial ou nível de ensino para adultos, geralmente com ênfase na literacia,
numeracia, habilidade sociais necessárias para funcionar na comunidade ou para
conseguir emprego.
Educação e formação profissional ou vocacional (vocational education and
training) - educação e formação, excluindo a licenciatura e programas de nível
superior oferecidos por instituições de ensino superior, que fornecem às pessoas
conhecimentos ou habilidades profissionais ou relacionadas com o trabalho. Os
termos alternativos usados internacionalmente incluem: technical and vocational

Manual de Formação do Avaliador 82


education and training (TVET), vocational and technical education and training
(VTET), technical and vocational education (TVE), vocational and technical
education (VTE), e further education and training (FET).
Educação formal (formal education) - formação providenciada por instituições
educacionais tais como escolas, institutos, centros, universidades, colégios, etc., ou
fora do posto de trabalho, geralmente envolvendo a direcção de um formador ou
instrutor.
Educação informal (informal education) - a aquisição de conhecimento e habilidades
através de experiência, leitura, contacto social, etc.
Educação não formal (non-formal education) - educação e formação organizada
fora do sistema formal de educação.
Educação pós secundária, terciária ou superior (post-secundary, Higher,
Terceary education) - toda a educação que ocorre depois do nível secundário,
incluindo a ministrada por universidades, provedores comunitários (community
colleges), institutos superiores, escolas superiores (colleges), politécnicos, etc.
Educaação profissional (professional education) – a educação profissional integra o
ensino técnico-profissional, a formação profissional, a formação extra-institucional e
o ensino superior profissional
Elemento de competência (element of competency) – um dos blocos básicos de
uma unidade de competência padrão, que descreve as actividades chave ou
elementos da função referida na unidade de competência.
Empregabilidade (employability) – a adequação às necessidas e dinâmica do
mercado de trabalho de modo a fazer-se reconhecer como profissional numa dada
área de actividade.
Empregador (employer) – instituição (pública ou privada) que emprega outrém,
uma pessoa que opera a sua própria empresa ou se engaja independentemente
numa profissão ou negócio e emprega um ou mais assalariados.
Emprego (job) - qualquer ocupação remunerada, a tempo inteiro ou parcial, durando
duas ou mais semanas; contrato de trabalho para um dado serviço ou período.
Estágio ou experiência de trabalho (internship or work experience) – período de
formação realizado num contexto profissional real, em que o formando executa
tarefas inerentes ao posto que ocupa, com um grau de responsabilidade e autonomia
adequados ao seu estatuto, geralmente acompanhado por um tutor ou monitor.
Evidências requeridas (evidence requirements) – o que os candidatos devem
produzir para demonstrar que atingiram a competência requerida (resultado de
aprendizagem) e o que deve ser produzido e evidenciado para o provar que atingiram
tal competência.
Facilitador (facilitator) - uma pessoa que ajuda os candidatos a aprenderem
descobrindo coisas por si próprios.
Flexibilidade (flexibility) - o grau de liberdade que os candidatos têm para escolher
as disciplinas ou módulos integrantes do curso/programa que pretendem seguir e
onde desejam frequentá-los (ver mobilidade)
Formação em contexto de trabalho - um conjunto de actividades profissionais
desenvolvidas sob coordenação e acompanhamento da Instituição de educação
profissional, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas,
relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do
curso. Pressupõe a realização de actividades curriculares inseridas nos contextos
reais do mundo do trabalho por períodos de duração variável ao longo do curso ou
sob a forma de estágios – em etapas intermédias ou na fase final do curso. Realiza-

Manual de Formação do Avaliador 83


se em posto de trabalho, em empresas ou noutras organizações sendo parte
integrante do plano de estudos de todas as qualificações profissionais.
Formação enquanto aprendiz (apprenticeship) - um sistema de formação regulado
por lei ou costume que combine a formação no posto de trabalho e a experiência de
trabalho. O aprendiz estabelece um contrato de formação ou acordo de formação
com um empregador que impõe obrigações mútuas para ambas as partes.
Formação no local de trabalho (on-site training) - formação ministrada no local de
trabalho (ex: numa sala de formação) mas não num posto de trabalho.
Formação no posto de trabalho (on-the-job training) - formação que ocorre no
posto de trabalho (empresa ou entidade empregadora) como parte do trabalho
produtivo do formando.
Formação (training) - a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências em
resultado do ensino de habilidades profissionais ou práticas relacionadas com
habilidades específicas úteis.
Formando (trainee) – um individuo que frequenta um curso, programa de educação e
formação profissional ou vocacional com o objectivo de atingir uma qualificação
profissional (parcial ou completa).
Garantia de qualidade (quality assurance) - os sistemas e procedimentos
concebidos e implementados por uma organização para assegurar que seus produtos
e serviços são de um padrão consistente e que estão a ser continuamente
melhorados.
Gestão da qualidade (quality management) - envolve todas as actividades que
determinam os objectivos e responsabilidades da política de qualidade, implementada
através de meios tais como planificação da qualidade, controlo de qualidade, garantia
de qualidade e melhoria de qualidade dentro de um sistema de qualidade.
Directrizes de avaliação (assessment guidelines) - uma componente de um pacote
de formação que norteia a avaliação dos candidatos e que apresenta a abordagem
dos empregadores para uma avaliação valida, fiável, flexível e justa. As directrizes de
avaliação incluem informações sobre sistemas de avaliação em geral, requisitos do
avaliador, recursos e desenho dos instrumentos de avaliação, como conduzir a
avaliação, fontes de informação sobre avaliação, entre outras.
Habilidade (skill) - uma capacidade de desenvolver uma determinada actividade
mental ou física que pode ser desenvolvida através da formação ou da prática.
Habilidades essenciais (essencial skills) (também conhecidas com habilidades de
empregabilidade ou habilidades chave) - habilidades que não são específicas para
uma determinada profissão, mas são importantes para o trabalho, educação e vida
em geral, tais como habilidades de comunicação, numeracia, habilidades para a vida,
capacidade de organização, habilidades de uso de tecnologias de comunicação e
comunicação, habilidades interpessoais e habilidades analíticas.
Horas Normativas - tempo médio previsto que um candidato necessita para alcançar
um conjunto definido de resultados de aprendizagem. Este tempo inclui as horas de
contacto directo do candidato com o formador, horas destinadas a trabalho
independente do candidato e horas destinadas a avaliação.
Instituição de Educação Profissional (IEP) – instituto, escola, centro de formação
público e privado, provedor de formação profissional.
Instrumento de avaliação (assessment tool) - um método de recolha de evidências
para avaliação, como por exemplo um teste de conhecimento ou uma lista de
verificação do desempenho prático.
Métodos de ensino-aprendizagem (teaching and learning methods) -
procedimentos e estilos de interacção e comunicação entre formadores e formandos,

Manual de Formação do Avaliador 84


e entre os próprios formandos, tendo em vista o alcance de determinados resultados
de aprendizagem. Os procedimentos e os estilos mais frequentemente utilizadas
incluem palestras, seminários, aulas expositivas, aulas laboratoriais, trabalhos
práticos, trabalhos em grupo, simulações, trabalhos de campo, estágios, estudo
individual, ou uma combinação de dois ou mais destes estilos e procedimentos de
interacção e comunicação.
Mobilidade (mobility) - possibilidade de movimentação dos formandos/candidatos
entre programas/cursos ou de frequência de disciplinas ou módulos relevantes de
outros programas/cursos, dentro da mesma instituição de ensino ou de outras
(nacionais e internacionais).
Módulo (module) - uma unidade de educação ou formação que pode ser concluída
individualmente ou como parte de um curso/programa. Uma Unidade de
Competência Padrão (UCP) pode estar ligada a um ou mais módulos.
Nível (level) - um indicador da exigência imposta ao formando/candidato em termos de
rigor intelectual, complexidade e ou grau de autonomia. Espera-se que essa
exigência aumente, progressivamente, dentro de uma qualificação e entre
qualificações de níveis crescentes.
Ocupação (occupation) - o emprego (job) de um indivíduo no mercado laboral; a
actividade principal da vida de um indivíduo no posto de trabalho. Ocupação é
aquilo com que a pessoa se ocupa no seu dia-a-dia de trabalho. Por exemplo: uma
pessoa pode ter a profissão de psicólogo e a ocupação de psicoterapeuta clínico
(atender em um consultório particular) ou mesmo professor universitário
(ministrando aulas em alguma faculdade). Da mesma forma, um médico (profissão)
pode ter a ocupação de dermatologista (responsável por curar doenças de pele) ou,
ainda, ter a ocupação de pesquisador (aquele que busca curas e vacinas para
doenças, analisa casos inéditos etc). Ocupação diz respeito ao tipo de trabalho que o
individuo desenvolve, podendo estar ou não relacionada à sua profissão.
Pacote de formação (training package) - um conjunto integrado de padrões,
directrizes e qualificações endossadas para formação, avaliação e reconhecimento
das habilidades candidatos, desenvolvidas pela indústria para responder as
necessidades de formação de uma indústria ou grupo de indústrias. Os pacotes de
formação consistem de componentes nucleares endossadas de unidades de
competência padrão, directrizes de avaliação e qualificações, e componentes
opcionais não endossadas de materiais de apoio tais como estratégias de
aprendizagem, manuais, recursos de avaliação e materiais de desenvolvimento
profissional.
Classificação padrão de profissões (standard classification of occupations) -
uma classificação hierárquica, que categoriza todas as profissões no local de trabalho,
e é estabelecida por uma autoridade nacional. Em Moçambique: Classificação
Nacional de Profissões aprovada pelo Ministério do Trabalho.
Padrões ocupacionais (occupational standards) - são as obrigações e tarefas que
devem sem desempenhadas por uma pessoa para funcionar com êxito numa
ocupação profissional.
PIREP em Moçambique - Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional.
Politécnico (polytechnic) - uma instituição que oferece cursos de educação
profissional de nível superior (ensino superior) em áreas técnicas.
Posição avançada (advanced standing) - reconhecimento concedido a um candidato
com base em estudos anteriores (transferência de créditos) e/ou experiência
(reconhecimento de competências adquiridas), isentando-o de um determinado
curso, disciplina ou modulo. Ver sistema de reconhecimento de competencias
aquiridas, crédito, acumulação e transferência de crédito.

Manual de Formação do Avaliador 85


Prática simulada ou simulação (simulation) – conjunto de actividades de
natureza profissional, características de um dado sector ou área de
actividade, executadas num contexto de formação – escola ou centro de
formação, que reproduzem, total ou parcialmente, as situações reais de
trabalho.
Pré requisito (requeriments) - um requisito necessário que deve ser obtido antes da
inscrição num módulo/curso/programa.
Profissão (profession) – o que uma pessoa estudou e é qualificado para fazer.
Programas profissionais ou vocacionais (vocational programs) - aqueles
módulos/cursos/qualificações que têm como objectivo desenvolver nos
formandos/candidatos competências relevantes para uma actividade profissional ou
emprego.
Provedor (provider) de educação - um órgão de educação ou formação, tal como
instituição, organização, empresa, centro, parceria ou consultoria, que implementa,
providencia ou ministra programas de aprendizagem que culminam na aquisição de
competências padrão ou qualificações.
Sistema de créditos - quadro geral padronizado, aplicável a todos os programas de
ensino, subdivididos em unidades discretas mas interligadas (disciplinas ou módulos)
que podem ser descritas em termos de volume de trabalho (horas normativas),
conteúdos, nível, resultados de aprendizagem, métodos de ensino e métodos e
critérios de avaliação.
Quadro nacional de qualificações profissionais (national vocational qualifications
framework) - um contrato social pelo qual os candidatos adquirem conhecimentos,
habilidades e atitudes e concluem realizações, quer por meios formais e não formais,
os quais são registados e reconhecidos; um quadro de referência descritivo,
composto por níveis e uma linha de progressão que engloba todas as qualificações de
educação profissional; representa o modo como as competências e realizações de um
candidato, em termos de conhecimentos adquiridos e habilidades demonstradas por
meios formais e não formais, se podem registar enquanto qualificações reconhecidas
a nível nacional e internacional. Determina os princípios, linhas orientadoras e
estrutura organizacional para a construção, manutenção e desenvolvimento de um
sistema nacional de qualificações profissional.
Qualidade (quality) - o nível de satisfação e eficiência das instituições de educação e
formação profissional (IEP´s), seus produtos e serviços, estabelecidos em
conformidade com os requisitos definidos pelos clientes e intervenientes.
Qualificação (qualification) - conjunto de unidades de competência padrão relevantes
para uma dada saída profissional ou ocupacional, que podem ser adquiridas mediante
formação modular ou outro tipo de formação e/ou experiência laboral.
Reconhecimento de competências adquiridas – RCA (recognition of prior
learning - RPL) - o reconhecimento de competências actualmente demostradas por
alguém, adquiridas através de formação, trabalho ou experiência de vida, que podem
ser usados para reconhecer formalmente unidades de competências padrão,
módulo(s), curso ou programa.
Requisitos de admissão (entry requirements) - os conhecimentos, habilidades ou
experiência necessária para admissão a uma qualificação, curso ou programa de
formação.
Resultado (outcome) - na educação ou formação, um resultado ou conclusão de um
programa de educação ou formação.
Resultado (achievement) - o alcance de um padrão de desempenho determinado.
Resultado (attainment) – alcance de um determinado nível ou meta; na formação e
educação profissional conclusão com sucesso dos requisitos de um módulo ou curso.

Manual de Formação do Avaliador 86


Resultados de aprendizagem (learning outcomes) - as competências que se espera
que os candidatos adquiram ao concluírem, com sucesso, uma disciplina ou módulo.
Indicam o que os candidatos irão saber ou ser capazes de fazer como resultado de
uma actividade de aprendizagem. Resultados de aprendizagem são geralmente
expressos em forma de conhecimento, habilidades ou atitudes.
Sistema de garantia de qualidade (quality system) - um sistema de gestão
concebido para assegurar que os produtos e serviços de uma organização satisfazem
e excedem os padrões de qualidade definidos e estão sujeitos a continuo
melhoramento.
Supervisor (no local de trabalho) (tutor) – aquele que, fazendo parte da
empresa/entidade enquadradora, acompanha os formandos no posto de trabalho
durante um curso de formação profissional, favorecendo a aquisição de
competências e o desenvolvimento de atitudes e comportamentos procedendo à
sua avaliação.
Trabalhador assalariado (employee) – uma pessoa que trabalha para um
empregador e recebe uma remuneração ou uma pessoa que opera a sua própria
empresa com ou sem empregar outros.
Transferência de créditos (credit transfer) – o conferimento de créditos por uma
instituição ou provedor de formação aos candidates/formandos pelos módulos ou
unidades de competências concluidas na mesma ou em várias IEP´s.
Tutor (tutor) – formador que acompanha os candidatos no Projecto Integrado.
Unidade de competência padrão (UCP) (unit standard ou competency
standard) – é uma unidade de competência que é determinada/validada pelo
sector produtivo/empregadores/posto de trabalho e que estabelece as habilidades,
conhecimentos e atitudes requeridas para operar efectivamente no local de
trabalho/emprego. Unidades de competência padrão são compostas por elementos
de competência, que por sua vez incluem critérios de desempenho, contextos de
aplicação e evidências requeridas. As unidades de competência padrão são a base
para definição dos módulos curriculares.
Unidade de estudo (unit of study) - uma sub divisão de um curso, disciplina, ou
programa de estudo ou formação.
Universidade (university) - uma instituição de educação superior, geralmente
oferecendo graus e cursos de nível superior. Algumas universidades também
oferecem cursos de educação e formação profissional.
Validação (validation) - na pesquisa, um processo para confirmação da exactidão e
solidez da informação ou constatações; na garantia de qualidade, um processo
externo de verificação de que uma organização satisfaz os critérios para endosso da
qualidade ou que uma qualificação satisfaz a qualidade para sua aprovação pelo
órgão regulador
Validade da avaliação (validity) - a solidez da interpretação e uso dos resultados de
uma avaliação.
Volume de trabalho (work load) - estimativa do tempo ideal que, em média, se
espera que os formandos/candidatos necessitem para alcançarem determinados
resultados de aprendizagem.

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