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Beira
2022
Percursos Profissionais e Necessidades Organizacionais
Beira
2022
Índice
Capítulo I: Introdução.................................................................................................................4
1.1 Contextualização..........................................................................................................4
1.2 Objectivos.....................................................................................................................5
1.2.1 Geral......................................................................................................................5
1.2.2 Específicos............................................................................................................5
1.3 Metodologias................................................................................................................5
Referências bibliográficas.........................................................................................................16
Capítulo I: Introdução
1.1 Contextualização
As organizações incrementam e investem, cada vez mais, no desenvolvimento profissional do
s seus colaboradores de forma a permanecerem competitivas no mercado. Assim, são várias as
organizações que disponibilizam ferramentas para o desenvolvimento de objetivos de carreira
e planos de ação que as sustentem.
Uma vez que nas carreiras profissionais, a progressão na carreira assenta no estatuto,
conhecimento e reputação individual conquistada junto dos pares e permite o acesso a tarefas
mais exigentes ou desafiantes, melhoria das retribuições e maior acesso ao conhecimento.
Assim sendo, o objectivo do trabalho é de oferecer uma visão sobre trabalho temporário,
nomeadamente percursos profissionais (com criação de uma tipologia) e satisfação no
trabalho de trabalhadores temporários, relativamente a determinados aspectos do trabalho.
Trata-se de uma análise que incidiu sobre os trabalhadores afectos a uma agência de uma
empresa de trabalho temporário (empresa fotográfica).
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
1.3 Metodologias
A trajetória é um percurso que se inicia com a entrada na vida ativa se prolonga até ao
emprego atual. É precedida da frequência do sistema de ensino formal e inclui a eventual
realização de cursos de formação e de atividades profissionais complementares, a análise dos
movimentos de mobilidade escolar e social, a origem social e o lugar de classe, atendendo, em
particular, à natureza do vínculo contratual.
A evolução dos mercados de trabalho tem trazido espaço para uma acepção de carreira algo
diferente e que resulta essencialmente da conjugação de duas componentes da perspectiva de
“carreira externa”: por um lado, as oportunidades e, por outro lado, as opções ou interesses
próprios.
Vicent (1993, cit. por Gomes et al., 2008) sugere uma tipologia que liga o indivíduo à
organização e à ocupação, identificando quatro percursos de carreira: o percurso “relógio
dourado” – em que o trabalhador permanece na mesma empresa durante todo o seu percurso
laboral; o percurso “migrante” – em que o trabalhador desempenha a mesma função ao longo
da vida, mas em várias empresas; o percurso “serpenteante” – em que o trabalhador não
desempenha a mesma função ao longo da vida e fá-lo em várias empresas; e o percurso
“quebrado” – caracterizado por grande descontinuidade nas funções desempenhadas ao longo
percurso laboral.
Não obstante, existem autores que sublinham a importância da influência externa (conjuntura
do mercado de trabalho) sobre as opções do indivíduo, no contexto da definição do seu
percurso profissional. Ou seja, alguns modelos têm o seu focus de análise nos efeitos que a
flexibilidade de trabalho e emprego tem nos itinerários individuais. A flexibilidade de
trabalho e emprego é um fenómeno que inclui a descontinuidade dos percursos profissionais,
relações entre vários empregadores, períodos de desemprego, etc. (cf. Casaca, 2005b).
Kovács (2002) apresenta um modelo analítico complementar, que procura apreender, a partir
de dois eixos, as trajectórias dos indivíduos no mercado de trabalho: o da estabilidade de
emprego e o da qualificação.
Num estudo que apresenta resultados de um projecto de investigação sobre emprego flexível,
Kovács (2005) estabelece três grandes tipos de trajectórias de flexibilidade de emprego,
nomeadamente: a trajectória de “flexibilidade qualificante”, a “flexibilidade precarizante
transitória” e a “flexibilidade precarizante contínua”.
Sendo uma tipologia ajustada ao estudo da flexibilidade não prevê percursos de estabilidade,
como apresentados no parágrafo anterior, e são admitidas duas tipologias no percurso de
“flexibilidade precarizante” – a “transitória”, em que a transição entre empregos para os
jovens, com níveis de qualificação elevados ou médios, tende a ser pobre em conteúdo e com
pouco recurso às suas qualificações.
Casaca (2005), por sua vez, apresenta sete tipos de percursos laborais, tendo-os concebido
para a análise de conteúdo de entrevistas:
Para cada um destes tipos está associada uma definição que envolve as rotações de emprego,
o enquadramento sócio laboral (existência de contratos precários, vínculo ao regime de
Segurança Social), as perspectivas de transição para outra situação laboral, a escolaridade, o
investimento em capital educacional e qualificacional e a remuneração auferida (cf.Casaca,
2005).
Parte-se da ideia que gerir carreiras implica conhecer as expectativas e os percursos laborais
dos trabalhadores.
2.2 Tipologia de Percursos Profissionais
Neste caso, o sistema de avaliação 360 graus foi escolhido. São quatro as dimensões de
avaliação. De baixo para cima (subordinado-gerente), de cima para baixo
(gerentesubordinado), lateral (entre pares da equipe) e auto-avaliação. O sistema permite que
o funcionário tenha suas habilidades avaliadas semestralmente no trabalho.
Produção - o quarto banco de dados diz respeito à produção do funcionário. Este banco de
dados é quantitativo e, no Banco do Brasil, reúne as informações referentes ao desempenho
alcançado pelas equipes de trabalho e funcionários, frutos de um acordo de trabalho e metas
previamente estabelecido.
2.2.1 Mapeamento de competências profissionais
As competências profissionais são mapeadas e descritas tomando por base a ação das pessoas
e equipes no contexto em que sua função e o seu local de trabalho estão inseridos. Essa
metodologia busca dar clareza aos participantes do processo com relação à expectativa de sua
atuação. As competências mapeadas são classificadas nesses cinco grupamentos, dando
também uma noção do equilíbrio do mapeamento com relação à estratégia da organização. Ou
seja, os mapeadores de competências são orientados a propiciar um equilíbrio na referência
profissional / laboral com relação às definições estratégicas do BB.
Uma outra parte do processo é a inter-relação das competências mapeadas com uma
taxonomia de conhecimentos baseada em classificação oficial. Essa classificação permite que
se faça um vínculo matricial com as várias ações de desenvolvimento existentes (cursos
internos e externos, programas de leitura apoiados em bibliografia validada, filmografia,
estágios etc) de modo a propiciar aos participantes do sistema (funcionários), a condição de
buscar, no âmbito do conhecimento, opções para garantir a diminuição nos gaps de
competências que lhes garantam um melhor desempenho, uma análise para a ascensão
profissional ou o atendimento de interesses de aprimoramento pessoal.
Actualmente, as organizações vivem sob uma constante pressão motivada pela realidade da
mudança económica e, consequentemente, organizacional, bem como da adaptação
tecnológica e competitiva, provenientes da globalização (Stefano, Zampier e Maçaneiro,
2006). É devido a esta que as organizações se vêm perante a imposição de uma necessidade
de criarem estratégias inovadoras que permitam a promoção da sua vantagem competitiva,
imprescindíveis para a sua sobrevivência que advém quer do que são as necessidades e
desejos dos clientes (externos e internos), quer do que se refere às próprias organizações e a
sua produtividade, qualidade, inovação e adaptação ao mercado por parte das próprias
organizações.
Posteriormente, a abordagem da Escola das Relações Humanas, nos finais dos anos vinte do
século XX, toma como prioritário o ser humano, o trabalhador, destacando-se as suas
motivações, sentimentos, satisfação e bem-estar. Começa assim uma nova fase em que a
motivação humana, quer psicológica, quer social, está no centro das preocupações das
organizações, ao contrário do que acontecia com a abordagem clássica, cuja prioridade
passava pela obtenção de resultados tangíveis e cuja recompensa obtida pelos trabalhadores se
resumia a aspectos materiais (Chambel & Curral, 2008).
Desta abordagem, destaca-se a investigação de Elton Mayo e a sua experiência de Hawthorne,
em que o simples acto de demonstrar preocupação para com as pessoas, se revela suficiente
para a sua motivação e satisfação, fazendo-as, consequentemente, produzir mais e melhor. A
principal lição retirada desta experiência é o facto de o indivíduo ser mais produtivo, ter
melhor desempenho e satisfação nas suas actividades, aquando da integração num grupo onde
existe a entreajuda e a cooperação entre os membros, sem serem submetidos a uma autoridade
inflexível e marcada (Cubbon, 1969).
Sendo as pessoas o principal desafio das organizações de hoje, é também um desafio a sua
satisfação, nomeadamente através do desenvolvimento das suas qualificações, da criação de
ambientes que incitem a sua produtividade, empenho e motivação e, claro, fazer uma gestão
adequada destes factores no que diz respeito a conduzir as pessoas aos objectivos globais da
empresa e aos seus próprios objectivos.
Chegando ao fim do trabalho o grupo chegou a conclusão de que, com o passar do tempo e o
crescimento dos mercados de trabalho, acabou trazendo um espaço para uma acepção de
carreira algo diferente e que resulta essencialmente da conjugação de duas componentes da
perspectiva de “carreira externa”: por um lado, as oportunidades e, por outro lado, as opções
ou interesses próprios.