Você está na página 1de 16

Clínica Médica – Gastroenterologia

Afecções do Pâncreas

Célia Simão Chirova


1. INTRODUÇÃO
• O presente trabalho da disciplina de sistema
gastrointestinal foi elaborado com a finalidade
principal de compreender a afecções do
pâncreas. Porem, espera-se com o trabalho
descrever os principais factores de risco para
pancreatite aguda e crónica; distinguir os
sinais e sintomas de pancreatite aguda e
crónica; e descrever medidas gerais de
tratamento e indicações para transferência.
Estrutura do trabalho
• O trabalho esta dividido em 5 que são: primeiro a
introdução; segundo a pancreatite aguda onde
será possível encontrar o quadro clínico, o
diagnóstico, as suas complicações, e o
tratamento; terceiro a pancreatite crónica onde
será possível encontrar o quadro clínico, as suas
complicações, o diagnóstico, e o tratamento, por
quarto encontramos os pontos-chave, quinto a
conclusão e por fim as referências bibliográficas.
2. PANCREATITE AGUDA
• Pancreatite aguda é uma doença inflamatória do
pâncreas, caracterizada por episódios de dor abdominal
e elevação dos níveis séricos de amílase e lípase.
• A pancreatite aguda associa-se principalmente ao:
Alcoolismo e as Doença das vias biliares.
• A pancreatite também pode ser associada a outras
condições como trauma, distúrbios metabólicos,
cirurgias, medicamentos e toxinas. Entre as toxinas
destacam-se os insecticidas, o metanol, os
organosfosfatos. Como exemplos de medicamentos que
levam a pancreatite temos os imunossupressores, ARVs,
cotrimoxazol.
Cont…
Existem 2 tipos distintos de pancreatite aguda:
• Pancreatite aguda intersticial (quando há uma auto-
digestão do parênquima pancreático)
• Pancreatite aguda hemorrágica (quando para além da
auto-digestão ocorre também hemorragia. Esta
pancreatite está mais associada ao mau prognóstico)
A pancreatite aguda ocorre como consequência de uma
activação prematura dos zimogénios (enzimas
pancreáticas não activas), que vão fazer uma auto-
digestão do pâncreas.
Cont…
2.1 Quadro Clínico
• O quadro clínico é caracterizado por dor constante e
súbita nos quadrantes superiores, que se irradia para as
costas e dura cerca de 15 a 60 min. Pode evoluir com
náuseas e vómitos. Em casos severos o paciente torna-
se hipóxico e desenvolve choque hipovolémico.
2.2 Diagnóstico
• Observam-se elevados níveis de amílase séricas.
Tipicamente o nível sérico de amílase se eleva
rapidamente após 2 a 12 horas do início do ataque da
dor. Em seguida declina-se rapidamente para os valores
normais, ao longo dos 3 a 5 dias seguintes.
Cont…
2.3 Complicações
Um dos grandes problemas da pancreatite é o
surgimento de complicações, que podem ser:
• Sistémicas:
• Locais no pâncreas:
• Gastrointestinais:
Cont…
2.4 Tratamento
• Não existe droga que reverta a inflamação do pâncreas, por
isso, a conduta no paciente com pancreatite aguda visa:
• Tratamento de suporte (analgésica, sonda nasogástrica
para descompressão gástrica);
• Fluídoterapia para prevenção ou tratamento dos
desequilíbrios hidro-electrolíticos;
• Monitorizar e tratar as complicações;
• Jejum absoluto até os níveis de amílase começar a baixar;
• Identificação da causa de base e tratamento específico.
3. PANCREATITE CRÓNICA
• Pancreatite crónica é uma doença inflamatória do
pâncreas, caracterizada pela presença de lesão
morfológica, ou funcional permanente e progressiva no
pâncreas. Muitos pacientes sofrem agravamentos
intermitentes de pancreatite aguda.
• A pancreatite crónica pode ser dividida em: Pancreatite
crónica calcificante e Pancreatite crónica obstrutiva.
• A principal causa da pancreatite crónica é o alcoolismo.
Em países africanos, a desnutrição também é uma
causa importante.
Cont…
3.1 Quadro Clínico
• Na maioria dos casos apresenta-se geralmente em episódios de
pancreatite aguda. A dor abdominal é a principal manifestação, e
pode ser constante ou intermitente, diminuir ou desaparecer
completamente com o passar do tempo.
3.2 Complicações
• Pseudoquisto (formação de uma cavidade líquida bem delimitada
dentro do pâncreas ou na sua periferia) e ascite pancreática;
• Icterícia obstrutiva extra-hepática: há uma constrição benigna do
ducto biliar comum como resposta da inflamação do pâncreas;
• Estenose duodenal;
• Úlcera péptica.
Cont…
3.3 Diagnóstico
• No caso de suspeita clínica, a ecografia é um
bom meio de confirmação. O facto é que para
conseguir observar o pâncreas, o ecografista
deve ser experiente.
• Deve-se fazer testes para avaliar a função
pancreática.
Cont…
3.4 Tratamento
As medidas gerais de tratamento consistem no
tratamento da má absorção e controlo da dor. Isto
consiste em:
• Evitar ou eliminar o consumo de álcool;
• No início, deve-se dar ibuprofeno 400mg de 4/4 horas
ou Diclofenac 50 mg de 8/8 h ou se não melhorar com
nenhuma destas duas;
• Diclofenac injectável 75 mg 1 a 2 x por dia;
• Se não melhorar a dor com isso, referir para nível
superior para se prescrever analgésicos mais fortes.
4. PONTOS-CHAVE
• A pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser
aguda ou crónica.
• A pancreatite aguda está associada ao alcoolismo e
obstrução das vias biliares. Também pode ser associada a
medicamentos e toxinas. Entre as toxinas destacam-se os
insecticidas, o metanol, os organosfosfatos. Os
medicamentos que levam a pancreatite são os
imunossupressores, ARV, clotrimoxazol.
• O quadro clínico da pancreatite aguda é caracterizado por
dor constante e súbita, nos quadrantes superiores que se
irradia para as costas e dura 15 a 60 min. Pode evoluir com
náuseas e vómitos. Acompanha-se por elevação da amílase e
lípase sérica, horas depois do episódio agudo.
Cont…
3.4 Tratamento
As medidas gerais de tratamento consistem no
tratamento da má absorção e controlo da dor. Isto
consiste em:
• Evitar ou eliminar o consumo de álcool;
• No início, deve-se dar ibuprofeno 400mg de 4/4 horas
ou Diclofenac 50 mg de 8/8 h ou se não melhorar com
nenhuma destas duas;
• Diclofenac injectável 75 mg 1 a 2 x por dia;
• Se não melhorar a dor com isso, referir para nível
superior para se prescrever analgésicos mais fortes.
5. CONCLUSÃO
• Chegando ao fim do trabalho concluiu-se que as causas
mais comuns de pancreatite em adultos são o
tabagismo (ato de fumar), a presença de cálculos
biliares (fluidos digestivos que se tornam sólidos e
formam pedras na vesícula biliar), consumo de bebidas
alcoólicas, distúrbios genéticos do pâncreas e alguns
medicamentos (como corticoides e antibióticos).
• sendo normalmente indicado pelo médico a
suplementação de enzimas pancreáticas, bem como o
uso de medicamentos analgésicos, como a Dipirona ou
o Paracetamol.
BIBLIOGRAFIA
• Ausiello DA, Goldman. Cecil medicina. 23ª
edição. Brasil: Elsevier; 2009.
• Chilvers, Colledge, Hunter, Haslett, Boon.
Davidson: Princípios e prática da medicina
(Davidson’s principles and practice of
medicine). 19ª edição. Churchill Livingstone;
2002.

Você também pode gostar