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Exemplo de Redação -

Aborto: legalizar ou não?

(Tese fundamentada em aspectos positivos e negativos)


Questões científicas, éticas, morais e religiosas têm suscitado, há vários séculos,
inúmeras discussões com relação ao aborto. Enquanto em muitos países é legalizado e feito
de forma segura, em outros é ilegal e visto como um grave crime. Diante de tal impasse, fica
bastante claro que, praticados legalmente ou não, os questionamentos sobre tal prática sempre
existirão, em razão de diferentes fatores.
Com a liberdade sexual, o sexo sem responsabilidade está se tornando comum entre
os jovens. Consequentemente, não é raro acontecer que adolescentes engravidem, já que
negligenciam os métodos contraceptivos, propagados pelas diferentes mídias. Como
resultado, os abortos, em clínicas clandestinas, tornaram-se mais frequentes, sendo
considerados a terceira maior causa de morte do sexo feminino, divulgados com bastante
frequência. Tais ocorrências se devem ao fato de a legislação brasileira prever essa prática,
apenas em casos de estupro ou doenças congênitas. Assim, muitas jovens, que não se
precavem, sujeitam-se a pagar um alto preço, ficando estéril ou pondo em risco a própria
vida. Enfim, sob essa ótica, não regulamentar o aborto pode ser um fator negativo.
No entanto, o problema não se limita a apenas esse fator. As questões religiosas e
psicológicas também são bastante consideradas. Nessa lógica, para muitos, apesar de não ser
desejada, a criança não deve pagar pela irresponsabilidade dos pais. Estes disponibilizam de
informação, não se justificando, portanto, a ocorrência da gravidez indesejada que, por sua
vez, irá gerar inúmeros problemas. Por outro lado, para as pessoas mais espiritualizadas, essa
prática também tem um peso significativo, uma vez que consideram haver vida, desde o
momento da concepção, criminalizando esse procedimento. Consequentemente,
posicionam-se radicalmente contra a legalização desse ato. Outro aspecto a ser avaliado é a
questão psicológica, já que a decisão pelo aborto poderá desencadear várias patologias de
caráter emocional, inclusive a depressão.
Diante de um assunto tão polêmico, infere-se que a legalização do aborto se faz
necessária, para os que conscientemente optarem pela interrupção da gravidez, possam
fazê-lo em hospitais públicos ou particulares, sem maiores riscos. Outra alternativa é
intensificar, nas escolas e mídias, informações sobre o que a medicina disponibiliza em
procedimentos seguros que evitam a gravidez como também os mais modernos fármacos
anticonceptivos, além de outras prevenções mais tradicionais. Assim, teremos uma geração
mais informada e consciente, sem os contratempos de uma gravidez indesejada.

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