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sobre o aborto, colocando em foco o princípio "meu corpo, minhas regras". Para entender
essa problemática, é essencial analisar como a ciência e a saúde pública no Brasil se
relacionam com esse tema delicado e controverso.
A partir de uma perspectiva científica, é inegável que o aborto envolve questões de saúde
significativas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em países onde o aborto
é restrito, como é o caso do Brasil, cerca de 4,7% a 13,2% das mortes maternas são
atribuídas a abortos inseguros. Isso coloca em evidência a necessidade de discutir políticas
públicas que protejam a saúde das mulheres, garantindo acesso a procedimentos seguros
em condições médicas adequadas.
No âmbito político, é imperativo que os legisladores considerem a atualização das leis que
regem o aborto, levando em conta as evidências científicas e as necessidades de saúde
pública. A criação de políticas que garantam o acesso a procedimentos seguros e o apoio
às mulheres em situações de vulnerabilidade é crucial para proteger vidas e promover a
saúde de todos.
Em resumo, o debate sobre o aborto, sob a perspectiva "meu corpo, minhas regras", deve
ser fundamentado em dados científicos e orientado para a melhoria da saúde pública. Para
isso, é essencial que a sociedade e o Estado adotem medidas que assegurem o acesso a
serviços de saúde reprodutiva seguros e promovam a educação sexual, visando um futuro
onde as decisões sobre o corpo sejam tomadas com conhecimento, segurança e respeito à
saúde de todas as pessoas.