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FACULDADE DE ENFERMAGEM
DISCENTES: LUDIMILLA CUNHA
DOCENTES: BEATRIZ DOS SANTOS SILVA,
BRENA CAROLINA ANDRADE BORDALO SAMPAIO,
LETÍCIA CIBELLE LOBATO LOPES,
MARCELLE KETTLEN FERREIRA LONGO,
PAMELA RAISSA DA CUNHA,
SARAH CRISTINA DIAS MARCELINO
Belém/PA
Mar/2020
SUMÁRIO
RESUMO: ......................................................................................................... 1
JUSTIFICATIVA: .............................................................................................. 1
METODOLOGIA: ............................................................................................... 2
INTRODUÇÃO: .................................................................................................. 3
DESENVOLVIMENTO.........................................................................................4
CONCLUSÃO: ..................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS: .................................................................................................. 9
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RESUMO: Este artigo, trata dos aspectos e os fatores que implicam muitas
mulheres a optarem pela prática ou não do aborto. Os textos se baseiam em leituras
de artigos, os quais foram pesquisados, selecionados e lidos no intuito de tratar os
aspectos essenciais para a discussão dessa temática, bem como de questões
importantes como: fatores jurídicos, religiosos, saúde da mulher e a prática
clandestina, aspectos éticos e bioéticos, sendo esses, determinantes para o
entendimento e compreensão do tema exposto.
OBJETIVO GERAIS: Essa leitura tem por objetivo expor sobre o tema aborto e o
motivo que leva muitas destas moças a realizarem esse tipo de procedimento e as
consequências desse ato na saúde pública e na qualidade de vida destas mulheres.
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METODOLOGIA: Como metodologia, este trabalho utilizará a Pesquisa Teórica de
Artigos, relacionando os tópicos importantes e relevantes ao tema aborto com as
buscas realizadas. Por ordem, cada parte do texto vai se basear em fontes
científicas fidedignas como forma de reforçar o assunto a ser tratado e dar mais
credibilidade a pesquisa. Os textos foram escolhidos por meio de sites como o BVS,
Scielo, Ministério da Saúde, OMS, Código Penal com o mecanismo de busca “aborto
e ética”. Para a introdução será exposto o conceito
INTRODUÇÃO:
Considera-se aborto a interrupção da gravidez, seja de modo espontâneo/
involuntário (sem qualquer tipo de participação da gestante ou de terceiros),
ilegal/inseguro (métodos clandestinos e inadequados de retirada do feto), ou por
métodos seguros/legais (procedimento cirúrgico feito pelo profissional médico),
culminando com a morte do feto ou embrião e sucessivamente retirada desse do
útero. Logo, não se configura crime por ser alheio a vontade da mulher e não
estando em conformidade aos planos desta em tê-lo. Entretanto, no Brasil, a
interrupção induzida (por meio da ingestão de substâncias ou por cirurgia) é
permitida apenas em alguns casos, como os de estupros, má formação do feto ou
anomalias e em casos quando não há a possibilidade de salvar a vida da paciente
(aborto necessário). Mesmo com a lei assegurando essas exceções, ainda é
expressivo o número de mulheres que não se enquadram em tais perfis e realizam
abortos inseguros fora dos padrões ideais exigidos à sua prática; por isso,
considera-se um grave problema de saúde pública que envolve questões éticas,
religiosas e morais. Por ser um assunto muito complexo e polêmico, diversas
instituições importantes têm debatido essa questão como maneira de defender seu
ponto de vista e, percebe-se que todas possuem um entendimento a respeito do
assunto, mas, nem sempre estão em conformidade uma com as outras. A igreja por
exemplo, defende a preservação da vida desde a concepção os anos milhões de
abortos são feitos de forma clandestina e errônea, principalmente entre as jovens e
mulheres negras de países mais pobres e subdesenvolvidos, ocasionando milhares
de mortes anuais por complicações advindas dessas prática.
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ASPECTOS JURÍDICOS:
O aborto é considerado crime no Brasil, com previsão legal nos artigos 124 ao
127 do Código Penal e tem penas variadas, dependendo do caso. Situações em que
a gestante que decide abortar e consentir que outra pessoa a provoque, por
exemplo, pode ser penalizada com pena de 1 a 3 anos de detenção; e quem realiza
o aborto também recebe sanções das quais podem chegar de 3 a 10 anos, bem
como quem leva uma gestante considerada incapaz a abortar, seja por insanidade
mental ou quando essa pessoa não é maior de catorze anos. Penalizado de 3 a 10
anos. Vale ressaltar que o aborto culposo não é passível de punição
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as etapas desde a fecundação até o nascimento, assim, se em uma gravidez onde
teriam que escolher a vida da mãe e do feto, sempre de forma prioritária será optata
por salvar a vida materna. Outrossim, o que difere a religião do catolicismo, é que
não se posiciona quanto ao momento em que o embrião se torna humano ou
quando adquire vida. Entre diversas religiões, não menos importante, o islamismo,
de forma geral não consente a pratica abortiva, além de que prega que o feto ou
embrião não é considerado humano desde o início, para eles e possível interromper
uma gravidez antes dos 120 dias, que não implicará em crime. Após esse período,
se abortar é considerado crime, sendo assim, de forma ampliada, para o islã, só
depois de que o feto desenvolva ossos e carne e que daria o crime de aborto. Além
desses, para o espiritismo, entende o aborto como crime, uma vez que o espirito
vem por ordem divina e a pratica esportiva, dá-se como a recusa da vontade de
Deus. Mas em casos de risco a saúde, a prioridade a vida recairá sobre a vida da
mãe. Para o candomblé, se mostra neutro, uma vez que não fazem restrições com
relação ao sexo, sendo que não proíbem e nem apoiam o aborto. Além de existir
uma crença dentro da religião, que diz que a mãe faz abortos, trás mais de uma vez
a “criança morta”, mas não se trata de uma criança, mas sim de aparições que
representam o mal. De forma geral, são diversas religiões, cada uma com sua
maneira de ver a pratica do aborto, e teorias que explicam quando e o momento que
o feto se torna humano ou adquire alma, ressaltando, que em algumas condenam
qualquer forma de aborto, não abrindo espaço se quer para salvar a vida materna
em casos de risco. Sendo assim, conclui-se que o aborto no Brasil é um tema
discutido, criticado, apoiado e condenado por diversos grupos, sejam eles religiosos
ou não, que colocam em pauta sempre a possibilidade ou não de ser legalizado,
mas que requer bastante atenção e discussão.
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ÉTICA E O ABORTO: A ética de acordo com Immanuel Kant consiste na
ação pautada na razão que visa o bem comum (universal) e esse agir deve ser livre
de inclinações. Para Sócrates, significa uma ação que visa uma finalidade, a
Eudaimonia (felicidade). Partindo-se dessa perspectiva, o aborto pode ser entendido
como o ato de retirada do embrião ou feto com o consentimento da mulher que não
deseja prosseguir com a gravidez. Essa prática, apesar de ser considerada lícita em
alguns países desenvolvidos, no Brasil tal procedimento é considerado crime
(Código Penal, art. 124, 125, 126), fato esse tem gerado muitas polêmicas, tanto
pelo aspecto reprodutivo, quanto pelo social e autônomo das mulheres, haja vista
que a mulher sempre foi vista como um ser materno, instintivo para a reprodução na
ótica masculina e patriarcal. Primeiramente, realização desse procedimento ainda é
considerado um tabu na sociedade, como um pressuposto de que a mulher ainda
não tem o direito à escolha de optar em ter ou não o filho. O assunto em si é
questão de saúde pública, primeiramente, devido à falta de assistência de muitos
profissionais de saúde em relação ao atendimento e a assistência prestada dessas
pacientes, mesmo nas situações previstas em lei. Isso significa que... Outro ponto se
trata Legalmente, o aborto não pode ser dado como crime, quando praticado por
médicos em mulheres que foram violentadas (o qual gera um sofrimento psíquico);
quando o feto sofre de anencefalia, má formação do tubo neural; ou quando ocorre
naturalmente.
A ética encara o certo e o errado, resultando no entendimento e aceitação do
corpo social, compõe-se a partir da concordância de várias morais, uma pessoa com
princípios, valores e convicções é considerado um ser ético.
Necessariamente o aborto, constituído pela lei, ocorre quando há um perigo
que o feto causa à vida da gestante ou quando o feto foi concebido devido um
estupro.
Todavia, mesmo considerado um aborto ético, é fundamental o
consentimento da mulher que foi violentada sexualmente para a realização do
aborto, caso ela queira continuar com a gestação, o aborto não será realizado; e se
caso for considerada incapaz o representante legal irá determinar o ato ao médico.
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Giugliani C, Ruschel AE, da Silva MCB , Maia MN, DO de Oliveira. O direito ao
aborto no Brasil e a implicação da Atenção Primária à Saúde