Você está na página 1de 29

PRÁTICAS

ANCESTRAIS DE
SAÚDE UTERINA
lições do Ayurveda e da
Medicina Tradicional Andina
para a saúde da mulher
SUMÁRIO

Apresentação .................................................................................................... 01
Por que falar de saúde uterina? .................................................... 03
Saúde uterina na infância e adolescência ........................... 04
Saúde uterina na fase adulta ........................................................... 07
Saúde uterina na menopausa .................................................. 10
Conquistando mais autonomia na saúde uterina ........ 12
Ciclo menstrual como indicador de saúde ...................... 13
Práticas ancestrais de saúde uterina ................................... 20
Sobre a Vila Brahmi ...................................................................... 26
Sobre o Vida Veda ......................................................................... 26
APRESENTAÇÃO

Desde tempos imemorais, o útero foi considerado um


portal divino de criação.

Em sânscrito, ele se chama Hiranyagarbha, traduzido


literalmente como “útero dourado”.

Hiranyagarbha é a fonte de criação de todo o Universo.


Portanto, é a energia primordial que dá à luz ao mundo
material.

Sendo a origem de tudo, Hiranyagarbha é a unidade da


criação. Logo, não é masculino nem feminino.

Em águas poderosas flutuou o ovo universal do Ventre Dourado,


Hiranyagarbha, que deu origem à chama da vida, o Espírito Único de
todos os Deuses.~ Rig Veda (X.121)

Na cultura andina, o útero é um espaço mágico, onde a


vida é criada e gestada.

Mas ele também é um espaço de vida e de morte, onde o


ciclo de renovação ocorre mensalmente para a mulher
através do seu ciclo menstrual.

01
Logo, ele também é um território de luta, pois é o
primeiro território que habitamos nesta existência.

Por tudo isso, ao longo de milênios, as culturas ancestrais


cultuaram o feminino através desse cálice sagrado que
contém o sangue da vida, da criação.

No entanto, desde que a história passou a ser escrita


pelos conquistadores, essa veneração foi sendo perdida.

E nós passamos a perceber o feminino como algo


perigoso, problemático, envolto em uma série de tabus e
proibições, o que desencadeou uma série de outras
questões que impactam diretamente a saúde da mulher.

Esperamos que este e-book te ajude a compreender


melhor essas questões e que contribua para que você se
torne, cada vez mais, consciente da sua própria
natureza.

Com carinho,

Equipes
Vila Brahmi e Vida Veda

02
POR QUE FALAR DE SAÚDE
UTERINA?

Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial, os


problemas relacionados à saúde reprodutiva e sexual
correspondem a 1/3 das doenças relacionadas às
mulheres e 1/5 das doenças de todo o mundo.

O investimento nessa área, nos países em


desenvolvimento, poderia evitar 52 milhões de gravidezes
indesejadas, salvar 1,5 milhões de vidas e evitar que 505
milhões de crianças perdessem suas mães.

Apesar disso, os esforços por proporcionar uma medicina


centrada na mulher ainda são poucos.

A desigualdade de gênero aumenta os riscos à nossa


saúde e a falta de educação, a fim de proporcionar
maior autonomia sobre nossos corpos e processos
físicos, mentais, emocionais, espirituais e sociais, ainda não
alcança boa parcela da população.

03
Diante disso, as medicinas ancestrais, como o Ayurveda e
a Medicina Tradicional Andina, cumprem um papel
fundamental na promoção da saúde feminina,
devolvendo às mulheres mais autoconhecimento e
autonomia em todas as fases de suas vidas.

Saúde uterina na infância e


adolescência

Definimos menarca como a primeira menstruação de uma


mulher. Aos olhos externos, é um processo simples e
natural. Mas biologicamente, ele é acionado por uma série
de fatores.

A sociedade, em sua cegueira, deve tomar conhecimento


de que menstruar é um ato sagrado, um momento de
muita abertura espiritual e de evidente sensibilidade.
Pabla Pérez

Para que uma pessoa menstrue pela primeira vez, o eixo


hipotálamo - pituitária - ovários precisa ser acionado
corretamente. Isso depende de outros fatores, como a
saúde física, nutricional e emocional, por exemplo.

04
Segundos estudos, questões como sobrepeso, dieta
altamente calórica, falta de atividades físicas e exposição
a produtos químicos pode acarretar em uma menarca
precoce.

A menarca precoce pode desencadear outros processos,


como ansiedade, depressão, obesidade e riscos mais
elevados de desenvolvimento de doenças crônicas, como
diabetes mellitus, hipertensão e doenças coronarianas ao
longo da vida.

Isso sem falar nos impactos sociais que meninas e


mulheres ainda sofrem por causa de tabus e falta de
conhecimento acerca dos processos biológicos femininos

No Brasil, uma a cada cinco meninas falta à escola quando está


menstruada.

Só para você ter uma ideia, de acordo com o relatório


Educação para a puberdade e gestão da higiene
menstrual da UNESCO, uma a cada dez meninas na
África Subsaariana falta às aulas durante o período
menstrual.

05
No Afeganistão e no Nepal, três a cada dez meninas
falta à escola pelo mesmo motivo.

No Brasil, os dados são ainda mais alarmantes: uma a


cada cinco meninas falta à escola quando está
menstruada.

Os motivos para isso?

Além da falta de acesso a itens de higiene menstrual,


estão os tabus culturais, a falta de educação menstrual, a
estimagtização por parte de meninos e homens e
prevalência de casamentos infantis, uma vez que, em
muitas culturas, a menarca é sinal de que a menina está
pronta para casar.

Todos esses fatores


afetam não só a saúde
mental das meninas, como
também impactam na
falta de conhecimento do
próprio corpo, na recusa
em procurar serviços de
saúde e no seu
desenvolvimento
educacional, social e
econômico.

06
Como você pode ver, falar sobre saúde menstrual e
uterina desde a infância é a melhor maneira de
começarmos a reverter processos que vêm definindo a
vida de inúmeras mulheres em todo o mundo.

Mas, como você deve imaginar, os desafios ainda não


param por aqui.

Saúde uterina na fase adulta

Na fase adulta, a perda da conexão com a sacralidade


do útero e a visão de que essa característica feminina é
algo ruim, a ser controlada, ignorada e até suprimida, se
intensifica.

O mercado de trabalho exige pessoas racionais,


altamente produtivas e totalmente centradas no trabalho
mental. Por outro lado, mulheres são cíclicas, criativas e
com um emocional muito mais desenvolvido.

E a sociedade dominada pelo racional não sabe lidar


com essas habilidades. Logo, tenta suprimir e controlá-
las através de altas concentrações de hormônios e
ignorar tudo o que envolve os processos físicos, mentais,
emocionais e energéticos próprios da mulher.

07
O que acontece depois? Adoecemos.

Em seu livro O lado emocional da endometriose, Lilian


Donatti traz à tona uma extensa pesquisa sobre os
processos emocionais que desencadeiam e são
desencadeados pela endometriose, um desequilíbrio
uterino que afeta 190 milhões de mulheres e meninas em
todo o mundo.

A demora no diagnóstico, que pode levar até 10 anos, é


responsável por um ciclo interminável de inflamações que
podem levar a mulher a ser privada de sua vida social,
laboral e até sexual.

Essa é apenas uma das várias doenças ginecológicas


desenvolvidas pelas mulheres ao longo de suas vidas.

A candidíase vulvovaginal, que também pode


desencadear outros problemas ginecológicos, afeta 138
milhões de mulheres em todo o mundo. Até 2030, estima-
se que 158 milhões de mulheres sofram com esse
problema.

Uma das doenças mais temidas, o câncer de colo de


útero, afeta cerca de 600 mil mulheres todos os anos,
sendo que mais da metade delas não sobrevive.

08
E sabe qual a porcentagem de mulheres que faz exames
para detecção de câncer anualmente? Só 11%.

Outros problemas que afetam a saúde uterina na fase


adulta são os pólipos uterinos, os miomas, a síndrome do
ovário policístico e o prolapso uterino, dentre outras.

Isso sem falar dos desequilíbrios associados diretamente


ao ciclo menstrual, como as cólicas, sangramentos
excessivos ou escassos, os atrasos menstruais e a própria
supressão da menstruação devido a fatores físicos e
emocionais.

Como você pode ver, não são poucos os desafios pelos


quais uma mulher em “idade reprodutiva” passa.

Precisamos recuperar a sabedoria


que o nosso sangue nos oferece, aprender a escutar os chamados
e as sensações que a vida nos traz a cada ciclo lunar,
para alcançar uma limpeza e renovação.
Pabla Pérez

09
Saúde uterina na menopausa

Assim como as meninas sofrem com a estigmatização e


os tabus no momento da menarca, as mulheres que
entram na menopausa passam pelo mesmo problema.

Infelizmente, um processo biológico natural do corpo


fêmea é associado ao papel social da mulher, como se a
menopausa fosse um prenúncio do fim da vida ou mesmo
da “inutilidade” da mulher para o contexto social no qual
vivemos.

Ainda bem que temos inúmeros movimentos e mulheres


corajosas desconstruindo essa visão em todo o mundo.

Mas, para além dos desafios sociais, temos ainda os


desafios físicos deste processo.

Nenhum médico, nenhum ginecologista, nenhum terapeuta ayurveda ou


da ginecologia natural vai entender tão bem do seu corpo quanto você.

10
Por exemplo, estudos indicam um risco maior de prolapso
dos órgãos pélvicos, o que inclui o prolapso uterino, em
mulheres com idade mais avançada.

O desenvolvimento de inflamações vulvovaginais


também podem impactar a saúde das mulheres na
menopausa, assim como o desenvolvimento de inúmeros
tipos de câncer.

E o que todas essas informações nos dizem? Que


precisamos, mais do que nunca, colocar a saúde uterina
em foco.

Isso requer não só a formação de profissionais


especializadas na saúde da mulher, para promover um
atendimento de qualidade, como também um processo de
autocuidado e auto-observação próprio.

11
CONQUISTANDO MAIS
AUTONOMIA NA SAÚDE UTERINA

Como você pode ver, existem muitos desafios que


precisam ser superados para que todas as mulheres
tenham acesso a serviços de saúde gratuitos e de
qualidade.

E um importante passo para que esse sonho se realize é


voltarmos a valorizar as medicinas ancestrais, como o
Ayurveda e a Medicina Tradicional Andina.

Isso porque esses sistemas de medicina carregam


conhecimentos que você pode usar para compreender
melhor seus processos físicos, mentais e emocionais e
cuidar da sua saúde com mais autonomia.

E para começarmos a adentrar esse universo de


possibilidades, vamos entender como a menstruação pode
ser uma importante aliada na saúde da mulher.

12
Ciclo menstrual como indicador de
saúde

No Ayurveda, aprendemos que a menstruação é um


importante indicador de saúde. Isso porque ela é, segundo
a visão ayurvédica, um subproduto da alimentação.

É claro que não é só a alimentação que conta. A prática


de atividades físicas, por exemplo, também impacta na
sua saúde menstrual.

Além disso, a qualidade do seu sono, bem como do


descanso, também são importantes fatores que vão se
refletir no seu ciclo menstrual.

Outros elementos que podem afetar o ciclo menstrual são


o estresse, os choques emocionais e o nervosismo.
Portanto, tanto fatores internos quanto externos
influenciam essa dinâmica corporal.

Confira seguir quais sinais seu corpo pode dar e como


observá-los.

13
Cor

Um importante indicador de saúde uterina está na cor do


sangue menstrual. Isso porque o fluxo menstrual é
formado pela descamação do endométrio, a camada de
revestimento que se forma no útero para esperar que a
fecundação do óvulo aconteça.

Geralmente, o sangue menstrual é vermelho vivo, nem


muito líquido, nem muito espesso.

Mas às vezes, ele pode adquirir uma cor mais


amarronzada, como borra de café. No primeiro e último
dia da menstruação, essa cor é perfeitamente normal.
Porém, se o sangue menstrual mantiver essa cor durante
todo o fluxo, pode indicar algum tipo de desequilíbrio.

Por outro lado, se o sangue menstrual for vermelho muito


vivo e fluido, como se você tivesse se cortado, também
pode indicar um desequilíbrio.

A auto-observação vai te ajudar a identificar o que é


normal para você e o que está fora do padrão. E, caso,
você identifique que algo não está bem, convém consultar
uma profissional de saúde.

14
Cheiro

O cheiro do sangue menstrual também é uma


característica que você deve observar a cada mês.

Segundo os textos clássicos do Ayuveda, um cheiro


adocicado, semelhante a mel, deveria ser o normal.
Outros apontam que não deveria haver cheiro algum.

Mas o importante aqui é perceber se o sangue menstrual


vem acompanhado de cheiros fortes, como de ferro, carne
ou peixe.

Esses odores incomuns podem indicar algum tipo de


infecção, bactéria ou outro tipo de desequilíbrio na sua
saúde uterina.

Mais uma vez, vale a


pena consultar com uma
profissional qualificada,
seja de Ayurveda,
Medicina Tradicional
Andina, Ginecologia
Natural ou mesmo a
ginecologia moderna.

15
Textura

A textura do sangue menstrual também pode te dar


pistas de como anda a sua saúde uterina.

Um sangue muito líquido pode indicar algum tipo de


sangramento interno que não seja menstruação, por
exemplo.

Por outro lado, um sangue muito espesso, com presença


de muco, também pode indicar algum tipo de
desequilíbrio no seu organismo e precisa ser investigado.

Quantidade

Uma mulher perde, em média, 80ml de sangue durante


um período menstrual.

O sangramento excessivo, que ultrapassa os 150ml de


sangue, já pode ser considerado menorragia e precisa ter
suas causas investigadas, pois pode ser sinal de miomas
uterinos, endometriose ou hemorragia, por exemplo.

16
Assim como um sangramento menstrual excessivo não é
normal, um fluxo menstrual escasso também não é.
Portanto, mantenha-se atenta à quantidade de
sangramento durante seu período menstrual.

Aqui, vale um alerta. Recentemente, foi publicada uma


pesquisa da BMJ Sexual & Reproductive Health que
revelou que os absorventes sintéticos, esses comprados
nas farmácias e supermercados, têm uma capacidade de
absorção menor do que a indicada pelos fabricantes.

Isso porque esses produtos não são testados com sangue,


mas sim com soluções salinas. Ou seja, você acaba tendo
a impressão de que tem um sangramento maior.

E como isso te afeta na prática? Muitas mulheres


acreditam que têm menorragia, quando, na verdade, não
têm. E isso leva a tratamentos desnecessários, com uso
de medicamentos e até mesmo cirurgias.

Para ter certeza de qual é o volume de sangue que você


perde a cada período menstrual, experimente usar
absorventes ecológicos — feitos de pano.

17
Embora os coletores menstruais possam dar uma
dimensão ainda maior sobre o volume menstrual, de
acordo com a visão ayurvédica eles não são tão
recomendáveis por, potencialmente, bloquear os caminhos
de vata dosha, gerando outros problemas.

Duração

Finalmente, você pode observar a duração do seu período


menstrual. Por exemplo, se você costuma sangrar 5 dias a
cada período e, de repente, aumenta para 8 dias, pode
haver algum tipo de desequilíbrio.

Da mesma forma, se você menstrua 5 dias a cada período


e de repente passa a ter apenas 2 dias de fluxo, também
pode haver algum tipo de desequilíbrio.

Dor

Embora sentir cólicas menstruais tenha se tornado algo


comum, segundo a visão do Ayurveda e da Medicina
Tradicional Andina, não é normal.

A dor é um dispositivo de alerta do nosso organismo que


indica que algo não está bem. Diante disso, toda e
qualquer dor deveria ser investigada.

18
As contrações que o útero faz para expelir o endométrio
não podem se traduzir em dores insuportáveis, como
muitas mulheres enfrentam todos os meses.

Esse tipo de sintoma pode ser indicativo de outros


problemas, como endometriose e miomas, por exemplo.
Por isso, mais uma vez, estar atenta ao seu corpo e
consultar uma profissional de saúde é fundamental.

Como você deve imaginar, cada pessoa tem suas


particularidades. Justamente por isso, é essencial que você
desenvolva o hábito de se auto-observar.

E lembre-se: nenhum médico, nenhum ginecologista,


nenhum terapeuta ayurveda ou da ginecologia natural vai
entender tão bem do seu corpo quanto você.

Agora que você já sabe de tudo isso e pode começar a se


auto-observar e identificar sinais de possíveis
desequilíbrios na sua saúde uterina, como o Ayurveda e a
Medicina Tradicional Andina podem te ajudar?

19
PRÁTICAS ANCESTRAIS DE SAÚDE
UTERINA

A Medicina Ayurveda e a Medicina Tradicional Andina se


desenvolveram paralelamente, cada uma de um lado do
globo terreste. Uma na região dos Himalayas, outra na
região dos Andes.

E o que diferencia esses dois sistemas de medicina


milenares é o que torna a união dos dois uma
verdadeira potência: a diversidade de recursos que
podem ser aplicados à saúde.

Isso porque os métodos de tratamento são realmente


muito parecidos. Infusões, decocções, vaporizações,
xaropes, inalações, cataplasmas, enemas, dentre outras
ferramentas, fazem parte de ambos sistemas de medicina.

Até mesmo o famoso panchakarma do Ayurveda é visto


sob outros nomes na Medicina Mapuche, que faz parte
do corpus de conhecimento da Medicina Tradicional
Andina.

20
Outro ponto em comum entre essas medicinas é o
entendimento que a saúde e a doença estão
intrinsecamente ligadas à qualidade da alimentação.

Além disso, ambos sistemas de medicina têm uma visão


integrativa do ser humano, o que significa que se
preocupam não só com a saúde física, mas também
mental, espiritual e social.

A seguir, você confere algumas das práticas ancestrais


propostas tanto pelo Ayurveda quanto pela Medicina
Tradicional Andina:

Para aliviar a cólica menstrual

Ingredientes
raiz de alcaçuz moída
ghee

Preparo
Misture as raízes de alcaçuz moídas com o ghee na
medida de um angula (equivalente a uma falange do
dedo) e consuma durante o período menstrual.

* Fonte: fragmento do Livro de Rusā, mulher vaidya que viveu antes do


século II EC.

21
Óleo para aliviar a cólica menstrual

Ingredientes
pétalas de calêndula, camomila e lavanda maceradas
óleo de amêndoas ou gergelim

Preparo
Coloque as pétalas de calêndula, camomila e lavanda
maceradas em um frasco de vidro. Acrescente o óleo de
gergelim ou prímola. Deixe descansar por 30 dias,
dinamizando a mistura a cada 3 dias.

Após o término desse período, massageie a região do


útero com movimentos circulares, mantendo o corpo
sempre aquecido.

* Receita de Patrícia Hernandez, disponível no livro Del


cuerpo a las raíces: uso de plantas medicinales para la
salud sexual y reproductiva, de Pabla Pérez.

22
Para tratar corrimento vaginal

Ingredientes
manjericão (Ocimum basilicum)
manjericão sagrado (Ocimum tenuiflorum)
18g de melaço de cana
vinho

Preparo
Macere as folhas de manjericão e
manjericão sagrado até obter 36g de
seiva das folhas. Misture com o
melaço de cana e adoce o vinho com
essa mistura. Tome por 3 dias em
jejum.

* Fonte: fragmento do Livro de Rusā,


mulher vaidya que viveu antes do
século II EC.

23
Tintura-mãe para amenorreia

Ingredientes
01 parte de folhas de franboeseira
10 partes de álcool de cereais

Preparo
Macere as folhas de framboeseira e coloque-as em um
vidro fumê.

Complete com as 10 partes de álcool de cereais e deixe a


mistura descansar por 30 a 45 dias.

Lembre-se de dimanizar a mistura a cada 3 dias, para


que o álcool extraia todas as propriedades medicinais da
erva.

Terminado o período de maturação, tome 30 gotas, duas


vezes ao dia até que a menstruação desça.

* Fonte: Manual de Introdução à Ginecologia Natural, de Pabla Pérez.

24
Infusão para menorragia

Ingredientes
01 colher de cavalinha desidratada
150ml de água

Preparo
Ferva a água, retire do fogo e despeje sobre a erva. Deixe
agir por 5 a 10 minutos e então beba. Tome duas xícaras
ao dia durante o período menstrual.

* Fonte: Manual de Introdução à Ginecologia Natural, de Pabla Pérez.

Essas são algumas indicações simples que você pode


fazer em casa e assim começar a desenvolver mais
autonomia sobre a sua saúde.

Tanto a Vila Brahmi quanto o Vida Veda produzem


conteúdos mensais e gratuitos que podem te ajudar a
explorar ainda mais possibilidades.

25
SOBRE A VILA BRAHMI

Idealizada por Évelim Wroblewski, geminiana,


comunicóloga, taróloga, terapeuta ayurveda especializada
em ginecologia ayurveda, terapeuta da ginecologia
natural, guardiã da medicina do cacau e estudante de
Medicina Tradicional Andina, a Vila Brahmi tem como
missão resgatar os saberes ancestrais para promover
uma vida mais saudável de forma simples e natural.

SOBRE O VIDA VEDA

Idealizado pelo Vaidya Matheus Macêdo, primeiro


brasileiro a se formar no Bacharelado em Medicina e
Cirurgia Ayurveda (BAMS) na Índia, o Vida Veda tem
como missão inspirar pessoas a relembrarem sua
Natureza, desenvolverem uma consciência mais
profunda sobre a vida e transformarem conhecimento
em coerência individual, local e global.

26
A verdadeira
medicina está
dentro de você.

Você também pode gostar