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POLÍTICAS PÚBLICAS DE

SAÚDE DA MULHER
Prof. Enf. João Paulo Silva
FINALIDADE, ORGANIZAÇÃO E
COMPOSIÇÃO DO CENTRO OBSTÉTRICO
O Centro Obstétrico/ Centro de Parto Normal
é a unidade de atendimento ao parto normal
localizada próximo ao Centro Cirúrgico, com
um conjunto de elementos destinados a
receber a parturiente e seu acompanhante,
de forma humanizada e que permita a
evolução do parto o mais fisiológico possível,
ativo, participativo e, sobretudo seguro.
COMPOSIÇÃO
A unidade do Centro Obstétrico (CO)/ Centro de Parto Normal ( CPN) é
composta de:

Pré-Parto: Unidade destinada ao recebimento e acompanhamento de


parturientes nos momentos que antecedem o parto. Nesta unidade é realizado
o constante monitoramento materno fetal com objetivo de avaliar o progresso
do trabalho de parto, garantindo a segurança da parturiente e do feto.

O Pré-Parto é composto por: • 07 Box com 02 leitos cada, separados por


divisórias; • 01 Sala para exames; • 01 Conforto para equipe multiprofissional;
• 01 DML/ 01sala para resíduos; • 01 Expurgo; • 01 Posto de Enfermagem; • 02
Banheiros para funcionários; • 01 Copa para funcionários; • 02 Banheiros para
pacientes; • 02 Vestiários.
PPP (Pré-Parto Parto e Pós-Imediato):
É a unidade de atendimento ao parto normal com um conjunto de elementos
destinados a receber a parturiente e seu acompanhante, de forma humanizada e
que permita a evolução do parto da forma mais fisiológica possível, ativo,
participativo e, sobretudo seguro. A Unidade possui quatro salas de PPP, onde
cada sala é composta por:
• 01 Banheira para banhos de relaxamento;
• 01 Cama para o parto; • Banqueta giratória;
• 01 Berço aquecido;
• 01 Assento ativo ( cavalinho);
• Bola para exercício Perineal;
01 Mesa para instrumental;
• 01 Balança digital neonatal;
• 01 Mesa para refeição;
• 01 Carro móvel para medicação e material de consumo;
• 01 Foco cirúrgico;
• 01 Kit para atendimento de emergência ao RN (ambu neonatal com jogo de
máscaras, laringoscópio com lâmina reta nº 0 e 1, cânulas traqueais nº 2 / 2,5/
3,0/ 3,5 / 4,0 mm e material para fixação da cânula,
caixa com medicação utilizada em reanimação do RN);
• 01 Régua antropométrica;
• Painéis para a rede de oxigênio e vácuo ( aspirador de
parede, fluxômetro de 02, umidificador);
• Carro de emergência com material para aspiração,
intubação e cateterismo umbilical;
• Fita métrica.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi
elaborada pela Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da
Saúde em 2004, a partir da necessidade deste Ministério de contar
com diretrizes técnico-políticas para a atenção à saúde das mulheres
no país. A PNAISM foi concebida em parceria com outras áreas e
departamentos do Ministério da Saúde, a Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres e com segmentos do movimento de
mulheres, buscando assimilar as reivindicações dos diversos
movimentos sociais. Na ocasião, foi apresentada e debatida no
Conselho Nacional de Saúde, com o objetivo de ser reconhecida como
uma política de Estado e assim assimilada pelas instâncias de decisão
do Sistema Único de Saúde (SUS).
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
A PNAISM tem como premissa o direito à saúde e o respeito às diretrizes do SUS e se
baseou nas seguintes questões para a sua elaboração:
• Conceituar as ações de saúde da mulher como política e POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER não mais como programa, por entender que,
conceitualmente, o termo política é mais abrangente que o termo programa, para
ressaltar a resposta governamental a determinados problemas de saúde de certos
grupos específicos, neste caso as mulheres;
• Introduzir e visualizar novas “necessidades” de saúde das mulheres, até então ausentes
das políticas públicas;
• Introduzir ações para segmentos da população feminina, todavia sem visibilidade
social;
• Definir fontes de recursos e responsabilidades nos diversos níveis do sistema, de acordo
com as diretrizes do SUS e os instrumentos de gestão adotados pelo Ministério da Saúde;
• Introduzir nas políticas a transversalidade de gênero, o recorte racial-étnico e as
especificidades das mulheres que fazem sexo com mulheres.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Objetivos Gerais

• Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres


brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e
ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção e
assistência e recuperação da saúde em todo o território brasileiro.
• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no
Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida
e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer
espécie.
• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da
mulher no Sistema Único de Saúde.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Objetivos Específicos

1 Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as


portadoras de infecção pelo HIV e outras IST´s.
2 Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento
reprodutivo para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da
atenção integral à saúde.
3 Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada,
incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres
e adolescentes.
4 Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência
doméstica e sexual.
5 Promover, conjuntamente com o Departamento Nacional de IST/Aids, a
prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção
pelo HIV/Aids na população feminina.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
6 Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
7 Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o
enfoque de gênero.
8 Implantar e implementar a atenção à saúde da mulheres no climatério.
9 Promover a atenção à saúde das mulheres idosas.
10 Promover a atenção à saúde das mulheres negras.
11 Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade.
12 Promover a atenção à saúde das mulheres indígenas.
13 Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão.
14 Fortalecer a participação e o controle sociais na definição e
implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres.
SEXUALIDADE E CICLO REPRODUTIVO DA
MULHER E IDADE REPRODUTIVA
É o período em que a mulher se encontra
em idade fértil. Inicia-se com a puberdade
e vai até a menopausa. Nessa fase da vida,
a mulher pode ficar grávida e, quanto mais
cedo, maior a chance de gravidez. O
declínio da chance ocorre depois dos 35
anos de idade.
SEXUALIDADE E CICLO REPRODUTIVO
DA MULHER E IDADE REPRODUTIVA
Menarca

A primeira menstruação (menarca) é o fim da infância (puberdade) e um dos períodos mais

marcantes da vida reprodutiva feminina. Não existe uma idade fixa para que ela aconteça,

mas varia dos 10 aos 15 anos.

Menacme

É o período em que a mulher se encontra em idade fértil. Inicia-se com a puberdade e vai

até a menopausa. Nessa fase da vida, a mulher pode ficar grávida e, quanto mais cedo,

maior a chance de gravidez. O declínio da chance ocorre depois dos 35 anos de idade.
SEXUALIDADE E CICLO REPRODUTIVO
DA MULHER E IDADE REPRODUTIVA
Climatério

É o período de transição do período fértil para o período não reprodutivo. A primeira fase

do climatério ocorre a partir dos 40 anos, quando o ciclo menstrual reduz, embora o fluxo

possa ser abundante. A segunda fase ocorre por volta dos 50 anos; nessa etapa, o ciclo fica

mais longo, e o fluxo, bem menor. É nessa fase que as ondas de calor e a irritabilidade

começam a surgir. Na fase do climatério, ocorrem ciclos menstruais irregulares, por isso

existe uma pequena chance de engravidar. Para se ter uma ideia, até os 35 anos de idade,

as chances de gravidez são de 85% por ano. Dos 40 aos 44 anos, quando tem início o

climatério, esse índice pode cair para 10% a 15%.


SEXUALIDADE E CICLO REPRODUTIVO
DA MULHER E IDADE REPRODUTIVA
Perimenopausa (45-50 anos)

Ocorre de 2 a 3 anos antes da última menstruação. Nessa fase surgem ondas de calor,

transpiração intensa, dificuldade para dormir e irritabilidade.

Menopausa

A menopausa é outra importante fase na vida de uma mulher. Ela marca o fim da

menstruação e da ovulação, portanto já não é possível engravidar naturalmente. A

menopausa é definida pela última menstruação e por isso é conhecida retrospectivamente,

depois de 12 meses. Assim, é a última menstruação.


SEXUALIDADE E CICLO REPRODUTIVO
DA MULHER E IDADE REPRODUTIVA
Pós-menopausa (48-65 anos)

Desencadeia alterações significativas no organismo da mulher, como perda da libido, maior propensão a

infecções urinárias, aumento do risco de câncer de mama, osteoporose, doenças cardíacas e depressão. Muitas

mulheres optam pela reposição hormonal para suprir a falta do estrogênio e diminuir os efeitos dessa ausência

brusca no corpo. Entretanto, é fundamental procurar a orientação de um ginecologista para verificar as melhores

condições da terapia hormonal durante o climatério e a menopausa. Como você pôde perceber, a fertilidade

feminina envolve diversas fases que ocorrem durante toda a vida da mulher. E a manutenção de uma vida

equilibrada, aliando alimentação saudável e exercícios físicos, é fundamental para manter a saúde em dia e

passar por essas fases com mais qualidade de vida. Agora que você já sabe como funciona a fertilidade feminina,

leia um post sobre ovários policísticos e tire as suas dúvidas!


ENFERMAGEM EM GINECO-OBSTETRA
O profissional de Enfermagem especializado
em Enfermagem Obstétrica e Ginecológica
está apto a trabalhar durante a gestação,
trabalho de parto, parto, pós-parto e
puerpério, nos mais diversos cenários
assistenciais envolvendo a saúde da mulher.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
A gravidez é um período muito especial para as
mulheres. Porém, nem sempre ela acontece no
momento planejado. Por isso, existem os métodos
contraceptivos, que evitam uma gestação indesejada.

Dessa forma, toda mulher que tem uma vida sexual


ativa e quer ter filhos no momento que considerar
melhor, deve utilizar um dos meios anticoncepcionais
existentes.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
São aqueles que, como o próprio nome diz, possuem hormônios para impedir a
ovulação.

1. Pílula anticoncepcional

Utilizado via oral, a pílula anticoncepcional é um dos métodos mais conhecidos


entre as mulheres. No comprimido há hormônios semelhantes aos que são
produzidos naturalmente pelos ovários. Podendo ter a combinação de estrogênio e
progestogênio ou apenas o segundo hormônio. Dessa forma, atua impedindo que
ocorra a ovulação.

Além de evitar a gravidez indesejada, esse meio apresenta como vantagem:

● auxílio na prevenção de doenças inflamatórias pélvicas, cistos ou câncer


de ovário;
● redução do fluxo menstrual, de cólicas menstruais e outras dores do
período;
● melhora a acne e excesso de pelos;
● diminuição dos sintomas da TPM;
● regulagem do ciclo.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
2. Implante anticoncepcional

Esse método contraceptivo consiste em implantar


um pequeno bastão sob a pele da paciente, na
parte inferior do braço. O tubo é de plástico e
libera hormônios para o sangue, lentamente.
Assim, impede a ovulação e a entrada do
espermatozoide no útero.

A aplicação desse recurso é feita em consultório


médico, de forma rápida, sendo que a mulher
recebe uma anestesia local. O dispositivo tem sua
eficácia por até três anos, porém, pode ser
removido antes desse período. Ainda, é
importante dizer que somente o ginecologista
poderá fazer a retirada do mesmo.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
3. DIU hormonal

Consiste no implante de um pequeno dispositivo em


formato de T, que é inserido no útero da paciente, por
um profissional de saúde. O DIU é muito eficaz e não
libera o estrogênio, mas, sim, outro hormônio: o
levonorgestrel. É bastante discreto e pode ser
rapidamente reversível.

Uma das vantagens desse método é a redução da dor


durante a menstruação, assim como a diminuição do
sangramento. Também protege contra doença
inflamatória pélvica. Entretanto, algumas pacientes
podem ter efeitos colaterais como dor no momento do
implante e alguns dias após, além de ganho de peso.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
4. Adesivo anticoncepcional

É um método contraceptivo em formato de adesivo,


muito parecido com um esparadrapo. Ao ser aplicado
na pele da paciente, libera os hormônios de forma
contínua. Tem o tempo de duração de uma semana,
devendo ser trocado a cada três semanas,
completando o ciclo de 21 dias. Se assemelha ao
processo do anticoncepcional de via oral, pois é
aconselhado que seja feita uma pausa de uma semana,
para, então, iniciar um novo uso.

Tem como vantagem uma alta taxa de eficiência, não


exige um controle diário, apenas semanal, e não
interfere no ato sexual. Porém, algumas pacientes
podem apresentar reações na pele, assim como dores
nas mamas e náusea.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
5. Anel vaginal

Esse é um dispositivo de borracha que é


inserido na vagina da paciente. O processo de
introdução é parecido com a utilização de um
absorvente interno. Também deve ser usado
por três semanas, tendo sete dias de descanso
– para o período menstrual da mulher. Depois,
deve ser aplicado novamente.

Tem como vantagem a fácil utilização e a não


interferência no ato sexual. Também não
altera a flora vaginal. Porém, como os demais
métodos, pode causar algumas reações, como
dor abdominal, náuseas e redução da libido.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
6. Anticoncepcional injetável

É injeção de rápida aplicação e, dependendo da opção


escolhida, pode ser usada a cada três meses. Após ser
aplicado, libera os hormônios no corpo feminino, para
impedir a ovulação. Tem como vantagens a diminuição – e
até mesmo ausência – de sangramentos, redução de cólicas
e sintomas da TPM. Pacientes com endometriose também
apresentam menos dores com a injeção.

Como efeito colateral, a usuária pode ter aumento de peso,


dores de cabeça, acne e queda de cabelo. Ainda, é
importante dizer que é excelente para mulheres com
problemas gastrointestinais e com epilepsia.
CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS

Algumas mulheres não podem


utilizar os métodos citados acima,
por inúmeros fatores. Mas, para
essas pacientes, há alternativas
sem hormônios que também evitam
a gravidez.
CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS
1. Preservativos

Talvez, o método contraceptivo mais famoso entre os


citados neste artigo. Isso porque, além de prevenir a
gravidez, também protege contra as Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como a Aids, e
outras infecções, como a candidíase. Atualmente,
existem opções para os homens e para as mulheres.

Conhecido popularmente como camisinha, o


preservativo deve ser colocado antes de iniciar o ato
sexual. Nesse momento, é preciso ter atenção para
que ele não seja inserido de forma errada. O que pode
causar, até mesmo, o rompimento do produto.
CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS
2. DIU de cobre

Possui a mesma forma do hormonal, porém, neste


caso, sua estrutura é metálica. Ao ser inserido no
útero feminino, pelo profissional de saúde, libera
íons de cobre que imobilizam o espermatozoide,
impedindo a fecundação do óvulo.

Tem como benefício a utilização durante a


amamentação e sua validade dura até 10 anos,
podendo ser retirado a qualquer momento.
Porém, pode aumentar o fluxo menstrual, causar
infecções, cólicas e sangramentos irregulares na
paciente.
CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS
3. Diafragma vaginal

Esse é um dispositivo de borracha, com


formato anelar, que pode ser inserido até 24
horas antes da relação. Seu uso impede a
entrada dos espermatozoides no útero. Uma
das vantagens desse método contraceptivo é
que ele pode ser usado várias vezes durante
dois anos, desde que seja higienizado e
armazenado corretamente. Além disso, não
interfere no ato sexual e diminui a ocorrência
de doença inflamatória pélvica.
CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS
4. Laqueadura e vasectomia

Esses métodos são cirúrgicos e


definitivos. Por isso, é indicado para
pessoas acima dos 40 anos. A
laqueadura é feita na mulher e consiste
em realizar um corte nas trompas
uterinas. A cirurgia é feita sob anestesia
geral e dura, em torno de, 2 horas. Já no
homem, é realizado um corte no canal
por onde os espermatozoides passam. É
importante ressaltar que a vasectomia
não afeta a vida sexual do homem.

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