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MULHER
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
REFERENCIA-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA
MULHER
INTRODUÇÃO
Deste modo, o Sistema Único de Saúde (SUS) traz recursos dos quais as mulheres possam
contemplar seus princípios, a equidade – princípio relacionado à justiça e igualdade social. Todos os
princípios apenas serão atingidos quando as barreiras forem rompidas e qualquer pessoa em
quaisquer situações ou condições tenham suas necessidades atendidas. (BRASIL, 2008).
Para isso a Política Nacional de Humanização (PNH), divulgada em 2004, tem papel
fundamenta neste aspecto, onde tem como principais diretrizes o acolhimento, a administração
participativa e a clínica ampliada e compartilhada buscando atuar a diante de recomendações clínicas
e políticas que direcionam os arranjos de trabalho. Neste sentido, no contexto da PNH, o acolhimento
é caracterizado como diretriz que norteia a construção de políticas de saúde e que instiga ofertar a
melhor qualidade de atendimento além de avanços tecnológicos, aperfeiçoando os ambientes de
cuidado e as condições de trabalho dos profissionais (BRASIL, 2004).
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Além disso o envelhecimento populacional afeta as mulheres de modo especial, uma vez que
a maior longevidade populacional é das mulheres, o que torna-se um fenômeno quase mundial
expressa na razão dos sexos dos idosos, que mostra que, no Brasil, em 2000, para 100 mulheres
existiam 81 homens de 65 a 69 anos, 72 de 75 a 79 anos e 60 de 85 ou mais anos. Já em 2020 essas
razões seriam, respectivamente, de 78 de 65 a 69 anos, 66 de 75 a 79 anos e 51 de 85 ou mais anos
(NESCON, 2009).
Vamos refletir!
Quanto mais tempo viva, a mulher precisará de mais cuidados por parte da equipe, de mesmo
modo que e precisará utilizar por um período mais longo o apoio dos serviços de saúde para prestar
cuidado aos seus familiares envelhecidos. Aqui temos um gráfico onde podemos dimensionar tal fato,
levando em consideração o período de 1950 a 2040:
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Observe a figura a seguir em que exprime o envelhecimento populacional do Brasil, em uma relação
de homens e mulheres:
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Diante disso uma série de cuidados Pré- Concepcionais devem ser levados em consideração,
tais procedimentos a serem desenvolvidos devem incluir anamnese, exame físico geral e específico,
além de exames laboratoriais e aconselhamento genético, em caso de o casal apresentar
anormalidades reconhecidamente hereditárias e transmissíveis. (AFONSO, 2020)
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Pré Natal
As relações entre mãe e filho tem início logo ao término da fecundação e permanecem por
toda a existência. A gestante e feto formam uma unidade fisiológica, deste modo o organismo materno
sofre várias transformações físicas, emocionais e psicológicas, essas alterações são necessárias para
que inicialmente o embrião e depois o feto tenham um desenvolvimento dentro dos parâmetros de
normalidade. Esta experiência é vivenciada de forma única por cada mulher.
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ESTÁGIO GERMINAL
Este é o período que decorre da fecundação até duas semanas completas. Onde, o óvulo
fertilizado divide-se e torna-se mais complexo, já o organismo, em crescimento, é implantado na
parede do útero. Nesta fase, observa-se também que algumas partes do blastocisto começa a
desenvolver-se em órgãos que irão alimentar e proteger o futuro bebê: a placenta, o cordão umbilical
e o saco amniótico.
ESTÁGIO EMBRIONÁRIO
Este é o período que decorre da segunda até a oitava semana. Inicia a formação dos sistemas
internos e externos, órgãos e partes do corpo. Mesmo que seja de forma simples, esse período é muito
vulnerável às influências de fatores como doenças maternas, uso de medicamentos ou de drogas, em
consequência deste rápido crescimento. Esta é a fase que ocorre a grande parte dos defeitos
congênitos como: fenda palatina, membros incompletos ou ausentes, cegueira, surdez entre outros.
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ESTAGIO FETAL
Nosso último estágio, é o período que vai da 8° semana até o nascimento, durante esse
período ocorre basicamente o rápido crescimento do corpo e a diferenciação dos tecidos, órgãos e
sistemas. Esse é o momento em que o feto cresce rapidamente para aproximadamente 20 vezes o
seu comprimento prévio e os órgãos e sistemas corporais tornam-se mais complexos.
Ações de bons cuidados no período tanto da gravidez quanto no parto mantêm relação
fundamental com a diminuição de riscos para a mãe e o para o bebê.
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O Puerpério é um período crítico onde a mulher requer uma atenção especial, devido a seu
organismo está em transformação, voltando ao seu estado fisiológico anterior e é por isso que os
profissionais de saúde devem realçar alguns cuidados específicos para a melhoria da qualidade da
assistência, com propósito de diminuir ou evitar que as intercorrências graves aconteçam como
hemorragias, hipotensão, hipertensão que são complicações graves que pode levar a morte.
Então, visando esse momento tão importante do ciclo de assistência a mulher, vamos definir
qual seria o conceito de Puerpério?
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A puérpera pode apresentar rápido aumento da temperatura axilar (36,8° - 37,9°) nas
primeiras 24 horas, sem necessariamente ter um quadro infeccioso instalado. Há a possibilidade de
ocorrer calafrios, nas primeiras horas após o parto. Estas mudanças podem ocorrer sem traduzir perigo
à saúde da mulher, mas necessita do examinador cautela, pois também podem corresponder a
processos mórbidos, como a infecção puerperal. Em relação ao sistema cardiovascular, nas primeiras
horas pós-parto, pode ocasionar um aumento do volume circulante, que se traduz pela presença de
sopro sistólico de hiperfluxo.
Sobre seu processo respiratório, também neste período a puérpera tem seu padrão
restabelecido, passando o diafragma a exercer ações que haviam sido limitadas pelo aumento do
volume abdominal. É notável a presença de traumas que podem ocorrer à uretra, gerando desconforto
à micção e até mesmo retenção urinária, situação suavizada pelo aumento da capacidade vesical que
ocorre normalmente neste período. A puérpera pode sentir nos primeiros dias pós-parto um aumento
do volume urinário, pela redistribuição dos líquidos corporais. Já o útero atinge a cicatriz umbilical logo
após o parto e posteriormente retoma em torno de 1 cm ao dia, embora de forma irregular.
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Alta hospitalar
O aborto, assunto delicado em discussões científicas e políticas e excluído até bem pouco
tempo atrás, é, na atualidade, uma das principais questões da agenda internacional, no que diz respeito
à saúde e direitos reprodutivos.
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Afinal, quais seriam as medidas utilizadas para que esse processo seja desenvolvido de forma
saudável emocional e fisicamente para a mulher? Para compreender isto, devemos ter uma cautela a
qualidade da atenção ao abortamento e pós abortamento. Conceituando-os, temos que a qualidade
da atenção envolve um esforço simultâneo de todos os níveis gestores para a oferta de serviços que
garantam: acolhimento, informação, aconselhamento, competência professional, tecnologia
apropriada disponível e relações pessoais pautadas no respeito à dignidade e aos direitos sexuais e
reprodutivos.
Nestes pilares, vamos nos aprofundar em cada um deles de forma a compreender a sua
importância.
1- ACOLHIMENTO: Antes de entrar neste mérito, vamos refletir sobre algumas questões.
Como acolher uma mulher que aborta? Com qual atitude? Qual a melhor maneira de
desenvolver auxilio e orientação a não repetir a situação em que se encontra? A evitar os perigos de
um abortamento em condições inseguras
Para a resposta a essas perguntas é preciso de um momento de reflexão sério e que continuo,
de modo extremamente ético e profissional, excluindo qualquer tipo de comentários desrespeitosos e
conclusões precipitadas, banindo-os do dia a dia dos serviços.
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resolução do problema. Vemos também a necessidade de uma boa qualificação para estabelecimento
de um alto padrão de relacionamento interpessoal, abordagem social e psicológica para cada mulher,
sua família ou acompanhante
Nem sempre os Abortamentos são executados apenas sobre escolha da mulher, existe uma
classificação que pode caracterizar cada caso e seus sintomas. Estes são chamados de Ameaças de
Abortamento e podem ser nomeados como completo, retido, incompleto, infectado e inevitável, para
uma melhor memorização destes tipos vemos o quadro a seguir:
Das Classificações
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. O exame especular indica que o sangramento ocorre através da cérvice, e esta apresenta o
orifício interno fechado. O Útero tem o tamanho correspondente ao esperado e não há indícios de
infeção. Ao realizar o exame de ultrassonografia, nota-se que está tudo em plena normalidade. Nestes
casos, não há necessidade de internação hospitalar e a mulher deve ser orientada a utilizar
analgésicos se apresentar dor, repouso e retornar ao ambulatório de pré-natal. Nos casos de
sangramento intenso, devem-se avaliar os níveis de hemoglobina, é preciso identificar o tipo
sanguíneo, e oferecer sorologias para sífilis e HIV.
Diante disso, a conduta deve ser de cautela, com atenção à persistência do sangramento que
pode sugerir restos ovulares, e com a aparição do quadro infeccioso pélvico. Nestes casos,
recomenda-se AMIU ou curetagem uterina. É necessário solicitar tripagem sanguínea e sorologias
para sífilis e HIV, após consentimento. Se for Rh negativo e não houver ainda sensibilização, torna-se
obrigatória a administração da imunoglobulina antiD.
Para a gestação com periodo menor que 12 semanas, indica-se a aspiração manual intra-
uterina (AMIU). Em casos que o serviço de saúde não conter deste procedimento, pode-se realizar a
curetagem uterina. Vale ressaltar mais uma vez a importância de coletar o tipo sanguíneo da mulher.
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Após isso é prudente que a gestação deve ser interrompida até a 12° semana, porém, com
suporte adequado, até 20 semanas. Em casos de estrupros envolvendo crianças, a anestesia deve
ser geral e o processo realizado com aspiração da cavidade uterina, de forma que haja um menor
traumatismo do colo uterino durante o processo de dilatação.
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De acordo com Krug et al. (2002), a violência então, assume classificações diversas segundo
a sua tipologia (auto infligida, interpessoal e coletiva) e a essência dos atos realizados (violência, física,
sexual e psicológica).
O quadro acima (Quadro 1), nos mostra a classificação adotada pela Lei Maria da Penha, que
determina a violência de gênero em um quadro mais amplo das diversas situações vivenciadas de
forma violenta, sejam elas física, psicológica, sexual, moral e patrimonial (BRASIL, 2006).
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A violência contra a mulher (ou violência de gênero) ainda é oculta do ponto de vista da
atenção à saúde nos mais diferenciados cenários dos métodos assistenciais. Embora o assunto tenha
sido alvo de muitos estudos científicos e discussões técnicas, ainda se mostra uma problemática para
o qual o arsenal convencional, baseado na sintomatologia e queixa-conduta ainda não reproduz a
efetividade desejada (PORTO et al., 2014).
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Para que seja possível uma boa organização para como cuidado às mulheres em situação de
violência, é preciso uma Sistematização da Assistência de Enfermagem, com abordagem integral e
focada nas necessidades individuais e singulares de cada uma delas. Por se tratar de uma
problemática delicada, que envolve a diversidades de fatores de natureza física, psicológica, sexual,
social, cognitiva, afetiva e familiar, decorrentes das desigualdades de gênero que acontecem de forma
significativa no sistema de crenças das usuárias e dos próprios profissionais, o acolhimento ético, digno
e solidário é indispensável para o estabelecimento de vínculo de confiança com o profissional e cuidado
efetivo.
Deste modo, é proposto o rastreamento de rotina para violência, onde possibilita que os
auxiliares ou técnicos de enfermagem além dos enfermeiros, uma abordagem inicial dos atendimentos
em saúde da mulher, além dos grupos educativos e visitas domiciliares. Isto é, se refere a uma
conversa introduzida durante a entrevista quando são questionados os antecedentes pessoais e/ ou a
história sexual e reprodutiva da mulher, de modo a não ser conciliada a um caráter interrogativo.
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Algumas situações não são percebidas pelas mulheres como violência. Ou seja, ações,
comportamentos, atitudes por parte do(a) companheiro(a), marido, namorado(a) ou de alguém da
própria família podem ser mencionados pela mulher no decorrer da entrevista ou do atendimento como
um todo deste modo, os profissionais devem estar atentos, assim como a sinais e sintomas sugestivos
de exposição a situações de violência (quadro 2).
Critérios de avaliação
Atribuição
Perguntas sugeridas
profissional
• E o seu companheiro (a), marido, namorado(a), vocês estão ou se dão
bem?
• Você está com problemas no relacionamento familiar?
• (nome da mulher), alguma vez na vida ou recentemente você foi
insultada, se sentiu humilhada por alguém da sua própria família? Por
quem?
• Você acha que estes problemas afetaram ou estão afetando sua saúde?
• Você e seu marido (ou filho, ou pai, ou familiar) brigam muito?
• Auxiliares de
• Quando vocês discutem, ele fica agressivo?
Enfermagem
• (nome da mulher), me conte... você sente medo de alguém?
• Técnicos de
• Como você deve saber, hoje em dia não é raro escutarmos sobre pessoas
Enfermagem
que foram agredidas física, psicológica ou sexualmente ao longo de suas
vidas, e sabemos que isto pode afetar a saúde mesmo anos mais tarde.
• Enfermeiros
Isto aconteceu alguma vez com você?
• Já vi problemas como o seu em pessoas que são fisicamente agredidas.
Isto aconteceu com você?
• Alguém lhe bate? Você gostaria de me dizer quem?
• (nome da mulher), alguma vez, o seu atual marido/companheiro(a), ou
qualquer outro companheiro(a), ou alguma pessoa conhecida ou estranha,
a forçou fisicamente ou mediante ameaça, a manter relações sexuais
quando você não queria?
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Sinais e sintomas
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Exame físico
• Realizar exame físico geral, segundo sistemas, seguimentos corporais
ou de acordo com as necessidades humanas básicas;
• Ofertar o exame ginecológico mediante aconselhamento prévio;
• Atentar para recusa ou dificuldade no exame, principalmente Enfermeiros
ginecológico de rotina;
• Atentar para lesões físicas que não se explicam como acidentes;
• Avaliar a gravidade da violência e sua repercussão na saúde física.
Fonte: Adaptado de D’OLIVEIRA et al., 2009; SCHRAIBER et al., 2007a; GEROMINI, 2019;
SCHRAIBER et al., 2012; GARCIA-MORENO et al., 2015; BRASIL, 2016.
Destaca-se, portanto, que a realização destes procedimentos deve ser feita de forma
empática, deve ainda ser compreensiva, sigilosa, em meio privado, não opressora ou restritiva e livre
de julgamentos por parte do profissional, deve em geral, proporcionar alívio do sofrimento e a
abertura de possibilidades de apoio e superação, como podemos ver a partir do planejamento das
ações de enfermagem descritas nos quadros 3.
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• Identificar um ou mais vizinhos para o(s) qual(is) a mulher pode contar sobre a violência, para que
ele(s) a ajude(m) se ouvir(em) brigas em sua casa, fazendo acordos com algum(a) vizinho(a) em
quem possa confiar para combinar um código de comunicação para situações de emergência, como:
“Quando eu colocar o pano de prato para fora da janela, chame ajuda” ou “Quando eu apitar, chame
ajuda”;
• Se a briga for inevitável, sugerir que a mulher se certifique de estar em um lugar onde possa fugir
e tente não discutir na cozinha ou em locais em que haja possíveis armas ou facas
• Orientar que a mulher tenha um plano de fuga seguro, e o local para onde ela poderia ir nesse caso;
• Orientar que a mulher tenha um lugar seguro para manter um pacote com cópias dos documentos
(seus e de seus filhos), dinheiro, roupas e cópia da chave de casa, para o caso de ter de fugir
rapidamente.
Fonte: D´OLIVEIRA et al., 2009; SCHRAIBER et al., 2012; GARCIA-MORENO et al., 2015;
BRASIL, 2016
O câncer do colo do útero, pode ser chamado também de câncer cervical, é causado pela
infecção persistente por alguns tipos do Papiloma vírus humano (HPV) (chamados de tipos
oncogênicos) (INCA, 2019).
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Haja vista que o câncer cervical é uma doença que pode-se prever e, em muitos casos,
sintomática, as ações de rastreamento são primordiais para a detecção de lesões precursoras do
câncer do colo do útero. O papel do enfermeiro é fundamental para estabelecer a cobertura adequada
do exame de prevenção do câncer de colo uterino, uma vez que é um dos responsáveis pela realização
deste durante as consultas ginecológicas que realiza.
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é fator de risco fundamental em mais
de 90% dos casos do câncer de colo de útero, precisando de co-fatores, contribuem para a formação
de lesões antecipadas e a invasibilidade como baixa imunidade, aumento da virulência, tabagismo,
multiplicidade de parceiros, sexarca precoce, multiparidade, baixo nível sócio econômico, dificuldade
de acesso aos serviços de saúde, parceiro sexual de risco, primeira gestação precoce, uso de
contraceptivos.
Mulheres que sejam portadoras de HPV necessitam realizar exames com maior frequência e
com preferência em períodos curtos a fim de detectar quaisquer alterações sugestivas no colo, para
assim aumentar suas chances de cura. Na maioria dos casos a infecção cervical pelo HPV é transitória
e regride naturalmente, entre seis meses a dois anos após a exposição.
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A mulher que exerce o exame ginecológico rotineiro, participa dos processos além da coleta
do citopatológico, da realização do Teste de Schiller, que consiste em colocar uma solução iodada
para detectar lesões no colo e útero. As áreas não coradas são consideradas suspeitas. Já a
colposcopia auxilia na avaliação de lesões suspeitas, e permite a realização de biópsia dirigida,
necessária para o diagnóstico de câncer. (INCA, 2009).
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Nas últimas duas décadas têm sido utilizadas a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e as
associações destes tratamentos, porém existem controvérsias sobre o melhor tratamento para o
câncer de colo uterino (NCI, 2004). Apesar de os procedimentos técnicos e científicos estarem cada
vez mais sofisticados, o que favorece melhores taxas de sobrevida e de remissão do câncer de colo
uterino. No entanto os tratamentos destinados à cura, ao controle ou a paliação provoca uma série de
sinais e sintomas relativos aos efeitos adversos, principalmente à radioterapia, que é o tratamento
comumente utilizado em 70% dos tumores sólidos.
Diante das quimioterapias utilizadas para o tratamento do câncer de colo uterino que podem
causar vários e diferentes efeitos no organismo, percebe-se que cabe aos profissionais de
enfermagem, além de ações terapêuticas, dar suporte às pacientes oncológicas para o enfrentamento
da doença, uma vez que o câncer requer tratamento prolongado e está sujeito a de efeitos adversos.
O câncer de mama é o que mais atinge mulheres em todo o mundo, considerado a maior
causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. No Brasil, é o segundo tipo de câncer
mais frequente entre as mulheres.
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O Alto risco de câncer de mama está relacionado à forte predisposição hereditária diante das
mutações genéticas. Os genes BRCA 1 e 2 (síndrome de câncer de mama e ovário hereditários), são
os mais comumente diagnosticados e que representam de 30 a 50% dos casos.
Encontram-se outras mutações genéticas em outros genes como: PALB2, CHEK2, BARD1,
ATM, RAD51C e RAD51D (Breast Cancer Association Consortium, 2021), TP53 (síndrome de Li-
Fraumeni) e PTEN (síndrome de Cowden) (Mitchell et al, 2017; Migowski et al. 2018a).
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Essa reflexão é importante pois ela gera os debates sobre as lutas das mulheres em diversos
tempo pela garantia desses direitos, onde influenciam diretamente não apenas o planejamento do
tamanho de suas famílias, mas também o próprio modo como levam a vida.
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O direito das pessoas decidirem, de maneira livre e responsável, se querem ou não ter
filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas;
O direito à informação, aos meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos;
O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e
violência;
A garantia dos direitos sexuais significa, também, o direito de escolher
O parceiro ou parceira sexual e de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha,
culpa e falsas crenças, bem como escolher se quer ou não ter relação sexual. Indica o direito ao sexo
seguro com prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS, aos serviços de saúde que
garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação e à informação e à
educação sexual e reprodutiva (BRASIL, 2008b).
No ano de 1948, foi firmada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Desde então,
várias convenções internacionais acontecera, onde foram estabelecidos os estatutos comuns de
colaboração mútua e mecanismos de controle para garantir um índice de direitos considerados básicos
para uma vida digna (BRASIL, 2005a).
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Deste modo, o planejamento familiar começou a fazer parte de um grupo mínimo de ações
recomendadas pelo Programa. De mesmo modo que os métodos anticoncepcionais passaram a ser
distribuídos aos estados pelo Ministério da Saúde, porém de maneira descontinua, e apenas na
segunda metade da década de 80 (BRASIL, 2005a).
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Foram então criados dois tipos de kits oferecidos aos municípios, sendo eles: o kit básico,
onde compunha-se de pílula combinada de baixa dosagem, pílula apenas de progesterona, minipílula
e o preservativo masculino. O segundo era o kit complementar composto de dispositivo intrauterino
(DIU) e anticoncepcional injetável trimestral.
No período de 2005, a responsabilidade seria aplicada agora a cunho federal para que os
anticoncepcionais e medicamentos estivessem dentro da esfera de atenção básica. Entretanto, o que
observava-se no cotidiano das equipes de Saúde da Família era a irregularidade na oferta desses
insumos, e ainda, o governo municipal atuando com desobrigação na aquisição dos mesmos.
Contudo, para que essas ações sejam efetivadas, é preciso manter a oferta de métodos
anticoncepcionais na rede pública de saúde incluindo profissionais capacitados para auxiliar as
mulheres e/ou homens que decidem sua opção contraceptiva em momentos da vida diferentes.
Então, Quais são as bases que devem ser lavadas em consideração para que a equipe de
Saúde da Família tenha para elaboração ou revisão de um protocolo que garanta os direitos sexuais
e reprodutivos? Vamos explorar alguns aspectos!
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Mais uma vez vamos enfatizar no quão é importante o acesso a informação sobre saúde
reprodutiva para que as pessoas consigam fazer suas escolhas sobre contracepção e concepção.
Porém, apenas a informação não se faz suficiente, é preciso utilizar outras práticas que facilitem e
possibilitem às pessoas pensar sobre as suas condições concretas de vida e com superá-las. É
fundamental a utilização de ações educativas desenvolvidas pela equipe, tanto de forma individual
quanto coletiva.
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São geradas discussões sobre cada método, e nessas a equipe enfatiza as características de
cada um dos métodos, sempre dando ênfase de que impressões pessoais não venham a influenciem
nessa abordagem. Após conhecer os métodos assim como suas vantagens e desvantagens, o usuário
terá melhores possibilidades de escolher qual se enquadra melhor na sua própria vida.
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Na rede pública ainda são poucos os serviços especializados para tratamentos de casais
inférteis e os custos são altos. Mesmo que o apoio e orientação para casais que tenham dificuldades
para engravidar também seja uma atividade do programa de planejamento familiar, cabe-se enfatizar
que ambos os parceiros devem ser avaliados, para a coleta de evidências e comprovação ou não de
alteração em algum deles. Cabe frisar que estas avaliação são direcionadas a casais que após um a
dois anos de vida sexual sem proteção contraceptiva, não obtiveram resultados positivos em relação
a concepção de uma criança.
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REFERENCIA
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA
MULHER
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER