Você está na página 1de 9

ABORTO

ALUNOS
Ana Clara Frizzo
Emily Rovadoski
Rayane Mendes Molina
PROFESSOR
Ismael Borso
ÁREA DO CONHECIMENTO
Ciências da Natureza e Matemática
Bento Gonçalves

O presente trabalho foi desenvolvido


pelos alunos : Ana Clara Frizzo, Emily
Rovadoski e Rayane Mendes Molina
Na escola Visconde de Bom Retiro e
orientado pelo professor Ismael Borso,
na matéria Mundo do Trabalho
SUMÁRIO

Tópicos Páginas

Resumo
Abstract
Formas de aborto
1. Ameaça de abortamento
2. Abortamento completo
3. Abortamento inevitável / incompleto
4. Abortamento retido
5. Abortamento infectado
6. Abortamento habitual
7. Abortamento eletivo previsto em lei
Impacto do aborto na saúde da mulher
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto sobre o aborto na vida e na
saúde das mulheres, dentro e fora do Brasil. A perspectiva do texto gira em torno das
dificuldades das mulheres em realizarem um aborto seguro e nas hipóteses em que é
permitido por lei. Os direitos fundamentais têm seu fundamento no princípio da dignidade
da pessoa humana, em maior ou menor grau. A saúde decorre de forma direta do
princípio da dignidade sendo uma variação de primeiro grau deste atributo. Saúde é o
estado completo de bem estar físico, mental e espiritual do homem e não apenas a
ausência de afecções ou doenças. Portanto, a falta de meios capazes de conservar a
saúde constitui um desrespeito à vida digna.

Palavras chave - Aborto, formas de aborto, saúde da mulher e gestação.


ABSTRACT

This text is not intended to defend the legalization of abortion. Its real objective is, in
general, to analyze the impact of abortion on women's lives and health, inside and
outside Brazil. The perspective of the text revolves around the difficulties women face in
having a safe abortion and in cases where it is permitted by law. Fundamental rights are
based on the principle of human dignity, to a greater or lesser extent. Health stems
directly from the principle of dignity, being a variation of the first degree of this attribute.
Health is a person's complete state of physical, mental and spiritual well-being and not
merely the absence of disease or illness. Therefore, the lack of means capable of
preserving health constitutes disrespect for a dignified life.

Keywords - Abortion, forms of abortion, women's health and pregnancy.


Formas de aborto

Existe o Aborto espontâneo, também chamado de aborto natural, é uma


situação relativamente frequente. Esse tipo de aborto ocorre entre 10% e
25% de todas as gestações, principalmente na primeira gravidez. Vale
destacar que o abortamento é mais comum no início da gravidez, entre o 1º
e o 3º mês.

Este tipo de aborto acontece, geralmente por má formação do feto. Ocorre


devido às seguintes causas:

alterações cromossômicas;
alterações uterinas;
quedas nos níveis de progesterona;
alterações nos hormônios tireoidianos;
doenças virais e bacterianas;
doenças autoimunes.

Dentre os casos de aborto espontâneos citados acima, ainda podemos


destacar alguns outros fatores de risco que são associados ao abortamento,
tais como idade avançada, acima dos 45 anos, uso de cigarros, consumo de
drogas e álcool, peso extremo, problemas como anemia, bulimia e anorexia
também causam o aborto, pela falta de vitaminas e peso. Porém na maioria
das mulheres o abortamento acontece sem explicações visíveis.

“Segundo o Ministério da Saúde, os abortos podem ser classificados como:

Ameaça de abortamento - nesse caso, o concepto mantém sua


vitalidade, entretanto, são observados na gestante o sangramento
genital e cólicas. Geralmente, o sangramento é de pouca intensidade e
as cólicas pouco intensas. O colo uterino permanece fechado. Nesse
caso, o correto é que a mulher permaneça em repouso.

Abortamento completo - comumente acontece em gestações que


apresentam menos de oito semanas e é observada uma eliminação total
do conteúdo do útero. Nesse caso, a mulher fica em observação para
que seja conferido se o sangramento é mantido e para que as infecções
sejam evitadas.
Abortamento inevitável / incompleto - nesse tipo de abortamento,
temos uma situação em que apenas parte do conteúdo uterino é
eliminado. É verificado, nesses casos, um sangramento maior que na
ameaça de abortamento. Além disso, o colo do útero encontra-se aberto
e a mulher sente dores. Em situações assim, é necessário realizar
procedimentos como a AMIU (aspiração manual intrauterina) ou
curetagem (técnica que consiste na raspagem da parte interna do
útero).

Abortamento retido - observa-se nesse tipo de abortamento que o colo


do útero permanece fechado e a mulher não apresenta perda
sanguínea, entretanto, o embrião não apresenta sinais de vida. Nesse
caso pode ser realizada a técnica AMIU ou utilizado medicamentos.

Abortamento infectado - nessa circunstância, observa-se infecções


decorrentes, principalmente, de abortamentos realizados de maneira
ilegal. Verifica-se um abortamento incompleto e sinais de infecções
causadas, geralmente, por bactérias. Febre, sangramento, dores e
eliminação de pus pelo colo uterino podem ser notados.

Abortamento habitual - considera-se abortamento habitual quando a


mulher apresenta três ou mais abortos espontâneos consecutivamente.
Essa situação não é comum e as causas devem ser averiguadas.

Abortamento eletivo previsto em lei - essa situação diz respeito aos


abortamentos solicitados em caso de estupro, risco de vida para a
mulher ou feto anencéfalo (que não apresenta total ou parcialmente a
calota craniana e o cérebro). Diferentes técnicas podem ser utilizadas,
como uso de medicamentos, AMIU e curetagem. Nesse caso, apesar do
aborto ser provocado, não se configura um crime."
Impacto do aborto na saúde da mulher

Cada mulher vivencia e guarda a experiência do aborto de uma maneira


única, não é possível fazer generalizações. Mas muitas podem apresentar
sequelas psicológicas e emocionais, após perderem um bebê ou realizarem
um aborto. Alguns negam a existência desses problemas, porém eles são
reais e enfrentados por diversas mulheres, e continuam a ser um tema
pouco mencionado nas discussões sobre o aborto. Entretanto, são uma
realidade que muitas vivenciam.
“De acordo com a psicóloga Ana Cláudia Brandão, há um conjunto bem
definido de sintomas psicológicos que caracterizam as sequelas associadas
ao período pós-aborto. Os mais frequentes são danos à autoestima da
mulher, alteração de sono e do apetite, pesadelos, desequilíbrio familiar,
perda de sentido da vida e até tentativas de suicídio, de acordo com a
especialista.”
Seja natural ou provocado, o aborto pode, sim, afetar diretamente a saúde
mental das mulheres. Mas especialistas apontam haver diferenças entre as
duas situações. A interrupção da gestação de forma espontânea causa a
dor da perda e sua tristeza pelo luto, mas há superação e, após um tempo,
elas conseguem seguir em frente em paz, já que aconteceu de forma
natural ou acidental. Já no caso do aborto provocado, pode ser mais difícil
para a mulher encontrar a paz interior, até porque, muitas se sentem
culpadas pelo feito e dependendo da procedência da clínica, acabam por
ficar inférteis.
“Para a psicóloga Vivian, quando descobrem uma gravidez não planejada,
muitas mulheres entram em desespero, pensando que a única saída é fazer
um aborto. “Isso não é verdade. É importante ressaltar que há
possibilidades que irão favorecer a mulher e preservar também a criança”,
salienta ela.
Para isso, ressalta a psicóloga, é importante buscar o apoio familiar e
também ajuda profissional para evitar decisões precipitadas. Ela cita como
exemplo a possibilidade de a mulher optar pela entrega da criança para a
adoção após o nascimento. “É um gesto nobre e que dá a oportunidade de
seu bebê ser adotado por uma família que tem o desejo de ter um filho”,
destaca.
Os danos na saúde emocional causados pelo aborto podem durar anos e
necessitam quase sempre de apoio profissional para serem sanados. Para a
psicóloga Vivian Maria Felice Moreno, esse processo de cura precisa
envolver pelo menos três instâncias: o acolhimento familiar, o auxílio de
tratamento médico se houver algum dano físico e a psicoterapia. A cura
existe, segundo ela, quando o ser humano acredita em sua possibilidade e
está aberto a ela.”
As mulheres morrem, adoecem, sofrem física e psiquicamente pelo aborto
realizado em condições inseguras e ilegais. Esse quadro perverso de
consequências à saúde deve ser comprovado por estudos que explorem
diferentes facetas da ilegalidade do aborto na vida das mulheres.
Ainda existe pessoas que simplesmente negam os problemas que o aborto
pode trazer para a saúde física e mental das mulheres. Muitas não tem nem
certeza se realmente querem o fazer, sofrem com a pressão familiar, de
amigos e até mesmo, se o caso for de uma gravidez na adolescência,
recebem críticas aonde que passem, isso acaba induzindo as mesmas a
realizarem o aborto cegamente, sem pensar que isso pode causar
problemas pelo resto de suas vidas.

Portanto, se vê que o aborto é um problema social, vivenciado por muitas


mulheres, prejudicando sua saúde e muitas vezes chegando a tirar sua vida.
Algumas vezes ele é necessário, por falta de condições de vida básica, em
casos de abuso, má formação do cérebro do feto, entre outros. Porém,
como dito acima, o aborto é algo que prejudica a saúde das mulheres,
deixando sequelas na vida da mesma pelo resto de sua vida e algumas
vezes feito sem necessidade, logo, não se deve induzir o aborto quando não
tem a certeza disso, mesmo sofrendo com a pressão familiar e olhares
tortos, é necessário pensar muito bem antes de faze-lo, e se mesmo não
tiver solução é importante procurar apoio de familiares, psicólogos ou até
mesmo grupos que ajudam as mulheres nessas situações. Buscar sempre
lugares de confiança para realizá-lo, com acompanhamento de profissionais
especializados e jamais induzir o aborto sem a certeza de que é isso que
realmente quer.
Lembre-se que nunca estará sozinha.

Você também pode gostar