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Índice

1. Introdução............................................................................................................................1
1.1. Objectivos........................................................................................................................2
1.1.1. Geral.............................................................................................................................2
1.2. Específicos.......................................................................................................................2
2. Aborto..................................................................................................................................3
2.1. Tipos de aborto.................................................................................................................3
Aborto espontâneo...................................................................................................................3
Aborto frequente......................................................................................................................3
2.2. Consequência moral e física de aborto.............................................................................4
2.2.1. Consequências psicológicas do aborto..........................................................................5
2.3. Aborto provocado e gestações futuras..............................................................................5
2.4. A visão religiosa e língua sobre o aborto..........................................................................6
3. Conclusão.............................................................................................................................8
4. Bibliografia...........................................................................................................................9
1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre o aborto, a temática envolvendo o aborto há várias


décadas tem sido muito discutido, nos movimentos feministas. Existe um elevado
número de fontes bibliográficas envolvendo o assunto, constituindo um relevante
indicativo de sua importância para todos os campos das políticas sociais, principalmente
da saúde pública, o que torna fundamental seu acompanhamento e verificação crítica
por parte do Serviço Social.

A partir do trabalho abordando, o aborto no país, cujos resultados apresentam


confiabilidade, é possível a constatação de que a ilegalidade acarreta consequências
perigosas de carácter negativo para as mulheres. A situação ainda tende a coibir
minimamente a prática abortiva, perpetuando a desigualdade social e de género.

A partir de uma análise histórica é possível a percepção da actuação de grupos


religiosos no intuito de constitucionalizar a garantia do direito à vida desde a sua
concepção. Tal positivação tende a dificultar a possibilidade de uma futura liberação
legal da prática abortiva, uma vez que a regulamentação das leis que integram os
ordenamentos jurídicos requer directrizes constitucionais delineadas.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conceituar o aborto

1.2. Específicos
 Identificar tipos de abortos;
 Descrever as consequências moral física do aborto;
 Fazer análise sobre a visão da religião quanto ao aborto.

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2. Aborto

O aborto ou, mais correctamente, o abortamento é a interrupção precoce de


uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da mãe. O aborto
pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira totalmente espontânea, sendo, em
ambos os casos, um processo doloroso para a mulher que vive esse momento.

2.1. Tipos de aborto

Aborto espontâneo
Também levando em conta o nome, este tipo de aborto ocorre naturalmente, sendo
comum durante a terceira semana após a fertilização. Num cenário global temos que
cerca de 15% das gestações terminam em aborto espontâneo, com frequência maior
durante as 12 primeiras semanas.

Aborto frequente
Neste caso há a expulsão espontânea de um embrião ou de um feto, morto ou não, em
três ou mais gestações seguidas.

Aborto induzido

Da mesma maneira que nos outros tipos de aborto, neste também há a expulsão do feto,
porém neste caso isto ocorrerá com intenção da mãe ou de outras pessoas ligadas à
gravidez. Este tipo de aborto é feito com uso de medicamentos ou através de meios
mecânicos, como por exemplo curetagem à vácuo (remoção do concepto introduzindo-
se uma cureta oca no útero, através da qual é aplicado o vácuo).

Aborto completo

Este tipo de aborto pode ser usado complementarmente ao aborto anterior, pois neste
tipo há a expulsão (ou retirada) dos produtos restantes da concepção do útero.

Abortos induzidos legalmente

São abortos electivos, justificáveis ou terapêuticos. São realizados utilizando drogas ou


curetagem por sucção. Normalmente são induzidos em mães com doença física ou

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mental, ou para prevenir o nascimento de uma criança com severas malformações
congénitas ou não.

Aborto oculto

É um caso raro mais acontece, é a retenção do feto no útero após a morte do feto.

Com isso concluímos, de uma forma geral, que o aborto é a perda do feto antes da
metade do segundo trimestre, em torno de 135 dias, de maneira espontânea ou não. Vale
ressaltar que, independente da forma como é feito, o aborto sempre deixa marcas físicas
ou psicológicas para a genitora e muitas vezes aos seus familiares.

2.2. Consequência moral e física de aborto

O aborto tem muitas consequências. A ênfase, entretanto, será dada sobre a saúde da
mulher, física e mental.

Efeitos colaterais do aborto na mulher

Os efeitos colaterais físicos do aborto podem ser:

 Perfuração do útero, se o aborto for realizado pelo método de sucção;


 Ruptura do colo uterino;
 Histerectomia, que é a remoção do útero devido a complicações severas;
 Hemorragia uterina, também causada por pílulas abortivas;
 Inflamação pélvica;
 Infertilidade;
 Gravidez ectópica, na qual o óvulo é fertilizado fora do útero, como nas tubas
uterinas, por exemplo;
 Parto futuro prematuro;
 Infecção por curetagem mal feita;
 Aborto incompleto, quando os restos da placenta podem não ser completamente
removidos do útero, o que pode levar a infecções graves;
 Comportamento autopunitivo;
 Transtorno alimentar;

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 Embolia pulmonar;
 Insuficiência cardíaca.

2.2.1. Consequências psicológicas do aborto

 Sentimentos de remorso e de culpa;


 Depressão e oscilações de ânimo;
 Choro desmotivado, medos e pesadelos.

 Outras consequências psicológicas do aborto são frigidez (perda do desejo


sexual) e aversão ao parceiro com quem teve relações.
 Curiosamente, a chance de morte por homicídio é 14 vezes maior, porque a
mulher assume comportamentos de risco e passa a se expor ao perigo com mais
frequência.
 A violência doméstica e o abuso infantil também aumentam. Com seu
psicológico abalado, essas mulheres formam uma visão distorcida das crianças e
passam a não saber lidar com elas.

2.3. Aborto provocado e gestações futuras

As consequências físicas do aborto também prejudicam as futuras gestações. Supondo


que uma mulher tenha abortado por causa de uma gravidez não desejada, quando ela
realmente desejar ter um filho, poderá enfrentar problemas, reflexos do passado.

Por causa do aborto provocado, o risco de abortos espontâneos nas próximas gestações
será dez vezes maior.

Os futuros filhos das mulheres que fizeram abortos também correm maior risco de
nascerem com deficiência por causa dos danos cervicais uterinos.

2.4. A visão religiosa e língua sobre o aborto

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Nos dizeres de Mori, para a igreja protestante é a mãe quem passa por todas as
vantagens e desvantagens da gravidez, começando pela fecundação até o nascimento, e
depois de nascer direccionando seu cuidado e zelo àquele ser que carregou em seu
ventre. Desse modo, se em algum momento for preciso escolher entre a vida do feto ou
da mãe, a escolha prioritária será sempre a mãe, ficando o médico encarregado de tomar
tal decisão. As igrejas protestantes seguem mais de uma vertente, de modo que seus
entendimentos também são variados. Algumas delas concordam com o aborto eugénico,
ou seja, entendem não ser uma atitude reprovável o aborto quando praticado por justo
motivo, como é o caso do estado de perigo para a mãe ou quando resulta de estupro ou
incesto.

Esse posicionamento possui outra diferença em relação ao catolicismo por não ter uma
posição certa em relação ao momento em que o embrião se torna humano, e o momento
em que se inicia a vida humana. Entretanto, todos os entendimentos são pacíficos no
sentido de que o aborto jamais deve ser praticado como meio de planejamento familiar.

O discurso adoptado pela igreja católica com o passar dos anos, cada vez mais, foi
ganhando apoio dos evangélicos que passaram a repudiar o aborto em qualquer
situação, destacando que a vida existe desde o momento da concepção. Todavia,
segundo Galeotti, nem sempre esses discursos são uníssonos, havendo divergência no
posicionamento de algumas igrejas evangélicas:

 A Igreja Universal do Reino de Deus é favorável ao aborto em algumas


situações, como por exemplo em casos de estupro, de anomalias fetais, risco de
morte da mãe e dificuldade económica

De acordo com Mori, 58 em relação ao judaísmo, até o momento do nascimento o


embrião ou feto ainda não são considerados pessoas. No contexto contemporâneo o
judaísmo concede permissão para o aborto em várias situações, delegando às mulheres o
direito que decidir. Já no islã, para algumas correntes o aborto só é permitido se a vida
da mãe estiver em risco; entretanto, considera-se prazo limite para prática do aborto os
primeiros 120 dias de gestação, período em que o feto é comparado à forma de vida dos
animais ou das plantas.

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Para as doutrinas reencarnacionistas, em especial o Espiritismo, o aborto é proibido em
todos os casos, excepto quando a mãe corre risco de morte, uma vez que para o
Espiritismo a vida é anterior à concepção e na fecundação já existe vida.

De acordo com Mori, 59 a população budista discorda sobre esse tema; alguns
consideram que ao se realizar o aborto o indivíduo está retirando de um ser vivo o
direito à vida, coisa que para eles é inadmissível. Outros já permitem o aborto desde que
ele não seja impulsionado pela inveja ou desilusões, principalmente em relação aos
casos de anomalias no desenvolvimento do feto ou nos casos em que a mãe está em
risco.

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3. Conclusão

Conclui-se que o aborto trata de uma questão significativamente complicada e polémica,


visto que os debates e discussões relacionados ao tema abordam de maneira directa a
vida de dois seres detentores de direitos que se chocam a partir de uma relação
indissolúvel e dependente. Diante desse cenário, as verificações relacionadas ao tema
destacam os aspectos relevantes em termos de direitos, uma vez que não se apresenta
incomum o fato dos direitos das mulheres, no que tange à saúde, liberdade de escolha e
igualdade, serem relegados a um segundo plano.

4. Bibliografia
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented
embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003.
BALTAZAR, A. H. L. Considerações sobre o aborto: em busca de um consenso
possível. 2009. 166 p. Dissertação (Mestrado em Direito Constitucional). Instituto
Brasiliense de Direito Público, Brasília. 2009.
BEZERRA, C. P. De qual vida estamos falando? Análise crítica dos discursos sobre o
aborto e perspectivas. 2007. Revista dos Estudantes. Disponível em . Acesso em 28 out.
2019.

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BIROLI, F. O debate sobre aborto. In: MIGUEL, Luís Felipe; BIROLI, Flávia. (org.).
Feminismo e política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.

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