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Universidade de
Tema: O Aborto
Introdução
A interrupção precoce de uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do
corpo da mãe é denominada de aborto e pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira
totalmente espontânea.
Em todo o mundo são realizados 56 milhões de abortos por ano,dos quais cerca de 45% são
feitos de forma insegura. Entre 2003 e 2008 a prevalência de abortos manteve-se estável,
depois de nas duas décadas anteriores ter vindo a diminuir à medida que mais famílias no
mundo tinham acesso a planeamento familiar e contracepção. A Organização Mundial de
Saúde recomenda que todas as mulheres tenham acesso a abortos legais e seguros. No
entanto, em 2008 apenas cerca de 40% das mulheres em todo o mundo tinham acesso a
abortos legais. Os países que permitem o aborto têm diferentes limites no número máximo de
semanas em que são permitidos.
Ao longo da história, foi comum a prática de abortos com ervas medicinais, instrumentos
aguçados, por via da força ou com outros métodos tradicionais. A legislação e as perspetivas
culturais e religiosas sobre o aborto diferem conforme a região do mundo. Em algumas
regiões, o aborto só é legal em determinados casos, como violação, doenças congénitas,
pobreza, risco para a saúde da mãe ou incesto.Em muitos locais existe debate social sobre as
questões morais, éticas e legais do aborto. Os grupos que se opõem ao aborto geralmente
alegam que um embrião ou feto é um ser humano com direito à vida e comparam o aborto a
um homicídio. Os grupos que defendem a legalização do aborto geralmente alegam que a
mulher tem o direito de decidir sobre o seu próprio corpo.
Desenvolvimento
O aborto é um termo utilizado para designar a interrupção da gravidez antes do período
perinatal, ou seja, quando ainda não há viabilidade do feto. Embora o termo aborto seja
bastante utilizado, o nome adequado a esse processo é abortamento. O período perinatal
corresponde ao período entre a 22ª semana de gestação, quando o feto apresenta a partir de
500 gramas, até a primeira semana de vida do bebê.
Na Grécia e Roma Antiga o aborto foi considerado imoral, apesar de ter uma grande
utilização entre as mulheres, especialmente entre aquelas que se preocupavam com a
aparência física. Assim, o números de abortos cresceu de forma exponencial e então os
legisladores passaram a considerá-lo um ato criminoso.Como consequência foi instaurada a
Lei Cornélia que punia a mulher com pena de morte se consentisse com a prática abortiva.
Tanto na Grécia quanto na Roma antiga, o feto era considerado parte do corpo da mulher, e
também parte da propriedade do homem. Desta forma, o aborto só podia ocorrer com
autorização do marido. Aristóteles defendia o aborto como um método eficaz para a
sociedade, com o objetivo de limitar os nascimentos. Já Platão defendia que os abortos
deveriam ser obrigatórios para mulheres com mais de 40 anos, como forma de manter a
pureza da raça de guerreiros gregos.
No novo mundo, o aborto era visto de forma negativa, além de ser um tabu. Isso se dava ao
fato de a prática ter sido incorporada por famílias de colonizadores, especialmente no caso de
interrupção de gravidezes oriundas de adultérios. A ética do aborto ligada à moral religiosa
surgiu nos primórdios do cristianismo. Por influência de Tomás de Aquino, achava-se que
o feto recebia a alma após 60 dias de sua geração. Assim, se feito antes dos 60 dias, o aborto
não era visto como pecado. Essa ideia permaneceu até 1588. Além disso, muitas doutrinas
religiosas medievais consideravam os movimentos da criança em gestação no ventre da mãe
como um parâmetro para diferenciar quando a prática do aborto deixava de ser aceitável.
Foi no século XIX que começaram a surgir leis específicas contra o aborto. Em 1803 o
aborto se tornou proibido na Inglaterra e podia ser punido até mesmo com a pena de morte.
Lá, o aborto em caso de risco para a gestante só foi autorizado por lei a partir dos anos 1920.
A opinião social e religiosa sobre o aborto se concretizou quando, em 1869, o papa Pio IV
declarou todos os abortos como assassinatos. A frase “a vida humana começa no momento
da concepção” não foi criada pelo Vaticano, mas surgiu de uma campanha iniciada por
médicos no século XIX e ganhou força com os católicos.
No início do século XX, surgiu na Europa, especialmente na Inglaterra e França,movimentos
feministas defendendo o direito da mulher ao aborto. O marco mais conhecido aconteceu
somente em 1967, no estado do Colorado, nos Estados Unidos, quando foi aprovada a
primeira lei permissiva do aborto. Entre 1967 e 1970, cerca de metade dos estados
americanos legalizaram o aborto. Porém, todos sob pedido, ou seja, o aborto só poderia
acontecer se fosse legalmente concedido até um determinado estágio da gestação, geralmente
em torno do primeiro trimestre. Em 1973, um caso importante no país resultou na Suprema
Corte de Justiça dos EUA obrigar todos os estados americanos a adotarem a prática do aborto
a pedido durante todos os nove meses de gravidez. Neste momento, o aborto se tornou um
direito constitucional da mulher nos EUA.
Aqui Celso fala sobre o que diz a lei de STP sobre o aborto
Classificação do aborto
Alguns fatores são considerados como fatores de risco para o aborto. A seguir, alguns deles
listados:
Motivação
As razões que levam a mulher a optar por um aborto são diversas e diferentes em todo o
mundo. Uma das razões mais comuns é o adiamento da gravidez para um momento mais
conveniente ou de forma a permitir focar energias e recursos nos filhos já nascidos. Entre
outras razões pessoais estão a incapacidade em sustentar a criança, quer em termos de custos
diretos, quer em termos de custos indiretos derivados da perda de rendimentos ao ter que
tomar conta da criança, a falta de apoio do pai, a vontade em proporcionar educação de
qualidade aos filhos já nascidos, problemas de relacionamento com o parceiro, a perceção de
ser muito nova para tomar conta de uma criança, desemprego, e não estar disposta a educar
uma criança que tenha sido concebida como resultado de uma violação, incesto ou outras
causas.
Alguns abortos são praticados como resultado de pressões sociais. Entre estas pressões estão
a preferência por crianças de determinado sexo ou raça, a reprovação social de mães
solteiras ou de gravidez na adolescência, o estigma social em relação a pessoas
com deficiências, falta de apoios económicos às famílias, falta de acesso ou rejeição
de métodos contracetivos ou resultado de controlo populacional. Estes fatores podem por
vezes resultar em aborto compulsivo ou aborto seletivo.
Em alguns países, em mais de um terço dos casos a principal razão apontada é o risco para a
saúde da mãe ou do bebé. Em muitos casos, a motivação é a presença de um cancro e o
aborto é feito para proteger o feto durante o tratamento com quimioterapia ou radioterapia.
Conclusão
Resumindo e concluindo o aborto é um tema bastante complexo, sendo influenciado de
muitos factores, como desejo, a religião, a lei, as circunstancias e até mesmo o tempo. O
tema aborto já é discutido desde a Grecia e a Roma antiga passando por diversas evoluções
vizando garantir a sobrevivência e o bem estar da mulher. Hoje em dia uma mulher pode
decidir se quer ou não tem um filho e com a lei ao seu favor só tendo ela que respeitar alguns
criterios. Como quelquer outro tema o aborto tem vantagens e desvantagens , citadas de
forma indireta ao longo desse trabalho.
Referência Bibliografica
Vanessa dos Santos, Aborto, Mundo
Educação ,https://mundoeducacao.uol.com.br/sexualidade/aborto.htm , ultimo acesso
12/12/2023