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Será o aborto moralmente aceitável?

Bárbara Neves, Inês Silva e Leonor Vale

Filosofia
Professor Carlos Santos
Escola Secundária de Rio Tinto
Índice:

1. Introdução

2. Desenvolvimento
2.1. Explicação do problema
2.2. Definições
2.3. Argumentos
2.4. Defender argumentos
2.5. Contra-argumentos

3. Conclusão/Webgrafia
O aborto é um tema que tem vindo, cada vez mais, a suscitar polémica entre a
sociedade. Neste ensaio argumentativo iremos responder à questão: Será o aborto
moralmente aceitável? Esta é a questão principal que vamos responder neste ensaio,
questão essa que tem diversas opiniões e debates sobre ela. Na nossa tese,
defendemos que somos a favor da legalização do aborto, contudo este não pode ser
utilizada como método contracetivo.

A palavra aborto significa interrupção de uma gravidez resultante da remoção


de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero .
Somos a favor do aborto, por exemplo, quando há uma situação de violação.

Existem dois tipos de aborto: espontâneo (interrupção de uma gravidez devido


a uma ocorrência acidental ou natural) e induzido (procedimento usado para
interromper uma gravidez, também denominado Interrupção Voluntária da Gravidez).

Os filósofos Aristóteles e Platão aconselharam o aborto (desde que o feto ainda


não tivesse adquirido alma) para controlar os índices de crescimento demográfico ou
populacional em função dos meios de subsistência. Platão, por exemplo, preconizava o
aborto em toda mulher que concebesse depois dos quarenta anos. Também, Pedro
Galvão, filósofo e professor de Filosofia português, aborda a questão do aborto na sua
obra A Ética do Aborto.

O objetivo deste ensaio é argumentar a favor da discussão do problema do


aborto. Pretendemos mostrar que a discussão sobre o aborto é algo bastante
importante para a sociedade, pois envolve questões éticas, morais e legais que
precisam de ser consideradas. Além disso, pretendemos concluir que a discussão sobre
o aborto é necessária para que possamos chegar a uma solução justa e equilibrada
para este problema.

Primeiramente iremos explicar o problema em questão, ou seja, se o aborto


será moralmente aceitável, seguido de argumentos a favor desta prática apoiados
pelos filósofos referidos anteriormente. Depois apresentar contra-argumentos e
refutá-los de acordo com os nossos ideais. Por fim, iremos concluir que o aborto é
moralmente aceitável, mas não pode ser utilizado como um método contracetivo.
A forma como a sociedade encara o aborto varia de acordo com as crenças,
valores e culturas de cada pessoa. Algumas pessoas acreditam que o aborto é um
direito fundamental da mulher e outros acreditam que é um ato imoral e antiético. 
Na nossa opinião, o aborto é um direito da mulher quando este não é utilizado
como método contracetivo, embora em alguns países este seja extremamente
proibido, uma lista que inclui Egito, Iraque, Filipinas, Laos, Senegal, Nicarágua, El
Salvador, Honduras, Haiti e República Dominicana.  
O tipo de aborto em causa é o induzido e este contem diversas formas de
eliminar o feto, tais como: aborto com medicamentos (que induzem a contração do
útero removendo o feto); curetagem (quando se raspa a parede do útero removendo o
conteúdo) e aspiração a vácuo (usa-se um aparelho que recorre á sucção do feto).  
O nosso argumento a favor do aborto é que, apesar da mulher ter direito de
decidir sobre o seu corpo e a sua vida reprodutiva, o aborto não deve ser usado como
método contracetivo. Esta deve ter acesso a estes métodos eficazes e seguros para
evitar uma gravidez indesejada. Contudo, se ocorrer uma gravidez indesejada o aborto
deve ser uma opção disponível como último recurso. Por exemplo, nos centros de
saúde portugueses disponibilizam-se diferentes métodos contracetivos (preservativos
e pílula) para todas as condições económicas. Todavia, nos países em
desenvolvimento/ não desenvolvidos, como os de África, têm dificuldades no acesso a
estas vias eficazes, seja por questões financeiras, geográficas ou culturais. Em suma, o
argumento que defende o aborto como último recurso, e não como método
contracetivo, reconhece a importância da prevenção e da responsabilidade, mas
também respeita o direito da mulher de decidir sobre a sua vida/corpo em qualquer
circunstância.  
Existe vários contra-argumentos deste problema como o de direito à vida.
Muitas pessoas acreditam que todos os seres humanos têm direito à vida, incluindo os
fetos, sendo o aborto uma violação deste. No nosso ponto de vista, e comprovado pela
ciência, o início da vida do feto ocorre com o começo da atividade cerebral e a partir
do momento do nascimento do bebé. 
 Outro contra-argumento é o dos valores religiosos, que afirma que para muitas
pessoas, o aborto é considerado um ato moralmente errado devido às suas crenças
religiosas. Eles acreditam que apenas Deus tem o direito de tirar uma vida
humana.  Contudo este argumento não se consegue refutar, pelo facto da existência
de Deus ser relativa a cada ser humano.
Concluindo, a legalização do aborto é uma medida necessária e correta para
garantir o direito da mulher de poder controlar o seu próprio corpo e destino, reduzir a
mortalidade materna e assegurar a saúde pública. A decisão de continuar ou
interromper a gravidez da mulher deve ser permitida a esta, e a sua proibição apoiada
em valores religiosos ou morais não reflete um avanço na sociedade moderna.

Webgrafia:

https://oglobo.globo.com/mundo/saiba-quais-paises-do-mundo-tem-algumas-das-leis-
mais-rigidas-contra-aborto-25499219

https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/vida-comeca-na-concepcao

http://www.apf.pt/aborto-e-interrupcao-da-gravidez/metodos-previsto

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