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vida humana
Alunas:
● leonor Afonso nº18
● Renata Mata nº23
● Sara Fernandes nº25
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ÍNDICE
Introdução………………………………………………………………………………………. pág 3
Interrupção da
gravidez…………………………………………………………………………………………. pág 4
Argumentos……………………………………………………………………………………. pág 6
Eutanásia…………………………………………………………………………………….... pág 15
Argumentos……………………………………………………………………………………. pág 3
Tese……………………………………………………………………………………………. pág 22
Conclusão……………………………………………………………………………………. pág 23
Bibliografia…………………………………………………………………………………….. pág 23
Fim……………………………………………………………………………………………...pág 24
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INTRODUÇÃO
Com este trabalho temos vários objetivos em relação ao tema que escolhemos
aprofundar. Neste trabalho vamos desenvolver uma tese sobre os diversos tipos de
interrupção da vida humana, esta interrupção pode acontecer de diversas formas,
como por exemplo o suicido, o homicídio, o aborto e a eutanásia. Estamos cientes
de todas estas formas que enumeramos e de outras que não enumeramos. No
corpo deste documento serão desenvolvidos apenas estes dois últimos tópicos por
uma questão de estrutura, consciência e ética do trabalho. Na elaboração deste
utilizamos como base o livro "Ética com razões" de Pedro Galvão, um filosofo e
professor português, que no decorrer deste livro aborda estes temas de uma forma
sintetizada, mas esclarecedora, fundamentando a sua tese com argumentos que
defendem a sua posição e que atacam a posição oposta.
Este trabalho está organizado em diferentes partes, tendo uma parte introdutória,
duas partes explicativas relacionadas com o aborto e a eutanásia, duas partes
argumentativas também relativas a estes dois temas, uma parte onde apresentamos
e desenvolvemos a nossa tese, ou seja, aquilo que pretendemos defender e
acreditamos e por fim uma parte conclusiva.
Temos vários objetivos com este trabalho como por exemplo. clarificar e instruir
sobre o que é o aborto, e a eutanásia, defender a nossa tese de uma forma muito
estruturada e forte e responder às perguntas que passamos a enumerar:
Será que o aborto é eticamente correto?
Será permitido que pessoas, especialmente aquelas que se encontram numa fase
terminal da vida e em sofrimento agudo, determinem o fim das suas vidas?
Se sim, é permitido que solicitem medidas que as matem?
Ou é antes permissível que apenas solicitem que as deixem morrer, pedindo aos
médicos que se abstenham de as tratar?
Como podemos observar este tema apresenta algumas debilidades pois afinal
estamos a falar de situações que por agora podem parecer hipotéticas, mas para
muitos são realidade.
Gostaríamos apenas de referir já que já nos referimos ao tema da ética que está
compõem o ramo filosófico que distingue o bem do mal e as ações corretas e
incorretas.
Passemos agora ao trabalho.
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interrupção da gravidez
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O aborto é um dos pontos mais difíceis da ética médica. Ele envolve aspetos
religiosos, legais, médicos, socioculturais e políticos. Neste trabalho temos o
objetivo de examinar a interrupção da gravidez somente do ponto de vista da
filosofia, expondo os principais argumentos contra e a favor da interrupção
intencional da gravidez.
É claro que existem defensores moderados, que é o caso do autor da obra que
tivemos de ler, Pedro Galvão, que defende uma posição pró-escolha moderada.
Que consiste em aceitar pôr fim á gravidez mesmo que isso implique
intencionalmente matar o feto. Consideram errado o aborto quando a gestação se
encontra num estado avançado, mas defendem a sua prática em certos casos
específicos como por exemplo, quando a mulher ou o filho correm risco de morte, ou
quando a mãe foi vítima de abusos sexuais.
Os argumentos que iremos apresentar para solidificar a nossa tese que defende que
a interrupção voluntária da gravidez deve ser eticamente permitida e aceite!
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Pensamos isto porque devemos respeitar a liberdade das mulheres, contudo esta
prática não deve ser usada fora do tempo permitido pela lei portuguesa, até às 10
semanas, na nossa opinião. concordamos também que o aborto devia ser
eticamente permitido se a gravidez tenha resultado de um crime sexual e a
interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez ou se o objetivo é
evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde
física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizada nas primeiras 12 semanas de
gravidez, também se haja motivos seguros para prever que o nascituro venha a
sofrer e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez. Ou seja, acreditamos
que “O aborto devia ser eticamente permitido, porque devemos respeitar a liberdade
das mulheres”. Apresentemos agora alguns argumentos que inicialmente são
apresentados pelos defensores da posição pró-vida, mas através de análises, e
interpretações mais aprofundadas, ou seja não superficial, vamos analisar as
premissas que compõem os diferentes argumentos e que veremos que apresentam
diversas fragilidades, contrassensos e erros.
Será que temos o dever de ajudar o violonista? Na opinião de Thomson não pois se
escolhermos salvar a vida do músico este seria um ato digno, sem dúvida, mas se
escolhermos desligarmos-mos dele nada de faríamos de errado pois apesar de o
violinista ser uma pessoa com direito à vida, o indivíduo não tem de submeter a
estas condições, e no entanto o violonista é um indivíduo com direito á vida.
Acontece que o facto de um indivíduo ter direito à vida não significa que ele tenha o
direito a usar o corpo de outrem para se manter vivo. Agora é só transpormos o
caso para a gravidez.
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À semelhança do músico, o feto é inocente, mas o facto de tal como não é errado o
indivíduo se “desligar” do violinista também não é errado uma mãe abortar, pois não
implica a privação do direito à vida do feto.
Um ser humano é um ser pensante que mantém uma relação estreita com o seu
organismo, apresenta capacidades racionais perante diversas ações relativas ao
quotidiano, por exemplo e tem consciência dos seus atos futuros e/ou passados.
Desta forma, resta-nos apenas a questão, de que será que o feto é mesmo um ser
humano? Para fundamentar, solidificar e fortalecer a nossa resposta a esta pergunta
devemos refletir sobre o tema da existência.
Este tema numa primeira abordagem, pode parecer fútil, mas na verdade até é um
ponto com bastante aprofundamento, como iremos observar com o desenvolvimento
deste trabalho. Sabemos que nós seres humanos, até chegarmos a uma etapa da
nossa vida na qual o nosso desenvolvimento está completo, estamos
constantemente em crescimento interno e externo. Passamos por diversas fases
embrionárias no período gestacional, em que acontece o nosso desenvolvimento
diríamos de uma forma mais geral e após o nosso nascimento este desenvolvimento
continua, já não nomeamos este como fases embrionárias ou gestacionais, mas
podemos chamar de fases ou etapas da vida, como ouvimos corriqueiramente,
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etapas estas, que também têm de bastante relevância. Nós, humanos, começamos
a existir quando o nosso organismo começa a existir, parece algo muito óbvio e sem
grande explicação porém se refletirmos conseguimos retirar a conclusão de que
começamos a existir muito antes de nascer, ou seja de ser um humano, e visto que
durante um determinado período de tempo enquanto fetos somos apenas seres
existentes e não humanos, podemos admitir que se tomarmos a decisão consciente
de interromper a gravidez, não iremos estar a matar um humano mas apenas um
ser existente.
Tentando sintetizar este primeiro argumento, podemos dizer que o feto não é
decididamente um humano num ponto de vista científico e biológico, pois só é
considerado um ser humano aquele que consegue desempenhar certas e
determinadas funções vitais, tais como analisar, através da consciência, agir
racionalmente, entre outras. Até estas ações conseguirem ser desempenhadas por
nós humanos, ser individual, fazemos parte do organismo da mulher, e não somos
considerados pessoas, mas sim um ser existente. Deste modo atacamos este
argumento provando que a veracidade deste argumento superficialmente pode
parecer verdadeira, mas após uma pesquisa mais profunda vemos que é falso.
Muitas pessoas que defendem a posição pró-vida, diriam que a forma como
contrariamos o argumento da humanidade do feto era errada, pois alegariam que
fizemos uma generalização precipitada, pelo facto de um feto ser um ser que é
biologicamente humano, e por isso tem a potencialidade de se tornar numa pessoa,
o que lhe dá uma serie de direitos tais como o direito moral á vida. ora vejamos
estas premissas e situações mais aprofundadamente. primeiramente podemos
afirmar que sim um feto tem a potencialidade de poder vir a ser um ser humano,
mas sabemos que a filosofia não é uma área muito virada para a analise empírica,
ou seja, o feto tem a potencialidade de vir a ser um ser humano, mas o que significa
ter a potencialidade. Potencialidade, podemos dizer que é algo que tem capacidade,
possibilidade e probabilidade através de um processo de desenvolvimento de poder
tornar-se ou evoluir para. Então logo aqui podemos afirmar que não é certo que o
feto se torne uma pessoa, tem apenas a potencialidade.
Concentremo-nos agora nas premissas que fazem parte deste dito argumento da
potencialidade.
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“Os fetos são pessoas potencialmente.”
De uma forma crítica, observamos que nem todos os fetos são pessoas
potencialmente, devido ao facto de possíveis deficiências que possam vir a
desenvolver, deficiências essas que farão com que estes fetos jamais se possam
tornar pessoas. Deste modo podemos dizer que apenas geralmente, todos os fetos
são pessoas potencialmente, logo podemos dizer que os fetos não têm realmente o
direito moral à vida, têm apenas se se tornarem pessoas.
Este argumento é um pouco confuso e pode até gerar algum tipo de mal-entendido
mas temos de apenas entender que os defensores da posição pró vida diriam que
os fetos têm a potencialidade de se tornarem humanos, mas conseguimos, através
de uma análise um pouco mais aprofundada, concluir que não. Os fetos têm apenas
direito moral à vida se forem ser humanos(pessoas) o que implica não ter
deficiências graves que de algum modo fazem com que seja impossível de ter
certas e determinadas capacidades características de um ser humano tais como,
autoconsciência por exemplo.
"Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti”;
Entre outras frases populares às quais denominamos de provérbios, que nos são
incutidos por vezes desde crianças. Estas frases por mais que acreditemos que
tenham um valor lógico verdadeiro, são impossíveis de generalizar e de utilizar em
todas as situações, que passamos ou observamos ao longo do nosso percurso,
neste caminho que é a vida.
Passamos a exemplificar: é certo e quase que óbvio que não gostamos de por
exemplo “arcar” numa linguagem mais diária com consequências más dos nossos
atos, porém lidar e assumir as consequências dos mesmos deve ser algo
imprescindível para uma sociedade mais justa e honesta. Devemos assumir sempre
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as repercussões das nossas ações, independentemente de ser uma situação grave
ou ligeira. Se eu mereço ser condenada e/ou julgada, apesar de não o querer, eu
devo ser condenada e/ou julgada, para assim contribuir para uma sociedade
equilibrada.
A este ponto podem, após alguma deliberação, questionar se sobre a qual relação
existente entre estes dois tópicos, vamos tentar ilustrar através de uma possível
hipótese.
“Se um juiz não quiser ser preso, deverá absolver o homicida?” ora bem vejamos
que esta citação é completamente disparatada um juiz para exercer o seu cargo não
deve quer saber de si, deve apenas tomar decisões, para neste caso julgar o
homicida, se este for culpado deve ser condenado se não deve ser absolvido e pode
então prosseguir com a sua vida, ignorando o que o juiz quereria ou não se
estivesse na outra posição.
Não interessa neste caso se o crime foi leve ou mais pesado, fator este que não
deve ser considerado, pois não interessa o grau do crime a partir do momento que
este existe deve existir uma condenação.
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Não admitimos a ideia de nos terem cegado quando éramos um feto em
circunstâncias normais.
Este argumento foi apresentado por Gensler, que dizemos já que é um critico do
aborto, e pretende com este, fazer nos imaginar que enquanto nos encontramos no
útero materno, a nossa mãe, toma a decisão de ingerir uma substância, substância
esta que nos deixará cegos, mas substância esta que salvará a vida da nossa mãe.
De acordo com Gensler, seria óbvia a ideia de reprovação, ingestão desta
substância que nos deixa cegos. Este filósofo admite que para tornar este
argumento mais específico para o aborto basta substituir e adaptar as premissas
iniciais, como iremos ver já de seguida.
Seria nos dito que era errado abortar porque estaríamos a matar um ser humano, ou
um feto com potencialidade de ser uma pessoa, então os defensores desta causa
nunca poderiam abortar, tendo ou não um motivo plausível, pelo facto de terem de
apresentar uma certa coerência, como no exemplo da justiça apresentado acima.
Não obstante ao facto da sua gravidez ter sido fruto de uma violação ou indesejada
ou até mesmo devido a condições de malformação da criança, implicando o seu
desenvolvimento o que pode implicar o nascimento do bebé com algum tipo de
deficiência. Neste caso, se não gostaríamos que alguém abortasse, porque estaria a
matar uma potencial, era errado se nós se passássemos pela mesma situação
acabássemos por decidir interromper a gravidez de forma voluntária.
Todos nós defensores ou não defensores do aborto admitimos que matar é algo
errado.
A ação de matar pessoas é errada por diversos motivos; porque irá criar de certo
um sentimento de insegurança na sociedade em que este ato decorrer; porque irá
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causar uma dor intolerável, um desconforto e uma saudade imensa aos familiares
ou pessoas próximas da pessoa que foi morta; e se não nos centrarmos nos efeitos
colaterais, ou seja no que vai causar às pessoas próximas do falecido podemos ver
que também existem efeitos também para as próprias vítimas tais como por
exemplo a morte prematura. Segundo Marquis, filósofo que desempenha um papel
de extrema importância na posição pró vida, a morte prematura é algo mau que
ocorre ao defunto pois retira-lhe é privar-lhe de tudo o que a sua vida lhe poderia vir
a oferecer de bom ou de valioso, ou seja isto significa que matar alguém conduz a
uma privação de futuro valioso e benéfico, futuro este “como o nosso”, ser humanos
que nao fomos mortos, e tivemos a oportunidade de prosseguir e aproveitar a nossa
vida. É essencial referir tambem que se esta morte ocorrer numa criança é ainda
mais “grave”, no sentido em que ainda foi privado mais futuro, ou seja podemos
concluir, que quanto mais prematura uma morte acontecer, mais futuro é privado,
fator este que Marquis, utiliza para apoiar a sua tese, contra o aborto, este filossofo
apresenta as seguintes premissas, para sintetizar tudo o que foi dito neste
argumento.
Este argumento não pode e não deve ser generalizado pois, pode ter diversas
análises de acordo e agindo em conformidade com a situação em que se encontra,
por exemplo se X nos quiser matar e nós para nos salvarmos temos de matar X é
certo, ou muito provável que acabemos por matar X numa forma de “lei da
sobrevivência", mesmo que este ato de matar implique a privação do futuro de X,
mas também se não optasse-mos por matar X, X iria de certo modo privar nos de
um futuro valioso. Como vemos este argumento é contraditório neste ponto, por
vezes podemos admitir que nem tudo é o que parece. Também podemos questionar
a parte de Marquis dizer que normalmente os fetos admitirem um futuro como o
nosso, de um modo mais desleixado diríamos que todos os fetos têm um futuro
como o nosso mas esta afirmação é falaciosa e vejamos porquê… Um feto se
nascer com um grau de deficiências graves ou anencéfalo, doença que admite a
morte prematura de um bebé tendo estimado apenas um período de horas ou dias
vitais,neste caso admitimos que nem todos os fetos têm um futuro como o nosso,
devido a este facto e justificando a utilização da palavra normalmente por Marquis,
nem todos os fetos nascem para ter um futuro como o nosso.
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Analisemos agora com a devida atenção a primeira premissa, se por exemplo um
ser devido a estar em agonia desejar a morte, de acordo com Marquis, este não
deve morrer porque é errado já que este ser tem um futuro como o nosso, logo se
este desejar a morte, segundo Marquis este é um ato errado, se acontecer, sendo
que é errado a ação da morte a partir do momento que ter um futuro como o nosso
é certo, condição esta necessária e suficiente. Recorrendo agora a outro ponto de
vista observamos que um feto enquanto feto não tem interesse ainda em continuar a
viver então mesmo que os fetos tenham um futuro como o nosso matá-los não seria
de todo algo errado, pelo facto reforçamos de os fetos ainda não desempenharem
uma vontade de prosseguir com a vida, ou seja os fetos não se importariam de que
a sua vida terminasse pois ainda não manifestam interesse em permanecer vivos.
Portanto e contrariando o que nos indica a primeira premissa ter um futuro como o
nosso, não é condição suficiente e necessária para que seja errado matar X.
Cada ser humano, é um ser pensante que estabelece uma relação íntima com o seu
respetivo organismo, o que nos torna diferentes, mas ao mesmo tempo iguais no
sentido que nós somos o que o nosso organismo é. Como esclarecemos
anteriormente começamos a existir quando o nosso organismo começou a existir,
organismo este que passou por diversas fases ao nível do desenvolvimento, como a
embrionária e fetal. Recordemos que começamos, assim, a existir muito antes de
sermos considerados pessoas dotadas de atos conscientes ou até mesmo pessoas
pensantes.
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Eutanásia
Passemos agora, ao outro grande tópico que pertence, a este débil tema que é a
interrupção da vida humana. Abordaremos agora a eutanásia.
Tipos de eutanásia:
A eutanásia, agora definida, pode ser dividida primeiramente em dois tipos, porém
mais à frente iremos ver que dois temas é pouco para conseguir fazer com que este
tema não seja tao o ato de admitir uma morte indolor a um alguém, mas sim muito
mais, ou seja permitir de certa forma a "extensão" deste tema. Como dissemos
existem dois tipos básicos, de eutanásia: a eutanásia ativa e a eutanásia passiva,
que podem ser classificadas/definidas como:
● Eutanásia ativa: utilizar medidas ativas que causem a morte (injeção letal);
● Eutanásia passiva: abster-se de usar os meios e oportunidades que impedem
a morte (deixar de tratar o paciente).
Esta é uma distinção básica e simples, o que faz com que não seja suficientemente
satisfatória por isso, faremos uma distinção, mas fundamentada, como indicamos
anteriormente:
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4. Eutanásia passiva voluntária: deixar morrer alguém a seu pedido;
5. Eutanásia passiva não voluntária: deixar morrer alguém que não teve
a oportunidade de exprimir esse desejo, devido ao facto de se encontrar
num estado de coma irreversível ou num estado vegetativo;
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aconselhamento sobre doses letais de fármacos e prescrição ou fornecimento
desses fármacos.
Sabemos que este tema, da eutanásia deixa muita gente apreensiva e reticente,
pois não deixamos de nos referir à morte de uma pessoa. Este é um tema que
tentamos sempre evitar falar, porque achamos “macabro”. Matar uma pessoa é uma
das piores coisas que se pode fazer e nisto existe um consenso entre apoiantes e
não apoiantes da eutanásia por isso, vamos determinar as razões possíveis para
levar alguém a querer de livre vontade “matar-se”, justificando uma nova
ponderação sobre o assunto.
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Concluímos assim que o futuro de uma pessoa nunca deixa de ser valioso, a
pessoa é que por razões de força maior deixa de querer vê-las no sentido em que já
não é benéfico para ela ver e valorizar o seu futuro, então deixa de reconhecer a
preciosidade do mesmo.
Neste aspeto os críticos da eutanásia concordam que, embora acreditem que retirar
a vida intencionalmente é um ato sempre incorreto no contexto medicinal, não
subscrevem um dever absoluto de prolongar a vida o mais possível. Pensam que,
para fazer uma pessoa viver apenas um pouco mais, não se justifica submetê-la a
tratamentos muito dolorosos e decerto modo similares a uma tortura. Os críticos
defendem que se a intenção for apenas aliviar o sofrimento, é aceitável administrar
uma substância que vá antecipar um pouco a morte. Estas atitudes fazem todo o
sentido, claro, mas apenas sobre o pressuposto de que a continuação da vida não
seja do interesse do paciente.
Assim, dizemos que somos favor da legalização e prática da eutanásia são o alívio
da dor e do sofrimento, considerados insuportáveis pelo paciente, e o respeito pela
sua autonomia e da sua liberdade de expressão e de decisão individual
independentemente de se conseguir ou não determinar o seu consentimento
voluntário.
-Autonomia:
Mais uma vez críticos da eutanásia, surgem para criticá-la, mas desta vez defendem
que mesmo que a morte seja do interesse de uma pessoa isto não é uma razão
necessária e suficiente para que matá-la seja aceitável.
Assim de acordo com a autonomia deve haver livremente escolha do paciente sem
interferência de terceiros ou até mesmo, um sentimento interno de medo ou dor do
próprio paciente. (Apesar de haver uma dificuldade em determinar o seu
consentimento voluntário). O médico deve explicar ao paciente a sua condição e
explicar todas as dúvidas, e, além disso, é necessário analisar as condições do
paciente para verificar se este tem capacidade de expressar sua verdadeira vontade
isenta de qualquer interferência.
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Tendo em consideração o exposto, a dignidade do paciente será somente
respeitada quando for respeitada a autonomia da sua própria vontade, e que a sua
vontade expressa por si mesmo corresponda à sua vontade pura, sem interferência
de qualquer fator interno ou externo.
-Cuidados paliativos:
Após esta definição podemos ponderar sobre os benefícios dos cuidados paliativos
que podem ser, por exemplo: proporcionar o alívio da dor e outros sintomas
causadores de sofrimento; afirmar a vida e encarar a morte como um processo
natural; não apressam ou adiam a morte; integrar os aspetos psicológicos e
espirituais dos cuidados ao doente; promover um sistema de suporte global que
ajuda o doente a viver o mais ativamente possível; ajudar a família do doente a lidar
com a doença, assim como posteriormente o luto do doente. os cuidados paliativos
ao contrário do que pensamos destinam se a qualquer criança ou adulto com:
malformações congénitas ou outras situações que dependam de terapêutica de
suporte de vida; qualquer doença aguda, grave e ameaçadora da vida (tais como:
traumatismos graves, leucemia,etc); doença crónica progressiva, tais como: doença
vascular periférica, neoplasia, insuficiência renal ou hepática, AVC com significativa
incapacidade funcional, doença cardíaca ou pulmonar avançada, fragilidade,
doenças neurovegetativas e demência; doença ameaçadora da vida, mas em que a
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opção foi não fazer tratamento orientado para a doença ou de
suporte/prolongamento da vida e que requeiram este tipo de cuidados. E em muitos
outros casos.
Estes declaram, a nunca legalização da eutanásia, pois teria efeitos sociais tão
maus que constituíram uma razão decisiva para nunca a permitirem, pois se
permitirmos este tipo de eutanásia, dizem, que iniciamos uma derrapagem para
políticas intoleravelmente permissivas, assim acabando a eutanásia involuntária ser
tolerada iluminando assim aqueles que são vistos como um fardo para a sociedade.
Assim de momento ao contrariar a eutanásia partiremos da história do nazismo.
Desta forma vai se supor que: um doente terminal, digamos, poderá alegar que vale
a pena continuar a viver, só que, como lhe dada a opção de morrer, vê-se agora
obrigado a justificar a sua escolha.
Assim numa cultura tão hostil, aqueles que lhe são mais próximos entendem que
essa escolha é injustificável e caso recuse eutanásia então os seus familiares e
amigos deixarão de o reconhecer como um agente racional, o que o privará daquilo
que ainda faz a sua vida valer a pena, ou seja, um relacionamento significativo com
os outros. Desta forma o facto de um paciente dispor a aceitação da opção de
morrer, esta poderá ir contra os seus interesses.
Assim, Segundo J.David Velleman afirma que ao intuímos o direito a morrer nas
sociedades atuais seria como admitir o direito ao duelo numa cultura obcecada com
a honra. Julgando assim que desta perspetiva não á uma razão suficientemente
forte para nos opormos à legalização da eutanásia voluntária. Alertando que se
deve regulamentar com todo o cuidado a prática da eutanásia voluntária
minimizando o risco de um paciente optar pela morte em função da pressão dos
outros. Não justificando, porém, a proibição desta prática.
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Desta forma pode se analisar que também está marcado negativamente pois de
acordo com cada eutanásia de populações vulneráveis contra a sua vontade, pois
por sua vez a decisão de quem deve pôr fim à sua vida ou não, é o paciente e não
pela sua cultura. Assim havendo que numa sociedade que despenaliza a eutanásia
corre o risco de provocar uma enorme insegurança dos cidadãos face à atividade
das equipas de saúde.
Mas por outro lado á aspetos negativos na eutanásia pois existe uma dificuldade de
muitas vezes prever o tempo de vida que resta ao paciente, bem como a existência
da possibilidade do diagnóstico médico errado o que levaria à prática de mortes
precoces e sem sentido. E apesar disso a eutanásia viola normas básicas da
medicina, pois a missão dos médicos é combater a morte, promover a cura e aliviar
o sofrimento dando lhe o tratamento necessário para se concluir. Desta forma
consegue cumprir com juramento de Hipócrates, “Não darei veneno a ninguém,
mesmo que me peça, nem lhe sugerir essa possibilidade.”
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tese
Enunciamos agora a nossa tese de forma organizada e estruturada.
Devemos respeitar a liberdade das mulheres, contudo acreditamos que esta prática
não deve ser elaborada fora do tempo permitido pela lei portuguesa, até às 10
semanas. Concordamos também que o aborto devia ser eticamente permitido, como
já referimos, mas especialmente se a gravidez tenha sido um resultado de um crime
sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez ou se o
objetivo é evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou
para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizada nas primeiras 12
semanas de gravidez, também se haja motivos seguros para prever que o bebé
venha a sofrer e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez. Ou seja, e em
suma, acreditamos que “O aborto devia ser eticamente permitido, porque devemos
respeitar a liberdade das mulheres”, porque tal como vimos o novo ser humano é
gerado no útero da mulher e queiramos ou não são nove meses em que somos
responsáveis não só por nós mas também por um outro ser.
Será permitido que pessoas, especialmente aquelas que se encontram numa fase
terminal da vida e em sofrimento agudo, determinem o fim das suas vidas?
Se sim, é permitido que solicitem medidas que as matem?
Ou é antes permissível que apenas solicitem que as deixem morrer, pedindo aos
médicos que se abstenham de as tratar?
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Conclusão
Concluímos que concordamos que tanto a eutanásia como o aborto são eticamente
aceitáveis e seria imoral proibir estas duas “opções” por lei, pois achamos que são
sempre práticas que não devem ser descartadas, devido a nossa opinião a ausência
destas originar uma falta de liberdade e de direitos essenciais e garantidos como ser
humanos que somos.
bibliografia
● Livro “Ética com razões” de Pedro Galvão
● https://youtu.be/Br59pD583Io
● http://www.apf.pt/aborto-e-interrupcao-da-gravidez
● https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aborto-a-etica-e-a-
interrupcao-da-gravidez.htm
● https://shifter.sapo.pt/2018/05/eutanasia-portugal/
● https://filosofia.ufsc.br/files/2013/04/JamesPryor.pdf
● http://filosofiaes.blogspot.com/p/ensaios.html
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Fim
trabalho realizado no âmbito da disciplina de filosofia pelas alunas:
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