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Maio de 2020
As questões ligadas à vida ou à morte foram desde cedo assuntos de debate pelas
gerações, embora recentemente tenham assumido um papel de maior importância
devido aos direitos individuais do ser Humano. Nascer ou morrer não dependo só do
individuo, mas de todo um contexto cultural, social, religioso e político. Determina o
tempo em que somos reconhecidos como indivíduos e membros de uma comunidade, de
uma família, de um grupo. As questões relacionadas com as interrupções desta linha
temporal incontável que é a vida, foi levantada no início do século XX, e desde então
que foi bastante discutido e as vezes ainda constituiu tabu para a sociedade. Neste
ensaio vou abortar este tema com base em dois exemplos, o aborto, aquele que evita o
nascimento, e a eutanásia, o método que poe fim à vida.
A segunda posição apoia-se no direito que a mulher tem sobre o próprio corpo,
um direito, na minha opinião, indiscutível, assim como a própria vontade da mesma.
Judith Jarvis Thomson, defende que ainda que o feto tenha direito a vida, é eticamente
permissível na medida em que ninguém deve utilizar o corpo da mulher sem a sua
vontade e permissão. Esquecer este argumento, seria colocar a vida do feto acima da
vida da mulher. Imaginemos que a mulher foi abusada sexualmente ou que está com
problemas de saúde e que o feto põe em risco a vida da mulher, não será aceitável
deixarmos a mulher escolher o que acontece com o corpo dela? Na minha opinião, por
um lado o aborto devia ser legalizado porque ninguém tem a obrigação de sobrepor a
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vida de um feto à própria vida quando esta sofreu violência sexual ou até mesmo não
tem capacidade financeira para o manter. Mas por outro lado, acho que deve ser um
método ponderado, sobretudo quando é realizado numa gravidez já avançada, alias, na
minha opinião só devia ser assim permitido se fosse prejudicial para a vida da mulher.
Estes dois exemplos, são acima de tudo, uma questão de escolha. Quando nos é
permitida a vida, somos responsáveis por nós e pelas nossas ações e isso inclui as nossas
escolhas. Nós mulheres, somos muitas vezes mal interpretados, principalmente, na
questão do aborto, sendo olhadas de lado. Mas não temos opção de escolha? Não somos
igualmente capazes de fazer as nossas escolhas no nosso corpo e sobre a nossa vida?
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Bibliografia
https://filosofiaes.blogspot.com/p/ensaios.html
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aborto-a-etica-e-a-interrupcao-da-
gravidez.htm?
fbclid=IwAR035tjZrxzkAkFA6HwOPRrWqCkdt_aZEhUVEcVe_Gz2PAzePPJs7D-Y764
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aborto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eutanásia
https://notapositiva.com/eutanasia/
https://criticanarede.com/eti_kant.html
http://www.uenf.br/Uenf/Downloads/COGNICAO_6587_1308235910.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-73312008000100006&script=sci_arttext&tlng=es