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Aborto

Existem muitos argumentos contra e a favor do aborto, mas será que algum está
certo?

Aqueles que são contra a prática abortiva argumentam que se a vida é a coisa
mais importante, então independente de qualquer que seja a situação, aquele
ser deverá nascer.

Será que isso está correto? Será que a partir do momento em que o ser se irá
desenvolver no útero da mulher, esta não será já a responsável pela decisão?

O aborto é um assunto bastante controverso nos dias de hoje. Muitas pessoas


são contra a sua prática, mas será que se esqueceram que também haverão
mulheres que não queiram ter filhos por terem sido forçadas a ter relações
sexuais? Algumas nem mulheres eram, mas sim crianças, menores de idade que
nada de mal fizeram e foram sujeitas a um crime tão cruel. Outras mulheres
abortam, pois, descobrem que os filhos iriam ter deficiências futuras.

Os argumentistas contra o aborto justificam que não se pode comprovar que os


portadores das doenças terão uma vida pior, logo os pais não deviam ter medo
de enfrentar os problemas. Aqueles que são contra este ato, o aborto, justificam
os seus pensamentos argumentando que se a vida é o maior bem e se sobrepõe
sobre quaisquer outros, não há nenhuma razão que justifique a sua interrupção.

Estará aqui a moral da vida do feto acima da razão? Será que ao direito moral da
mulher sobre as decisões do seu próprio corpo não se sobrepõe à ética da vida
do embrião? Os direitos das mulheres não deviam estar primeiro que a moral?

Os argumentos a favor desta prática são, entre muitos, o direito da mulher


à escolha. Se o aborto continuar a ser ilegal em muitos países, as mulheres terão
de o fazer clandestinamente o que porá a sua saúde em risco. Neste caso
também se poderá por a hipótese de desigualdade social e racial, pois as
mulheres pobres, que não tiveram dinheiro para abortar de forma segura,
induziram o aborto de formas macabras e cruéis que puseram a sua saúde em
risco, até, em alguns casos, as levou à morte. Enquanto que as mulheres ricas,
com posses materiais, puderam abortar de forma segura e vigiada, sem perigo
aparente e com um tratamento adequado de seguida.

Também existem registos de casos, como na China, onde o governo obrigou as


mulheres a abortarem em caso de gravidez do segundo filho, alegando a
superpopulação no mundo, que iria causar a fome e a guerra por alimentos e
bens necessários.

Eu penso que cada mulher deveria ter a opção de decidir sobre a sua vida e as
variáveis que num determinado momento podem decidir se continua ou não
uma gravidez. Existem muitas variantes e causas para aquela gravidez ter
acontecido, a progenitora tem o direito de decidir sobre esta, não tem de se
sujeitar a abortos ilegais com riscos mortais.
A opção de ter um filho/filha é demasiado importante para não se considerar a
possibilidade de se ter ou não condições para criar uma criança. Todos estes
aspetos devem ser ponderados e respeitados e a decisão da mulher deve ser
imperativa.

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