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Data: 27/10/2020
Mesmo o aborto sendo ilegítimo perante a legislação brasileira, estes sobrechegam inúmeras vezes.
De acordo com a PNA (Pesquisa Nacional do Aborto), em 2015, 417 mil mulheres nas áreas urbanas do
Brasil cessaram a gravidez, número que sobe para para 503 mil se for incluída a zona rural. O grande revés,
é que a maioria destes abortos ocorram em locais insalubres e sem a devida estrutura para que pudessem
promover amparo as mulheres. Múltiplas mulheres morrem todos os anos por complicações decorrentes
deste procedimento.
A mulher tem o direito de decidir sobre o próprio corpo. Lamentavelmente, conserva-se uma ideia
de sacralidade no corpo humano, elucubra-se aspectos morais e religiosos que justificam a assídua e
insistente forma de tentar controlar o corpo feminino. Outro errôneo fruto do patriarcado balizador
instaurado em nossa sociedade.
Vale frisar que sua legalização, não implica na sua banalização. Consoante ao que Débora Diniz,
antropóloga da Universidade de Brasília, afirma: “As mulheres devem saber que recorrer à esta prática é só
em último caso e que elas devem continuar a utilizar preservativos”.
Portanto, é de vital importância que mulheres e homens tenham acesso a informação de qualidade, a
fim de que saibam usar devidamente os métodos anticoncepcionais e implementar o planejamento familiar
em suas vidas. Deste modo, poderão escolher o momento adequado para gerar uma criança, caso seja de
deleite dos mesmos.