Você está na página 1de 4

Sumário:

• Introdução
• O que é o aborto?
• Opinião pessoal
• Filóofos contra o aborto
• Legalização em diferentes países
• Legalizaão em Portugal

Esta é uma das questões que mais se discute, hoje em dia, e este assunto divide-se em
várias opiniões.
A tese defendida é que o aborto é moralmente correto.
Mas afinal o que é o aborto?
De uma maneira simplificada, o aborto é uma interrupção voluntária ou involuntária,
duma gravidez, resultante da remoção de um feto ou de um embrião antes de este ter a
capacidade de sobreviver fora do útero, este processo é feito de forma segura através de
meios médicos naturais. Para além disso, o aborto é uma questão fundamental e
decisiva, dado que este implica inevitavelmente a morte.
O objetivo deste ensaio é demonstrar que existe vários pontos de vista acerca deste
assunto, onde nenhum está certo ou errado e que todos podemos ter opiniões
diferentes.
Já explicado o que é o aborto, irei focar-me na minha tese geral- O aborto é moralmente
correto?
Pessoalmente, acho que o aborto é moralmente correto, exceto quando o feto já está
desenvolvido e adquire certas capacidades racionais e dado que deveríamos respeitar a
liberdade das mulheres, e esta só pode ser respeita se puder tomar a sua decisão de
livre e espontânea vontade.
Irei então apresentar alguns argumentos que possam justificar o meu ponto de vista.
Um feto não é uma pessoa, pois para ser uma pessoa é preciso ter certas capacidades
mentais racionais, como o pensamento, a razão e as memórias. Um feto não possui
nenhuma das características apresentadas, logo, não podemos considerar um feto uma
pessoa. Para além de não ter todas as capacidades mentais também não possui as
físicas. Por isso, eu concluo que “matar” um feto não é moralmente errado.
Este argumento tem uma objeção importante que defende que um feto é um ser
humano. E, um feto pode não possuir todas as capacidades mentais racionais, mas já
possui um código genético próprio que o faz distinguir de todas as outras espécies.
Um outro argumento é o argumento do Direito das mulheres. Neste argumento
devemos ter em conta os valores das mulheres enquanto pessoas, como neste caso, o
direito á escolha. A mulher possui direitos sobre seu corpo e, portanto, pode se decidir
pela interrupção de uma gravidez indesejada ou de risco.
Em primeiro lugar temos que ter em conta que o aborto é realizado por processos
médicos naturais e seguros, sem qualquer consequência para a mulher, enquanto que
no aborto com medicamentos a mulher pode correr riscos, podendo mesmo levar a
morte da mesma. Importa também perceber que este não é um ato obrigatório,
dependendo da única vontade da mulher ou dos pais , tendo assim liberdade e direito
de escolha. Se o desejo da mulher é não querer ter a criança é porque á inúmeros
motivos a que possam ter levado a essa decisão, como por exemplo, por não ter as
melhores condições para cuidar de um filho(a) e puder dar-lhe os melhores meios para
um desenvolvimento estável e equilibrado da criança, idade precoce e até mesmo o
facto de não estar preparada para ser mãe.
Defensores desse argumento acreditam, em geral, que o feto ou embrião ainda não é
um indivíduo com as capacidades desenvolvidas, logo, não há conflito de interesses
entre os direitos da mulher e do feto. Nesse sentido, deveria prevalecer a vontade da
mulher.
Porém, há ainda um argumento desenvolvido pela filósofa Judith Jarvis Thompson.
Segundo ela, ainda que o feto tenha direito à vida, o aborto é eticamente permissível,
porque ele não permite que se utilize do corpo da mãe contra a vontade dela.
A objeção deste argumento é a da adoção, que defende que quando acontece estas
circunstâncias em que os pais não “querem” as crianças ou que os pais não têm
condições para cuidar de uma criança, a melhor opção é mandá-las para uma instituição,
onde poderão ser adotadas ou ficar lá até atingirem a idade adulta. O caso da adoção
parece ser o mais acertado, uma vez que as crianças vão viver com casais que,
provavelmente, não conseguem ter filhos e que possam disponibilizar excelentes
condições, que a mãe biológica não consegue dar, para o crescimento equilibrado da
criança.

Começemos com o argumento mais comum contra o aborto, que se caracteriza por
apelar à humanidade do feto.
Todas as pessoas têm o direito moral à vida. Os fetos são pessoas, logo os fetos têm o
direito moral à vida.
Parece falso que um feto seja uma pessoa, como dito anteriormente, um feto não tem
ainda a capacidade da consciência de si, nem é um agente racional. Só no último
trimestre da gestação é que o feto adquire/desenvolve essas capacidades.
Um outro argumento é comparar o aborto ao homicídio. Ou seja, o aborto consiste em
matar um feto, impedir que este nasça. Se consideramos errado matar uma pessoa
porque não deveremos achar errado também matar um feto?
Os filósofos que mais se destacam na defesa contra o aborto são Stephen Schwarz,
Francis J. Beckwith, Christopher Kaczor e
Beckwith, por exemplo, diz que cada ser humano é um "agente racional moral" ao longo
de toda a sua existência. Por sua vez, Kaczor declara que cada ser humano está sempre
‘orientado para a razão e a liberdade’ e que ‘todo e qualquer ser humano é um ser
racional’. Ambos defendem a sua posição aproximadamente do mesmo modo que
Schwarz afirma que os fetos embora ainda não funcionem como pessoas, já são pessoas.
Segundo Don Marquis, fazer um aborto é uma ação imoral porque isso significa privar o
feto de experiências, das sensações, prazeres e projetos do seu futuro, os quais ele viria
a valorizar. O feto poderá também ter um futuro que virá muito provavelmente a
valorizar e matá-lo será privá-lo desse futuro que ele poderia ter.

Legalização em diferentes lados do mundo


Em muitos países o aborto não é 100% legal, só em caso de situações especificas, como
por exemplo em caso de risco para mãe, por motivos sociais ou económicos, em defesa
da saúde física e mental e depois temos os outros onde é totalmente proibido ou sob a
vontade da mulher.
Motivos sociais ou econômicos: Em 14 países como na Finlândia e na Etiópia, as leis são
interpretadas para permitirem o aborto sob amplas circunstâncias. Neles a legalização
costuma levar em consideração fatores sociais e econômicos, considerando o impacto
potencial da gravidez na atual situação da mulher e também em uma situação futura.

Sob a vontade da mulher:Em 67 países o direito ao aborto é permitido a partir


da solicitação da gestante. A grande maioria deles permite a interrupção da gravidez
com até 12 semanas.

Totalmente proibido: Em 26 países do mundo como o Egito, Iraque, Nicarágua, Filipinas


e Senegal o aborto é proibido quaisquer que sejam as circunstâncias. São 90 milhões de
mulheres em idade reprodutiva que vivem em locais onde a interrupção da gravidez é
totalmente proibida por lei, até mesmo quando a vida ou a saúde delas está em risco.

Em Portugal o aborto voluntário foi legalizado em 2007 e é permitido até a décima


semana de gravidez se assim quiser a mulher independentemente dos motivos, em
exceção de algumas situações, como por exemplo, no caso de violação, o aborto é
permitido até às 16 semanas e em caso de malformação do feto o aborto é permitido
até às 24 semanas.

Concluindo, na minha opinião, o aborto é moralmente correto, respeitando a


liberdade e os direitos das mulheres, que é um ser já com consciência de si, ao
contrário de um feto, noutras circunstância respeitar também, a mulher ou os pais
que não desejam nem estão preparados para ter a criança no momento.

Você também pode gostar