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Argumentos-John Locke defende o conceito de ser humano como o seguinte:"um ser

inteligente, que possui razão e capacidade de reflexão, e que pode considerar a si próprio
como uma coisa que pensa, em diferentes momentos e lugares; que o faz apenas por essa
consciência, que é inseparável do pensamento e que me parece essencial a ele; sendo
impossível para qualquer um perceber sem perceber que percebe"....
Fetos não possuem autoconsciência, muito menos capacidade de reflexão ou memória.
Portanto, não atendem a essas características definidoras de um indivíduo. Mas, nesse
caso, pacientes em coma ou estado vegetativo também não teriam direito moral à vida,
assim como crianças recém-nascidas, que não possuem ainda a noção ...

(imprimir)

Também se pode considerar a doutrina de Aristóteles em que adota para resolver este
problema uma potência e um ato.Uma potência é a capacidade para realizar algo, enquanto
ato é a realização concreta dessa potencialidade.
Visto sob esta perspectiva, o feto seria um indivíduo em potencial e, em razão disso,
realizar um aborto seria privar o feto do direito a essa vida futura. Mas, nesse caso, a
clonagem de humanos, que teoricamente pode produzir outro ser a partir de uma célula,
significa que qualquer célula poderia ser um indivíduo em potencial, o que, nesse caso, é
uma prerrogativa absurda....

Direitos da mulher-
A mulher tem direitos sobre o sewu corpr e deve ter o direito de tomar uma decisão sobre a
interrupção de uma gravidez caso esta seja indesejada ou de risco(podendo pôr em causa a
sua vida ou do embrião.Neste caso,o aborto é apresentado como uma ação necessária aos
direitos invioláveis da mulher.
Defesa-O feto ou o embrião ainda não é um indivíduo com as capacidades
desenvolvidas,logo não haveria conflito de interesses entre direitos da mulher e do
feto.Assim,deveria prevalecer sempre,a vontade da mulher.O seu coração começa a bater a
partir das 10 semanas.

Filósofo Thompson-Por muito que o feto tenha o direito à vida,o aborto deve ser
eticamente permissível,pois este não permite que o feto se utilize do corpo da mulher
não contra à sua vontade.

Exemplo:Existe um violinista que se encontra inconsciente ,dado que tem uma


doença renal fatal.Eu sou a única pessoa que possui o seu tipo sanguíneo.Então faz-
se uma transfusão de sangue,e também tenta-se filtrar e tirar as impurezas de ambos
os corpos.Um médico descobre a operação clandestina e dá-nos duas opções:Se nós
nos desconectarmos da vida do paciente ,ou seja do violinista,ele morrerá.Mas se
ficarmos ligados com ele até nove meses salvámos-lhe a vida.O que vocês fariam?

Pessoas contra-.....

Tanto tu quanto o violinista têm os mesmos direitos à vida, só que esse direito não se
sobrepõe ao de decidir o que fazer com seu próprio corpo, direito este que o
violinista não possui....

Assim, ao haver um aborto, a mulher não estaria a violar o direito à vida, mas
somente a privar o feto de um direito que ele não tem de fato. Um dos problemas
mais óbvios desse argumento é que a mulher pode escolher engravidar ou não (a
menos que tenha sido vítima de uma violação ; nesse caso a analogia é válida), por
isso teria responsabilidades. Além disso, o aborto mataria um feto sadio(saudável),
ao passo que o violinista morreria em decorrência da doença....

Bem-estar
Já do ponto de vista utilitarista, o bem-estar da pessoa, e não dos seus direitos, é que
seria levado em conta na decisão. Como o feto ou embrião não tem ainda consciência
de bem-estar, o aborto seria um ato moral aceitável. Outro grupo alega que isso
privaria o bem-estar futuro desse feto, que em determinadas condições se
desenvolveria plenamente....

A interrupção voluntária da gravidez.

10 semanas de gravidez-É permitida por opção da mãe,desde que seja realizada ou


supervisionada por um médico e realizada no estabelecimento de saúde oficial,nas
primeiras dez semanas de gravidez.

12 semanas de gravidez-É permitida ,se for indicada para evitar a morte ou danos
físicos ou psicológicos graves e duradouros da grávida.
16 semanas-Se a gravidez resultar de violação ou abuso sexual da grávida.
24 semanas-Caso se preveja que o bebé venha a sofrer de doenças graves ou
malformações congénitas incuráveis.

Consequências-
-Hemorragias;
-Esvaziamento uterino incompleto;
-Infeções;
-Perfurações uterinas;
-Aderências intra uterinas.

-Argumentos contra-São mais modernos e progressistas os que estão contra


o aborto ,e o não é uma espécie de instrumento para aumentar as baixas taxas de
natalidade.

Falácia-A IVG “a pedido da mulher” sempre foi ilegal e Portugal tem as baixas de
natalidade que tem os abortos ilegais evidenciam àexaustâo que não é por causa da
proibição que as mulheres deixam de frecorrer a eles .E além de ineficaz,esta é uma
solução autoritária :obrigar as pessoas a ter filhos mesmo que não os queiram.Aquilo
que é feito em outros países.
https://www.dn.pt/pais/numeros-de-abortos-em-portugal-e-o-mais-baixo-desde-a-
legalizacao-10678233.html (quem conseguisse imprimir)
(comprovativo desta falácia)

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/9226/1/Revista%20Percursos
%20n18_Interrup%C3%A7%C3%A3o%20Volunt%C3%A1ria%20de%20Gravidez%20e
%20sua%20an%C3%A1lise%20%C3%A9tica%20-%20um%20olhar%20de
%20enfermagem%20e%20perspectiva%20masculina.pdf
Página 11 (quem pudesse imprimir)

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/9226/1/Revista%20Percursos
%20n18_Interrup%C3%A7%C3%A3o%20Volunt%C3%A1ria%20de%20Gravidez%20e
%20sua%20an%C3%A1lise%20%C3%A9tica%20-%20um%20olhar%20de
%20enfermagem%20e%20perspectiva%20masculina.pdf
Página 7(quem pudesse imprimir)

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=10092.006.002.035 -Não matem o


zezinho
Os defensores do "não" dizem-nos que as suas posições são as que estão mais de
acordo com o património de "todas as civilizações da história" (César das Neves, DN,
22/1/07). Exceto (pelo menos) da civilização ocidental atual, digo eu. Nos EUA, o
recurso à IVG é "um direito constitucional" decorrente de o feto não ser uma pessoa
e de as mulheres terem direito a decidir se querem ou não ter filhos: "o (Supremo)
Tribunal decidiu que, antes do nascimento, o feto não é pessoa em termos
constitucionais e que existe o direito fundamental de a pessoa controlar a sua
capacidade de procriar (G. Galeotti, História do Aborto, Ed. 70, 2007, p. 135)."

EXEMPLOS PARA IRMOS CONTRA-Uma criança de 11 anos é violada pelo avô,e o


que se importam é assegurar que ela não aborte,porque a vida do feto está acima da
sua.Esta argumentação anti-aborto bateu no fundo.Mas ,onde fica a vida e a vontade
daquela criança que deveria irrefutavelmente ter sido como prioridade?E o que teria
sido a vida desta criança se não fosse violada pelo avô?Se a criança tivesse sido
levada para um hospital e tivesse ajuda quer em termos psicológicos,quer mesmo
físicos, teria sido respeitada?Pelo menos que respeitassem a sua vontade de não ter
um filho fruto de uma violação,e portanto respeito da sua autonomia e
dignidade.Quando crescer,os traumas que irá sentir,perante a justiça e quer mesmo
os não lhe terem dado a sua disponibilidade,para a protegerem?
As pessoas usam constantemente ,por exemplo o exemplo do Cristiano Ronaldo,que
se não tivesse nascido,por fruto de um aborto,o que seria?Se a Dona Dolores levasse
avante e decidisse abortar?Se ele tivesse nascido e não fosse famoso?Ninguém
usaria esta carta,muito mal utilizada,por sinal.Além do mais, desrespeita a
autodeterminação e liberdade da mulher.Imaginem,que se não fosse um homem com
um grande estatuto moral,e fosse um homem de má índole,tinha menos direito à vida
e deveria ser abortado?Ou seja, quando repensamos a opção de um aborto, o que
temos de ter em conta é o possível valor de mercado que aquele feto pode vir a ter
uma dia enquanto pessoa?Isto é uma estupidez.Mas se seguíssemos aquela linha de
pensamento, que se lixe o sofrimento do bebé que nasce com uma malformação e
dificuldades de saúde, vida é vida e é isso que importa, independentemente das
consequências. E quanto ao perigo de morte da gestante, ela que morra, porque o
que interessa é que nunca se sabe se não virá dali um potencial Ronaldo.

II – Argumentos encontrados para o CONTRA:


I – O Brasil não está preparado
II – O sexo seria cada vez mais irresponsável
III – Existem os métodos contraceptivos. Por que não usou?
IV – Deus deu a vida, só ele pode tirar
V – Cada um deve arcar com as consequências de seus atos
VI – Mesmo um filho indesejado, os pais acabam amando e cuidando dos filhos... Eles
amadurecem e se tornam mais responsáveis.
VII – Direito à vida/ proteção à vida
VIIIa – Aborto passará a ser usado como método contraceptivo VIII
b – Número de abortos aumentará
IX – Número de pessoas com AIDS aumentará III

– Argumentos encontrados para o A FAVOR:


1. Direito da mulher ao controle/cuidado do seu próprio corpo/ autonomia da mulher/
Algo a ser decidido pela mãe
2. Questão de saúde pública
3. O governo não pode interferir em decisões pessoais
4. Algo a ser decidido entre os pais – de foro íntimo
5. Menor risco de morte à mãe (caso haja a descriminalização); índice de mortalidade
da mãe diminui. 8
6. Rejeição da criança pelos pais. A criança não deve nascer se não for bem-vinda/
sofrimento da criança pelo despreparo dos pais [*situação de desamparo da criança.]

No que se refere ao número de pedidos de licença por aborto (abrangendo quer as


IVG por opção da mulher, quer os casos já previstos anteriormente, isto é,
abortamentos espontâneos, casos de risco para a mãe ou para o feto e malformações
fetais graves), a aprovação da lei não resultou no aumento, como foi e tem sido
evocado pelos movimentos do “Não”, tendo-se verificado que não houve uma
variação significativa (4617 em 2005, antes da entrada em vigor da lei, e 4416 em
2012) relativamente ao previsto. Acrescente-se ainda que 80% das mulheres que
abortam em Portugal o fazem pela primeira vez. Ou seja, a repetição da IVG não é
prática corrente (outro dos argumentos usados). Os números falam por si.

Para Vera Silva, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, o aumento


de abortos está relacionado com falta de informação, pelo que é preciso investir na
“literacia da saúde” e na “educação da população para o planeamento familiar”, de
maneira a que as pessoas tenham um método contracetivo mais adequado.
Questionada pelo JN, a Direção-Geral da Saúde, que ainda não publicou o relatório,
não se pronunciou. Ainda não há dados relativos a 2020.

-É preciso investir na “literacia da saúde” e na educação da população para o


planeamento familiar”,de maneira a que as pessoas tenham um método contracetivo
mais adequado.

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