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Além destes dois argumentos, em caso de gravidez fruto de uma violação sexual
defendem que tirar a vida do feto não repara o mal causado. O aborto seria um erro
para corrigir outro. Asseguram que cabe ao estado proporcionar assistência
psicossocial à mulher que poderá encaminhar a criança para doação, se assim o
desejar.
Já os pro-aborto defendem que o feto é parte do organismo materno e a mulher tem
livre disposição de seu corpo.
Há muitos outros motivos desde a desinformação acerca dos métodos para se evitar a
gravidez, como a falha do método contracetivo utilizado, até ao comprometimento da
saúde mental ou física da gestante.
É de relembrar também um caso recente de uma jovem grávida polaca, que graças á
lei que proíbe quase todos os abortos na Polónia, faleceu a caminho da sala de
operações.
A jovem de 30 anos tinha ido ao hospital depois de as águas terem rebentado e de
ecografias terem mostrado várias malformações no feto, porém os médicos não
interromperam a gravidez, argumentando que não o fariam enquanto o coração do feto
ainda batesse.
É de concluir que por detrás dos números, há histórias que nos tocam e fazem-nos
refletir. Assim como esta jovem juntam-se outras milhares, e ainda se juntarão outras
se a legalização do aborto não for aceite no Texas e em outros sítios.
A lei restrita do Texas prova não só a indiferença por parte do estado, da situação da
mulher como demonstra um retroceder no tempo.
A questão do aborto é complexa e não pode ser respondida com um simples contra ou
a favor. Todas as mulheres devem ter acesso ao aborto seguro e legal,
independentemente do seu caso, a decisão deve caber somente á mulher.