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República de Angola

Minstério da educação
Instituto Politécnico Privado
Bondo Matuatunguila

TRABALHO DE I.E.C

TEMA:
ABORTO

Curso: Enfermafem
Classe:10º
Grupo:2
Turma: Única

Luanda,aos 13 de Janeiro de 2020


INTEGRANTES
NOME NOTA
Brena Dos Santos
Suedy Pedro
Juelma Manuel
Helena Sungo

———————————
Docente
INDÍCE

INTRODUÇÃO————————————————01
DESENVOLVIMENTO—————————————02 a 07

CONCLUSÃO—————————————————08

BIBLIOGRÁFIA ————————————————09

INTRODUÇÃO

Aborto ou interrupção da gravidez é a interrupção de uma gravidez resultante da remoção de


um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Um aborto que
ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo ou "interrupção involuntária da
gravidez". Um aborto deliberado denomina-se "aborto induzido" ou "interrupção voluntária
da gravidez". O termo "aborto", de forma isolada, geralmente refere-se a abortos induzidos.
Nos casos em que o feto já é capaz de sobreviver fora do útero, este procedimento denomina-
se "interrupção tardia da gravidez".
Ao longo da história, foi comum a prática de abortos com ervas medicinais, instrumentos
aguçados, por via da força ou com outros métodos tradicionais. A legislação e as perspectivas
culturais e religiosas sobre o aborto diferem conforme a região do mundo. Em algumas
regiões, o aborto só é legal em determinados casos, como violação, doenças
congénitas, pobreza, risco para a saúde da mãe ou incesto. Em muitos locais existe debate
social sobre as questões morais, éticas e legais do aborto. Os grupos que se opõem ao
aborto geralmente alegam que um embrião ou feto é um ser humano com direito à vida e
comparam o aborto a um homicídio. Os grupos que defendem a legalização do
aborto geralmente alegam que a mulher tem o direito de decidir sobre o seu próprio corpo.

01
TIPOS DE ABORTO
A palavra aborto deriva do latim abortus e seu significado principal é cortar a continuidade de
uma determinada actividade. Um exemplo deste último é a frase “Abortar lá operation”,
frequentemente usada em atividades de natureza militar.

Em seu uso mais comum, o aborto se refere à interrupção forçada de uma gravidez. Essa
interrupção pode ser produzida por várias causas.

Aborto espontâneo
O aborto espontâneo é quando a gravidez é interrompida antes de 26 semanas de tratamento.
Nesse período, o feto ainda não desenvolveu a maioria de seus órgãos, portanto, não está em
posição de permanecer vivo fora do útero da mãe.
Este tipo de aborto, como o nome indica, ocorre quando a gravidez é perdida muito
repentinamente. Segundas diversas fontes, entre 8% e 15% das gestações encerram a gestação
por aborto espontâneo, sem levar em consideração um grande número de pessoas que não
participaram da coleta de dados.

A maioria das interrupções na gestação ocorre nas primeiras doze semanas, de forma
espontânea, conhecida ou desconhecida. Além disso, na maioria dos casos, nenhuma
assistência ou ação cirúrgica é necessária para remover o feto. Como os abortos espontâneos,
os abortos induzidos também ocorrem dentro deste período de tempo (antes de 12 semanas)

Esse tipo de aborto pode ser causado por uma alteração cromossômica produzida pela má


disjunção dos gametas que participam da fertilização durante o estágio meiótico
das células sexuais. Isso leva a uma alteração no número de cromossomos, causando abortos
espontâneos.

O aborto espontâneo recorrente, conhecido como AER, é o mais conhecido em casos clínicos.
Alguns dados epidemiológicos indicam que após a realização de um aborto espontâneo
(conhecido pelas letras AE), o risco de voltar a produzir um aborto é de quase 25%, sendo
que após quatro abortos espontâneos essa possibilidade aumenta em 15%, ou seja, a nova
possibilidade de aborto é de 40%.

02
Aborto induzido
O aborto provocado, segundo a definição da OMS, é aquele que resulta de várias táticas que
são realizadas na gestante com o objetivo de interromper o período de gestação, ou seja, a
gravidez. Essas ações ou táticas podem ser realizadas por outra pessoa que não a gestante ou
pela própria mãe.

As leis do aborto provocado foram descriminalizadas em muitos países, desde as primeiras


leis que começaram a ser formuladas no início do século anterior. O aborto provocado é
descriminalizado em países do primeiro, segundo e terceiro mundo, ou seja, desenvolvidos e
subdesenvolvidos.

Aborto legal
O aborto legal recebe esse nome quando é realizado de acordo com as leis descriminalizadas
do país em que é aplicado. Por exemplo, na Espanha é considerado legal quando é praticado
com o consentimento da gestante e em centro médico especializado, desde que não haja risco
à saúde da gestante ou à sua vida, também por violações e malformações.
Aborto ilegal
O aborto ilegal ou clandestino é realizado contra as leis do país em que é realizado. Em geral,
esse tipo de aborto é realizado em péssimas condições de higiene e com pouca possibilidade
de recorrer a assistência médica profissional imediata em caso de emergência.

Métodos de aborto
Alguns dos métodos mais usados são os seguintes:

 Sucção. É realizada por meio de uma cânula especial que é inserida no útero, com
aplicação prévia de anestesia. Demora pouco e o médico pode fazer manualmente.
 Raspado. É realizado com um instrumento cirúrgico projetado para o processo. Como
o nome indica, esse elemento é usado para “raspar” o útero e executá-lo sob anestesia
total.
 Remédios. Dependendo do número de semanas em que está grávida, o seu médico irá
dar-lhe uma dose de certos medicamentos.

03
Métodos anticoncepcionais para prevenir o aborto
É importante praticar sexo seguro para evitar tempos difíceis e / ou traumáticos. Porém,
também é muito importante lembrar que alguns desses métodos não protegem o organismo
contra um possível contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS ou hepatite
B, entre outras.

 Pílula do dia seguinte


 Pílulas anticoncepcionais
 Laqueadura tubária
 Vasectomia
 Injetáveis mensais e trimestrais
 DIU
 Preservativo ou preservativo, feminino ou masculino
 Diafragma

Aborto: existem riscos clínicos?


Clinicamente falando, um aborto é considerado uma intervenção menor, comparativamente a
outras intervenções (por exemplo, uma cirurgia abdominal). Porém, abortar uma gravidez é
uma interrupção abrupta de um acontecimento orgânico para o qual o corpo feminino está
preparado. As consequências físicas podem variar bastante de mulher para mulher, em função
do estado de saúde global de cada uma. O método através do qual é realizado o aborto
também tem um papel relevante: pode tratar-se de uma interrupção através de comprimidos,
sucção, curetagem ou um aborto tardio.

 Informe-se também sobre as possíveis consequências emocionais de um aborto.

Riscos e consequências de um aborto medicamentoso


Por norma, uma IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) feita através de
comprimidos é levada a cabo com recurso ao fármaco Mifepristona combinado com
outro denominado Misoprostol (que induz o trabalho de parto). Leia mais sobre este
método no nosso artigo Aborto medicamentoso.
À primeira vista, abortar através de comprimidos pode parecer um processo mais
suave e menos angustiante para a mulher, dado que a alternativa seria uma
intervenção cirúrgica. No entanto, uma IVG medicamentosa pode ser desafiante do
ponto de vista físico e envolve certos riscos.

04
Riscos e efeitos secundários
 Uma IVG medicamentosa provoca uma hemorragia. Com frequência, essa hemorragia é mais
forte do que a correspondente ao período menstrual normal.

 As dores abdominais são outro efeito secundário frequente. Muitas mulheres referem que se
trata de dores mais intensas do que as que experimentam durante a menstruação.
 Um aborto medicamentoso é mais demorado do que uma intervenção cirúrgica. A hemorragia
vaginal pode permanecer até doze dias depois.
 Também podem surgir outros efeitos como dores de cabeça, náuseas ou tonturas, dado que o
Misoprostol pode aumentar a tensão no sistema circulatório.

Possíveis consequências
 A interrupção medicamentosa da gravidez é uma intervenção que afeta o equilíbrio
hormonal da mulher. Dado que o corpo precisa de recuperar o seu equilíbrio natural depois
do aborto, é frequente que os ciclos menstruais seguintes sejam mais irregulares.

Por vezes, também existem casos em que a mulher continua com resíduos da membrana
mucosa no seu útero depois do aborto. Se esta situação se verificar na consulta de follow-up,
é necessário fazer uma raspagem adicional, geralmente sob anestesia.

E um aborto por comprimidos deve sempre ser levado a cabo sob supervisão médica, num
estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido. Na maior parte das vezes, estes
requisitos permitem prevenir que surjam complicações mais graves.
Riscos de um aborto através de sucção
O método de sucção (ou aspiração) é o método de aborto cirúrgico mais popular em Portugal
(ver circular normativa n.º 10/SR de 21/06/07 da Direção-Geral da Saúde). Pode ler mais
informação sobre este método no nosso artigo Aborto por sucção.
De modo geral, é um procedimento que apresenta uma taxa de complicações mais reduzida
do que o aborto por curetagem.
Contudo, mesmo utilizando a sucção como método, existem alguns efeitos e riscos possíveis:

05

Riscos e efeitos secundários


 Dor: o útero reage à sucção com contrações semelhantes às do trabalho de parto, de modo a
contrair de novo até ao seu tamanho original. Isto pode causar dores e cólicas abdominais.
Trata-se de dores semelhantes ao início de uma hemorragia menstrual mais abundante.
 A hemorragia pós-operatória pode durar até duas semanas. Geralmente não é tão abundante
como numa menstruação normal, mas podem surgir perdas de sangue mais fortes que não
eram expectáveis. Também existem mulheres que só começam a perder sangue a partir do
terceiro ou quinto dia, mantendo pequenas manchas (spot Ting) durante vários dias.
 Risco acrescido de infeção durante a hemorragia pós-operatória: após o aborto, o risco de
inflamação uterina aumenta. É recomendável evitar tampões, relações sexuais, banhos de
imersão, natação e saunas. Também pode surgir peritonite ou inflamação das trompas de
Falópio.
 Uma hemorragia massiva é algo bastante raro, mas que pode ocorrer, se a parede do útero que
se encontra sensível for danificada pelos instrumentos cirúrgicos (perfuração). Este tipo de
acidente exige um tratamento de emergência; no pior cenário possível pode implicar
a remoção total do útero (histerectomia).

Possíveis consequências
O risco de parto prematuro em futuras gravidezes pode aumentar se a membrana mucosa, o
útero ou em especial o colo do útero for ferido pelos instrumentos cirúrgicos, tornando-se
desse modo menos resistentes (insuficiência cervical).

Riscos e consequências de um aborto através de raspagem

Uma raspagem (ou curetagem) é utilizada com menos frequência devido à maior
probabilidade de complicações. Por outro lado, é um
procedimento necessário com alguma frequência após um aborto
medicamentoso ou por sucção, quando o tecido envolvente não foi totalmente
expelido.

No caso de um aborto por raspagem, os seguintes riscos devem ser considerados, para além
dos mencionados no caso de aborto por sucção:
06

 Possibilidade de lesões profundas nos tecidos do útero, o que potência sequias ou adesões
intrauterinas (Síndrome de Asseram) e aumenta o risco de futuros abortos espontâneos.
 Em caso de complicações graves pode, na pior das hipóteses, resultar em infertilidade. Se,
por exemplo, for removido demasiado tecido uterino durante a raspagem, pode deixar de ser
possível a implantação de um óvulo fecundado.

Se o procedimento decorrer sem complicações e não originar problemas subsequentes,


passado algum tempo deixa de ser possível determinar através da observação física que
aquela mulher fez um aborto.

ℹ️os métodos de aborto cirúrgico (sucção e curetagem) são realizados com recurso a
anestesia local ou geral. Cada um destes tipos de anestesia implica riscos e efeitos
secundários diferentes. Pode informar-se sobre as consequências destas anestesias no nosso
artigo sobre Aborto: que tipo de anestesia?

07

CONCLUSÃO
O aborto ou, mais corretamente, o abortamento é a interrupção precoce de uma gestação antes
que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da mãe. O aborto pode ocorrer de maneira
intencional ou de maneira totalmente espontânea, sendo, em ambos os casos, um processo
doloroso para a mulher que vive esse momento.

Há de fato um aborto?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta alguns critérios para que o fim de uma
gestação seja considerado um aborto. De acordo com a OMS, considera-se aborto a
interrupção, antes das 22 semanas de gestação, estando, nesse caso, o feto, geralmente, com
peso inferior a 500 g. Quando o feto é retirado nessas condições é incapaz de sobreviver fora
do útero da mãe.

08
BIBLIOGRAFIA

 WIKIPÉDIA
 www.conceitosdomundo
 www.femina
 www.mundoeeducação

09

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