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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.

IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.


Curso: Medicina
Disciplina/Módulo: Tic’s
Professora: Ana Rachel
Período: 4º
Nome: Maria Daniele Oliveira de Moraes

1. Existem vários tipos de aborto, comente sobre o abortamento: completo, retido, incompleto,
infectado, inevitável. Encaminhe aqui sua tarefa do tipo texto!

O aborto é a interrupção prematura de uma gravidez, isto é, a suspensão do período determinado


para que o feto tenha condições necessárias para sobreviver fora do ventre da mãe, mediante a
sua remoção. Essa interrupção pode acontecer de maneiras diferentes e por diversas motivações.

O aborto é a interrupção da gestação antes do início do período perinatal, definido pela OMS (CIE
10) a partir de 22 semanas completas (154 dias) de gestação, quando o peso ao nascer é
normalmente de 500g. Costuma-se classificar o aborto como precoce quando ocorre antes de 13
semanas da gravidez, e como tardio quando se dá entre as 13 e 22 semanas.

Os abortamentos podem ser classificados como:

Ameaça de abortamento:

Nesse caso, o concepto mantém sua vitalidade, entretanto, são observados na gestante o
sangramento genital e cólicas. Geralmente, o sangramento é de pouca intensidade e as cólicas
pouco intensas. O colo uterino permanece fechado. Nesse caso, o correto é que a mulher
permaneça em repouso.

Abortamento completo:

Comumente acontece em gestações que apresentam menos de oito semanas e é observada uma
eliminação total do conteúdo do útero. Nesse caso, a mulher fica em observação para que seja
conferido se o sangramento é mantido e para que as infeções sejam evitadas.

Abortamento inevitável/incompleto:
Nesse tipo de abortamento, temos uma situação em que apenas parte do conteúdo uterino é
eliminado. É verificado, nesses casos, um sangramento maior que na ameça de abortamento. Além
disso, o colo do útero encontra-se aberto e a mulher sente dores. Em situações assim, é necessário
realizar procedimentos como a AMIU (aspiração manual intrauterina) ou curetagem (técnica que
consiste na raspagem da parte interna do útero).

O uso de aspiração a vácuo (AV) no tratamento do aborto incompleto é prática bastante difundida
em países desenvolvidos. Vários estudos nesses países indicam que o uso da técnica de aspiração
manual a vácuo (AMV) pode conservar recursos do sistema de saúde e melhorar a qualidade do
tratamento do aborto. No Brasil, o uso da AMV é procedimento de rotina nos hospitais e clínicas
privados. Entretanto, na maioria dos hospitais da rede pública é utilizada somente a técnica de
dilatação e curetagem (D&C).

Abortamento retido:

Observa-se nesse tipo de abortamento que o colo do útero permanece fechado e a mulher não
apresenta perda sanguínea, entretanto, o embrião não apresenta sinais de vida. Nesse caso pode
ser realizada a técnica AMIU ou ser utilizado medicamentos. (MATOS, 2020)

Abortamento infectado:

Nessa circunstância, observa-se infecções decorrentes, principalmente, de abortamentos


realizados de maneira ilegal. Verifica-se um abortamento incompleto e sinais de infecções
causadas, geralmente, por bactérias. Febre, sangramento, dores e eliminação de pus pelo colo
uterino podem ser notados.

Abortamento habitual:

Considera-se abortamento habitual quando a mulher apresenta três ou mais abortos espontâneos
consecutivamente. Essa situação não é comum e as causas devem ser averiguadas.

Referências:

1. FONSECA, Walter et al. Uso da aspiração manual a vácuo na redução do custo e duração
de internamentos por aborto incompleto em Fortaleza, CE, Brasil. Revista de Saúde
Pública, v. 31, p. 472-478, 1997.
2. MATOS, Mariane Pereira. Validação de um cenário para simulação clínica: assistência de
enfermagem às mulheres em situação de aborto retido no pronto socorro. 2020.

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