FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.
Curso: Medicina Disciplina/Módulo: Tic’s Professora: Ana Rachel Período: 4º Nome: Maria Daniele Oliveira de Moraes 1. Encaminhe uma resenha com o funcionamento do Sistema CRISPR-Cas9, incluindo os tipos possíveis de reparo no DNA.
O sistema CRISPR-Cas9 é formado a partir de conjuntos de repetições palindrômicas
curtas, agrupadas e regularmente Interespaçadas. Através do CRISPR-Cas9 é possível realizar a edição do genoma através da clivagem do DNA pela Cas9 (endonuclease) , que será guiada a partir de uma sequência de RNA, a qual por sua vez, é capaz de se parear com as bases de uma sequência-alvo. As repetições e os espaçadores quando são transcritos formam o RNA transativador (RNA guia), o qual é responsável pelo direcionamento da enzima Cas9 ao seu alvo. Após a clivagem, a maquinaria molecular intrínseca do organismo, responsável pela correção de erros no genoma, é utilizada para modificar a sequência de DNA, adotando a alteração. A Cas9 é uma enzima que detém dois domínios de nuclease, um deles é denominado HNH e possui a função de clivar a fita complementar a sequência do RNA guia; já o segundo domínio, chamado RuvC, é necessário para clivar a fita não complementar (a sequência não alvo). (SGANZERLA,2020) O sistema é ativado quando o vírus entra na bactéria, e o mesmo funciona como um sistema imunológico das bactérias. O CRISPR-Cas9 vai armazenar as sequências de DNA do agente invasor na sua “memória imunológica” e será direcionado para clivar essa determinada região do DNA invasor, com alta especificidade. O DNA quando clivado é adicionado a uma das seguintes vias: 1. Reparo dirigido por homologia: utilizado para corrigir modificações na sequência genética ou inserir uma mutação especifica 2. Via de reparo de DNA por “junções de ponta não homólogas”: nessa via a junção ocorre a partir das pontas geradas pelo corte, a qual terá predisposição a erros, que pode ocasionar deleções e inserções de nucleotídeos onde se deu o corte, resultando em uma sequência não funcional O sistema CRISPR-Cas9 tem um potencial elevado como ferramenta para o trata mento de doenças como neoplasias, doenças infecciosas (hepatite B e HIV) e doenças monogênicas; novos estudos ainda mostram o potencial desse sistema para corrigir distrofia muscular, hemofilia e deficiência de alfa1-antitripsina. (AREND,2017)
Referências:
• SGANZERLA, A.; PESSINI, L. Edição de humanos por meio da técnica do Crispr-cas
9: entusiasmo científico e inquietações éticas. Saúde em Debate, v. 44, n. 125, p. 527–540, jun. 2020 • AREND, M. C. et al. The CRISPR/Cas9 System and the Possibility of Genomic Edition for Cardiology. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 108, n. 1, p. 81–83, 1 jan. 2017.