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Trabalho da disciplina AS092,


Serviços Ecossistêmicos Florestais

Docente: Prof. dr. Nelson Luiz Cosmo

Discente: Tiago de Oliveira Gonzaga Teixeira


GRR20180962

Todas as imagens usadas no presente trabalho foram retiradas do site Unsplash


(www.unsplash.com), as quais possuem uso livre por meio da licença Unsplash.
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Sumário

Parte 1 – DEFINIÇÃO DO SERVIÇO E INTRODUÇÃO. .............................................................................. 4


INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 4
Parte 2 - CARACTERIZAÇÃO DO BEM OU SERVIÇO ECOSSISTÊMICO .............................................. 7
2.1 Categorias em que o presente SE se enquadra...................................................................................... 7
2.2 Abrangência e ecossistemas...................................................................................................................... 7
2.3 Componentes do ecossistema que contribuem para prover o serviço avaliado ................................. 8
2.4 Usos e efeitos do serviço. ........................................................................................................................... 8
2.5 Relevância para a sociedade como um todo. .......................................................................................... 9
2.6 Populações que se beneficiam ou poderiam vir a ser beneficiadas por este serviço e abrangência
do uso dele. ......................................................................................................................................................... 9
Parte 3 – SINERGIAS E ANTAGONISMOS ................................................................................................. 12
3.1 Funções ecossistêmicas em que o serviço depende para uma provisão sustentável. .................... 12
3.2 Bens ou serviços afetados pela polinização da família Trochilidae. ................................................... 12
3.3 Bens ou serviços que afetam a sustentabilidade do SE avaliado. ...................................................... 13
3.4 Principais ameaças à provisão do SE estudado. .................................................................................. 13
Parte 4 – SERVIÇOS AMBIENTAIS .............................................................................................................. 16
4.1 Principais ações para potencializar o fornecimento do SE e garantir sua preservação. ................. 16
4.2 Atores envolvidos na promoção dos serviços ambientais. ................................................................... 17
4.3 Métodos para avaliação (indicadores) e valoração do SE avaliado. .................................................. 17
4.4 Pagamento pelo Serviço ambiental. ........................................................................................................ 19
CONCLUSÃO ................................................................................................................................................... 22
Anexo ................................................................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 25
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Parte 1 – DEFINIÇÃO DO SERVIÇO E INTRODUÇÃO.

INTRODUÇÃO

A polinização é considerada um serviço ecossistêmico (SE) regulatório, de provisão e


cultural¹. Ela consiste na transferência do gameta masculino, denominado pólen, ao órgão
reprodutor feminino de uma planta, a fim de que ocorra a fecundação e reprodução vegetal.
Pode-se ocorrer a autopolinização (quando ocorre a transferência dos grãos de pólen da
antera para estigmas da mesma flor ou flores da mesma planta), ou a polinização cruzada,
que ocorre entre indivíduos diferentes². A polinização cruzada ocorre por agentes abióticos,
como o vento, ou bióticos. Os agentes polinizadores bióticos consistem, principalmente, em
insetos, aves e morcegos, e para que haja uma diversidade efetiva (que polinizem uma
grande diversidade de plantas) é preciso que o habitat natural de cada espécie polinizadora
esteja conservado. Com isso, a polinização torna-se um dos mais importantes serviços
ecossistêmicos, pois cerca de 76% das plantas cultivadas ou silvestres utilizadas na
alimentação humana dependem dele³ (sendo estimado um valor anual de US$ 577 bilhões
no mundo e US$ 12 bilhões no Brasil para a polinização biótica¹). Além disso, a polinização
cruzada propicia o fluxo gênico entre populações, o que pode ser considerado um dos
principais fenômenos de manutenção da biodiversidade, pois assim evita-se o excesso de
endogamias, e consequente fragilização e declínio genético². Em suma, a polinização é um
SE imprescindível para a conservação da natureza (SE regulatório), produção de alimentos
e plantas ornamentais (SE de provisão), além de promover valores culturais relacionados ao
conhecimento tradicional e a contemplação da biodiversidade (SE cultural)¹. Sendo assim,
para que este SE continue trazendo tais benefícios, é necessária a conservação efetiva de
Áreas de Preservação Permanente, Reservas Legais, fragmentos florestais e Unidades de
Conservação, além da recuperação de ambientes naturais degradados a fim de potencializar
este SE por meio de serviços ambientais.
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Referências:

¹ BPBES/REBIPP (2019): Relatório temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de


Alimentos no Brasil. Marina Wolowski; Kayna Agostini; André Rodrigo Rech; Isabela Galarda
Varassin; Márcia Maués; Leandro Freitas; Liedson Tavares Carneiro; Raquel de Oliveira
Bueno; Hélder Consolaro; Luisa Carvalheiro; Antônio Mauro Saraiva; Cláudia Inês da Silva.
Maíra C. G. Padgurschi (Org.). 1ª edição, São Carlos, SP: Editora Cubo. 184 páginas.
http://doi.org/10.4322/978-85-60064-83 -0

² KRATZ, Prof. Dra. Dagma. Fluxo gênico e a estrutura genética espacial. Curitiba:
Universidade Federal do Paraná, 2021. 8 slides, color.

³ COSMO, Prof. Dr. Nelson Luiz. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS FLORESTAIS AS 092:


fundamentos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.
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Parte 2 - CARACTERIZAÇÃO DO BEM OU SERVIÇO ECOSSISTÊMICO

Na introdução, foi apresentado o Serviço Ecossistêmico (SE) de polinização, mais


especificamente a polinização biótica (síndrome de entomofilia, de quiropterofilia e de
ornitofilia). Tendo conhecimento da definição e da importância da polinização biótica, a
sequência do presente trabalho será focada na síndrome de polinização de ornitofilia, porém
especificamente realizada pela família Trochilidae, pertencente aos beija-flores
(subfamília Trochilinae), rabos-brancos e balança-rabos (subfamília Phaethornithinae).

2.1 Categorias em que o presente SE se enquadra.

A polinização realizada pela família Trochilidae pode ser classificada como um SE


regulatório, SE de provisão e SE cultural:

 SE regulatório, pois está diretamente relacionado com a reprodução de diversas


espécies vegetais, contribuindo com a manutenção e conservação da biodiversidade
e, consequentemente, de outros SEs que a natureza oferece. Só para se ter uma
ideia, alguns exemplos de famílias botânicas levantadas por Buzato (1995), em três
localidades do Estado de São Paulo, que possuem espécies polinizadas por aves da
família Trochilidae são: Acanthaceae, Alstroemeriaceae, Amaryllidaceae, Asteraceae,
Bignoniaceae, Bombacaceae, Bromeliaceae, Buddlejaceae, Cactaceae, Costaceae,
Ericaceae, Fabaceae, Gesneriaceae, Helioconiaceae, Lamiaceae, Lobeliaceae,
Loranthaceae, Malvaceae, Maregraviaceae, Onagraceae, Orchidaceae, Rubiaceae,
Scrophulariaceae, Solanaceae.
 O SE de provisão se deve a produção de alimentos. Segundo o BPBES (2019), 13
espécies e oito gêneros de Trochilidae são visitantes florais de frutíferas
comercializadas, como o abacaxi-do-cerrado (Ananas ananassoides) e o maracujá-
poranga (Passiflora coccinea) (Storti 2002; Stahl et al. 2012). Além disso, podemos
considerar que esse SE contribui para a provisão de plantas ornamentais, o que
também está relacionado com a categoria a seguir.
 Como SE cultural, rabos-brancos e beija-flores estão presentes na sociedade humana
desde na contemplação de pássaros, levando ao bem-estar psicológico e conexão
com a natureza, até como sendo símbolo nacional, como é o caso da Jamaica, com o
beija-flor Trochilus polytmus.

2.2 Abrangência e ecossistemas


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A família Trochilidae está presente somente na América, desde o extremo Norte,


como o Alaska, até o extremo Sul, na Patagônia. Com isso, podemos encontrar espécies de
beija-flores e rabos-brancos nos mais variados ecossistemas. Contudo, a maior
biodiversidade e número de indivíduos estão no Neotrópico, principalmente no Brasil e
Equador (VIEIRA, 2021), predominando uma maior diversidade de espécies em ambientes
com matas conservadas. Segundo Mendonça e Anjos (2005), os ambientes urbanos (que
apresentem fonte de alimento e abrigo) podem ser mais favoráveis às espécies generalistas.

2.3 Componentes do ecossistema que contribuem para prover o serviço avaliado

A manutenção desses polinizadores, bem como a potencialização de seu SE,


depende de inúmeros componentes, principalmente da vegetação arbórea e arbustiva
nativa. Pensando na produção de alimentos, a presença e a diversidade de habitats no
entorno dos cultivos são requerimentos importantes para os polinizadores e, por isto, a
supressão desses habitats pode levar à perda completa de grupos de polinizadores ou de
sistemas de polinização (Viana et al. 2012).
Também é preciso garantir recursos alimentares ao longo de todo ano aos pássaros,
coisa que pode ser garantida com o plantio de plantas ornitofílicas consumidas por espécies
da família Trochilidae que floresçam em diferentes épocas do ano, ou com a conservação de
grandes remanescentes florestais nativos. Além disso, as espécies de Trochilidae gostam
bastante de água, aproveitando bromélias ou poças para banhar-se, ou até mesmo
lançando-se contra folhas úmidas (VIEIRA, 2021).

2.4 Usos e efeitos do serviço.

Devido à característica predominante nectarífera, diversas são as espécies vegetais


que apresentaram uma coevolução com espécies da família Trochilidae. Sendo assim, a
sobrevivência dessas espécies dependem diretamente do SE aqui avaliado. Com isso, o
principal efeito da polinização é a manutenção da biodiversidade e recuperação ambiental,
as quais levam à manutenção de outros SEs. Além disso, a produção de diversos frutos
dependem dessa polinização, onde o família Trochilidae contribui para a segurança
alimentar de comunidades, e também de outras espécies animais.
Outro grande uso do presente serviço é o birdwatching, prática que consiste na
contemplação e registro de pássaros, a qual gera uma grande fonte de renda como atividade
ecoturística. A partir de plantas que são polinizadas por beija-flores e rabos-branco, esses
pássaros podem ser atraídos para áreas específicas, tornando o local um ponto de registro
dessas espécies. Com isso, atrela-se o desenvolvimento econômico com a conservação da
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natureza, tornando-se uma ótima opção de atividade econômica sustentável para


comunidades rurais e tradicionais.

2.5 Relevância para a sociedade como um todo.

O SE aqui estudado apresenta três “macrorrelevâncias”, uma para cada categoria.


Como SE de provisão: segurança alimentar de comunidades rurais, tradicionais, isoladas e
de baixa renda; Como SE regulatório: pássaros que fazem parte de inúmeras relações
ecológicas, sendo um subsistema de um supersistema que regula questões de escala
global, como o efeito estufa; Como SE cultural: a partir da valorização cultural da
biodiversidade, e do nicho bem estabelecido de apreciadores de pássaros, os polinizadores
da família Trochilidae podem ser inseridos na cultura capitalista mundial por meio do
birdwatching, trazendo renda a famílias americanas, principalmente brasileiras, e
enriquecendo o país com consumidores estrangeiros, haja vista que grande parte dos
praticantes de birdwatching de maior poder aquisitivo encontra-se em países desenvolvidos
em que não está presente a família Trochilidae.

2.6 Populações que se beneficiam ou poderiam vir a ser beneficiadas por este serviço
e abrangência do uso dele.

Como se optou por limitar-se a uma única família de polinizadores, os limites do


serviço encontram-se nos limites da distribuição biogeográfica da família. Sendo assim,
podemos afirmar que toda a população Americana (do Sul, Central e do Norte) pode se
beneficiar deste SE. Contudo, diversas regiões estão drasticamente alteradas, como nos
grandes centros urbanos, onde dificilmente as pessoas vão se beneficiar de forma direta do
SE de provisão e regulatório, somente de forma indireta por meio de alguns alimentos
consumidos ou das chuvas advindas da evopotranspiração de florestas em que populações
da família Trochilidae estão presentes. Contudo, a família Trochilidae possui um valor
imenso quando considerado seu SE cultural nos grandes centros urbanos, haja vista que
com o baixo número de indivíduos nesses ambientes, quem avista um pássaro da família
pode passar por um estado de contemplação benéfico a mente humana.
Já no meio rural, as populações podem se beneficiar diretamente de todos os SEs
citados anteriormente. Contudo, quando mais conservado é as matas próximas ao local em
que determinadas populações habitam, maior será a diversidade de espécies que irão
fornecer tais SEs, podendo, até mesmo, ser avistados espécies raras e ameaçadas.
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Referências

BPBES/REBIPP (2019): Relatório temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de


Alimentos no Brasil. Marina Wolowski; Kayna Agostini; André Rodrigo Rech; Isabela Galarda
Varassin; Márcia Maués; Leandro Freitas; Liedson Tavares Carneiro; Raquel de Oliveira
Bueno; Hélder Consolaro; Luisa Carvalheiro; Antônio Mauro Saraiva; Cláudia Inês da Silva.
Maíra C. G. Padgurschi (Org.). 1ª edição, São Carlos, SP: Editora Cubo. 184 páginas.
http://doi.org/10.4322/978-85-60064-83-0

COSMO, Prof. Dr. Nelson Luiz. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS FLORESTAIS AS 092:


fundamentos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.

KRATZ, Prof. Dra. Dagma. Fluxo gênico e a estrutura genética espacial. Curitiba:
Universidade Federal do Paraná, 2021. 8 slides, color.

MENDONÇA, Luciana Baza; ANJOS, Luiz dos. Beija-flores (Aves, Trochilidae) e seus
recursos florais em uma área urbana do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia,
[S.L.], v. 22, n. 1, p. 51-59, mar. 2005. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s0101-81752005000100007. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbzool/a/sDQYcb8XscGrPvfzFSVZcBc/?lang=pt#. Acesso em: 28 jun.
2021.

Stahl JM, Nepi M, Galetto L, et al. (2012) Functio - nal aspects of floral nectar secretion of
Ananas ananassoides, an ornithophilous bromeliad from the Brazilian savanna. Ann Bot
109:1243–1252. doi: 10.1093/aob/mcs053

Storti EF (2002) Biologia da polinização e sistema reprodutivo de Passiflora coccinea Aubl.


em Ma - naus, Amazonas, Brasil. Acta Amaz 32:421–429. doi: 10.1590/1809-
43922002323429

Viana BF, Boscolo D, Mariano-Neto E, et al. (2012) How well do we understand landscape
effects on pollinators and pollination services? J Pollinat Ecol 7:31–41

VIEIRA, Diogo L.. Trochilidae. 2021. Disponível em:


https://www.wikiaves.com.br/wiki/trochilidae. Acesso em: 21 jun. 2021.
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Parte 3 – SINERGIAS E ANTAGONISMOS

3.1 Funções ecossistêmicas em que o serviço depende para uma provisão


sustentável.

Várias são as funções ecossistêmicas (interações e processos ecossistêmicos) em


que a polinização realizada por essas aves depende. Primeiro, é imprescindível
destacarmos a função de habitat que as florestas apresentam. Dentro desses habitats,
diversas outras funções podem ser evidenciadas, as quais contribuem para a sobrevivência
de aves da família Trochilidae, como: evapotranspiração; reprodução de angiospermos e
produção de néctar; reprodução de artrópodes (pois muitos complementam a dieta da
família Trochilidae); concorrência e predação por animais carnívoros, como gaviões e
corujas, as quais leva a um controle populacional, tornando mais sustentável o processo de
polinização; e disponibilidade hídrica.

3.2 Bens ou serviços afetados pela polinização da família Trochilidae.

Positivamente, a polinização realizada por essas aves afeta direta e indiretamente


diversos bens ou serviços. Alguns exemplos são: fornecimento de alimentos, fibras,
moléculas de interesse científico e outros produtos advindos da reprodução vegetal, a qual
depende da polinização; SEs de regulação, como proteção e resiliência ambiental, entre
outros advindos da manutenção da biodiversidade a partir do cruzamento vegetal; SEs
culturais, como ao tornar-se fonte de inspiração para produções artísticas (p.ex.: obras de
Martin Johnson Heade (1819-1904), o qual fez um livro na década de 1860 retratando beija-
flores brasileiros) e debates científicos e sociopolíticos (p.ex.: Augusto Ruschi (1915-1986),
especialista em beija-flores que estampou a nota de 500 cruzados novos — Cz$).
Além disso, há vários outros bens ou serviços beneficiados não exatamente pela
polinização, mas por outros hábitos desses pássaros. Um exemplo é o controle de pragas e
doenças danosas aos humanos, haja vista que os pássaros da família Trochillidae possuem
preferência alimentar por dípteros dos gêneros Culex, Anopheles e Simulum, mosquitos
transmissores de doenças como febre amarela, malária e oncocercose (Ruschi, 1982, apud
Loss e Silva, 2005).
Já de forma negativa, podemos atribuir um pequeno impacto na polinização efetuada
por insetos predados por beijas-flores, rabo-brancos e balança-rabos. Porém,
especificamente o serviço de polinização realizado por esses pássaros dificilmente irá afetar
negativamente algum outro bem ou serviço.
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3.3 Bens ou serviços que afetam a sustentabilidade do SE avaliado.

Os principais SEs que contribuem para a sustentabilidade do SE aqui estudado são


fornecidos pelas florestas, onde podemos citar: a regulação hídrica, haja vista que pássaros
da família Trochilidae estão mais presentes em áreas úmidas; a presença de habitat
favorável às espécies e árvores para nidificação; controle de pragas danosas aos pássaros;
a conectividade das paisagens, contribuindo para a manutenção do fluxo gênico e evitando a
endogamia em populações; o ecoturismo, o qual contribui para a conservação da natureza e
consequentemente para o SE, entre outros.

3.4 Principais ameaças à provisão do SE estudado.

Com base nas aulas de Cosmo (2021), podemos dizer que as principais ameaças à
polinização de trochilides são: substituição de habitats; fragmentação da vegetação nativa;
destruição de abrigos (ninhos); captura ilegal; simplificação da vegetação; e introdução de
animais domésticos, como gatos (predação), outras aves (proliferação de doenças) e outros
animais que possa causar o afugentamento das aves.

Referências

ARTEEBLOG. Orquídeas e beija-flores - a arte tropical de Martin Johnson Heade. 2014.


Disponível em: https://www.arteeblog.com/2014/08/orquideas-e-beija-flores-arte-
tropical.html. Acesso em: 29 jul. 2021.

COSMO, Nelson Luiz. Aula 2 – Ecossistemas. Curitiba: Universidade Federal do Paraná,


2021. 35 slides, color.
COSMO, Nelson Luiz. Aula 6 - Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. Curitiba:
Universidade Federal do Paraná, 2021. 34 slides, color.
COSMO, Nelson Luiz. Aula 7 - Fauna e serviços ecossistêmicos. Curitiba: Universidade
Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.
COSMO, Nelson Luiz. Aula 8 - Florestas e Serviços Ecossistêmicos. Curitiba:
Universidade Federal do Paraná, 2021. 34 slides, color.
COSMO, Prof. Dr. Nelson Luiz. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS FLORESTAIS AS 092:
fundamentos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.
GONÇALVES, Alyne dos Santos. A MILITÂNCIA CONSERVACIONISTA DE AUGUSTO
RUSCHI: práticas científicas e estratégias políticas na construção da biologia e da
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conservação da natureza no Brasil (1937-1986). 2018. 320 f. Tese (Doutorado) - Curso de


História Social das Relações Políticas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2018.
Disponível em:
https://repositorio.ufes.br/bitstream/10/10210/1/tese_8072_Tese_Ruschi_Alyne%20Gon%C3
%A7alves.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021.

LOSS, Ana Carolina C.; SILVA, Ary G.. Comportamento de forrageio de aves nectarívoras
de Santa Teresa – ES. Natureza On Line, Santa Teresa, v. 2, n. 3, p. 48-52, jan. 2005.
Disponível em: http://naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/Nectarivoros.pdf. Acesso
em: 28 jul. 2021.
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Parte 4 – SERVIÇOS AMBIENTAIS

Serviços ambientais (SA) consistem nos benefícios ambientais resultantes de


interações intencionais da sociedade nos ecossistemas (Cosmo, 2021). Sendo assim, são
ações humanas que visam melhorar qualitativamente e/ou quantitativamente determinado
ecossistema a fim de potencializar seus SEs. Ao presente trabalho, o enfoque dos SAs
propostos visará o aumento em números absolutos de indivíduos da família Trochilidae, bem
como o aumento da sua diversidade específica.

4.1 Principais ações para potencializar o fornecimento do SE e garantir sua


preservação.

Para atingir os objetivos apresentados acima, será preciso: aumenta a área de habitat
das espécies; garantir lugares para nidificação; garantir alimento; e favorecer o fluxo gênico
entre populações. Com isso, as seguintes ações são propostas:

 Restauração de áreas degradas.


 Instalação de abrigos artificiais para nidificação apropriados as espécie.
 Enriquecimento de vegetações com espécies que produzem néctar comumente
polinizadas por aves da família Trochilidae.
 Formação de corredores ecológicos;

Sendo assim, em uma área em que se deseja potencializar o SE fornecido família


Trochilidae, seria necessário aplicar as seguintes estratégias: restaurar a partes em que a
vegetação encontra-se suprimida, como em um Plano de Recuperação de Área Degradada
(PRAD). Nessa restauração, pode-se aplicar estratégias propostas por Campos et al. (2012),
como instalar poleiros e pontos para as aves se estabelecerem e plantar alguns eucaliptos
(que produzem néctar em grandes quantidades, como discorrido no trabalho de Antunes
(2003)) devido ao seu rápido crescimento, servindo como abrigo às aves em pouco tempo em
pouco tempo.
Concomitantemente a restauração das áreas degradadas, deve ser feito um
levantamento das espécies nativas da região que produzem néctar e são polinizadas por
beija-flores, rabo-brancos e/ou balança-rabos. Com isso, de forma diversificada e
abundante, deve ser plantando tais espécies ao longo da área, buscando abranger
fenologias florais que garantam a presença de flores durante as quatro estações do ano.
Isso, pois muitas espécies de beija-flores são extremamente territorialistas, afastando outras
espécies ou outras populações da mesma espécie. Contudo, em épocas de
superabundância de recurso alimentar, as aves nectarívoras poderiam cessar o
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comportamento territorial, uma vez que não receberiam nenhum beneficio adicional, com
relação ao acesso a néctar, resultante do gasto extra com a defesa do território (Gill & Wolf
1975, Carpenter & MacMillen 1976, Carpenter 1987, Armstrong 1991, apud Loss e Silva,
2005).
Visto que muitas áreas podem apresentar vegetações em estágio inicial de
regeneração, onde haveria poucas árvores apropriadas à nidificação das aves, seria
interessante instalar pequenos abrigos espalhados na região para os pássaros. Tais abrigos
podem ser feitos de cipós, cordas, madeira, etc. e dependurados em árvores de rápido
crescimento, como o eucalipto citado anteriormente.
Enquanto todas as outras estratégias são realizadas, é de extrema importância o
levantamento de todos os fragmentos florestais próximos. Com isso, é preciso verificar quais
apresentam uma área mais viável à ser conectada à área em que se deseja promover
populações da família Trochilidae, por meio de corredores ecológico/biológicos. Com isso,
iremos garantir a manutenção as espécies no longo prazo, haja vista que estaremos
evitando o isolamento de populações e consequente endogamias.

4.2 Atores envolvidos na promoção dos serviços ambientais.

Os principais atores envolvidos na promoção de tais SAs, visando os objetivos citados


anteriormente, seriam empreendedores no ramo do ecoturismo, como donos de RPPNs,
pousadas, etc. Com isso, tais empreendedores teriam não só um ganho imaterial e
psicológico com a contemplação das aves, mas também financeiro por meio do
birdwatching. Vale destacar que tais empreendedores podem ser comunidades tradicionais,
povos indígenas, agricultores familiares e empreendedores familiares rurais. A vantagem
desses grupos é que eles apresentam prioridade no Programa Federal de Pagamento por
Serviços Ambientais (PFPSA), segundo a Lei Nº 14.119, de 13 de Janeiro de 2021, onde
também estaria envolvida a União e outras pessoas físicas ou jurídicas de direito privado,
como empresas que promovem a conservação da natureza (p.ex.: Grupo Fundação
Boticário, da Boticário). Também, a fim de que todo o planejamento e aplicação de tais SAs
ocorram da maneira correta, é importante a participação de profissionais, como Engenheiros
Florestais.

4.3 Métodos para avaliação (indicadores) e valoração do SE avaliado.

A fim de avaliar o SE, algumas propostas seriam: observações focais em áreas de


interesse, registrando as espécies avistadas e então as identificando; e por meio do registro
da produção de frutos em plantas de interesse que são polinizadas por indivíduos da família
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Trochilidae. A respeito da primeira proposta, é preciso calcular um índice de riqueza de


táxons, como o de Whittaker (1975), apresentado de forma modificada por Loss e Silva
(2005) pela fórmula:

onde, R = riqueza de táxons; Nsp = número de espécies observadas; ln =


logaritmo neperiano; Ni = número de avistamentos.
Além de avaliar, é importante valorar o SE. Visto que o SE aqui estudado pode
apresentar diferentes concepções de valorização pela sociedade, três formas de valoração
são propostas: Método Custos de Viagem (MCV) e Método Valoração Contingente (MVC),
visando uma aplicação ecoturística por meio do birdwachting; e visando a provisão de
alimentos, valorar o SE para a produção de frutíferas que dependem da família Trochilidae,
como o abacaxi-do-cerrado (Ananas ananassoides) e o maracujá-poranga (Passiflora
coccinea).
Para as culturas frutíferas, bastaria fazer um experimento em uma área que
comprovadamente há uma certa diversidade de trochilides, usando-se de dois tratamentos:
plantas com acesso aos pássaros, e plantas sem acesso aos pássaros (como pelo uso de
telas). Com isso, após colheita dos frutos, basta realizar uma análise estatística de variância
(ANOVA) a fim de verificar se houve diferença significativa. Se houver, a diferença de
produção entre os dois tratamentos (somando-se todas as plantas), poderíamos dividir-la
pela área total de cada tratamento ou números de indivíduos. Assim teríamos um valor de
produção a mais por unidade de área (p.ex. hectare) ou por planta. Esse valor, então, seria
multiplicado pelo preço de venda do produto no mercado, podendo então estivar o valor da
polinização realizada pela família Trochilidae. Vale lembrar que este valor varia de cultura
para cultura, e de região para região, tanto devido às condições da plantação (p.ex:
condições edafoclimáticas e manejo) quanto de mercado na região de venda.
Porém, em uma visão mais ampla, podemos dizer que o SE apresenta um maior
potencial de monetização pelo ecoturismo. Usando-se o Método Custos de Viagem (MCV),
seria estimada a demanda por visitas (V) em determinado local que apresenta como atrativo
a diversidade de trochilides (p.ex.: um RPPN), sendo V função do custo de viagem (CV),
controlando-se as características socioeconômicas dos visitantes (SE), e a existência de
substitutos (SB), ao local, que pode ser, por exemplo, o custo de viagem do substituto
natural mais próximo à região de procedência do visitante. Sendo assim, podemos

apresentar matematicamente o qe foi descrito de seguinte forma: . Com


isso, podemos estimar o impacto do custo de viagem (CV) na taxa de visitação (V),
mantendo as outras variáveis constantes, onde SE vai depender do público-alvo do
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empreendimento. Com essa correlação, representado na figura 1, podemos fazer um uma


estimativa econômica do excedente do consumidor, ou seja, uma estimativa do valor do SE
(MAIA; ROMEIRO, 2008).

Figura 1 – Função demanda pelo patrimônio natural

Fonte: Maia e Romeiro, 2008.

Segundo Cosmo (2021), tal método pode apresentar certas limitações, como viagens
com mais de um propósito (negócios e recreação) e diferenciação de gastos entre residente
e turistas. Sendo assim, é importante comparar o MCV com os resultados do Método
Valoração Contingente (MVC).
O MVC consiste em aplicar questionários entre os potenciais usuários do SE,
simulando diferentes cenários (Cosmo, 2021). Nele é estimado os valores da Disposição a
Pagar (DAP) e da Disposição a Receber (DAR) com base em situações hipotéticas
que simulem a alteração na disponibilidade do bem objeto de avaliação (Motta, 1997,
aput Júnior, Marques e Freire, 2016). A DAP pode ser vista como a quantia máxima que
em que uma pessoa estaria disposta a pagar para um acréscimo na provisão, ou para
evitar a deterioração do SE. Já a DAR significa a quantia mínima que a pessoa estaria
disposta a receber para ser compensada por aceitar um decréscimo da provisão ou a
deterioração de um bem (Maia, 2002, aput Júnior, Marques e Freire, 2016).
O MVC pode variar muito dependendo do público-alvo da pesquisa, devido ao seu
grau de subjetividade. No presente trabalho, pode ser que ele superestime o “valor real” do
SE, haja vista que a pesquisa seria direcionada aos praticantes do birdwacthing, onde muito
possuem a observação de pássaros como uma hobbie de vida.

4.4 Pagamento pelo Serviço ambiental.

Como os SAs apresentados não beneficiariam somente os SEs aqui


estudados, mas sim vários outros, diversas formas de Pagamentos por Serviços Ambientais
20

(PSA) poderiam ser aplicadas. Além disso, o SE aqui estudado enquadra-se em várias
diretrizes da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA), instituída
pela Lei nº 14.119, apresentada no artigo 5°. Segundo o artigo 3° da Lei nº 14.119, as
formas de PSA são: pagamento direto, monetário ou não monetário; prestação de melhorias
sociais a comunidades rurais e urbanas; compensação vinculada a certificado de redução de
emissões por desmatamento e degradação; títulos verdes (green bonds); comodato; e Cota
de Reserva Ambiental (CRA), instituída pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; entre
outras que podem vir a ser estabelecidas pelo órgão gestor da PNPSA.
Seguindo-se a legislação apresentada, podemos dizer que a melhor forma de ocorrer
o PSA seria por meio de grandes empresas, as quais se beneficiariam com o marketing
potencial favorecido pela ação. Um exemplo é a Boticário, empresa que usa a
biodiversidade como lema principal de suas campanhas. Isso, pois o parágrafo VII do art. 5°
da Lei nº 14.119 coloca como diretriz da PNPSA “o reconhecimento do setor privado, das
Oscip e de outras organizações não governamentais como organizadores, financiadores e
gestores de projetos de pagamento por serviços ambientais, paralelamente ao setor público,
e como indutores de mercados voluntários”.
Além disso, a proposta de usar o SE como fonte de renda às populações tradicionais
e rurais por meio do ecoturismo é favorecida pelo parágrafo III do artigo citado acima, o qual
coloca como uma diretriz “a utilização do pagamento por serviços ambientais como
instrumento de promoção do desenvolvimento social, ambiental, econômico e cultural das
populações em área rural e urbana e dos produtores rurais, em especial das comunidades
tradicionais, dos povos indígenas e dos agricultores familiares”.

Referências

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de dominância em beija-flores (Aves: Trochilidae) no sudeste do Brasil. Ararajuba, v. 11, n.
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Motta, R. S. (1997). Manual para valoração econômica de recursos ambientais.


Brasília: IPEA/MMA/PNUD/CNPq.
22

CONCLUSÃO

O Serviço Ecossistêmico estudado é um pequeno exemplo da importância da


natureza para a vida humana. A polinização realizada por uma única família de pássaros, a
Trochilidae, está relacionada com provisões de recursos, como alimentos, fibras e moléculas
de interesse; regulação da qualidade ambiental e sua manutenção, a partir da sua
participação direta com o cruzamento de espécies vegetais; com benefícios psicológico por
meio da contemplação de pássaros; e, principalmente, com o desenvolvimento econômico
sustentável e conservacionista por meio do ecoturismo. Ao longo do trabalho, vemos que a
diversidade específica da família Trochilidae, bem como a polinização realizada por essas
aves, é algo que apresenta diversos benefícios, onde muitos podem nem ter sido discorridos
no presente trabalho, por falta de conhecimento científico. É importante destacar,
novamente, o potencial do birdwacthing para a economia do Brasil, país que apresenta a
maior biodiversidade do mundo. Para isso, é preciso desenvolver projetos de avaliação,
valorização e valoração dos Serviços Ecossistêmicos apresentados, bem como projetos de
Pagamentos por Serviços Ambientais que promovam o ecoturismo na natureza.
23

Anexo

Tabela - Lista das principais espécies da família Trochilidae registradas no Brasil.

Nome cinetífico Nome popular Subfamília


Ramphodon naevius (Dumont, 1818) beija-flor-rajado Phaethornithinae
Glaucis dohrnii (Bourcier & Mulsant, 1852) balança-rabo-canela Phaethornithinae
Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto Phaethornithinae
Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) balança-rabo-de-garganta-preta Phaethornithinae
Threnetes niger (Linnaeus, 1758) balança-rabo-escuro Phaethornithinae
Anopetia gounellei (Boucard, 1891) rabo-branco-de-cauda-larga Phaethornithinae
Phaethornis squalidus (Temminck, 1822) rabo-branco-pequeno Phaethornithinae
Phaethornis maranhaoensis Grantsau, 1968 rabo-branco-do-maranhão Phaethornithinae
Phaethornis rupurumii Boucard, 1892 rabo-branco-do-rupununi Phaethornithinae
Phaethornis aethopygus Zimmer, 1950 rabo-branco-de-garganta-escura Phaethornithinae
Phaethornis idaliae (Bourcier & Mulsant, 1856) rabo-branco-mirim Phaethornithinae
Phaethornis nattereri Berlepsch, 1887 besourão-de-sobre-amarelo Phaethornithinae
Phaethornis griseogularis Gould, 1851 rabo-branco-de-garganta-cinza Phaethornithinae
Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro Phaethornithinae
Phaethornis subochraceus Todd, 1915 rabo-branco-de-barriga-fulva Phaethornithinae
Phaethornis augusti (Bourcier, 1847) rabo-branco-cinza-claro Phaethornithinae
Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado Phaethornithinae
Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) rabo-branco-de-garganta-rajada Phaethornithinae
Phaethornis hispidus (Gould, 1846) rabo-branco-cinza Phaethornithinae
Phaethornis philippii (Bourcier, 1847) rabo-branco-amarelo Phaethornithinae
Phaethornis bourcieri (Lesson, 1832) rabo-branco-de-bico-reto Phaethornithinae
Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes Phaethornithinae
Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) besourão-de-bico-grande Phaethornithinae
Phaethornis margarettae Ruschi, 1972 rabo-branco-de-margarette Phaethornithinae
Doryfera johannae (Bourcier, 1847) bico-de-lança Trochilinae
Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza Trochilinae
Campylopterus hyperythrus Cabanis, 1848 asa-de-sabre-canela Trochilinae
Campylopterus duidae Chapman, 1929 asa-de-sabre-de-peito-camurça Trochilinae
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura Trochilinae
Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) beija-flor-cinza Trochilinae
Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-azul-de-rabo-branco Trochilinae
Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto Trochilinae
Colibri delphinae (Lesson, 1839) beija-flor-marrom Trochilinae
Colibri coruscans (Gould, 1846) beija-flor-violeta Trochilinae
Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) beija-flor-de-orelha-violeta Trochilinae
Anthracothorax viridigula (Boddaert, 1783) beija-flor-de-veste-verde Trochilinae
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta Trochilinae
Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) beija-flor-de-bico-virado Trochilinae
Topaza pella (Linnaeus, 1758) beija-flor-brilho-de-fogo Trochilinae
Topaza pyra (Gould, 1846) topázio-de-fogo Trochilinae
Chrysolampis mosquitus (Linnaeus, 1758) beija-flor-vermelho Trochilinae
Stephanoxis lalandi (Vieillot, 1818) beija-flor-de-topete Trochilinae
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Stephanoxis loddigesii (Gould, 1831) beija-flor-de-topete-azul Trochilinae


Lophornis ornatus (Boddaert, 1783) beija-flor-de-leque-canela Trochilinae
Lophornis gouldii (Lesson, 1832) topetinho-do-brasil-central Trochilinae
Lophornis magnificus (Vieillot, 1817) topetinho-vermelho Trochilinae
Lophornis chalybeus (Temminck, 1821) topetinho-verde Trochilinae
Lophornis pavoninus Salvin & Godman, 1882 topetinho-pavão Trochilinae
Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) rabo-de-espinho Trochilinae
Discosura longicaudus (Gmelin, 1788) bandeirinha Trochilinae
Chlorestes notata (Reich, 1793) beija-flor-de-garganta-azul Trochilinae
Chlorostilbon mellisugus (Linnaeus, 1758) esmeralda-de-cauda-azul Trochilinae
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho Trochilinae
Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde Trochilinae
Thalurania watertonii (Bourcier, 1847) beija-flor-de-costas-violetas Trochilinae
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-violeta Trochilinae
Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira Trochilinae
Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo Trochilinae
Hylocharis chrysura (Shaw, 1812) beija-flor-dourado Trochilinae
Chrysuronia oenone (Lesson, 1832) beija-flor-de-cauda-dourada Trochilinae
Leucochloris albicollis (Vieillot, 1818) beija-flor-de-papo-branco Trochilinae
Polytmus guainumbi (Pallas, 1764) beija-flor-de-bico-curvo Trochilinae
Polytmus theresiae (Da Silva Maia, 1843) beija-flor-verde Trochilinae
Leucippus chlorocercus Gould, 1866 beija-flor-pintado Trochilinae
Amazilia chionogaster (Tschudi, 1845) beija-flor-verde-e-branco Trochilinae
Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788) beija-flor-de-barriga-branca Trochilinae
Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca Trochilinae
Amazilia rondoniae Ruschi, 1982 beija-flor-de-cabeça-azul Trochilinae
Amazilia brevirostris (Lesson, 1829) beija-flor-de-bico-preto Trochilinae
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde Trochilinae
Amazilia lactea (Lesson, 1832) beija-flor-de-peito-azul Trochilinae
Amazilia viridigaster (Bourcier, 1843) beija-flor-de-barriga-verde Trochilinae
Heliodoxa rubricauda (Boddaert, 1783) beija-flor-rubi Trochilinae
Heliodoxa xanthogonys Salvin & Godman, 1882 brilhante-veludo Trochilinae
Heliodoxa schreibersii (Bourcier, 1847) brilhante-de-garganta-preta Trochilinae
Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela Trochilinae
Augastes scutatus (Temminck, 1824) beija-flor-de-gravata-verde Trochilinae
Augastes lumachella (Lesson, 1838) beija-flor-de-gravata-vermelha Trochilinae
Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul Trochilinae
Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro Trochilinae
Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) bico-reto-cinzento Trochilinae
Heliomaster squamosus (Temminck, 1823) bico-reto-de-banda-branca Trochilinae
Heliomaster furcifer (Shaw, 1812) bico-reto-azul Trochilinae
Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) estrelinha-ametista Trochilinae
Fonte: WikiAves, 2021.
25

REFERÊNCIAS

Antunes, Alexsander Z.. Partilha de néctar de Eucalyptus spp., territorialidade e hierarquia


de dominância em beija-flores (Aves: Trochilidae) no sudeste do Brasil. Ararajuba, v. 11, n.
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Alimentos no Brasil. Marina Wolowski; Kayna Agostini; André Rodrigo Rech; Isabela Galarda
Varassin; Márcia Maués; Leandro Freitas; Liedson Tavares Carneiro; Raquel de Oliveira
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COSMO, Nelson Luiz. Aula 10 – Avaliação de Serviços Ecossistêmicos. Curitiba:


Universidade Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.

COSMO, Nelson Luiz. Aula 2 – Ecossistemas. Curitiba: Universidade Federal do Paraná,


2021. 35 slides, color.

COSMO, Nelson Luiz. Aula 6 - Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. Curitiba:


Universidade Federal do Paraná, 2021. 34 slides, color.
26

COSMO, Nelson Luiz. Aula 7 - Fauna e serviços ecossistêmicos. Curitiba: Universidade


Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.

COSMO, Nelson Luiz. Aula 8 - Florestas e Serviços Ecossistêmicos. Curitiba:


Universidade Federal do Paraná, 2021. 34 slides, color.

COSMO, Prof. Dr. Nelson Luiz. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS FLORESTAIS AS 092:


fundamentos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2021. 39 slides, color.

GONÇALVES, Alyne dos Santos. A MILITÂNCIA CONSERVACIONISTA DE AUGUSTO


RUSCHI: práticas científicas e estratégias políticas na construção da biologia e da
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KRATZ, Prof. Dra. Dagma. Fluxo gênico e a estrutura genética espacial. Curitiba:
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