Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Piracicaba, SP
Agosto 2021
1
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA .....................................................................................................12
3. HIPÓTESE (S) .........................................................................................................13
4. OBJETIVO(S) ..........................................................................................................13
5. MATERIAL E MÉTODOS/PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................14
5.1.LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.............................14
5.2.METODOLOGIA/MÉTODOS DE CAMPO E ANALÍLICOS ...........................18
6. FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS ..........................................................23
7. PLANO DE TRABALHO & CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ..............................24
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................24
2
RESUMO
3
1. INTRODUÇÃO
defaunação (Dirzo et al, 2014) leva ao que Redford (1992) chamou de florestas vazias:
apesar da vegetação parecer intacta, muitos animais de médio e grande porte já estão
(Seddon et al, 2014) – é uma das técnicas disponíveis para tentar reverter os efeitos da
Reintrodução pode ser definida como a translocação de espécies para uma área
que foi parte de sua distribuição histórica, mas na qual ela não é mais encontrada
(Armstrong & Seddon, 2007, Cid, 2011, IUCN, 2013, Corlett, 2016, Robinson et al,
embora os critérios para julgar o sucesso ou fracasso de uma reintrodução não estejam
claramente definidos (Ottewell et al, 2014, Moseby et al, 2011, Seddon et al, 1999).
4
A difusão dada aos casos de “sucesso” e a tendência a não relatar os casos de
“fracasso” pode dar a falsa impressão de que a refaunação é a solução para a perda de
programas de refaunação não tem duração adequada para concluírem sobre o sucesso
do projeto e falham no monitoramento dos animais movidos, o que traz uma grande
translocada, pois um longo tempo pode ser requerido até que populações viáveis sejam
2000).
5
A reintrodução de espécies é uma ferramenta poderosa para mitigar os efeitos
eficiente, com baixas taxas de sucesso (Seddon et al, 2014). De modo geral, é apontado
Seddon et al, 2014, Fisher & Lindenmayer, 2000, Jule et al, 2008, Kleiman et al, 1989,
Sutherland et al, 2010, IUCN, 2013). Esse último quesito parece ser absolutamente
população não for sanado ou minimizado antes da translocação dos animais, eles
É preciso salientar que, embora a reintrodução seja uma técnica importante, ela
apresenta riscos, como a depleção das populações doadoras dos animais realocados,
para os mesopredadores (Berger, 1999, Caro et al, 2012, Edwards et al, 2014,
Gittleman & Gompper, 2001, Johnson & Cushman, 2007, Sims et al, 2014).
6
Wolf et al, 1996, Seddon et al, 2014, Fisher & Lindenmayer, 2000, Jule et al, 2008,
Kleiman et al, 1989, Sutherland et al, 2010, IUCN, 2013). Capturar animais para
et al, 2017). Isto posto, animais nascidos em cativeiro são usualmente a escolha para
• utilização da técnica de soltura branda (de acordo com Medici et al, 2008),
liberdade, sendo treinados para tanto, se necessário (Bright & Morris, 1994;
Cid et al 20013; Beck et al, 1991; Vargas & Anderson, 1999; Letty et al,
1999; Bright & Morris, 1994; Biggins et al, 1998; Tuberville et al, 2005)
7
• Monitoramento constante e de longo prazo permite que os animais
al, 2008)
vertebrados (Kurten, 2013, Emmons, 1989, Redford, 1992, Wright, 2003). Na ausência
diversidade de plantas, pois elas são capazes de ingerir uma quantidade maior de
frutos, comer sementes grandes e dispersá-las por distâncias maiores que os frugívoros
de pequeno porte seriam capazes de fazê-lo (O’Farril et al, 2013, Jordano et al, 2007,
8
mamíferos viventes (O’Farril et al, 2013, Fernandes-Santos et al, 2018). Atualmente há
bairdii, Tapirus terrestris e Tapirus pinchaque) e uma na Ásia (Tapirus indicus), sendo
que todas são consideradas ameaçadas de extinção devido a caça ilegal, fragmentação
Tapirus terrestris é o maior mamífero da América do Sul. Adultos podem pesar até
maiores que os machos. São animais solitários, com exceção do período reprodutivo e
descansando abrigada em local protegido no restante do dia (Médici, 2010, Varela et al,
dão à luz a um único filhote a cada 1,5 ano, em média. A taxa de mortalidade dos filhotes
2018).
A anta brasileira é um animal herbívoro que se alimenta de uma grande variedade
2001, Brathen & Oksanem, 2001, Grellmann, 2002, Medici, 2010), e modificando as
9
habitats (Dirzo & Miranda, 1991, Terborgh, 1988, Virtanen, 1998, Mulder & Ruess, 1998,
Olofsson et al, 2002,). Além disso, antas pastoreiam seletivamente diferentes partes das
plantas (Salas & Fuller, 1996), e são importantes dispersores de sementes a longas
distâncias (Henry et al, 2000, Galetti et al, 2001, Fragoso et al, 2003, O’Farril et al, 2013).
Como as antas são herbívoros com grandes áreas de vida, elas tendem a cruzar
áreas impactadas por humanos, o que resulta em uma série de ameaças que podem
domésticos (Medici, 2010, Medici & Desbiez, 2012, Varela et al, 2019).
dos Andes, seguindo através de toda a América do Sul tropical por 11 países: Argentina,
Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname
Mata Atlântica e Pantanal (Médici, 2010, Varela et al, 2019, Fernandes-Santos et al,
2018).
mas sabe-se, baseado em outras espécies de antas, que Tapirus terrestris não tolera
et al, 2019). Rossi (1999) encontrou evidências que sugerem que a espécie pode persistir
10
condição do habitat parece ser menos importante na persistência da população de anta
pelos critérios da IUCN: acredita-se que haja apenas três populações viáveis (com mais
do Mar (São Paulo) e no Paraná. A maior parte da população nesse bioma está em áreas
antas persistem somente em áreas preservadas desse bioma (Medici et al, 2012). No
a anta é classificada como Vulnerável pela IUCN (Medici et al, 2012, Varela et al, 2019).
Devido a sua história de vida - antas são mamíferos grandes com taxas
populacionais severos e extinções locais e, uma vez que suas populações tenham
11
nutrientes - Tapirus terrestris torna-se uma espécie excelente à programas de
2. JUSTIFICATIVA
Banuet et al, 2015), o que equivale dizer que grandes proporções das interações que
projetos de translocação atinjam seus objetivos, é necessário que a ciência atue como
guia-mestra, (Sarrazin & Barbault 1996, IUCN 2013, Sanz & Grajal 1998, Ewen &
formuladas a priori (Armstrong & Seddon 2007, Ewen & Armstrong 2007).
espécie Tapirus terrestris em uma paisagem agrícola do interior de São Paulo com o
12
objetivo de reestabelecer os processos ecológicos-evolutivos que se perderam quando
3. HIPÓTESES
4. OBJETIVOS
4.1 Gerais
13
4.2 Específicos
de estudo,
5. MATERIAL E MÉTODOS
23°18’51” S e 48°27’30”- 48°28’20” W), que são áreas de plantação de eucalipto desde
os anos 2006/2007. Sabe-se que paisagens dominadas por eucalipto podem ser
14
mínimas médias ficam em torno de 17°C, enquanto as máximas médias ficam acima de
22°C. A precipitação anual média gira em torno de 1200 mm, com as chuvas
A Fazenda Três Lagoas se estende por 3.242 ha, enquanto a fazenda Arca
abrange 1.123 ha (Figura 1). Nela foram desmatados aproximadamente 2.600 ha para a
início da década de 1970. Entre os anos de 2006 e 2007, cerca de 2200 ha de pasto
ambiental vigente (Metzger et al., 2010). O mesmo processo ocorreu na Fazenda Arca
de RL.
de coníferas e pela perda parcial das folhas no período do inverno. As áreas de Cerrado
2014).
predominante, contando também com áreas de cerrado sensu stricto e matas de galeria
15
acompanhando as duas microbacias da Fazenda. As áreas abandonadas para
2014).
16
Fig 1. Área de estudo: Núcleo Angatuba do PPBio, formado pelas fazendas Três Lagoas e Arca, no
17
5.2. METODOLOGIA
tese, melhores.
trabalhar com mais de uma Instituição doadora dos animais como forma de
cativos
18
d. Serão excluídos animais fisicamente debilitados ou deficientes, com
problemas dentários, idosos, fêmeas em lactação, com filhotes ou prenhes, e
sejam treinados e adquiram as habilidades que serão necessárias para que possam
voltar a viver em vida livre. Uma vez considerados aptos, serão liberados no ambiente e
fim de minimizar o estresse de transporte até a área de estudo (Medici et al 2008, Quse
importante salientar que o treinamento deve ser feito com o mínimo de contato possível
preferencialmente durante a noite ou nas horas mais frescas do dia, com água e alimento
disponíveis durante toda a viagem (Médici et al, 2008, Quse et al, 2014). A necessidade
de sedação dos animais para o transporte será avaliada a fim de diminuir o estresse do
19
transporte. Caso haja necessidade de sedá-los, o protocolo descrito em Quse et al (2014)
será utilizado.
quarentena que durará 30 dias e que será realizada no local X, com x animal por vez na
para evitar que se possa reintroduzir animais debilitados (Di Martino et al, 2015, Medici
et al, 2008, Munson et al, 2004, Mathews et al, 2006). Nessa fase será realizada a
período que permite que qualquer questão de saúde referente ao transporte do animal
algum dos animais selecionados para a reintrodução, testes serão realizados para
o tratamento não seja possível, o animal será descartado do projeto de reintrodução (Di
serão coletadas para estudos genéticos futuros. A concentração de cortisol nas fezes
será monitorada durante a quarentena fim de se verificar o nível de estresse dos animais
confinados.
20
Findo o período de quarentena, os animais considerados aptos à reintrodução
indivíduo por vez, devendo permanecer nessa área entre duas a quatro semanas,
aproveitando que os animais estarão sedados para o transporte, eles serão novamente
durante a alimentação deverá ser evitado ou minimizado (Medici et al, 2008). Os animais
serão monitorados continuamente durante sua estadia na área de aclimatação por uma
indivíduo, sua dieta, padrões de forrageio e sono, condições físicas gerais, possíveis
por brinco e receberão rádio colares coloridos com sensor de mortalidade. Os animais
soltura dos animais, permitindo que voltem ao recinto se assim desejarem. Será
21
Após a soltura os animais serão monitoramento através de radio telemetria convencional,
a área de soltura deve seguir por 2 anos após a reintrodução dos animais e deve incluir
análises dos padrões de movimentação, de uso de habitat, das atividades dos animais
esses autores, armadilhas de caixa devem ser instaladas nos caminhos naturais das
antas, em áreas de uso frequente, como manchas de árvores frutíferas ou saleiros. Iscas
podem ser utilizadas para atrair os animais para o interior da armadilha. Uma vez
onde será feita a sexagem, a estimativa de peso, a tomada das medidas corporais e a
coleta de amostras biológicas (sangue, pele, fezes e pelos), além da instalação do rádio
22
Concomitantemente à captura e monitoramento de antas de vida livre, será
realizada a coleta de fezes de antas residentes na área de estudo para avaliar a dieta e
a) Telemetria
b) Análise estatística
23
onde 𝐲 = (𝑦# , 𝑦𝟐 , … , 𝑦& )′ é o vetor de valores resposta; 𝐗 é a matriz do modelo, com 𝐱 !( =
(𝑥#! , 𝑥$! , … , 𝑥%! ) ; 𝛃 = (β" , 𝛽# , … , 𝛽% )′ é o vetor de coeficientes de regressão; 𝛆 =
(𝜀# , 𝜀$ , … , 𝜀& )′ é o vetor de erros; 𝐍& representa distribuição normal multivariada de n
variáveis; 𝟎 é o vetor de zeros de dimensão n x 1; e 𝐈& é a matriz identidade de ordem n.
Já o modelo linear de efeitos mistos (Laird e Ware, 1982) apresenta divisão em
grupos, cujas observações são correlacionada, e assume a forma 𝑦!) = 𝛽" + 𝛽# 𝑥#!) +
⋯ + 𝛽% 𝑥%!) + 𝑏!" + 𝑏!# 𝑧#!) + ⋯ + 𝑏!* 𝑧*!) + 𝜀!) , com 𝑏!+ ~N(0, 𝜓+$ ) e 𝜀!) ~N(0, 𝜎 $ ), onde 𝑦!) é
o valor da variável resposta para a j-ésima de ni observações no i-ésimo de M grupos;
𝛽" , 𝛽# , … , 𝛽% são os coeficientes dos efeitos fixos, que são idênticos para todos os grupos;
𝑥#!) , … , 𝑥%!) são os regressores de efeitos-fixos para a observação j no grupo i;
𝑏" , 𝑏# , … , 𝑏* são os coeficientes de efeitos aleatórios para o grupo i e seguem distribuição
normal multivariada, sendo que variam a cada grupo e são variáveis aleatórias, e não
parâmetros, sendo similares, nesse respeito, aos erros 𝜀!) ; 𝑧#!) , … , 𝑧*!) são os
regressores de efeitos aleatórios; e 𝜀!) é o erro para a observação j no grupo i,
multivariadamente normalmente distribuídos.
O modelo de efeitos mistos também pode ser escrito na forma matricial:
𝐲! = 𝐗 ! 𝛃 + 𝐙! 𝐛! + 𝜀! ,
𝐛! ~𝐍* (𝟎, 𝚿),
𝛆! ~𝐍&! (𝟎, σ$ 𝚲! ),
24
verossimilhança restrita estão disponíveis em diferentes pacotes para o software R,
como por exemplo, lme4 (Bates et al., 2015) e nlme (Pinheiro e Bates, 2000).
Quando a natureza da variável resposta não é contínua, como por exemplo, para
dados de contagens e proporções, não se usa mais um vetor de erros com distribuição
normal multivariada no modelo. Para esses casos, pode-se assumir uma distribuição
para Y pertencente à família exponencial de distribuições (por exemplo, distribuição de
Poisson para dados de contagens) e modelar a média da distribuição por meio de uma
função de ligação, como um modelo linear generalizado (McCullagh e Nelder, 1989).
Para o modelo de Poisson, a função de ligação usual é a logarítmica. Os algoritmos de
estimação tornam-se mais complexos, visto que é necessário obter aproximações
numéricas para integrais que não possuem solução analítica fechada.
25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICIAS
Armstrong, D.P. & Seddon, P.J. 2007. Directions in reintroduction biology. Trends in Ecology and
Evolution, 23: 20-25.
Athayde, E.A., Cancian, L.F., Verdade, L.M., Morellato, L.P.C. 2014. Functional and phylogenetic
diversity of scattered trees in agricultural landscape: implications for conservation. Agriculture,
Ecosystems and Environment, 199:272-281.
Bates, D., Maechler, M., Bolker, B., Walker, S. (2015). Fitting Linear Mixed-Effects Models Using lme4.
Journal of Statistical Software, 67(1):1-48. doi:10.18637/jss.v067.i01.
Bajomi, B. 2010. Reintroduction of endangered animal species: Complementing the IUCN guidelines.
Review protocol. Centre for Environmental Science, Eötvös Loránd University of Sciences, Budapest,
Hungary.
Beck, B.B., Kleiman, D.G., Dietz, J.M., Castro, I., Carvalho, C., Martins, A., Rettberg- Beck, B. 1991.
Losses and reproduction in reintroduced golden lion tamarins Leontopithecus rosalia. Dodo 27:50-
61.
Beck, B.B., Rapaport, L.G., Stanley Price, M.R., Wilson, A.C. 1994. Reintroduction of captive-born
animals. In: Mace, G.M. & Feistner, A.T.C. (eds.). Creative conservation: Interactive management of wild
and captive animals Pp. 265-286. Olney, P. J. S., Chapman & Hall, London.
Bello, C., Galetti, M., Pizo, M.A., Magnago, L.F.S., Rocha, M.F., Lima, R.A.F., Peres, C.A., Ovaskainen,
O., JORDANO, P. 2015. Defaunation affects carbon storage in tropical forests. Science Advances, 1:
e1501105.
Berger, J. 1999. Anthropogenic extinction of top carnivores and interspecific animal behaviour:
implications of the rapid decoupling of a web involving wolves, bears, moose and ravens.
Proceedings of the Royal Society of London. Biological Sciences, 266:2261–67.
Brathen, K.A. & Oksanen, J. 2001. Reindeer reduce biomass of preferred plant species. Journal of
Vegetation Science, 12: 473-480.
Brent, L., Kessel, A.L., Barrera, H. 1997. Evaluation of introduction procedures in captive
chimpanzees. Zoo Biology, 16: 335-342.
Biggins, E., Godbey. J. L., Hanebury, L. R., Luce, B., Marinari, P. E., Matchett, M. R. and Vargas, A. 1998.
The effect of rearing methods on survival of reintroduced black-footed ferrets. Journal of Wildlife
Management, 62:643-653.
Bright, P.W. & Morris, P.A. 1994. Animal translocation for conservation: performance of dormice in
relation to release methods, origin and season. Journal of Applied Ecology, 31:699-708.
Campbell, S. 1980. Is reintroduction a realistic goal?, IN: Soulé, M.E. & Wilcox, B.A. (eds). Conservation
Biology: An evolutionary ecological perspective. pp. 263-269. Sinauer Associates, Inc. Sunderland,
Massachusetts.
26
CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura. Disponível
em: http://www.cpa.unicamp.br. Acesso: 21 de março de 2021.
Cid, B., da Costa, R.C., Balthazar, D.A., Augusto, A.M., Pires, A.S., Fernandez, F.A.S. 2013. Preventing
injuries caused by radiotelemetry collars in reintroduced red-rumped agoutis, Dasyprocta leporina
(Rodentia: Dasyproctidae), in Atlantic Forest, southeastern Brazil. Zoologia, 30:115-118.
Corlett, R.T. 2016. Restoration, Reintroduction, and Rewilding in a changing world. Trends in Ecology
and Evolution, 31(6):453-462.
Di Martino, S., Jiménez Pérez, I., Peña, J. 2015. Estrategia para la reintroducción de tapires (tapirus
terrestris) en la reserva natural Iberá (Corrientes, Argentina). The Conservation Land Trust Argentina.
Dirzo, R. & Miranda, A. 1991. Altered patterns of herbivory and diversity in the forest understory: A
case study of possible consequences of contemporary defaunation. In: W.P. Price, T.M. Lewinsohn,
G.W. Fernandes & W.W. Benson (Eds). Plant-Animal Interactions: Evolutionary Ecology in Tropical and
Temperate Regions. pp. 273-87. John Wiley & Sons, Chichester, New York, USA.
Dirzo, R., Young, H.S., Galetti, M., Ceballos, G., Isaac, N.J.B., Collen, B. 2014. Defaunation in the
Anthropocene. Science, 345: 401–406.
Edwards, T., Cox, E.C., Buzzard, V., Wiese, C., Hillard, L.S., Murphy RW. 2014. Genetic assessments
and parentage analysis of captive Bolson tortoises (Gopherus flavomarginatus) inform their
“rewilding” in New Mexico. PLoS ONE 9, doi: 10.1371/journal.pone.0102787
Effiom, E. O., Nunez-Iturri, G., H. Smith, H.G., Ottosson, U., O. Olsson, O. 2013. Bushmeat hunting
changes regeneration of African rainforests. Proceedings of the Royal Society of London. Biological
Sciences, 280: 1–9.
Emmons, L.H. 1989. Tropical rain forests: why they have so many species and how we may lose this
biodiversity without cutting a single tree. Orion, 8: 8–14.
Ewen, J.G. & Armstrong, D.P. 2007. Strategic monitoring of reintroductions in ecological restoration
programmes. Ecoscience, 14: 401-409.
Fernandes-Santos, R.C., Medici, E.P., Testa-José, C., Canena, A.C. 2018.Impacto de agrotóxicos e
metais pesados na anta brasileira (Tapirus terrestris) no estado do Mato Grasso do Sul, Brasil, e
implicações para saúde humana e ambiental. Iniciativa para a conservação da anta brasileira (INCAB),
Relatório Técnico do Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Fernandez, F.A.S., Rheingantz, M.L., Genes, L., Kenup, C.F.,,Gallies, M., Cezima, T., Cid, B., Macedo, L.,
Araújo, B.B.A., Moraes, B.S., Monjeau, A., Pires, A.S. 2017.Rewilding the Atlantic Forest: Restoring the
fauna and ecological interactions of a protected area. Perspectives in Ecology and Conservation,
15:308-314.
Fisher, J., Lindenmayer, D.B. 2000. An assessment of the published results of animal relocations.
Biological Conservation, 96:1-11.
27
Fragoso, J.M.V., Silvius, K.M., Correa, J.A. 2003. Long-distance seed dispersal by tapirs increases
seed survival and aggregates tropical trees. Ecology, 84: 1998-2006.
Galetti, M., Keuroghlian, A., Hanada, L., Morato, M.I. 2001. Frugivory and seed dispersal by the lowland
tapir (Tapirus terrestris) in southeast Brazil. Biotropica, 33: 723-726.
Genes, L., Cid, B., Fernandez, F.A.S, Pires, A.S. 2017. Credit of ecological interactions: A new
conceptual framework to support conservation in a defaunated world. Ecology and Evolution, 7(6):
1892-1897.
Gittleman, J.L., Gompper, M.E. 2001. The risk of extinction—What you don’t know will hurt you.
Science, 291:997–99.
Grellmann, D. 2002. Plant responses to fertilization and exclusion of grazers on an arctic tundra
heath. Oikos, 98: 190-204.
Guimãraes PR, Galetti M, Jordan P (2008). Seed dispersal anachronisms: rethinking the fruits extinct
megafauna atefauna ate. PLOS ONE, 3: e1745.
Harvey, E., Gounand, I., Ward, C. L., Altermatt, F. 2016. Bridging ecology and conservation: From
ecological networks to ecosystem function. Journal of Applied Ecology, doi: 10.1111/1365-2664.12769
Henry, O., Feer, F., Sabatier, D. 2000. Diet of the lowland tapir (Tapirus terrestris) in French Guiana.
Biotropica, 32(2): 364-368.
Hobbs, R.J. & Cramer, V.A. 2008. Restoration ecology: interventionist approaches for restoring and
maintaining ecosystem function in the face of rapid environmental change. Annual Review of
Environment and Resources, 33: 39–61.
Hoffmann, M. et al.2010. The impact of conservation on the status of the world’s vertebrates. Science,
330: 1503–1509.
IUCN/SSC. 2013. Guidelines for Reintroductions and Other Conservation Translocations.Verson 1.0
Gland, Switzerland: IUCN Species Survival Commission, Gland, Switzerland.
Johnson, B.E. &Cushman, J.H. 2007. Influence of a large herbivore reintroduction on plant invasions
and community composition in a California grassland. Conservation Biology, 21:515–26.
Jordano, P., García, C., Godoy, J.A., Garcia-Castano, J.L. 2007. Differential contribution of frugivores
to complex seed dispersal patterns. PNAS, 104: 3278–3282.
Jule, K.R., Leaver, L.A., Lea, S.E.G. 2008. The effects of captive experience on reintroduction survival
in carnivores: a review and analysis. Biological Conservation, 141(2): 355-63.
Kleiman, D., Stanley Price, M., Beck, B. 1994. Criteria for reintroductions. En P. Olney, G. Mace, & A.
Feismer (Edits.), Creative conservation: Interactive management of wild and captive animals. págs. 287-
303. London: Chapman and Hall.
Laird, N.M. & Ware, J.H. (1982). Random effects models for longitudinal data. Biometrics, 38:963-974.
28
Letty, J., Marchandeau, S., Clobert, J. and Aubineau, J. 2000. Improving translocation success: an
experimental study of anti-stress treatment and release method for wild rabbits. Animal
Conservation, 3:211-219.
Littell, R.C., Pendergast, J., Natarajan, R. 2000. Modelling covariance structure in the analysis of
repeated measures data. Statistics in Medicine, 19:1793-1819.
Martin, P.S, Gheler-Costa, C., Lopes, P.C., Rosalino, L.M., Verdade, L.M. 2012. Terrestrial non-volant
small mammals in agro-silvicultural landscapes of Southeastern Brazil. Forest, Ecology and
Management, 282:185-195.
Mathews, F, Moro, D, Strachan, R, Gelling, M & Buller, N. 2006. Health surveillance in wildlife
reintroductions. Biological Conservation, 131: 338-347.
Mccullagh, P. & Nelder, J.A. .1989. Generalized Linear Models. Chapman & Hall/CRC.
Medici, P., Mangini, P., Gonçalves da Silva, A., Sarria Perea, J., May Jr, J., Thijl Vanstreels, R., Salas, L.
2008. Protocolos para a Reintrodução e Traslocação de Antas. Grupo Especialista de Antas -
IUCN/SSC (IUCN/SSC Tapir Specialist Group - TSG). Força Tarefa de ReIntrodução e Translocação de
Antas.
Medici, E.P. 2010. Assessing the Viability of Lowland Tapir Populations in a Fragmented Landscape.
PhD Dissertation. Durrell Institute of Conservation and Ecology (DICE), University of Kent. Canterbury,
UK.
Medici, E.P. 2011. Family Tapiridae (tapirs). In: Wilson, D.E. & Mittermeier, R.A., eds. Handbook of the
Mammals of the World, Volume 2: Hoofed Mammals. Lynx Editions, Spain.
5
Medici, E.P.& Desbiez, A.L.J. 2012. Population viability analysis (PVA): Using a modeling tool to
assess the viability of tapir populations in fragmented land- scapes. Integrative Zoology, 7: 356–372.
Medici, E.P., Flesher, K., Beisiegel, B.M., Keuroghlian, A., Desbies, A.L.J., Gatti, A., Pontes, A.R.M.,
Campos, C.B., Tófoli, C.F., Junior, E.A.M., Azevedo, F.C., Pinho, G.M., Cordeiro, J.L.P., Júnior, T.S.S.,
Morais, A.A., Mangini, P.R., Rodrigues, L.F., Almeida, L.B. 2012. Avaliação do risco de extinção da anta
brasileira Tapirus terrestris Linnaeus, 1758, no Brasil. Biodiversidade Brasileira, 3:103-116.
Metzger, J.P., Lewinsohn, T.M., Joly, C.A., Verdade, L.M., Martinelli, L.A., Rodrigues, R.R. 2010. Brazilian
Law: Full Speed in Reverse?. Science, 329:276-277.
Michelot, T., Langrock, R., Patterson, T.A. (2016). moveHMM: an R package for the statistical modelling
of animal movement data using hidden Markov models. Methods in Ecology and Evolution, 7 (11):1308-
1315.
Moseby, K.E., Read, J.L., Paton, D.C., Copley, P., Hill, B.M., Crisp, H.A. 2011. Predation determines the
outcome of 10 reintroduction attempts in arid South Australia. Biological Conservation, 144: 2863–
2872.
Mulder, C.P.H. & Ruess, R.W. 1998. Relationships between size, biomass allocation, reproduction,
and survival in Triglochin palustris: Implications for the effects of goose herbivory. Canadian Journal
of Botany, 76: 2164-2176.
29
Munson, L, Marker, L, Dubovi, E, Spencer, JA, Evermann, JF & O Brien, SJ. 2004. Serosurvey of viral
infections in free ranging Namibian cheetahs (Acinonyx jubatus). Journal of Wildlife Diseases, 40: 23-
31.
O’Farril, G., Galetti, M., Campos-Arceiz, A. 2013. Frugivory and seed dispersal by tapirs: an insight on
their ecological role. Integrative Zoology, 8:4-17.
Olofsson, J. 2001. Influence of herbivory and abiotic factors on the distribution of tall forbs along a
productivity gradient: A transplantation experiment. Oikos, 94: 351-357.
Olofsson, J., Moen, J., Oksanen, L. 2002. Effects of herbivory on competition intensity in two arctic-
alpine tundra communities with different productivity. Oikos, 96: 265-272.
Otteweell, K., Dunlop, J., Thomas, N., Morris, K., Coates, D., Byrne, M. 2014. Evaluating success of
translocations in maintaining genetic diversity in a threatened mammal. Biological Conservation,
171:209-219.
PInheiro, J.C. & Bates, D.M. 2000. Mixed-effects models in S and S-PLUS. New York: Springer, 528p.
Robinson, N.M., Dexter, N., Brewster, R., Maple, D., MacGregor, C., Rose, K., Hall, J., Lindenmayer, D.B.
2020. Be nimble with thret mitigation: lessons learned from the reintroduction of an endangered
species. Restoration Ecology, 28:29-38.
Rossi, L.B., Panachão, E.I., Arasaki, M.O. 1999. Monitoramento da Mastofauna com Armadilha
Fotográfica no Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina-PR. Biological Conservation, 89: 71-82.
Salas, L.A. & Fuller, T.K. 1996. Diet of the lowland tapir (Tapirus terrestris L) in the Tabaro River
valley, Southern Venezuela. Canadian Journal of Zoology, 74: 1444-1451.
Sanz, V. & Grajal, A. 1998. Successful reintroduction of captive-raised Yellow- Shouldered amazon
parrots on Margarita Island, Venezuela. Conservation Biology, 12: 430-441.
Sarrazin, F., Bagnolini, C., Pinna, J.L., Danchin, E. , Clobert, J. 1994. High survival estimates of griffon
vultures (Gyps fulvus fulvus) in a reintroduced population. The Auk, 111: 853-862.
Seddon, P.J., Armstrong, D.P., Maloney, R.F. 2007. Developing the science of reintroduction biology.
Conservation Biology, 21: 303-312.
Seddon, P.J. et al. 2014. Reversing defaunation: Restoring species in a changing world. Science, 345:
DOI: 10.1126/science.1251818
Sims, N., John, E., Stewart, A.A. 2014. Short-term response and recovery of bluebells (Hyacinthoides
non- scripta) after rooting by wild boar (Sus scrofa). Plant Ecolology, 215:1409–16.
30
Shepherdson, D. 1994. The role of environmental enrichment in the captive breeding and
reintroduction of endangered species. Pp. 167-177, in “Creative conservation: interactive
management of wild and captive animals.” Olney, P. J. S., G. M. Mace, and A. T. C. Feistner, eds.
Chapman & Hall, London.
Shier, D. & Owings, D. 2006. Effects of predator training on behavior and post-release survival of
captive prairie dogs (Cynomys ludovicianus). Biological Conservation 132:126- 135.
Sutherland, W.J., Armstrong, D., Butchart, S.H.M., Earnhardt, J.M., Ewen, J., Jamieson, I., Jones, C.G.,
Lee, R., Newbery, P., Nichols, J.D., Parker, K.A., Sarrazin, F., Seddon, F.J., Shah, N., Tatayah, V. 2010.
Standards for documenting and monitoring bird reintroduction projects. Conservation Letters, 3:
229–235.
Svenning, J. C., Pedersen, P. B. M., Donlan, J., Ejrnaes, R., Faurby, S., Galetti, M., … Vera, F. W.
M. 2016. Science for a wilder Anthropocene-synthesis and future directions for rewilding
research. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 113: 1–7.
Terborgh, J. 1988. The big things that run the world: A sequel to E.O. Wilson. Conservation Biology 2(4):
402-403.
Tuberville, T. D., Clark, E. E., Buhlmann, K. A., Gibbons, J. W. 2005. Translocation as a conservation
tool: site fidelity and movement of repatriated gopher tortoises (Gopherus polyphemus). Animal
Conservation, 8:349-358.
Tylianakis, J. M., Didham, R. K., Bascompte, J., Wardle, D. A. 2008. Global change and species
interactions in terrestrial ecosystems. Ecology Letters, 11: 1351–1363.
Valiente-Banuet, A., Aizen, M. A., Alcántara, J. M., Arroyo, J., Cocucci, A., Galetti, M., … Zamora,
R. (2015). Beyond species loss: The extinction of ecological interactions in a changing
world. Functional Ecology, 29: 299–307.
Vargas, A. & Anderson, S. H. 1999. Effects of experience and cage enrichment on predatory skills of
black-footed ferrets (Mustela nigripes). Journal of Mammalogy, 80:263- 269.
Varela, D., Flesher, K., Cartes, J.L., de Bustos, S., Chalukian, S., Ayala, G. & Richard-Hansen, C. 2019.
Tapirus terrestris. The IUCN Red List of Threatened Species 2019: e.T21474A45174127.
http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-1.RLTS.T21474A45174127.en
Veloso, H. P., Rangel Filho, A. L. R., Lima, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada
a um sistema universal. Fundação IBGE, Rio de Janeiro.
Virtanen, R. 1998. Impact of grazing and neighbour removal on a heath plant community
transplanted onto a snowbed site, NW Finnish Lapland. Oikos, 81: 359-367.
Wanless, R. M., Cunningham, J., Hockey, P. A., Wanless, J., White, R. W., Wiseman, R. 2002. The
success of a soft-release reintroduction of the flightless Aldabra rail (Dryolimnas [cuvieri]
aldabranus) on Aldabra Atoll, Seychelles. Biological Conservation, 107:203-210.
Wright, S.J. 2003. The myriad consequences of hunting for vertebrates and plants in tropical forests.
Perspectives in Plant Ecology, Evotution and Systematics, 6: 73- 86.
Wolf, C.M., Griffith, B., Reed, C., Temple, S.A. 1996. Avian and mammalian translocations: update and
reanalysis of 1987 survey data. Conservation Biology 10:1142-1154.
31
Wolf, C.M., Garland, T., Griffith, B. 1998. Predictors of avian and mammalian translocation success:
reanalysis with phylogenetically independent contrasts. Biological Conservation, 86:243-255.
32