Você está na página 1de 32

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERUNIDADES EM


ECOLOGIA APLICADA- ESALQ/CENA (PPGI-EA)

Projeto de Doutorado submetido ao PPGI-EA como parte dos requisitos do

processo seletivo do 20 semestre de 2021

“REINTRODUÇÃO DE ANTAS (TAPIRUS TERRESTRIS) EM UMA PAISAGEM

AGRÍCOLA NO INTERIOR DE SÃO PAULO E COMPARAÇÃO ECOLÓGICO-

COMPORTAMENTAL ENTRE O GRUPO DE ANIMAIS REINTRODUZIDOS E

ANIMAIS DE VIDA LIVRE”

Candidato: THAÍS DO CARMO

Orientador: LUCIANO MARTINS VERDADE

Co-orientador: RAFAEL DE ANDRADE MORAL

Piracicaba, SP

Agosto 2021

1

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA .....................................................................................................12
3. HIPÓTESE (S) .........................................................................................................13
4. OBJETIVO(S) ..........................................................................................................13
5. MATERIAL E MÉTODOS/PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................14
5.1.LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.............................14
5.2.METODOLOGIA/MÉTODOS DE CAMPO E ANALÍLICOS ...........................18
6. FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS ..........................................................23
7. PLANO DE TRABALHO & CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ..............................24
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................24

2

RESUMO

Palavras-chave: Reintrodução, mamíferos, anta, Tapirus terrestres, radiotelemetria

3

1. INTRODUÇÃO

A perda de populações e espécies animais, especialmente de vertebrados de

grande porte, é conhecida como defaunação (Dirzo et al, 2014). A sobre-exploração, a

caça comercial ou de subsistência, a destruição de habitats e os impactos negativos

oriundos da introdução de espécies exóticas são apontados como as maiores causas

de defaunação (Dirzo et al, 2014, Hoffmann et al, 2010). A natureza críptica da

defaunação (Dirzo et al, 2014) leva ao que Redford (1992) chamou de florestas vazias:

apesar da vegetação parecer intacta, muitos animais de médio e grande porte já estão

ecologicamente extintos, comprometendo processos e serviços ecossistêmicos (Effiom

et al, 2013, Kurten, 2013, Bello et al, 2015).

A translocação de animais – aqui compreendendo reintroduções, reforço

populacional, colonização assistida e substituição ecológica com fins conservacionistas

(Seddon et al, 2014) – é uma das técnicas disponíveis para tentar reverter os efeitos da

defaunação. A mais conhecida delas é, sem dúvida, a técnica de reintrodução de

espécies, especialmente aquelas ameaçadas de extinção.

Reintrodução pode ser definida como a translocação de espécies para uma área

que foi parte de sua distribuição histórica, mas na qual ela não é mais encontrada

(Armstrong & Seddon, 2007, Cid, 2011, IUCN, 2013, Corlett, 2016, Robinson et al,

2020). O fim último de todo programa de reintrodução é estabelecer uma população

viável e autossustentável ao longo do tempo sem intervenção humana (IUCN, 2013),

embora os critérios para julgar o sucesso ou fracasso de uma reintrodução não estejam

claramente definidos (Ottewell et al, 2014, Moseby et al, 2011, Seddon et al, 1999).

4

A difusão dada aos casos de “sucesso” e a tendência a não relatar os casos de

“fracasso” pode dar a falsa impressão de que a refaunação é a solução para a perda de

biodiversidade. Esse “sucesso”, no entanto, é relativo: a maioria dos programas de

refaunação se quer apresenta a metodologia e os parâmetros que serão usados para

classificar o programa como bem-sucedido a longo prazo. Ademais, frequentemente os

programas de refaunação não tem duração adequada para concluírem sobre o sucesso

do projeto e falham no monitoramento dos animais movidos, o que traz uma grande

incerteza sobre o sucesso desses projetos (Fisher & Lindenmayer, 2000).

Do ponto de vista ecológico, o estabelecimento de uma população

autossustentável a longo prazo é o melhor indicador de sucesso (Fisher & Lindenmayer,

2000). No entanto, é preciso que os programas de realocação de espécies tenham,

necessariamente, protocolos de longo prazo para o monitoramento da população

translocada, pois um longo tempo pode ser requerido até que populações viáveis sejam

efetivamente consolidadas e interações ecológicas sejam plenamente reestabelecidas

(Fisher & Lindenmayer, 2000, Genes et al, 2017).

Alguns parâmetros objetivos propostos para avaliar o sucesso relativo de

populações realocadas ao longo do tempo incluem o crescimento positivo da população

em três gerações ou ao longo de 10 anos, reprodução da primeira geração nascida na

natureza, análise de viabilidade populacional indicando uma população autossustentável

e persistência da população ao longo de um período definido de tempo (Bajomi, 2010).

A constante reavaliação das ameaças à população realocada também compreende

ponto fundamental para o sucesso do programa de translocação (Fisher & Lindenmayer,

2000).

5

A reintrodução de espécies é uma ferramenta poderosa para mitigar os efeitos

negativos da perda de diversidade biológica. No entanto, ela ainda é limitada e pouco

eficiente, com baixas taxas de sucesso (Seddon et al, 2014). De modo geral, é apontado

que as chances de sucesso de programas de reintrodução são maiores se o número

de animais soltos é grande, a fim de se evitar a estocasticidade demográfica, genética

e ambiental que afeta populações pequenas; a soltura se dá em áreas da distribuição

original da espécie, a qualidade do habitat é adequada, os animais soltos provêm de

estoques selvagens em vez de cativeiro, há envolvimento da comunidade local e as

causas do declínio da população animal foram efetivamente removidas (Wolf, 1998,

Seddon et al, 2014, Fisher & Lindenmayer, 2000, Jule et al, 2008, Kleiman et al, 1989,

Sutherland et al, 2010, IUCN, 2013). Esse último quesito parece ser absolutamente

capital para o sucesso da translocação, uma vez que se o motivo do declínio da

população não for sanado ou minimizado antes da translocação dos animais, eles

estarão fadados ao mesmo fim da população original.

É preciso salientar que, embora a reintrodução seja uma técnica importante, ela

apresenta riscos, como a depleção das populações doadoras dos animais realocados,

riscos de os animais introduzidos serem portadores de enfermidades, baixa

variabilidade genética dos animais translocados, interações ecológicas inesperadas,

como mudanças na estrutura e composição da vegetação ou implicações imprevistas

para os mesopredadores (Berger, 1999, Caro et al, 2012, Edwards et al, 2014,

Gittleman & Gompper, 2001, Johnson & Cushman, 2007, Sims et al, 2014).

É sabido que animais selvagens reintroduzidos apresentam melhores taxas de

sucesso em programas de reintrodução que animais nascidos em cativeiro (Wolf, 1998,

6

Wolf et al, 1996, Seddon et al, 2014, Fisher & Lindenmayer, 2000, Jule et al, 2008,

Kleiman et al, 1989, Sutherland et al, 2010, IUCN, 2013). Capturar animais para

programas de reintrodução pode trazer riscos para as populações selvagens, já que as

espécies alvo desses programas em geral ocorrem em baixas densidades (Fernandez

et al, 2017). Isto posto, animais nascidos em cativeiro são usualmente a escolha para

esses programas e, para aumentar as chances de sucesso na reintrodução de animais

desses animais, alguns procedimentos podem ser adotados:

• um período de quarentena em um zoológico ou outra instituição similar,

onde os animais serão clinicamente avaliados a fim de se evitar que

animais debilitados ou que patógenos sejam introduzidos no ambiente

(Mathews et al, 2006; IUCN, 2013; Medici et al, 2008)

• utilização da técnica de soltura branda (de acordo com Medici et al, 2008),

que consiste em manter os animais em um recinto de aclimatação na área

de reintrodução antes da soltura. Esse processo é importante para que os

animais se familiarizem com seu novo ambiente, permitindo que ganhem

peso e adquiram as habilidades que serão necessárias para que vivam em

liberdade, sendo treinados para tanto, se necessário (Bright & Morris, 1994;

Cid et al 20013; Beck et al, 1991; Vargas & Anderson, 1999; Letty et al,

2000; Wanless et al, 2002; Shier & Owings, 2006)

• Suplementação alimentar após a soltura auxilia na sobrevivência dos

animais em um primeiro momento, quando eles ainda estão se

estabelecendo no novo ambiente (Medici et al 2008;, IUCN, 2013; Seddon,

1999; Bright & Morris, 1994; Biggins et al, 1998; Tuberville et al, 2005)

7

• Monitoramento constante e de longo prazo permite que os animais

reintroduzidos sejam seguidos e que intervenções sejam realizadas, caso

seja necessário, além de permitir aos pesquisadores acessarem os

indicadores de sucesso do programa (Ewen & Armstrong, 2007; Medici et

al, 2008)

Como as espécies animais mais vulneráveis à defaunação são, normalmente,

dispersores de sementes, predadores de sementes e plântulas e/ou herbívoros, a

extinção local dessas espécies é muito propensa a interromper as interações plantas-

vertebrados (Kurten, 2013, Emmons, 1989, Redford, 1992, Wright, 2003). Na ausência

desses grupos de animais, muitas plantas são incapazes de sobreviver devido a

limitação ou perda de interações ecológicas essenciais (Hobbs & Cramer, 2008), de

modo que a defaunação pode levar a cascatas de extinções (Seddon, 2014).

As espécies frugívoras de grande porte apresentam um papel importante

moldando a estrutura das comunidades vegetais em diferentes escalas e mantendo a

diversidade de plantas, pois elas são capazes de ingerir uma quantidade maior de

frutos, comer sementes grandes e dispersá-las por distâncias maiores que os frugívoros

de pequeno porte seriam capazes de fazê-lo (O’Farril et al, 2013, Jordano et al, 2007,

Gumarães et al, 2008). Um desses animais é a anta brasileira (Tapirus terrestris).

As antas são uma das poucas espécies que sobreviveram a extinção da

Megafauna ocorrida no final do período Pleistoceno (entre 50000 e 10000 anos).

Pertencem ao gênero Tapirus, a família Tapiridae e a ordem Perissodactyla, juntamente

com equinos e rinocerontes, e estão entre as espécies mais primitivas entre os

8

mamíferos viventes (O’Farril et al, 2013, Fernandes-Santos et al, 2018). Atualmente há

4 espécies de antas; dessas, três estão distribuídas no continente Americano (Tapirus

bairdii, Tapirus terrestris e Tapirus pinchaque) e uma na Ásia (Tapirus indicus), sendo

que todas são consideradas ameaçadas de extinção devido a caça ilegal, fragmentação

e perda de habitat, atropelamentos e competição com animais domésticos (O’Farril et

al, 2013, Varela et al, 2019).

Tapirus terrestris é o maior mamífero da América do Sul. Adultos podem pesar até

300kg, apresentando pequeno dimorfismo sexual, com as fêmeas sendo, em geral,

maiores que os machos. São animais solitários, com exceção do período reprodutivo e

de fêmeas com filhotes. Apresentam hábito noturno/crepuscular, realizando boa parte de

suas atividades de forrageamento e alimentação durante o amanhecer e entardecer,

descansando abrigada em local protegido no restante do dia (Médici, 2010, Varela et al,

2019, Fernandes-Santos et al, 2018).

A reprodução dessa espécie é bastante lenta: a maturidade sexual acontece com

cerca de 4 anos de idade. A gestação dura entre 13 a 14 meses, e as fêmeas em geral

dão à luz a um único filhote a cada 1,5 ano, em média. A taxa de mortalidade dos filhotes

na natureza é alta, devido principalmente à predação. Estima-se que Tapirus terrestris

possam viver entre 22 a 24 anos na natureza (Médici, 2010, Fernandes-Santos et al,

2018).
A anta brasileira é um animal herbívoro que se alimenta de uma grande variedade

de espécies de plantas. Esses animais impactam a estrutura e diversidade da

comunidade de plantas diminuindo a abundância de suas espécies preferidas (Olofsson,

2001, Brathen & Oksanem, 2001, Grellmann, 2002, Medici, 2010), e modificando as

relações competitivas entre as plantas, assim ajudando a manter a heterogeneidade dos

9

habitats (Dirzo & Miranda, 1991, Terborgh, 1988, Virtanen, 1998, Mulder & Ruess, 1998,

Olofsson et al, 2002,). Além disso, antas pastoreiam seletivamente diferentes partes das

plantas (Salas & Fuller, 1996), e são importantes dispersores de sementes a longas

distâncias (Henry et al, 2000, Galetti et al, 2001, Fragoso et al, 2003, O’Farril et al, 2013).

Como as antas são herbívoros com grandes áreas de vida, elas tendem a cruzar

áreas impactadas por humanos, o que resulta em uma série de ameaças que podem

afetar a sobrevivência de suas populações a longo prazo. Entre as maiores ameaças às

populações de antas destacam-se a agricultura em larga escala - que leva a perda e

fragmentação de habitas; os atropelamentos em rodovias, a caça ilegal, a contaminação

por pesticidas e metais pesados, e doenças causadas pela exposição a animais

domésticos (Medici, 2010, Medici & Desbiez, 2012, Varela et al, 2019).

Historicamente, a espécie era encontrada desde o Norte da Colômbia até o Leste

dos Andes, seguindo através de toda a América do Sul tropical por 11 países: Argentina,

Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname

e Venezuela. No Brasil, a anta ocorre principalmente nos biomas Amazônia, Cerrado,

Mata Atlântica e Pantanal (Médici, 2010, Varela et al, 2019, Fernandes-Santos et al,

2018).

A anta é uma espécie associada principalmente a florestas tropicais e ambientes

ripários. O grau de tolerância da espécie à degradação de habitats varia regionalmente,

mas sabe-se, baseado em outras espécies de antas, que Tapirus terrestris não tolera

grandes modificações de habitat em combinação com qualquer pressão de caça (Varela

et al, 2019). Rossi (1999) encontrou evidências que sugerem que a espécie pode persistir

em paisagens grandemente modificadas com apenas pequenos fragmentos florestais. A

10

condição do habitat parece ser menos importante na persistência da população de anta

em uma paisagem que a caça e os atropelamentos (Varela et al, 2019).

Em sua distribuição em território brasileiro, suas populações foram severamente

reduzidas (Medici et al, 2012). Na Mata Atlântica, a espécie é considerada Em Perigo

pelos critérios da IUCN: acredita-se que haja apenas três populações viáveis (com mais

de 200 indivíduos); e 40% da população da espécie está concentrada no maciço da Serra

do Mar (São Paulo) e no Paraná. A maior parte da população nesse bioma está em áreas

muito fragmentadas e sob forte impacto antrópico (Medici et al, 2012).

No Cerrado, a espécie é classificada como Em Perigo pelos critérios da IUCN,

devido principalmente a perda e fragmentação de habitat, sendo que populações de

antas persistem somente em áreas preservadas desse bioma (Medici et al, 2012). No

Pantanal a espécie é classificada como Quase Ameaçada pelos critérios da IUCN; já na

Amazônia a IUCN classifica Tapirus terrestris como Menos Preocupante. A espécie é

considerada Regionalmente Extinta na Caatinga (Medici et al, 2012). Em nível nacional

a anta é classificada como Vulnerável pela IUCN (Medici et al, 2012, Varela et al, 2019).

Devido a sua história de vida - antas são mamíferos grandes com taxas

reprodutivas lentas que ocorrem em baixas densidades – essa é uma espécie

extremamente suscetível às ameaças antropogênicas que podem causar declínios

populacionais severos e extinções locais e, uma vez que suas populações tenham

entrado em declínio ou sido extintas localmente, sua recuperação é improvável sem

intervenção (Medici, 2010, Medici, 2011, Varela et al, 2019).

Devido a sua importância na manutenção de processo ecológicos-evolutivos

chave - como a predação e dispersão de sementes, o pastejo seletivo e a ciclagem de

11

nutrientes - Tapirus terrestris torna-se uma espécie excelente à programas de

reintrodução, como fator fundamental para a recuperação de ecossistemas e

manutenção da diversidade biológica (Medici et al, 2008). Estudos anteriores mostraram

que programas de reintrodução de ungulados apresentaram altas taxas de sucesso

(Shepherson, 1994). Além disso, as antas são altamente adaptáveis a mudanças de

dieta, condições ambientais e uso do habitat, apresentando a plasticidade necessária

para enfrentar os desafios oriundos a uma reintrodução (Medici et al, 2008).

2. JUSTIFICATIVA

Atualmente muitos habitats estão em débito de interações ecológicas (Valiente-

Banuet et al, 2015), o que equivale dizer que grandes proporções das interações que

ainda sobrevivem estão sendo lentamente perdidas nos ecossistemas do mundo

(Genes et al, 2017). Nesse cenário um tanto desalentador, a translocação de espécies

é uma ferramenta absolutamente essencial, apesar de todas as suas limitações, para

aumentar a persistência das espécies em escala global (IUCN, 2013) e restaurar a

biodiversidade e a funcionalidade de ecossistemas naturais. No entanto, para que os

projetos de translocação atinjam seus objetivos, é necessário que a ciência atue como

guia-mestra, (Sarrazin & Barbault 1996, IUCN 2013, Sanz & Grajal 1998, Ewen &

Armstrong 2007), e que projetos de refaunação sejam desenhados como experimentos

ecológicos de longo prazo, com monitoramento adequado para responder perguntas

formuladas a priori (Armstrong & Seddon 2007, Ewen & Armstrong 2007).

É nesse contexto que se insere o presente projeto, que pretende reintroduzir a

espécie Tapirus terrestris em uma paisagem agrícola do interior de São Paulo com o

12

objetivo de reestabelecer os processos ecológicos-evolutivos que se perderam quando

a espécie foi localmente extinta da região.

3. HIPÓTESES

a. Há diferenças entre área de vida dos animais reintroduzidos e os de vida livre;

b. Há diferenças entre o padrão de movimentação diário e anual dos animais

reintroduzidos e os de vida livre;

c. Há diferenças entre a dieta dos animais reintroduzidos e os de vida livre;

d. Há diferença entre níveis hormonais (estrógeno, testosterona e cortisol) entre os

animas reintroduzidos e os de vida livre.

4. OBJETIVOS

4.1 Gerais

a. Restabelecer uma população de antas em uma paisagem agrícola, maximizando

sua probabilidade de sobrevivência a longo prazo

b. Contribuir para a conscientização ambiental das comunidades locais através de

uma espécie carismática, combatendo a caça ilegal e promovendo a

manutenção de habitats adequados à espécie,

13

4.2 Específicos

a. Desenvolver um protocolo de reintrodução, manejo e monitoramento de

antas (Tapirus terrestris) em paisagens agrícolas,

b. Reestabelecer processos ecológicos, tróficos e evolutivos com o

reestabelecimento de uma população de antas (Tapirus terrestris) na região

de estudo,

c. Comparar a área de vida, o padrão de movimentação diário e anual, a dieta

e os níveis hormonais (estrógeno, testosterona e cortisol) dos animais

reintroduzidos e daqueles de vida livre

5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1. LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O projeto de reintrodução da anta (Tapirus terrestris) será desenvolvido no

município de Angatuba (SP), dentro do Núcleo Angatuba do Programa de Pesquisa em

Biodiversidade (PPBio) (https://ppbio.inpa.gov.br/sitios/treslagoas), e compreende as

Fazendas Três Lagoas (23°22’0”- 23°20’41” S e 48°28’0”- 48°27’57” W) e Arca (23°20’0”-

23°18’51” S e 48°27’30”- 48°28’20” W), que são áreas de plantação de eucalipto desde

os anos 2006/2007. Sabe-se que paisagens dominadas por eucalipto podem ser

relevantes à conservação da fauna local, em função de sua certificação ambiental (Martin

et al. 2012, Athayde et al. 2014).

O clima da região de Angatuba é do tipo subtropical (Cwa - classificação climática

de Koeppen), com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos. As temperaturas

14

mínimas médias ficam em torno de 17°C, enquanto as máximas médias ficam acima de

22°C. A precipitação anual média gira em torno de 1200 mm, com as chuvas

concentradas no verão (outubro a março), e tendo os meses de inverno (abril a setembro)

como os mais secos, com precipitação inferior a 60mm (CEPAGRI, 2016).

A Fazenda Três Lagoas se estende por 3.242 ha, enquanto a fazenda Arca

abrange 1.123 ha (Figura 1). Nela foram desmatados aproximadamente 2.600 ha para a

implantação de pastagens exóticas (Brachiaria spp) destinadas à criação de gado no

início da década de 1970. Entre os anos de 2006 e 2007, cerca de 2200 ha de pasto

foram convertidos em eucaliptais e 400 ha de pastagens restantes foram abandonados

para regeneração da vegetação nativa, com o objetivo de formarem a Reserva Legal

(RL) e as Áreas de Preservação Permanente (APP), obrigatórias segundo a legislação

ambiental vigente (Metzger et al., 2010). O mesmo processo ocorreu na Fazenda Arca

entre os anos de 2007 e 2008, perfazendo 761 ha de eucaliptal, 67 ha de APP e 294 ha

de RL.

Angatuba está inserida na bacia do Alto Paranapanema, em uma zona de

transição entre a Floresta Estacional Semidecídua da Mata Atlântica e o Cerrado (Veloso

et al., 1991). A vegetação correspondente à Mata Atlântica se caracteriza pela ausência

de coníferas e pela perda parcial das folhas no período do inverno. As áreas de Cerrado

apresentam três diferentes fisionomias: Savana Florestada (Cerradão), Savana

Arborizada (Cerrado sensu stricto) e Savana Gramíneo-lenhosa (Campo) (Athayde et al.,

2014).

As fazendas Três Lagoas e Arca possuem a fitofisionomia Cerradão como

predominante, contando também com áreas de cerrado sensu stricto e matas de galeria

15

acompanhando as duas microbacias da Fazenda. As áreas abandonadas para

revegetação encontram-se em diferentes fases de sucessão ecológica (Athayde et al.,

2014).

O estudo com antas de vida livre será conduzido em X

16

Fig 1. Área de estudo: Núcleo Angatuba do PPBio, formado pelas fazendas Três Lagoas e Arca, no

município de Angatuba, Bacia do Alto Paranapanema, Estado de São Paulo

17

5.2. METODOLOGIA

A) Reintrodução de Antas (Tapirus terrestris)

Os animais a serem reintroduzidos deverão seguir a razão sexual de 4 fêmeas e

quatro machos, oriundos de cativeiro e cedidos pelas Instituições X. De acordo com

Beck et al (1994), Brent et al (1997), Campbell et al (1980), Di Martino et al (2015) e

Médici et al (2008) os critérios para seleção dos animais são:

a. Animais sub-adultos ou adultos jovens - com 10 anos ou menos – estando em


pleno potencial reprodutivo, o que pode aumentar o sucesso no

estabelecimento de uma população a longo prazo,

b. Animais com menor tempo em cativeiro e oriundos de enriquecimento


comportamental (ambiente mais estimulante), cuja diversidade

comportamental e a capacidade de aprendizado de novas habilidades são, em

tese, melhores.

c. Animais com menor relação de parentesco, a fim de se maximizar a


diversidade genética da população fundadora, para tanto, pretende-se

trabalhar com mais de uma Instituição doadora dos animais como forma de

minimizar as relações de parentesco. Para tanto, será preciso analisar a árvore

genealógica e os studbooks disponíveis para os animais doados, materiais

esses que mostram de forma precisa a relação de parentesco entre os animais

cativos

18

d. Serão excluídos animais fisicamente debilitados ou deficientes, com
problemas dentários, idosos, fêmeas em lactação, com filhotes ou prenhes, e

animais habituados a contato com humanos.

Como os animais serão oriundos de cativeiro, Medici et al (2008) recomenda que

a técnica adotada seja a soltura branda. Nessa modalidade, os animais candidatos à

reintrodução passarão por um período de quarentena e posteriormente serão mantidos

em um cercado de aclimatação construído no interior da área de soltura a fim de que

sejam treinados e adquiram as habilidades que serão necessárias para que possam

voltar a viver em vida livre. Uma vez considerados aptos, serão liberados no ambiente e

monitorados pela equipe de pesquisa.

Os animais cativos que se enquadrarem nos critérios de seleção serão treinados

a adentrar em caixas de transporte e lá permanecer por um longo período de tempo, a

fim de minimizar o estresse de transporte até a área de estudo (Medici et al 2008, Quse

et al, 2014). As caixas usadas para treinamento e transporte seguirão as diretrizes

descritas no Regulamento IATA (International Air Traffic Association) de 2021. É

importante salientar que o treinamento deve ser feito com o mínimo de contato possível

entre o animal e seres humanos (Médici et al, 2008).

Após treinamento adequado, os animais serão transportados até a área de estudo

em armadilhas do tipo caixa individuais. Eles serão transportados em pé,

preferencialmente durante a noite ou nas horas mais frescas do dia, com água e alimento

disponíveis durante toda a viagem (Médici et al, 2008, Quse et al, 2014). A necessidade

de sedação dos animais para o transporte será avaliada a fim de diminuir o estresse do

19

transporte. Caso haja necessidade de sedá-los, o protocolo descrito em Quse et al (2014)

será utilizado.

Os animais candidatos à reintrodução deverão passar por uma fase de

quarentena que durará 30 dias e que será realizada no local X, com x animal por vez na

área de quarentena. Será respeitado o conceito de “vazio sanitário” entre a quarentena

de grupos de animais diferentes. Esse procedimento visa impedir que os animais

reintroduzidos venham a disseminar alguma enfermidade no local de soltura, e também

para evitar que se possa reintroduzir animais debilitados (Di Martino et al, 2015, Medici

et al, 2008, Munson et al, 2004, Mathews et al, 2006). Nessa fase será realizada a

avaliação clínica e epidemiológica seguindo protocolo de Quse et al (2015), Medici et al

(2008) e Di Martino et al (2015), 15 dias após os animais entrarem em isolamento,

período que permite que qualquer questão de saúde referente ao transporte do animal

se manifeste (Medici et al, 2008). Se porventura alguma enfermidade for detectada em

algum dos animais selecionados para a reintrodução, testes serão realizados para

descartar a possibilidade de infecção ativa e de tratamento do individuo infectado. Caso

o tratamento não seja possível, o animal será descartado do projeto de reintrodução (Di

Martino et al, 2015).

Durante o check up sanitário serão realizadas a pesagem e medição dos animais,

e amostras biológicas de cada indivíduo candidato a reintrodução (pelo, sangue, pele)

serão coletadas para estudos genéticos futuros. A concentração de cortisol nas fezes

será monitorada durante a quarentena fim de se verificar o nível de estresse dos animais

confinados.

20

Findo o período de quarentena, os animais considerados aptos à reintrodução

serão transferidos para o cercado de aclimatação localizado na área de soltura, um

indivíduo por vez, devendo permanecer nessa área entre duas a quatro semanas,

dependendo do comportamento demostrado por cada indivíduo. Nesse momento,

aproveitando que os animais estarão sedados para o transporte, eles serão novamente

pesados. Durante sua estadia na área de aclimatação, os animais serão alimentados

somente com itens provenientes da área de soltura, oferecidos ao amanhecer e ao

anoitecer. A presença, abundância, variedade de itens, tamanho das porções e

localização dos itens alimentares no interior do cercado de aclimatação serão variáveis

a fim de simular o padrão de forrageio natural da espécie. O contato com humanos

durante a alimentação deverá ser evitado ou minimizado (Medici et al, 2008). Os animais

serão monitorados continuamente durante sua estadia na área de aclimatação por uma

pessoa dedicada somente a essa tarefa, a fim de se verificar o comportamento do

indivíduo, sua dieta, padrões de forrageio e sono, condições físicas gerais, possíveis

lesões, aspecto das fezes, padrão de movimentação diário, etc.

Após o período de aclimatação os animais serão pesados, medidos, identificados

por brinco e receberão rádio colares coloridos com sensor de mortalidade. Os animais

deixarão de ser alimentados 12h antes do dia da soltura, a fim de estimular o

comportamento de forrageio. Alimento será colocado do lado de fora do recinto de

aclimatação, para estimular o animal a sair do recinto e terá início o protocolo de

monitoramento. As portas do recinto de aclimatação permanecerão abertas após a

soltura dos animais, permitindo que voltem ao recinto se assim desejarem. Será

fornecida suplementação da dieta na área de soltura e sua duração serão avaliadas.

21

Após a soltura os animais serão monitoramento através de radio telemetria convencional,

a pé ou por carro, por uma pessoa dedicada somente a esse fim.

O monitoramento por rádio colar e por armadilhas fotográficas montadas em toda

a área de soltura deve seguir por 2 anos após a reintrodução dos animais e deve incluir

análises dos padrões de movimentação, de uso de habitat, das atividades dos animais

reintroduzidos e do sucesso reprodutivo dos indivíduos, com a finalidade de avaliação

do sucesso da reintrodução. Concomitantemente ao monitoramento, amostras de fezes

devem ser coletadas para acompanhamento dos níveis hormonais, presença de

endoparasitas e avaliação de dieta.

B) Monitoramento de antas de vida livre

Na região de X serão capturadas 8 antas de vida livre em armadilhas de caixa

construídas conforme descritas por Medici et al (2010) e Quse et al (2014). Segundo

esses autores, armadilhas de caixa devem ser instaladas nos caminhos naturais das

antas, em áreas de uso frequente, como manchas de árvores frutíferas ou saleiros. Iscas

podem ser utilizadas para atrair os animais para o interior da armadilha. Uma vez

capturadas, as antas serão quimicamente imobilizadas e manipuladas dentro do curral,

onde será feita a sexagem, a estimativa de peso, a tomada das medidas corporais e a

coleta de amostras biológicas (sangue, pele, fezes e pelos), além da instalação do rádio

colares coloridos para monitoramento dos animais capturados.

22

Concomitantemente à captura e monitoramento de antas de vida livre, será

realizada a coleta de fezes de antas residentes na área de estudo para avaliar a dieta e

os níveis hormonais de acordo com o descrito em Quse et al (2014).

5.3. Análise dos resultados

a) Telemetria

Os dados obtidos através da rádio telemetria para a área de vida e os padrões


diários e sazonais de movimentação serão analisados através de modelos de Markov
escondidos utilizando-se o pacote moveHMM (Michelot et al, 2016) do software R Core
Team (2020).

b) Análise estatística

A avaliação da existência de diferença entre o peso dos animais reintroduzidos


antes e depois da quarentena, da área de vida, padrões de movimentação diários e
anuais, a dieta e os níveis hormonais entre o grupo dos animais reintroduzidos e aqueles
de vida livre será feita através de Modelos Lineares Generalizados Mistos através do
Pacote Ime4 (Douglas et al, 2015) do do software R Core Team (2020).

O modelo linear normal 𝑦! = 𝛽" + 𝛽# 𝑥#! + 𝛽$ 𝑥$! + ⋯ + 𝛽% 𝑥%! + 𝜀! , com 𝜀! ~N(0, 𝜎 $ )


e i = 1, 2, ..., n, tem somente um efeito aleatório, o erro 𝜀! . Os parâmetros 𝛽" , 𝛽# , 𝛽$ , … , 𝛽%
são os coeficientes de regressão. Esse modelo pode ser escrito na forma matricial, ou
seja,
𝐲 = 𝐗𝛃 + 𝜀,
𝛆~𝐍& (𝟎, 𝜎 $ 𝐈& ),

23

onde 𝐲 = (𝑦# , 𝑦𝟐 , … , 𝑦& )′ é o vetor de valores resposta; 𝐗 é a matriz do modelo, com 𝐱 !( =
(𝑥#! , 𝑥$! , … , 𝑥%! ) ; 𝛃 = (β" , 𝛽# , … , 𝛽% )′ é o vetor de coeficientes de regressão; 𝛆 =
(𝜀# , 𝜀$ , … , 𝜀& )′ é o vetor de erros; 𝐍& representa distribuição normal multivariada de n
variáveis; 𝟎 é o vetor de zeros de dimensão n x 1; e 𝐈& é a matriz identidade de ordem n.
Já o modelo linear de efeitos mistos (Laird e Ware, 1982) apresenta divisão em
grupos, cujas observações são correlacionada, e assume a forma 𝑦!) = 𝛽" + 𝛽# 𝑥#!) +
⋯ + 𝛽% 𝑥%!) + 𝑏!" + 𝑏!# 𝑧#!) + ⋯ + 𝑏!* 𝑧*!) + 𝜀!) , com 𝑏!+ ~N(0, 𝜓+$ ) e 𝜀!) ~N(0, 𝜎 $ ), onde 𝑦!) é
o valor da variável resposta para a j-ésima de ni observações no i-ésimo de M grupos;
𝛽" , 𝛽# , … , 𝛽% são os coeficientes dos efeitos fixos, que são idênticos para todos os grupos;
𝑥#!) , … , 𝑥%!) são os regressores de efeitos-fixos para a observação j no grupo i;
𝑏" , 𝑏# , … , 𝑏* são os coeficientes de efeitos aleatórios para o grupo i e seguem distribuição
normal multivariada, sendo que variam a cada grupo e são variáveis aleatórias, e não
parâmetros, sendo similares, nesse respeito, aos erros 𝜀!) ; 𝑧#!) , … , 𝑧*!) são os
regressores de efeitos aleatórios; e 𝜀!) é o erro para a observação j no grupo i,
multivariadamente normalmente distribuídos.
O modelo de efeitos mistos também pode ser escrito na forma matricial:

𝐲! = 𝐗 ! 𝛃 + 𝐙! 𝐛! + 𝜀! ,
𝐛! ~𝐍* (𝟎, 𝚿),
𝛆! ~𝐍&! (𝟎, σ$ 𝚲! ),

onde 𝐲! é o vetor de observações para o i-ésimo grupo de dimensão ni; 𝐗 ! e 𝐙! são as


matrizes do modelo ni x p para os efeitos fixos e aleatórios, respectivamente, para as
observações no i-ésimo grupo; 𝛃 é o vetor de coeficientes de efeitos fixos de dimensão
p; 𝐛! é o vetor de coeficientes de efeitos aleatórios para o grupo i de dimensão q; 𝛆! é o
vetor de erros para as observações no i-ésimo grupo de dimensão ni; 𝚿 é a matriz de
covariâncias q x q para os efeitos aleatórios; e σ$ 𝚲! é a matriz de covariâncias ni x ni para
os erros no grupo i. Para este tipo de modelo, é possível modelar as estruturas de
covariância entre as observações de maneira bastante flexível (Littel et al., 2000), e
processos de estimação pelo método da máxima verossimilhança e máxima

24

verossimilhança restrita estão disponíveis em diferentes pacotes para o software R,
como por exemplo, lme4 (Bates et al., 2015) e nlme (Pinheiro e Bates, 2000).
Quando a natureza da variável resposta não é contínua, como por exemplo, para
dados de contagens e proporções, não se usa mais um vetor de erros com distribuição
normal multivariada no modelo. Para esses casos, pode-se assumir uma distribuição
para Y pertencente à família exponencial de distribuições (por exemplo, distribuição de
Poisson para dados de contagens) e modelar a média da distribuição por meio de uma
função de ligação, como um modelo linear generalizado (McCullagh e Nelder, 1989).
Para o modelo de Poisson, a função de ligação usual é a logarítmica. Os algoritmos de
estimação tornam-se mais complexos, visto que é necessário obter aproximações
numéricas para integrais que não possuem solução analítica fechada.

6. PLANO DE TRABALHO & CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4


ATIVIDADE
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12 T13 T14 T15 T16

25

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICIAS

Armstrong, D.P. & Seddon, P.J. 2007. Directions in reintroduction biology. Trends in Ecology and
Evolution, 23: 20-25.

Athayde, E.A., Cancian, L.F., Verdade, L.M., Morellato, L.P.C. 2014. Functional and phylogenetic
diversity of scattered trees in agricultural landscape: implications for conservation. Agriculture,
Ecosystems and Environment, 199:272-281.

Bates, D., Maechler, M., Bolker, B., Walker, S. (2015). Fitting Linear Mixed-Effects Models Using lme4.
Journal of Statistical Software, 67(1):1-48. doi:10.18637/jss.v067.i01.

Bajomi, B. 2010. Reintroduction of endangered animal species: Complementing the IUCN guidelines.
Review protocol. Centre for Environmental Science, Eötvös Loránd University of Sciences, Budapest,
Hungary.

Beck, B.B., Kleiman, D.G., Dietz, J.M., Castro, I., Carvalho, C., Martins, A., Rettberg- Beck, B. 1991.
Losses and reproduction in reintroduced golden lion tamarins Leontopithecus rosalia. Dodo 27:50-
61.

Beck, B.B., Rapaport, L.G., Stanley Price, M.R., Wilson, A.C. 1994. Reintroduction of captive-born
animals. In: Mace, G.M. & Feistner, A.T.C. (eds.). Creative conservation: Interactive management of wild
and captive animals Pp. 265-286. Olney, P. J. S., Chapman & Hall, London.

Bello, C., Galetti, M., Pizo, M.A., Magnago, L.F.S., Rocha, M.F., Lima, R.A.F., Peres, C.A., Ovaskainen,
O., JORDANO, P. 2015. Defaunation affects carbon storage in tropical forests. Science Advances, 1:
e1501105.

Berger, J. 1999. Anthropogenic extinction of top carnivores and interspecific animal behaviour:
implications of the rapid decoupling of a web involving wolves, bears, moose and ravens.
Proceedings of the Royal Society of London. Biological Sciences, 266:2261–67.

Brathen, K.A. & Oksanen, J. 2001. Reindeer reduce biomass of preferred plant species. Journal of
Vegetation Science, 12: 473-480.

Brent, L., Kessel, A.L., Barrera, H. 1997. Evaluation of introduction procedures in captive
chimpanzees. Zoo Biology, 16: 335-342.

Biggins, E., Godbey. J. L., Hanebury, L. R., Luce, B., Marinari, P. E., Matchett, M. R. and Vargas, A. 1998.
The effect of rearing methods on survival of reintroduced black-footed ferrets. Journal of Wildlife
Management, 62:643-653.

Bright, P.W. & Morris, P.A. 1994. Animal translocation for conservation: performance of dormice in
relation to release methods, origin and season. Journal of Applied Ecology, 31:699-708.

Caro,T., Darwin,J., Forrester,T., Ledoux-Bloom, C. , Wells, C. 2012. Conservation in the Anthropocene.


Conservation Biology, 26:185–88.

Campbell, S. 1980. Is reintroduction a realistic goal?, IN: Soulé, M.E. & Wilcox, B.A. (eds). Conservation
Biology: An evolutionary ecological perspective. pp. 263-269. Sinauer Associates, Inc. Sunderland,
Massachusetts.

26

CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura. Disponível
em: http://www.cpa.unicamp.br. Acesso: 21 de março de 2021.

Cid, B. 2011. Reintrodução da cutia-vermelha (Dasyprocta leporina) no Parque Nacional da Tijuca


(Rio de Janeiro, RJ): avaliação dos procedimentos, determinação do sucesso em curto prazo e
caracterização dos padrões espaciais. Dissertação de Mestrado (Ecologia). Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 133p.

Cid, B., da Costa, R.C., Balthazar, D.A., Augusto, A.M., Pires, A.S., Fernandez, F.A.S. 2013. Preventing
injuries caused by radiotelemetry collars in reintroduced red-rumped agoutis, Dasyprocta leporina
(Rodentia: Dasyproctidae), in Atlantic Forest, southeastern Brazil. Zoologia, 30:115-118.

Corlett, R.T. 2016. Restoration, Reintroduction, and Rewilding in a changing world. Trends in Ecology
and Evolution, 31(6):453-462.

Di Martino, S., Jiménez Pérez, I., Peña, J. 2015. Estrategia para la reintroducción de tapires (tapirus
terrestris) en la reserva natural Iberá (Corrientes, Argentina). The Conservation Land Trust Argentina.

Dirzo, R. & Miranda, A. 1991. Altered patterns of herbivory and diversity in the forest understory: A
case study of possible consequences of contemporary defaunation. In: W.P. Price, T.M. Lewinsohn,
G.W. Fernandes & W.W. Benson (Eds). Plant-Animal Interactions: Evolutionary Ecology in Tropical and
Temperate Regions. pp. 273-87. John Wiley & Sons, Chichester, New York, USA.

Dirzo, R., Young, H.S., Galetti, M., Ceballos, G., Isaac, N.J.B., Collen, B. 2014. Defaunation in the
Anthropocene. Science, 345: 401–406.

Edwards, T., Cox, E.C., Buzzard, V., Wiese, C., Hillard, L.S., Murphy RW. 2014. Genetic assessments
and parentage analysis of captive Bolson tortoises (Gopherus flavomarginatus) inform their
“rewilding” in New Mexico. PLoS ONE 9, doi: 10.1371/journal.pone.0102787

Effiom, E. O., Nunez-Iturri, G., H. Smith, H.G., Ottosson, U., O. Olsson, O. 2013. Bushmeat hunting
changes regeneration of African rainforests. Proceedings of the Royal Society of London. Biological
Sciences, 280: 1–9.

Emmons, L.H. 1989. Tropical rain forests: why they have so many species and how we may lose this
biodiversity without cutting a single tree. Orion, 8: 8–14.

Ewen, J.G. & Armstrong, D.P. 2007. Strategic monitoring of reintroductions in ecological restoration
programmes. Ecoscience, 14: 401-409.

Fernandes-Santos, R.C., Medici, E.P., Testa-José, C., Canena, A.C. 2018.Impacto de agrotóxicos e
metais pesados na anta brasileira (Tapirus terrestris) no estado do Mato Grasso do Sul, Brasil, e
implicações para saúde humana e ambiental. Iniciativa para a conservação da anta brasileira (INCAB),
Relatório Técnico do Instituto de Pesquisas Ecológicas.

Fernandez, F.A.S., Rheingantz, M.L., Genes, L., Kenup, C.F.,,Gallies, M., Cezima, T., Cid, B., Macedo, L.,
Araújo, B.B.A., Moraes, B.S., Monjeau, A., Pires, A.S. 2017.Rewilding the Atlantic Forest: Restoring the
fauna and ecological interactions of a protected area. Perspectives in Ecology and Conservation,
15:308-314.

Fisher, J., Lindenmayer, D.B. 2000. An assessment of the published results of animal relocations.
Biological Conservation, 96:1-11.

27

Fragoso, J.M.V., Silvius, K.M., Correa, J.A. 2003. Long-distance seed dispersal by tapirs increases
seed survival and aggregates tropical trees. Ecology, 84: 1998-2006.

Galetti, M., Keuroghlian, A., Hanada, L., Morato, M.I. 2001. Frugivory and seed dispersal by the lowland
tapir (Tapirus terrestris) in southeast Brazil. Biotropica, 33: 723-726.

Genes, L., Cid, B., Fernandez, F.A.S, Pires, A.S. 2017. Credit of ecological interactions: A new
conceptual framework to support conservation in a defaunated world. Ecology and Evolution, 7(6):
1892-1897.

Gittleman, J.L., Gompper, M.E. 2001. The risk of extinction—What you don’t know will hurt you.
Science, 291:997–99.

Grellmann, D. 2002. Plant responses to fertilization and exclusion of grazers on an arctic tundra
heath. Oikos, 98: 190-204.

Guimãraes PR, Galetti M, Jordan P (2008). Seed dispersal anachronisms: rethinking the fruits extinct
megafauna atefauna ate. PLOS ONE, 3: e1745.

Harvey, E., Gounand, I., Ward, C. L., Altermatt, F. 2016. Bridging ecology and conservation: From
ecological networks to ecosystem function. Journal of Applied Ecology, doi: 10.1111/1365-2664.12769

Henry, O., Feer, F., Sabatier, D. 2000. Diet of the lowland tapir (Tapirus terrestris) in French Guiana.
Biotropica, 32(2): 364-368.

Hobbs, R.J. & Cramer, V.A. 2008. Restoration ecology: interventionist approaches for restoring and
maintaining ecosystem function in the face of rapid environmental change. Annual Review of
Environment and Resources, 33: 39–61.

Hoffmann, M. et al.2010. The impact of conservation on the status of the world’s vertebrates. Science,
330: 1503–1509.

IUCN/SSC. 2013. Guidelines for Reintroductions and Other Conservation Translocations.Verson 1.0
Gland, Switzerland: IUCN Species Survival Commission, Gland, Switzerland.

Johnson, B.E. &Cushman, J.H. 2007. Influence of a large herbivore reintroduction on plant invasions
and community composition in a California grassland. Conservation Biology, 21:515–26.

Jordano, P., García, C., Godoy, J.A., Garcia-Castano, J.L. 2007. Differential contribution of frugivores
to complex seed dispersal patterns. PNAS, 104: 3278–3282.

Jule, K.R., Leaver, L.A., Lea, S.E.G. 2008. The effects of captive experience on reintroduction survival
in carnivores: a review and analysis. Biological Conservation, 141(2): 355-63.

Kleiman, D., Stanley Price, M., Beck, B. 1994. Criteria for reintroductions. En P. Olney, G. Mace, & A.
Feismer (Edits.), Creative conservation: Interactive management of wild and captive animals. págs. 287-
303. London: Chapman and Hall.

Kurten, E. L. 2013. Cascading effects of contemporaneous defaunation on tropical forest


communities. Biology Conservation, 163: 22–32.

Laird, N.M. & Ware, J.H. (1982). Random effects models for longitudinal data. Biometrics, 38:963-974.

28

Letty, J., Marchandeau, S., Clobert, J. and Aubineau, J. 2000. Improving translocation success: an
experimental study of anti-stress treatment and release method for wild rabbits. Animal
Conservation, 3:211-219.

Littell, R.C., Pendergast, J., Natarajan, R. 2000. Modelling covariance structure in the analysis of
repeated measures data. Statistics in Medicine, 19:1793-1819.

Martin, P.S, Gheler-Costa, C., Lopes, P.C., Rosalino, L.M., Verdade, L.M. 2012. Terrestrial non-volant
small mammals in agro-silvicultural landscapes of Southeastern Brazil. Forest, Ecology and
Management, 282:185-195.

Mathews, F, Moro, D, Strachan, R, Gelling, M & Buller, N. 2006. Health surveillance in wildlife
reintroductions. Biological Conservation, 131: 338-347.

Mccullagh, P. & Nelder, J.A. .1989. Generalized Linear Models. Chapman & Hall/CRC.

Medici, P., Mangini, P., Gonçalves da Silva, A., Sarria Perea, J., May Jr, J., Thijl Vanstreels, R., Salas, L.
2008. Protocolos para a Reintrodução e Traslocação de Antas. Grupo Especialista de Antas -
IUCN/SSC (IUCN/SSC Tapir Specialist Group - TSG). Força Tarefa de ReIntrodução e Translocação de
Antas.

Medici, E.P. 2010. Assessing the Viability of Lowland Tapir Populations in a Fragmented Landscape.
PhD Dissertation. Durrell Institute of Conservation and Ecology (DICE), University of Kent. Canterbury,
UK.

Medici, E.P. 2011. Family Tapiridae (tapirs). In: Wilson, D.E. & Mittermeier, R.A., eds. Handbook of the
Mammals of the World, Volume 2: Hoofed Mammals. Lynx Editions, Spain.
5

Medici, E.P.& Desbiez, A.L.J. 2012. Population viability analysis (PVA): Using a modeling tool to
assess the viability of tapir populations in fragmented land- scapes. Integrative Zoology, 7: 356–372.

Medici, E.P., Flesher, K., Beisiegel, B.M., Keuroghlian, A., Desbies, A.L.J., Gatti, A., Pontes, A.R.M.,
Campos, C.B., Tófoli, C.F., Junior, E.A.M., Azevedo, F.C., Pinho, G.M., Cordeiro, J.L.P., Júnior, T.S.S.,
Morais, A.A., Mangini, P.R., Rodrigues, L.F., Almeida, L.B. 2012. Avaliação do risco de extinção da anta
brasileira Tapirus terrestris Linnaeus, 1758, no Brasil. Biodiversidade Brasileira, 3:103-116.

Metzger, J.P., Lewinsohn, T.M., Joly, C.A., Verdade, L.M., Martinelli, L.A., Rodrigues, R.R. 2010. Brazilian
Law: Full Speed in Reverse?. Science, 329:276-277.

Michelot, T., Langrock, R., Patterson, T.A. (2016). moveHMM: an R package for the statistical modelling
of animal movement data using hidden Markov models. Methods in Ecology and Evolution, 7 (11):1308-
1315.

Moseby, K.E., Read, J.L., Paton, D.C., Copley, P., Hill, B.M., Crisp, H.A. 2011. Predation determines the
outcome of 10 reintroduction attempts in arid South Australia. Biological Conservation, 144: 2863–
2872.

Mulder, C.P.H. & Ruess, R.W. 1998. Relationships between size, biomass allocation, reproduction,
and survival in Triglochin palustris: Implications for the effects of goose herbivory. Canadian Journal
of Botany, 76: 2164-2176.

29

Munson, L, Marker, L, Dubovi, E, Spencer, JA, Evermann, JF & O Brien, SJ. 2004. Serosurvey of viral
infections in free ranging Namibian cheetahs (Acinonyx jubatus). Journal of Wildlife Diseases, 40: 23-
31.

O’Farril, G., Galetti, M., Campos-Arceiz, A. 2013. Frugivory and seed dispersal by tapirs: an insight on
their ecological role. Integrative Zoology, 8:4-17.

Olofsson, J. 2001. Influence of herbivory and abiotic factors on the distribution of tall forbs along a
productivity gradient: A transplantation experiment. Oikos, 94: 351-357.

Olofsson, J., Moen, J., Oksanen, L. 2002. Effects of herbivory on competition intensity in two arctic-
alpine tundra communities with different productivity. Oikos, 96: 265-272.

Otteweell, K., Dunlop, J., Thomas, N., Morris, K., Coates, D., Byrne, M. 2014. Evaluating success of
translocations in maintaining genetic diversity in a threatened mammal. Biological Conservation,
171:209-219.

PInheiro, J.C. & Bates, D.M. 2000. Mixed-effects models in S and S-PLUS. New York: Springer, 528p.

Quse, V. & Fernandes-Santos, R. C. (Edits.). (2014). Manual de Medicina Veterinária de Antas.


IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG).

Redford, K.H. 1992. The empty forest. Bioscience, 42: 412–422.

Robinson, N.M., Dexter, N., Brewster, R., Maple, D., MacGregor, C., Rose, K., Hall, J., Lindenmayer, D.B.
2020. Be nimble with thret mitigation: lessons learned from the reintroduction of an endangered
species. Restoration Ecology, 28:29-38.

Rossi, L.B., Panachão, E.I., Arasaki, M.O. 1999. Monitoramento da Mastofauna com Armadilha
Fotográfica no Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina-PR. Biological Conservation, 89: 71-82.

Salas, L.A. & Fuller, T.K. 1996. Diet of the lowland tapir (Tapirus terrestris L) in the Tabaro River
valley, Southern Venezuela. Canadian Journal of Zoology, 74: 1444-1451.

Sanz, V. & Grajal, A. 1998. Successful reintroduction of captive-raised Yellow- Shouldered amazon
parrots on Margarita Island, Venezuela. Conservation Biology, 12: 430-441.

Sarrazin, F., Bagnolini, C., Pinna, J.L., Danchin, E. , Clobert, J. 1994. High survival estimates of griffon
vultures (Gyps fulvus fulvus) in a reintroduced population. The Auk, 111: 853-862.

Seddon, P. J. 1999. Persistence without intervention: assessing success in wildlife reintroductions.


Trends in Ecology and Evolution, 14:503.

Seddon, P.J., Armstrong, D.P., Maloney, R.F. 2007. Developing the science of reintroduction biology.
Conservation Biology, 21: 303-312.

Seddon, P.J. et al. 2014. Reversing defaunation: Restoring species in a changing world. Science, 345:
DOI: 10.1126/science.1251818

Sims, N., John, E., Stewart, A.A. 2014. Short-term response and recovery of bluebells (Hyacinthoides
non- scripta) after rooting by wild boar (Sus scrofa). Plant Ecolology, 215:1409–16.

30

Shepherdson, D. 1994. The role of environmental enrichment in the captive breeding and
reintroduction of endangered species. Pp. 167-177, in “Creative conservation: interactive
management of wild and captive animals.” Olney, P. J. S., G. M. Mace, and A. T. C. Feistner, eds.
Chapman & Hall, London.

Shier, D. & Owings, D. 2006. Effects of predator training on behavior and post-release survival of
captive prairie dogs (Cynomys ludovicianus). Biological Conservation 132:126- 135.

Sutherland, W.J., Armstrong, D., Butchart, S.H.M., Earnhardt, J.M., Ewen, J., Jamieson, I., Jones, C.G.,
Lee, R., Newbery, P., Nichols, J.D., Parker, K.A., Sarrazin, F., Seddon, F.J., Shah, N., Tatayah, V. 2010.
Standards for documenting and monitoring bird reintroduction projects. Conservation Letters, 3:
229–235.

Svenning, J. C., Pedersen, P. B. M., Donlan, J., Ejrnaes, R., Faurby, S., Galetti, M., … Vera, F. W.
M. 2016. Science for a wilder Anthropocene-synthesis and future directions for rewilding
research. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 113: 1–7.

Terborgh, J. 1988. The big things that run the world: A sequel to E.O. Wilson. Conservation Biology 2(4):
402-403.

Tuberville, T. D., Clark, E. E., Buhlmann, K. A., Gibbons, J. W. 2005. Translocation as a conservation
tool: site fidelity and movement of repatriated gopher tortoises (Gopherus polyphemus). Animal
Conservation, 8:349-358.

Tylianakis, J. M., Didham, R. K., Bascompte, J., Wardle, D. A. 2008. Global change and species
interactions in terrestrial ecosystems. Ecology Letters, 11: 1351–1363.

Valiente-Banuet, A., Aizen, M. A., Alcántara, J. M., Arroyo, J., Cocucci, A., Galetti, M., … Zamora,
R. (2015). Beyond species loss: The extinction of ecological interactions in a changing
world. Functional Ecology, 29: 299–307.

Vargas, A. & Anderson, S. H. 1999. Effects of experience and cage enrichment on predatory skills of
black-footed ferrets (Mustela nigripes). Journal of Mammalogy, 80:263- 269.

Varela, D., Flesher, K., Cartes, J.L., de Bustos, S., Chalukian, S., Ayala, G. & Richard-Hansen, C. 2019.
Tapirus terrestris. The IUCN Red List of Threatened Species 2019: e.T21474A45174127.
http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-1.RLTS.T21474A45174127.en

Veloso, H. P., Rangel Filho, A. L. R., Lima, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada
a um sistema universal. Fundação IBGE, Rio de Janeiro.

Virtanen, R. 1998. Impact of grazing and neighbour removal on a heath plant community
transplanted onto a snowbed site, NW Finnish Lapland. Oikos, 81: 359-367.

Wanless, R. M., Cunningham, J., Hockey, P. A., Wanless, J., White, R. W., Wiseman, R. 2002. The
success of a soft-release reintroduction of the flightless Aldabra rail (Dryolimnas [cuvieri]
aldabranus) on Aldabra Atoll, Seychelles. Biological Conservation, 107:203-210.

Wright, S.J. 2003. The myriad consequences of hunting for vertebrates and plants in tropical forests.
Perspectives in Plant Ecology, Evotution and Systematics, 6: 73- 86.

Wolf, C.M., Griffith, B., Reed, C., Temple, S.A. 1996. Avian and mammalian translocations: update and
reanalysis of 1987 survey data. Conservation Biology 10:1142-1154.

31

Wolf, C.M., Garland, T., Griffith, B. 1998. Predictors of avian and mammalian translocation success:
reanalysis with phylogenetically independent contrasts. Biological Conservation, 86:243-255.

32

Você também pode gostar