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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS APLICADAS - CCAA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS - DCF
EXTENSÃO E FOMENTO FLORESTAL

SISTEMAS AGROFLORESTAIS E SUAS VANTAGENS AO


AGRICULTOR FAMILIAR E FOMENTADOR FLORESTAL

Responsáveis pelo projeto:


Brenda Elissy Santos Ferreira
Ítalo Bruno Costa
Micael Oliveira Rocha

Orientadora: Professora Dra. Laura Jane Gomes


Informante-chave: Beronildo César de S. Ferreira

São Cristóvão - Sergipe


2021
Identificação do projeto
Titulo: Sistemas Agroflorestais e Suas Vantagens ao Agricultor Familiar e
Fomentador Florestal

Responsáveis pelo projeto:


o Brenda Elissy Santos Ferreira (79) 99827-9970 │ Estudante de
Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
(brendahelissy@academico.ufs.br)
o Ítalo Bruno Costa (79) 99992-7818 │ Estudante de Engenharia
Florestal pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) |
(italocostaaa@gmail.com)
o Micael Oliveira Rocha (79) 99683-4970 │ Estudante de Engenharia
Florestal pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
│(micaelrocha@academico.ufs.br)
o Beronildo César de S. Ferreira (79) 99665-8977 | Informante-Chave;
Engenheiro Florestal e Especialista em Sistemas Agroflorestais |
(ronildoflorestal@gmail.com)
o Drª Laura Jane Gomes | Professora orientadora; Coordenadora do
Departamento de Ciências Florestais – DCF – Universidade Federal
de Sergipe (UFS) | (laurabuturi@gmail.com)

Público-alvo: Agricultores Familiares, Fomentadores Florestais e


interessados(as) sobre o tema do projeto.

Idealizadores do projeto:
Brenda Ítalo Micael
1. Introdução
“O nascimento de cada ser vivo, a sua força de crescer, de frutificar, de criar o próximo
a seguir, de completar o processo de amadurecimento tendo no final a morte, ou melhor
dizendo, a transformação em outras formas de vida - tudo isso faz parte do metabolismo do
macroorganismo Mãe Terra.(...)”
Ernst.

Mesmo diante da situação econômica, ambiental e social no Brasil, é


sim possível estimular o aumento do grupo de pessoas interessadas numa
busca de alternativas nos modos de relacionamentos para a sociedade com
o meio ambiente (MARCON E SORRENTINO, 2002) em que faz parte.
Como por exemplo, na reorientação das atividades agrárias produtivas, com
alternativas que ajudem nas práticas sustentáveis dos usos da natureza, e
seus fatores importantes para a sobrevivência de nossa geração
possibilitando as condições para que as gerações futuras sejam capazes de
suprir suas próprias necessidades (MARCON E SORRENTINO, 2002).
Em contrapartida, grandes indústrias de áreas do setor florestal
investem em extração da vegetação e extinção das florestas nativas no
Brasil, onde de acordo com os dados do Instituto de Pesquisas Espaciais
(Inpe): Entre agosto de 2019 e julho de 2020, houve um aumento de 34,5%
nos alertas de desmatamento sendo 9205 km² de área total desmatada, o
que equivale a 1.100.000 campos de futebol. O mês de julho de 2020
registrou 1654 km² desmatados. Assim tornou-se importante a manutenção
da floresta em regeneração pelos períodos necessários na promoção da
fertilização dos solos empobrecidos pelos tempos de trabalhos agrícolas
e/ou agropecuários, e até da destruição do ecossistema a partir de suas
derrubadas para extração de produtos madeireiros. Já na prática da
agricultura de derruba e queima, busca sua reconfiguração, fora de seu
sistema original, passando também a ser um fator de dano ambiental, ainda
que em escala menor do que o decorrido pelo agronegócio industrializado
citado anteriormente.
Uma das vantagens do sistema agroflorestal é restabelecer a
harmonia do ambiente, o deixando parecido ou igual como era, dependendo
das espécies de plantas que forem inseridas de acordo com a paisagem e
biodiversidade do ecossistema. Como também em proporcionar
positivamente na restauração de ciclagem de nutrientes e melhor
aproveitamento dos raios solares em forma de energia para todos tipos de
extratos do cultivo sucessional.
Os sistemas agroflorestais podem ser classificados e/ou
subclassificados em algumas modalidades, uma delas é de acordo com a
natureza e arranjo de seus componentes, podendo ser assim denominados:
Silviagrícolas, aqueles compostos de árvores e/ou de arbustos com culturas
agrícolas; Silvipastoris, cultivos de árvores e/ou de arbustos com pastagens
e animais; e Agrossilvipastoris, cultivo de árvores e/ou arbustos com
culturas agrícolas, pastagens e animais.
Nos SAFs, a reintegração do plantio de diversas culturas e atividades
busca uma melhor utilização do solo, para reverter os processos de
degradação dos recursos naturais no quesito de recuperação de áreas
degradadas causadas ou não por processos antropológicos. De acordo com
tabela da Cadeia Produtiva do Setor Florestal Brasileiro disponibilizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é possível
visualizar as possibilidades de aumentar ganhos para o mercado interno e
externo na adoção do sistema agroflorestal para sua atual cadeia produtiva;
tanto de Produtos Florestais Madeireiros (PFM) e também em Produtos
Florestais Não-Madeireiros (Borrachas, Ceras, Fibras, Oleaginosos,
Alimentícios (ex. frutas), Aromáticos, medicinais, corantes e etc),
melhorias de condições aos animais e de serviços ambientais. Abaixo
tabela de cadeia produtiva disponibilizado pelo SNIF.

Fonte: https://snif.florestal.gov.br/pt-br/cadeia-produtiva

Assim, a introdução e/ou reintegração (em recuperação de áreas) do


componente florestal no sistema agroflorestal abrem novas alternativas
econômicas, podendo resultar no aumento de empregos, da renda rural;
(RIBASKI, 2009), e da busca para adoção de novas tecnologias.
Os estudos foram desenvolvidos também pela necessidade de
associar os benefícios a produção agropecuária com serviços ambientais,
tais como, sequestro de carbono, aumento de estoque e qualidade de água,
práticas de conservação do solo (RIBASKI, 2009); e seus benefícios aos
plantios agrícolas em consórcios com plantios florestais.
De acordo com o site do Sistema Nacional de Informações Florestais
(SNIF), estima-se que o Setor Florestal é responsável por 3,5% do Produto
Interno Bruto (PIB de 2007) do Brasil, equivalente a US$ 37,3 bilhões, e
por 7,3% das exportações totais do país, sendo ainda responsável por gerar
cerca de 7 milhões de empregos.
Segundo Aguiar (2005), são três modalidades mais praticadas no
fomento florestal sobre florestas plantadas: A primeira, a doação de mudas
florestais para produtores rurais, assim proporcionado a inclusão livre do
Agricultor Familiar(produtor) à cadeia produtiva e econômica da indústria
de base florestal, onde também nos momentos de colheitas o agricultor fica
livre para negociação dos produtos obtidos a partir da floresta plantada. Em
segundo, ocorrem os programas de renda antecipada ao agricultor para o
plantio florestal, onde configura as responsabilidades de manutenção,
manejo e tratos silviculturais para ambos, tanto para o agricultor familiar
quanto para fomentador florestal, sendo que o produto final da floresta
plantada é do agente (fomentador florestal) onde o que o agricultor familiar
receberá dependerá do valor definido pelo comprador direto ao fomentador
florestal. E em terceiro, parcerias onde o agricultor familiar recebe pelos
serviços oferecidos pela empresa na sua propriedade (madeiras e/ou outros
insumos).

As parcerias também podem existir trazendo benefícios futuros,


sendo ela de fomento florestal privado: a partir de recursos próprios dos
envolvidos (empresas, investidores), e da mão-de-obra obtida do agricultor
familiar. A de fomento florestal público, realizado entre os estados,
municípios e comunidades a partir de incentivos financeiros por meio de
empréstimos ou arrecadação pública. E por último a de fomento florestal
público-privado: onde é feito a partir do fomento privado integrado com
programas públicos de entidades (associações, cooperativas...).
Diante do nosso público-alvo, o agricultor familiar é considerado em
potencial para ser um fomentador florestal, visto que o fomentador busca
promover a partir de metodologias e ações para a conservação, recuperação
e/ou restauração da vegetação nativa em áreas alteradas, progredindo
florestas e o desenvolvimento florestal. Portanto, este trabalho busca
debater pontos-chaves correlacionados aos benefícios da adoção dos
sistemas agroflorestais para todos, bem como a importância das
modalidades de parcerias e principalmente na promoção de qualidade de
vida da sociedade em harmonia com o meio em que habita.

2. Objetivos
Elaborar um material de meio de comunicação de massa – Live -
com a finalidade de:
 Induzir técnicas que abordem os conceitos dos sistemas
agroflorestais para agricultores familiares e fomentadores florestais;
 Transmitir as informações de forma simples e objetiva, levando em
consideração a situação de pandemia do ano atual;
 Incentivar a adoção das atividades agroflorestais nas propriedades;
 Priorizar a transferência das informações com entrevista ao
convidado com experiência na área por via da “Live” online em
canal de transmissão acessível para todos;
 Incentivas novas parcerias para fomentação florestal;
3. Metodologia
O projeto será desenvolvido na matéria de Extensão e Fomento
Florestal, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de
Sergipe, tendo como público-alvo os agricultores familiares, fomentadores
florestais e aos interessados pela área.
A primeira etapa do projeto referiu-se à elaboração da ideia inicial do
tema e da escolha do assistente técnico convidado pelos componentes do
grupo, este sendo o Engenheiro Florestal esp. em Sistemas Agroflorestais e
esp. em Economia Solidária e também fundador da “Ponto Eco” - Coleta
Seletiva de Resíduos.
O tipo de comunicação escolhido para divulgação do projeto será
feito em “Live”, onde será produzido o roteiro de um questionário com
perguntas objetivas e fundamentais para apresentar as vantagens dos
sistemas agroflorestais a partir do entrevistado com experiência na área, o
Engenheiro Agrônomo Felipe Caltabiano, (FALTANDO INFORMAÇÕES
SOBRE O ENTREVISTADO).
Como forma de divulgação geral será produzida uma arte visual final
de chamada da “Live” para ser lançada nas contas da rede social Instagram
dos respectivos idealizadores do projeto, juntamente com o link de
redirecionamento do acesso ao conteúdo que será realizado pela equipe, a
entrevista ao vivo. Este link será gerado pela plataforma YouTube, na conta
do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de
Sergipe (DCF) em parceria com a conta do entrevistado convidado ainda a
ser informada pelo mesmo.
As respostas obtidas pela entrevista online serão veiculadas para
compartilhar informações sobre os sistemas agroflorestais já implantados
pelo entrevistado convidado, ou seja, buscando apresentar atividades-
modelos e repassaremos em material integrativo, como por exemplos dos
seus relatos de experiências: vantagens, desafios e questões econômicas,
sociais, ambientais.

4. Resultados Esperados
 Sensibilizar com conceitos e ideias sobre os sistemas agroflorestais
aos agricultores familiares e fomentadores florestais e as vantagens
podem obter com a adesão do sistema agroflorestal;
 Apresentar que é possível uma solução tecnológica para acesso de
informações para todo o público-alvo.
 Participação dos agricultores familiares e fomentadores florestais na
distribuição das plantas e dos animais no tempo e na área do SAF; na
escolha de produtos e serviços a produzir;
 O respeito e harmonia com a condição ambiental local;
 Gerar autonomia da família no atendimento de demanda por
alimento ou dos mercados locais e regionais.
 Além disso, propor o SAF para todos os tipos de propriedades do
estado de Sergipe, ou seja, um Sistema Agroflorestal adequado para
condição fundiária da maioria do público-alvo que vivem nessa
região;
 Possibilitar acabar com desmatamento e queimadas da vegetação
(para fazer roçados)
 Permitir uma melhor integração entre o homem, natureza e
sociedade.

5. Cronograma

Data ATIVIDADES SOLICITADAS EXECUÇÃO


Inicial/Data
Final
De 07/06/2021 DEFINIÇÃO DO TEMA
até 11/06/2021 ESCOLHIDO PARA O X
PROJETO
De 07/06/2021 SELEÇÃO DO ASSISTENTE
até 11/06/2021 TÉCNICO CONVIDADO X
De 07/06/2021 CONTATO ONLINE COM O
até 11/06/2021 ASSISTENTE TÉCNICO X
CONVIDADO
De 07/06/2021 APRESENTAÇÃO/APROVAÇÃO
até 11/06/2021 DO TEMA E EXECUÇÃO X
PROJETO AO ORIENTADOR E
DISCENTES DE EXTENSÃO E
FOMENTO FLORESTAL
De 14/06/2021 INÍCIO DA PESQUISA E
até 18/06/2021 PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO
TEMA SISTEMAS
AGROFLORESTAIS E SUAS X
VANTAGENS AOS
AGRICULTOR FAMILIAR E
FOMENTADOR FLORESTAL
De 21/06/2021 APRESENTAÇÃO/APROVAÇÃO X
até 25/06/2021 DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
DO PROJETO AO
ORIENTADOR
De 28/07/2021 PRODUÇÃO DO MATERIAL
até 02/07/2021 DIGITAL LIVE - ROTEIRO
De 05/07/2021 CONTINUAÇÃO DA PESQUISA
até 08/07/2021 E PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO
TEMA SISTEMAS
AGROFLORESTAIS E SUAS
VANTAGENS AOS
AGRICULTOR FAMILIAR E
FOMENTADOR FLORESTAL
De 12/07/2021 ENTREGA DO MATERIAL
até 16/07/2021 DIGITAL AO ORIENTADOR
PARA APROVAÇÃO
De 21/07/2021 UPLOAD DO MATERIAL
até 25/07/2021 DIGITAL DE DIVULGAÇÃO

Referências Bibliográficas

RIBASKI, J. Sistemas agroflorestais: benefícios socioeconômicos e


ambientais. SIMPÓSIO SOBRE REFLORESTAMENTO NA REGIÃO
SUDOESTE DA BAHIA, 2., 2005, Vitória da Conquista. Memórias.
Colombo: Embrapa Florestas, 2008. p. 89-101. Editores: Álvaro Figueredo
dos Santos, Adalberto Brito de Novaes, Itamar Figueredo dos Santos,
Marcos Antônio Araújo Longuinhos.

RIBASKI, J. As vantagens dos sistemas agroflorestais. Grupo Cultivar:


Artigos Técnicos: Grandes Culturas: Produção Florestal, 2009.
MARCON, M.; SORRENTINO, M; Fatores relacionados a
sensibilização de agricultores de Barra da Turvo/SP na adoção de
agroflorestas, IV Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, 2002.

Coleção SENAR 199. Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e


práticas para implantação no bioma amazônico. Brasília: Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, 2017.

Engel, V. L. Introdução aos Sistemas Agroflorestais. Botucatu:


Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais - FEPAF, 1999.

Farias, J. L. S ... [et al.]. Documentos 130. Sistemas Agroflorestais como


Inovação Social na Sustentabilidade de Agroecossistemas de Base
Familiar no Semiárido Cearense. Sobral, CE: Embrapa Caprinos e
Ovinos, 2018.

Miccolis, A ... [et al.]. Guia Técnico. Restauração Ecológica com


Sistemas Agroflorestais: como conciliar conservação com produção.
Opções para Cerrado e Caatinga. Brasília: Instituto Sociedade,
População e Natureza – ISPN/Centro Internacional de Pesquisa
Agroflorestal – ICRAF, 2016.

“Cadeia Produtiva”, Sistema Nacional de Informação Florestal, 2020.


Disponível em: <https://snif.florestal.gov.br/pt-br/cadeia-produtiva>.
Acesso em: 01 de julho de 2021.

GÖTSCH, Ernst. “Homem e Natureza Cultura na Agricultura” Centro


de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, 2º Edição Setembro/2017.
Greenpeace Brasil, “Dados divulgados pelo Inpe apontam aumento do
desmatamento na Amazônia entre 2019 e 2020”, Greenpeace, 2020.
Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/dados-divulgados-
pelo-inpe-apontam-aumento-do-desmatamento-na-amazonia-entre-2019-e-
2020/, acesso em: 01 de julho de 2021.

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